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Apostila de Mecânica dos Solos I

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MECÂNICA DOS SOLOS I 
 
 
Prof. Jean Mark Corrêa Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
 
 
 
São Luís 
2013 
 
 
Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos 
Pá
gi
na
2 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS ........................................03 
 
1.1 Primeiros estudos de solos ......................................................03 
1.2 Conceitos básicos .....................................................................04 
1.2.1 Outras ciências ......................................................................04 
1.3 Solo sob ponto de vista da engenharia ...................................05 
 
2. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS .................................................06 
 
2.1 Conceito .....................................................................................06 
2.2 Origem dos solos ......................................................................06 
2.3 Mecanismo de formação ...........................................................07 
2.3.1 Tipos de solos ........................................................................08 
 
3. PARTES CONSTITUINTES DE UM SOLO ...........................................10 
 
3.1 Parte sólida ................................................................................10 
3.1.1 Terminologia de acordo com a textura ..................................11 
3.2 Parte líquida ...............................................................................12 
3.3 Parte gasosa ..............................................................................13 
 
4. ÍNDICES FÍSICOS .................................................................................14 
 
4.1 Relações entre volumes e pesos .............................................15 
4.2 Relações entre pesos ................................................................15 
4.3 Relações entre volumes ............................................................16 
4.4 Outras relações ..........................................................................16 
4.5 Lista de exercícios .....................................................................17 
 
5. GRANULOMETRIA ...............................................................................19 
 
5.1 Parâmetros da curva granulométrica ......................................20 
5.2 Classificação granulométrica ...................................................21 
5.3 Peneiras normais da ASTM ......................................................22 
 
6. PLASTICIDADE .....................................................................................27 
 
6.1 Limite de liquidez .......................................................................27 
6.2 Limite de plasticidade ...............................................................27 
6.3 Índice de plasticidade ...............................................................28 
6.4 Índice de consistência ..............................................................28 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................30 
 
 
Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos 
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3 
1. INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
A necessidade de manusear os solos encontra-se sua origem nos 
tempos mais remotos. Podemos constatar os problemas de fundações e de 
obras de terra que surgiram nas grandes construções. 
Partes do capítulo 1 e do capítulo 2 foram extraídas das notas de 
aulas da professora Maria Teresinha do curso de Engenharia Civil da UEMA. 
 
1.1 Primeiros estudos de solos 
 
TEMPOS REMOTOS 
 
 Pirâmides do Egito; 
 Templos da babilônia; 
 Muralha da China; 
 Aquedutos e outros. 
 
 Primeiros trabalhos sobre o comportamento do solo: 
 
 Séc. XVII – Mais no sentido matemático do físico; 
 Séc. XIX – Milton Vargas – Período Clássico, a engenharia Matemática. 
SUCESSIVOS ACIDENTES: 
 Escorregamento de taludes de terra durante a construção do canal do 
Panamá; 
 Rupturas de barragens; 
 Sucessivos recalques de grandes edifícios; 
 Escorregamentos em taludes de ferrovias; 
 Acidentes com muros de cais e escorregamentos de terra, em particular 
na construção do Canal de Kiel. 
Em 1913, uma Comissão foi nomeada para examinar e opinar sobre os 
sucessivos acidentes nas obras de terra. 
Em 1925 – Prof. Karl Terzaghi, Nascia a MECÂNICA DOS SOLOS. 
 Fase sólida granular; 
 Fase fluida. 
No Brasil: 
 
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4 
 Estudo da Mecânica dos Solos foi introduzido na Escola de Engenharia 
da UFRJ em 1951; 
 Homero Pinto CAPUTO, Surgiu boletins publicados pela ABMS. 
 
1.2 Conceitos básicos 
 
 Para a GEOLOGIA: 
“Solo é o material superficial não consolidado do regolito, dotado de 
características e propriedades que lhe concede maior ou menor aptidão para: 
estabilidade, permeabilidade, drenagem, compressibilidade, etc”. 
 
 Para a ABNT: 
“Materiais constituintes da crosta terrestre proveniente da 
decomposição in situ das rochas pelos diversos agentes geológicos, ou pela 
sedimentação não consolidada dos grãos elementares constituintes das 
rochas, com adição eventual de partículas fibrosas de material carbonoso e 
matéria orgânica no estado coloidal”. 
 
 Para a MECÂNICA DOS SOLOS: 
“Solo é o material resultante da desintegração das rochas por 
agentes atmosféricos e biológicos”. 
Solo – Acumulação de partículas minerais (parte sólida), formando 
vazios (poros ou interstícios) preenchidos por ar (não saturado) ou água 
(saturado) ou ar e água (parcialmente saturado). 
 
1.2.1 OUTRAS CIÊNCIAS 
A Mecânica dos Solos é uma ciência que pode ser relacionada com 
outras ciências. Veja alguns conceitos segundo Caputo (1988): 
 Mineralogia: Ciências dos minerais; 
 Petrologia: Estudos das rochas; 
 Geomorfologia: Estuda a forma da superfície terrestre e as forças 
que as originam; 
 Geofísica (Hutton) - consiste na aplicação dos métodos da Física ao 
estudo das propriedades dos maciços rochosos e terrosos. 
 
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 Pedologia: Estuda as camadas da superfície da terra; 
 Hidrologia - ciência que se ocupa do estudo das águas superficiais e 
subterrânea; 
 Meteorologia: estudo científico dos fenômenos atmosféricos, cuja 
análise permite a previsão do tempo; 
 Mecânica das rochas: Conjuntos de ciências – Propõe sistematizar 
o estudo das propriedades das rochas e o comportamento dos 
maciços. 
 
1.3 Solo sob o ponto de vista da engenharia 
Geotecnia: É o conjunto da Geologia de engenharia, Mecânica dos solos e 
mecânica das rochas. 
Geomecânica: É a designação que, segundo alguns, englobaria a Mecânica 
dos Solos e a Mecânica das Rochas. (CAPUTO, 1988) 
Sob o ponto de vista da Engenharia Geotécnica, o solo poderá ser utilizado 
como: 
 Material de construção; 
 Elemento de suporte de uma estrutura; 
 Elemento estrutural. 
 
Na Tabela 1 estão indicados, resumidamente, alguns aspectos de 
utilização do solo em sua condição natural e como material de construção. 
 
Tabela 1: Utilização do solo na Engenharia Civil 
Fonte: CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
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2. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS 
 
O conceito de solo está relacionado com a utilização que se 
pretende com o solo e de acordo com cada especialidade. 
 
2.1 Conceito 
 
 
 
 
 
 
Solo vem do latim Solum – a superfície do chão. 
 
 AGRONOMIA: Solo é suporte e fonte de nutrientes para o cultivo ou 
floresta. 
 ECOLOGIA: Solo é suporte das atividades do homem sobre a superfície 
do planeta. 
 ENG. CIVIL: Solo é suporte para as atividades construtivas. 
2.2 Origem dos solos 
Os solos têm a sua origem na decomposição das rochas por 
processo de intemperização. 
 
 
Consequência da ação combinada e recíproca do material parental, 
dos vegetais e animais, clima, da topografia e do tempo. 
CONCEITO SOLO UTILIZAÇÃOQUE SE PRETENDE 
CADA ESPECIALIDADE 
Gênese do solo 
 
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Em que: 
r  Rocha de origem 
o  Organismos vivos 
cl  Clima 
f  Fisiografia 
t  Tempo 
 FATORES PASSIVOS: Servem como Fonte de Material – oferece 
resistência ou atrasam o desenvolvimento dos FA. 
 FATORES ATIVOS: São tidos como Fonte de energia e reagentes. 
“Os fatores que mais influenciam na formação do solo: clima, o tipo 
de rocha, a vegetação, o relevo e o tempo de atuação destes fatores”. 
2.3 Mecanismo de Formação 
Pelo mecanismo de formação o solo é o resultado final do 
intemperismo. 
 Intemperismo: 
“É o conjunto de processos de alteração que ocorrem na superfície da terra e 
que ocasionam a decomposição dos minerais e das rochas pela ação de 
agentes atmosféricos e biológicos”. 
O intemperismo pode físico ou químico: O intemperismo físico é a 
desintegração mecânica das rochas e o intemperismo químico é a 
decomposição química da rocha  Argilas. 
 
SOLO = f(agentes formadores) 
SOLO = f(r, o, cl, f, t) 
 
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 Intemperismo  Físico pode ser: 
 Abrasão 
 Expansão/contração 
 Crescimento cristais 
 Descompressão 
 Congelamento 
 Ação organismos 
 
 Intemperismo  Químico pode ser: 
 Hidratação 
 Hidrólise 
 Oxidação – Redução 
 Carbonatação 
 Dissolução 
 Ação organismos 
 
2.3.1 Tipos de solo 
 
• Residual ou eluvial: Jovem e maduro. 
• Transportado ou Sedimentar: Aluvial, Coluvial, Eólico e Glacial; 
• Orgânico. 
 
Solos transportados ou sedimentares: solos que sofreu a ação de 
agentes transformadores. 
 
Classificação: Segundo agente transportador: 
 
 Aluvionar: Agente  Água 
- Grande variações granulométricas; 
- Cascalhos, areias, argilas; 
- Planícies de inundação. 
 
 Coluvionar: Agente  Gravidade 
 
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- Encostas; 
- Podem cobrir os residuais; 
- Talus  composto blocos rochosos e matriz fina. 
 
 Eólico: Agente  Vento 
- Regiões litorâneas; 
- Dunas. 
 
 Glaciais: Agente  Gelo 
- Pouca importância no Brasil; 
- Comportamento semelhante talus; 
- Solos altamente homogêneos. 
 
Os solos orgânicos podem ser: 
 
 Húmus: impregnação da matéria orgânica em sedimentos pré-existentes ou 
decomposição da matéria orgânica. 
 Turfa: Solo fibroso decomposição folhas, caule e troncos. Solo de péssima 
qualidade para a engenharia civil devido a alta compressibilidade e baixa 
resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. PARTES CONSTITUINTES DE UM SOLO 
 
O Solo é essencialmente constituído da parte sólida, líquida e 
gasosa. Então podemos dizer que o solo é composto por um grande número 
de partículas, com dimensões e formas variadas, A estrutura do solo não é 
maciça e contêm partes porosas que são denominados de vazios, esses vazios 
podem estar totalmente preenchidos por ar (solo não saturado), por água (solo 
saturado) ou ar e água (solo pouco saturado). Veja figura 1. 
 
 
Figura 1: Partes constituintes de um solo 
Fonte: CARDOSO 
 
 
3.1 Parte sólida 
As partes sólidas consistem de partículas que variam em tamanho 
 Pedregulho: Faixa correspondente a poros em que a água não é retida 
ou é fracamente retida. 
 Areia: O limite inferior correspondente a poros em que a água começa a 
ser retida por capilaridade. 
 Silte: O limite correspondente ao tamanho das partículas que podem ser 
vistas a olho nu. 
 Os pedregulhos e as areias são quimicamente inativos (inertes); 
 
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 Os pedregulhos e as areias podem ser classificadas quanto a forma: 
Cúbicos [Preferível em engenharia], lamelares e alongados; 
 Os grãos de areia podem ser classificados de acordo com a forma de 
suas arestas em: angulares [areias residuais], sub-angulares e 
arredondadas [areias de rios, de praias e eólicas]. 
 
 
Figura 2: Formas de grãos de areia 
Fonte: Almeida 
 
3.1.1 Terminologia de acordo com a textura 
 
Os solos são classificados pela sua Análise granulométrica, 
Compacidade, consistência e sua plasticidade. 
 Segundo ATTEBERG (1908)  Conceito de escala granulométrica: 
 Pedregulho: de 2,0 mm até 20mm; 
 Areia grossa: de 0,2mm até 2,0mm; 
 Areia fina: de 0,02mm até 0,2 mm; 
 Silte: de 0,002 mm até 0,02 mm; 
 Argila: Abaixo de 0,002 mm. 
 
A figura a seguir apresenta estas classificações. Isto é, a 
granulometria, a compacidade, a consistência e a plasticidade do pedregulho, 
da areia, do silte e da argila. 
 
 
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Figura 3: Terminologia dos solos 
Fonte: CARDOSO 
 
3.2 Parte líquida 
 
Embora a natureza química da água seja a mesma é comum dividi-
la em categorias. Segundo CAPUTO (1988): 
 
 
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 Água de constituição – faz parte da estrutura molecular da partícula 
sólida. 
 Água adesiva – película de água que está eletricamente ligada à 
partícula. 
 Água higroscópica – permanece num solo seco ao ar livre. Ela só pode 
ser removida por secagem em estufa. 
 Água livre – É a que se encontra em uma determinada zona do terreno 
preenchendo todos os vazios. É a única que pode ser removida por um 
sistema de drenagem. 
 Água capilar – É aquela que nos solos de grãos finos sobe pelos 
interstícios capilares deixados pelas partículas sólidas, além da 
superfície livre da água. 
 
3.3 Parte Gasosa 
É a que preenche os vazios das demais fases, é constituída por ar, 
vapor d’água e gases. 
Os gases nos vazios do solo costumam originar-se de: 
 Decomposição biogênica da matéria orgânica; 
 Difusão de gases de regiões mais profundas; 
 Erupções submarinas vulcânicas ou processos geotérmicos (gases 
vulcânicos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. ÍNDICES FÍSICOS 
 
A figura a seguir apresenta um esquemático das três fases dos 
solos. 
 
 
Figura 4: Forma esquemática das três fases 
Fonte: CARDOSO 
࢚ࡼ = ࢇࡼ + ࢙ࡼ
Em que: 
 
Pt  Peso total 
Pa  Peso de água 
PS  Peso de solo 
 
࢚ࢂ = ࢂࢂ + ࢙ࢂ
࢜ࢂ = ࢘ࢇࢂ + ࢇࢂ
࢚ࢂ = ࢘ࢇࢂ + ࢇࢂ + ࢙ࢂ
Em que: 
 
Vt  Volume total 
Vv  Volume vazios 
VS  Volume de solo 
Var  Volume de ar 
Va  Volume de água 
 
 
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4.1 Relações entre Volumes e pesos 
 
a) Peso específico aparente de um solo (h% ≠ 0) 
 
 
 
b) Peso específico das partículas ou dos grãos 
 
 
 
c) Peso específico aparente seco (h% = 0) 
 
 
 
d) Densidade relativa das partículas 
 
 
 
e) Peso específico saturado 
 
 Para S =1 
 
f) Peso específico submerso 
 
 
 
 
4.2 Relação entre pesos 
 
 
a) Teor de umidade 
 
 
 
4.3 Relações entre volumes 
 
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a) Índice de vazios 
 
 
 
b) Porosidade (porcentagem de vazios de um solo) 
 
 
 
c) Grau de Saturação 
 
 
 
d) Grau de Aeração 
 
 
4.4 Outras relações 
 
a) Grau de Compacidade 
 
 
Em que: 
s nat = peso específico aparente seco no estado natural 
s min = peso específico aparente seco no estado mais solto possível 
s máx = peso específico aparente seco no estado mais compacto possível 
 
 
 
 
Em que: 
máx = índice de vazios no estado mais solto possível 
 
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17
 
mín = índice de vazios no estado mais compacto possível 
nat = índice de vazios no estado natural 
 
Lista de exercícios de Índices físicos (Almeida, 2005) 
 
1. Trace a curva da função ε = f (n), onde ε é o índice de vazios, e n a porosidade. 
 
2. O peso específico de um solo é 1,75 g/cm3e seu teor de umidade 6%. Calcule a 
quantidade de água a adicionar, por m3 de solo, para que o teor de umidade passe a 
13%. Considere constante o índice de vazios. 
 
3. O peso específico de uma argila é 1,7 g/cm3, seu teor de umidade 34 % e a 
densidade das partículas 2,65. Qual o índice de vazios do material? 
 
4. O peso específico de um solo é 1,6 g/cm3, seu teor de umidade 33% e a densidade 
das partículas 2,65. Calcule: a)índice de vazios e, b)porosidade n, c)grau de 
saturação S. d) Que quantidade de água deve-se acrescentar, por m3 de solo, para 
saturá-lo. 
 
5. Uma amostra de areia no estado natural pesa 875 g e seu volume é 512 cm3. Tem 
peso seco 803 g e densidade relativa dos grãos 2,66. Determine índice de vazios, 
porosidade, teor de umidade e grau de saturação. 
 
6. O peso específico dos sólidos de uma areia é 2,650 g/cm3 e seu índice de vazios 
0,57. Calcule os pesos específicos: da areia seca; da areia quando estiver saturada; 
da areia quando se encontrar submersa. 
 
7. Uma argila saturada tem peso específico saturado γsat = 1,84 g/cm3 e umidade h = 
39,3 % .Calcule a densidade das partículas e o índice de vazios. 
 
8. O peso específico de um solo é 1,6 g/cm3, o peso específico das partículas é 2,6 
g/cm3 e o teor de umidade 12 %. Calcule: a) peso específico do solo seco; b) 
porosidade; c) índice de vazios; d) grau de saturação; e) grau de aeração. 
 
9. São conhecidos, para um solo: γ = 1,8 g/cm3 h = 12 % γg = 2,7 g/cm3. Calcule: 
γs, S, A, e n. 
 
10. Um cm3 de solo úmido pesa 1,8 g. Seu peso seco é 1,5 g. O peso específico das 
partículas sólidas é 2,72 g. Calcule o teor de umidade e o índice de vazios. 
 
11. De uma amostra indeformada de solo são obtidos os seguintes dados: Volume total 
1.150 cm3; peso total úmido 2,6 kg; peso seco 2,4 kg; δ = 2,73. Pede-se o grau de 
saturação. 
 
12. De um solo saturado são conhecidos γsat = 1,85 g/cm3 e h = 38,7 %. Calcule o 
peso específico das partículas. 
 
 
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13. Uma amostra de solo pesa 2,75 kg e tem volume 1,5 dm3. A densidade das 
partículas é 2,7. Os pesos de uma pequena amostra, antes e depois de seca em 
estufa, são respectivamente 5 g e 4,35 g. Calcule: teor de umidade, índice de vazios, 
porosidade, grau de saturação e grau de aeração. 
 
14. Dados: Pt = 1010 g, Vt = 558 cm3, γg = 2,68 g/cm3, e Ps = 918g, Calcule: γ , h, 
S, A, ε e n. 
 
15. A porosidade de uma areia é 37% e o peso específico dos grãos 2,66 g/cm3. 
Determine: a) Índice de vazios; b) Peso específico aparente seco; c) Peso específico 
quando S = 30 %; d) Peso específico saturado. 
 
16. Uma amostra de argila saturada tem volume 162 cm3 e pesa 290 g. Sendo δ = 
2,790, determine o índice de vazios, porosidade, teor de umidade e peso específico 
do material (grãos). 
 
17. Um centímetro cúbico de areia seca pesa 1,8 g. Supondo δ = 2,65, calcule o peso 
específico, supondo S = 50 % e S = 100 %. 
 
18. Sendo dados o peso específico úmido 1,8 g/cm3 e o teor de umidade 10%, 
determineγs e S. Considere δ=2,67. 
 
19. Um solo saturado tem teor de umidade 42% e a densidade das partículas é 2,68. 
Calcule o índice de vazios, a porosidade e o peso específico do solo. 
 
20. Uma amostra de solo tem peso 132,2 g e volume 62,3 cm3 no estado natural. Seu 
peso seco é 118,2 g. O peso específico das partículas é 2,67 g/cm3. Calcule a 
umidade, índice de vazios, porosidade e grau de saturação. 
 
21. Conhecidos Pt = 5,1 kg, Vt = 2 605 cm3, h = 13,6 % e γg = 2,65 g/cm3, determine 
γs, S e ε. 
 
22. Dados: Peso total de uma amostra de solo = 72,49 g; peso após secagem em estufa = 
61,28 g; peso da cápsula = 32,54 g; densidade das partículas = 2,69. Pede-se: teor de 
umidade, porosidade, índice de vazios, peso específico aparente (com h = 0 e na 
umidade original) e peso específico do solo submerso. 
 
23. Dados: A = 51,7 %, h = 12,4 % e δ = 2,7, calcule n. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. GRANULOMETRIA 
 
A determinação experimental da distribuição granulométrica chama-
se ANÁLISE GRANULOMÉTRICA. A análise granulométrica é representada 
pela curva granulométrica. 
 
Figura 5: Escala granulométrica, segundo ABNT e AASHO 
Fonte: CAPUTO 
 
Nas figuras 6, 7 e 8 ilustram as curvas granulométricas dos tipos de 
textura. 
 
Figura 6: Solo bem graduado 
Fonte: Almeida 
 
 
Figura 7: Solo desuniforme, graduação aberta 
Fonte: Almeida 
 
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Figura 8: Solo muito uniforme 
Fonte: Almeida 
 
5.1 Parâmetros da curva granulométrica 
 Diâmetro efetivo (def) 
 Grau ou coeficiente de uniformidade (Gu) 
 
a) Diâmetro efetivo (def) 
É o diâmetro correspondente a 10% em peso de todas as partículas 
menores que ele. 
Exemplo: def = 0,60mm, significa que 10% de um solo D possui 
diâmetro inferior a 0,60mm. 
 
b) Grau de uniformidade (Gu): Significa falta de uniformidade. 
 
 
 
 
 
Cu < 5  Solo muito uniforme 
5 < Cu < 15  Solo uniformidade média 
Cu > 15  Solo desuniforme 
 
c) Coeficiente de curvatura (Cc): Para solo bem graduados, Cc está entre 1 
e 3. 
 
 
 
 
ef
60
d
d
uG
1060
2
30
dd
)d(
x
CC 
 
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Pá
gi
na
21
 
 
 
Figura 9: Curva granulométrica 
Fonte: Almeida 
 
5.2 Classificação granulométrica 
A classificação granulométrica de um solo é determinada a partir de 
dois métodos. 
 Granulometria por PENEIRAMENTO: Para solos cujas partículas tem 
dimensões MAIORES que 0,074mm (peneira nº200). 
 Granulometria por SEDIMENTAÇÃO: Para solos cujas partículas tem 
dimensões MENORES que 0,074mm. 
 Para o peneiramento Grosso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para o peneiramento Fino: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pá
gi
na
22
 
5.3 Peneiras normais da ASTM 
As aberturas das malhas das peneiras normais da A.S.T.M. são, em 
milímetros, indicadas tabela a seguir. 
 
 
Exercício 1: 
 
Curva Granulométrica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pá
gi
na
23
 
Exercício 2: Pt = 1423,75g; h = 8,95%; Ph = 108,50g. 
 
Peneiras Massa 
da 
peneira 
(g) 
Massa 
da 
peneira 
+ Massa 
do Solo 
(g) 
Massa 
retida 
parcial 
(g) 
Massa retida 
Acumulado 
(g) 
% 
que 
passa Nº mm 
Peneiramento Grosso 
2” 50,8 232,2 243,8 
1” 25,4 230,1 254,2 
3/8” 9,5 227,8 233,6 
Nº 4 4,2 220,3 228,9 
Nº 8 2,4 219,8 250,1 
Nº 10 2,0 218,3 235,7 
Peneiramento Fino 
Nº 16 1,2 210,8 220,9 
Nº 30 0,60 210,1 213,2 
Nº 40 0,42 202,8 208,7 
Nº 50 0,30 200,7 210,3 
Nº 80 0,18 198,2 205,1 
Nº 100 0,15 197,1 208,5 
Nº 200 0,074 195,5 212,4 
Fonte: Profa. Maria Terezinha do DEGET/CCT da UEMA. 
 
Curva Granulométrica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pá
gi
na
24
 
Exercício 3: 
 
Curva Granulométrica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gi
na
25
 
Exercício 4: 
 
Curva Granulométrica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gi
na
26
 
Exercício 5: Determine as % de pedregulho, areia grossa, areia média, areia 
fina, silte e argila. 
 
 
 
Exercício 6: Determine as % de pedregulho, areia grossa, areia média, areia 
fina, silte e argila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gi
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6. PLASTICIDADE 
 
Segundo Caputo (1988), Plasticidade é normalmente definido como 
uma propriedade dos solos, que consiste na maior ou menor capacidade de 
serem moldados, sob certas condições de unidade, sem variação de volume. 
A figura 10 ilustrao esquema dos estados de consistência e suas 
fronteiras, denominados como Limite de consistência. 
 
 
Figura 10: Esquema dos Estados de Consistência 
Fonte: CAPUTO 
6.1 Limite de Liquidez (LL) 
É feita pelo aparelho de Casagrande. (Figura 11). 
Limite de liquidez do solo é o teor de umidade para o qual o sulco se 
fecha com 25 golpes. 
 
Figura 11: Aparelho de Casagrande 
Fonte: UFBA 
6.2 Limite de Plasticidade 
Moldar com ele, um cilindro de 3mm de diâmetro e cerca de 10 cm 
de comprimento. 
 
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Pá
gi
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28
 
6.3 Índice de Plasticidade 
 
1 < IP < 7  Fracamente plásticas 
7 < IP < 15  Medianamente plásticas 
IP > 15  Altamente plástica 
6.4 Índice de consistência 
 
 
 
 
IC < 0  Muito moles 
0 < IC < 0,50  Moles 
0,50 < IC < 0,75  Médias 
0,75 < IC < 1,00  Rijas 
IC >1,00  Duras 
Exercício 1: 
 
 h(%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (Nº de golpes) 
 
 
LPLLIP 
IP
hLLIC 
 
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Pá
gi
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29
 
Exercício 2: 
 
 h(%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (Nº de golpes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pá
gi
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30
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Gil Carvalho Paulo de. Caracterização Física e Classificação dos 
Solos. Apostila de Solos do Departamento de transportes da Universidade 
Federal de Juiz de Fora, 2005. 
 
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 3. ed. Vol. 
1 e 3. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1988. 
 
CARDOSO, L. R. Apostila de Mecânica dos Solos, ETFES, Vitória, 1995. 
 
COELHO, Maria Teresinha de Medeiros. Notas de aulas de Mecânica dos 
solos. CCT / DEGET’s. Universidade Estadual do Maranhão, 2002. 
 
DAS, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 6 ed. São Paulo: 
Thonsom Learning, 2007. 
 
VARGAS, Milton. Introdução a mecânica dos solos. São Paulo: McGraw-Hill 
do Brasil, 1981.GOMES.

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