Buscar

Sistema Reprodutor Feminino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Reprodutor Feminino 
1. Descrever Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino. 
	Os ovários, as gônadas femininas são os órgãos genitais primários de uma mulher e têm um propósito duplo: eles produzem os gametas femininos (óvulos) e os hormônios sexuais, os estrogênios e a progesterona. Os ductos acessórios (tubas uterinas, útero e vagina) transportam e também atendem às necessidades das células reprodutivas e do feto em desenvolvimento. Os ovários e os sistema de ductos, coletivamente conhecidos como genitália interna, são em sua maioria localizados na cavidade pélvica. Os ductos acessórios femininos da vizinhança dos ovários ao exterior do corpo, são as tubas uterinas, o útero e a vagina. Os órgãos sexuais externos femininos são denominados genitália externa.
Ovários
Os ovários são pares, localizados um de cada lado do útero. Duas vezes maior e com a forma semelhante a uma amêndoa, cada ovário é fixo em sua posição, na bifurcação dos vasos sanguíneos ilíacos dentro da cavidade peritoneal, por vários ligamentos. 
O ligamento útero-ovárico fixa o ovário medialmente ao útero, o ligamento suspensor do ovário liga o ovário lateralmente à parede pélvica, e o mesovário suspende o ovário. O ligamento suspensor do ovário e o mesovário são parte do ligamento largo do útero, uma dobra peritoneal que forma uma “tenda” sobre o útero e sustenta as tubas uterinas, o útero e a vagina. Os ligamento ovarianos são envolvidos pelo ligamento largo do útero. 
Os ovários são irrigados pelas artérias ováricas, ramos da aorta abdominal, e pelo ramo ovárico das artérias uterinas. Os vasos sanguíneos ovarianos chegam aos ovários passando pelos ligamentos suspensor e mesovário. Cada ovários é circundado externamente por uma túnica albugínea fibrosa, a qual, é coberta por uma camada de células epiteliais cúbicas chamadas de epitélio germinativo, uma continuação do peritônio. O ovário tem externamente um córtex, o qual aloja gametas em formação, e uma região medular, interna, contendo os vasos sanguíneos e nervos maiores, mas a extensão relativa de cada região é pouco definida. 
Inseridas no tecido conjuntivo extremamente vascularizado do córtex do ovário estão muitas estruturas saculares pequenas chamadas de folículos ovarianos. Cada folículo consiste em um ovo imaturo, chamado oócito ou ovócito, coberto por uma ou mais camadas de células muito diferentes. As células são chamadas de células foliculares, se uma única camada está presente, e de células da granulosa, se mais de uma camada está presente. Folículos em diferentes estágios de maturação são distinguidos por estrutura. 
Em um folículo primordial, uma camada de células foliculares pavimentosas circundam o ovócito. Um folículo primário tem duas ou mais camadas de células granulosas do tipo cúbicas ou cilíndricas envolvendo o ovócito; ele se torna um folículo secundário quando aparecem espaços cheios de líquido folicular entre as células da granulosa que então coalescem para forma uma cavidade central cheia de líquido chamada de antro. No estágio de folículo vesicular, o folículo forma uma saliência para fora da superfície do ovário. O ovócito do folículo vesicular “senta” sobre um pedúnculo de células da granulosa em um lado do antro. A cada mês, em uma mulher adulta, um dos folículos maduros ejeta seu ovócito do ovário, um evento chamado de ovulação. 
Após a ovulação, o folículo que se rompeu é transformado em uma estrutura muito diferente, com aspecto glandular, chamada de corpo lúteo, o qual finalmente degenera. Via de regra, a maioria dessas estruturas pode ser vista dentro do mesmo ovário. Em mulheres mais velhas, as superfícies dos ovários têm cicatrizes e orifícios, revelando que muitos ovócitos foram liberados. 
Sistema de Ductos Feminino 
			Tubas Uterinas 
As tubas uterinas, antes chamadas de trompas de Falópio ou ovidutos, formam a parte inicial do sistema feminino de ductos. Elas recebem o ovócito ovulado e são o local onde a fertilização geralmente ocorre. 
Cada tuba uterina tem cerca de 10 cm de comprimento e se estende medialmente, a partir da região de um ovário desembocando na região súpero-lateral do útero, via uma região mais fina chamada de istmo. A extremidade distal de cada tuba uterina se expande quando ela se curva em torno do ovário, formando a ampola; a fertilização em geral ocorre nessa região. A extremidade da ampola é o infundíbulo, estrutura aberta em forma de funil com projeções ciliadas semelhantes a dedos chamados fímbrias, que caem sobre o ovário, as tubas uterinas têm pouco ou nenhum contato real com os ovários. Um ovócito após a ovulação cai na cavidade peritoneal, e muitos ovócitos são perdidos ali.
Contudo, as tubas uterinas realizam movimentos complexos para capturar os ovócitos - elas se dobram para recair sobre os ovários enquanto as fímbrias(franjas) enrijecem e varrem a superfície ovariana. O batimento dos cílios na fímbria então cria correntes no líquido peritoneal que tende a transportar o ovócito para dentro da tuba uterina, onde ele inicia sua jornada em direção ao útero. 
A tuba uterina contém camadas de músculo liso, e sua mucosa muito pregueada e espessa contém células ciliadas e não-ciliadas. O ovócito é transportado em direção ao útero por uma combinação de peristalse muscular e batimento dos cílios. Células não-ciliadas da mucosa possuem microvilos densos e produzem uma secreção que mantém o ovócito (e o espermatozóide, se estiver presente) úmido e nutrido. Externamente, as tubas uterinas são cobertas por peritônio visceral e sustentadas ao longo de seu comprimento por um mesentério curto (parte do ligamento largo) chamado de mesossalpinge (“mesentério da tuba”; salpin = trombeta, trompa), uma referência à tuba uterina em forma de trombeta, que ele sustenta.
O útero 
O útero está localizado na pelve, anterior ao reto e póstero-superior à bexiga urinária. É um órgão muscular oco, com paredes grossas, que tem função de receber, reter e nutrir um ovo fertilizado. Em uma mulher pré-menopáusica que nunca esteve grávida, o útero tem aproximadamente o tamanho e a forma de uma pêra invertida, mas em geral é um pouco maior em mulheres que tiveram filhos. Normalmente, o útero se flexiona anteriormente no ponto onde ele se une à vagina, fazendo com que o útero como um todo seja inclinado para a frente ou anteversofletido. Contudo, com frequência o órgão está inclinado para trás, ou retroversofletido, em mulheres mais velhas. 
A porção maior do útero é conhecida como corpo. A região arredondada superior à entrada das tubas uterinas é o fundo, e a região levemente estreitada entre o corpo e o colo é o istmo. O colo uterino(cérvix) é seu pescoço, ou passagem estreita, o qual se projeta para a vagina inferiormente. A cavidade do colo, chamada canal do colo do útero, se comunica com a vagina através do óstio do útero (óstio externo) e com a cavidade do corpo uterino através do óstio histológico interno. A mucosa do canal do colo do útero contém glândulas cervicais que secretam um muco que enche o canal do colo do útero e cobre o óstio do útero, provavelmente para bloquear a entrada de bactérias da vagina para o útero. O muco cervical também bloqueia a entrada de espermatozóides, exceto no meio do ciclo, quando ele se torna menos viscoso e permite que os espermatozóides o atravessem. 
· Sustentação do útero: O útero é sustentado lateralmente pelo mesométrio (“mesentério do útero”), porção do ligamento largo do útero. Mais inferiormente, os ligamento transversos do colo (cardinal) se estendem do colo e da vagina superior para as paredes laterais da pelve, e o par de ligamento retouterinos fixa o útero ao sacro posteriormente. O útero é fixado na parede anterior do corpo pelos fibrosos ligamentos redondo, o quais passam através dos canais inguinais para se ancorar no tecido subcutâneo dos lábios maiores do pudendo. Esses ligamentos permitem que o útero tenha uma boa mobilidade, e sua posição se altera quando o reto e a bexiga urinária estão cheios ou vazios. 
· Parede Uterina: A parede do útero é compostapor três camadas. O perimétrio, a camada serosa mais externa incompleta, é o peritônio. O miométrio (“músculo do útero”) é a camada intermediária, volumosa, composta por feixes entrelaçados de músculo liso que contraem ritmicamente durante o nascimento para expulsar o bebê do corpo materno. O endométrio é a camada mucosa que reveste a cavidade uterina, é um epitélio cilíndrico simples sobreposto a uma lâmina própria espessa. Se ocorrer fertilização, o embrião jovem penetra o endométrio (implanta) e reside ali pelo resto de seu desenvolvimento. 
	O endométrio tem duas camadas principais: a camada funcional, ou estrato funcional, sofre alterações cíclicas em resposta aos níveis sanguíneos de hormônios ovarianos e descama durante a menstruação (aproximadamente a cada 28 dias). A camada basal, mais profunda, forma uma nova camada funcional depois do término de cada menstruação. Ela não é responsiva a hormônios ovarianos. O endométrio tem numerosas glândulas uterinas que modificam seu comprimento à medida que a espessura do endométrio se altera. As artérias uterinas são originadas da artéria ilíaca interna na pelve, ascendem ao longo dos lados do útero e enviam ramos para a parede uterina. Esses ramos se dividem em várias artérias arqueada dentro do miométrio. As artérias arqueadas enviam ramos radiais para o endométrio, onde eles, por sua vez, originam as artérias retas para a camada basal e as artérias espiraladas para a camada funciona. As artérias espiraladas degeneram e regeneram repetidamente, e são seus espasmos que fazem a camada funcional descamar durante a menstruação. 
			A vagina 
A vagina é um tubo de paredes finas com comprimento de 8 a 10 cm. Ela se localiza entre a bexiga urinária e o reto e se estende do colo em direção ao exterior do corpo. A uretra está inserida em sua parede anterior. Frequentemente chamada de canal do parto, a vagina fornece uma via de passagem para o parto de uma criança e para o fluxo menstrual. Como ela recebe o pênis (e o sêmen) durante a relação sexual, ela é o órgão feminino da copulação. 
A parede distensível da vagina consiste em três camadas: uma adventícia fibroelástica eterna, uma muscular composta de músculo liso e uma mucosa marcada por pregas ou rugas transversais, as quais estimulam o pênis durante a relação sexual. A mucosa é um epitélio pavimentoso estratificado adaptado para resistir ao atrito. Certas células mucosas (células dendríticas) agem como células apresentadoras de antígenos e parecer fornecer o caminho para a transmissão do HIV do homem infectado para a mulher durante a relação sexual. A mucosa vaginal não tem glândulas, ela é lubrificada pelas glândulas mucosas cervicais. Suas células epiteliais liberam grande quantidade de glicogênio, o qual é metabolizado de forma anaeróbica a ácido lático pelas bactérias residentes. Como consequência, o pH da vagina de uma mulher normalmente é muito ácido. Essa acidez auxilia a vagina a se manter saudável e livre de infecções, mas ela também é hostil ao espermatozóide. Embora o líquido vaginal da mulher adulta seja ácido, ele tende a ser alcalino em adolescentes, predispondo as adolescentes sexualmente ativa às doenças sexualmente transmissíveis. 
Em virgens, a mucosa próxima ao óstio da vagina forma uma fina membrana incompleta chamada hímen. O hímen é muito vascularizado e tende a sangrar quando é rompido durante o primeiro coito. Contudo, sua durabilidade varia. Em algumas mulheres, ele é rompido durante uma atividade esportiva, na inserção de tampão ou durante exame pélvico. Às vezes, ele é tão resistente que deve ser aberto cirurgicamente para que a relação sexual possa ocorrer. 
A extremidade superior do canal vaginal circunda frouxamente o colo uterino, produzindo um recesso vaginal chamado de fórnice vaginal. A parte posterior desse recesso, o fórnice posterior, é muito mais profunda que os fórnice lateral e anterior. Em geral, o lúmen da vagina é muito pequeno e, exceto onde é mantido aberto pelo colo, suas parede anterior e posterior estão em contato uma com a outra. A vagina se distende consideravelmente durante a copulação e o parto, mas sua distensão lateral é limitada pelas espinhas isquiáticas e pelos ligamentos sacroespinais. 
		A genitália Externa 
A genitália externa, também chamada de vulva ou pudendo, inclui um monte de púbis, lábios, clitóris e estruturas associadas com o vestíbulo.
O monte de púbis é uma área de tecido adiposo arredondada situada sobre a sínfise púbica. Após a puberdade, essa área é coberta com pelos pubianos. Dispondo-se posteriormente a partir do monte de púbis estão duas dobras alongadas de tecido adiposo e pele cobertas por pelos, os lábios maiores do pudendo. Os lábios maiores do pudendo circunda os lábios menores do pudendo, duas dobras de pele sem pelos. Os lábios menores do pudendo encerram um recesso chamado vestíbulo, o qual contém as aberturas externas da uretra e da vagina. Ao lado da abertura vaginal estão as glândulas vestibulares maiores, do tamanho de uma ervilha, homólogas às glândulas bulbouretrais nos homens. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo e auxiliam a mantê-lo úmido e lubrificado, facilitando a relação sexual. Na extremidade posterior do vestíbulo, os lábios menores se unem formando uma crista chamada de comissura posterior dos lábios (fúrcula). 
 Anterior ao vestíbulo, está o clitóris, uma estrutura pequena saliente, composta principalmente de tecido erétil. Sua porção exposta é chamada de glande do clitóris. Ele está coberto por uma dobra de pele chamada de prepúcio do clitóris, formado pela junção das dobras dos lábios menores do pudendo. O clitóris é ricamente inervado com terminações nervosas sensíveis ao toque, e se torna cheio de sangue e ereto durante a estimulação tátil, contribuindo para a excitação sexual feminina. Como o pênis, o corpo do clitóris tem colunas dorsais eréteis (corpo cavernoso) unidas proximalmente pelo ramo, mas ele não tem um corpo esponjoso que conduza e uretra. Por sua vez, os bulbos do vestíbulo, os quais se localizam de cada lado do óstio da vagina e profundamente aos músculos bulboesponjosos. Por fim, o períneo feminino é uma região em forma de losango localizada entre o arco púbico anteriormente, o cóccix posteriormente e os túberes isquiáticos lateralmente. 
2. Explicar o Ciclo reprodutor Feminino (Menstrual e ovariano) enfatizando os hormônios gonodais e hipofisários. 
	Ciclo Ovariano 
O ciclo ovariano mensal é o ciclo menstrual no que diz respeito à sua relação com o ovário e consiste em três fases sucessivas: a fase folicular, a ovulação e a fase lútea. 
· Fase Folicular: Desde antes do nascimento até o final dos anos reprodutivos da mulher, o córtex ovariano contém muitos milhares de folículos, a maioria dos quais consistindo em folículos primordiais. Cada um desses folículos primordiais é formado por um ovócito circundado por uma única camada de células de sustentação planas chamadas células foliculares. No início de cada ciclo ovariano, 6-12 folículos primordiais começam a crescer, iniciando a fase folicular, que dura duas semanas. Além dos estágios menores, o crescimento é estimulado pelo hormônio folículo-estimulante (FSH) secretado pela adeno-hipófise. Quando um folículo primordial começa a crescer, suas células foliculares planas tornam-se cuboides e o ovócito fica maior. Agora o folículo se chama folículo primário. Em seguida, as células foliculares multiplicam-se e formam um epitélio estratificado em volta do ovócito desse ponto em diante, as células foliculares chamam-se células granulosas. O ovócito desenvolve uma camada glicoproteica chamada zona pelúcida (“cinturão transparente”), uma concha protetora que o espermatozoide precisa penetrar para fertilizar o ovócito. À medida que as células granulosas continuam a se dividir, uma camada de tecido conjuntivo chamada teca do folículo (“caixa em volta do folículo”) condensa-se em volta da parte externa do folículo. As células externas da teca são fusiformes e assemelham-se a células musculares lisas; as células internasda teca têm forma de lágrima e secretam hormônios. Essas células da teca são estimuladas pelo hormônio luteinizante (da parte anterior da hipófise) a secretar androgênios (hormônios sexuais masculinos). As células granulosas vizinhas, sob a influência do hormônio folículo-estimulante (também da parte anterior da hipófise), convertem os androgênios em hormônios sexuais femininos, os estrogênios (ou estrógenos). Depois de secretados na corrente sanguínea, os estrogênios estimulam o crescimento e a atividade de todos os órgãos sexuais femininos. Os estrogênios também sinalizam a mucosa uterina a se refazer após cada pe río do menstrual. No próximo estágio do desenvolvimento folicular, um líquido transparente acumula -se entre as células granulosas e coalesce, formando uma cavidade cheia de fluido chamada antro (“caverna”); agora o folículo é um folículo antral. O antro expande-se com fluido até isolar o ovócito, junto com uma capa circundante de células granulosas chamada coroa radiada. Por fim, o folículo atinge o tamanho pleno, alcançando um diâmetro de 2 cm. Esse folículo ovariano maduro está pronto para ser ovulado. Dos muitos folículos que crescem na fase folicular, a maioria morre e degenera ao longo do caminho, de modo que apenas um folículo por mês completa o processo de maturação e expele seu ovócito de um ovário para a potencial fertilização. Essa expulsão, chamada ovulação, ocorre logo após o término da fase folicular, aproximadamente no 14o dia do ciclo ovariano.
· Ovulação: A ovulação ocorre aproximadamente na metade de cada ciclo ovariano . Nesse processo, um ovócito sai de um dos dois ovários femininos e entra na cavidade peritoneal, sendo varrido para uma tuba uterina. O sinal para a ovulação é a liberação repentina de uma grande quantidade de hormônio luteinizante (LH) pela adeno-hipófise, um pouco antes do 14o dia. No processo de ovulação, a parede ovariana sobre o folículo incha, afina e destila fluido; depois ela se rompe e o ovócito sai, circundado por sua coroa radiada. As forças responsáveis por esse processo não são muito bem compreendidas, mas provavelmente envolvem uma decomposição enzimática da parede do folículo, seguida por uma contração de células similares às células musculares da camada externa de teca que retrai o folículo e deixa o ovócito fora do ovário. 
· Fase lútea: Após a ovulação, a parte do folículo que fica no ovário desmorona e sua parede é lançada em dobras onduladas. Essa estrutura, agora chamada corpo lúteo (“corpo amarelo”), consiste nas camadas restantes de granulosa e teca. O corpo lúteo não é uma estrutura degenerativa, mas uma glândula endócrina que persiste na segunda metade, ou fase lútea, do ciclo ovariano. Ele secreta estrogênios e outro hormônio chamado progesterona, que age na mucosa do útero, sinalizando-o para se preparar para a implantação de um embrião. No entanto, se isso não ocorrer, o corpo lúteo morre após duas semanas e se transforma em uma cicatriz chamada corpo albicans (“corpo branco”). O corpo albicans permanece no ovário durante vários meses, encolhendo-se até ser finalmente fagocitado por macrófagos. 
			Hormônios no ciclo ovariano 
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), e as gonadotrofinas hipofisárias, o estrogênio e a progesterona ovarianos interagem para produzir os eventos cíclicos que ocorrem nos ovários. O início da puberdade em mulheres está relacionado com a adiposidade, a leptina. Se os níveis sanguíneos de lipídeos e leptina estão baixos, ocorre atraso na puberdade. 
Durante a infância, os ovários crescem e continuamente secretam pequenas quantidade de estrogênios, as quais inibem a liberação hipotalâmica de GnRH. Quando se aproxima a puberdade, o hipotálamo se torna menos sensível ao estrogênio e inicia a liberação de GnRH de uma maneira rítmica, pulsátil. O GnRH, por sua vez, estimula a hipófise anterior a liberar FSH e LH, o quais induzem os ovários a secretar hormônios (principalmente estrogênios). Os níveis de gonadotrofinas continuam a aumentar por cerca de quatro anos. Durante esse tempo, meninas na puberdade ainda não estão ovulando e, portanto, são incapazes de engravidar. Por fim, o padrão cíclico adulto é alcançado, e as interações hormonais se estabilizam. Esses evento são anunciados pela primeira menstruação da jovem mulher, conhecida como menarca. 
		Ciclo uterino/ menstrual 
O ciclo uterino é o ciclo menstrual, já que envolve o endométrio. Especificamente, ele é uma série de fases cíclicas pelas quais o endométrio passa mensalmente enquanto responde às variações de nível dos hormônios ovarianos no sangue. Essas fases endometriais são bem coordenadas com as fases do ciclo ovariano, que por sua vez são ditadas pelos hormônios hipofisários FSH e LH. O ciclo uterino possui três fases: 
1. Fase menstrual (1o ao 5o dia), na qual a camada funcional é eliminada para o meio externo. Nessa fase, a menstruação, o útero descama, com exceção da parte mais profunda do seu endométrio. (No início desse estágio, os hormônios ovarianos estão nos seus níveis normais mais baixos e as gonadotrofinas estão começando a se elevar. Portanto, os níveis de FSH começam a subir.) A camada funcional do endométrio, espessa, dependente de hormônio, se desprende da parede uterina, um processo acompanhado por sangramento durante 3 a 7 dias. O tecido descamado e o sangue saem através da vagina como fluxo menstrual. Por volta do dia 5, os folículos ovarianos em crescimento estão começando a produzir mais estrogênio. 
2. Fase proliferativa (6o ao 14o dia), na qual a camada funcional é reconstruída. Nessa fase, o endométrio se reconstrói. Sob influência dos níveis de estrogênios em elevação, a camada basal do endométrio gera uma nova camada funcional. À medida que essa nova camada se espessa, suas glândulas são ampliadas e suas artérias espiraladas aumentam em número. Consequentemente, o endométrio se torna mais uma vez aveludado, espessado e bem vascularizado. Durante essa fase, os estrogênios também induzem a síntese de receptores de progesterona nas células endometriais aprontando-as para a interação com a progesterona. A ovulação, a qual demora menos de cinco minutos, ocorre no ovário no final do estágio proliferativo, em resposta à liberação súbita de LH pela hipófise anterior. O LH também converte o folículo rompido em um corpo lúteo. 
3. Fase secretória (15o ao 28o dia), na qual o endométrio se prepara para a implantação de um embrião. Durante essa fase, o endométrio se prepara para a implantação de um embrião. Níveis em elevação de progesterona liberada do corpo lúteo agem sobre o endométrio ativado por estrogênio, fazendo com que as artérias espiraladas convertam a camada funcional em uma mucosa secretora. As glândulas uterinas aumentam, se torcem e começam a secretar glicogênio nutritivo para a cavidade uterina. Esses nutriente sustentam o embrião até que ele tenha se implantado na camada endometrial rica em sangue. Níveis altos de progesterona fazem com que o muco cervical se torne novamente viscoso, formando o tampão cervical, o qual bloqueia a entrada de espermatozóides e tem um papel importante na manutenção da privacidade uterina no caso de um embrião ter começado a se implantar. Níveis elevados de progesterona (e estrogênio) inibem a liberação de LH pela hipófise anterior. 
Caso não ocorra a fertilização, o corpo lúteo começa a se degenerar no final da sae secretória, à medida que os níveis de LH no sangue declinam. Os níveis de progesterona diminuem, privando o endométrio do suporte hormonal, e as artérias espiraladas se torcem e sofrem espasmos. Privadas de oxigênio e nutrientes, às células endometriais isquemiadas morrem, montando o cenário para que a menstruação comece no dia 28 do ciclo. As artérias espiraladas se contraem uma última vez e então subitamente relaxam e se abrem. Quando o sangue flui pelos leitos capilares enfraquecidos, eles se fragmentam, fazendo com que a camada funcional descame. O ciclo menstrual inicia novamente nesse primeiro dia de fluxo menstrual. 
3. Discorrer sobre o mecanismode ação dos anticoncepcionais hormonais. (Só anticoncepcionais orais e injetáveis)
	O controle de natalidade se refere à restrição na quantidade de filhos por vários métodos destinados a controlar a fertilidade e evitar a concepção. Não há um método único e ideal de controle de natalidade. Existem vários métodos estão disponíveis; cada um tem suas vantagens e desvantagens. Estes incluem a esterilização cirúrgica, os métodos hormonais, os dispositivos intrauterinos, os espermicidas, os métodos de barreira e a abstinência periódica.
	Métodos Hormonais 
Os contraceptivos orais contêm hormônios destinados a evitar uma gravidez. Alguns, chamados de contraceptivos orais combinados (COC), contêm progestina (hormônio com ações semelhantes às da progesterona) e estrogênios. A ação primária dos COC é inibir a ovulação pela supressão das gonadotropinas FSH e LH. Os baixos níveis de FSH e LH normalmente evitam o desenvolvimento de um folículo dominante no ovário. Como resultado, os níveis de estrogênios não sobem, o pico de LH de meio de ciclo não ocorre, e não há ovulação. Mesmo que a ovulação ocorra, como acontece em alguns casos, os COC também podem bloquear a implantação no útero e inibir o transporte de óvulos e espermatozoides nas tubas uterinas. As progestinas engrossam o muco cervical e dificultam a entrada do espermatozoide no útero. Os comprimidos contendo apenas progestina tornam o muco cervical mais espesso e podem bloquear a implantação no útero, mas não inibem consistentemente a ovulação.
Entre os benefícios não contraceptivos dos anovulatórios orais estão a regulação da duração do ciclo menstrual e a diminuição do fluxo menstrual (e, portanto, a diminuição do risco de anemia). O comprimido também fornece proteção contra cânceres de endométrio e ovário e reduz o risco de endometriose. No entanto, os contraceptivos orais não podem ser prescritos para mulheres com história pregressa de discrasias sanguíneas, lesão de vasos sanguíneos cerebrais, enxaqueca, hipertensão arterial, hepatopatia ou doença cardíaca. As usuárias de contraceptivos orais que são tabagistas têm chances muito maiores de sofrer um infarto agudo do miocárdio ou um AVC do que as usuárias de contraceptivos orais não fumantes. As fumantes devem parar de fumar ou usar um método alternativo de controle de natalidade.
· Anovulatório combinado. Contém progestina e estrogênios e, tipicamente, é administrado 1 vez/dia durante 3 semanas para evitar a gestação e regular o ciclo menstrual. Os comprimidos tomados durante a 4 a semana são inativos (não contêm hormônios) e possibilitam que ocorra a menstruação. 
· Anticoncepcional de ciclo prolongado. Contendo tanto progestina quanto estrogênios, o anticoncepcional de ciclo prolongado é ingerido 1 vez/dia em ciclos de 3 meses, com 12 semanas de comprimidos contendo hormônios seguidas por 1 semana de comprimidos inativos. A menstruação ocorre durante a 13 a semana.
· Minipílula. Contém apenas progestina em baixas doses e é ingerida todos os dias do mês. 
· Adesivo anticoncepcional. O adesivo anticoncepcional contém progestina e estrogênios entregues em um adesivo de pele colocado na parte superior externa do braço, costas, abdome ou nádegas 1 vez/semana durante 3 semanas. Depois de 1 semana, o adesivo é removido de um local e, em seguida, um novo é colocado em outro lugar. Durante a 4ª semana, não é colocado nenhum adesivo 
· Anel vaginal contraceptivo. Um anel flexível em forma de rosca de aproximadamente 5 cm de diâmetro, o anel vaginal contraceptivo contém estrogênios e progesterona e é inserido pela própria mulher na vagina. É deixado na vagina durante 3 semanas para evitar a concepção e, em seguida, removido por 1 semana para possibilitar a menstruação. 
· Contracepção de emergência (CE). A CE, também conhecida como pílula do dia seguinte, consiste em progesterona e estrogênio ou progesterona sozinha para prevenir a gestação após uma relação sexual desprotegida. Os níveis relativamente altos de progesterona e estrogênios nesses comprimidos levam à inibição da secreção de LH e FSH. A perda dos efeitos estimulantes destes hormônios gonadotróficos faz com que os ovários parem de secretar seus próprios estrogênios e progesterona. Por sua vez, os níveis decrescentes de estrogênios e progesterona levam à descamação do revestimento uterino, bloqueando assim a implantação. Um comprimido é tomado o mais rapidamente possível, nas primeiras 72 h após a relação sexual desprotegida. O segundo comprimido deve ser ingerido 12 h após o primeiro. Os comprimidos funcionam do mesmo modo que os anticoncepcionais comuns.
· Injeções de hormônio. Consistem em progestinas administradas por via intramuscular por um profissional da saúde, uma vez a cada 3 meses.
4. Discutir sobre as características corporais que mudaram em Débora relacionando com as ações dos hormônios.

Continue navegando