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APS – BASE DAS RELAÇÕES PRIVADAS 
 
ATIVIDADE: Elaboração de relatório de pesquisa doutrinária e jurisprudencial, 
sobre direito à intimidade e à privacidade, a partir da análise do filme “O Círculo” 
(The circle), Direção James Ponsoldt, 2017 (O filme trata da ascensão de uma 
funcionária de companhia tecnológica e a divulgação de um projeto que deixa 
vulnerável a privacidade de todos os usuários dos seus programas, abordando 
a questão econômica, o direito da personalidade, o ato ilícito e a estrutura de 
uma pessoa jurídica). 
 
 
O filme “O círculo”, de 2017, aborda violações a determinados direitos civis. 
A tecnologia da rede social criada pela empresa explora diretamente o exibicionismo 
dos usuários. Durante o filme, a transparência perde o limite com a privacidade de 
cada individuo e as consequências são graves e até fatal. 
A partir dos apontamentos citados acerca do filme, encontra-se violação à 
norma de caráter fundamental, amparada na Constituição Federal, em seu artigo 5º, 
inciso X. Pois bem, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. 
Portanto, vale salientar que as exposições sem consentimento, realizadas 
pela empresa tecnológica acerca das imagens dos colaboradores, bem como, as 
divulgações de dados pessoais dos mesmos, lesam o direito da personalidade e 
privacidade da pessoa natural, com fulcro no artigo 12 e 21 do Código Civil. 
A personagem Mei, durante um episódio do filme, sustenta como defesa para 
as ações da empresa que o direito do conhecimento e transparência se sobrepõe 
aos demais. Senão vejamos, de acordo com entendimento jurisprudencial, em 
regra, a lei não é absoluta. Pois quando há um confronto entre elas, é necessário 
utilizar a hermenêutica e ponderar em virtude do bem jurídico de maior relevância. 
Entre as consequências provenientes das violações citadas acima, uma delas teve 
resultado fatal. Aconteceu com o amigo de Mei, a partir do momento em que seus 
dados pessoais foram divulgados sem consentimento, certas fake news foram 
propagadas fazendo com que sofresse perseguições. A última perseguição constituiu 
um ato ilícito, previsto no artigo 186 e 187 do Código Civil. Pois bem, a definição dos 
artigos é a seguinte: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, 
pela boa-fé ou pelos bons costumes. Portanto, há lesão no que tange a privacidade 
e intimidade por: Ação ou omissão, negligência, violação de direito (Art. 5º, inciso X 
CF), dano material e moral (perseguições e morte). 
A empresa “o Círculo” configura em sua estrutura o abuso da personalidade 
jurídica. Em alguns momentos, inclusive, cita a possibilidade de expandir sua área 
privada para controlar em massa a esfera pública, com intuito de manipulação. 
Desta forma, é cabível a desconsideração da personalidade jurídica por 
desvio de finalidade, com amparo no artigo 50 do código civil. Ao passo que a 
missão da sociedade é a criação de redes virtuais e socialização entre as pessoas, 
mas os sócios ultrapassam esse limite e atingem as violações de direitos 
fundamentais embasados nos direitos humanos, defendidos pela legislação.

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