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APS BASES DAS RELAÇÕES PRIVADAS JOYCE MOREIRA DA SILVA RA – 21349017 LARISSA LINS BORSATTI – RA 21214560 JOSÉ PAULO DE ANDRADE SILVA – RA 20634296 RENATA BRITO LEOBAS – RA 21475567 O filme “O Círculo” revela uma tendência perigosa, da exacerbada exibição do indivíduo ao mundo virtual, a interatividade com as redes sociais e o controle tecnológico por meio destas. Ademais, nos possibilita fazer uma reflexão sobre a sociedade hodierna, a imprescindibilidade dos limites e o direito à privacidade, em especial, no universo incógnito da internet. Dito isto, evidencia o dilema das fronteiras entre o público x privado. O direito à privacidade é um direito fundamental que está na essência das liberdades individuais, que além do amparo no âmbito constitucional, concatena-se com os direitos humanos. Há divergência doutrinária na aplicação da norma. Em regra, tal premissa não é absoluta, isto é, há sua ponderação quando contrapõe outros direitos considerados de maior relevância, a exemplo do interesse público ou social e da justiça, inobstante, ainda em detrimento a práticas criminosas, conforme entendimento do STF. No tocante a ato ilícito, a perseguição de Mercer, que se finda em um trágico acidente, é passível de imputar ato ilícito, conceituando: Ato ilícito, é portanto, “Aquele que, por ação, ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Também o comete aquele que pratica abuso de direito, ou seja, o titular de um direito que, ao exerce-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes” (art. 186 e 187, CC). Direito gravemente ferido, no que concerne à sua privacidade e intimidade. Nesta cena, identifica-se os cinco elementos que configuram ato ilícito: Ação ou omissão (comportamento das pessoas que o perseguem), dolo ou culpa (a má intenção dos agentes por negligencia), nexo causal (ligação entre o efeito e causa) violação do direito (art.5°, inciso X CF) dano material e/ou moral (efeito, o prejuízo moral e físico). A estrutura da pessoa jurídica “O Círculo”, percebe-se o abuso da personalidade jurídica. Isso se dá devido ao desvio de propósitos, uma vez que esta, que ora possuía apenas a função de envolver as pessoas em redes virtuais e contribuir para a integração social, passa a se desenvolver iniciativas que ultrapassam os limites da internet, atingindo outras áreas de atuação e atingindo incumbências do domínio público e estatal. A busca incessante pelo monopólio de informações e armazenamento de dados pessoais, não afeta tão somente os direitos individuais, mas também as barreiras entre as esferas privada e pública. As referências para tal desvio, na cena em que o novo produto do Círculo, a câmera Seechange, é apresentada, com o intuito de acabar com a hostilidade no âmbito social e diminuir a ocorrência de crimes, afetando porém, o direito à privacidade e à intimidade além disso, na cena em que, durante uma reunião, os desenvolvedores cogitam interferir no processo eleitoral do país, percebemos que os interesses da empresa ultrapassam a intervenção na esfera privada unicamente. A postura assumida pelos desenvolvedores afeta diretamente a esfera pública, pois processos que são de responsabilidade do Estado, a violação de direitos da pessoa jurídica pode resultar na desconsideração de sua personalidade e na dissolução da empresa como proposto no artigo 50 do CC. A tecnologia utilizada pelo Circulo é útil com o tratamento de doenças, além de contribuir com a localização de foragidos, a intimidade foi totalmente violada em diversos momentos. É interessante recordar que embora a empresa prezasse pela exposição exacerbada da privacidade de seus membros e violasse inúmeros direitos, seus próprios fundadores mantinham sua privacidade intacta e seus direitos íntegros. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Ávila, Oliveira Paula Ana. Woloszyn Luis André. A tutela jurídica da privacidade e do sigilo na era digital: doutrina, legislação e jurisprudência. Disponível em:<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359563920170003001 67>. Acesso em: 01 de junho de 2020. Gonçalves, Carlos Alberto. Direito Civil Brasileiro – Volume 1. Saraiva; Edição: 13ª de 2015, página 497. Junior, Eudes Quintino de Oliveira. O Direito à Intimidade. Disponível em:<https://www.apmp.com.br/artigos/o-direito-intimidade-eudes-quintino-de-oliveira- junior/>. Acesso em: 02 de junho de 2020. Código Civil, 2002. Art. 50. Disponível em:<https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406- 02#art-20>. Acesso em: 02 de junho de 2020. Chagas, Carlos Eduardo N. Das pessoas jurídicas. Blog: Direito à saber direito. Disponível em: <http://caduchagas.blogspot.com/2012/07/direito-civil-das-pessoas- juridicas.html>. Acesso em: 02 de junho de 2020. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S235956392017000300167 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S235956392017000300167 https://www.apmp.com.br/artigos/o-direito-intimidade-eudes-quintino-de-oliveira-junior/ https://www.apmp.com.br/artigos/o-direito-intimidade-eudes-quintino-de-oliveira-junior/ https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-20 https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-20
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