Buscar

Direito penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
DIREITO PENAL 
 
 
 
TEORIA DA NORMA - PARTE GERAL 
 
 
Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e 
os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos 
por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
ABOLITIO CRIMINIS – quando uma lei posterior deixa de considerar crime aquele fato até então definido como sendo uma 
conduta proibida – vem uma lei posterior que deixa de considerar o fato como crime. Efeitos: 
1. Fato deixa de ser crime 
2. Cessam todos os efeitos penais – o fato que antes era considerado crime já não gera qualquer efeito penal. Ex.: Se o sujeito 
estivesse sendo investigado pelo fato, se arquiva o inquérito policial. Se foi oferecida denúncia, esta tem que ser rejeitada. 
Se ocorreu a condenação, o sujeito é liberado. 
Estando diante do crime de sedução – Art. 217 CP, em 2005 esse crime foi revogado, ocorreu a abolitio criminis – em 2004 
ocorreu uma sentença condenatória transitada em julgado – em 2007 o sujeito comete um novo crime, furto Art. 155 CP - Subtrair, 
para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Por esse novo crime, o sujeito é 
reincidente? O cidadão não é reincidente porque cessaram os efeitos da sentença condenatória (essa sentença não gera qualquer 
efeito) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
3. Permanecem os efeitos cíveis – efeitos extrapenais – em outras áreas do direito o crime gera efeito. Ex.: A menina seduzida 
(sedução - crime revogado em 2005) queira buscar uma reparação pelo dano – quando se esta diante de um abolitio 
criminis cessam os efeitos penais, mas permanecem os efeitos extrapenais. 
4. Causa de extinção da punibilidade 
*Em caso de uma lei nova mais favorável após o trânsito em julgado da sentença condenatória – um sujeito se encontra na fase de 
execução da pena – qual o juízo competente para aplicar esta lei penal mais benéfica? JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL 
 
 
Súmula 611 STF - Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais 
benigna. 
 
 
Ex.: Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase 
Jorge foi condenado, definitivamente, pela prática de determinado crime, e se encontrava em cumprimento dessa pena. Ao mesmo 
tempo, João respondia a uma ação penal pela prática de crime idêntico ao cometido por Jorge. Durante o cumprimento da pena 
por Jorge e da submissão ao processo por João, foi publicada e entrou em vigência uma lei que deixou de considerar as condutas 
dos dois como criminosas. Ao tomarem conhecimento da vigência da lei nova, João e Jorge o procuram, como advogado, para a 
adoção das medidas cabíveis. 
Com base nas informações narradas, como advogado de João e de Jorge, você deverá esclarecer que 
A não poderá buscar a extinção da punibilidade de Jorge em razão de a sentença condenatória já ter transitado em julgado, mas 
poderá buscar a de João, que continuará sendo considerado primário e de bons antecedentes. 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2018-oab-exame-de-ordem-unificado-xxvi-primeira-fase
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
B poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos civis e penais da condenação de Jorge, 
inclusive não podendo ser considerada para fins de reincidência ou maus antecedentes. 
C poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos penais da condenação de Jorge, 
mas não os extrapenais. (correta) 
D não poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, tendo em vista que os fatos foram praticados anteriormente à edição da 
lei. 
CRIME PERMANENTE E CONTINUADO E LEI PENAL NO TEMPO 
 
 
Súmula 711 STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência. 
O crime permanente é aquele em que a consumação se prolonga no tempo, enquanto o fato estiver sendo praticado. Ex.: Art. 158 
CP - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem 
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. (extorsão 
mediante sequestro) – Paulo sequestrou Priscila, em 05 de outubro de 2020 (pena na extorsão mediante sequestro é de 8 a 15 
anos) – em 10 de outubro de 2020 vem uma lei nova que passa a tratar o crime de extorsão mediante sequestro de 10 a 20 anos – 
sendo que Priscila foi resgatada no dia 15 de outubro de 2020 (cessou a permanência, Priscila foi resgatada) quando o juiz for 
proferir a sentença qual pena ele aplicará? Nesse caso se aplica a pena de 10 a 20 anos, visto que a lei que elevou a pena, a lei 
mais grave, entrou em vigor enquanto o crime estava sendo praticado, antes de cessar a permanência. 
 
 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira Fase 
Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg de cocaína. Considere também que, 
durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. 
Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa 
correta. 
A Deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o agente passou a ter a droga 
em depósito. 
B Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar durante o período em que o agente ainda 
estava com a droga em depósito. (correta) 
C As duas leis podem ser aplicadas, pois ao magistrado é permitido fazer a combinação das leis sempre que essa atitude puder 
beneficiar o réu. 
D O magistrado poderá aplicar o critério do caso concreto, perguntando ao réu qual lei ele pretende que lhe seja aplicada por ser, 
no seu caso, mais benéfica. 
LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA 
 
 
Art. 3º CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que 
a determinaram (autorrevogável), aplica-se ao fato praticado durante sua vigência (ultratividade). (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2014-oab-exame-de-ordem-unificado-xiii-primeira-fase
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art3
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
*LEI TEMPORÁRIA – é aquela que já tem em seu teor, no seu bojo, a data do início da vigência e a data do fim da vigência. Ex. 
Lei 13.284/2016 que entrou em vigor em 10 de maio de 2016, e esta lei que trata dos Jogos Olímpicos, já estabeleceu que terá 
vigência até 31 de dezembro de 2016. 
*LEI EXCEPCIONAL – é aquela que vai durar enquanto se estiver diante de uma situação excepcional. Ex.: no momento de 
pandemia, vem uma lei que diz que durante a pandemia o crime do Art, 268 CP passará a ter a pena de 04 a 10 anos (atualmente 
possui a pena de 01 mês a 01 ano) – está lei incidirá enquanto se estiver diante dessa situação excepcional.- cessada a situação 
excepcional a lei deixa de vigorar. 
 
 
 Autorrevogáveis – não é preciso uma lei posterior revogandoLei temporária e lei excepcional 
 Ultratividade – a lei revogada vai continuar gerando efeitos, sobre o 
fatos praticados durante a sua vigência. Ex.: Se o sujeito pratica o crime do Art. 268 durante o período de pandemia, supondo que 
a pandemia tenha cessado em 10/2022 – em 2023 quando o juiz for proferir a sentença, aplicará a pena de 04 a 10 anos, 
considerando a pena enquanto a lei estiver vigorando. 
 
 
 
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 
anos e multa) (pena original), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 
2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2016-oab-exame-de-ordem-unificado-xix-primeira-fase
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 
2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. 
Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de 
condenação, a pena de: 
A 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. 
B 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. (correta) – os efeitos continuam a sendo 
gerados. 
C6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). 
D 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 
 
DO TEMPO DO CRIME 
 
 
 
Art. 4º CP - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Tempo do crime teoria da atividade (se considera o tempo do crime o momento da ação ou omissão e alei 
que está vigorando nesse momento teoricamente será aplicada) 
Ação disparo Resultado morte 
 
 
17 anos, 11 meses e 29 dias. Cinco dias depois. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art4
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
 
ECA CP 
 
*Embora a maioria dos crimes eles tenham uma consumação praticamente instantânea, a partir da conduta já gera consumação. 
Ex.: Paulo dá um tiro em Carlos, existe a possibilidade de ele morrer na hora, entretanto pode acontecer de um sujeito desenvolver 
a conduta em um momento e o resultado acontecer em outro momento. Um sujeito efetuou disparos de armas de fogo contra a 
vítima, e no momento em que ele efetuou os disparos ele tinha 17 anos, 11 meses e 29 dias, no momento em que ele desferiu os 
disparos ele era um adolescente, e sendo adolescente ele será submetido ao procedimento de apuração de ato infracional, com 
eventual aplicação de medida sócio educativa – entretanto, a vítima foi levada ao hospital, e cinco dias depois do disparo ela não 
resistiu e acabou morrendo, gerando o resultado – no momento do resultado o sujeito já era maior de idade, já teria completado 18 
anos, em tese seria aplicado o CP. Qual norma se aplica, a do momento da ação, ou aquela que incide no momento doo 
resultado? Incide a norma da ação ou omissão – será aplicada as normas do ECA – no máximo ocorrerá uma medida sócio 
educativa de internação de 03 anos. 
LUGAR DO CRIME 
 
 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Lugar do crime teoria da Ubiquidade ou mista – considera-se o lugar do crime para fins de aplicação da lei penal 
brasileira aonde foi praticada a conduta (onde se desenvolveu a ação ou omissão) e também quando foi resultado ocorrido no 
Brasil. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art6
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
*Hipóteses de crimes à distância – crimes em que a conduta ocorre em um determinado país e o resultado vai ser gerado num 
outro país. 
*Considerando que a conduta ou o resultado tenham ocorrido no Brasil – aplica-se a lei brasileira. 
1ª situação 
Conduta realizada no Brasil e o resultado ocorreu na Argentina – Sujeito do Brasil manda uma mensagem para uma pessoa na 
Argentina, aplicando um golpe, de forma que essa pessoa efetue um pagamento em uma conta bancária indicada – a conduta 
partiu do Brasil e o resultado aconteceu na Argentina. A lei penal brasileira incide? SIM, pois se considera o lugar do crime onde 
ocorreu a ação ou omissão. 
2ª situação 
Conduta ocorreu na Argentina e o resultado ocorreu no Brasil. Um cidadão argentino, manda uma mensagem da argentina, ou seja 
a conduta partiu da Argentina e o resultado aconteceu no Brasil, o golpe aconteceu no Brasil e o cidadão brasileiro envia o dinheiro 
para o cidadão argentino na conta indicada, o resultado aconteceu no Brasil. A lei penal brasileira incide? SIM 
TEORIA DA TERRITORIALIDADE 
 
 
 
 
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no 
território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de 
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
Crime foi praticado a bordo de uma embarcação ou aeronave, se estas forem de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro – será território brasileiro onde quer que esteja. Se um marinheiro dá uma bofetada em outro marinheiro, de um navio da 
marinha atracado no porto dos EUA – aplica-se a lei penal brasileira, porque foi praticado dentro de território brasileiro. 
2ª situação – navio da marinha brasileira atracado na França e a bordo dele ocorreu uma lesão corporal – aplica-se a lei penal 
brasileira, pois se trata de um navio de natureza pública – Princípio da territorialidade. 
3ª Situação se o navio for de natureza privada ou mercantil será aplicada lei penal brasileira se a embarcação (ou aeronave) 
estiver navegando (sobrevoando) alto mar, aonde não há nenhum estado soberano sobre aquele local. 
4ª Situação: Navio privado brasileiro, navio de cruzeiro que está em viagem para Bahamas, o navio está em alto mar, um cidadão 
japonês dá uma bofetada num paraguaio. Aplica-se a lei penal brasileira? SIM 
5º Situação: Se o mesmo navio estive ancorado no porto em Bahamas, mar territorial estrangeiro – NÃO é território brasileiro. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
CRIMES OMISSIVOS 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
*Possuem como verbo nuclear uma ação – Ex. Art. 121 – Matar alguém – mataradenota uma ação corpórea. 
*Pode um sujeito responder por um crime sem ter feito nada, simplesmente por não ter agido. 
Art. 13 – O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a 
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
RELEVÂNCIA DA OMISSÃO 
 
 
Art. 13, § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir 
incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
c) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
CRIMES OMISSIVOS 
PRÓPRIOS IMPRÓPRIOS 
Qualquer pessoa pode ser alcançada (responsabilizado) Não há um tipo penal específico descrevendo a conduta 
omissiva. 
Tipo penal específico que descreve a conduta omissiva. Dever de agir + (para) evitar resultado 
Pessoas as quais são oriundas do dever de agir 
1. Aqueles que a Lei incumbe o dever de cuidado de 
proteção ou vigilância (pais em relação aos filhos, 
policiais em relação aos fatos inseridos dentro de sua 
atividade, os cônjuges diante da mútua assistência, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
etc.)Ex.: na situação da mãe que deixa de amamentar o 
filho e este vem a morrer (a omissão dessa mãe foi 
relevante para o resultado) – essa mãe responde pelo 
resultado produzido, ou seja, pelo crime de homicídio em 
relação ao seu bebê (em caso de estado puerperal seria 
infanticídio) 
Ex 02: Uma mãe que tem conhecimento que seu filho sobre 
abuso sexual e nada faz e se omite responderá pelo crime do 
Art. 217- A CP (estupro de vulnerável) - Ter conjunção carnal 
ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) 
anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
A mãe tinha o dever de agir para evitar que novos estupros 
ocorressem. 
2. Assumiu responsabilidade – posição de garantidor – em 
caso de omissão responde pelo resultado produzido. Ex.: 
Um salva vidas de um parque aquático que começa a 
olhar os atributos físicos das banhistas, e uma menina se 
afoga – ele responderá pelo resultado produzido, em 
caso da morte da criança responderá por homicídio 
culposo. 
Ex. 02: Um médico de um pronto socorro – está de plantão em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art3
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Pronto socorro e chega uma pessoa precisando de uma 
intervenção cirúrgica, e ele se nega a prestar atendimento e o 
sujeito vem a óbito – o médico responderá por homicídio doloso. 
Ex. 03: Uma enfermeira que foi contratada por uma gestante 
para acompanhá-la em uma gestação de risco, em um dado 
momento essa gestante passa mal necessitando de um 
medicamento que faça com que ela mantenha a gestação, que 
não ocorra a interrupção da gestação, e a enfermeira omite 
socorro, de maneira que ocorre o aborto – a enfermeira 
responde pelo resultado produzido – Aborto provocado por 
terceiro – Art. 125 CP - Provocar aborto, sem o consentimento da 
gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos 
3. Criou o risco – dever de agir para evitar o resultado. Ex.: 
Paulo joga Débora na piscina, e esta vem a se afogar, 
sendo que Paulo se omite, vindo Débora a morrer – 
Paulo responderá por homicídio culposo. 
Dever de agir quando se esta diante de alguém que está 
necessitando de assistência. (Ex.: Alguém que está gravemente 
ferido) 
Responde pelo resultado 
Ex. Art. 135 CP – Omissão de socorro - Deixar de prestar 
assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 
Art. 13, § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou 
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não 
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: (o verbo 
deixar denota uma omissão) 
agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 
resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) (estabelece a adequação entre a conduta omissiva 
do sujeito e o tipo penal) 
Ex.: Uma mãe que deixa de amamentar seu filho com a 
intenção de que ele venha a falecer – essa mãe não 
desenvolveu a conduta de matar, não desenvolveu uma 
movimentação corpórea 
 
 
INTER CRIMINIS 
 
 
 
1. O caminho do crime se inicia com a cogitação – é uma fase interna (fase de ideação) 
2. Atos preparatórios (exteriorização da vontade, sem ainda dar inicio a execução de rito (o início do crime ainda não 
ocorreu) – Ex.: Júlio quer matar a sua sogra e resolve comprar uma serra elétrica) (via de REGRA atos preparatórios NÃO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art13
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
CONSTITUEM CRIME, não são puníveis, ou seja, não são considerados como o início da fase de execução da pena (Ex.: 
Paulo está em frente a uma residência monitorando qual o melhor local para ele ingressar na residência)) (EXCEÇÕES: 
situações em que atos preparatórios são considerados crimes autônomos – Ex. Art. 288 CP (associação criminosa) - 
Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 
2013) (Vigência) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) 
– somente o fato de três ou mais pessoas se associarem para praticar crimes, ainda que não venham a praticar qualquer 
crime pelo qual se associaram, já está caracterizado o Art. 288 CP. Ex.: Três pessoas se associaram para praticar o crime 
de roubo, ainda que nenhum crime de roubo tenha sido praticado, já está caracterizado o Art. 288 CP. Assim como o Art. 
291(petrechos para falsificação de moeda falsa) - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou 
guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - 
reclusão, de dois a seis anos, e multa. Conduta do sujeito que tem maquinário para falsificar moeda, mesmo que o sujeito 
não venha a falsificar qualquer moeda somente o fato dele possuir um maquinário já caracteriza o crime de falsificação de 
petrechos). 
3. Execução (já se pode punir ao menos na modalidade de tentativa) (dá início a execução do delito) (ingresso na ação do 
verbo do tipo) Ex.: Sujeito ingressa em uma residência para subtrair um objeto, num contexto de furto. 
4. Consumação do delito – sujeito reúne todos os elementos que estão descritos no tipo penal. Ex.:Efetuou disparo contra a 
vítima e a matou = consumação. 
*O EXAURIMENTO não integra o inter criminis – aquilo que ocorre depois da consumação não vai integra o inter criminis, pode 
caracterizar um fato atípico. Ex.: Ronaldo subtraiu o celular de Paula, está consumado o crime de furto. E posteriormente Paulo 
vendeu o aparelho para Victor – o fato de Paulo ter vendido o celular é um exaurimento do crime. 
TIPICIDADE 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm#art27
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm#art27
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
1. Crime doloso (Crime com intenção. O agente quer ou assume o resultado) e crime culposo (Crime praticado sem intenção. 
O agente não quer nem assume o resultado.) 
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando 
o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
2. Crime consumado (a intenção do agente era de matar; no crime objetivamente consumado, efetivamente o agente matou a 
pessoa) e tentado (o agente não conseguiu matar a pessoa por circunstâncias alheias, a qual justifica a diminuição da pena) 
3. Crime impossível - é a impossibilidade de conclusão do ato ilícito, ou seja, a pessoa utiliza meio ineficaz ou volta-se contra 
objetos impróprios, o que torna impossível a consumação do crime. Art. 17 CP - Não se pune a tentativa quando, por 
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.(Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art17
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
4. Erro de tipo - é a falsa percepção da realidade acerca dos elementos constitutivos do tipo penal. Art. 20 CP - O erro sobre 
elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em 
lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) – erro de tipo essencial. 
DOLO EVENTUAL - ocorre quando o autor não quis agir ou se omitir para conseguir um resultado mas conhecia e 
assumiu o risco 
Previsão do resultado Assume o risco de produzir o 
resultado 
Aceita o resultado Teoria do consentimento 
 
CULPA CONSCIENTE - ocorrerá quando o agente conhece do risco, continua a agir, mas acredita sinceramente na não 
ocorrência do resultado lesivo. 
Previsão do resultado Acredita que o resultado não irá ocorrer Considera ter habilidade para evitar o 
resultado. 
 
TENTATIVA 
 
 
 
*Sujeito dá início a execução do delito – não ocorre a consumação por circunstâncias alheias a sua vontade – o sujeito quer um 
resultado, mas não consegue. 
*Causa de redução da pena – quando o juiz na dosimetria da pena condenar o sujeito e verificar que se trata de um crime tentado, 
ele pega a pena do crime consumado e diminui de 1/3 a 2/3. (Quanto mais próximo da consumação menor será a diminuição) Ex.: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art20
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Sujeito sendo acusado do crime de homicídio e chegou próximo a consumação quase matando a vítima, a pena será diminuída de 
1/3). Quanto mais distante da consumação maior será a diminuição – a pena será diminuída com maior intensidade) Ex.: Se o 
sujeito foi acusado do crime de homicídio, pegando a pena do crime consumado – sendo esta diminuída de 2/3. Paulo efetua 
disparo de arma de fogo contra Victor e não acerta nenhum tiro contra este, de maneira a ficar distante da consumação. 
1. Elementos: 
1.1. Início da execução 
1.2. Não consumação alheias à vontade 
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, 
diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
*Infrações que não admitem tentativa ou que a tentativa não será punida: 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
1. Crime culposo – não admitem tentativa de REGRA, pois na tentativa via de regra o sujeito quer o resultado, mas não 
consegue. No crime culposo o resultado é involuntário – sujeito não pode dar início a execução do fato e não dar continuidade 
por fatos alheios a sua vontade, pois ele não quer o resultado – ele produz o resultado de forma involuntária. Ex.: Se o sujeito 
está conduzindo veículo automotor e de forma imprudente atropela uma pessoa e causa lesões nessa pessoa – o sujeito não 
responderá por tentativa de homicídio culposo na condução de veículo automotor, mas sim por lesão corporal culposa na 
condução de veículo automotor de forma consumada. 
2. Crimes preterdolosos – o sujeito que tem o dolo na conduta e culpa no resultado – sujeito não deseja o resultado, não 
responde pelo delito na modalidade tentada. 
3.Contravenções – Art. 4º LCP (decreto lei 3688/41) - Não é punível a tentativa de contravenção. 
4. Crimes omissivos próprios - há somente a omissão de um dever de agir, imposto normativamente, dispensando, via de 
regra, a investigação sobre a relação de causalidade naturalística (são delitos de mera conduta) – existe um tipo específico 
descrevendo a conduta omissiva. Não admitem tentativa. Ex.: Omissão de Socorro – Art. 135 CP - Deixar de prestar 
assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de 
um a seis meses, ou multa. Ou o sujeito presta assistência a uma pessoa ferida e não tem crime ou deixa de prestar 
assistência e o crime está consumado (não há como ser fracionada a conduta). Crimes omissivos próprios somente existem na 
sua modalidade consumada (em caso de omissão se consuma o delito) (em caso de prestação de assistência não existe 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
crime). Já nos Crimes omissivos impróprios - É aquele em que uma omissão inicial do agente dá causa a um resultado 
posterior, o qual o agente tinha o dever jurídico de evitá-lo.É o que acontece quando a mãe de uma criança deixa de alimentá-
la, provocando a sua morte. Admitem tentativa. Ex.: Mãe que deixa de amamentar o filho, antes do filho falecer a vizinha 
salva a criança (a mãe deu início a execução do homicídio, mas não consumou por circunstâncias alheias a sua vontade – 
nesse caso ocorre a tentativa de homicídio) 
5. Crimes unissubsistentes - são aqueles praticados através de um único ato (injúria verbal), enquanto os plurissubsistentes 
são aqueles que necessitam de vários atos, que formam uma ação, para sua configuração (homicídio) 
6. Crimes habituais - cada um dos episódios agrupados não é punível em si mesmo, vez que pertencem a uma pluralidade de 
condutas requeridas no tipo para que configure um fato punível. Por outro lado, nos delitos continuados cada um dos atos 
agrupados, individualmente, reúne, por si só, todas as características do fato punível. 
7. Crimes de atentado - também conhecido como crime de empreendimento, consiste naquele que prevê expressamente em 
sua descrição típica a conduta de tentar o resultado. 
2. Espécies de tentativa: 
2.1. Tentativa perfeita - também conhecida como crime falho, ocorre quando o sujeito externa todos seus atos preparatórios 
na esfera objetiva, alterando a matéria fática, porém, o resultado não vem a se consumar por circunstâncias alheias a 
sua vontade. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
2.2. Tentativa imperfeita - quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime. Tentativa imperfeita não se confunde com crime impossível. Nela, o agente é impedido de 
prosseguir no seu intento, deixando de praticar todos os atos executórios à sua disposição. 
2.3. Tentativa cruenta - ou Tentativa Vermelha: Acontece quando o atinge o alvo (acerta o alvo). 
2.4. Tentativa incruenta - ou Tentativa Branca: Acontece quando NÃO o atinge o alvo (NÃO acerta o alvo) 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
 
Art. 15 CP - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
*Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o sujeito vai dar início a execução do delito, mas a não consumação do 
delito é por vontade própria. (ou porque o sujeito desistiu ou se arrependeu) – ele dá início a execução do delito, mas ele não 
consuma aquele delito por vontade própria. 
Desistência voluntária, o agente abandona a execução do crime quando ainda lhe sobra, do ponto de vista objetivo, uma 
margem de ação. Sujeito vai interromper os atos executórios, sujeito não esgota a sua potencialidade lesiva – sujeito tem a postura 
de abstenção. Ex.: Paulo deu um tiro contra Victor, acertando a sua perna, podendo seguir em diante, pois tinha mais cinco balas 
para efetuar disparos, entretanto Paulo parou – Paulo poderia consumar o delito, mas desistiu. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Arrependimento eficaz- (antes da consumação) não há margem alguma, porque o processo de execução está encerrado, e o 
agente atua então para evitar que sobrevenha o resultado.” O sujeito esgota os meios executórios, só que antes da consumação o 
sujeito se arrepende e evita o resultado. Ex.: Paulo efetuou cinco disparos de arma de fogo contra Victor, vindo a atingi-lo, mas 
antes de Victor morrer, Paulo se arrepende e leva Victor para o hospital e Victor acaba sobrevivendo – Paulo responde pelos atos 
praticados, ou seja, responderá por lesão corporal e não por tentativa. (se por ventura ocorrer a morte de Victor, mesmo tendo 
ocorrido o arrependimento – o agente responde pelo resultado, ou seja, responderá por homicídio consumado) 
Ex.: Carlos entra na residência de Débora dando início a execução de furto, mas desistiu – Carlos responderá por invasão de 
domicílio – Art. 150 CP – Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem 
de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena – detenção, de um a três meses, ou multa. 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
 
 
 
*Ocorre depois da consumação – num contexto de crime praticado sem violência ou grave ameaça a pessoa, o sujeito se 
arrepende – esse arrependimento se exterioriza mediante a reparação do dano ou restituição da coisa – esse arrependimento 
pode ocorrer até o recebimento da denúncia (peça inicial da acusação penal pública) ou queixa (peça inicial da acusação penal 
privada) – o sujeito terá como prêmio a diminuição da pena (de 1/3 a 2/3). 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
*Causa de diminuição da pena. 
*Crimes praticados sem violência ou grave ameaça. 
*Ex.: José praticou o crime de furto, posteriormente se arrepende e da um jeito de restituir o celular furtado a Débora – crime de 
furto está consumado – José será processado e julgado pelo crime de furto, entretanto terá a pena diminuída. 
*Ex.: Se Paulo desfere uma “porrada” em Débora e subtrair o seu celular – Paulo não terá direito ao arrependimento posterior, pois 
o crime foi praticado com violência ou grave ameaça. 
*Ex.: Se o sujeito pratica o crime de dano – Art. 163 CP - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de um a 
seis meses, ou multa – Paulo pega o celular de Débora e pratica o crime de dano, destruindo o celular e resolve reparar o dano (a 
ação se deu de forma egoística) – nesse caso há possibilidade do arrependimento posterior (em caso de dano qualificado, a 
violência não foi praticada contra a pessoa, mas sim no próprio objeto) 
Art. 16 CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
CRIME IMPOSSÍVEL 
 
 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
 
1. Ineficácia absoluta - se traduz na impossibilidade do instrumento utilizado consumar o delito de qualquer forma. 
*Ex.: Uma menina querendo praticar o aborto, e tomou conhecimento que chá de boldo tem efeito abortivo, ela toma o chá e nada 
acontece – o meio que a garota utilizou é absolutamente ineficaz. 
*Ex.: José deseja praticar o crime de homicídio, desejando matar o Victor, se utiliza de uma arma defeituosa – meio absolutamente 
ineficaz. 
2. Impropriedade absoluta do objeto – sujeito desenvolve uma conduta e o objeto sobre o qual recaiu a conduta (pessoa ou 
coisa sobre o qual recai a conduta do sujeito) é absolutamente imprópria para o resultado, jamais produzirá qualquer 
resultado. 
*Ex.: Sujeito querendo efetuar disparos numa pessoa que já se encontrava morta – o objeto sobre o qual recaiu a conduta do 
cidadão é absolutamente imprópria para qualquer resultado. 
*Ex.: A menina querendo praticar o aborto sem estar grávida – impossível a consumação, não se pune nem sequer a tentativa – 
fato atípico. 
*No caso da ineficácia relativa pode ocorrer a punição – Ex.: Paulo quer matar Victor, Paulo aciona o gatilho e verifica que sua 
arma esta descarregada, e Paulo tem as balas em seu bolso – se Paulo for detido antes de efetuar o disparo ocorre a tentativa do 
homicídio. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
*Sujeito deu início a execução do delito, ele querendo o resultado, mas por meio de sua conduta, um meio absolutamente ineficaz 
(ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto) o sujeito jamais alcançará a consumação (impossível a 
consumação) – não existe crime. 
*Crime impossível = é a impossibilidade de conclusão do ato ilícito, ou seja, a pessoa utiliza meio ineficaz ou volta-se contra 
objetos impróprios, o que torna impossível a consumação do crime. 
Art. 17 CP - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absolutaimpropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
DOLO E CULPA 
 
DOLO PODE SER 
Direto Eventual 
Art. 18 CP - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco 
de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
É aquele em que a vontade do agente é voltada a determinado 
Sujeito tem a previsão do resultado por meio da conduta. O 
sujeito assume o risco e segue em diante em sua conduta. 
Sujeito assume o risco de produzir o resultado. 
Sujeito aceita o resultado. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
resultado. Dirige sua conduta a uma finalidade precisa. 
 
Teoria da vontade – sujeito quer o resultado Teoria do assentimento ou consentimento 
 Ex.: Paulo querendo matar Victor percebe que existe alguém 
próximo a ele, Paulo tem a previsão de que pode errar o alvo 
em Victor e acertar na pessoa que não gosta, mesmo assim ele 
atira e acerta naquela pessoa que estava ao lado de Victor – 
Paulo previu que poderia acertar aquela pessoa e ao invés de 
parar seguiu em diante, assumindo o risco de acertar aquela 
pessoa, sendo indiferente ao resultado – Paulo responderá por 
homicídio doloso na modalidade dolo eventual. 
 
*Culpa consciente – sujeito tem a previsão do resultado, entretanto o sujeito não assume o risco – ele considera que o resultado 
não irá ocorrer ou que ele tem habilidade para evitar o resultado. 
Ex.: Rogério pega seu veículo e dá uma carona para Patrícia, Rogério anda em excesso de velocidade. Patrícia pede a Rogério 
que este vá mais devagar, entretanto Rogério se considera um bom motorista e alega que nada irá ocorrer. Rogério perde o 
controle do veículo e mata uma pessoa – Rogério foi imprudente considerando que o resultado não iria ocorrer ou que possuía 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
habilidade suficiente para evitar o resultado – Rogério responderá por homicídio culposo na condução de veículo automotor na 
modalidade culpa consciente. 
ERRO DE TIPO 
 
 
Art. 20 CP - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atua, que não provocou por sua 
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
Erro de tipo essencial - quando a falsa percepção da realidade faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato. 
Exemplo: o agente mata uma pessoa supondo tratar-se de animal bravio. é aquele que impede o agente de compreender o caráter 
criminoso do fato. Ele se apresenta de duas maneiras: 
A) Invencível, inevitável, desculpável ou escusável (olha a confusão de termos!): aquele que não poderia ser evitado, nem 
mesmo com emprego de uma diligência mediana; 
B) Vencível, evitável, indesculpável ou inescusável: aquele que poderia ter sido evitado, se o agente empregasse mediana 
prudência. 
Para efeitos de compreensão deste texto vamos usar apenas os termos destacados, já que essa profusão de termos é irrelevante, 
ou seja, o tipo essencial inevitável, escusável e tipo essencial evitável, indesculpável. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Qualquer um dos erros de tipo essenciais afastam o dolo, uma vez que como foi dito o agente é impedido de compreender o 
caráter criminosos do fato por causa do erro. Se não houve intenção, só poderá o agente responder por culpa, isso se o crime em 
questão admitir culpa. 
*Erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal – Art. 121 CP – tem a conduta de Matar alguém – (constitui o crime de homicídio) 
– crime de furto Art. 155 CP – Subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel (elemento constitutivo do crime de furto) – Art. 
217-A estupro de vulnerável – ter conjunção carnal ou ato libidinoso com menor de 14 anos. Para que o sujeito possa ser 
responsabilizado penalmente por um crime é necessário que ele haja com consciência em relação a todos os elementos do tipo. 
*Uma pessoa que atinge atrás de arbustos supondo que é um animal pode ser penalizada? O sujeito errou contra o elemento 
substitutivo alguém. 
*Um sujeito está em um restaurante e vê um celular que supõem ser seu, se apossa do aparelho, sendo que na verdade era de 
outro cliente – erro contra o elemento substitutivo do tipo que define o crime de furto (coisa alheia móvel) 
*Sujeito conheceu uma menina em uma boate, onde e vedado o acesso de menor de 18 anos, o sujeito supondo que a garota era 
maior de 18 anos tem uma relação sexual com ela, descobrindo posteriormente que a menina era menor de 18 anos – sujeito 
errou contra o elemento que constitui o tipo que define o crime de estupro de vulnerável. 
Efeitos: (grau de intensidade desse erro) 
Invencível - inevitável Vencível - evitável 
Exclusão do dolo e da culpa – fato atípico Exclusão do dolo. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Sujeito vai responder pelo crime na modalidade culposa (desde 
que haja previsão legal para essa modalidade) 
Naquela situação qualquer pessoa também erraria, qualquer 
pessoa estaria incorrendo em erro (erro invencível/inevitável) 
Ex.: Sujeito que teve uma relação sexual que ele conheceu em 
uma boate que vedava acesso a menores de 18 anos, sendo 
que essa menina era menor de dezoito anos – neste caso se 
excluí o dolo, o agente não responde por estupro de vulnerável 
– fato atípico, o sujeito não responde por nada. 
Ex.: Sujeito que tem várias pessoas próximas a um local cheio 
de arbustos e ele supondo ser um animal efetua um disparo e 
acerta o alvo – qualquer pessoa mais cuidadosa iria verificar se 
atrás daqueles arbustos havia um animal ou uma pessoa – 
sujeito foi descuidado – nesse caso como ele não teve o dolo 
de matar, se excluí o dolo e ele responde e ele responde por 
homicídio culposo. 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL 
 
 
*É o que não versa sobre elementos ou circunstâncias do crime, incidindo sobre dados acidentais do delito ou sobre a conduta de 
sua execução. Não impede o sujeito de compreender o caráter ilícito de seu comportamento. 
*No erro de tipo acidental se tem o erro sobre: 
A pessoa Na execução (Aberratio Ictus) 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Art. 20, § 3º CP - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime 
é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste 
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da 
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 73 CP - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de 
execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia 
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse 
praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 
3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a 
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do 
art. 70 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Sujeito pretende atingir uma pessoa, mas por um erro na 
identificação ele acaba atingindo uma pessoa diversa. 
Sujeito pretende atingir uma pessoa, mas por um erro no uso 
dos meios de execução ou por um acidente acaba atingindo 
pessoa diversa. 
Ex.: Paulo quer matar Victor, vai até a residência deste e 
verifica que lá se encontra um rapaz parecido com o Victor, 
Paulo efetua o disparo com a intenção de matar seu alvo, 
entretanto o alvo não era o Victor, mas sim irmão gêmeo de 
Victor o Luva - erro quanto a identificação (identidade da 
pessoa). - Nesse caso Carlos responderá por homicídio doloso, 
Ex.: Paulo deseja matar Victor, efetua o disparo e acaba 
matando a Débora, por um erro na pontaria Paulo acabou 
atingindo pessoa diversa. 
Ex.: Carlos deseja matar a Débora, e Carlos sabe que Débora 
senta em um determinado local, dessa forma coloca umveneno 
na xícara da Débora. Débora sai de seu lugar, aí vem o Pablo e 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
como se Paulo tivesse matado o Victor. 
* se considera as condições ou qualidades da vítima 
pretendida 
Ex.: Carlos deseja matar seu pai, se dirige até a residência 
deste, o lugar estava muito escuro, existe um vulto na sacada 
que tem a estrutura de seu pai e Carlos supondo ser seu pai, 
efetua o disparo e acerta, mas na verdade o vulto era o vizinho 
que estava visitando o pai de Carlos – Carlos responderá como 
se tivesse atingido a pessoa pretendida, responderá por 
homicídio doloso com a agravante da vítima ser seu pai. 
bebe o café da Débora – Carlos mata Victor por um acidente. 
*Consideram-se as condições ou qualidades da vítima 
pretendida. 
*Carlos responderá por homicídio doloso como se tivesse 
matado a Débora. 
Ex.: Paulo querendo matar Débora, colocou veneno em seu 
café para realizar a ação. Débora é esposa de Paulo. Victor 
bebeu o café envenenado e morreu. Paulo responderá por 
feminicídio (homicídio qualificado) como se tivesse matado a 
Débora. 
Ex.: Paulo querendo acertar Débora efetua um disparo e acerta 
Débora e também o Victor, com um único disparo. (Por querer 
acertar a Débora Paula responderá por homicídio doloso) (Por 
acertar também Victor – Paula responderá por homicídio 
culposo) – com uma única conduta Paula produziu dois 
resultados – nesse caso se aplica as regras do concurso formal 
de crimes – Art. 70 CP - Quando o agente, mediante uma só 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, 
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um 
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, 
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes 
concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o 
disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) – Concurso formal = quando “o agente, mediante 
uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, 
idênticos ou não”. Desta feita, há conduta única, mas 
multiplicidade de resultados (dois ou mais crimes). 
Ex.: Victor indignado com Paulo segue na direção deste afim de 
matá-lo, Victor estava munido de uma faca. Paulo de forma 
rápida saca de sua arma afim de se defender, efetuando um 
disparo na direção de Victor, entretanto erra o disparo e acerta 
uma outra pessoa levando-a a morte. 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Victor = agressor injusto – Paulo por um erro de pontaria 
acertou uma pessoa distinta de Victor – Paulo não responderá 
por nenhum crime, pois estará em legítima defesa. (é como se 
ele tivesse atingido a pessoa pretendida – o agressor injusto) 
 
EXCLUDENTE DE ILICITUDE 
 
 
*O sujeito pratica um fato típico – conceito analítico de crime – gera a presunção que esse fato também é ilícito (fato contrário ao 
direito). Ex.: Paulo efetua um disparo contra Victor, gera a presunção que esse fato típico também é contrário ao direito, só que 
existem algumas causas que excluem esse fato, passando o fato a ser lícito – o fato sendo lícito não existe crime. 
*Ilicitude - É a conduta que gera um resultado com ajuste a um tipo penal (fato típico). Em seguida, é imprescindível que a violação 
seja típica, ou seja, não permitida pelo nosso ordenamento jurídico. 
*Causas de exclusão: 
1. Estado de necessidade 
2. Legítima defesa 
3. Estrito cumprimento do dever legal 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
4. Exercício regular do direito 
Exclusão de ilicitude – Art. 23 CP - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779) 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Estado de necessidade Legítima Defesa Estrito cumprimento do 
dever legal 
Exercício Regular do direito 
Art. 24 CP - Considera-se em 
estado de necessidade quem 
pratica o fato para salvar de 
perigo atual, que não provocou 
por sua vontade, nem podia de 
outro modo evitar, direito 
próprio ou alheio, cujo 
sacrifício, nas circunstâncias, 
não era razoável exigir-se. 
Art. 25 CP - Entende-se em 
legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem. 
(Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) (Vide 
ADPF 779) 
Não conceituado pelo CP. Não conceituado pelo CP. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
(Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
Parágrafo único. Observados 
os requisitos previstos no 
caput (uso dos meios 
necessários) deste artigo, 
considera-se também em 
legítima defesa o agente de 
segurança pública que repele 
agressão ou risco de agressão 
a vítima mantida refém 
durante a prática de crimes. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vide ADPF 779) 
 
 
O agente de segurança 
pública ou policial (atirador de 
elite - snaiper) num contexto 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
de crime com refém, ele 
efetuar a mira e atingir o 
bandido, ele estará em 
legítima defesa. 
 
Sujeito vai praticar um fato 
típico para se salvar de uma 
situação de perigo. 
Sujeito pratica um fato típico 
para repelir uma injusta 
agressão (característica da 
legítima defesa). 
*Para se caracterizar a 
legítima defesa tem que se 
verificar um meio necessário e 
fazer um uso moderado desse 
meio. (suficiente para fazer 
cessar a agressão) 
Alcança a figura de um agente 
público – a lei que impõem a 
esse agente público a 
desenvolver ou ele executar 
um dever, e esse dever 
envolve a prática de um fato 
típico. 
Alcança um cidadão comum – 
pode praticar um fato típico 
por estar autorizado pelo 
direito. Ex.: Livre manifestação 
de pensamento, Violência 
desportiva (lesão corporal – 
fato típico) 
Um sujeito colocou fogo em 
uma sala, na qual se 
Pode-se cessar a agressão 
por meio de um pedaço de 
Cumprimento de mandado de 
busca e apreensão numa 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
encontravam Carlos, Débora e 
Victor – situação de perigo – 
para se salvar da situação de 
perigo Carlos pratica uma 
lesão corporal grave no Victor 
– fato típico e lícito, logo 
Carlos não será 
responsabilizado 
criminalmente. 
pau, entretanto se o sujeito 
utilizar uma arma de fogo esse 
meio extrapola o meio 
necessário = excesso de 
legítima defesa. 
Victor vai em direção a Paulo 
munido de um facão com o 
intuito de matar Paulo. Paulo 
possui uma arma de fogo e 
efetua um disparo para se 
defender. Victor caiu ao solo 
cessando a agressão. Se 
Paulo continuar atirando 
contra Victor com o dolo de 
matar, neste caso Paulo que 
era agredido estará em 
excesso e por este excesso 
residência e o morador não 
autoriza a entrada e agente de 
posse do mandado de busca e 
apreensão tem que invadir a 
residência contra vontade do 
morador, ou em outro 
momento o agente teve que se 
utilizar da força arrebentando 
a porta = fato típico, não será 
ilícito, pois a lei autoriza 
aquele agente público a 
praticar esta conduta no estrito 
cumprimento do dever legal. 
 
 
 Art. 245 CPP. As buscas 
domiciliares serão executadas 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
(se for doloso) responderá 
pelo crime na sua modalidade 
dolosa. Se o excesso foi 
culposo responde pelo crime 
na modalidade culposa. 
Excesso punível 
Art. 23, Parágrafo único - O 
agente, em qualquer das 
hipóteses deste artigo, 
responderá pelo excesso 
doloso ou culposo.(Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
de dia, salvo se o morador 
consentir que se realizem à 
noite, e, antes de penetrarem 
na casa, os executores 
mostrarão e lerão o mandado 
ao morador, ou a quem o 
represente, intimando-o, em 
seguida, a abrir a porta. 
§ 2º - Em caso de 
desobediência, será 
arrombada a porta e forçada a 
entrada. 
 
Polícia pratica dano, invasão 
de domicílio, as no estrito 
cumprimento do dever legal. 
Somente pode alegar essa 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
necessidade aquele que não 
provocou a situação de perigo. 
 
CULPABILIDADE 
 
 
 
*Sujeito pratica um crime – pratica um fato típico, ilícito, e o sujeito tem que ser culpado (tem que recair sobre ele um juízo de 
reprovação social) 
Elementos: (devem ser verificados pelo juiz) (o sujeito para ser culpado tem que ser) 
Imputabilidade Potencial consciência da ilicitude 
 
Exigibilidade de conduta diversa 
 
Sujeito tem que ser maior de 18 anos e 
ter sanidade mental 
É o elemento da culpabilidade que 
determina só ser possível a punição do 
agente que, diante das condições fáticas 
na quais estava inserido, tinha a 
possibilidade de atingir o entendimento 
São a coação moral irresistível e 
obediência hierárquica. Destarte, a 
controvérsia que assola a doutrina é se o 
ordenamento jurídico aceita outras 
hipóteses, além destas causas legais, em 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
sobre o caráter criminoso da conduta que 
perpetrava. 
que é inexigível que o agente tivesse 
outra conduta, para excluírem a 
culpabilidade. 
*Se o sujeito for inimputável, se lhe faltar potencial de consciência da ilicitude e tiver inexigibilidade de conduta diversa = exclusão 
da culpabilidade – o fato é típico, ilícito, mas o sujeito não é culpável, não sendo possível a aplicação de uma pena. 
Inimputabilidade Falta de potencial consciência de 
ilicitude 
Inexigibilidade de conduta diversa 
Causas: 
1. Enfermidade mental – sujeito 
acometido de uma doença mental 
ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado. (Não 
basta que o sujeito seja doente 
mental para ser considerado 
inimputável – em decorrência da 
doença mental o sujeito tem que 
ser inteiramente incapaz de 
Erro de proibição - é o erro incidente 
sobre a ilicitude do fato, diz respeito à 
ausência de potencial consciência da 
ilicitude, servindo, pois, de excludente da 
culpabilidade. (Erro sobre a ilicitude do 
fato) (sujeito sabe o que está fazendo, 
mas supõem que a conduta é permitida, 
quando na verdade é proibida) 
Ex.: Sujeito que vem de um país aonde é 
autorizada a ingestão de substância 
Art. 22 CP - Se o fato é cometido sob 
coação irresistível ou em estrita 
obediência a ordem, não manifestamente 
ilegal, de superior hierárquico, só é 
punível o autor da coação ou da ordem. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) (1. Coação moral irresistível 
(exclui a culpabilidade) - trata-se de 
grave ameaça, onde a vontade do autor 
não é livre (vis compulsiva). Difere 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
compreender o caráter ilícito da 
conduta e de se comportar de 
acordo com esse entendimento. 
 
 
Critério biopsicológico 
entorpecente, desce no aeroporto 
brasileiro e a primeira coisa que faz é 
fumar um cigarro de maconha – ele sabe 
que está fumando maconha, mas supõem 
que aquela substância é permitida no 
Brasil quando na verdade ela é proibida. 
Ex.: Apropriação de coisa achada 
*Se o erro for inevitável – isento de 
pena (causa de exclusão da 
culpabilidade) 
*Se o erro for evitável – sujeito 
responde pelo delito e terá a pena 
reduzida de 1/6 a 1/3. 
Art. 21 CP - O desconhecimento da lei é 
inescusável. O erro sobre a ilicitude do 
fato, se inevitável, isenta de pena; se 
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a 
da coação física irresistível (há o 
emprego de força física sobre o 
coagido que retira a sua vontade), onde 
não existe uma vontade e o agente não 
tem domínio da conduta (vis absoluta), 
neste caso exclui a ação, configurando 
atipicidade penal – Ex.: Paulo ameaça 
Débora a falsificar um documento – Paulo 
empregou sobre a Débora força física – 
nesse caso a Débora agiu sem qualquer 
vontade – vontade é um elemento da 
conduta – elemento de um fato típico – há 
exclusão da tipicidade). 
*Sujeito tem a figura do coator que por 
meio de uma grave ameaça faz com que 
o coagido ele pratique um fato típico e 
ilícito. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
um terço. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
# 
Erro de tipo - é somente aquele em que o 
agente se equivoca sobre um elemento 
que constitui o tipo penal. 
Um exemplo disso está quando a 
pessoa, numa caçada, crê que mata um 
animal, mas acaba por atingir um ser 
humano agachado na mata. 
*Ex.: Paulo manda para um gerente de 
um banco uma foto de seu filho com uma 
arma apontada na cabeça, e diz para o 
gerente pegar a sua senha e fazer uma 
transferência de 500 mil reais para a 
conta que Paulo está indicando – o coator 
por meio de uma grave ameaça faz com 
que o gerente faça uma transferência por 
ele indicado – nesse caso o coagido será 
isento de pena. Somente o coator que 
responderá pelo fato típico e ilícito. 
2. Obediência hierárquica - é a 
causa de exclusão da 
culpabilidade, fundada na 
inexigibilidade de conduta diversa, 
que ocorre quando um funcionário 
público subalterno pratica uma 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
infração penal em decorrência do 
cumprimento de ordem, não 
manifestamente ilegal, emitida pelo 
superior hierárquico. Há a figura 
do superior hierárquico que por 
meio de uma ordem não 
manifestamente ilegal faz com que 
o subordinado pratique um fato 
típico e ilícito. 
Ex.: Paulo que passou no concurso para 
a polícia civil, no primeiro dia chega a 
delegacia e o delegado, superior 
hierárquico determina que ele vá executar 
uma prisão sem mandado – ordem ilegal 
– quem responderá pela ordem ilegal é 
somente o delegado (a ordem não é 
manifestamente ilegal) – o subordinado 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
que cumpriu a ordem será isento de 
pena. 
 
Art. 26 CPP - É isento de pena o agente 
que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser 
reduzida de um a dois terços, se o 
agente, em virtude de perturbação de 
saúde mental ou por desenvolvimento 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
mental incompleto ou retardado não era 
inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
 
Natureza jurídica da sentença – sentença 
absolutória imprópria ao qual será 
aplicada medida de segurança. 
(internação em hospital de custódia ou 
tratamento ambulatorial) 
 
Inimputabilidade por embriaguez – 
somente embriaguez completa e 
acidental (a embriaguez voluntária ou 
culposa NÃO exclui a culpabilidade) 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Ex.: Paulo passou na OAB e ficou feliz da 
vida e resolve comemorar, vai para um 
bar e começa a beber, se embriagando 
de forma voluntária – se ele pegar o carro 
e atropelar uma pessoa causando lesão, 
ele não será isento de pena – será 
responsabilizado criminalmente) 
Ex.: Sujeito que bebe socialmente, e se 
embriaga – embriaguez culposa – se ele 
pegar o carro e atropelar uma pessoa não 
será isento de pena. 
*Na embriaguez completa o sujeito fica 
inteiramente de compreendero caráter 
ilícito da conduta e de se comportar de 
acordo com esse entendimento. 
Sujeito que bebe todas e no dia seguinte 
de nada lembra em decorrência de força 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
maior ou de caso fortuito. (sujeito 
obrigado a ingerir bebida alcoólica ou 
substância análoga). Ex.: Trote 
acadêmico em que os veteranos forçam o 
calouro a ingerir bebida alcoólica. (Força 
Maior) 
Caso Fortuito – Ex.: Boa noite cinderela 
 
 
Art. 28, § 1º CPP - É isento de pena o 
agente que, por embriaguez completa, 
proveniente de caso fortuito ou força 
maior, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
7.209, de 11.7.1984) 
 
 
Art. 28 CPP - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Embriaguez 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não 
possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
CONCURSO DE PESSOAS 
 
 
O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa. Tal cooperação da prática da conduta delitiva 
pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de delinquentes ou de agentes, entre outras formas. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Exemplo: o agente que furta os bens de uma pessoa, incorre nas penas do art. 155 do CP (furto), enquanto aquele que o aguarda 
com o carro para ajudá-lo a fugir, responderá apenas pela colaboração. 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Casos de imputabilidade 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime 
não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
Requisitos 
Pluralidade de condutas Relevância causal das 
condutas 
Liame subjetivo Identidade de infrações ou 
identidade do fato 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Cada indivíduo pratica certo 
ato a fim de alcançar o 
objetivo criminoso. Tem-se a 
divisão das tarefas 
necessárias à execução do 
crime 
As condutas devem estar 
ligadas, de modo a 
completarem-se no sentido da 
consumação do crime. A 
conduta deve ter relevância 
para o desfecho do crime. 
Ex.: Paulo pede uma arma de 
fogo emprestada para Carlos, 
que empresta a arma de fogo 
a Paulo e com essa arma 
Paula causa o homicídio de 
Rafael. (O indivíduo que 
emprestou a arma de fogo tem 
uma conduta relevante) 
É a ligação ou vínculo 
psicológico e subjetivo entre 
os agentes do delito. Pode ser 
compreendido como um 
acordo de vontades entre os 
agentes. Entretanto, não é 
necessariamente um acordo 
prévio. Basta que o agente 
venha a consentir com a 
vontade do outro agente. Os 
agentes tem que ter um 
vínculo psicológico em relação 
a conduta. 
É a vontade plural voltada ao 
alcance de um mesmo 
objetivo, o desejo de cada 
participante de praticar a 
mesma infração. Realmente, 
apenas se presentes tais 
pressupostos é que há de se 
falar na caracterização do 
concurso de pessoas. Todos 
os envolvidos na ação 
delituoso, coatores ou 
partícipes respondem pelo 
mesmo crime. 
 
Punibilidade 
Medida da culpabilidade Participação de menor importância Cooperação dolosamente distinta 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
A culpabilidade representa um juízo de 
valoração não apenas sobre o ato 
humano, mas também sobre a vontade, 
motivação e finalidades do agente 
reveladas no ato ilícito, bem como sobre 
as circunstâncias circundantes de sua 
prática 
É aquela de pouca relevância causal, 
aferida exclusivamente no caso concreto, 
com base no critério da equivalência dos 
antecedentes (conditio sine qua non). 
Ex.: O do agente que exerce vigilância 
sobre determinado local enquanto seus 
comparsas praticam o delito de roubo, 
dando-lhes, em seguida, apoio na fuga, 
pois, sem realizar a conduta principal 
(não subtraiu, nem cometeu violência ou 
grave ameaça contra a vítima), colaborou 
para que os autores lograssem êxito no 
resultado final. 
É o desvio subjetivo de condutas, ou o 
desvio entre os agentes, em que um dos 
concorrentes do crime pretendia integrar 
ação criminosa menos grave do que 
aquela efetivamente praticada. 
Ex.: Dois militantes A e B combinarem de 
furtar uma casa que aparentemente 
encontra-se vazia, B entra na casa, 
enquanto A espera no carro para a fuga. 
Ao invadir a casa B encontra a dona da 
casa e decide por conta própria estuprá-
la. Após, o meliante B encontra A e 
ambos fogem com um televisor. 
A cooperação dolosamente distinta 
impede que alguém responda por um fato 
que não estava na sua esfera de vontade 
ou de conhecimento, ou seja, 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
considerando o exemplo acima A não 
poderá responder pelo crime de estupro 
praticado por B pelo fato de não partilhar 
a intenção de estupro, mas apenas a 
intenção de furto. 
 
 
Art. 29 CP - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
TEORIA DA PENA 
 
 
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
 
 
Regime Inicial 
Art. 33 CP - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime 
semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Reclusão Detenção 
1. Fechado 
1.1. +8 anos 
1. Semiaberto 
1.1. + 04 anos 
2. Semiaberto 
2.1. Não reincidente 
2.2. +4 anos até 8 anos 
2. Aberto 
2.1. Até 04 anos 
 
3. Aberto 
3.1. Não reincidente 
3.2. Até 04 anos 
 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Art.33, § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, 
observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; 
b) o condenadonão reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, 
cumpri-la em regime semiaberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime 
aberto. 
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste 
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Súmula 269 STJ - É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 
quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. 
Súmula 440 - Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível 
em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. 
Súmula 718 STF - A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição 
de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 
Súmula 719 STF - A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
 
 
 
Penas Restritivas de Direito 
Crime Não reincidente em crime 
doloso 
Circunstâncias judiciais 
favoráveis 
Maria da Penha 
1. Doloso 
1.1. Pena aplicada até 
04 anos 
1.2. Sem violência ou 
grave ameaça 
Exceção 
1. Não reincidente pelo 
mesmo crime 
2. Socialmente 
recomendável 
 Súmula 588 do STJ: A prática 
de crime ou contravenção 
penal contra a mulher com 
violência ou grave ameaça no 
ambiente doméstico 
impossibilita a substituição de 
pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos. 
2. Culposo 
2.1. Qualquer pena 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 
9.714, de 1998) 
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à 
pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias 
indicarem que essa substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se 
superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas 
restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida 
seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Lei nº 
9.714, de 1998) 
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição 
imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, 
respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, 
podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
PENA DE MULTA 
 
 
 
Conversão da multa e revogação 
Art. 51CP. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será 
considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas 
interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
DOSIMETRIA DA PENA 
 
 
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as 
circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só 
aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
REINCIDÊNCIA 
 
 
* Significa voltar a incidir, ou seja, praticar um novo crime, depois da condenação definitiva, no Brasil ou no exterior, pela prática de 
crime anterior. 
* Quando ocorre a reincidência? 
A Reincidência acontece em determinadas condições 
Para configurar reincidência, é necessário que o segundo crime ocorra depois do trânsito em julgado da primeira condenação. 
A reincidência ocorre quando a pessoa sofre uma condenação criminal relevante depois da outra. 
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou 
no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
CONCURSO DE CRIMES 
 
 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
 
Haverá concurso de crimes quando uma pessoa, mediante uma ou mais condutas, cometer duas ou mais infrações penais que 
estejam ligadas entre si. 
Concurso de crimes quer dizer que o agente ou um grupo de agentes cometeu dois ou mais crimes mediante a prática de uma 
ou várias ações. Portanto, dentro de uma mesma dinâmica há a pratica vários crimes. 
Exemplo: Paulo, armado com um revólver, atira em Cláudio e depois atira em Carlos, ambos morrem. Neste exemplo, há duas 
condutas e dois resultados idênticos. 
Concurso Material Concurso formal Crime continuado 
Art. 69 - Quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, 
aplicam-se cumulativamente as penas 
privativas de liberdade em que haja 
incorrido. No caso de aplicação 
cumulativa de penas de reclusão e de 
detenção, executa-se primeiro aquela. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma 
só ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a 
mais grave das penas cabíveis ou, se 
iguais, somente uma delas, mas 
aumentada, em qualquer caso, de um 
sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação 
ou omissão é dolosa e os crimes 
Art. 71 - Quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes da mesma espécie e, 
pelas condições de tempo, lugar, maneira 
de execução e outras semelhantes, 
devem os subsequentes ser havidos 
como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se 
idênticas, ou a mais grave, se diversas, 
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
11.7.1984) 
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando 
ao agente tiver sido aplicada pena 
privativa de liberdade, não suspensa, por 
um dos crimes, para os demais será 
incabível a substituição de que trata o art. 
44 deste Código. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - Quando forem aplicadas penas 
restritivas de direitos, o condenado 
cumprirá simultaneamente as que forem 
compatíveis entre si e sucessivamente as 
demais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 
concorrentes resultam de desígnios

Continue navegando