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MECÂNICA DOS SOLOS I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Versão 1.0 São Luís 2013 Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS ........................................03 1.1 Primeiros estudos de solos ......................................................03 1.2 Conceitos básicos .....................................................................04 1.2.1 Outras ciências ......................................................................04 1.3 Solo sob ponto de vista da engenharia ...................................05 2. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS .................................................06 2.1 Conceito .....................................................................................06 2.2 Origem dos solos ......................................................................06 2.3 Mecanismo de formação ...........................................................07 2.3.1 Tipos de solos ........................................................................08 3. PARTES CONSTITUINTES DE UM SOLO ...........................................10 3.1 Parte sólida ................................................................................10 3.1.1 Terminologia de acordo com a textura ..................................11 3.2 Parte líquida ...............................................................................12 3.3 Parte gasosa ..............................................................................13 4. ÍNDICES FÍSICOS .................................................................................14 4.1 Relações entre volumes e pesos .............................................15 4.2 Relações entre pesos ................................................................15 4.3 Relações entre volumes ............................................................16 4.4 Outras relações ..........................................................................16 4.5 Lista de exercícios .....................................................................17 5. GRANULOMETRIA ...............................................................................19 5.1 Parâmetros da curva granulométrica ......................................20 5.2 Classificação granulométrica ...................................................21 5.3 Peneiras normais da ASTM ......................................................22 6. PLASTICIDADE .....................................................................................27 6.1 Limite de liquidez .......................................................................27 6.2 Limite de plasticidade ...............................................................27 6.3 Índice de plasticidade ...............................................................28 6.4 Índice de consistência ..............................................................28 REFERÊNCIAS ......................................................................................30 Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 3 1. INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS A necessidade de manusear os solos encontra-se sua origem nos tempos mais remotos. Podemos constatar os problemas de fundações e de obras de terra que surgiram nas grandes construções. Partes do capítulo 1 e do capítulo 2 foram extraídas das notas de aulas da professora Maria Teresinha do curso de Engenharia Civil da UEMA. 1.1 Primeiros estudos de solos TEMPOS REMOTOS Pirâmides do Egito; Templos da babilônia; Muralha da China; Aquedutos e outros. Primeiros trabalhos sobre o comportamento do solo: Séc. XVII – Mais no sentido matemático do físico; Séc. XIX – Milton Vargas – Período Clássico, a engenharia Matemática. SUCESSIVOS ACIDENTES: Escorregamento de taludes de terra durante a construção do canal do Panamá; Rupturas de barragens; Sucessivos recalques de grandes edifícios; Escorregamentos em taludes de ferrovias; Acidentes com muros de cais e escorregamentos de terra, em particular na construção do Canal de Kiel. Em 1913, uma Comissão foi nomeada para examinar e opinar sobre os sucessivos acidentes nas obras de terra. Em 1925 – Prof. Karl Terzaghi, Nascia a MECÂNICA DOS SOLOS. Fase sólida granular; Fase fluida. No Brasil: Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 4 Estudo da Mecânica dos Solos foi introduzido na Escola de Engenharia da UFRJ em 1951; Homero Pinto CAPUTO, Surgiu boletins publicados pela ABMS. 1.2 Conceitos básicos Para a GEOLOGIA: “Solo é o material superficial não consolidado do regolito, dotado de características e propriedades que lhe concede maior ou menor aptidão para: estabilidade, permeabilidade, drenagem, compressibilidade, etc”. Para a ABNT: “Materiais constituintes da crosta terrestre proveniente da decomposição in situ das rochas pelos diversos agentes geológicos, ou pela sedimentação não consolidada dos grãos elementares constituintes das rochas, com adição eventual de partículas fibrosas de material carbonoso e matéria orgânica no estado coloidal”. Para a MECÂNICA DOS SOLOS: “Solo é o material resultante da desintegração das rochas por agentes atmosféricos e biológicos”. Solo – Acumulação de partículas minerais (parte sólida), formando vazios (poros ou interstícios) preenchidos por ar (não saturado) ou água (saturado) ou ar e água (parcialmente saturado). 1.2.1 OUTRAS CIÊNCIAS A Mecânica dos Solos é uma ciência que pode ser relacionada com outras ciências. Veja alguns conceitos segundo Caputo (1988): Mineralogia: Ciências dos minerais; Petrologia: Estudos das rochas; Geomorfologia: Estuda a forma da superfície terrestre e as forças que as originam; Geofísica (Hutton) - consiste na aplicação dos métodos da Física ao estudo das propriedades dos maciços rochosos e terrosos. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 5 Pedologia: Estuda as camadas da superfície da terra; Hidrologia - ciência que se ocupa do estudo das águas superficiais e subterrânea; Meteorologia: estudo científico dos fenômenos atmosféricos, cuja análise permite a previsão do tempo; Mecânica das rochas: Conjuntos de ciências – Propõe sistematizar o estudo das propriedades das rochas e o comportamento dos maciços. 1.3 Solo sob o ponto de vista da engenharia Geotecnia: É o conjunto da Geologia de engenharia, Mecânica dos solos e mecânica das rochas. Geomecânica: É a designação que, segundo alguns, englobaria a Mecânica dos Solos e a Mecânica das Rochas. (CAPUTO, 1988) Sob o ponto de vista da Engenharia Geotécnica, o solo poderá ser utilizado como: Material de construção; Elemento de suporte de uma estrutura; Elemento estrutural. Na Tabela 1 estão indicados, resumidamente, alguns aspectos de utilização do solo em sua condição natural e como material de construção. Tabela 1: Utilização do solo na Engenharia Civil Fonte: CARDOSO Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 6 2. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS O conceito de solo está relacionado com a utilização que se pretende com o solo e de acordo com cada especialidade. 2.1 Conceito Solo vem do latim Solum – a superfície do chão. AGRONOMIA: Solo é suporte e fonte de nutrientes para o cultivo ou floresta. ECOLOGIA: Solo é suporte das atividades do homem sobre a superfície do planeta. ENG. CIVIL: Solo é suporte para as atividades construtivas. 2.2 Origem dos solos Os solos têm a sua origem na decomposição das rochas por processo de intemperização. Consequência da ação combinada e recíproca do material parental, dos vegetais e animais, clima, da topografia e do tempo. CONCEITO SOLO UTILIZAÇÃOQUE SE PRETENDE CADA ESPECIALIDADE Gênese do solo Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 7 Em que: r Rocha de origem o Organismos vivos cl Clima f Fisiografia t Tempo FATORES PASSIVOS: Servem como Fonte de Material – oferece resistência ou atrasam o desenvolvimento dos FA. FATORES ATIVOS: São tidos como Fonte de energia e reagentes. “Os fatores que mais influenciam na formação do solo: clima, o tipo de rocha, a vegetação, o relevo e o tempo de atuação destes fatores”. 2.3 Mecanismo de Formação Pelo mecanismo de formação o solo é o resultado final do intemperismo. Intemperismo: “É o conjunto de processos de alteração que ocorrem na superfície da terra e que ocasionam a decomposição dos minerais e das rochas pela ação de agentes atmosféricos e biológicos”. O intemperismo pode físico ou químico: O intemperismo físico é a desintegração mecânica das rochas e o intemperismo químico é a decomposição química da rocha Argilas. SOLO = f(agentes formadores) SOLO = f(r, o, cl, f, t) Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 8 Intemperismo Físico pode ser: Abrasão Expansão/contração Crescimento cristais Descompressão Congelamento Ação organismos Intemperismo Químico pode ser: Hidratação Hidrólise Oxidação – Redução Carbonatação Dissolução Ação organismos 2.3.1 Tipos de solo • Residual ou eluvial: Jovem e maduro. • Transportado ou Sedimentar: Aluvial, Coluvial, Eólico e Glacial; • Orgânico. Solos transportados ou sedimentares: solos que sofreu a ação de agentes transformadores. Classificação: Segundo agente transportador: Aluvionar: Agente Água - Grande variações granulométricas; - Cascalhos, areias, argilas; - Planícies de inundação. Coluvionar: Agente Gravidade Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 9 - Encostas; - Podem cobrir os residuais; - Talus composto blocos rochosos e matriz fina. Eólico: Agente Vento - Regiões litorâneas; - Dunas. Glaciais: Agente Gelo - Pouca importância no Brasil; - Comportamento semelhante talus; - Solos altamente homogêneos. Os solos orgânicos podem ser: Húmus: impregnação da matéria orgânica em sedimentos pré-existentes ou decomposição da matéria orgânica. Turfa: Solo fibroso decomposição folhas, caule e troncos. Solo de péssima qualidade para a engenharia civil devido a alta compressibilidade e baixa resistência. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 10 3. PARTES CONSTITUINTES DE UM SOLO O Solo é essencialmente constituído da parte sólida, líquida e gasosa. Então podemos dizer que o solo é composto por um grande número de partículas, com dimensões e formas variadas, A estrutura do solo não é maciça e contêm partes porosas que são denominados de vazios, esses vazios podem estar totalmente preenchidos por ar (solo não saturado), por água (solo saturado) ou ar e água (solo pouco saturado). Veja figura 1. Figura 1: Partes constituintes de um solo Fonte: CARDOSO 3.1 Parte sólida As partes sólidas consistem de partículas que variam em tamanho Pedregulho: Faixa correspondente a poros em que a água não é retida ou é fracamente retida. Areia: O limite inferior correspondente a poros em que a água começa a ser retida por capilaridade. Silte: O limite correspondente ao tamanho das partículas que podem ser vistas a olho nu. Os pedregulhos e as areias são quimicamente inativos (inertes); Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 11 Os pedregulhos e as areias podem ser classificadas quanto a forma: Cúbicos [Preferível em engenharia], lamelares e alongados; Os grãos de areia podem ser classificados de acordo com a forma de suas arestas em: angulares [areias residuais], sub-angulares e arredondadas [areias de rios, de praias e eólicas]. Figura 2: Formas de grãos de areia Fonte: Almeida 3.1.1 Terminologia de acordo com a textura Os solos são classificados pela sua Análise granulométrica, Compacidade, consistência e sua plasticidade. Segundo ATTEBERG (1908) Conceito de escala granulométrica: Pedregulho: de 2,0 mm até 20mm; Areia grossa: de 0,2mm até 2,0mm; Areia fina: de 0,02mm até 0,2 mm; Silte: de 0,002 mm até 0,02 mm; Argila: Abaixo de 0,002 mm. A figura a seguir apresenta estas classificações. Isto é, a granulometria, a compacidade, a consistência e a plasticidade do pedregulho, da areia, do silte e da argila. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 12 Figura 3: Terminologia dos solos Fonte: CARDOSO 3.2 Parte líquida Embora a natureza química da água seja a mesma é comum dividi- la em categorias. Segundo CAPUTO (1988): Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 13 Água de constituição – faz parte da estrutura molecular da partícula sólida. Água adesiva – película de água que está eletricamente ligada à partícula. Água higroscópica – permanece num solo seco ao ar livre. Ela só pode ser removida por secagem em estufa. Água livre – É a que se encontra em uma determinada zona do terreno preenchendo todos os vazios. É a única que pode ser removida por um sistema de drenagem. Água capilar – É aquela que nos solos de grãos finos sobe pelos interstícios capilares deixados pelas partículas sólidas, além da superfície livre da água. 3.3 Parte Gasosa É a que preenche os vazios das demais fases, é constituída por ar, vapor d’água e gases. Os gases nos vazios do solo costumam originar-se de: Decomposição biogênica da matéria orgânica; Difusão de gases de regiões mais profundas; Erupções submarinas vulcânicas ou processos geotérmicos (gases vulcânicos). Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 14 4. ÍNDICES FÍSICOS A figura a seguir apresenta um esquemático das três fases dos solos. Figura 4: Forma esquemática das três fases Fonte: CARDOSO ࢚ࡼ = ࢇࡼ + ࢙ࡼ Em que: Pt Peso total Pa Peso de água PS Peso de solo ࢚ࢂ = ࢂࢂ + ࢙ࢂ ࢜ࢂ = ࢘ࢇࢂ + ࢇࢂ ࢚ࢂ = ࢘ࢇࢂ + ࢇࢂ + ࢙ࢂ Em que: Vt Volume total Vv Volume vazios VS Volume de solo Var Volume de ar Va Volume de água Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 15 4.1 Relações entre Volumes e pesos a) Peso específico aparente de um solo (h% ≠ 0) b) Peso específico das partículas ou dos grãos c) Peso específico aparente seco (h% = 0) d) Densidade relativa das partículas e) Peso específico saturado Para S =1 f) Peso específico submerso 4.2 Relação entre pesos a) Teor de umidade 4.3 Relações entre volumes Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 16 a) Índice de vazios b) Porosidade (porcentagem de vazios de um solo) c) Grau de Saturação d) Grau de Aeração 4.4 Outras relações a) Grau de Compacidade Em que: s nat = peso específico aparente seco no estado natural s min = peso específico aparente seco no estado mais solto possível s máx = peso específico aparente seco no estado mais compacto possível Em que: máx = índice de vazios no estado mais solto possível Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 17 mín = índice de vazios no estado mais compacto possível nat = índice de vazios no estado natural Lista de exercícios de Índices físicos (Almeida, 2005) 1. Trace a curva da função ε = f (n), onde ε é o índice de vazios, e n a porosidade. 2. O peso específico de um solo é 1,75 g/cm3e seu teor de umidade 6%. Calcule a quantidade de água a adicionar, por m3 de solo, para que o teor de umidade passe a 13%. Considere constante o índice de vazios. 3. O peso específico de uma argila é 1,7 g/cm3, seu teor de umidade 34 % e a densidade das partículas 2,65. Qual o índice de vazios do material? 4. O peso específico de um solo é 1,6 g/cm3, seu teor de umidade 33% e a densidade das partículas 2,65. Calcule: a)índice de vazios e, b)porosidade n, c)grau de saturação S. d) Que quantidade de água deve-se acrescentar, por m3 de solo, para saturá-lo. 5. Uma amostra de areia no estado natural pesa 875 g e seu volume é 512 cm3. Tem peso seco 803 g e densidade relativa dos grãos 2,66. Determine índice de vazios, porosidade, teor de umidade e grau de saturação. 6. O peso específico dos sólidos de uma areia é 2,650 g/cm3 e seu índice de vazios 0,57. Calcule os pesos específicos: da areia seca; da areia quando estiver saturada; da areia quando se encontrar submersa. 7. Uma argila saturada tem peso específico saturado γsat = 1,84 g/cm3 e umidade h = 39,3 % .Calcule a densidade das partículas e o índice de vazios. 8. O peso específico de um solo é 1,6 g/cm3, o peso específico das partículas é 2,6 g/cm3 e o teor de umidade 12 %. Calcule: a) peso específico do solo seco; b) porosidade; c) índice de vazios; d) grau de saturação; e) grau de aeração. 9. São conhecidos, para um solo: γ = 1,8 g/cm3 h = 12 % γg = 2,7 g/cm3. Calcule: γs, S, A, e n. 10. Um cm3 de solo úmido pesa 1,8 g. Seu peso seco é 1,5 g. O peso específico das partículas sólidas é 2,72 g. Calcule o teor de umidade e o índice de vazios. 11. De uma amostra indeformada de solo são obtidos os seguintes dados: Volume total 1.150 cm3; peso total úmido 2,6 kg; peso seco 2,4 kg; δ = 2,73. Pede-se o grau de saturação. 12. De um solo saturado são conhecidos γsat = 1,85 g/cm3 e h = 38,7 %. Calcule o peso específico das partículas. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 18 13. Uma amostra de solo pesa 2,75 kg e tem volume 1,5 dm3. A densidade das partículas é 2,7. Os pesos de uma pequena amostra, antes e depois de seca em estufa, são respectivamente 5 g e 4,35 g. Calcule: teor de umidade, índice de vazios, porosidade, grau de saturação e grau de aeração. 14. Dados: Pt = 1010 g, Vt = 558 cm3, γg = 2,68 g/cm3, e Ps = 918g, Calcule: γ , h, S, A, ε e n. 15. A porosidade de uma areia é 37% e o peso específico dos grãos 2,66 g/cm3. Determine: a) Índice de vazios; b) Peso específico aparente seco; c) Peso específico quando S = 30 %; d) Peso específico saturado. 16. Uma amostra de argila saturada tem volume 162 cm3 e pesa 290 g. Sendo δ = 2,790, determine o índice de vazios, porosidade, teor de umidade e peso específico do material (grãos). 17. Um centímetro cúbico de areia seca pesa 1,8 g. Supondo δ = 2,65, calcule o peso específico, supondo S = 50 % e S = 100 %. 18. Sendo dados o peso específico úmido 1,8 g/cm3 e o teor de umidade 10%, determineγs e S. Considere δ=2,67. 19. Um solo saturado tem teor de umidade 42% e a densidade das partículas é 2,68. Calcule o índice de vazios, a porosidade e o peso específico do solo. 20. Uma amostra de solo tem peso 132,2 g e volume 62,3 cm3 no estado natural. Seu peso seco é 118,2 g. O peso específico das partículas é 2,67 g/cm3. Calcule a umidade, índice de vazios, porosidade e grau de saturação. 21. Conhecidos Pt = 5,1 kg, Vt = 2 605 cm3, h = 13,6 % e γg = 2,65 g/cm3, determine γs, S e ε. 22. Dados: Peso total de uma amostra de solo = 72,49 g; peso após secagem em estufa = 61,28 g; peso da cápsula = 32,54 g; densidade das partículas = 2,69. Pede-se: teor de umidade, porosidade, índice de vazios, peso específico aparente (com h = 0 e na umidade original) e peso específico do solo submerso. 23. Dados: A = 51,7 %, h = 12,4 % e δ = 2,7, calcule n. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 19 5. GRANULOMETRIA A determinação experimental da distribuição granulométrica chama- se ANÁLISE GRANULOMÉTRICA. A análise granulométrica é representada pela curva granulométrica. Figura 5: Escala granulométrica, segundo ABNT e AASHO Fonte: CAPUTO Nas figuras 6, 7 e 8 ilustram as curvas granulométricas dos tipos de textura. Figura 6: Solo bem graduado Fonte: Almeida Figura 7: Solo desuniforme, graduação aberta Fonte: Almeida Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 20 Figura 8: Solo muito uniforme Fonte: Almeida 5.1 Parâmetros da curva granulométrica Diâmetro efetivo (def) Grau ou coeficiente de uniformidade (Gu) a) Diâmetro efetivo (def) É o diâmetro correspondente a 10% em peso de todas as partículas menores que ele. Exemplo: def = 0,60mm, significa que 10% de um solo D possui diâmetro inferior a 0,60mm. b) Grau de uniformidade (Gu): Significa falta de uniformidade. Cu < 5 Solo muito uniforme 5 < Cu < 15 Solo uniformidade média Cu > 15 Solo desuniforme c) Coeficiente de curvatura (Cc): Para solo bem graduados, Cc está entre 1 e 3. ef 60 d d uG 1060 2 30 dd )d( x CC Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 21 Figura 9: Curva granulométrica Fonte: Almeida 5.2 Classificação granulométrica A classificação granulométrica de um solo é determinada a partir de dois métodos. Granulometria por PENEIRAMENTO: Para solos cujas partículas tem dimensões MAIORES que 0,074mm (peneira nº200). Granulometria por SEDIMENTAÇÃO: Para solos cujas partículas tem dimensões MENORES que 0,074mm. Para o peneiramento Grosso: Para o peneiramento Fino: Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 22 5.3 Peneiras normais da ASTM As aberturas das malhas das peneiras normais da A.S.T.M. são, em milímetros, indicadas tabela a seguir. Exercício 1: Curva Granulométrica: Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 23 Exercício 2: Pt = 1423,75g; h = 8,95%; Ph = 108,50g. Peneiras Massa da peneira (g) Massa da peneira + Massa do Solo (g) Massa retida parcial (g) Massa retida Acumulado (g) % que passa Nº mm Peneiramento Grosso 2” 50,8 232,2 243,8 1” 25,4 230,1 254,2 3/8” 9,5 227,8 233,6 Nº 4 4,2 220,3 228,9 Nº 8 2,4 219,8 250,1 Nº 10 2,0 218,3 235,7 Peneiramento Fino Nº 16 1,2 210,8 220,9 Nº 30 0,60 210,1 213,2 Nº 40 0,42 202,8 208,7 Nº 50 0,30 200,7 210,3 Nº 80 0,18 198,2 205,1 Nº 100 0,15 197,1 208,5 Nº 200 0,074 195,5 212,4 Fonte: Profa. Maria Terezinha do DEGET/CCT da UEMA. Curva Granulométrica: Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 24 Exercício 3: Curva Granulométrica: Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 25 Exercício 4: Curva Granulométrica: Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 26 Exercício 5: Determine as % de pedregulho, areia grossa, areia média, areia fina, silte e argila. Exercício 6: Determine as % de pedregulho, areia grossa, areia média, areia fina, silte e argila. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 27 6. PLASTICIDADE Segundo Caputo (1988), Plasticidade é normalmente definido como uma propriedade dos solos, que consiste na maior ou menor capacidade de serem moldados, sob certas condições de unidade, sem variação de volume. A figura 10 ilustrao esquema dos estados de consistência e suas fronteiras, denominados como Limite de consistência. Figura 10: Esquema dos Estados de Consistência Fonte: CAPUTO 6.1 Limite de Liquidez (LL) É feita pelo aparelho de Casagrande. (Figura 11). Limite de liquidez do solo é o teor de umidade para o qual o sulco se fecha com 25 golpes. Figura 11: Aparelho de Casagrande Fonte: UFBA 6.2 Limite de Plasticidade Moldar com ele, um cilindro de 3mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento. Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 28 6.3 Índice de Plasticidade 1 < IP < 7 Fracamente plásticas 7 < IP < 15 Medianamente plásticas IP > 15 Altamente plástica 6.4 Índice de consistência IC < 0 Muito moles 0 < IC < 0,50 Moles 0,50 < IC < 0,75 Médias 0,75 < IC < 1,00 Rijas IC >1,00 Duras Exercício 1: h(%) (Nº de golpes) LPLLIP IP hLLIC Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 29 Exercício 2: h(%) (Nº de golpes) Mecânica dos Solos I Prof. Jean Mark Corrêa Santos Pá gi na 30 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Gil Carvalho Paulo de. Caracterização Física e Classificação dos Solos. Apostila de Solos do Departamento de transportes da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2005. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 3. ed. Vol. 1 e 3. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1988. CARDOSO, L. R. Apostila de Mecânica dos Solos, ETFES, Vitória, 1995. COELHO, Maria Teresinha de Medeiros. Notas de aulas de Mecânica dos solos. CCT / DEGET’s. Universidade Estadual do Maranhão, 2002. DAS, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 6 ed. São Paulo: Thonsom Learning, 2007. VARGAS, Milton. Introdução a mecânica dos solos. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1981.GOMES.
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