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02_Legislacao_do_Servico_Publico_e_Educacional

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IF Baiano 
Professor de Matemática 
 
1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1.1 Dos Princípios Fundamentais. 1.2 Da 
Educação, da Cultura e do Desporto. ....................................................................................................... 1 
 
2 Agentes públicos. 2.1 Legislação pertinente. 2.1.1 Lei nº 8.112/1990 e suas alterações. ............... 11 
 
3. Ética no Setor Público .................................................................................................................... 86 
 
3.1. Decreto nº 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal) .................................................................................................................................................. 97 
 
4. Processo administrativo. 4.1. Lei 9.784/1999 e suas alterações .................................................. 118 
 
5. Improbidade Administrativa. 5.1. Lei 8.429/1992 e suas alterações. ............................................ 135 
 
6. Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal - (Lei nº 12.772/2012) e suas alterações. .... 148 
 
7. Lei de criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - (Lei nº 
11.892/2008). ....................................................................................................................................... 163 
 
8. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – (Lei 9.394/1996). .......................................... 173 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
 
 
1320914 E-book gerado especialmente para JOICE MESQUITA
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
Dos Princípios Fundamentais. 
 
Os princípios são aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. Nos princípios 
constitucionais, condensam-se bens e valores considerados fundamentos de validade de todo o sistema 
jurídico. 
Os princípios constituem ideias gerais e abstratas que expressam, em menor ou maior escala, todas 
as normas que compõem a seara do direito. Poderíamos dizer que cada área do direito retrata a 
concretização de certo número de princípios, que constituem o seu núcleo central. Eles possuem uma 
força que permeia todo o campo sob seu alcance, daí por que todas as normas que compõem o direito 
constitucional devem ser estudadas, interpretadas e compreendidas à luz desses princípios. 
Os princípios consagrados constitucionalmente servem, a um só tempo, como objeto da interpretação 
constitucional e como diretriz para a atividade interpretativa, como guias a opção de interpretação. 
Os princípios constituem a base, o alicerce de um sistema jurídico. São verdadeiras proposições 
lógicas que fundamentam e sustentam um sistema. 
Sabe-se que os princípios, ao lado das regras, são normas jurídicas. Os princípios, porém, exercem 
dentro do sistema normativo um papel diferente dos das regras. As regras, por descreverem fatos 
hipotéticos, possuem a nítida função de regular, direta ou indiretamente, as relações jurídicas que se 
enquadrem nas molduras típicas por elas descritas. Não é assim com os princípios, que são normas 
generalíssimas dentro do sistema. 
Serve o princípio como limite de atuação do jurista. No mesmo passo em que funciona como vetor de 
interpretação, o princípio tem como função limitar a vontade subjetiva do aplicador do direito, vale dizer, 
os princípios estabelecem balizamentos dentro dos quais o jurista exercitará sua criatividade, seu senso 
do razoável e sua capacidade de fazer a justiça do caso concreto. 
Existem princípios constitucionais positivados, dos quais são destacados os princípios fundamentais 
do Estado Brasileiro insertos nos artigos 1º ao 4º da Constituição Federal (CF) e que merecem estudo 
aprofundado, por serem tema constante em provas de concursos: 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
O artigo define a forma de Estado (Federativa) e a forma de Governo (República) em duas palavras 
“República Federativa”, “formada pela União indissolúvel” (nenhum ente pode pretender se separar), 
numa Federação não existe a hipótese de separação, “constitui em Estado Democrático de Direito”. Essa 
expressão traz em si a ideia do Estado formado a partir da vontade do povo, voltado para o povo e ao 
interesse do povo (o povo tem uma participação ativa, sempre com o respeito aos Direitos e garantias 
fundamentais), e tem por fundamentos: 1) Cidadania; 2) Soberania; 3) Dignidade da pessoa humana; 4) 
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e 5) Pluralismo político. 
 
 
 
1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1.1 Dos 
Princípios Fundamentais. 1.2 Da Educação, da Cultura e do Desporto. 
1320914 E-book gerado especialmente para JOICE MESQUITA
 
. 2 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo 
e o Judiciário. 
 
a) O Poder Executivo é um dos poderes governamentais, segundo a teoria da separação dos poderes 
cuja responsabilidade é a de implementar, ou executar, as leis e a agenda diária do governo ou do 
Estado.). O poder executivo varia de país a país. Nos países presidencialistas, o poder executivo é 
representado pelo seu presidente, que acumula as funções de chefe de governo e chefe de estado. 
b) O Poder Legislativo é o poder de legislar, criar leis. No sistema de três poderes proposto por 
Montesquieu, o poder legislativo é representado pelos legisladores, homens que devem elaborar as leis 
que regulam o Estado. O poder legislativo na maioria das repúblicas e monarquias é constituído por um 
congresso, parlamento, assembleias ou câmaras. O objetivo do poder legislativo é elaborar normas de 
direito de abrangência geral (ou, raramente, de abrangência individual) que são estabelecidas aos 
cidadãos ou às instituições públicas nas suas relações recíprocas. 
c) O Poder judiciário é um dos três poderes do Estado moderno na divisão preconizada por 
Montesquieu em sua teoria da separação dos poderes. Ele possui a capacidade de julgar, de acordo com 
as leis criadas pelo Poder Legislativo e de acordo com as regras constitucionais em determinado país. 
Ministros, desembargadores e Juízes formam a classe dos magistrados (os que julgam). 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III -erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
 
Traz os objetivos da República Federativa do Brasil. É uma norma programática. Constituem objetivos 
fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir 
o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, 
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações. 
 
Traz os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais. A República Federativa do 
Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: independência nacional, 
prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não-intervenção, igualdade entre os 
Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação 
entre os povos para o progresso da humanidade, concessão de asilo político. A República Federativa do 
Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
Outros princípios fundamentais estão espalhados por todo o texto constitucional, de forma explícita ou 
implícita. Muitos de forma até repetitiva, para que não sejam desconsiderados. As colisões de princípios 
são resolvidas pelo critério de peso, preponderando o de maior valor no caso concreto, pois ambas as 
normas jurídicas são consideradas igualmente válidas. Por exemplo: o eterno dilema entre a liberdade de 
informação jornalística e a tutela da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas 
1320914 E-book gerado especialmente para JOICE MESQUITA
 
. 3 
(CF/88, art. 220, §1º). Há necessidade de compatibilizar ao máximo os princípios, podendo prevalecer, 
no caso concreto, a aplicação de um ou outro direito. 
 
Da Educação, da Cultura e do Desporto. 
 
Da educação 
 
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício e sua qualificação para o trabalho. 
Há se chamar atenção ao fato de que a Constituição torna a família compromissária para com o direito 
social à educação. Nenhuma política governamental que seja estabelecida para diminuir a evasão escolar 
será profícua se não contar com o auxílio da família e da sociedade. 
 
Princípios que movem o ensino 
 
O art. 206 da Constituição dispõe que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (inciso I); 
b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (inciso II); 
c) Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino (inciso III); 
d) Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais (inciso IV); 
e) Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, 
com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas (inciso V); 
f) Gestão democrática do ensino público, na forma da lei (inciso VI); 
g) Garantia de padrão de qualidade (inciso VII); 
h) Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de 
lei federal (inciso VIII). 
Ademais, há se lembrar que o ensino é livre à iniciativa privada, desde que cumpridas as normas gerais 
da educação nacional, sujeitando-se à autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
Também, o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das 
escolas públicas de ensino fundamental. 
Por fim, o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
 
Dever do Estado com a educação 
 
Conforme o previsto no art. 208, da CF/88, o dever do Estado com a educação será efetivado mediante 
a garantia de: 
a) Educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria (inciso I). Neste 
diapasão, a Lei nº 12.796/13 alterou a Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
- para, dentre outros, fazer constar em seu art. 4º que o dever do Estado com a educação escolar pública 
será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete 
anos (inciso I), organizada na forma escalonada de pré-escola (alínea “a”), ensino fundamental (alínea 
“b”) e ensino médio (alínea “c”). Tal preceito nada mais fez que regulamentar o inciso I, do art. 208, CF, 
com redação atual dada pela Emenda Constitucional nº 59/2009; 
b) Progressiva universalização do ensino médio gratuito (inciso II); 
c) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino (inciso III); 
d) Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos de idade (inciso IV); 
e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um (inciso V); 
f) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando (inciso VI); 
g) Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (inciso VII). 
O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. Isto significa que pode um cidadão 
cobrar do Estado o direito ao ensino gratuito (inclusive judicialmente), já que se trata de uma garantia que 
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. 4 
lhe é pré-estabelecida pelo parágrafo primeiro, do art. 208, da Constituição. Isso tanto é verdade que o 
não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa 
responsabilidade da autoridade competente (art. 208, §2º, CF). 
 
Universidades 
 
Conforme o art. 207, da CF/88, as universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao “Princípio de indissociabilidade entre 
ensino, pesquisa e extensão”. 
É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. 
Tais disposições também se aplicam às instituições de pesquisa científica e tecnológica. 
 
Plano Nacional de Educação 
 
A Lei (trata-se do diploma normativo de nº 13.005, de 25 de junho de 2014) estabelecerá o plano 
nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação 
em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para 
assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades 
por meio de ações integradas dos Poderes Públicos das diferentes esferas federativasque conduzam a 
(art. 214, CF): 
a) Erradicação do analfabetismo (inciso I); 
b) Universalização do atendimento escolar (inciso II); 
c) Melhoria da qualidade do ensino (inciso III); 
d) Formação para o trabalho (inciso IV); 
e) Promoção humanística, científica e tecnológica do país (inciso V). 
f) Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do 
produto interno bruto (inciso VI). 
 
Da cultura 
 
O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura 
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. Protegerá também 
as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos 
participantes do processo civilizatório nacional. 
A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos 
étnicos nacionais. 
 
Plano Nacional de Cultura 
 
A lei estabelecerá o “Plano Nacional de Cultura”, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento 
cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à (art. 215, § 3º, CF): 
a) Defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro (inciso I); 
b) Produção, promoção e difusão de bens culturais (inciso II); 
c) Formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões (inciso III); 
d) Democratização do acesso aos bens de cultura (inciso IV); 
e) Valorização da diversidade étnica e regional (inciso V). 
 
Sistema Nacional de Cultura 
 
O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e 
participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura, 
democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo 
promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais. Tal 
sistema fundamenta-se na política nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano 
Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios (art. 216-A e § 1º, ambos da Constituição): 
a) Diversidade das expressões culturais (inciso I); 
b) Universalização do acesso aos bens e serviços culturais (inciso II); 
c) Fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais (inciso III); 
1320914 E-book gerado especialmente para JOICE MESQUITA
 
. 5 
d) Cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural 
(inciso IV); 
e) Integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas (inciso 
V); 
f) Complementaridade nos papéis dos agentes culturais (inciso VI); 
g) Transversalidade das políticas culturais (inciso VII); 
h) Autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil (inciso VIII); 
i) transparência e compartilhamento das informações (inciso IX); 
j) Democratização dos processos decisórios com participação e controle social (inciso X); 
k) Descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações (inciso XI); 
l) Ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura (inciso XII). 
 
Patrimônio cultural brasileiro 
 
Com supedâneo no art. 216, da Constituição Federal, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens 
de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à 
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se 
incluem: 
a) As formas de expressão (inciso I); 
b) Os modos de criar, fazer e viver (inciso II); 
c) As criações científicas, artísticas e tecnológicas (inciso III); 
d) As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações 
artístico-culturais (inciso IV); 
e) Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, 
ecológico e científico (inciso V). 
O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural 
brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas 
de acautelamento e preservação. 
Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as 
providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 
A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais. 
Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. 
Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos 
quilombos. 
 
Do desporto 
 
É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, 
observados (art. 217, CF/88): 
A) A autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e 
funcionamento (inciso I); 
B) A destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos 
específicos, para a do desporto de alto rendimento (inciso II); 
C) O tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional (inciso III); 
D) A proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional (inciso IV). 
O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após 
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para 
proferir decisão final. 
O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1320914 E-book gerado especialmente para JOICE MESQUITA
 
. 6 
Dispositivos Constitucionais a respeito do assunto 
 
CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO 
SEÇÃO I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas 
e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de 
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes 
públicas; 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos 
termos de lei federal. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais 
da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos 
de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão 
financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e 
extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na 
forma da lei. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. 
 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, 
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade 
própria; 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na 
rede regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, 
importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a 
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 
1320914 E-book gerado especialmente para JOICE MESQUITA
 
. 7 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar 
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais 
das escolas públicas de ensino fundamental. 
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de 
colaboração seus sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições 
de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, 
de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do 
ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios; 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino 
obrigatório. 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. 
 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para 
efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os 
sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das 
necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de 
qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. 
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, 
VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos 
orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social 
do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação 
serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas 
respectivas redes públicas de ensino. 
 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a 
escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou 
confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o 
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, 
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do 
educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede 
na localidade. 
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por 
universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio 
financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo 
de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, 
objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento 
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. 8 
do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos 
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - formação para o trabalho; 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção 
do produto interno bruto. 
 
SEÇÃO II 
DA CULTURA 
 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes 
da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, 
e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os 
diferentes segmentos étnicos nacionais. 
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao 
desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: 
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; 
II produção, promoção e difusão de bens culturais; 
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; 
IV democratização do acesso aos bens de cultura; 
V valorização da diversidade étnica e regional. 
 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, 
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à 
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: 
I - as formas de expressão; 
II - os modos de criar, fazer e viver; 
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações 
artístico-culturais; 
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, 
paleontológico, ecológico e científico. 
§ 1º - O PoderPúblico, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio 
cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e 
de outras formas de acautelamento e preservação. 
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental 
e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores 
culturais. 
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. 
§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas 
dos antigos quilombos. 
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura 
até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas 
e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações 
apoiados. 
 
Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma 
descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas 
públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a 
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sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com 
pleno exercício dos direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012) 
§ 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas suas 
diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios: 
I - diversidade das expressões culturais; 
II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais; 
III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais; 
IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área 
cultural; 
V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações 
desenvolvidas; 
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais; 
VII - transversalidade das políticas culturais; 
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil; 
IX - transparência e compartilhamento das informações; 
X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social; 
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações; 
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura. 
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da Federação: 
I - órgãos gestores da cultura; 
II - conselhos de política cultural; 
III - conferências de cultura; 
IV - comissões intergestores; 
V - planos de cultura; 
VI - sistemas de financiamento à cultura; 
VII - sistemas de informações e indicadores culturais; 
VIII - programas de formação na área da cultura; e 
IX - sistemas setoriais de cultura. 
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, bem como de 
sua articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo. 
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de 
cultura em leis próprias. 
 
SEÇÃO III 
DO DESPORTO 
 
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito 
de cada um, observados: 
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização 
e funcionamento; 
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, 
em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; 
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional; 
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. 
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas 
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do 
processo, para proferir decisão final. 
§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Chapecó/SC - Engenheiro de Trânsito IOBV/2016) Assinale a alternativa que está 
incorreta: 
(A) A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal. 
(B) São Poderes da União, independentes e sucessivos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Conselho Nacional de Justiça. 
(C) A soberania e o pluralismo político são fundamentos da República Federativa do Brasil. 
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. 10 
(D) É objetivo fundamental da República Federativa do Brasil garantir o desenvolvimento nacional. 
 
02. (TRT 3ª - Analista Judiciário – Administrativa – FCC/2015) São fundamentos constitucionais 
expressos da República Federativa do Brasil: 
(A) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; monopólio da economia estratégica; 
bicameralismo. 
(B) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
pluralismo político. 
(C) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; centralismo político 
e democrático; defesa da família. 
(D) cidadania; livre iniciativa; pluricameralismo; defesa da propriedade privada; defesa da família. 
(E) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; monopólio da 
economia estratégica; defesa social; defesa do meio ambiente. 
 
03. (SEDUC/PI – Professor - NUCEPE/2015) A Constituição Federal de 1988 garante que a educação 
é direito de todos e dever do Estado e da família. O artigo 208 trata do dever do Estado com a educação 
que é efetivado mediante a garantia de 
(A) educação básica obrigatória e gratuita dos 6 (seis) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria. 
(B) imediata universalização do ensino médio gratuito. 
(C) educação infantil, em creches e pré-escolas, para crianças de até 3 (três) anos de idade. 
(D) oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. 
(E) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, obrigatoriamente na rede 
regular de ensino. 
 
04. (Prefeitura de Recife/PE - Procurador- FCC/2014) Consoante o disposto no texto constitucional, 
o Plano Nacional de Cultura, a ser estabelecido em lei, deve visar ao desenvolvimento cultural do País e 
à integração das ações do poder público que, entre outros objetivos, conduzem à 
(A) transversalidade das políticas culturais, bem como à universalização do acesso aos bens e 
serviços culturais. 
(B) valorização da diversidade étnica e regional, bem como à ampliação progressiva dos recursos 
contidos nos orçamentos públicos para a cultura. 
(C) ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura, bem como 
à formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões. 
(D) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis, bem como à produção, promoção e difusão 
de bens culturais. 
(E) valorização da diversidade étnica e regional, bem como à democratização do acesso aos bens de 
cultura. 
 
05. (IF/BA - Auxiliar em Administração - FUNRIO/2016) É dever do Estado, nos termos da 
Constituição da República, fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, 
devendo ser observado 
(A) o tratamento igualitário para o desporto profissional e o não-profissional. 
(B) o incentivo às atividades desportivas oriundasde outros países. 
(C) a destinação de recursos públicos ao desporto educacional de forma não prioritária. 
(D) a submissão das entidades desportivas, quanto a sua organização e funcionamento. 
(E) a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: “B”. Dispõe o artigo 2º, CF: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. 
 
02. Resposta: “B”. Conforme art. 1º da CF/88: A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito 
e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os 
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. 
 
 
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03. Resposta: “D” 
Disciplina o art. 208, VI, da CF: - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
educando; 
 
04. Resposta: “E”. Dispõe o artigo 215, § 3º, CF: “A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de 
duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder 
público que conduzem à: I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; II - produção, promoção 
e difusão de bens culturais; III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas 
múltiplas dimensões; IV - democratização do acesso aos bens de cultura; V - valorização da 
diversidade étnica e regional”. Nos incisos IV e V traz os propósitos descritos na letra “E”. 
 
05. Resposta: “E” 
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada 
um, observados: 
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e 
funcionamento; 
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos 
específicos, para a do desporto de alto rendimento; 
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional; 
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. 
 
 
 
Agente público refere-se àquela pessoa física a qual exerce uma função pública, seja qual for esta 
modalidade de função (mesário, jurado, funcionário público aprovado em concurso público, etc.). 
 
Agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da 
Administração Indireta.1 
 
Antes da Constituição atual, ficavam excluídos os que prestavam serviços às pessoas jurídicas de 
direito privado instituídas pelo Poder Público (fundações, empresas públicas e sociedades de economia 
mista). Hoje o artigo 37 exige a inclusão de todos eles. 
 
A denominação “agente público” é tratada como gênero do qual são espécies os agentes políticos, 
servidores públicos, agentes militares e particulares em colaboração. 
 
Agentes políticos: 
 
A primeira espécie dentro do gênero agentes públicos é a dos agentes políticos. Os agentes políticos 
exercem uma função pública (munus publico) de alta direção do Estado. Ingressam, em regra, por meio 
de eleições, desempenhando mandatos fixos ao término dos quais sua relação com o Estado desaparece 
automaticamente. A vinculação dos agentes políticos com o aparelho governamental não é profissional, 
mas institucional e estatutária. 
Os agentes políticos são, definidos por Celso Antônio Bandeira de Melo como os titulares dos cargos 
estruturais à organização política do País. Exemplos: Presidente da República, Governadores, Prefeitos 
e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos chefes de Executivo, isto é, Ministros e Secretários das 
diversas pastas, bem como os Senadores, Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores. 
Exercem funções e mandatos temporários. Não são funcionários nem servidores públicos, exceto para 
fins penais, caso cometam crimes contra a Administração Pública. 
 
 
 
 
 
1 Di Pietro, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo, editora ATLAS, São Paulo, 2014: 
 
2 Agentes públicos. 2.1 Legislação pertinente. 2.1.1 Lei nº 8.112/1990 e 
suas alterações. 
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. 12 
Agentes de Fato 
 
Para que um ato administrativo seja praticado é necessário que o agente esteja legitimamente 
investido no cargo para que possa exercer a competência prevista em lei. Exemplo: “falta de requisito 
legal para investidura, como certificado de sanidade vencido; inexistência de formação universitária para 
função que a exige, idade inferior ao mínimo legal; o mesmo ocorre quando o servidor está suspenso do 
cargo, ou exerce funções depois de vencido o prazo de sua contratação, ou continua em exercício após 
a idade-limite para aposentadoria compulsória”.2 
 
Os atos praticados pelo agente de fato presumem-se válidos, com base na conformidade da lei, 
visando tutelar a boa-fé dos administrados. A validade dos atos decorre de exame caso a caso, visando 
assegurar a segurança jurídica e da boa-fé da população. Caso os atos praticados por agente público 
não sejam de sua competência, os mesmos serão considerados nulos, como no caso do usurpador de 
função. 
 
Agentes Militares 
 
Os agentes militares formam uma categoria à parte entre os agentes políticos na medida em que as 
instituições militares são organizadas com base na hierarquia e na disciplina. Aqueles que compõem os 
quadros permanentes das forças militares possuem vinculação estatutária, e não contratual, mas o regime 
jurídico é disciplinado por legislação específica diversa da aplicável aos servidores civis. 
Assim, os militares abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas - Marinha, 
Exército e Aeronáutica (art. 142, caput, e § 3.º, da Constituição) - e às Polícias Militares e Corpos de 
Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios (art. 42), com vínculo estatutário sujeito 
a regime jurídico próprio, mediante remuneração paga pelos cofres públicos. 
Particulares em colaboração 
 
Os particulares em colaboração com a Administração constituem uma classe de agentes públicos, em 
regra, sem vinculação permanente e remunerada com o Estado. São agentes públicos, mas não integram 
a Administração e não perdem a característica de particulares. Exemplos: jurados, recrutados para o 
serviço militar, mesário de eleição. 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, são chamados também de “agentes honoríficos”, exercendo 
função pública sem serem servidores públicos. Essa categoria de agentes públicos é composta, segundo 
Celso Antônio Bandeira de Mello, por: 
a) requisitados de serviço: como mesários e convocados para o serviço militar (conscritos); 
b) gestores de negócios públicos: são particulares que assumem espontaneamente uma tarefa pública, 
em situações emergenciais, quando o Estado não está presente para proteger o interesse público. 
Exemplo: socorrista de parturiente; 
c) contratados por locação civil de serviços: é o caso, por exemplo, de jurista famoso contratado para 
emitir um parecer; 
d) concessionários e permissionários: exercem função pública por delegação estatal; 
e) delegados de função ou ofício público: é o caso dos titulares de cartórios. 
Importante destacar que os particulares em colaboração com a Administração, mesmo atuando 
temporariamente e sem remuneração, podem praticar ato de improbidade administrativa (art. 2.º da Lei 
n. 8.429/92) e, enquanto exercerem a função, são considerados funcionários públicos para fins penais, 
respondendo, assim, pelos crimes que cometerem. A Administração Pública responde pelos danos 
causados a terceiros por este agente, voltando-se, depois, contra o agente público delegado. 
 
Servidores Públicos 
 
São servidores públicos, em sentido amplo, as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às 
entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneraçãopaga pelos 
cofres públicos. 
Os servidores públicos, por sua vez, são classificados em: 
 
1. Funcionário público: titularizam cargo e, portanto, estão submetidos ao regime estatutário. 
 
 
2 Di Pietro, Maria Sylvia Zanella, “Direito Administrativo” (13ª edição, São Paulo, Atlas, 2001, p. 221. 
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. 13 
2. Empregado público: titularizam emprego, sujeitos ao regime celetista. Ambos exigem concurso. 
É o agente público que tem vínculo contratual, ou seja, sua relação com a Administração Pública decorre 
de contrato de trabalho. Possui, então, vínculo de natureza contratual celetista (CLT). Assim, o 
Empregado Público é regido pela CLT e o Servidor Público é regido por lei específica - no caso do servidor 
público federal, será regido pela Lei 8.112/90. 
 
3. Contratados em caráter temporário: são servidores contratados por um período certo e 
determinado, por força de uma situação de excepcional interesse público. Não são nomeados em caráter 
efetivo, que tem como qualidade a definitividade – art. 37, inc. IX, da Constituição Federal. 
 
O trabalho temporário é regulado pela Lei nº 6.019/74 - é aquele prestado por pessoa física a uma 
empresa para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou 
a acréscimo extraordinário de serviços. O vínculo empregatício do trabalhador temporário não se dá com 
a empresa tomadora de serviços, mas sim com a empresa de trabalho temporário. 
Essa modalidade de contratação tem como objetivo atender a serviços extraordinários de serviços 
(época de Páscoa e Natal), além de atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular 
e permanente. 
O contrato do trabalhador temporário deve ser feito de forma escrita, além de constar expressamente 
a causa que enseja sua contratação. 
Quanto ao prazo, este não poderá exceder 3 meses, caso seja a mesma empresa tomadora e o mesmo 
empregado, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
No aludido instrumento deve constar expressamente o prazo que vigerá o contrato, data de início e 
término da prestação de serviço. 
 
Os agentes públicos são classificados da seguinte forma: 
 
- Agentes políticos: pessoas físicas que exercem determinada função (legislativa, executiva ou 
administrativa) descrita na Constituição Federal. São exemplos: deputado federal, senador, governador 
de estado, procurador do trabalho, entre outros. 
- Agentes administrativos: são servidores sujeitos a uma relação hierárquica com os agentes políticos, 
isto é, são os servidores públicos propriamente ditos (ocupam cargo efetivo ou em comissão e respeitam 
o estatuto da respectiva instituição na qual trabalham), os empregados públicos (trabalham em empresas 
públicas e respeitam a legislação trabalhista) e os servidores temporários (contratados temporariamente 
para suprirem necessidade temporária de excepcional interesse público). 
- Agentes honoríficos: pessoas que desempenham atividade administrativa em razão de sua 
honorabilidade (honra). Exemplos: mesário da eleição ou jurado convocado para júri de algum crime 
doloso contra a vida. 
- Agentes delegados: pessoas que recebem a incumbência de executarem, por sua conta e risco, um 
serviço público ou uma atividade de interesse público. Podem ser os notários, os registradores de imóveis, 
os tradutores públicos, os concessionários ou permissionários de serviço público, entre outros. 
- Agentes credenciados: pessoas que representam a Administração Pública em um determinado 
evento ou atividade. 
 
Normas Constitucionais Concernentes à Administração Pública e aos Servidores Públicos 
 
Neste item, abordaremos todos os artigos da seção I e II, do Capítulo VII “Da Administração Pública”, 
constante no Título III da Constituição Federal “Da Organização do Estado”. Iniciamos pela seção I 
“Disposições Gerais”: 
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
A Administração Pública direta se constitui dos serviços prestados da estrutura administrativa da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Já a Administração Pública indireta compreende os 
serviços prestados pelas autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas 
públicas. 
É importante frisar que ambas as espécies de Administração Pública deverão se pautar nos cinco 
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988 (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). 
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. 14 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado, para o administrador o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já o 
princípio visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 5.º, II, da 
Constituição Federal de 1988. 
 
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. Este 
estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução das 
atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não o 
interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da 
impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora, “a 
Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que 
é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”.3 
Ato contínuo, o artigo estudado apresenta o princípio da publicidade. Este tem por objetivo a divulgação 
de atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, todavia, às questões sigilosas. De acordo 
com as lições do eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e 
contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e 
controle pelos interessados e pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”4. 
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37 da Constituição da República Federativa 
do Brasil é o da eficiência. De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da 
eficiência “impõe a todo agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento 
funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser 
desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório 
atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”. 5 
 
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode 
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor 
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação 
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo 
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.6 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, naforma da lei; 
 
Este inciso demonstra a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções públicas, mediante 
o preenchimento dos requisitos estabelecidos pela lei. Não obstante ainda permite o ingresso dos 
estrangeiros aos cargos públicos, obedecendo às disposições legais. Quando o inciso dispõe que os 
cargos, funções e empregos públicos são acessíveis, dependendo, todavia, de preenchimento de 
requisitos legais, estamos nos referindo, por exemplo, à aprovação em concurso público, dentre outras 
condições. 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
O inciso deixa clara a necessidade de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas 
e títulos para a investidura em cargo ou emprego público. É importante salientar que o concurso público 
levará em consideração a natureza e a complexidade do cargo ou emprego público. Desta maneira, não 
se poderá exigir do candidato ao cargo de gari, conhecimentos exigidos ao cargo de magistrado, pois 
seria uma afronta ao estabelecido no inciso em questão. Todavia, o inciso apresenta como exceção à 
necessidade de aprovação em concurso público as nomeações para cargo em comissão, declarado como 
de livre nomeação ou exoneração. Logo, as pessoas que, porventura, forem nomeadas para cargos em 
 
3 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005. 
4 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005. 
5 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005. 
6 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005. 
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comissão - também denominados cargos de confiança - não necessitarão de aprovação prévia em 
concurso público, pois a lei declarou esses cargos como de livre nomeação e exoneração. Portanto, os 
agentes públicos nomeados em cargo de provimento em comissão não possuem estabilidade, ou seja, 
poderão ser exonerados sem necessidade de procedimento administrativo ou sentença judicial transitada 
em julgado. 
 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual 
período; 
 
Este inciso expressa o prazo de validade dos concursos públicos. De acordo com ele, o concurso 
público será válido por até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. Como é possível perceber, 
o prazo de validade do concurso não será necessariamente dois anos - poderá ser de 1 dia a 2 anos, 
dependendo do que for estabelecido no edital de abertura do concurso. Isso corre pelo fato de que o 
prazo estabelecido pelo inciso será de até 2 anos, não podendo ultrapassar esse lapso temporal. Todavia, 
o inciso apresenta a possibilidade de prorrogação do prazo de validade do concurso público por uma vez, 
pelo mesmo período que o inicial. Desta maneira, se o prazo de validade do concurso é de um ano e 2 
meses, a prorrogação também deverá ser de um ano e dois meses, ou seja, a prorrogação deverá 
obedecer ao mesmo prazo de validade inicialmente disposto para o concurso público. 
 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso 
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego, na carreira; 
 
O prazo improrrogável previsto no edital de convocação diz respeito ao período de prorrogação, pois 
após este não há mais possibilidade de prorrogar o prazo de validade do concurso. Desta maneira, 
durante o prazo improrrogável é possível a realização de novo concurso público visando ao 
preenchimento da vaga semelhante. Todavia, os aprovados em concurso anterior terão prioridade frente 
aos novos concursados para assumir o cargo ou carreira. 
 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e 
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
 
Este inciso denota a possibilidade de admissão de funcionários para ocupação de cargos de confiança, 
que devem ser ocupados por servidores ocupantes de cargos efetivos e que se limitem apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Tal regra se justifica pelo fato de que não se deve permitir a admissão de pessoas estranhas nos 
cargos de chefia, direção e assessoramento. 
 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
 
Neste inciso estamos diante do desdobramento do direito de liberdade de associação, pois garante ao 
servidor público civil o direito à livre associação sindical. Conforme explicita o artigo 5.º, XX, da 
Constituição da República Federativa do Brasil - 1988, “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou 
a permanecer associado”. 
 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
 
Este inciso garante o direito de greve aos servidores públicos, que porventura queiram fazer 
reivindicações sobre os direitos da classe trabalhadora. Todavia, de acordo com o inciso em questão, tal 
direito deverá ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. A Lei nº 7783/89 - que 
disciplina o direito de greve dos servidores públicos - traz, em seu bojo, as atividades públicas que não 
podem ser interrompidas durante o curso da paralisação. De acordo com a lei supracitada, são atividades 
ou serviços essenciais: 
 
Art. 10 - São considerados serviços ou atividades essenciais: 
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e 
combustíveis; 
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II - assistência médica e hospitalar; 
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
IV - funerários; 
V - transporte coletivo; 
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; 
VII - telecomunicações; 
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; 
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
X - controle de tráfego aéreo; 
XI - compensação bancária. 
 
Assim, é garantido o direito de greve aos servidores públicos, havendo, todavia, restrições ao seu 
exercício, para que a luta pelos direitos da classe trabalhadora não gere lesões à sociedade devido à 
interrupção da prestação de serviços básicos. 
 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
 
De acordo com o inciso, a lei reservará uma determinada porcentagem dos cargos e empregos 
públicos para as pessoas portadoras de deficiências. De acordo com o artigo 5.º, § 2.º, da Lei nº 8112/90, 
aos portadores de deficiências serão reservadas até 20% das vagas oferecidas em concursos públicos 
para ingresso em cargos públicos. Exemplo: em um determinado concurso no qual estejam sendo 
oferecidas 100 vagas, no próprio edital de abertura do mesmo, por força da Lei supracitada, deverá 
constar que 20 vagas serão destinadas a portadores de deficiências físicas. 
 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público; 
 
Conforme denota o inciso, é admissível a contratação de servidores públicos por tempo determinado, 
desde que seja para suprir necessidade temporária de excepcional interesse público. De acordo com 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, na esfera federal, a Lei nº 8745/93 indica como casos de excepcional 
interesse público:I- assistência a situações de calamidade pública; 
II- combate a surtos endêmicos; 
II- realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 
IV- admissão de professor substituto e professor visitante; 
V- admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro; 
VI- atividades: (a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou 
a encargos temporários de obras e serviços de engenharia; (b) de identificação e demarcação 
desenvolvidas pela Funai; (c) revogado pela Lei nº 10667/03; (d) finalísticas do Hospital das Forças 
Armadas; (e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de 
informações sob a responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das 
Comunicações; (f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério 
da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações emergenciais ligadas ao comércio 
internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à saúde animal, vegetal ou 
humana; (g) desenvolvidas no âmbito de projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia; e (h) técnicas 
especializadas, no âmbito de projetos voltados para o alcance de objetivos estratégicos previstos no plano 
plurianual.7. 
É importante salientar que a contratação de servidores por tempo determinado para atender 
excepcional interesse público prescinde da realização de concurso público, sendo necessária, tão 
somente, a realização de um processo seletivo simplificado. 
 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4.º do art. 39 somente poderão 
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada 
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
 
 
7 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005. 
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Conforme consta do inciso em questão, a remuneração dos servidores obedecerá ao disposto no artigo 
7.º, inciso XXX, da Constituição Federal, que dispõe os direitos tutelados aos servidores públicos. Tal 
artigo garante aos servidores públicos o seguinte direito: “XXX- proibição de diferença de salários, de 
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”. 
Não obstante a garantia de tal direito aos servidores públicos, ainda se demonstra presente no inciso 
a garantia de revisão anual das remunerações dos servidores públicos, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices. 
 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, 
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o 
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do 
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o 
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no 
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e 
aos Defensores Públicos; 
 
Este inciso explicita o teto para o pagamento dos servidores da Administração Pública, seja na esfera 
federal, estadual ou municipal. A regra geral estabelecida é que a remuneração e os subsídios dos 
ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, 
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal. O outro teto limita a remuneração nos Municípios ao subsídio do Prefeito e nos Estados, a do 
Governador. No Poder Legislativo, a limitação está alicerçada no subsídio dos Deputados Estaduais. 
 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores 
aos pagos pelo Poder Executivo; 
 
Este inciso demonstra a limitação existente entre os Poderes da União. Nos cargos semelhantes 
existentes nos Poderes, os vencimentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
 
De acordo com o eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, equiparar significa “a previsão, em lei, 
de remuneração igual à determinada carreira ou cargo. Assim, não significa equiparação a existência de 
duas ou mais leis estabelecendo, cada uma, valores iguais para os servidores por elas abrangidos. Já, 
vincular não significa remuneração igual, mas atrelada a outra, de sorte que a alteração da remuneração 
do cargo vinculante provoca, automaticamente, a alteração da prevista para o cargo vinculado”. 8(). 
Desta maneira, a Constituição proíbe que haja equiparação das remunerações dos servidores dos 
Poderes, retirando a iniciativa dos mesmos para a fixação da remuneração. 
 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem 
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
 
Este inciso é claro em explicitar que a concessão de acréscimos pecuniários não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Logo, é possível extrair dessa 
assertiva que os acréscimos concedidos aos servidores não serão utilizados na base de cálculo para 
concessão de outros acréscimos no futuro. 
 
 
8 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005 
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XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, 
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos artigos 39, § 4.º, 150, II, 153, III, e 153, § 
2.º, I; 
 
Este inciso se refere à irredutibilidade dos vencimentos e subsídios dos ocupantes de cargos e 
empregos públicos, ou seja, da impossibilidade de redução no valor da remuneração dos mesmos. 
Todavia o próprio inciso traz em sua parte final algumas ressalvas, em que há possibilidade de redução 
dos subsídios e vencimentos. São elas: 
- Artigo 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos 
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, 
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o 
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do 
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduaise Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o 
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no 
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e 
aos Defensores Públicos; 
- Artigo 37, XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
- Artigo 39, § 4.º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os 
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela 
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou 
outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI. 
- Artigo 150 - Sem prejuízos de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedada à União, aos 
Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal: II- instituir tratamento desigual entre os contribuintes que 
se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos; 
- Artigo 153- Compete à União instituir impostos sobre: III- renda e proventos de qualquer natureza; 
- Artigo 153 – Compete à União instituir impostos sobre: § 2.º - O imposto previsto no inciso III: I- será 
informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei. 
 
Desta maneira, será possível a redução dos vencimentos e subsídios nos casos supracitados. Um 
exemplo de redução a ser citado é o desconto do Imposto de Renda dos subsídios e vencimentos dos 
servidores públicos. 
 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade 
de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
 
O inciso XVI e suas alíneas trazem a proibição de acumulação remunerada de cargos públicos, exceto 
se houver compatibilidade de horários – somente nos cargos descritos acima. 
É importante salientar a necessidade da compatibilidade de horários, pois se forem incompatíveis não 
será possível a acumulação de cargos públicos nos casos supracitados. Ademais, cabe ressaltar que nos 
casos em que é admitida a cumulação de cargos é necessária a observância do inciso XI, ou seja, das 
regras pertinentes ao teto de vencimento ou subsídio. 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder público; 
 
Este inciso demonstra que a acumulação de cargos não é aplicável somente aos órgãos da 
Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), mas também aos órgãos da 
Administração Pública Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia 
Mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público). 
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XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência 
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 
 
A Fazenda Pública é o órgão estatal que cuida das arrecadações do Estado. Diante disso, possui 
servidores públicos especialmente destinados para fiscalizarem e controlarem todos os fatos que 
guardem relação com tributos. 
Desta maneira, visando assegurar a moralidade da administração pública, os servidores admitidos nos 
cargos de fiscal terão livre acesso a informações - dentro da sua área de competência e jurisdição. 
 
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, 
definir as áreas de sua atuação; 
 
De acordo com MEIRELLES, “Autarquias são pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza 
meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras e serviços 
descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei 
instituidora e nos termos de seu regulamento. As autarquias podem desempenhar atividades 
educacionais, previdenciárias e quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem 
subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao controle finalístico de sua administração e da condução de 
seus agentes”. 
O doutrinador supracitado explicita que Fundações são pessoas jurídicas de Direito Público ou 
pessoas jurídicas de Direito Privado, devendo a lei definir as respectivas áreas de atuação, conforme o 
inciso XIX, do artigo 37 da CF, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98. No primeiro caso, 
elas são criadas por lei, à semelhança das autarquias; no segundo, a lei apenas autoriza sua criação, 
devendo o Poder Executivo tomar as providências necessárias à sua instituição. 
Ademais, o autor traz uma sucinta abordagem das entidades empresarias que englobam as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. De acordo com o doutrinador, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado, com a finalidade de prestar 
serviço público que possa ser explorado no modo empresarial, ou de exercer atividade econômica de 
relevante interesse coletivo. Sua criação deve ser autorizada por lei específica, cabendo ao Poder 
Executivo as providências complementares para sua instituição.9. 
 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades 
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; 
 
Este inciso demonstra a necessidade de autorização do Poder Legislativo na criação das autarquias, 
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como na participação de qualquer 
delas em empresa privada. Esta condição explicitada pelo inciso em questão demonstra uma das 
atribuições do Poder Legislativo - que é a fiscalizatória. 
 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações 
serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos 
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
 
Este inciso traz, em seu bojo, o instituto da licitação: as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratadas mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas 
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
Todavia, o próprio inciso demonstra que existirão casos expressos em lei nos quais será dispensado 
o processo licitatório. As regras referentes ao processo licitatório, bem como os casos de dispensa do 
mesmo estão previstos na lei nº 8666/93. 
 
 
 
 
9 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005. 
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XXII - as administrações tributárias da União,

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