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Prévia do material em texto

1.
		Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
 
Nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia, Fernando Pessoa:
	
	
	
	Isola autor e leitor em prol de uma obra independente de ambos.
	
	
	Aponta que o texto literário não deve ser utilizado com linguagem subjetiva, por não ser o espaço ideal para tal.
	
	
	Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu efeito no leitor.
	
	
	Identifica o processo de criação literária com o da redação de uma constituição.
	
	
	Expõe a objetividade da criação literária.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos. "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário:
	
	
	
	A linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores
	
	
	A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores
	
	
	O escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor
	
	
	blablabla
	
	
	A linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Literatura: Significado de Literatura s.f. Arte de escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. Conjunto das produções literárias de um país, de uma época. Profissão de homem de letras: dedicar-se à literatura. Conjunto de obras sobre um determinado assunto; bibliografia: literatura sobre o câncer. Literatura de cordel, literatura popular, de pouco ou nenhum valor literário, geralmente em brochuras ou folhetos pendurados em cordel de bancas de jornaleiros ou vendidos em feiras do Nordeste. Literatura de ficção, o romance, a novela, o conto.
 Podemos perceber que o texto acima é um texto não-literário, pois:
 
	
	
	
	É composto por uma linguagem lírica
	
	
	É dotado de plurissignificação
	
	
	Revela a parcialidade do autor
	
	
	Não permite várias leituras
	
	
	É composto por metáforas
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Leia atentamente a estrofe que se segue e responda a questão proposta. Carnavália Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mimANTUNES, A; BROWN, C; MONTE, C. Tribalistas, 2002 (fragmento). No terceiro verso, o vocábulo corasamborim, que é a junção coração+samba+tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um:
	
	
	
	neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza
	
	
	regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica
	
	
	gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla
	
	
	estrangeirismo, uso de elementos lingüísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas
	
	
	termo técnico já que tem a ver com um instrumento usado por grupos específicos
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda.
 O último pajé
Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira."
Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.)
Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, tragicamente muda" refere-se a:
	
	
	
	A opressão e o abandono sofridos pelo índio.
	
	
	A dolorosa adaptação do branco ao modo de vida do índio
	
	
	A silenciosa e pacificada tática de resistência aos brancos desenvolvida pelo índio
	
	
	A incapacidade do índio de demonstrar as suas insatisfações
	
	
	A suave adaptação do índio após a colonização
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		O texto literário possui algumas características que lhe são fundamentais, exceto:
	
	
	
	o uso expressivo da linguagem;
	
	
	a ficcionalidade;
	
	
	o rigor científico.
	
	
	a plurissignificação;
	
	
	a conotação, ou seja, o uso figurado da linguagem;
	
Explicação:
A literatura é uma arte e, como toda arte, está livre de qualquer compromisso com a realidade, com as leis físicas, com a lógica, com as ciências, ainda que delas possa se valer. Sendo assim, o rigor científico não faz parte das características fundamentais de um texto literário.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos:
 "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste."
 Marque a alternativa em que ocorra a identificação do processo também constituído pelo discurso literário, mencionado pelo autor:
	
	
	
	Processo histórico e ideológico de criação
	
	
	Processo de autopromoção da figura do autor
	
	
	Processo de universalização da literatura
	
	
	Processo de desmonte do texto literário
	
	
	Processo de manipulação das perspectivas do leitor
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O texto pode ser classificado como:
	
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um desapego pela significação e com a lógica
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, sem compromisso com a sua extensão final
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de idéias desconexas.
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, as quais são costuradas através das palavras.
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de pontuação sofisticadamente empregada
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	
		1.
		Ao considerar que o verbo grego Poïen é a essência da arte poética clássica, da qual deriva a Poïesis grega, marque a alternativa que não pertence ao seu contexto semântico:
	
	
	
	É o ato de compor a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de fabricar a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de produzir a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de imitar a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de construir a realidade por meio da palavra.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		A conotação e a denotação são dois níveis de concretização dos sentidos num texto. No caso do texto literário, predomina:
	
	
	
	a denotação.
	
	
	a palavra nova, ainda não dicionarizada.
	
	
	o sentido primeiro de cada palavra.
	
	
	a conotação.
	
	
	a palavra sem ambiguidades.
	
Explicação:
O texto literário é conotativo, pois não se trata de um texto com finalidades cotidianas, voltado para a comunicação imediatae prática. O plano da expressão ocupa centralidade na literatura. Nesse caso, as palavras e as construções linguísticas estão sempre a serviço da máxima expressividade.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Leia o poema Isto do poeta português Fernando Pessoa, abaixo transcrito, e depois escolha a alternativa correta. 
ISTO       
"Dizem que finjo ou minto / Tudo que escrevo. Não. / Eu simplesmente sinto / Com a imaginação. / Não uso o coração. / Tudo o que sonho ou passo, / O que me falha ou finda, / É como que um terraço / Sobre outra coisa ainda. / Essa coisa é que é linda. / Por isso escrevo em meio / Do que não está ao pé, / Livre do meu enleio, / Sério do que não é. / Sentir? Sinta quem lê!"     Fernando Pessoa. 
No poema acima, o termo terraço encontra-se empregado em seu sentido:
	
	
	
	conotativo.
	
	
	etimológico.
	
	
	literal.
	
	
	original.
	
	
	denotativo.
	
Explicação:
A resposta correta é: conotativo.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Leia com atenção trecho proposto. ¿Fundamentamo-nos, pois, em uma concepção sociocognitivo-interacional de língua que privilegia os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo de interação -como já dissemos - é o texto cujo sentido "não está lá", mas é construído, considerando-se, para tanto, as "sinalizações" textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma atitude "responsiva ativa". (BAKHTIN, 1992:290). Podemos afirmar que Bakhtin propõe:
	
	
	
	Uma atitude passiva diante do processo de leitura, sendo as partes reconhecidamente distantes e o texto totalmente independente delas
	
	
	Uma atividade de leitura totalmente descompromissada, pois as partes são independentes
	
	
	Que o leitor, concordando ou não com as ideias do autor, complete-as, adapte-as, assumindo com isso, no processo da leitura, uma postura interativa com o texto.
	
	
	Que o autor domina o processo de leitura, sendo o comandante do processo
	
	
	Que o leitor domina o processo de leitura, já que é o destinatário do texto
	
Explicação:
Partindo de uma concepção socio-interativa da linguagem e entendendo a literatura como a realização estética da linguagem, Bakhtin atribui ao leitor um papel dinâmico no processo da leitura, de um verdadeiro colaborador da produção do sentido do texto. 
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Leia com atenção trecho proposto:
"Fundamentamo-nos, pois, em uma concepção sociocognitivo-interacional de língua que privilegia os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo de interação -como já dissemos - é o texto cujo sentido "não está lá", mas é construído, considerando-se, para tanto, as "sinalizações" textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma atitude "responsiva ativa". (BAKHTIN, 1992:290).
Assinale a alternativa em se observe a proposta de Bakhtin:
	
	
	
	Que o leitor domina o processo de leitura, já que é o destinatário do texto
	
	
	Que o leitor, concorde ou não com as ideias do autor, complete-as, adapte-as etc., uma vez que "toda compreensão é prenhe de respostas e, de uma forma ou de outra, forçosamente¿
	
	
	Uma atividade de leitura totalmente autônoma, pois as partes são independentes
	
	
	Que o autor domina o processo de leitura, sendo o comandante do processo
	
	
	Uma atitude passiva diante do processo de leitura, sendo as partes reconhecidamente distantes
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		No que diz respeito à relação Literatura X História pode-se afirmar que:
	
	
	
	a história comanda o processo criativo literário, sem permitir qualquer outra ocorrência
	
	
	a história não faz parte da preocupação doa autor quando do momento da elaboração do texto
	
	
	o texto literário exclui essencialmente a interferência da história para não ficar fora de moda
	
	
	o texto literário como documento da história ou a história como contexto são elementos eternamente relacionados
	
	
	essa relação é inexistente, já que uma parte é imune à outra
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia o fragmento do texto que se segue:
"A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante das dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas." In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998. pp. 69-70.
A afirmação feita acima é:
	
	
	
	Verdadeira, pois expõe de modo coerente a relação empreendida no ato de ler
	
	
	Falsa, pois exclui o texto da discussão
	
	
	Verdadeira, pois discute exclusivamente a perspectiva do leitor
	
	
	Falsa, pois não parte da realidade do processo de leitura
	
	
	Falsa, pois comete erros graves de conceituação em relação ao ato de ler
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		A estrofe abaixo foi retirada de um dos sonetos camonianos mais conhecidos. Leia com atenção e responda ao questionamento proposto.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Podemos perceber que o texto acima é um texto literário, pois:
 
	
	
	
	É predominantemente referencial
	
	
	É composto por uma narrativa
	
	
	É composto por uma linguagem poética
	
	
	É dotado de caráter objetivo
	
	
	É isento de emotividade
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	 
		
	
	
	 
		
	
		1.
		O poema a seguir, de Raimundo Correia, é a base para a questão que se segue. Leia com atenção e responda.
As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada ...
Vai-se outra mais ... mais outra ... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada ...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais... "
Fonte: www.mundocultural.com.br
Os dois últimos versos do poema revelam:
	
	
	
	Uma valorização do amadurecimento após a realização dos sonhos de juventude
	
	
	Um valorização das desilusões em favor da alienação.
	
	
	Um inconformismo com a possibilidade de se realizarem todos os sonhos
	
	
	Uma visão pessimista da condição humana em relação à vida e ao tempo
	
	
	Um conformismo em relação às desilusões vividas na juventude
	
Explicação:
Os dois últimos versos do soneto em questão revelam uma visão desencantada da existência.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade descreve o escritor entrando no ¿reino das palavras¿. Procura da poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-aem paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem; rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície inata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. ANDRADE, Carlos Drurmmond de. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro:José Aguilar,1973. Após a sua leitura podemos afirmar que texto apresenta:
	
	
	
	Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão
	
	
	Referencialidade: o autor usa as palavras no sentido denotativo
	
	
	Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos
	
	
	Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados
	
	
	Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Leia os textos abaixo e assinale a opção correta:
Texto I:    MULHER TENTA SUICÍDIO     Deu entrada na manhã desta quarta-feira no hospital de Bonsucesso, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, a dona-de-casa Joana da Silva, com sinais de intoxicação medicamentosa. Acudida por vizinhos, Joana da Silva foi levada para o hospital após ser encontrada desacordada na varanda de sua casa com um frasco de remédio para dormir na mão. Os vizinhos informaram que na noite anterior, Joana havia discutido asperamente com alguém ao telefone [ . . . ] Fragmento retirado do noticiário local.
Texto II:    NOTÍCIA DE JORNAL       Tentou contra a existência/ Num humilde barracão./ Joana de tal, por causa de um tal João. Depois de medicada,/ Retirou-se pro seu lar./ Aí a notícia carece de exatidão,/O lar não mais existe/Ninguém volta ao que acabou/ Joana é mais uma mulata triste que errou./ Errou na dose / Errou no amor/ Joana errou de João /Ninguém notou / Ninguém morou na dor que era o seu mal / A dor da gente não sai no jornal. (Chico Buarque).
Considerando-se a linguagem empregada nos dois textos, observa-se, respectivamente, o predomínio de:
 
	
	
	
	I e II - conotação.
	
	
	I exposição e II argumentação.
	
	
	I e II - denotação.
	
	
	II denotação e I conotação.
	
	
	I denotação e II conotação.
	
Explicação:
A resposta correta é Texto I denotação e Texto II - conotação.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		O texto literário distingue-se notadamente pelo fato de:
	
	
	
	Não ser subjetivo
	
	
	transformar a realidade, servindo-se dela como modelo
	
	
	ser composto de uma linguagem denotativa, que impede a plurissignificação
	
	
	nele predominar a função referencial da linguagem
	
	
	Impedir um diálogo com a realidade, já que não tem relação com ela
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		No processo de construção literária, o autor vale-se do exercício diferenciado com a linguagem. A linguagem literária - aquela que sustenta o exercício da Literatura - se diferencia das demais porque:
	
	
	
	É conotativa, próxima à redação científica
	
	
	É referencial como nos textos jornalísticos
	
	
	É conotativa, abrindomuitas possibilidades de entendimento e interpretação
	
	
	É denotativa e, ao mesmo tempo,conotativa
	
	
	É denotativa, permitindo varias interpretações
	
Explicação:
A linguagem literária é conotativa porque ela é plurissignificativa. Apresenta sempre várias camadas de significados e várias possibilidades de interpretação. A conotação é um dos níveis de concretização dos sentidos numa língua e é a maneira por excelência de a literatura se expressar. Ao contrário do uso denotativo, que preserva a univocidade do signo, a objetividade, a clareza, o uso conotativo se revela pelo uso das metáforas, das alegorias e das demais figuras de linguagem.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		"Denotação é a linguagem informativa, comum a todos. Tem por objetivo expressar um conhecimento prático, científico. Nesse tipo de linguagem, as palavras são sempre empregadas em estado real." Qual das frases deixa de atender o conceito de DENOTAÇÃO
	
	
	
	O mar relaxa o corpo e a mente.
	
	
	O sol do meio-dia faz mal à pele.
	
	
	A frieza do olhar não se esconde.
	
	
	O coração é um órgão do sistema circulatório.
	
	
	O mar está poluído.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos:
 "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste."
De acordo com as palavras do autor, percebe-se a profunda e enriquecedora relação entre:
	
	
	
	O autor e o leitor somente
	
	
	O autor e a sua história de vida
	
	
	O autor e a realidade sertaneja
	
	
	O autor e seus gostos pessoais
	
	
	O autor, a realidade e o leitor
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Quanto ao sentido, podemos dizer que um texto:
	
	
	
	Tem seu sentido atado ao significado das palavras
	
	
	É fechado ao leitor
	
	
	Obedece a um plano preexistente estipulado pelo autor
	
	
	É construído na interação texto-sujeitos, e não algo que preexista a essa interação
	
	
	É um elemento cujas possibilidades de leitura são limitadas
	
Explicação:
O sentido do texto resulta do processo de interação entre o próprio texto e o leitor.
	
	 
		
	
		1.
		O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o atentamente.
Lembretes,
"É importante acordar
a tempo
+++++
é importante penetrar
o tempo
++++
é importante vigiar
o desabrochar do destino."
FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.
Em cada estrofe, a escritora nos lembra de algo importante acerca da vida humana. Explique a que atitudes, comportamentos ou momentos da existência a escritora se refere em cada uma das três estrofes do poema, na ordem em que aparecem.
	
	
	
	Enxergar a realidade / perceber o decorrer da vida / deixar a vida passar.
	
	
	Deixar a vida passar / Dominar o tempo / Enxergar a realidade.
	
	
	Perceber o decorrer da vida / dominar o tempo /  enxergar a realidade.
	
	
	Enxergar a realidade / dominar o tempo / perceber o decorrer da vida.
	
	
	Isolar-se da vida e deixá-la passar
	
Explicação:
Os verbos acordar, penetrar e vigiar dão o sentindo simultaneamente de : percepção da realidade, dominio da realidade e percepção de continuidade da vida.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Leia o fragmentotranscrito a seguir e depois escolha a alternativa correta:
Diferentes períodos históricos construíram um Homero e um Shakespeare "diferentes", de acordo com seus interesses e preocupações próprios, encontrando-se em seus textos elementos a serem valorizados ou desvalorizados, embora não necessariamente os mesmos. Todas as obras literárias, em outras palavras, são "reescritas", mesmo que inconscientemente, pelas sociedades que as leem; na verdade, não há releitura de uma obra que não seja também uma "reescritura". (EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006. pp.15 e 17)
 
	
	
	
	a leitura de um texto literário por uma dada sociedade e cultura em uma dada época implica uma nova construção de sentido para esse texto, a ponto dessa releitura poder ser igualmente considerada uma reescritura. 
	
	
	o texto literário goza de total autonomia em relação a fatores extraliterários e sua leitura não sofre a interferência de elementos históricos, sociais ou culturais.
	
	
	somente os textos com problemas de elaboração suscitam questionamentos aos seus leitores; os textos bem escritos são lidos de forma estável e uniforme por todos os seus leitores.
	
	
	a interpretação e depreensão dos significados de um texto literário não se alteram ao longo do tempo.
	
	
	todos os leitores de todas as épocas, sociedades e culturas leem de forma uniforme os textos literários. 
	
Explicação:
A resposta correta é a leitura de um texto literário por uma dada sociedade e cultura em uma dada época implica uma nova construção de sentido para esse texto, a ponto dessa releitura poder ser igualmente considerada uma reescritura. 
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o atentamente:
 Lembretes
 "É importante acordar a tempo é importante penetrar o tempo é importante vigiar o desabrochar do destino."
(FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.)
A sequência dos "lembrete" torna-se complexa ao longo do poema por meio de metáforas cada vez mais abstratas. Aponte qual o possível significado metafórico da expressão "vigiar/o desabrochar do destino", na última estrofe:
 
	
	
	
	Atentar para a fase madura da existência
	
	
	Esquecer o passado em função do futuro
	
	
	Decidir sempre em função da velhice
	
	
	Viver a vida em função do futuro
	
	
	Conscientizar-se da vida como um todo
	
	
	
	 
		
	
		4.
		É próprio do literário:
	
	
	
	A linguagem clara
	
	
	A linguagem informativa
	
	
	A linguagem subjetiva
	
	
	A linguagem científica
	
	
	A linguagem objetiva
	
Explicação:
Todo texto literário é subjetivo, pois se trata de um objeto artístico. A arte não tem compromisso em ser objetiva, clara, informativa ou científica, que são características necessárias a outros gêneros textuais, como o jornalístico ou o acadêmico.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Considere o fragmento a seguir, retirado do livro Oficina Literária de Alessandra Fávero (Rio de Janeiro, SESES, 2014, p. 29) e depois escolha a alternativa correta:
"Por que é impossível dar uma "definição definitiva" de literatura? O problema parece girar em torno de duas posições teóricas distintas: uma que defende a especificidade da literatura, especificidade que estaria localizada exclusivamente na forma, ou seja, no tipo especial de linguagem que a literatura parece representar quando comparada aos outros tipos de textos, cuja linguagem é simples, comum, habitual, trivial. A outra posição é aquela que não enxerga a literatura como uma dimensão isolada das outras esferas da vida humana. Para essa segunda posição, é preciso levar em conta o conteúdo dos textos literários para se definir o que é literatura. Avaliar o conteúdo significa abandonar a ideia de que somente a forma é relevante para caracterizar o literário."
	
	
	
	existe um consenso de que a literatura deve ser definida a partir de seus aspectos formais.
	
	
	posições teóricas distintas levam a considerar o fenômeno literário de diferentes perspectivas.
	
	
	a literatura é considerada definitivamente indefinível e, por conseguinte, qualquer tentativa de conhecimento é inútil e fadada ao fracasso.
	
	
	todos concordam que a literatura deva ser pensada como expressão da subjetividade do autor.
	
	
	existe um consenso de que a literatura deve ser definida a partir de seu conteúdo.
	
Explicação:
A resposta correta é: posições teóricas distintas levam a considerar o fenômeno literário de diferentes perspectivas.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Qual das alternativas é a definição efetiva de DENOTAÇÃO?
	
	
	
	É utilização da palavra em ambientes de escrita técnica e regional.
	
	
	Uso da palavra para decorar textos, sem quakquer compromisso com o sentido
	
	
	É a omissão das palavras para que o interlocutor invente a sua ocorrência
	
	
	Uso subjetivo de palavras que ajustam o seu significado ao contexto onde estão empregadas
	
	
	Uso da palavra em seu sentido literal, real. Tal como se apresenta no dicionário.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia o fragmento extraído da Constituição Federal Brasileira.
TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (...)
Podemos perceber que o referido artigo se trata de um texto não-literário, pois:
	
	
	
	É composto por uma linguagem lírica
	
	
	É dotado de plurissignificação
	
	
	É composto por metáforas
	
	
	Não permite várias leituras
	
	
	Revela a parcialidade do autor
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Leia o fragmento abaixo e depois assinale a alternativa correta.
"O que se pretende evidenciar é que a literatura não é um fenômeno independente, ela é criada dentro de um contexto; numa determinada língua, num determinado país, numa determinada época, onde se pensa de uma determinada maneira, carregando em si marcas desse determinado contexto. Nesse sentido, o discurso literário pode não ser apenas ligado aos procedimentos adotados pelo autor, mas também, e talvez mais diretamente do que se pensa, ligado ao contexto sociocultural no qual está inserido, evidenciando-se, nem sempre claramente, uma influência das instituições que o cercam na escolha de determinados procedimentos de linguagem. " (DALLA PALMA, M. apud FÁVERO. A. Oficina Literária, Rio de Janeiro, SESES, 2014, p. 42)
	
	
	
	O autor reitera a ideia da autonomia da literatura.
	
	
	O discurso literário é produzido pelos procedimentos adotados pelo autor, mas este sofre influência do contexto sociocultural no qual está inserido.
	
	
	O autor limita-se a reproduzir os procedimentos institucionalizados em sua época.
	
	
	A literatura é fruto da livre criação e expressão do autor.
	
	
	O autor nega qualquer relação entre literatura e os contextos social, histórico e cultural.
	
Explicação:
A resposta correta é: O discurso literário é produzido pelos procedimentos adotados pelo autor, mas este sofre influência do contexto sociocultural no qual está inserido.
	 
		
	
		1.
		A P é um conceito filosófico que busca explicar o processo por meio do qual as artes se realizam. A mimese literária se dá por meio das palavras e nem sempre foi concebida de modo positivo. Platão e Aristóteles, por exemplo, divergiam, pois para Platão, a mimese era:
	
	
	
	Uma forma dedistanciamento da verdade por se tratar de uma cópia da cópia.
	
	
	Uma forma de representar as essências., portanto, uma forma de conhecimento
	
	
	Uma forma de comunicação entre a verdade contida no mundo das ideias e as aparências do mundo sensível.
	
	
	Uma forma de representar as aparências, portanto, uma forma de conhecimento.
	
	
	Necessária à construção da República ideal.
	
Explicação:
A mimese platônica, ao contrário da aristotélica, considerava que a representação proposta pelos poetas distanciava o homem da verdade e do conhecimento. Por se tratar de uma cópia da cópia, ou seja, por imitar a partir do mundo das aparências.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Leia o poema abaixo, intitulado "Poema tirado de uma notícia de jornal", do poeta Manuel Bandeira e depois escolha a opção correta. 
"João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. / Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro / Bebeu / Cantou / Dançou / Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado."
	
	
	
	O poema não tem nenhuma relação com a realidade.
	
	
	O personagem João Gostoso é o alterego do autor, levando a vida que ele gostaria de levar.
	
	
	O poema limita-se a oferecer ao leitor uma forma de entretenimento lúdico.
	
	
	O poema traz para o universo lírico e para a reflexão do leitor aspectos do real concreto.
	
	
	O poema dissimula as verdadeiras condições de existência do povo, idealizando-as.
	
Explicação:
A resposta correta é: O poema traz para o universo lírico e para a reflexão do leitor aspectos do real concreto.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		A literatura, assim como a língua, constitui um modo de expressão cultural de um grupo, de uma comunidade, de uma nação. Podemos definir o que é cultura de vários modos, exceto:
	
	
	
	Como algo reduzido a algumas comunidades, pois nem todas produzem modos de pensar e de se expressar.
	
	
	Como um complexo de normas, símbolos, mitos e imagens absorvidos pelo homem.
	
	
	Como um elemento agregador que confere identidade a um grupo.
	
	
	Como algo comum a todos os seres humanos de todos os tempos e lugares, daí a multiplicidade cultural existente.
	
	
	Como um conjunto de modos de pensar, sentir e fazer de uma comunidade.
	
Explicação:
Toda comunidade humana produz modos de pensar e de se expressar, até mesmo as comunidades ágrafas, ou seja, que não possuem uma língua escrita.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Podemos definir catharsis como:
	
	
	
	a libertação promovida pela criação artística
	
	
	a narrativa no presente
	
	
	a escrita baseada na versificação
	
	
	a imitação da realidade no ambiente literário
	
	
	a composição baseada em rima alternadas
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Considere o fragmento a seguir em relação ao conceito de mimese e escolha a alternativa correta. 
"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social. O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta." (COUTINHO, A. Notas de teoria literária. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.)
	
	
	
	o conceito de mimese implica invariavelmente a imitação exata da realidade.
	
	
	cabe ao leitor depreender o reflexo da realidade concreta que constitui o texto literário.
	
	
	a rigor, a mimese não deve ser entendida como mera cópia ou imitação da realidade, uma vez que no texto literário a realidade encontra-se transformada, recriada pelo artista.
	
	
	com relação à representação da realidade, não há nenhuma diferença entre textos literários e não literários: ambos são fiéis ao real, o texto literário sendo apenas bem escrito e melhor elaborado. 
	
	
	o texto literário mantem uma relação de dependência com relação à realidade por ele retratada.
	
Explicação:
A resposta correta é: a rigor, a mimese não deve ser entendida como mera cópia ou imitação da realidade, uma fez que no texto literário a realidade encontra-se transformada, recriada pelo artista.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		No caso da literatura, qual o material que preserva a visão que o autor propõe da realidade - mimeses?
	
	
	
	O livro, suas letras e pontuação
	
	
	As ilustrações dos livros com suas cores e traços
	
	
	As previsões sobre a realidade e suas conseqüências no dia a dia das pessoas
	
	
	A imaginação, alheia à realidade
	
	
	O contexto histórico, com suas estratificações sociais e conflitos
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia o poema Meninos Carvoeiros de Manuel Bandeira, abaixo transcrito, e depois escolha a opção correta. 
"Os meninos carvoeiros / Passam a caminho da cidade. /   - Eh, carvoero!   / E vão tocando os animais com um relho enorme. / Os burros são magrinhos e velhos. / Cada um leva seis sacos de carvão de lenha. / A aniagem é toda remendada. / Os carvões caem. / (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.) /   - Eh, carvoero!   / Só mesmo estas crianças raquíticas / Vão bem com estes burrinhos descadeirados. / A madrugada ingênua parece feita para eles... / Pequenina, ingênua miséria! / Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! /   -Eh, carvoero!   / Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado, / Encarapitados nas alimárias, / Apostando corrida, / Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados."
	
	
	
	A autonomia da literatura implica sua incapacidade para representar a realidade.
	
	
	O texto literário expressa metaforicamente as intenções do autor ao escrevê-lo.
	
	
	A natureza estética da literatura, não apenas não a impede de abordar os problemas da realidade, mas na verdade lhe permite abordá-los de forma mais contundente e eloquente.
	
	
	A literatura deve tratar exclusivamente do que é belo; a realidade tem para ela interesse meramente secundário.
	
	
	A literatura é uma arte inconsequente, desprovida de qualquer pretensão de tratar de questões sérias ou socialmente relevantes.
	
Explicação:
A resposta correta é: A natureza estética da literatura, não apenas não a impede de abordar os problemas da realidade, mas na verdade lhe permite abordá-los de forma mais contundente e eloquente.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Leia o poema que se segue e responda à questão, tendo em vista o que se estudou sobre literatura e ideologia.
 O último pajé
Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978.
Algumas palavras usadas pelo autor revelam a sua ótica em relação à situação do indígena numa terra colonizada. Qual seria essa ótica?
	
	
	
	Simpatia à causa indígena, marcada por termos de conotação negativa
	
	
	Insensibilidade, caracterizada pela ausência de vocábulos que exprima sentimentos
	
	
	Vergonha da herança indígena no Brasil.
	
	
	Fidelidade ao colonizador, introduzida por palavras elogiosas a ele
	
	
	Apóio à realidade do Brasil colônia
	
	
	
		1.
		Machadode Assis confirmou-se como acurado crítico do caráter humano, extraída da sua capacidade de dialogar com a realidade. Na poesia O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, ele faz uma crítica a um dos seus alvos favoritos ¿ a mulher. Leia o poema com atenção e responda à questão proposta. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Nesse caso, a crítica à figura feminina reside nas entrelinhas da:
	
	
	
	Quinta estrofe, marcada pela presença do vocábulo mulher
	
	
	No refrão, quando o poeta alerta para o fato de que a mulher é mais fina que o demônio
	
	
	Primeira estrofe, marcada pela presença do vocábulo mulher
	
	
	Sétima, marcada pela presença dos pronomes Elle e Ella
	
	
	Terceira estrofe, marcada pela presença do verbo cortar
	
	
	
	 
		
	
		2.
		A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito, basicamente tem a ver com o conceito de:
	
	
	
	mimeses
	
	
	adjetivação
	
	
	catharsis
	
	
	observação
	
	
	pontuação
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		É por meio da mimese que as realidades ficcionais tomam forma e ganham existência. Em O cortiço, romance naturalista de Aluísio Azevedo, por exemplo, há um universo de representação muito detalhado. Pensando nisso, assinale a alternativa que apresenta o único elemento que não é um produto da mimese:
	
	
	
	O tempo.
	
	
	O autor.
	
	
	Os personagens.
	
	
	O espaço.
	
	
	O narrador.
	
Explicação:
O autor não pertence ao universo de representação, ao contrário do narrador, este sim um elemento ficcional, assim como o tempo, o espaço e os personagens de uma narrativa.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processo revelador porque:
	
	
	
	Renega a realidade que o cerca, anulando-a.
	
	
	A construção literária é um processo
	
	
	Esconde o que pode desgostar o leitor.
	
	
	No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural
	
	
	a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978. Após a leitura do poema acima, podemos dizer que:
	
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion desfigura a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion não desfigura a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion anula a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion confirma a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion inverte a realidade em que se baseia
	
	
	
	 
		
	
		6.
		A mimesis acontece quando
	
	
	
	o texto é poético somente
	
	
	a literatura ignora o real e despreza-o
	
	
	um determinado elemento social se revela no texto.
	
	
	o herói apresenta as suas características
	
	
	somente quando o autor anuncia a sua ocorrência
	
	
	
	 
		
	
		7.
		O processo mimético é capaz de estabelecer diferentes interpretações do texto. Em relação ao que foi dito, podemos afirmar que:
	
	
	
	A afirmação é incorreta, pois para que uma obra literária sobreviva, é constituída por uma linguagem impenetrável
	
	
	Isso acontece, pois o texto literário em relação à linguagem, mas não à leitura
	
	
	A afirmação é correta, pois para que uma obra literária sobreviva ela, é constituída por uma linguagem impenetrável
	
	
	A afirmação é invalida, pois a linguagem do texto literário é incalculável
	
	
	Isso acontece pois a linguagem do texto literário é ambígua e sofre constante atualização
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		A partir do fragmento abaixo, extraído da Poética de Aristóteles, podemos afirmar que: 
"Como o poeta é um imitador, assim como o pintor ou qualquer artista que modele imagens, ele tem sempre que adotar uma dessas três maneiras de imitar: ele deve representar as coisas ou exatamente como elas foram ou são na realidade; ou então como elas parecem, ou se diz serem; ou ainda como elas deveriam ser."  (Aristóteles, Poética, 1460 b 7.)
	
	
	
	Ao contrário de Platão, Aristóteles defendeu a mimese como a cópia fiel da realidade concreta.
	
	
	Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor.
	
	
	Aristóteles posicionou-se contra a mimese e criticou as artes miméticas, defendendo as artes inspiradas pelas musas.
	
	
	Tal como Platão, Aristóteles considerou a mimese como referida ao mundo sensível ou das sombras e formas enganosas.
	
	
	Aristóteles defendeu a mimese como pura expressão da imaginação e da fantasia, resultando portanto na ficção.
	
Explicação:
A resposta correta é: Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor.
	
	
	
		1.
		Em relação à epopéia, podemos dizer que a sua força criadora está na memória e que a sua fonte é a lenda, já que:
	
	
	
	O autor épico cuida das relações dentro do texto para que o leitor possa acompanhar o seu desenvolvimento, sem prejuízo
	
	
	O autor precisa da falta dela - do esquecimento - para criar a ficção
	
	
	O autor épico não pode esquecer-se da seqüência de fatos que compõem a narrativa que se confirma atemporal
	
	
	A epopéia rompe com a memória para, por conseguinte romper o paradigma do real e criar sobre o imaginário nacional
	
	
	A epopéia reabilita o passado ao resgatá-lo, lançando mão da memória. Não importa a experiência pessoal. O que vale é a lenda nacional
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Assinale a alternativa que aponta a classe social cujos valores e visão de mundo são representados na epopeia. 
	
	
	
	o proletariado.
	
	
	a classe sacerdotal.
	
	
	os camponeses.
	
	
	a burguesia.
	
	
	a aristocracia.Explicação:
A resposta correta é: a aristocracia.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Os principais gêneros literários são:
	
	
	
	narrativa, épico e lírico
	
	
	dramático, lírico e poético
	
	
	épico e lírico
	
	
	épico, dramático e satírico
	
	
	épico, dramático e lírico
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Assinale a opção que caracteriza acertadamente a epopeia.
	
	
	
	A epopeia é uma narrativa de caráter heroico e grandioso, que expressa os valores e a visão de mundo da classe aristocrática e guerreira.
	
	
	A epopeia pertence ao gênero dramático.
	
	
	A epopeia assim como a écloga são composições líricas com ambientação, personagens e temática pastoril.
	
	
	A epopeia constituiu a principal forma de manifestação do gênero lírico na literatura clássica.
	
	
	A comédia e a epopeia representam o povo e as classes populares de forma fiel e objetiva. 
	
Explicação:
A resposta correta é: A epopeia é uma narrativa de caráter heroico e grandioso, que expressa os valores e a visão de mundo da classe aristocrática e guerreira.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		É correto dizer que a Epopéia é
	
	
	
	uma narrativa curta, extremamente objetiva
	
	
	uma narrativa literária, compromissada com o riso
	
	
	uma narrativa longa cujo objetivo é informar
	
	
	uma narrativa curta, com forte traço cômico.
	
	
	uma narrativa longa de caráter heróico e grandioso
	
Explicação:
A epopéia constitui uma manifestação do gênero narrativo, típica da antiguidade, que conheceu na Ilíada e na Odisseia de Homero e na Eneida de Virgílio as suas principais realizações, sendo reconhecida pela narrativa longa, que versa sobre acontecimentos grandiosos e que tem como figura central um herói que encarna a visão de mundo, os valores e os anseios da coletividade.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		"No universo narrativo da epopeia, o homem não tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade, pois o texto épico é o espaço de representação da coletividade.". Podemos afirmar sobre esse gênero literário que:
	
	
	
	Gira em torno de um episódio histórico menos relevante, e por isso não transcendia os limites nacionais e mesmo regionais.
	
	
	Os acontecimentos narrados, na epopeia, são históricos e situados em um passado muito distante.
	
	
	É sempre de pequena extensão, e baseava-se em assunto ainda menos significativo.
	
	
	Os acontecimentos narrados, na epopeia, são históricos e por isso não transcendia os limites nacionais e mesmo regionais.
	
	
	Gira em torno de um episódio histórico menos relevante, mas baseava-se em assunto ainda menos significativo.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Assinale a opção que apresenta uma característica fundamental do texto épico.
	
	
	
	o texto épico é o espaço de representação da coletividade.
	
	
	o texto épico disserta sobre as dúvidas existenciais que atormentam a alma humana.
	
	
	o texto épico dá vazão aos sentimentos e estados de alma do indivíduo.
	
	
	no texto épico predomina o diálogo.
	
	
	o texto épico privilegia os questionamentos religiosos dos seres humanos.
	
Explicação:
A resposta correta é: o texto épico é o espaço de representação da coletividade.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Assinale a alternativa que identifica corretamente a modalidade de passado que é representada na epopeia.
	
	
	
	O passado livremente reconstruído pela imaginação.
	
	
	O passado recente, porque pode ser alvo de uma investigação meticulosa.
	
	
	O passado, não como tempo cronológico, mas como tempo psicológico e subjetivo.
	
	
	O passado heroico distante, dos ancestrais fundadores da nação, em que se encontram os primórdios da história da nação.
	
	
	O passado pessoal de cada indivíduo. 
	
Explicação:
A resposta correta é: O passado heroico distante, dos ancestrais fundadores da nação, em que se encontram os primórdios da história da nação.
	
	
	
		1.
		          A palavra gênero deriva do latim genus, -eris. Ela significa tempo de nascimento ou de origem. A partir desta definição como podemos entender o conceito de gênero literário?
	
	
	
	 Conjunto formado por obras literárias que falam sobre o mesmo tema.
 
	
	
	 Conjunto formado por obras literárias que revelam uma só classe social.
 
	
	
	Conjunto formado por obras literárias que possuem o mesmo tempo ou a mesma origem de nascimento
  
	
	
	Conjunto formado por obras literárias que abordam diferentes temas.
	
	
	Conjunto formado por obras literárias que falam sobre temas históricos.
 
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		O tempo, como um dos elementos que forma a estrutura da epopéia, revela:
	
	
	
	Que não há ligação entre a epopéia e a história de um povo, como elemento temporal
	
	
	Um total afastamento cronológico entre a ação e o a narração, já que não há como chegar a o passado heróico nacional de um povo.
	
	
	Uma relação de crença no futuro já que é lá que a epopéia vai confirmar a sua veracidade
	
	
	Uma essencial relação de simultaneidade, necessária a compreensão do enredo. Fatos e narrativa acontecem ao mesmo tempo.
	
	
	Que não há ligação entre a epopéia e o passado de um povo
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Qual das afirmativas abaixo NÃO se aplica à epopéia?
	
	
	
	Há sempre um núcleo narrativo sustentando a estrutura da epopéia, concedendo-lhe princípio, meio e fim
	
	
	O humor é um elemento inquestionável na composição da epopéia
	
	
	A epopéia é uma narrativa em versos longos eloquentes em que o narrador canta os grandes feitos de um indivíduo ou de um povo
	
	
	A epopéia é a expressão narrativa de um universo aristocrático, cujo herói é eminente guerreiro. Sendo metonímico, este é espelho em que se projeta e se reconhece a identidade de um determinado grupo social.
	
	
	Os temas são universais e procura-se exaltar, em tom solene e ânimo inalterável, os sentimentos coletivos, através dos atos heróicos individuais. Identifica-se no herói a bravura e o humanismo de uma raça
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Qual das características abaixo NÃO se relaciona ao texto épico?
	
	
	
	Função poética
	
	
	Existência de personagens
	
	
	Registro dos feitos heróicos de um povo
	
	
	Estrutura narrativa
	
	
	subjetividade das personagens
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Qual das características abaixo relaciona-se ao gênero épico?
	
	
	
	crítica à realidade
	
	
	falta de personagens
	
	
	a existência do herói
	
	
	descontinuidade cronológica
	
	
	objetividade
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que:
	
	
	
	Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade
	
	
	O texto épico é o espaço de representação da coletividade
	
	
	Há, também, uma atmosfera maravilhosa onde o sobrenatural toma forma
	
	
	Expressa, sempre, o interesse nacional e social
	
	
	É uma narrativa de caráter heróico, grandioso
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Assinale a alternativa incorreta acerca da epopeia:
	
	
	
	Os heróis épicos possuem uma linhagem, estão imersos numa tradição.
	
	
	A epopeia representa valores da aristocracia.
	
	
	A fonte da epopeia são as lendas e os mitos.
	
	
	O objeto da epopeia é o passado heroico.
	
	
	As ações épicas limitam-se ao presente.
	
Explicação:
O universo de representação da epopeia limita-se ao passado. Trata-se de um longo poema épico que exalta o passado heroico de um povo.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O ____________deve apresentar originalidade: Ele deve ser um modelo, suscitar a admiração ou o desgosto, o amor ou o ódio. É preciso provocar uma reação forte no íntimo do leitor(...). O personagem deve ter certa proximidade com o leitor. Para que o leitor se identifiquecom o personagem, deve haver características comuns e gerais, próprias de todo ser humano (amor, sensibilidade, etc.).
Marque a alternativa que contenha o vocábulo que preencha corretamente a lacuna:
	
	
	
	herói
	
	
	personagem
	
	
	enredo.
	
	
	clímax
	
	
	narrador
	
	
	
		1.
		Leia os fragmentos abaixo:
Texto 1
Acompanha os personagens a todos os lugares, entra-lhes na mais recôndita intimidade, como um agudíssimo olho secreto devassa-lhes o mundo psicológico [...] (Massaud Moises, A Criação Literária)
Texto 2
Aurélia concentra-se de toda dentro de si, ninguém ao ver essa gentil menina, na aparência tão calma e tranquila, acreditaria eu nesse momento ela agita e resolve o problema de sua existência, e prepara-se para irremediavelmente para sacrificar todo o seu futuro [...] (José de Alencar, Senhora)
Contrapondo o que dizem os autores em relação à teoria apresentada e o trecho do romance em questão, podemos dizer que o narrador presente no fragmento de José de Alencar é:
	
	
	
	É Interno ou de Primeira Pessoa devido à ocorrência dos verbos pude, tive e contava, flexionado na 1ª pessoa do singular
	
	
	É externo ou de Terceira Pessoa pois o narrador é somente um observador
	
	
	É externo ou de Terceira Pessoa, pois o narrador dialoga com outro personagem
	
	
	É incerto e não se pode definir o seu tipo
	
	
	É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Assim, ________deve sempre oscilar entre a ficção e a realidade. Deve não apenas fazer o leitor sonhar, mas também fazê-lo refletir. Ficção-realidade, mas fazendo sonhar, criar um mundo fora deste mundo. (Baudelaire). Deve-se prender a atenção do leitor através de elementos verdadeiros e autênticos, não o deixando perder-se dentro de um labirinto louco. 
 O termo que melhor preencheria a lacuna acima é:
	
	
	
	O sermão
	
	
	O poema
	
	
	O romance
	
	
	O relatório
	
	
	O resumo
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Quais são as partes da história de uma narrativa ?
	
	
	
	Apresentação - Complicação - Clímax
	
	
	Apresentação - Complicação - Interrogação
	
	
	Investigação - Complicação - Clímax
	
	
	Apresentação - Complicação - Reapresentação
	
	
	Apresentação - Complicação - Continuação
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		   Leia as afirmativas e escolha uma das opções apresentadas.
I-             No romance, o narrador é peça fundamental.
II-            O narrador fala de seu tempo, revelando a ideologia de sua época.
	
	
	
	  A afirmativa I está correta, mas a afirmativa II não a justifica.
	
	
	       A afirmativa I está incorreta e a II está correta.
	
	
	   Apenas, a afirmativa I está correta.
	
	
	  As afirmativas I e II estão incorretas.
	
	
	       A afirmativa I está correta e a II justifica a primeira.
   
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Análise, pressupõe auto-análise, na qual se deve interrogar-se sobre seus próprios sentimentos, sua maneira de viver, de sentir as coisas. É necessário analisar sua relação pessoal com o mundo e com os outros (no passado, no presente e no futuro). Qual é a evolução individual dos personagens no que se refere a sexo, idade, sociedade, lugares onde vive, etc. Análise objetiva da existência: viver, amar, sofrer, morrer. Interrogar-se sobre o sentido da existência humana (fora de todo contexto de sexo ou idade). Analise dos fatos históricos, sociais, etc., segundo a época e o lugar escolhido: é indispensável respeitar um mínimo de autenticidade (não hesitar na utilização de documentos caso necessário, os quais podem ser encontrados numa biblioteca ou em revistas especializadas).
A partir da leitura do texto acima, marque a alternativa que define corretamente  romance:
	
	
	
	é um gênero sem identidade, pois não é possível defini-lo.
	
	
	é um gênero em formação constante, atualizando-se a cada experiência de redação e leitura.
	
	
	é um gênero de desinformação constante, já que se baseia na fuga da realidade.
	
	
	é um gênero em contradição constante, pois a realidade não o afeta
	
	
	é um gênero acessível para uma classe de leitores especificamente eruditos.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		O romance surge no séc. XVIII, com a ascensão da burguesia.Surge substituindo a epopéia. De acordo com essa informação, concluímos que
	
	
	
	a relação existente entre a epopéia e o romance é de inversão e oposição.
	
	
	a relação existente entre a epopéia e o romance é de descontinuidade e harmonia.
	
	
	a relação existente entre a epopéia e o romance é de decorrência e continuidade.
	
	
	a relação existente entre a epopéia e o romance é de oposição e rivalidade.
	
	
	a relação existente entre a epopéia e o romance é de oposição e harmonia.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia o fragmento abaixo de Monteiro Lobato.
Negrinha Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fosca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma, dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral, dizia o reverendo. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva (...). A excelente Dona Inácia era mestre na arte de judiar das crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos, e daquelas ferozes, amigas de aquelas de ouvir cantar o bolo e fazer estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao novo regime, essa indecência de negro igual.
A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa condição infere-se no contexto, pela:
	
	
	
	resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto
	
	
	rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos
	
	
	falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas
	
	
	receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas
	
	
	ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O romance, em sua estrutura, apresenta uma série de elementos, exceto:
	
	
	
	narrador
	
	
	eu lírico
	
	
	personagens
	
	
	tempo e espaço
	
	
	enredo
	
Explicação:
O eu lírico é a voz presente nas composições poéticas. Já no romance, que é uma das formas da narrativa, a voz que conduz o discurso é a do narrador.
	
	
	
		1.
		Quais das características abaixo não se identificam com Romance Romântico?
	
	
	
	Triunfo do bem sobre o mal. Nas histórias românticas, os vilões são castigados, ora com a morte, ora com a prisão, com intenção moralizante
	
	
	Enorme quantidade de referências à cultura clássica e extrema preocupação com a questão política e social que interferem na sua composição
	
	
	Detalhes de costumes e de cor local, ou seja, certa fidelidade na descrição de lugares, cenas, fatos, usos e costumes da época em que a história é narrada
	
	
	Comunhão entre a natureza e os sentimentos das personagens
	
	
	Linearidade das personagens, isto é, sem profundidade psicológica, sobressaindo-se a preocupação com os caracteres exteriores: estatura,cor dos olhos, cor dos cabelos, roupagem
	
Explicação:
Dentre as características listadas para o romance romântico, a única incorreta é a que postula a referência sistemática à cultura clássica e a preocupação exacerbada com a problemática socio-política, a ponto de interferir na composição do texto.
 
	
	
	
	 
		
	
		2.
		"O romance é a epopéia do mundo abandonado por Deus; a psicologia do herói romanesco é a demoníaca: a objetividade do romance, a percepção virilmente madura de que o sentido jamais é capaz de penetrar inteiramente a realidade(...) tudo isso redunda numa única e mesma coisa , que define os limites produtivos(...) ao mesmo tempo que remete ao momento histórico-filosófico em que os grandes romances são possíveis" (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009. p.90).
De acordo com a leitura do fragmento ofercido, percebemos:
	
	
	
	a) que a obra literária permanece alheia às mudanças históricas e filosóficas que afetam a humanidade.
	
	
	não há correspondência entre exercício literário e estar no mundo fazendo parte da realidade.
	
	
	que a obra literária acompanha a evolução histórico-filosófica pela qual passa a humanidade e se adapta a novos padrões sociais e de comportamento.
	
	
	não há a menor conexão entre literatura e contexto humano e social.
	
	
	que a obra literária permanece alheia às mudanças históricas e filosóficas que afetam a humanidade, pois não consegue acompanhá-las
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O enredo constitui um dos elementos básicos do romance e pode ser definido da seguinte forma:
	
	
	
	também conhecido como desfecho, designa a forma como a estória termina.
	
	
	também conhecido como trama ou intriga, designa a forma como os acontecimentos encontram-se organizados e articulados uns aos outros ao longo da narrativa.
	
	
	é também conhecido como foco narrativo e o narrador pode fazê-lo em primeira ou terceira pessoa.
	
	
	refere-se às fontes consultadas pelo autor para construir a sua estória.
	
	
	é o agente da narrativa, podendo ser protagonista, antagonista ou secundário.
	
Explicação:
A resposta certa é: também conhecido como trama ou intriga, designa a forma como os acontecimentos encontram-se organizados e articulados uns aos outros ao longo da narrativa.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Nesse sentido, podemos dizer que
	
	
	
	o romance não tem apelo suficiente, pois é difícil de ser lido, afastando o ser humano em geral
	
	
	a força do romance está no fato de sua estrutura estar baseada no real e no modo como ele é visto e reproduzido pelo autor.
	
	
	a força do romance está no distanciamento que se materializa nas suas entrelinhas, devido ao autor realidade.
	
	
	o romance tende a perder a sua força, já que o distanciamento da realidade é a sua maior característica.
	
	
	a força do romance varia de acordo com as palavras que o povoam.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Ao contrário do romance, o conto é uma narrativa curta. Não há espaço para o crescimento da personagem. Sendo assim, que perfil tem a personagem do conto?
	
	
	
	Ela é vista pelo leitor em, apenas, um momento de sua existência, por isso não apresenta variação psicológica.
	
	
	Ela leva ao leitor a um mergulho na alma humana, pois desenvolve temas complexos que movem o ser humano.
	
	
	Ela apresenta múltiplas faces. O leitor não consegue defini-la.
	
	
	Ela sofre variações. Pode passar de vilã à heroína.
	
	
	É uma personagem dinâmica. Apresenta variações de temperamento ou de caráter.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Ao lermos um romance:
I. Identificamos nele, tal como na epopeia, a representação de um passado absoluto, inquestionável e distante.
II. Verificamos uma multiplicidade temática, um gênero que incorpora temas contemporâneos e socialmente variados.
III. Encontramos um herói mais humanizado, problemático, sujeito a falhas, sem o compromisso de ser modelar.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas:
	
	
	
	Apenas III está correta.
	
	
	Apenas I está correta.
	
	
	Apenas II e III estão corretas.
	
	
	Apenas I e II estão corretas.
	
	
	Apenas II está correta.
	
Explicação:
O tempo do romance não se situa no passado absoluto como na epopeia. O romance pode ambientar-se no tempo e no espaço que quiser. Embora seja um gênero muito identificado em retratar o presente, há romances históricos, voltados a um passado específico, bem como romances de ficção científica, projetados para um futuro imaginado.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia as afirmações que seguem:
I. O romance é uma das expressões do gênero narrativo. Trata-se de uma narrativa longa, em prosa e dividida geralmente em capítulos.
II. Podemos dizer que o romance é uma espécie de fechadura dada ao leitor, na qual ele poderá mirar a vida cotidiana das personagens, os seus conflitos íntimos e os seus pequenos dramas pessoais, familiares e amorosos. O romance também acolhe temas sociais, políticos e históricos.
III. A estrutura do romance é concisa. Tende a não apresentar conflitos secundários, mas a ser configurada em torno de um só conflito.
Assinale a alternativa que traz as afirmações corretas:
	
	
	
	Apenas I está correta.
	
	
	Apenas I e II estão corretas.
	
	
	Todas as afirmações estão corretas.
	
	
	Apenas II e III estão corretas
	
	
	Apenas II está correta.
	
Explicação:
As afirmações I e II trazem afirmações corretas sobre o gênero romance. A III, no entanto, ao apontá-lo como portador de uma estrutura concisa e ao reduzi-lo a um só conflito, coloca-o dentro de uma definição que seria própria do conto.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O ingrediente essencial da trama romanesca é:
	
	
	
	o ideal.
	
	
	a aventura.
	
	
	o desejo.
	
	
	a realidade.
	
	
	o sonho.
	
Explicação:
A resposta correta é: a aventura.
	 
		
	
		1.
		Sabemos que os diferente modos de narrar indicam diferentes relações com o tempo em que o enredo se desenvolve. No conto, como funciona o tempo em relação ao desenvolvimento da narrativa?
	
	
	
	O leitor gosta de narrartivas longas
	
	
	O autor do conto n.ao tem noção de tempo
	
	
	Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias.
	
	
	Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado.
	
	
	Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Ao contrário do romance, cujo enredo pode desdobrar-se por uma pluralidade de ambientes, no conto, constatamos :
	
	
	
	um fim inesperado e incoerente com o restante da estória.
	
	
	uma limitação ideológica que cerceia a ação dos personagens.
	
	
	a manipulação arbitrária dos personagens pelo autor.
	
	
	a abordagem de um leque diversificado de temas.
	
	
	uma limitação de espaço e à unidade de ação corresponde a unidade de espaço.
	
Explicação:
A resposta correta é: uma limitação de espaço e à unidade de ação corresponde a unidade de espaço.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Sobre o conto, é possível afirmarmos que se trata de:
	
	
	
	uma narrativa extensa com várias unidades dramáticas.
	
	
	uma narrativa concisa, em torno de uma única célula de conflito.
	
	
	uma narrativa com múltiplos conflitos.
	
	
	uma narrativa desdobrada em muitos tempos e espaços.
	
	
	uma narrativa concisa, porém com inúmeros núcleos de personagens em ação.
	
Explicação:
O conto é um gênero que busca uma concentração narrativa e uma unidade de ação e de efeito. Não se dispersa em inúmeros conflitos nem articula vários núcleos de personagens como ocorre no romance, por exemplo.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Qual é o foco do conto?Levar o leitor ao desfecho, o clímax da narrativa
	
	
	Emocionar o leitor, pois se ocupa de fatos trágicos
	
	
	Atualizar o leitor, já que é puramente informativo
	
	
	Divertir o leitor a partir de uma narrativa incompleta
	
	
	Convencer o leitor, pois é instrumento político
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Pensando no conto em comparação com a crônica, podemos dizer que:
	
	
	
	só o conto tem uma estrutura narrativa
	
	
	esses dois tipos de textos são completamente destinados à informação
	
	
	são tipos de textos extremamente semelhantes, ficando difícil estabelecer os limites entre eles
	
	
	só a crônica tem uma estrutura narrativa
	
	
	não há sequer um elemento que aproxime esses dois tipos de textos
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Sobre o conto, pode-se afirmar que:
	
	
	
	O conto valoriza as digressões temporais, as divagações e os excessos de descrição.
	
	
	O conto expande-se para vários conflitos simultâneos.
	
	
	O conto estrutura-se em torno de várias ideias.
	
	
	O conto despreza tudo o que foge ao núcleo da narrativa e centra-se em torno de uma só ideia.
	
	
	Numerosas são as personagens que intervêm no conto.
	
Explicação:
O conto é uma narrativa comprometida com uma forma contraída de apresentar uma situação. Tudo nele busca a síntese, a confluência a um único ponto, a fim de não comprometer a unidade sobre a qual se fundamenta.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		O autor, no conto, intenta conduzir o leitor ao desfecho, o qual pode ser definido como: 
	
	
	
	o sentido latente do texto, situado nas entrelinhas do texto. 
	
	
	situado no final do texto, corresponde ao clímax da história, seu momento máximo de tensão.
	
	
	a moral da estória, o ensinamento que o autor quer passar para o público.
	
	
	situado no início do texto, visa esclarecer o leitor sobre as reais intenções do autor.
	
	
	situado no meio do texto, representa uma crise vivida pelos personagens.
	
Explicação:
A resposta correta é: situado no final do texto, corresponde ao clímax da história, seu momento máximo de tensão.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Ao ler um conto, a compreensão do leitor deve ser imediata. Sendo assim, escolha a alternativa que conceitue a linguagem utilizada nessa forma de narrar.
	
	
	
	A linguagem é subjetiva. Há muitos implícitos que precisam ser desvendados pelo leitor.
	
	
	A linguagem pode ser representada pelo silêncio da personagem. Sendo assim, o diálogo não tem importância.
	
	
	A linguagem deve ser clara, objetiva. Não há muitas metáforas.
	
	
	A linguagem não tem importância para o desenrolar do conflito.
	
	
	A línguagem revela múltiplas intenções do narrador.
	
		1.
		O que garante ao conto a unidade de ação é o fato dele:
	
	
	
	gravitar em volta de um só conflito, não falando de várias situações.
	
	
	apresentar uma estória que se passa em um único dia.
	
	
	apresentar um tema único.
	
	
	ter uma estrutura monológica.
	
	
	apresentar um único personagem.
	
Explicação:
A resposta correta é: gravitar em volta de um só conflito, não falando de várias situações.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Acerca do conto literário, todas as afirmações abaixo estão corretas, exceto:
	
	
	
	Ao contrário do romance, o conto não possui regras. Trata-se de um gênero que pode tanto ser concentrado quanto disperso.
	
	
	O conto busca captar um acontecimento, uma questão, um elemento impactante e trabalhar a narrativa em cima dele.
	
	
	Ao contrário do romance, o conto não tem a pretensão de abarcar a totalidade, configura-se em torno de um só conflito.
	
	
	A estrutura do conto é concisa, por isso a exploração de conflitos secundários não importa ao conto.
	
	
	O conto deve, mesmo com uma estrutura enxuta, ser capaz de impactar de modo profundo o leitor.
	
Explicação:
O que define o conto é justamente o traço conciso, concentrado e tenso dos elementos que compõem a sua estrutura narrativa. O conto não pode ser distenso nem se dispersar do conflito central. Ao expandir-se, corre o risco de ser identificado com a estrutura da novela, abrindo outras discussões, como as existentes em torno de O alienista, de Machado de Assis, e de A Metamorfose, de Franz Kafka, por exemplo.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O que é o conto?
	
	
	
	uma narrativa de dimensões reduzidas, centrada na caracterização dos personagens
	
	
	uma narrativa predominantemente lírica, montada em versos livres
	
	
	uma narrativa que não tem características que se liguem às noções de tempo e espaço
	
	
	uma narrativa que, geralmente, trata de uma situação que se desenrola diretamente. Sem pausas
	
	
	uma narrativa de dimensões variáveis, criada para informar o leitor
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Sobre o conto, é correto afirmar que:
	
	
	
	O clímax da história é o momento com o máximo de tensão. Neste momento final, há várias descrições.
	
	
	Ele trata, geralmente, de uma situação, a qual se desenrola com pausas e com recuos.
	
	
	É possível falar sobre vários assuntos ou apresentar várias situações dentro do conto.
	
	
	Tudo deve ser muito simples, com grandes complicações psícológicas e com grandes peripécias.
	
	
	A chave para se entender o conto, enquanto gênero, está na concentração de sua trama.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Os personagens de um conto necessariamente possuem:
	
	
	
	refinamento de traços psicológicos.
	
	
	um conflito que os moverá a alguma direção.
	
	
	um desfecho trágico.
	
	
	nomes próprios.
	
	
	rica descrição física
	
Explicação:
Nas narrativas em geral, não apenas no conto, o conflito é um elemento fundamental. É ele o complicador que precipita as ações em direção a um desfecho.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de:
	
	
	
	explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos
	
	
	fatos ficcionais relacionados a outros de caráter realista relativos à vida de um renomado escritor
	
	
	apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva
	
	
	representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana
	
	
	questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos
	
	
	
	 
		
	
		7.
		O que garante ao conto uma unidade de ação?
	
	
	
	O embate entre os personagens
	
	
	O número de linhas que formam o conto
	
	
	A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola
	
	
	O narrador garante a unidade do Conto
	
	
	A descrição do estado emocional dos personagens
	
Explicação:
O embate entre os personagens garante a unidade de ação que assinala o conto.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		"As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem estabelecer-se com poucas personagens. Só não existe o conto com uma única personagem. Se uma só aparecer, outra figura deve estar atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens tendem a ser estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa plasticamente o apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127).

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