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3 Período_ Direito Empresarial I

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3º Período: Direito Empresarial I
1º parte:
1.1 Direito de Empresa
1.2 Propriedade Industrial
2º parte:
2.1 Direito Societário
2.2 Sociedades Simples e Sociedades
Empresárias
3º parte: Sociedades Anônimas
AULA I: O que é empresarialidade?
- Empresarialidade: unidade lógica
formada por: Empresa, Empresário e
Estabelecimento
Breve história do mundo empresarial: na Idade
Média havia os escambos, a troca de
mercadoria por mercadoria. Até que surge uma
determinada figura: o comerciante, aquele que
faz a intermediação de um produto com outro
produto, une quem produz com quem
consome. A partir dessas trocas de
mercadorias, comunidades foram surgindo em
torno do comércio: os burgos. Com o
surgimento da moeda, torna-se o intermediário
da troca, as mercadorias passam a ter um valor
monetário. Surgem Regras de norma de
comportamento dos comerciantes feitas pelos
Tribunais.
- Assim surge o Direito Comercial,
ligado à figura do comerciante;
- A figura do monarca está ligada com a
nacionalidade e impressão da sua
moeda. Estados absolutistas
- Surge a noção de Atos de Comércio no
Mundo Feudal: se estabelecia que o
comerciante era aquele que realizava
Atos de Comércio, ligado às
corporações de ofício. Só poderia
realizar determinados atos quem
estivesse vinculado a uma corporação
de ofício. A norma jurídica
estabeleceria quais seriam os Atos de
Comércio.
- O Novo Código Civil brasileiro
derruba o Código Comercial Imperial
e determina que o Ato de Comércio
(Direito Comercial) vira Atividade
Econômica (Direito de Empresa). O
principal atuante passa a ser o
empresário, não há necessidade de
uma norma definir o que é um Ato de
Comércio. Essa mudança dá
amplitude, refere-se a qualquer
atividade que o homem realiza para a
sua subsistência.
- Artigo 966: Considera-se empresário
quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou
de serviços.
- Empresa: Atividade Econômica, fato
econômico realizado por uma
determinada figura: O Empresário,
sujeito de direitos e obrigações,
podendo ser pessoa física ou jurídica,
sociedade individual ou com mais
pessoas. E para que ele exerça a
atividade, ele necessita de um
Estabelecimento: um local.
- Critério Material para se considerar
Empresário: Profissionalidade.
Necessidade de que a atividade
econômica seja feita habitualmente e
para subsistência.
- Setor Primário: agricultura.
Secundário: Indústria. Terciário:
prestação de serviços. Todos esses
campos são noções de Empresa.
- Um civil que não consegue pagar suas
contas é insolvente, um empresário é
falido. Questão de termos.
- A pessoa que exerce atividade
econômica profissionalmente e não é
registrada na Junta Comercial, ainda é
considerada Empresária, mesmo que
informal.
- Parágrafo Único Art. 966: Não se
considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda
com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de
empresa.
- Exemplo: Advogado (atividade
intelectual) não é considerado
empresário mesmo que exerça uma
atividade econômica e tenha um
escritório. A OAB estabelece que a
sociedade formada por um advogado é
uma Sociedade Simples e não
Sociedade Empresária.
- Exemplo II: Clínica de ortopedia com
vários médicos constituindo uma
equipe de profissionais, em que o
dono somente administra os
profissionais: constitui elemento de
empresa e o dono é considerado
empresário.
- CNPJ é um registro vinculado a uma
questão tributária, diferente do registro
na Junta Comercial. Para que o
empresário seja regular, é necessário
que ele tenha o registro comercial.
- Art 980 do Código Civil: 980-A - A
empresa individual de
responsabilidade limitada será
constituída por uma única pessoa
titular da totalidade do capital social,
devidamente integralizado, que não
será inferior a 100 (cem) vezes o
maior salário-mínimo vigente no País.
- Esse artigo trata da figura do EIRELI
(ultrapassada) que foi substituída pela
figura da Sociedade Limitada
Unipessoal (LTDA). O EIRELI era
considerado uma pessoa jurídica, que
para ser considerado empresário teria
que ter um capital 100 vezes maior
que o salário mínimo.
- Art. 1.052. Na sociedade limitada, a
responsabilidade de cada sócio é
restrita ao valor de suas quotas, mas
todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social.
§ 1º A sociedade limitada pode ser
constituída por 1 (uma) ou mais
pessoas. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão
ao documento de constituição do sócio
único, no que couber, as disposições
sobre o contrato social.
- Revoga-se o que é dito no Art 980 A,
o EIRELI. Ou seja, permite-se ser
Sociedade Limitada Unipessoal com
as mesmas características de um
EIRELI, de apenas uma pessoa, sem a
exigência de um capital mínimo.
O termo “empresário individual” diz respeito
àquele que exerce uma atividade econômica de
forma organizada, profissional, de produção ou
circulação de bens. Não exerce a atividade de
forma coletiva, ou seja, não há sociedade. O
registro é uma obrigação que ele deve realizar
antes do exercício da atividade econômica.
Duas espécies de Empresário Individual:
- Comum: decorrente da atividade
econômica, ele provém sua
subsistência e da sua família. Exerce a
atividade econômica buscando lucro.
Senhor de direitos e obrigações, uma
vez registrado, sendo empresário
formal. (Exemplo: Pessoa física: Cleto
Leto. Registrado no RPEM e adota o
nome empresarial: Leto Móveis de
Arte. Capital Social = R$150.000,00).
Se, no exercício da ativ. econ., ele vir
a falir e a empresa não conseguir
abranger a dívida, o seu patrimônio
individual estará comprometido e será
usado para o pagamento da dívida.
(Cont. do exemplo: Leto Móveis de
Arte contrai uma dívida de
R$500.000,00 e não tem condições de
pagar - insolvente - e fale. Caso ele
venda a empresa e pague
R$150.000,00, ele, como empresário,
irá incluir seu patrimônio pessoal para
sanar a dívida aos seus credores). A
dívida não paga com o patrimônio do
empreendimento, permite aos credores
executarem o seu patrimônio pessoal
ou particular (Cleto Leto pessoa
física), exceto bens de família.
- EIRELI: Empresa individual de
responsabilidade limitada. Registrado
com o nome : Leto Móveis de Arte,
EIRELI, torna-se uma pessoa jurídica
com o próprio patrimônio. Esse
conceito serve de respaldo para que o
patrimônio pessoal (pessoa física,
Cleto Leto) não seja prejudicado. O
registro é um ato constitutivo, pois ao
se registrar, configura-se a
constituição de uma figura jurídica.
Em caso de falência, o empresário
deverá pagar o capital social declarado
e os seus credores não poderão
executar seu patrimônio pessoal. O
limite da responsabilidade do EIRELI
é de R$150.000,00, mas isso não é
uma proteção absoluta, caso o
patrimônio empresarial não pague o
valor total, os credores terão o limite
de até R$150.000,00 para executar o
patrimônio pessoal do empresário. A
Lei 14.195/21 extinguiu a figura do
EIRELI, Cleto Leto se registra como
Leto Móveis de Arte LTDA, o registro
automaticamente se transforma em
SLU (sociedade limitada unipessoal),
a grande vantagem dessa mudança é a
disponibilização da possibilidade de
proteger o patrimônio pessoal do
empresário, desde que atinja o capital
social declarado, pagando o capital
social, está protegido o patrimônio
pessoal. Passa a ser pessoa jurídica e
não necessita do capital social superior
a 100x do salário mínimo. Caso a
dívida seja excedente ao capital social
declarado e o empresário pague o
capital social declarado, o credor não
receberá a quantia excedente e não
poderá executar o patrimônio pessoal
do empresário.
CNPJ: cadastro nacional de pessoa jurídica
para efeitos tributários, exercício da atividade
econômica.
RPEM: junta comercial, empresa regularizada.
Declara nome pessoalde pessoa física, que irá
adotar o nome empresarial por firma ou
denominação ou adota o CNPJ.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do
empresário no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, antes do início
de sua atividade.
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á
mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade,
domicílio, estado civil e, se casado, o
regime de bens;
II - a firma, com a respectiva
assinatura autógrafa que poderá ser
substituída pela assinatura autenticada
com certificação digital ou meio
equivalente que comprove a sua
autenticidade, ressalvado o disposto
no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei
Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006 ; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
§1º Com as indicações estabelecidas
neste artigo, a inscrição será tomada por
termo no livro próprio do Registro
Público de Empresas Mercantis, e
obedecerá a número de ordem contínuo
para todos os empresários inscritos.
§2º À margem da inscrição, e com as
mesmas formalidades, serão averbadas
quaisquer modificações nela ocorrentes.
§3º Caso venha a admitir sócios, o
empresário individual poderá solicitar ao
Registro Público de Empresas Mercantis
a transformação de seu registro de
empresário para registro de sociedade
empresária, observado, no que couber, o
disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste
Código . (Incluído pela Lei
Complementar nº 128, de 2008)
§4º O processo de abertura, registro,
alteração e baixa do microempreendedor
individual de que trata o art. 18-A da Lei
Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, bem como qualquer
exigência para o início de seu
funcionamento deverão ter trâmite
especial e simplificado, preferentemente
eletrônico, opcional para o
empreendedor, na forma a ser
disciplinada pelo Comitê para Gestão da
Rede Nacional para a Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e
Negócios - CGSIM, de que trata o inciso
III do art. 2º da mesma Lei . (Incluído
pela Lei nº 12.470, de 2011)
§5º Para fins do disposto no § 4 o,
poderão ser dispensados o uso da firma,
com a respectiva assinatura autógrafa, o
capital, requerimentos, demais
assinaturas, informações relativas à
nacionalidade, estado civil e regime de
bens, bem como remessa de documentos,
na forma estabelecida pelo CGSIM.
(Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
Art. 50. Em caso de abuso da
personalidade jurídica, caracterizado pelo
desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz, a requerimento
da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de
certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de
sócios da pessoa jurídica beneficiados
direta ou indiretamente pelo abuso.
Ex: se nós temos o limite de responsabilidade
do capital social, o empresário retira do
patrimônio indevidamente, para que ele pague
somente o cs inicial baixo, mesmo que durante
o exercício da ativ econ tenha acumulado mais
bens que esse valor. O juiz, então, poderá
estender ao patrimônio pessoal.
Mais duas espécies de empresário:
- Rural: Art. 971 O empresário, cuja
atividade rural constitua sua principal
profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968
e seus parágrafos, requerer inscrição
no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em
que, depois de inscrito, ficará
equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.
No momento em que ele se registra, passa a
ser equiparado ao empresário sujeito ao
registro (é uma faculdade ele se registrar ou
não). É uma facilitação da Lei em relação ao
produtor rural.
- Menor de idade: Art. 972. Podem
exercer a atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da
capacidade civil e não forem
legalmente impedidos.
Entre 16 e 18 anos. Por efeito da emancipação,
o menor pode ser considerado, por Lei, como
capaz. Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito
anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida
civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a
incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na
falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial,
ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público
efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino
superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial,
ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia
própria”.
A emancipação é um mecanismo legal que
permite ao menor de idade exercer uma
atividade econômica empresarial, entre os 16
aos 18 anos. É uma antecipação da
maioridade, que permite ao jovem de 16 a 18,
exercer uma atividade em pleno gozo da sua
capacidade civil e a lei estabelece quais são as
circunstâncias que o permitem, dessas, pelo
estabelecimento comercial: o menor com 16
anos completos, tenha economia própria, ou
seja, por exemplo, o menor recebe uma
herança e investe em uma atividade
econômica, então ele pode ser registrado na
junta comercial.
A autorização (Arts 974 ao 978 CC): no caso
de falecimento de um empresário, se um
menor de idade for autorizado por um juiz, ele
poderá dar continuidade à atividade
econômica. Princípio da Preservação da
Empresa. Obriga-se que essa autorização seja
registrada na junta comercial.
Quando ele é autorizado, esse instituto da
autorização diverge da emancipação, porque
essa não é permanente, não é absoluto, a
autorização é precária (pode ser retirada a
autorização, desde que seja apresentado
provas), se o menor cometer ato que dilapide o
patrimônio, com risco que ele leve o
empreendimento à quebra, ele pode ser
afastado; o tutor pode solicitar ao juiz que
retire a autorização de exercer a atividade
econômica.
NOTA DE RODAPÉ: funcionário público,
magistrados, promotores, etc não podem ser
empresários, somente sócios. Sócio não é
empresário, sócio é um investidor. SLU
também não é permitida.
Art 974 § 3º O Registro Público de Empresas
Mercantis a cargo das Juntas Comerciais
deverá registrar contratos ou alterações
contratuais de sociedade que envolva sócio
incapaz, desde que atendidos, de forma
conjunta, os seguintes pressupostos: (Incluído
pela Lei nº 12.399, de 2011)
I – o sócio incapaz não pode exercer a
administração da sociedade; (Incluído pela Lei
nº 12.399, de 2011)
II – o capital social deve ser totalmente
integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, de
2011)
III – o sócio relativamente incapaz deve ser
assistido e o absolutamente incapaz deve ser
representado por seus representantes legais.
(Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
Incapaz: pode ser um menor de idade, um
impedido ou um incapaz de exercer a
sociedade.
Quem pode ser considerado relativamente
incapaz?
São relativamente incapazes os maiores de
16 anos e menores de 18 anos; os ébrios
habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por
deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido; os excepcionais, sem
desenvolvimento mental completo; os
pródigos - quem dilapida o patrimônio, entre
outros
Direito x Obrigações: Identificação do
Empresário
A primeira obrigação do empresário (Art 967)
é o registro, é uma obrigação de regularidade.
Não é um definidor do empresário, mesmo que
exerça uma atividade econômica de forma
irregular, ele é considerado empresário. O
Registro Público de Empresa Mercantil
(RPEM) é representado pela junta comercial.
No caso como filial, o empresário deve
apresentar o seu registro matriz (da sua
entidade federativa, ex: PB) e realizar um
outro registro na junta comercial do novo
estado, mantendo o CNPJ, que é nacional.
NOTA DE RODAPÉ
A principal diferença entre filial e franquiaé o
modelo de negócios. Enquanto uma filial de
uma empresa é uma unidade de negócios
constituída, gerida e financiada pela empresa
detentora da marca, uma franquia é uma
unidade de negócio que pertence a terceiros,
com permissão da utilização da marca e seus
processos.
Muita gente acha que, por abrir uma franquia,
poderá utilizar o CNPJ da franqueadora. Mas
isso não é possível, pois as empresas são de
donos diferentes, concorda? Você será o dono
da sua unidade, e não a franqueadora. Então,
nada mais correto do que você ter um registro
próprio.
FIM DA NOTA DE RODAPÉ
Escrituração também é uma obrigação do
empresário, conforme o Art. 1.179: O
empresário e a sociedade empresária são
obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base
na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação
respectiva, e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1 o Salvo o disposto no art. 1.180, o número
e a espécie de livros ficam a critério dos
interessados.
§ 2 o É dispensado das exigências deste artigo
o pequeno empresário a que se refere o art.
970.
A Escrituração, além de ser uma obrigação,
ela dá a demonstração de que o empresário
é organizado, pois toda a sua movimentação
e transações estão registradas. É mecanismo
de prova a favor e contra o empresário. O
juiz não pode obrigar ao empresário a
apresentação desse documento, deverá ser
apresentado em casos específicos, por
exemplo: Art 1191 O juiz só poderá
autorizar a exibição integral dos livros e
papéis de escrituração quando necessária
para resolver questões relativas a sucessão,
comunhão ou sociedade, administração ou
gestão à conta de outrem, ou em caso de
falência.
Identificação do empresário: nome constado
no registro. Ex: pessoa física é Ujuara Silva. E
o nome empresarial (pessoa jurídica): Ujuara
Móveis de Arte, LTDA. O empresário é
sempre a pessoa jurídica, desde que esteja
registrado.
Marca: identificação do produto. Ex:
Boticário, Magazine Luiza, etc. É registrada
no Sistema de Identificação de Propriedade
Industrial. A marca é nacional, diferente do
registro na junta comercial, que é federativo.
Princípio da Regulamentação: estabelece a
proteção jurídica adstrita ao Registro;
Princípio da Veracidade: para o exercício da
empresa, utilizar-se-á a firma ou a
denominação como nome empresarial (art.
1.155); a firma individual deve ser composta
pelo nome do empresário individual, a firma
ou razão social deve ser composta pelo
sobrenome dos sócios ou, pelo menos, de um
deles, e a denominação que deve designar o
objeto social. Ex: Se eu colocar Fulana Silva
Móveis de Arte Ltda, utiliza-se o nome
pessoal, com o nome que é da atividade
exercida (móveis) e, ainda, diz que é limitada.
Princípio da Novidade - Princípio da
Exclusividade: o nome empresarial deve
distinguir-se de qualquer outro já inscrito no
mesmo registro (art. 1.163); O nome
empresarial atenderá aos princípios da
novidade; Observando o princípio da
novidade, não poderão coexistir, na mesma
unidade federativa, dois nomes empresariais
idênticos ou semelhantes.
Princípio da Exclusividade: a inscrição
assegura o uso exclusivo do nome nos limites
do Estado (art. 1.166).
Perda da Exclusividade, hipóteses: presunção
da perda da atividade econômica, Lei 8934/94
assume a presunção da inatividade por não
exercer o ato de escrituração por 10 anos
ininterruptos. Consequência jurídica: qualquer
pessoa poderá utilizar o nome da empresa.
Colaboradores do empresário
(internos e externos)
Internos:
Gerente (arts 1.172 a 1.176 CC): 1.172
Considera-se gerente o preposto permanente
no exercício da empresa, na sede desta, ou em
sucursal, filial ou agência.
Contador (art.1.177): Os assentos lançados nos
livros ou fichas do preponente, por qualquer
dos prepostos encarregados de sua
escrituração, produzem, salvo se houver
procedido de má-fé, os mesmos efeitos como
se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções,
os prepostos são pessoalmente responsáveis,
perante os preponentes, pelos atos culposos; e,
perante terceiros, solidariamente com o
preponente, pelos atos dolosos.
Contrato de preposição, em que está
relacionado o preponente e o preposto, que, no
caso, é a relação entre o empresário e o gerente
ou o contador. Esse contrato não exerce função
laboral (trabalhista), o preposto não possui
relação trabalhista, não há nenhuma nota na
carteira de trabalho do preposto. É uma pessoa
que recebe a função de gerir a atividade
daquele empresário e terá uma função jurídica
de representá-lo. Contrato escrito que deve ser
registrado na junta comercial.
Responsabilidade significa dizer que, no
momento em que, o empresário contrata um
gerente através do contrato de preposição que
possui termos de obrigações ao gerente,
exemplo: funções técnicas, gerenciar e
administrar o empreendimento. E os termos de
obrigações são registrados no contrato e
devem ser levados à junta comercial. A partir
desse momento, haverá uma relação jurídica
de direitos e obrigações, em que a regra geral é
que no exercício da ativ de representação, o
preposto exerce as atribuições que lhe foram
dadas e ao exercê las, a responsabilidade é do
empresário, pois o preposto age em nome do
preponente. É o que é chamado de
responsabilidade objetiva, significa dizer que
todas as atribuições realizadas pelo preposto
de acordo com a lei e o contrato, a
responsabilidade é do preponente, pois o
preposto age em nome do preponente.
Se o preposto age de acordo com o contrato,
ele, então, por prejuízos causados a terceiros,
obriga o preponente.
Responsabilidade por culpa ou por dolo: a
culpa é quando se age sem intenção de causar
danos a terceiros. Quando não há intenção do
preposto, por qualquer tipo de culpa, é
obrigado ao preponente, responsabilidade
objetiva. É diferente se houver dolo, com a
intenção, neste caso a responsabilidade é
atribuída ao preposto ou aos dois, ou seja, é
responsabilidade solidária.
3 modalidades de culpa: imperícia,
imprudência e negligência. São exemplos de
atos que podem ocasionar crime culposo:
ultrapassagem proibida, excesso de
velocidade, trafegar na contramão. Já a
negligência ocorre por falta de uma ação. O
crime culposo por negligência consiste em
deixar de tomar determinado cuidado
obrigatório antes de realizar determinada ação.
O preponente pode fazer um ato de regresso,
após indenizar o terceiro, e indiciar o proposto
por negligência. Neste caso, se provada a
culpa do preposto, o preponente poderá entrar
numa ação contra o preposto por imperícia,
imprudência ou negligência. Ele deverá provar
o dolo.
Teoria Ultra Vires: a responsabilidade ultra
vires é quando o preposto age desconsiderando
o contrato ou infringindo a lei, ultrapassando
limites. Se ele agiu além do que foi
especificado no contrato, a responsabilidade
torna-se pessoal, do preposto.
Estabelecimento art.1.142
O estabelecimento é um meio para exercício
da atividade econômica. Empresa - Empresário
- Estabelecimento.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo
complexo de bens organizado, para exercício
da empresa, por empresário, ou por sociedade
empresária. (Vide Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1º O estabelecimento não se confunde com
o local onde se exerce a atividade empresarial,
que poderá ser físico ou virtual. (Incluído
Pela Medida Provisória nº 1.085, de 2021)
§ 2º Quando o local onde se exerce a
atividade empresarial for virtual, o endereço
informado para fins de registro poderá ser,
conforme o caso, o endereço do empresário
individual ou de um dos sócios da sociedade
empresária. (Incluído Pela Medida
Provisória nº 1.085, de 2021)
§ 3º Quando o local onde se exerce a
atividade empresarial for físico, a fixação do
horário de funcionamento competirá ao
Município, observada a regra geral prevista no
inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.8
Essa universalidade de bensou de fato é
composta por bens materiais e bens imateriais,
por exemplo: a marca, o prédio, máquinas e
equipamentos, tudo que é necessário para a
realização da atividade econômica. A
conjugação desses bens é chamada de
Estabelecimento. O estabelecimento é parte
do patrimônio da pessoa jurídica, a qual
possui autonomia patrimonial. A natureza
jurídica do Estabelecimento é o bem móvel,
que significa dizer o seguinte: se é um bem
móvel, ele pode ser alienado, arrendado ou
onerado. Não necessariamente a venda do
Estabelecimento significa o fim da atividade
econômica, isso porque a disposição de bens
que o compõe poderá ser vendida ou
arrendada. A pessoa que adquire passa a ser
sucessor e, para que haja a legalização da
venda, é preciso que haja o registro da
venda do estabelecimento na Junta
Comercial, ou seja, a transferência
adequada do estabelecimento na
escrituração.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa,
o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos cinco anos
subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou
usufruto do estabelecimento, a proibição
prevista neste artigo persistirá durante o prazo
do contrato.
Trata-se da vedação ao restabelecimento, essa
proibição é válida até 5 anos da data do
registro da alienação. O objetivo dessa
vedação é impedir a dita concorrência
desleal.
Bens Corpóreos e Bens Incorpóreos
Compreende-se como bens corpóreos, por
exemplo, a sede da empresa, terrenos,
máquinas, matérias-primas etc. E como bens
incorpóreos, por exemplo, o nome
empresarial, a marca, a patente etc.
Direito de Propriedade Industrial
O empresário é quem deverá utilizar do
Direito de Propriedade Industrial, é específico
a esse agente econômico.
Sistema de Propriedade Industrial: trata-se de
um tipo específico de direito de propriedade, a
intelectual, que inclui, também, o direito do
autor. Ambos os direitos protegem os bens
imateriais, isto é, resultantes mais da atividade
criativa do gênero humano do que do esforço
físico, ex: a marca.
A Propriedade Intelectual é um conjunto de
direitos que incidem da criação do intelecto
humano. São invenções, trabalhos artísticos e
literários, imagens e designs usados no
comércio; ativos intangíveis; não possuem
existência física e são baseados no
conhecimento.
O Direito do Autor: Lei 9610 e a própria
Constituição no Art 5º
Convenção de Paris: os bens de propriedade
industrial que forem registrados em outros
países poderão ter validade em âmbito
internacional. A consequência é um
alongamento do direito de propriedade, os
outros países respeitarão esse direito.
O que é invenção tem proteção da Lei de
Propriedade Industrial, e o que não é, é
protegido pela Lei Autoral
O registro é o ato que o inventor solicita que o
seu invento seja registrado e lhe seja
concedido o título de propriedade (patente).
Se não é conhecido, não está no Estado da
Técnica e, por isso, é considerado novidade.
Um dos requisitos para se classificar uma
invenção.
A inventividade é fruto da mente humana,
algo que não é, até então, evidente ou óbvio.
O requisito da industriabilidade é que o
invento seja útil e suscetível À exploração
econômica.
A licitude estabelece que não são patenteáveis
o que for contrário à moral, aos bons costumes
e à segurança, à ordem e à saúde.
Estado da graça: é um espaço de tempo no
qual não é considerado estado da técnica a
divulgação da invenção ou modelo de utilidade
nos 12 meses precedentes à data de depósito
ou da prioridade de pedido da patente.
O modelo de utilidade é um aperfeiçoamento
de uma invenção que resulte em melhoria
funcional no seu uso ou em sua fabricação.
Previamente existe uma invenção, que já está
no domínio público, e alguém o aperfeiçoa.
Patente: certificado de propriedade. Privilégio
de exploração. Somente é concedida pelos
requisitos de requerimento, relatório
descritivo, reivindicações, desenhos se for o
caso, resumo e comprovante de pagamento de
retribuição relativa ao depósito.
Quem faz o pedido de patente tem que,
necessariamente, explorar o objeto de patente
economicamente.
Cessão da patente: transmissão da propriedade.
Licença voluntária: contrato para exploração,
permissibilidade da posse. Autonomia da
vontade.
Licença compulsória: por determinadas
circunstâncias, o autor da patente é obrigado a
permitir que terceiro utilize seu bem. Só
poderá ser requerida por pessoa com legítimo
interesse e capacidade técnica e econômica
para realizar exploração do objeto da patente.
Somente poderá ser requerida depois de 3 anos
da concessão da patente. Os licenciados
remunerarão o dono da patente e deverão
iniciar a exploração no prazo de 1 ano.
Extinta a patente, cai em Domínio Público.
Certificado de Adição: o próprio inventor
adiciona um acessório à patente, após um
aperfeiçoamento ao invento. Isso impede que
uma nova pessoa registre esse
aperfeiçoamento como um modelo de
utilidade.
Desenho Industrial: tem como foco a proteção
estética do produto, ou seja, o design do
produto.
O prazo típico de proteção de uma patente de
invenção é 20 anos. As patentes de modelo de
utilidade já possuem prazo típico de 15 anos.
Os desenhos industriais podem ser renovados e
alcançar o prazo de proteção de até 25 anos.
Uma patente para ter validade deve preencher
três requisitos: novidade, atividade inventiva
(ou ato inventivo) e aplicação industrial.
Já o desenho industrial deverá cumprir com os
requisitos de: novidade, originalidade e
servir de tipo de fabricação industrial.
As patentes de invenção passam por rigoroso
exame de mérito para serem concedidas. Os
examinadores fazem buscas por criações
anteriores a fim de verificar se a solicitação de
patente é nova e inventiva.
Já os desenhos industriais são publicados e
concedidos sem buscas por documentos
anteriores e sem exame de mérito técnico. Ou
seja, o INPI não avalia a novidade e
originalidade de desenhos industriais e
concede automaticamente o registro.
O período de graça é uma exceção ao
requisito da novidade. Ou seja, quando o
próprio inventor revela as invenções ou o
design ele tem um prazo para solicitar a
proteção no INPI, sem a perda da prioridade.
Para patentes o inventor tem até um ano após
a revelação para solicitar a proteção, já os
desenhos industriais o prazo é mais curto,
180 dias da revelação.
Marca: A marca pode ser uma palavra, uma
figura, um símbolo ou qualquer outro sinal
distintivo visualmente perceptível. Sua
principal função é distinguir produtos ou
serviços semelhantes, mas de origem variada.
Além disso, é por meio dela que o consumidor
vai identificar o produto, servindo como
referência de qualidade.
Para proteger a marca contra cópias e
concorrência, é preciso fazer seu registro.
Essa é a única maneira de protegê-la
legalmente, garantindo que não será utilizada
por mais ninguém.
Tipos de marca
Nominativa: é aquela constituída por uma ou
mais palavras, por escrito, em algarismos do
nosso alfabeto, sem imagens, figuras, desenhos
ou representações gráficas de letras.
Figurativa: constituída somente por algum
desenho, imagem, figura, símbolo,
representações gráficas ou figurativas de
letras. Também pode ser composta por letras
de alfabetos distintos do nosso, como o árabe,
por exemplo, assim como ideogramas
japoneses, coreanos ou chineses. Nesses casos,
a proteção da marca se dá apenas sobre aquela
maneira de representar o símbolo, não sobre a
palavra ou expressão que ele representa.
Mista: é caracterizada pela combinação dos
tipos de apresentação nominativo e figurativo.
Ou seja, é a combinação de uma imagem com
o nome da marca por escrito.
Tridimensional: o que a define é o formato
físico do produto ou da embalagem. Não se
trata de uma forma comum, mas de um design
que represente algo único, novo. Para que
possa ser registrada, essa forma não pode estar
associada a qualquer efeito técnico. São muito
comuns em embalagense garrafas de bebidas
ou perfumes.
De produto ou de serviço: usada para
distinguir produto ou serviço de outro idêntico,
semelhante ou afim (inciso I, Art 123)
De certificação: que é usada para atestar a
conformidade de um produto ou serviço com
determinadas normas ou especificações
técnicas, notadamente quanto à qualidade,
natureza, material utilizado e metodologia
empregada (inciso II, Art 123). Ex: INMETRO
Coletiva: é aquela usada para identificar
produtos ou serviços provenientes de membros
https://jurislabore.com/propriedade-intelectual-saiba-o-que-e-e-aprenda-como-proteger/
de uma determinada entidade (inciso III, Art
123). Ex: Unimed
As marcas coletivas e de certificação se
diferenciam quanto ao registro, na primeira
pode ser requerido por pessoa jurídica
representativa da coletividade e, na segunda, é
requerida por pessoa sem interesse comercial,
por um ente certificador. Ambas transmitem ao
consumidor a informação de que o produto ou
serviço possui uma qualidade destacada.
Marcas de Alto Renome: são marcas
conhecidas em todo o Brasil e possuem
proteção especial em todos os ramos de
atividade e possuem registro no Brasil (Art
125).
Marcas Notórias: são marcas conhecidas em
seu ramo de atividade e são protegidas pela
Convenção da União de Paris. Ex: Lacoste.
De acordo com o Art 126, possuem proteção
nos países signatários; extensão a produtos
idênticos e similares; dispensável registro no
Brasil para proteção.
Os requisitos para o registro de uma marca
são: novidade, não coincidência com marca
notória, desimpedimento. Não é considerado
marca bandeira ou nome pessoal, a não ser que
haja consentimento do titular, ou herdeiros e
sucessores.
O titular da marca tem o direito de ceder,
licenciar e zelar pela sua integridade material
ou reputação, por um prazo de 10 anos
prorrogável por períodos iguais e
sucessivos.
A ação de nulidade de registro de uma marca é
ajuizada no foro da Justiça Federal.

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