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Sistemas de Informação em Saúde 2022 1 Professoras da Disciplina Diferenciando... Sistema de Informação “Instrumento utilizado no processo de planejamento, aperfeiçoamento e tomada de decisão nas diversas instâncias das organizações e gerencias dos serviços de saúde.” Comunicação “Processo de transmitir informações de pessoa para pessoa, por meio da fala, da escrita, de imagens e sons com o objetivo de gerar conhecimentos.” Paulina Kurcgant Diferenciando... Dado É um conjunto de registros ou anotações, sobre fatos, eventos ou ocorrências, que isolados não possuem significado, mas que podem ser ordenados, analisados de forma coerente, e quando isso é possível e acontece passamos a ter uma série de dados processados e, portanto uma informação (Chiavenato, 1999 e Peres; Leite, 2005) Informação “não há interação entre sujeitos; é a manifestação ou expressão de um conteúdo de conhecimento qualquer, seja um fato, um dado, um acontecimento, um resultado científico, um gesto, um sentimento, tudo enfim que se deixa conhecer”. Peres e Leite (2005, p. 67). Um conjunto de componentes que atuam de forma integrada através de mecanismos de: Coleta1 2 3 Definição de Sistema de Informação em Saúde - SIS Processamento Análise Transmissão4 Geram informações necessárias e oportunas para implementar processos de decisões nos sistemas de saúde Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para que planejam, financiam, provêm e avaliem os serviços de saúde. (OPAS apud BRASIL, 2018) “A informação é o momento que precede a ação”. É essencial conceber o SIS como um instrumento para o processo de tomada de decisões, seja na dimensão técnica ou política, a serem formuladas e implementadas: Um SIS deve assegurar a avaliação permanente da situação de saúde da população e dos resultados das ações de saúde executadas, fornecendo elementos para continuamente, adequar essas ações aos objetivos do SUS. Modelo de Sistemas de Informação em Saúde Princípios gerais SIS Utilizando o saber epidemiológico, produzir informações que garantam uma avaliação permanente das ações executadas e do impacto sobre a situação de saúde. Produzir informações compatíveis com as necessidades exigidas pelo processo de gestão, considerando as competências das diferentes esferas de governo (União , Estados e Municípios). Justificar previamente qualquer dado a ser coletado, garantindo qualidade e clareza dos mecanismos de produção das informações. Garantir que aqueles que produzem os dados sejam usuários das informações geradas. 1 2 3 4 Princípios gerais SIS Garantir mecanismos que viabilizem a disseminação e a utilização efetiva das informações produzidas. Garantir a população o direito ao acesso às informações, garantido mecanismos contínuos de divulgação, utilizando recursos comunicacionais adequados. Respeitar o direito do cidadão à privacidade quanto às informações relacionadas à sua saúde. 5 6 7 Diretrizes e Objetivos - SIS Subsidiar os processos de planejamento, tomada de decisões, controle da execução e avaliação das ações considerando a integralidade da assistência. Produzir informações relacionadas à eficiência e eficácia das respostas, e da sua efetividade ou impacto sobre a situação de saúde. Descentralizar o processo de implementação do SIS contemplando as especificidades locais, desmascarando as desigualdades, contribuindo para a operacionalização do princípio da equidade da assistência prestada. Deve-se observar a compatibilidade das informações produzidas, necessária para garantir a unicidade e a interpelação entre os diferentes níveis de gestão do SUS. 1 2 Participação das equipes locais na definição das informações a serem produzidas e, portanto, dos dados a serem coletados, tanto pela sua relevância para tomada de decisões, quanto pela sua indispensabilidade para a prestação de contas. Contribuir para o desenvolvimento e compromisso dos profissionais de saúde com a qualidade e confiabilidade dos dados coletados. Capacitar os diferentes usuários para utilização adequada das informações, contribuindo para a descentralização e aperfeiçoamento do processo de tomada de decisões. 3 4 5 Diretrizes e Objetivos - SIS Contribuir para a construção de uma consciência sanitária coletiva, como base para ampliar o exercício de controle social e da cidadania. Contribuir para resgatar uma relação mais humana entre a instituição e o cidadão, buscando preservar sua autonomia. Diretrizes e Objetivos - SIS 7 6 Principais Sistemas e Subsistemas de informação em Saúde SUS Principais Sistemas e Subsistemas de informação em Saúde - Epidemiológicos SISAB/E-SUS-Ab Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica SI-PNI Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização SISCAN Sistema de Informação do Câncer HIPERIDA Sistema de cadastramento e acompanhamento de Diabéticos e Hipertensos Principais Sistemas e Subsistemas de informação em Saúde - Ambulatoriais GIL – Gerenciador de Informações locais SIA – Sistema de Informações Ambulatoriais do Sus APAC – Sistema de captação de dados BPA – Boletim de produção Ambulatorial Principais Sistemas e Subsistemas de informação em Saúde - Hospitalar SIHSUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS HEMOVIDA – Sistema de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia Principais Sistemas e Subsistemas de informação em Saúde SIM – Sistema de informação sobre Mortalidade SINASC –Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória Processo de informação Levantamento dos dados Recebimento Analise Interpretação Resultado (uso da informação a nosso favor) Processo de informação para a enfermagem Valiosa ferramenta de trabalho Gera volumes grandes de dados “Alimenta” o sistema de informação Processos de trabalho do enfermeiro Gerenciar, ensinar, pesquisar e assistir. Enfermeiro: Conhecimento e envolvimento nos diversos setores Sistemas de Informação Hospitalar FARMÁCIA LABORATÓRIO REGISTRO MÉDICO ENFERMARIA RECEPÇÃO INTERNAÇÃO COMPRAS CENTRO CIRÚRGICO UTI Principal objetivo da administração de recursos de informação Comunicação Ascendente, Descendente, Lateral/horizontal e Diagonal (cruza departamentos sob a forma de relatórios e reuniões) Integrantes da equipe de saúde, Equipe de enfermagem e a clientela. Sistemas de Informação na Enfermagem Registros de Enfermagem Prontuário do Paciente Informatização nos serviços (ensino, pesquisa e atenção a saúde de indivíduos e grupos) Impressos de Enfermagem (SAE, SSVV, gráficos, entre outros) Manuais e Regimentos de Enfermagem PASSAGEM DE PLANTÃO : Deve ser realizada ao término de cada plantão, realizada por diferentes membros da equipe multiprofissional e não somente pela equipe de enfermagem (comunicação verbal). Ex: assistente social, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, nutricionistas, fisioterapeuta, entre outros. O prontuário do paciente é documento único, constituído por informações, sinais e imagens registrados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada (CFM, 2002); Em 2007, o CFM autorizou o uso de sistemas informatizados para a guarda e registro deste tipo de informação. PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente FUNÇÕES DO PRONTUARIO De comunicação: entre os profissionais, o sistema de saúde e o usuário. De educação: registro histórico, científico. Gerencial: registro administrativo, financeiro, documento de valor legal. Muitas Instituições ainda trabalham com o SAME - Serviço de Arquivo Médico e Estatístico. Atual: SPP - Serviço de Prontuário do Paciente (Definição do CRM) Estrutura Organizacional X formalização Descrição de cargos e funções; Normas e rotinas; Padronização de procedimentos; Escalasde distribuição de colaboradores e serviços; Plano de carreira institucional; Entre outros. Max Weber (1864 – 1920): Teoria Burocrática Instrumentos administrativos que favorecem e colaboram com o sistema de informação Regulamento Estatuto Contrato Relatórios Regimento Manuais Protocolos Passagem de plantão Reuniões com ata Protocolos - São particulares de cada instituição e deve ser aprovado por todos os profissionais envolvidos; Também podem ser desenvolvidos a nível federal, estadual, municipal. Ex.: protocolos de atenção básica de saúde Regimento – ato normativo, aprovado pela administração superior da organização de saúde, de caráter flexível, e que contém diretrizes básicas para o funcionamento do serviço de enfermagem. Dispõe sobre filosofia e objetivos do serviço, posição do serviço na estrutura da organização e descrição das linhas hierárquicas, atividades a serem desenvolvidas, competência de cada membro da equipe de enfermagem, entre outras disposições. Conteúdo do Regimento Capítulo I - Apresentação Capítulo II - Finalidades Capítulo III - Estrutura Orgânica Capítulo IV - Do Pessoal Capítulo V - Das Atribuições Capítulo VI - Das Competências Capítulo VII - Das Disposições Gerais Capítulo IX - Das Considerações Finais CAPÍTULO I DA APRESENTAÇÃO Artigo 1- A RA (Recuperação anestésica) é um local destinado ao atendimento de clientes submetidos a qualquer procedimento anestésico-cirúrgico. CAPÍTULO II DA IMPORTÂNCIA Artigo 2- Visa a permanência até a recuperação da consciência, a normalização dos reflexos e dos sinais, sob a observação e cuidados constantes das equipes de enfermagem e médica com o objetivo de restabelecer seu equilíbrio até o momento da alta. EX EM P LO CAPÍTULO III DAS FINALIDADES Artigo 3- Esta unidade tem por finalidade: •Oferecer assistência de enfermagem individualizada proporcionando a recuperação do cliente; • Identificar e atender de imediato complicações no pós-operatório; •Avaliação constante da recuperação da anestesia através da aplicação da escala de Aldrete e Kroulik; •Avaliação e correção da intensidade da dor nas fases iniciais do período pós- operatório. EX EM P LO Manual de enfermagem Determinado pela filosofia da Instituição Poderá conter a filosofia do serviço de enfermagem Estrutura administrativa da organização e do serviço de enfermagem; Planta física; Normas, rotinas e procedimentos relacionados ao pessoal, à assistência que deverá ser prestada, ao material, entre outros Descrição de funcionamento dos equipamentos; Previsão de materiais de consumo e permanente; O quadro de pessoal da unidade Impressos utilizados na unidade e orientações para o seu preenchimento FINALIDADE DO MANUAL Uniformizar as orientações; Esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações de enfermagem, constituindo um instrumento de consulta; Atualizar sempre que necessário; Considerar avanços advindos de pesquisas na área de enfermagem; Evita perda da visão de conjunto; Evita desconhecimento das atividades e finalidade do Serviço de Enfermagem; Evita desconhecimento dos objetivos propostos; Evita dúvidas na realização de procedimentos específicos; Oferece conhecimento da autoridade de cada membro; Conhecimento da responsabilidade de cada um. Elaboração dos manuais - etapas 1. Diagnóstico da Situação 2. Determinação de Assunto 3. Estruturação e Confecção dos Instrumentos 4. Implantação 5. Avaliação Através de entrevistas, observação, questionários realizado com base no levantamento e na análise de informações do Serviço de Enfermagem ; Onde está inserido dentro da estrutura organizacional; A filosofia, os objetivos; As ações de enfermagem; Os recursos humanos e materiais; O sistema de informação existente; Os problemas. 1. Diagnóstico da Situação Listagem do assunto de acordo com a situação analisada. 2. Determinação de Assunto Envolve a ordenação; envolve a apresentação de assuntos; A escolha da estrutura do manual influenciará na forma de divulgação e localização dos temas abordados; Os usuários são de vários níveis e atarefados - mensagens claras, concisas e objetivas; Arquivamento de folhas, tipo de capa, papel, meio de localização de assunto quem irá escrever, revisão e correção da impressão final. 3. Estruturação e Confecção dos Instrumentos Mais Fácil - ENVOLVIMENTO DE TODOS Em caso negativo: Preparo do grupo _ objetivos, conteúdos e resultados. Obs. o local de permanência do manual - ACESSÍVEL Treinamento e manuseio adequado. 4. Implantação Reavaliações constantes conforme mudanças e reformulações atualizadas Pode ser programada periodicamente 5. Avaliação Após o término da elaboração do manual, ele deve ser aprovado nos níveis hierárquicos superiores. • Estatuto ou Contrato Social (Instrumento maior da empresa, fundação da instituição, “certidão de nascimento”) Presidência e Diretoria • Regulamento (Organização e diretrizes gerais para toda a empresa (macrovisão); Regimentos internos. Gerentes e Chefes • Manuais, regimentos, protocolos, relatórios, passagem de plantão, reuniões, entre outros) Supervisores e Executores Normas: Conjunto de regras ou instruções para fixar procedimentos, métodos, organização, que são utilizados no desenvolvimento das atividades. Ex: Todos os funcionários de enfermagem deverão estar na unidade onde trabalham, devidamente uniformizados, até as 7 horas. Manual de Normas e Procedimentos de Responsabilidade Técnica. Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal. Abril/2012; Revisado em dezembro/2013. Rotinas: Conjunto de elementos que específica a maneira exata pela qual uma ou mais atividades devem ser realizadas. Uma rotina instrui sobre: O QUE DEVE SER FEITO QUEM DEVE FAZER ONDE ROTINA AÇÃO Rotina – compreende a descrição sistematizada dos passos dados para a realização de uma atividade ou operação, envolvendo, geralmente, mais de um agente. Favorece o planejamento e racionalização da atividade; evitam improvisações, pois definem com antecedência os agentes que serão envolvidos, propiciando-lhes treinar suas ações e, dessa forma, eliminam ou minimizam os erros. Permite a continuidade das ações desenvolvidas, além de fornecer subsídios para a avaliação de cada uma em particular. As rotinas são peculiares a cada local. Ex: realização de curativo pelo enfermeiro no período diurno, banhos no leito dos leitos pares no período noturno. Manual de Normas e Procedimentos de Responsabilidade Técnica. Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal. Abril/2012; Revisado em dezembro/2013. Especificidade de cada setor/unidade; Descrição dos passos e agentes dependente dos recursos disponíveis; Outras informações: nome da organização, nome da unidade; titulo da rotina, normas inerentes da rotina, identificação do agente da ação, data de elaboração e data de revisão, outras informações. Deve conter Procedimentos Descrição detalhada e sequencial de como uma atividade deve ser realizada. (Procedimento = técnica). Uniformização organizacional / institucional Exemplo: Procedimento de sondagem vesical é realizado pelo enfermeiro ou por um médico sempre da mesma maneira. Nome da organização; Nome da unidade; Título do procedimento; Finalidade; Material; Preparo do paciente; Descrição dos passos. Deve conter: INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul Secretaria Municipal de Saúde Problema da Prática Instrumentos esquecido nas gavetas ou não acessados na Intranet (protocolos, manuais, regimentos, relatórios); Recurso de informação não valorizado (passagem de plantão, reuniões); Relatórios devem ser realizados mensalmente ou quinzenalmente dependendo da rotina institucional; Enfermeiros responsáveis pela gestão da unidade administram outras questões como situações de conflito, participaçãoem congressos, cursos, proposta de planejamento; Referência •Greco, Rosangela Maria. Sistema de Informação na Enfermagem. Departamento de Enfermagem Básica. Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Enfermagem. •Kurcgant P. Administração em Enfermagem. São Paulo: EPU, 1991. •SEVA-LLOR AM . MONTESINOS MJ . ORTEGA CB . CECAGNO D. ROCHE F.P. Relatório de enfermagem no hospital.Acta Paul Enferm. 2015; 28(2):101-6. .Dísponivel em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v28n2/1982-0194- ape-28-02-0101.pdf . Acesso em 14 e outubro de 2016. •DUTRA, H. Sistema de Informação em Enfermagem. UFJF. Faculdade de Enfermagem. Disponível em: http://www.ufjf.br/admenf/files/2010/03/Aula-Adm-em-Enf-I-Sistema-de-informa%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em 7 de outubro de 2016. •Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em http://www.datasus.gov.br [Acessado em 4 de fevereiro de 2022]. •Pimenta, CAM, Pastana ICASS, Sichieri K, Solha RKT, Souza W. Guia para a Construção de Protocolos Assistenciais em Enfermagem. COREN-SP, São Paulo, 2015. 50p. Disponível em: https://portal.coren- sp.gov.br/publicacoes/protocolo-web/[Acessado em 4 de fevereiro de 2022]. •Brasil. Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS) Diaponível em:.https://www.gov.br/pt- br/servicos/acessar-a-plataforma-movel-de-servicos-digitais-do-ministerio-da-saúde [acessado em 4 de fevereiro de 2022]. http://www.ufjf.br/admenf/files/2010/03/Aula-Adm-em-Enf-I-Sistema-de-informa%C3%A7%C3%A3o.pdf https://portal.coren-sp.gov.br/publicacoes/protocolo-web/
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