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Antibióticos I Prof. Marcelo Gomes Granja, Ph.D. Profa. Vanessa Estato, B.Sc., Ph.D. Pro. Hugo Caire, M.D., Ph.D Farmacologia Médica II Este material possui direitos autorais e o autor não autoriza sua publicação e compartilhamento. Waksman & Fleming Penicillium notatum A descoberta da penicilina se deu de forma acidental, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming, em 1928. Pesquisando substâncias capazes de combater bactérias em feridas, esqueceu seu material de estudo sobre a mesa enquanto saía de férias. Ao retornar, observou que suas culturas de Staphylococcus aureus estavam contaminadas por mofo e que, nos locais onde havia o fungo, existiam halos transparentes em torno deles, indicando que este poderia conter alguma substância bactericida. Ao estudar as propriedades deste bolor, identificado como pertencente ao gênero Penicillium, Fleming percebeu que ele fornecia uma substância capaz de eliminar diversas bactérias, como as estafilococos: responsáveis pela manifestação de diversas doenças, tanto comuns quanto mais graves. A substância recebeu o nome de “penicilina”. O que os antibióticos podem fazer? Escolha da Droga Antibacteriana Adequada • Diagnóstico de Infecção bacteriana • Fatores do paciente (sexo, idade, gestação, alergias, sistema imune, outros medicamentos....) • Fatores da droga (farmacocinética, espectro, efeitos adversos, interações medicamentosas, custo, etc) • Mecanismos de resistência Concentração Inibitória Mínima (MIC) • A MIC é a concentração inibitória mínima de um agente, na qual o crescimento bacteriano é prevenido. Apesar de ser uma informação útil para comparar a suscetibilidade de organismos à drogas antibacterianas, é um teste in vitro em um sistema homogêneo de cultura, diferente da concentração in vivo no sítio de infecção. Antibiograma Resistência Bacteriana • A resistência bacteriana a agentes antibacterianos está sempre em constante mudança, constituindo-se um sério problema clínico • Depende de mutações espontâneas e seleção de padrões mais resistentes • Depende da transferência de resistência entre os organismos por transformação (transferência de DNA), conjugação (transferência de plasmídio – DNA extracromossomal) ou transdução (passagem de bacteriófago) • Mecanismos bioquímicos de resistência Podemos minimizar a resistência bacteriana!!! Como??? • Evitar prescrição desnecessária de drogas antimicrobianas • Uso de doses e duração adequadas • Restrição de certas drogas para condições clínicas e bacteriológicas específicas • Uso de combinações de drogas em determinadas circunstâncias (como tuberculose) Combinações de Drogas • Alargar o espectro em pacientes críticos com infecções indefinidas • Tratamento de infecções bacterianas mistas (como perfuração de cólon) • Prevenção de resistência (Tuberculose) • Efeitos aditivos e sinérgicos ( SMT pneumonia por P. carinii) Uso profilático de antibióticos •Para prevenir colonização após contato com um microrganismo altamente virulento •Para prevenir colonização por organismos já presentes em vigência de procedimentos em pacientes susceptíveis •Para diminuir risco de infecção em procedimentos cirúrgicos contaminados Problemas do uso inapropriado de antibióticos • Desenvolvimento de microorganismos resistentes • Superinfecções • Efeitos Adversos • Obscurecer diagnóstico correto • Custo http://anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm Alvos de ação dos antibióticos Beta-Lactâmicos Inibidores de síntese de parede celular: ⮚Compostos beta-lactâmicos: têm em comum o anel betalactâmico ⮚penicilinas, cefalosporinas, monobactâmicos e carbapenêmicos. ⮚Glicopeptídeos ⮚Vancomicina, teicoplanina Beta-Lactâmicos ⮚No entanto, esse anel pode ser quebrado pela enzima beta lactamase produzida por algumas bactérias, sobretudo Staphylococos e Haemophilus influenzae. Beta-lactamase: Quebra esse anel e inativa a droga. Produzida por bactérias que se tornaram resistentes Radical que diferencia as classes 6-APA ou penicilinases 1. Inativação do antibiótico pelas beta-lactamases (mais comum) 2. Modificação das PBP-alvo as bactérias produzem PBPs com baixa afinidade de ligação à droga 3. Penetração reduzida do fármaco até as PBPs alvo só nas Gram-negativas (pela ausência ou redução de porinas) 4. Efluxo do antibiótico Gram-negativas possuem componentes citoplasmáticos ou periplasmáticos que transportam o antibiótico de volta a membrana externa Resistência Bacteriana às penicilinas e outros beta-lactâmicos: Classificação das Penicilinas 1. Penicilinas naturais ou Benzilpenicilinas • Penicilina G ou Penicilina Cristalina (Penicilinas ácido lábeis) • Penicilina G benzatina • Penicilina G procaína • Penicilina V ou fenoximetil-P (Penicilinas ácido estável) 2. Penicilinas resistentes à betalactamase/ ação anti-estafilocócica (semi-sintéticas) (Meticilina, Cloxacilina, Nafcilina, Oxacilina) 3. Aminopenicilinas ou de espectro ampliado para Gram-negativas (semi-sintéticas) (Ampicilina/ Amoxicilina) 4. Penicilinas de amplo espectro (ação antipseudomonas) + associação com inibidores da betalactamase (Ticarcilina +Clavulanato) (Piperacilina + Tazobactam) 1-Penicilinas ✔Penicilinas com espectro estreito: ativas contra cepas de cocos Gram-positivos ✔Mas são facilmente hidrolisadas pelas betalactamases! ✔Não é primeira escolha em infecções por Staphylococcus devido à resistência dessas bactérias por produção de betalactamases. ⮚INDICAÇÃO: ⮚ Primeira escolha para Gram-positivos e geralmente eficaz contra espécies de Streptococcus, Clostridium, Neisseria ou alguns Gram-negativos anaeróbios não produtores de betalactamases. ⮚Profilaxia de febre reumática (ano ou a vida toda), na sífilis (contato sexual recente) e gonorreia. ⮚Gravidez: Categoria B. ⮚Características farmacológicas: ⮚Penicilina G cristalina (Benzilpenicilina) ⮚Ácido Lábil (inativada pelo ácido gástrico): via IV ou IM. ⮚Indicação: Endocardite, tétano, leptospirose, neurosífilis, erisipela grave. ⮚ Penicilina V (Fenoximetilpenicilina) ⮚Ácido estável: via oral, rápida absorção, Cmax 30-60 min, ingestão de alimentos reduz a absorção (30’ antes ou 2h após refeição). ⮚Indicação: Infecções menores, pois biodisponibilidade baixa (4x/dia) em seu lugar usar a amoxicilina (ver adiante). 1-Penicilinas 1-Penicilinas ⮚Penicilina G benzatina (de depósito- Benzetacil): via IM, níveis baixos mas prolongados, liberação lenta ação até 26 dias. ⮚Eficaz na faringite por estreptococos beta-hemolíticos, (1x /3 a 4 semanas) prefine reinfeção e 1x /1 a 3 semanas para sífilis. ⮚Penicilina G procaína: via IM dose única diária (!) ação 12-24hs , já foi usada com frequência em pneumonia pneumocócica e gonorreia, mas é pouco prescrita devido a resistência e necessidade de doses maiores. ⮚Nenhuma formulação de depósito deve ser administrada IV pois causa efeitos tóxicos graves. Faringite estreptocócica por Infecção por S. pyrogenes Diferenças na farmacocinética das Penicilinas ⮚Distribuição: ⮚Penicilina G: distribui-se amplamente nos líquidos e tecidos; fígado, bile, rins, líquido articular, intestino. Não penetra no Líquido cérebro espinhal, a menos que as meninges estejam inflamadas. Se ↑concentrações no LCS, causa convulsões. ⮚Excreção: principalmente renal na forma ativa ○ restante metabolismo hepático a ác. penicilóico, escarro e leite materno ⮚Em neonatos e lactentes, depuração lenta; após função renal desenvolvida, alta depuração. 1-Penicilinas 1-Penicilinas ⮚Efeitos adversos: ⮚ Reações de hipersensibilidade (produtos de degradação da penicilina) ⮚ Anafilaxia pode ocorrer (1 em 100.000 injeções) ⮚ Rashes na pele, Síndrome de Stevens-Johnson ⮚ Em pacientes com Insuficiência renal o acúmulo da droga pode causar encefalopatia, crises convulsivas, anemia hemolítica e trombocitopenia. ⮚ Dores pela administração IM errática no nervo ciático; ⮚ Cefaleia, zumbido, crisesconvulsivas se penicilina G procaína IV em vez de IM. 2- Penicilinas resistentes às betalactamases estafilocócicas ⮚Penicilina Antiestafilocócica: ⮚Foi incluído um radical volumoso que impede a betalactamase de reconhecer o anel beta lactâmico. ⮚“uso deve ser limitado às infecções causadas por estafilococos produtores de betalactamases, pois são menos ativos que a penicilina G contra outras bactérias sensíveis à penicilina”. ⮚Indicação: infecções de pele e tecidos moles por estafilococos resistentes às penicilinas. 2-Penicilinas resistentes as betalactamases estafilocócicas ⮚Meticilina: Administração IV ⮚Não é mais usada por efeitos colaterais como nefrite intersticial ⮚Oxacilina (IV) ⮚Indicação: Fármaco de escolha para infecções estafilocócicas sistêmicas. • Não são ativas contra Listeria monocytogenes ⮚Cloxacilina e dicloxacilina (VO): ⮚Indicação: Para infecções estafilocócicas localizadas leves a moderadas. ⮚VO, estável em ácido; boa absorção; sofre interferência na presença de alimentos. ⮚VO não substitui a IV em infecções estafilocócicas graves. ⮚Não é necessário ajustar a dose na disfunção renal e entra no SNC MRSA= Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (e oxacilina). S.aureus e S.epidermis produzem PBPs alteradas com baixa afinidade pela droga. Infere-se que é resistente a todos os demais beta-lactâmicos, incluindo cefalosporinas e carbapenêmicos. Nestes casos, a Vancomicina é o antibiótico de escolha 3-Penicilinas de espectro aumentado ⮚Amoxicilina, Ampicilina: ⮚Receberam um grupamento hidrofílico e eletrofílico: protegidas do meio ácido e penetram nas porinas das membranas externas das bactérias Gram-negativas ⮚Espectro de ação: Bactericidas para bactérias Gram-positivas e também Gram- negativas sensíveis, como cocos (Streptococcus, enterococcus, Neisseria meningitidis) e bacilos (E. coli, Listeria monocytogenes e Haemophilus influenzae). ⮚Mas assim como as penicilinas, são inativadas por betalactamases! ⮚Espectro aumentado quando associado a inibidores da betalactamase! amoxicilina ampicilina 3-Penicilinas de espectro aumentado ⮚Amoxicilina/Ampicilina: ⮚ Indicação: Usadas para infecções de tórax, otite média, sinusite, ITU, trato biliar, infecção por H. pylori, prevenção de endocardite (amoxicilina). ⮚ Efeitos adversos: Rashes Aumento da incidência de leucemia linfática em pacientes com mononucleose Desconforto TGI (qdo VO) ampicilina> amoxicilina Choque anafilático raro, fazer dessensibilização com doses crescentes caso necessário (endocardite ou neurossífilis). Farmacocinética Ampicilina: IV, IM e VO -> boa absorção oral (20 a 35%), reduzida na presença de alimentos.pico max em 2h e -> IM pico máximo em 1h, -> Eliminação urinária. Insuficiência renal prolonga a t ½ e altas doses podem causar convulsões (ajuste de dose) -> Metabolismo hepático e excreção nas fezes. Amoxicilina: IV e VO → É preferida por VO. por VO-> melhor absorção e mais rápida (70 a 80%), t ½ equivalentes a ampicilina, mas Cp persistem mais tempo. -> Absorção Não é reduzida na presença de alimentos. -> Eliminação urinária, ajuste de dose na insuficiência renal -> Excreção de forma ativa na urina; menos diarreia que ampicilina. Por via IV-> somente associada com clavulanato ou sulbactam. 3-Penicilinas de espectro aumentado ⮚São Inibidores da betalactamase bacteriana mas tem fraca ação antibacteriana. ⮚Protegem as penicilinas de serem hidrolisadas. ⮚Adicionam ao espectro: S. Aureus, E. coli, alguns H. influenzae, Bacterioides e Klebsiella. Efeitos adversos semelhantes, com mais desconforto abdominal. ⮚Atenção: O espectro é determinado pela penicilina e não pelo inibidor betalactâmico. ⮚Disponíveis em formulações fixas com penicilinas específicas. ⮚Se a bactéria for resistente à penicilina por outro mecanismo, que não a quebra do anel betalactâmico, a associação com tazobactam não será eficaz. 3-Penicilinas de espectro aumentado + Inibidores da betalactamase: Ácido Clavulânico / Sulbactam / Tazobactam Inibidores de β-lactamase ⮚Ac. Clavulânico: ⮚Uso VO e IV ⮚Associação com amoxicilina VO e ticarcilina IV ⮚Sulbactam: ⮚Semelhante ao ac. Clavulânico ⮚Uso IV ou IM associado à ampicilina ⮚S. aureus e H. Influenzae ⮚Tazobactam: ⮚ Inibe betalactamases produzidas por plasmídeos ⮚Uso IV associado com piperacilina 4- Penicilinas Antipseudomonas Carboxipinicilinas (Carbenicilina<Ticarcilina) e ureidopenicilinas (Piperacilina) ⮚Carbenicilina (VO, IM) ⮚Ticarcilina (IV)+ ácido clavulânico ⮚Piperacilina (IV) + tazobactam ⮚a mais potente e atualmente a mais popular. ⮚Sua eficácia contra organismos Gram-positivos é variável e fraca. ⮚maior espectro que as outras contra S. aureus resistente à meticilina ⮚Indicação: ⮚Infecções por Gram-negativas, particularmente Pseudomonas, e anaeróbios. ⮚Amplia a atividade dessas penicilinas para cepas de Staphylococcus aureus e Haemophilus influenzae, Klebsiella sp, Bacteroides sp e enterobactérias que são produtoras de beta-lactamases! ⮚Infecções hospitalares graves: bacteremia, pneumonias, queimaduras, infecção urinária causadas principalmente por P. aeruginosas, Proteus, Enterobacter 4-Penicilinas Antipseudomonas ⮚Efeitos adversos • Hipersensibilidade • Erupções cutâneas, sobrecarga de sódio (especialmente com carbenicilina, que é um sal de sódio e é administrado em doses de muitos gramas por dia) • Trombocitopenia. ⮚Farmacocinética • Boa distribuição nos tecidos; • Excretados por via renal; • t½ :1 hora As cefalosporinas são estruturalmente e funcionalmente semelhantes às penicilinas DIFERENÇAS FARMACOCINÉTICAS DIFERENÇAS ESPECTRO ANTIMICROBIANO As variações nos grupos R1 e R2 produziu compostos potentes e de baixa toxicidade Aumento da meia vida Aumento do espectro Resistência às betalactamases Afinidade as PBPs Estáveis ao ácido Resistententes às betalactamases Características das cefalosporinas VANTAGENS ⮚ Relativamente estáveis em meio ácido->VO ⮚ Maior resistência às β-lactamases inclusive a estafilocócica ⮚ Espectro antimicrobiano mais amplo-> Gram (-) ⮚ Maior lipossolubilidade ⮚ Indicação: ⮚Eficazes contra septicemias ⮚Profilaxia cirúrgica ⮚ Infecções das vias biliares e Infecções do trato urinário ⮚Sinusite bacteriana ⮚Pacientes imunodeprimidos ⮚Recomendados para todas as faixas etárias ⮚Mecanismo de ação idêntico às penicilinas: ○ Inibe a síntese de peptideoglicano da parede celular bacteriana ⮚Absorção, distribuição, eliminação: semelhante às penicilinas + - +/- Classificação das Cefalosporinas ⮚Os efeitos adversos ⮚ Alergia: Cerca de 5-15% dos pacientes alérgicos às penicilinas são alérgicos às cefalosporinas. 1-2% apresentam reações alérgicas sem ser alérgicos a penicilina. ⮚ Evitar consumo de Álcool: Efeito tipo dissulfiram pois inibem a enzima DHD (acetaldeído desidrogenase), acumula acetaldeído ⮚ Toxicidade: Algumas cefalosporinas de primeira geração são nefrotóxicas especialmente se usado com furosemida, aminoglicosídeos ou outros agentes nefrotóxicos. ⮚ Tromboflebite ⮚ Hemorragia: Alguns dos medicamentos de terceira geração estão associados com sangramento (síntese diminuída de fatores da coagulação), que são reversíveis com a vitamina K. Cefalosporinas Outros inibidores da síntese da parede celular ⮚Novos β-lactâmicos: 1. Carbapenêmicos: Imipenem / Meropenem 2. Monobactâmico: Aztreonam ⮚Glicopeptídeos: Vancomicina / Teicoplanina Carbapenêmicos Anel betalactâmico ❖Carbapenêmicos β-lactâmicos sintéticos não tem enxofre no anel tiazolidínico ❖ Imipenem / Meropenem Anel betalactâmico ⮚Maior espectro atualmente disponível ⮚Boa cobertura de infecções hospitalares-adquiridas Gram- negativos, incluindo P. aeruginosa, Gram positivos e anaeróbios ⮚Excelente contra klebsiella, enterobactérias, nocardia (pneumonia, pele e SNC). ⮚Exceto Klebsiella KPC e MRSA que são resistentes. Espectro de ação dos carbapenêmicos: Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por bactériasGram-negativas (enterobactérias), e confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos. ⮚Indicação: ⮚Tratamento de infecções hospitalares em CTI, por bactérias resistentes às cefalosporinas ⮚Infecções graves do trato urinário, ginecológicas, pele e tecidos moles e articulações. ⮚Efeitos adversos: Reações alérgicas, flebite, náuseas e vómitos, convulsões (altas doses e em pacientes com lesão do sistema nervoso central). Carbapenêmicos IMIPENEM-CILASTATINA ⮚Mecanismo de ação: se liga a PBP-2 nas bactérias e causam lise celular. ⮚Resistente à maioria das betalactamases (gram+) ⮚Penetram nas porinas (gram-) ⮚Não é absorvido por VO. ⮚Via IV: Mas é inativado por desidropeptidase no túbulo renal proximal – gera composto inativo e tóxico. ⮚Cilastatina: é um inibidor que bloqueia a degradação por peptidase renal de Imipenem e é recuperado na urina na forma ativa. ⮚Não deve ser usado em infusão prolongada. Optar por meropenem Meropenem ⮚Não requer coadministração com cilastatina, pois não é sensível a dipeptidase renal. ⮚Tem maior aplicabilidade na prática, principalmente em pacientes neurológicos ⮚Causam menos toxicidade que o imipenem ⮚Convulsões são menos prováveis (imipenem>meropenem) ⮚Menos ativo contra bactérias Gram-positivas (enterococcus) e mais em Gram-negativas ⮚muitas vezes associado à Vancomicina (que cobre Gram positivos), para tratamento de pacientes sépticos em CTI, sem resultados de culturas. ⮚Boa penetração no SNC: Tratamento da meningite quando necessário um carbapenêmico Aztreonam β−lactam ring (monobactâmico) Contém apenas um anel betalactâmico mas não um anel tiazolidina ou di-hidrotiazidina ⮚Mecanismo de ação: se liga a PBPs nas bactérias e causam lise celular. ⮚Atividade antimicrobiana apenas contra bactérias Gram-negativas aeróbias e resistentes às cefalosporinas de 3ª geração. ⮚Altamente resistente às betalactamases ⮚Espectro: P. aeruginosa, Neisserias, Enterobactérias, H. influenzae e gonococos. ⮚Administração somente parenteral IV, não são absorvidas por VO. ⮚Excreção renal e má penetração na BHE Aztreonam (monobactâmico) ⮚Vantagem: Pouca toxicidade e não induz alergia como os outros beta-lactâmicos ⮚ Poucas reações adversas graves; boa para pacientes alérgicos à penicilina, toleram bem. ⮚Desvantagem: Flebite, e t ½ curta; t ½ aumentada em insuficiência renal. Alto custo ⮚Indicação: Alternativa aos aminoglicosídeos (tóxicos) e cefalosporinas de 3 ª geração (alergia a beta-lactâmicos). ⮚Tratamento de infecções graves por gram-negativos, como pneumonia, meningite e sepse. Aztreonam (monobactâmico) VANCOMICINA (Glicopeptídeo) ⮚Estrutura e Mecanismo de Ação: Inibe a síntese de fosfolipídeos e a polimerização do peptideoglicano: ○ Se liga com alta afinidade ao terminal D-Ala-D-Ala das unidades precursoras da parede celular. ○ Impede a incorporação ao peptideoglicano ao N- acetilmurâmico e N-acetilglicosamina ⮚Só é ativa contra Gram positivos->> MRSA ○ Ativa em cepas resistentes aos beta-lactâmicos ⮚Tem alto PM e hidrossolúvel logo, não passam a membrana dos gram-negativos. A resistência à vancomicina se deve pelo sequestro da vancomicina dentro da parede por alvos (terminais) falsos-> Usar linezolida (no entanto, há menor experiência clínica) VANCOMICINA (Glicopeptídeo) ⮚Indicação: infecções estafilocócicas graves em pacientes alérgicos às penicilinas e cefalosporinas. ⮚IV: Endocardite por estafilococos S. aureus resistentes- meticilina (MRSA) ⮚Infeções cutâneas/tecidos moles, ósseas/articulares onde os organismos gram-positivos, incluindo MRSA são os mais patogênicos. Profilaxia em cirurgias; Troca valvar. ⮚VO: Clostridium difficile (alternativo ao metronidazol) – colite pseudomembranosa Espectro estreito – Staph. & Strep., Enterococcus, Clostridium sp. ⮚ Meia vida 6-10 h ⮚ Pouco absorvida por via oral: somente para C. difficile ⮚ Via infusão IV lenta nunca IM ⮚ Não penetra nas meninges ⮚ Eliminação renal, acúmulo na insuficiência renal VANCOMICINA (Glicopeptídeo) Atenção: A única indicação para uso oral da Vancomicina é no tratamento de colite pseudomembranosa (C. difficile). Para todas as outras indicações deve ser administrada pela via endovenosa. ⮚ Efeitos adversos: erupções cutâneas maculares, anafilaxia, calafrios, febre, hipotensão, urticária. ⮚ Flebite no local da injeção ⮚ Síndrome do homem vermelho – liberação de histamina – na infusão rápida – CUIDADO! ⮚ Ototoxicidade e nefrotoxicidade raras, doses altas ou quando administrado com outros atb. Aminoglicosídeos ⮚ Teicoplanina substitui a vancomicina, pode ser administrada IM, porém é mais cara e menos estudada. VANCOMICINA (Glicopeptídeo) ANTIBIÓTICOS II FLUORISOQUINOLONAS FLUORISOQUINOLONAS • A primeira quinolona não fluorada, o ácido nalidíxico foi obtida durante a síntese da cloroquina. • Atualmente incluem agentes fluorados de amplo espectro: ciprofloxacina, levofloxacina, ofloxacina e norfloxacina; e os de menor espectro: ácido nalidíxico. FLUORISOQUINOLONAS ⮚Mecanismo de ação: atuam sobre a topoisomerase II e a girase alterando a replicação do DNA bacteriano. - Ciprofloxacin, ofloxacin, levofloxacin, Lomefloxacin, esparfloxacin FLUORISOQUINOLONAS ⮚farmacocinética: bem absorvidas por v.o., t ½ varia de 3h. (ciprofloxacina) à 10h. (perfloxacina), concentram-se nos rins, próstata, pulmões e nos fagócitos, a maioria não atravessa as barreiras. Farmacocinética e Efeitos adversos das quinolonas Efeito do cálcio presente na dieta na absorção de ciprofloxacino. - Antiácidos diminuem a absorção efeitos adversos: ● alterações gastrintestinais, ● erupções cutâneas , ● cefaléia e vômitos, ● Artralgia principalmente em crianças, ● podem ocorrer interações metabólicas com a teofilina (intoxicação) Reduz a proliferação de fibroblastos, turnover de colágeno e síntese de proteoglicanos Ciprofloxacino • Os efeitos colaterais das quinolonas são conhecidos e geram preocupações. Esta semana, recebi uma paciente que rompeu o tendão de Aquiles em uso de levofloxacino, outro paciente convulsionou com ciprofloxacino. A agência americana (FDA) já havia manifestado, este ano, a necessidade de cautela no uso das quinolonas. Agora foi a vez da European Medical Agency emitir seu posicionamento: Efeitos colaterais incapacitantes e potencialmente permanentes levaram à suspensão ou restrições do uso das quinolonas e fluoroquinolonas. • A EMA analisou os efeitos colaterais sérios, incapacitantes e potencialmente permanentes com a quinolonas e antibióticos fluoroquinolonas administrados por via oral, injeção ou inalação. A ideia era fazer uma revisão com as visões de pacientes, profissionais de saúde e acadêmicos. Antimetabolitos Reguladores do metabolismo do ácido fólico • Modo de ação - Estes antimicrobianos são análogos do ácido para-aminobenzóico (PABA) e inibem competitivamente a formação de ácido dihidropteróico (precursor do ácido fólico). As sulfonamidas competem com o PABA pela enzima di-hidropteroato sintetase. Como as células humanas obtêm o seu ácido fólico da dieta, e não possuem a enzima, não são afetadas. As bactérias, no entanto, são incapazes de absorvê-lo, e precisam produzi-lo, logo, elas são afetadas nas doses usadas e param de se reproduzir. http://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima Sulfonamidas (bacteriostáticos) • Espectro de atividade – espectro amplo contra bactérias gram- positivas e gram-negativas; utilizado principalmente no trato urinário e infecções por Nocardia/infecções respiratórias. Outros usos clínicos: queimaduras infectadas (aplicação tópica de suldiazina argêntica), algumas DSTs, doença inflamatória intestinal (sulfassalazina); em combinação com pirimetamina para malária e toxoplasmose ou com trimetoprima para Pneumocystis carinii • Resistência - Comum Trimetoprima (Diaminapirimidinas) • A terapia de combinação - As sulfonamidas são usados em combinação com Trimetoprim (Sulfametoxazol-Tripetoprim– associação conhecida como Cotrimoxazol). Esta combinação bloqueia duas etapas distintas no metabolismo do ácido fólico e previne o aparecimento de estirpes resistentes. A Trimetropima se assemelha estruturalmente ao folato, inibindo a enzima di-hidrofolato redutase e a formação do metabólito ativo do ácido tertrahidrofólico. O efeito das 2 drogas é sinérgico. • A terapia de combinação - Estes agentes antimicrobianos são utilizados em combinação com as sulfonamidas; esta combinação bloqueia duas etapas distintas no metabolismo do ácido fólico e previne o aparecimento de estirpes resistentes. Efeitos colaterais (mais com combinação com sulfametoxazol) • reações de pele (dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens- Johnson, necrólise epidérmica) • glossite e estomatite, • dores de cabeça, • depressão, • leucopenia, anemia megaloblástica, trombocitopenia. Inibidores de síntese protéica Tetraciclinas (bacteriostáticas) tetraciclina, minociclina e doxaciclina • Modo de ação - as tetraciclinas ligam-se reversivelmente ao ribossomo 30S e inibem a ligação de aminoacil-t-RNA. Espectro de atividade - de amplo espectro; útil contra bactérias intracelulares. Rickettsia, Mycoplasma, Chlamydia, DST, brucelose, tularemia, cólera. Aplicações terapêuticas típicas das tetraciclinas. Resistência – Comum Efeitos adversos – ✔destruição de flora intestinal normal, resultando em aumento de infecções secundárias – colite pseudomembranosa* e candidíase ✔ coloração e comprometimento da estrutura dos ossos e dentes ✔Fototoxicidade – queimadura solar grave ✔Cefaléia – visão embaçada, pseudotumor cerebral *Colite pseudomembranosa – inflamação no intestino grosso que provoca diarréia e dor, causada pela Clostridium difficile e suas toxinas. AMINOGLICOSÍDEOS •são transportados para as células e bloqueiam a síntese de proteínas bacterianas por • ligação à subunidade do ribossoma 30S • a sua penetração através da membrana celular da bactéria é dependente de porinas e de oxigênio de transporte ativo --- eles têm ação mínima contra organismos anaeróbicos AMINOGLICOSÍDEOS (gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, neomicina, estreptomicina, canamicina) • Espectro de Ação: bactericida contra aeróbios GRAM-Negativos e alguns organismos GRAM-Positivos • Infecções causadas por Streptococcus • Listeria ou Pseudomonas • Indicações: Tratamento de Sepse, Pneumonia, infecções graves por bacilos G(-) aeróbios, Infecções urinárias; Associação com Penicilinas e Cefalosporina em Sepse grave, Pneumonia causadas por bactérias G(-) resistentes; Infecções oculares (uso tópico) Farmacocinética: ● pouco absorvido a partir do intestino, ● a administração IV e IM, distribuição no líquido extracelular, ● excreção por filtração glomerular. ● T1/2 2-3 horas. Administração e destino dos aminoglicosídeos. SNC, sistema nervoso central Efeitos adversos de toxicidade: ✔ Relacionados com a dose -potencial de aumento com o tempo de tratamento ✔ ototoxicidade, destruição irreversível das células sensoriais na cóclea e órgão vestibular da orelha --- vertigem, ataxia e perda de equilíbrio (lesão vestibular) distúrbios auditivos, incluindo surdez (lesão coclear) ✔ nefrotoxicidade consiste de danos nos túbulos renais, pode ser revertida se o uso da droga é interrompido ✔ paralisia devido ao bloqueio neuromuscular - diminuição Ach ✔exacerbação de miastenia gravis é previsível em pacientes com esta doença. ✔erupções cutâneas de hipersensibilidade ✔supressão da medula óssea é raro Interações medicamentosas ✔Aminoglicosídeos podem aumentar o bloqueio neuromuscular não-despolarizante ✔Diuréticos de alça potencializam a sua nefrotoxicidade e ototoxicidade Toxicidade Monitorar a concentração plasmática da droga em: • Idosos • Neonatos Pré-termos • Disfunção Renal Agentes antimicrobianos que se ligam à subunidade 50S ribossomal Cloranfenicol /Lincosaminas: Lincomicina, Clindamicina • Modo de ação - Esses antimicrobianos se ligam ao ribossomo - 50S e inibem a atividade peptidil transferase. Espectro de atividade Cloranfenicol - Ampla gama - gram negativos e positivos; bacteriostático para a maioria das bactérias; Administração por via oral ou IV ou I.M. Lincomicina e clindamicina – restrita ● Lincomicina - bactérias aeróbias Gram-positivas, incluindo estreptococos, estafilococos e pneumococos. ● Clindamicina – cocos G(+), bactérias anaeróbias como espécie Bacteroides Resistência - comum devido a plasmídeo Clindamicina/Lincomicina ● infecções provocadas por organismos Bacteroides, ● infecções estafilocócicas de ossos e articulações. ● também é usada topicamente como gotas para os olhos, para estafilococos conjuntivite. Cloranfenicol (pouco usado, situações específicas) ●Tem sido usado no tratamento de infecção por enterococos resistentes à vancomicina. ●Pode ser utilizada nas salmoneloses, principalmente na febre tifóide. ●É alternativa no tratamento de meningite bacteriana e epiglotite, artrite séptica e osteomielite por Haemophilus influenzae em pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos. ●Indicado no tratamento de ricketsioses ou erlickiose. Indicações Farmacocinética Administrada por via oral ou parenteral; está amplamente distribuído nos tecidos (incluindo ossos) e fluidos corporais, mas não atravessa a barreira hemato-encefálica. Os efeitos adversos Cloranfenicol é tóxico (supressão da medula óssea – anemia aplásica = idiossincrásica), mas é usado no tratamento da meningite bacteriana. Síndrome do bebê cinzento (cianose e morte), náuseas, vômitos, diarréia, sabor desagradável, visão turva, parestesia Não é bem removido por diálise. Afeta a atividade mitocondrial. Lincomicina e clindamicina - distúrbios Gastrointestinais / Colite / erupções cutâneas / flebite Indicação: Enterococcus faecium e faecalis – resistentes vancomicina e Estafilococos resistentes a meticilina Contra indicada em associação com inibidores de MAO, hipertensão, feocromocitoma, uso de simpaticomiméticos. Reações adversas: monilíase, anemia, pancitopenia, alteração de paladar, convulsões, cólicas abdominais, diarréia. Linezolida (Oxazolidinonas) – Macrolídeos (bacteriostaticos) eritromicina, claritromicina, azitromicina, espiramicina • Modo de ação - Ligação à subunidade 50S dos ribossomos inibindo o passo de translocação. São normalmente bacteriostáticos. Espectro de atividade - bactérias Gram-positivas, Legionella, Mycoplasma, N gonorrhoeae, azitro e claritro têm atividade contra Toxoplasma e Plasmodium. Usos - ● Chlamydia, ● Difteria, ● Coqueluche, ● Helicobacter pylori, ● Tétano, ● Sífilis. ● Azitromicina é utilizada em infecções da pele, faringite. • Farmacocinética - Todos podem ser administrados por via oral. Claritromicina com alimentos, Azitro sem alimentos. Eritro e claritro são excretados na urina, Azitro é excretada na bile e tem uma meia-vida de 40-68h, devido à ligação do tecido. • A resistência é comum. Algumas propriedades dos antimicrobianos macrolídeos Efeitos adversos • Hepatite colestática, febre, eosinofilia e erupções cutâneas. Eritromicina pode causar arritmias e icterícia. Alguns efeitos adversos dos antimicrobianos macrolídeos. Inibição do sistema CYP450 por eritromicina, claritromicina e telitromicina. INIBIDORES DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLÉICOS Rifampicina, Rifamicina, Rifabutina (bactericida) macrocíclicos • Modo de Ação –Inibição da Síntese do RNAm • Espectro - Amplo (E.coli, Pseudomonas, proteus, Klebsiela, S.aureus, N.meningitidis, H.influenzae). Porém mais comumente usado no tratamento de Tuberculose. • Resistência – Comum. Administração oral. Eliminado 30% via urinária e via fecal. • Efeitos colaterais – rash, febre, náusea, hepatotoxicidade, inductor de enzimas hepáticas. • Terapia Combinada – Como é comum haver resistência, usualmente a Rifampicina é usada em combinação. Usada também na profilaxiade meningite por meningococo e H. influenza. ANTIMICOBACTERIANOS ANTIMICOBACTERIANOS • Infecções micobacterianas : • Tuberculose - Mycobacterium tuberculose. • Hanseníase - Mycobacterium leprae. • Características : • Doenças crônicas necessitam tratamento prolongado ; microorganismo fagocitado pode sobreviver no interior dos macrófagos; resistência . ANTIMICOBACTERIANOS • Fármacos para tratamento da tuberculose: • rifampicina • isoniazida • etambutol • pirazinamida • quinolonas • estreptomicina RIFAMPICINA • Derivado semi-sintético da Amycolaptosis mediterranei, um dos mais ativos agentes antituberculose. ⮚mec. de ação : inibe a RNA polimerase da micobactéria, formando um complexo (droga-enzima) que impede a formação da cadeia peptídica. Em altas doses pode inibir a síntese de RNA em mamíferos. ⮚indicações terapêuticas ; em associação com isoniazida para tuberculose e isoladamente na profilaxia da meningite meningocóccica ou por H. influenziae. RIFAMPICINA ⮚farmacocinética : ⮚administração oral com pico plasmático em 2-4h.; ⮚ciclo entero- hepático sofre deacetilação com metabólito ativo e pouco reabsorvido; ⮚ distribuição ampla, inclusive atravessa barreiras (LCR) ; ⮚ eliminação nas fezes e na urina. ISONIAZIDA Sintetizada a partir do ácido nicotínico ⮚mec. de ação : pró-droga que se converte a um metabólito ativo por ação da catalase das micobactérias; sua ação primária é inibir a síntese de elementos formadores da parede celular da bactéria. ⮚indicações terapêuticas: tratar infecções ativas com uso intermitente exige outros agentes associados , na profilaxia uso isolado ; administração em conjunto com piridoxina (B6) evita neuropatia periférica. ISONIAZIDA ⮚farmacocinética : ⮚absorção oral prejudicada por antiácidos; pico plasmático 1-2h.; ⮚ ampla distribuição no organismo; atravessa barreiras ; ⮚ biotransformada no fígado; ⮚eliminação urinária. ETAMBUTOL • É um composto solúvel em água e estável ao calor. ⮚mec. de ação : inibem a atividade da arabinosil transferase na síntese da parede das micobactérias. ⮚ indicações terapêuticas : para o tratamento da tuberculose em associação a isoniazida ; não é recomendada para crianças . ⮚farmacocinética : absorção oral com pico de concentração de 2h.; t ½ de 3 à 4h. Eliminada por filtração glomerular e secreção tubular PIRAZINAMIDA • É um composto sintético análogo a nicotinamida. ⮚mec. de ação : atividade bactericida em pH ácido, útil pois a bactéria habita o interior de fagosomas ácidos no macrófago. • Inibe a sintase I que forma ácidos graxos bacterianos. PIRAZINAMIDA Farmacocinética: ● absorção oral com ampla distribuição pelo organismo e barreiras ; ● pico plasmático bifásico (2hs. e 8hs.) ; ● T ½ 10hs. ; eliminação por filtração glomerular. Indicações terapêuticas: principalmente para o esquema de terapia múltipla rápida (6 meses) . Outros Agentes - Miscelânea ➢ Mecanismo de ação: ➢ Após a entrada na célula, por difusão passiva, o antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. ➢ As bactérias aeróbicas não possuem enzimas que reduzam a droga, e não formam portanto, os compostos tóxicos intermediários com atividade antibacteriana Nitroimidazólicos: Metronidazol Nitroimidazólicos: Metronidazol ➢Espectro de ação: O metronidazol é um bactericida potente, com excelente atividade contra bactérias anaeróbicas estritas e certos protozoários como amebíase, tricomoníase e giardíase ➢Farmacocinética: Metabolizado pelo fígado e excretado pelos rins. Excretado no leite materno. Contra-indicado no 1ºtrimestre gestação ➢Efeitos adversos: gastrointestinais, gosto metálico, zumbido, ataxia cerebelar, urticária, ginecomastia, reação tipo dissulfiram USOS: Está indicado no tratamento de giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites por Gardnerella vaginalis e infecções causadas por bactérias anaeróbias como Bacteróides fragilis e outros bacteróides, Fusobacterium sp, Clostridium sp, Eubacterium sp e cocos anaeróbios. Outra indicação seria no tratamento de pacientes portadores de periodontite crónica refractária (bacterias anaeróbias presentes na cavidade oral). Usos comuns O metronidazol é extremamente eficaz contra infecções bacterianas anaeróbicas e também é utilizado para tratar a doença de Crohn, diarreia associada ao antibiótico, e rosácea. Nitroimidazólicos: Metronidazol - Mecanismo de ação: A tigeciclina inibe a tradução protéica nas bactérias, ligando-se à subunidade ribossômica 30S bloqueando a entrada de moléculas aminoacil RNAt no sítio do ribossomo. Glicilciclinas: Tigeciclina Usos: ● Apresenta potente atividade in vitro contra cocos gram-positivos (incluindo estafilococos resistentes à oxacilina, enterococos resistentes à vancomicina e estreptococos resistentes às penicilinas ou cefalosporinas); ● bacilos gram-negativos (exceto P. aeruginosa e Proteus mirabilis) e a maioria dos anaeróbios de importância clínica. Efeitos adversos: ● Aumento no tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa); Flebite; Aumento no tempo de protrombina (TP); Trombocitopenia; ● Bilirrubinemia; Aumento de enzimas hepáticas; Aumento de uréia; Hipoglicemia; Hipoproteinemia; ● Tontura; diarréia e vômitos Glicilciclinas: Tigeciclina ➢Mecanismo de ação: As polimixinas interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa das bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade da molécula de polissacarídeo. Esse processo resulta em aumento de permeabilidade da membrana com rápida perda de conteúdo celular e morte da bactéria. Polimixina B e Colistina (Polimixina E): USOS - Desta forma, as polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de infecções graves por bacilos gram-negativos multirresistentes como P.aeruginosa e Acinetobacter baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias associadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres, nas infecções do sítio cirúrgico e nas infecções do trato urinário. Efeitos adversos ● Neurotoxicidade (irritabilidade, fraqueza, sonolência, ataxia, parestesia perioral, visão turva, bloqueio neuromuscular) e ● Nefrotoxicidade (albuminúria, aumento de uréia sanguínea, cilindrúria). Polimixina B e Colistina (Polimixina E):
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