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Caderno de Direito Tributário

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Prévia do material em texto

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Por Octávio Henrique Antunes de Carvalho.
Elaborei o material primeiramente para uso própria, como auxílio na vida prática advocatícia e para o estudo de concursos públicos que envolvessem a matéria.
O material é excelente para estudantes de direito (se eu o tivesse na época da faculdade com certeza passaria menos dificuldades), uma vez que o direito tributário é visto na maioria das vezes como uma matéria difícil e complicada pelos estudantes de direito e contabilidade. 
Atende ainda com excelência os anseios de concurseiros. A matéria tributária é enorme e por isso o “resumo” tão extenso. É um material completo com súmulas, teses, legislação e conceitos.
Por fim, atende bem aos profissionais da área, servindo como excelente material de consulta que eu particularmente uso.
Quero deixar a devida observação que, este material atende bem para a 1ª e 2ª fase da Ordem dos Advogados do Brasil, contudo principalmente na parte das peças, podem ter escritos que não são válidos nas provas, como por exemplo local, data e nome do advogado na peça na área da prova. Não deixe de ler o edital e regras em sites especializados.
No mais, agradeço por adquirirem esse material que fiz com muito carinho (primeiramente foi idealizado para mim mesmo) e ninguém faz melhor para nós do que nós mesmos. A venda deste material servirá para me manter firme nos estudos para concursos públicos. Por isso, peço que o indiquem a venda para amigos, colegas e familiares.
SUMÁRIO
Considerações iniciais									01
Relação jurídica tributária 								04
Processo de execução (passo a passo) 							12
Princípios do direito tributário 								13
	Legalidade 									13
	Anterioridade 									23
Irretroatividade 								25
Seletividade									26
Progressividade									27
Capacidade econômica e capacidade contributiva				28
Vedação ao confisco de bens e direitos 						29
Isonomia									30
Não cumulatividade								30
Imunidades tributárias									31
Espécies de imunidade tributária							33
Conceito de tributo									41
Competência tributária									44
Empréstimo compulsório								50
Imposto extraordinário de guerra							53
Contribuições de melhoria								54
Taxas											55
Impostos em espécie									56
	Imposto de importação	(II)							56
	Imposto de exportação (IE)							57
	Imposto de renda (IR)								59
	Imposto sobre produtos industrializados (IPI)					62
	Imposto sobre operações financeiras (IOF)					66
	Imposto territorial rural (ITR)							69
	Imposto predial e territorial urbano (IPTU)					72
	Imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCMD)			77
	Imposto de transmissão de bens imóveis					79
	Imposto sobre propriedade de veículo automotor (IPVA)			81
Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN)				83
Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS)			86
	ICMS ST								96
Repartição de receitas tributárias							99
Responsabilidade tributária								102
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário						116
Exclusão do crédito tributário								124
Extinção do crédito tributário								130
Legislação tributária									149
Direito Processual tributário								151
Estruturação de peças (ler essa página, importante)					158
	Ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária			159
	Ação anulatória de débito fiscal							165
	Mandado de segurança preventivo						166
	Mandado de segurança repressivo						169
	Repetição de indébito tributário							172
	Ação denegatória								176
	Ação de consignação em pagamento						179
	Embargos à execução fiscal							182
	Exceção de pré-executividade							186
Lei de execução fiscal									189
Recursos em processos judiciais tributários						207
	Agravo de instrumento								215
	Agravo interno									216
	Embargos de declaração							220
	Apelação									222
	Recurso ordinário constitucional						225
	Recurso extraordinário								226
	Recurso especial								230
Considerações finais (leitura importante)						234
DIREITO TRIBUTÁRIO
Relação Jurídica Tributária:
	Hipótese de incidência -> fato gerador -> obrigação tributária -> o fisco efetua o lançamento -> ao efetuar o lançamento, constitui o crédito tributário -> notificação do contribuinte -> prazo de 30 dias para o pgto.
	Com a notificação, o contribuinte poderá:
· Fazer o pagamento, gerando a extinção do crédito;
· Fazer o pagamento de maneira indevida, gerando o direito à restituição dos valores pagos indevidamente;
· Pode entrar com um processo administrativo fiscal (PAF);
OBS: o nome da inicial do PAF é Impugnação ao auto de infração.
· Não paga o crédito, será inscrito em dívida ativa e será executado.
· HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: é uma previsão em abstrato na letra da lei.
Primeiramente, no direito tributário, diz qual é o tributo, qual é o valor da alíquota, qual é a base de cálculo, qual é a multa para aplicar a fatos que ainda vão acontecer. (Princípio da legalidade).
· FATO GERADOR: Vai materializar, concretizar, trazer ao mundo concreto aquela hipótese de incidência que estava prevista apenas de maneira abstrata.
· OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: Essa obrigação tributária pode ser PRINCIPAL ou ACESSÓRIA.
PRINCIPAL: está disposta no art. 113, §1º, CTN e diz que é uma obrigação em pagar tributos. São eles:
- Impostos, art. 145. I, CF
- Taxas, art. 145, II, CF
- Contribuições de melhoria, art. 145, III, CF
- Empréstimos compulsórios, art. 148, CF
- Contribuições sociais, art. 149, CF
Além do pagamento do tributo, as penalidades pecuniárias – MULTAS – também são consideradas uma obrigação principal. 
ACESSÓRIA: É uma obrigação de fazer ou deixar de fazer algo. Prestação positiva/negativa. Ação/omissão. Ex: emissão de nota fiscal.
OBS: O não cumprimento de uma obrigação acessória levará a uma obrigação principal, que é a penalidade de multa.
OBS2: Apenas por lei ordinária se cria, extingue, modifica as obrigações principais.
Contudo, as obrigações acessórias podem ser criadas por todo o conjunto da legislação tributária. 
· LANÇAMENTO DO CRÉDITO: O objetivo do lançamento é constituir o crédito tributário, torná-lo exigível para o fisco.
Portanto analisa-se:
- Quem deve?	
- Deve o que? 	Artigo 142, CTN
- Deve quanto?
 
Lançamento é um procedimento administrativo fiscal, tendente a averiguar quem é o sujeito passivo, o que é devido, e o quanto é devido.
	Esse procedimento administrativo fiscal de lançamento é um ato vinculado, ou seja, há a obrigatoriedade do lançamento. Art. 142, §único, CTN.
· CRÉDITO TRIBUTÁRIO: O art. 139, CTN, diz que o crédito tributário decorre da obrigação tributária, mas é constituído pelo lançamento.
Ainda, de acordo com o art. 140, CTN, diz que as circunstâncias que:
- Modificam o crédito tributário
- Estendem o crédito tributário
- Efeitos
- Garantias e privilégios
Não afetam a obrigação tributária.
A “obrigação” está num momento anterior à relação. Os efeitos que modificam o crédito é dali para a frente. 
Se o lançamento for realizado em moeda estrangeira, deverá haver a conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador. Art. 143, CTN.
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo, como regra, não se modifica, ou seja, uma ver lançado e notificado ao contribuinte, não irá se modificar.
Exceções: 
- Quando houver impugnação por parte do sujeito passivo;
- Quando por iniciativa do fisco;
- Quando por recurso de ofício do fisco.
· MODALIDADES DE LANÇAMENTO:
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO (Art. 147, CTN): O sujeito passivo presta informações ao fisco para comprovar a situação fática por meio dos documentos indispensáveis à essa comprovação.
OBS: Sempre que o sujeito passivo agir com dolo, fraude, simulação e erro, o fisco irá lançar de ofício, não mais por declaração.	
Essa declaração pode ser retificada (corrigida) por iniciativa do próprio declarante quando visa reduzir ou excluir tributo.
Para isso, deverá haver a comprovação do erro e, tal retificação de se dar antes da notificação do lançamento.
Os erros contidos na declaração podem ser retificados pelo próprio fisco de ofício.LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (Art. 150, CTN): é quando a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o recolhimento do tributo e prestar informações posteriores para o fisco homologar ou não as informações prestadas.
Ou seja, primeiro se paga o tributo, depois presta as informações do que vai pagar ou do que foi pago.	
O fisco tem o prazo de 05 anos para homologar ou não o pagamento referido àquelas informações prestadas.
Poderá haver o lançamento de ofício em caso de dolo, fraude, simulação e erro, conforme art. 149, CTN.
OBS: O pagamento antecipado extingue o crédito mesmo que sob condição resolutória posterior à homologação ao lançamento.
OBS2: Não gera nenhum efeito na obrigação tributária qualquer ato anterior à homologação praticado pelo sujeito passivo ou terceiro, visando a extinção total ou parcial do crédito.
LANÇAMENTO POR ARBITRAMENTO (Art. 148, CTN): Toda vez que não mereça fé as informações que o sujeito passivo prestou, o fisco irá arbitrar, atribuir um valor e efetuar o lançamento de ofício com fundamento no art. 149, CTN.
A primeira forma de lançamento por ofício será quando a lei determinar.
A lei determina que o IPVA e o IPTU são dois tributos lançados de ofício.
Quanto aos incisos II ao IV do art. 149, são práticas de atos ilícitos.
SÚMULA 436, STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.	
Ou seja, quando o contribuinte faz a declaração do débito, tal declaração constitui definitivamente o crédito.
· NOTIFICAÇÃO: De acordo com o art. 160, CTN, salvo disposição de lei em contrário, o prazo para efetuar o pagamento dos tributos é de 30 dias.
- Pago o tributo, o crédito será extinto – art. 156, I, CTN.
- Pagando a mais, dever-se-á fazer o pedido de restituição do valor pago a mais.
- Não concordando com o valor, o contribuinte pode entrar com um PAF, e esse ajuizamento suspende a exigibilidade do crédito.
- Pode ainda optar por não fazer o pagamento, haverá assim a inscrição em dívida ativa e ocorrerá a execução fiscal.
DÍVIDA ATIVA: As certidões de dívida ativa (CDA) possuem requisitos de validade. Estão dispostos no art. 202, CTN.
 - Deve haver o nome completo do contribuinte;
 - Deve haver a quantia devida;
 - Origem do crédito;
 - Data de inscrição em dívida ativa;
 - Indicação do nº do processo administrativo (se houver).
De acordo com o art. 203, CTN, diante de omissão de qualquer dos requisitos de validade da CDA, será declarada a nulidade dessa.
A nulidade pode ser sanada até a decisão de 1ª instância.
SÚMULA 558, STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG da parte executada.
SÚMULA 559, STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei nº 6.830/80.
Há três espécies de CDA:
CERTIDÃO POSITIVA (Art. 204, CTN): contribuinte está devendo, e a inscrição em dívida ativa gera presunção de liquidez e certeza do crédito.
Contudo, essa presunção é relativa, podendo prova em contrário.
CERTIDÃO NEGATIVA (Art. 205, CTN): é aquela requerida pelo sujeito passivo para demonstrar que nada deve.
A certidão negativa deve ser fornecida no prazo de 10 dias.
Todas as vezes que houver uma causa de exclusão ou extinção do crédito, deverá haver a certidão negativa.
CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA (Art. 206, CTN): todas as vezes que a exigibilidade do crédito estiver suspensa, haverá uma certidão positiva com efeitos de negativa.
· PRESUNÇÃO DE FRAUDE À EXECUÇÃO
Para haver fraude à execução na seara cível, deve-se ter o registro de penhora do bem.
Súmula 375, STJ: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Contudo, na fraude à execução fiscal, basta a mera inscrição em dívida ativa – Art. 185, CTN.
Não é necessário o registro da penhora para configurar a fraude na execução fiscal, ou seja, não se utiliza aqui a súmula 375, STJ para o direito tributário.
Essa presunção de fraude é relativa. Deve-se comprovar que mesmo alienando os bens, ainda possui patrimônio suficiente para o total pagamento da dívida.
Quando o fisco percebe a fraude, ajuizará medida cautelar fiscal, com base na Lei nº 8.397/92.
DECRETAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DOS BENS – ART. 185-A, CTN.
Só pode ser decretada após se esgotar todas as tentativas na busca por bens penhoráveis.
Só pode decretar no limite da dívida.
PROCESSO DE EXECUÇÃO – PASSO A PASSO:
Inscrição da dívida ativa -> execução fiscal (Lei nº 6.830/80) -> citação (para pagar a dívida em 05 dias ou nomear bens à penhora).
. A citação é feita por correio (AR).
. Se o AR não voltar em 15 dias, promove-se a citação por meio de oficial de justiça.
. Se não der certo por oficial de justiça, cita-se por edital.
. Se o executado estiver ausente do país, será citado por edital com prazo de 60 dias.
· Quando o executado não paga e não nomeia bens à penhora, utiliza-se o art. 11 da Lei nº 6.830/80, que dá a ordem de bens que serão penhorados.
· Portanto, para fins do art. 185-A do CTN, o juiz só pode decretar indisponibilidade de bens do executado/bloqueio do patrimônio, após esgotar todas as tentativas na busca por bens penhoráveis, conforme súmula 560, STJ.
Súmula 560, STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.
OBS: Só poderá haver embargos quando houver a garantia do juízo.
A garantia do juízo está prevista no art. 9º da Lei nº 6.830/80.
	Portanto, o prazo de 30 dias previsto no art. 16 da Lei nº 6.830/80 para oposição de embargos à execução fiscal somente começará a contar da data da garantia do juízo. Se não houver a garantia, não há que se falar em prazo de 30 dias para embargos.
OBS2: A 1ª Turma do STJ diz que se o executado comprovar ser hipossuficiente, ele poderá deixar de garantia o juízo e embargar.
PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
	O princípio da legalidade está vinculado à hipótese de incidência.
	O administrador público só pode fazer o que a lei expressamente autoriza. Portanto, diante de uma omissão legislativa o adm. público não pode praticar atos.
OBS: Art. 123, CTN: Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
OBS2: Art. 8º, §3º do Decreto Lei nº 195/67: É nula a cláusula do contrato de locação que atribua ao locatário o pagamento, no todo ou em parte, da Contribuição de Melhoria lançada sobre o imóvel.
Como regra, em direito tributário, os institutos dependem de edição de lei em sentido formal para criar tributos (lei ordinária).
Art. 150, I, CF	PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Art. 97, CTN
· Os tributos são instituídos (criados) e extintos por meio de LO. Art. 97, I, CTN.
· São majorados e reduzidos, como regra, por LO. Art. 97, II, CTN.
OBS: A mudança de base de cálculo de um tributo, que o torne mais oneroso, pode ser feita, mas depende da edição de LO. Art. 97, §1º, CTN.
É uma majoração.	
Alíquota: É a porcentagem que incide sobre o valor do bem ou operação.
Base de cálculo: É o valor do bem ou operação.
OBS2: Art. 97, §2º, CTN: Trata-se da atualização da base de cálculo de um tributo, ou seja, uma mera correção de acordo com a inflação da moeda.
- Não é majoração;
- Não precisa de LO;
- Não pode atualizar valor ou porcentagem maior do que o índice de apuração da inflação;
- Se for acima do índice, já vira majoração.
Súmula 160, STJ: É defeso, aomunicípio, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.
· O fato gerador da obrigação tributária principal (tributos e penalidades), serão criadas por LO.
· As penalidades são obrigações principais – Art. 97, V, CTN.
· Fixação das alíquotas e a fixação da base de cálculo de um tributo, devem ser feitas por LO.
OBS: Isso é diferente de estabelecer normas gerais. As normas gerais são normas que vem para regular, explicar, conceituar, interpretar e definir.
O estabelecimento de normas gerais é feito por meio de LC.
· As causas de suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário são feitas por meio de LO, como regra.
SUSPENSÃO – ART. 151, CTN: Sempre que a exigibilidade do crédito estiver suspensa, tem-se a certidão positiva com efeito de negativa, art. 206, CTN.
São as causas que suspendem a exigibilidade do crédito: 
Mnemônico: PARCE MO DE RE LA
- Parcelamento;
- Moratória;
- Depósito do montante integral em dinheiro;
- Reclamações e recursos administrativos;
- Liminar em mandado de segurança;
- Antecipação de tutela.
EXCLUSÃO – ART. 175, CTN: A certidão é a negativa. Art. 205, CTN.
São as causas que excluem: (AI)
- Anistia;
- Isenção.
EXTINÇÃO – ART. 156, CTN: A certidão também é a negativa. Art. 205, CTN.
Extinguem o crédito tributário: (Ler incisos do art. 156, CTN).
OBS: Para haver a possibilidade de concessão do parcelamento, moratória e isenção, necessita-se de LO.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
1) LEI COMPLEMENTAR: Art. 146, CF/88.
· Dispor sobre conflitos de competência, que pode ser:
- Conflito negativo – art. 164, I, CTN: é a recusa em receber o tributo, ou seja, o devedor quer pagar e ninguém quer receber.
Deve-se fazer o depósito em juízo e entrar com a consignação em pagamento.
- Conflito positivo – art. 164, III, CTN: vários entes cobrando tributos. Trata-se da bitributação. 
Deve-se fazer o depósito em juízo e entrar com a consignação em pagamento.
Portanto, a LC deveria dispor sobre esses conflitos de competência, para regular, explicar, conceituar tais conflitos, minimizando e corrigindo os problemas de competência.
· Cabe ainda a Lei Complementar, regular as limitações ao poder de tributar do Estado - Art. 146, II, CF.
Poder de tributar significa que a função da CF é distribuir competências e centralizá-las nos 4 entes federativos (União, Estados, DF e Municípios).
A CF no art. 153, III, atribuiu à União competência para legislar sobre o IR. Significa dizer que a União tem o poder de tributar o IR. 
O Poder de tributar do Estado não é um poder absoluto, ou seja, sofre limitações, limitações dadas pelos princípios e as imunidades tributárias.
Portanto, os princípios e as imunidades limitam o poder de tributar do Estado.
Os princípios são considerados direitos fundamentais individuais do contribuinte, ou seja, matérias de cláusula pétrea.
Apenas a CF pode criar um princípio e uma nova imunidade.
· As normas gerais são feitas por Lei Complementar – art. 146, III, CF.
As definições em direito tributário são matérias reservadas a edição de lei complementar – art. 146, III, “a”, CF.
· A prescrição e a decadência são matérias reservadas a edição de lei complementar. Apesar de serem uma causa de extinção do crédito tributário, o CTN não está criando causas de decadência e prescrição, está apenas definindo, conceituando, explicando as decadências e prescrições. Art. 173 e 174 respectivamente.
O CTN em 1966, tinha status de LO, e foi recepcionado com status de LC, ou seja, se quiser alterar o CTN, necessita-se de LC aprovada com quórum de maioria absoluta.
O CTN foi recepcionado com status de LC, pois este não cria nada, a sua única função é fazer normas gerais aplicadas ao direito tributário. Art. 1º, CTN.
· Temos ainda no art. 146, §único, CF, o Super Simples, que é aquele tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte.
A adesão ao supersimples (LC 123/06) é opcional. A ideia do simples nacional é simplificar todas as obrigações, para ajudar as microempresas e empresas de pequeno porte. Com isso, faz-se uma arrecadação unificada de 8 tributos (06 federais, ICMS estadual e o ISS Municipal).
Essa arrecadação mensal e unificada na união está prevista na LC 123/06. 
O Simples Nacional é regulado pela LC 123/06 pois é uma lei que não cria nada, apenas estabelece normas gerais aplicadas ao Simples Nacional – Art. 1º, LC nº 123/06.
ATÉ O QUE VI POR AQUI, TODAS AS SETAS ACIMA SÃO NORMAS GERAIS FEITAS POR LC.
ALÉM DAS NORMAS GERAIS, TEMOS:
· EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: É uma das 5 espécies tributárias;
É um tributo de competência exclusiva da União e é criado mediante lei complementar – Art. 148, CF.
· IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
É um imposto de competência exclusiva da União, e se for criado, será por LC – Art. 153, VII, CF
· COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL
Para criar novos impostos ainda não previstos na CF (art. 154, I, CF) e para criar novas contribuições para o financiamento da seguridade social (art. 195, §4º, CF)
Portanto, temos 4 matérias reservadas a edição de LC, são elas:
- Normas gerais (conceitos, regulamentações e definições);
- Empréstimo Compulsório;
- IGF
- Exercício de competência residual. 
2) ATOS DO PODER EXECUTIVO	
Por ato do Poder Executivo, pode-se entender ser um Decreto, Portaria, Instrução Normativa, Regulamento. Deve-se ler como ato infralegal, ou seja, abaixo da lei.
· Por ato do Poder Executivo pode-se:
. Mexer no Imposto de Importação;
. Mexer no Imposto de Exportação;
. Mexer no Imposto sobre Operações Financeiras;
. Mexer no Imposto sobre Produtos Industrializados.
OBS: O II, IE, IOF e IPI podem ter apenas as alíquotas alteradas por atos do PE, pois tem cunho extrafiscal regulatório de mercado, com previsão no art. 153, §1º, CF.
Significa dizer que tem cunho extrafiscal pois, além de arrecadar dinheiro, tem o objetivo de intervir no domínio econômico, controle de mercado, estímulo ou desestímulo do consumo e produtos.
· Combustível:
Ainda, quando ao combustível, temos a CIDE (Contribuição de intervenção no domínio econômico) e o ICMS sobre o combustível.
Cide Combustível se encontra no art. 177, §4º, I, “b”, CF.
O ICMS sobre o combustível se encontra no art. 155, §4º, IV, “c”, CF.
Diz os artigos que, em ambos os casos, pode-se mexer apenas na alíquota por um ato do Poder Executivo, pois também tem função extrafiscal. 
A alíquota de ambos pode ser, por decreto, reduzida e reestabelecida. 
· Ainda por ato do Poder Executivo, pode ser feita a atualização da base de cálculo de um tributo, visto que não se trata de uma majoração, trata-se apenas da correção da perda do valor aquisitivo da moeda.
Se essa atualização estiver acima do índice oficial de correção monetária, será considerada uma majoração, necessariamente dependendo de LO, conforme Súmula 160, STJ.
· Ainda, por atos do Poder Executivo, pode-se criar obrigações tributárias acessórias.
São aquelas obrigações de fazer ou não fazer, ação ou omissão, ex: nota fiscal.
3) POR EDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA – ART. 62, CF
Diante de quesitos de urgência e relevância, pode ser editada Medida Provisória.
Como regra, onde temos as LO’s, pode-se substitui-la por Lei Delegada e Medida Provisória, pois as LO’s são fungíveis, substituíveis umas pelas outras.
Se a medida provisória for convertida no prazo de 60 + 60, essa será convertida em Lei Ordinária.
Contudo, a Lei Complementar é dita com infungível, ou seja, não dá para substituir uma LC por Lei Delegada, Medida Provisória ou qualquer outra.
Como uma Medida Provisória pode substituir uma LO, é perfeitamente possível que uma Medida Provisória institua, majore um tributo – Art. 62, §2º, CF.
Se o tributo for instituído ou majorado por MP, ele somente produzirá efeitos no 1º dia do exercício seguinte, ou seja, 1º de janeiro do próximo ano, e ainda, somente se a MP for convertida em lei até o último dia do exercício anterior (31/12)
Resumo do Princípio da Legalidade:
Como regra, em direito tributário, os institutos são legislados por meio de Lei Ordinária – art. 150,I, CF + art. 97, CTN.
* Existem 04 matérias reservadas a edição de lei Complementar:
- Normais gerais;
- Empréstimo compulsório;
- Imposto sobre grandes fortunas;
- Exercício da competência residual.
Nessas 04 matérias de LC, não cabe Medida Provisória em nenhuma hipótese, medida provisória só pode legislar em matéria de LO.
Portanto, MP pode instituir, criar tributo, majorar, desde que seja um tributo reservado a edição de LO.
Atos do Poder Executivo (ex: Decreto).
II, IE, IPI, IOF – apenas esses podem ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo pois tem função extrafiscal, regulatória de mercado – art. 153, §1º, CF.
Sobre o combustível temos a CIDE (art. 177, §4º, II, “a”, CF) e o ICMS sobre combustível (art. 155, §4º, IV, “c”, CF). Nesses artigos, diz que na CIDE e no ICMS combustível pode mexer apenas na alíquota por ato do Poder Executivo para reduzir e reestabelecer (voltar ao que inicialmente tinha sido fixado) pois também tem caráter extrafiscal, regulatório de mercado.
Ainda, por ato do Poder Executivo, pode-se ter a atualização da base de cálculo de um tributo, pois trata-se de uma mera correção do poder aquisitivo da moeda, e não uma majoração.
· As obrigações acessórias podem ser criadas por todo conjunto da legislação tributária, inclusive ato do Poder Executivo.
Art. 24, CF – É competência legislativa concorrente, entre União, Estados e DF I – Direito Tributário.
Competência Legislativa Concorrente (Art. 24, I, CF/88)
§1º: No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
· União limita-se a estabelecer normas gerais em matérias de competência legislativa concorrente.
§2º: A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
· Estados e DF podem fazer normas gerais, desde que não contrarie as normais gerais editadas pela União.
Sobre §§ 1º e 2º: 
· Ex: ICMS – por mais que seja um imposto estadual, a União tem competência para criar as normais gerais sobre tal imposto, e o fez, com o nome de Lei Kandir, criou-se a Lei Complementar nº 87/96 para dispor sobre normas gerais do ICMS.
· O fato de a União ter feito a LC 87/96, não exclui a competência suplementar dos Estados e DF para fazer outras normas gerais sobre o ICMS, desde que não contrarie a LC 87/96. 
§3º: Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Ex: Não existe ainda hoje no Brasil uma norma geral aprovada pelo Congresso Nacional que disponha sobre IPVA. É um tipo de imposto que os Estados e DF exercem a edição de normas gerais de forma plena.
§4º: A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
· Serão SUSPENSAS no que for contrário as normas gerais estabelecidas pela União.
Esquema sobre revogação de Normas:
	MATERIAL
	FORMAL
	LEI
	REVOGAR/SUSPENDER
	Trata-se da essência da matéria. A CF exige matéria de LO.
	Aprova o tema com procedimento Legislativo de LO.
	Com o procedimento legislativo de LO, passa-se a ter uma LO materialmente e formalmente constitucional.
	LO pode revogar. LD pode revogar.
MP apenas suspende, não revoga.
LC meramente formal pode revogar LO, desde que ela seja uma LC meramente formal e a matéria é de LO.
	Agora a CF pede matéria de LO
	Aprova com status de Lei Delegada
	Essa LD será materialmente e formalmente constitucional – como regra LO, LD e MP são fungíveis entre si.
	LO pode revogar essa LD.
LD pode revogar LD
MP pode suspender a LD
LC meramente formal pode revogar LD.
	A CF está pedindo LO
	Aprova com forma de MP.
	Essa MP será uma MP materialmente e formalmente constitucional, assim como acima.
	LO pode revogar MP
LD pode revogar MP
MP pode suspender a MP
LC meramente formal pode revogar MP.
	A CF está pedindo matéria de LO
	Aprova com quórum de LC.
	LC formalmente constitucional, mas não tem matéria de LC. A matéria continua sendo de LO e não tem problema.
	LO pode revogar essa LC, desde que essa LC seja uma LC meramente formal, mas a matéria continua sendo de LO.
LD pode revogar essa LC
MP pode suspender essa LC
LC pode revogar
	CF pede matéria de LC
- Normas gerais
- Emprest. Compuls.
- IGF
- Ex. Comp. residual
	Aprovou com quórum de LC
	Temos LC material e formalmente constitucional
	Neste caso, LC pode revogar LC
	CF pede matéria de LC
	Aprova com procedimento de LO
	É uma Lei inconstitucional
	LO não pode revogar LC materialmente constitucional
	CF pede matéria de LC
	Aprova por LD
	É uma Lei inconstitucional
	LD não pode revogar LC materialmente constitucional
	CF pede matéria de LC
	Edita por MP
	É uma MP inconstitucional
	MP não suspende LC materialmente constitucional.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 	ANUAL
 NONAGESIMAL/NOVENTENA
Na relação jurídica, os princípios da anterioridade anual e anterioridade nonagesimal, se encontram na hipótese de incidência, assim como a legalidade.
Significa dizer que o fisco (U, E, DF e M), só pode cobrar tributos no 1º dia do exercício seguinte à data da publicação da lei que o instituiu o majorou (01/01 de tal ano) – Princípio da anterioridade anual – Art. 150, III, “b”, CF/88.
Pelo princípio da anterioridade nonagesimal – art. 150, III, “c”, CF/88, o fisco só pode cobrar tributos após 90 dias da data da publicação da lei que o instituiu ou majorou, pois o contribuinte não pode ser pego de surpresa (princípio da vedação a surpresa do contribuinte).
Exceções:
· Art. 150, §1º, CF/88 – II, IE, IOF, GUERRA, CALAMIDADE, IPI, IR, BASE DE CÁLCULO DO IPVA E IPTU;
· Art. 195, §6º, CF/88 – Contribuição para a seguridade social;
· Art. 177, §4º, I, “b”, CF/88 – CIDE Combustíveis;
· Art. 155, §4º, IV, “c”, CF/88 – ICMS sobre Combustíveis.
	II – IE – IOF e tudo que fale sobre GUERRA e Calamidade pública são exceções aos princípios da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal -> Podem ser cobrados de imediato.
	EXCEÇÕES DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL.
	EXCEÇÕES DO PRINCÍPIO NONAGESIMAL.
	- IPI
- Contribuição para a seguridade social
- CIDE Combustível
 - ICMS sobre Combustível
 Obs: Devem respeitar os 90 dias – anterioridade nonagesimal.
	 - Imposto de Renda
 - Base de Cálculo do IPVA e IPTU
Obs: Devem respeitar a anterioridade anual
REGRA DOS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE ANUAL E NONAGESIMAL:
a) Empréstimo compulsório de relevante interesse nacional;
- Quem cria é a União, por meio de LC.
b) Alíquota IPVA
- Competência estadual.
Obs: o fato gerador do IPVA, IPTU e ITR são fatos geradores anuais, ou seja, somente há incidência 1x ao ano, no dia 01/01 de cada ano. Ou seja, se houver a incidência da anterioridade nonagesimal e puder ser cobrado apenas após a data de 01/01 de determinado ano, obrigatoriamente será cobrado apenas no outro ano, a lei não retroage a fato gerador passado, conforme princípio da irretroatividade.
c) ITBI / ITCMD
ITBI = Municipal / DF
ITCMD = Estadual / DF
Ambos são regras do princípio da anterioridade anual e nonagesimal, devem esperar 01/01 do próximo ano ou 90 dias da data da publicação da lei que o instituiu ou majorou.
Reduzindo a alíquota do ITBI, não é necessário observar os princípios, visto que é favorável ao contribuinte. 
O princípio da anterioridade anual ou nonagesimal se aplica na instituição ou majoração do tributo.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE – Art. 150, III, “a”, CF/88
· Aplica-se a lei que está em vigência na data da ocorrência do fato gerador.
· O lançamento constitui o crédito e o crédito decorre da obrigação que decorre do fato gerador. Ou seja, no caso de vigência de uma nova lei entre o fato gerador e o lançamento, aplicar-se-á a primeira (revogada) pela lei posterior, pois aplica-se ao a lei vigente na data da ocorrência do fato gerador. 
Art. 144, CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Portanto, o que se deve descobrirpara resolver o problema é a lei do fato gerador.
A lei não retroage (ok)
A lei nunca vai retroagir (falso)
A lei pode retroagir (ok)
· A lei retroage para beneficiar o contribuinte e apenas nos casos previstos em lei.
Art. 106, CTN. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
· Inciso I - Lei interpretativa: A lei interpretativa não cria e não inova. Vai apenas explicar, regular, conceituar, definir algo que já foi previamente criado.
É a mesma coisa que normas gerais, ou seja, criada por LC.
Obs – Art. 144, §1º, CTN. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. (Também é uma lei interpretativa, uma vez que apenas aumenta os poderes de investigação e fiscalização).
          I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
· Inciso II – Ato não definitivamente julgado: Ou seja, processo em curso, ainda não ocorreu o trânsito em julgado, quando: 
Alínea a - quando a lei deixar de definir o ato como infração, ou seja, deixou de ser tributo ou deixou de ter a alíquota;
Alínea b - quando a lei extinguir uma obrigação acessória;
Alínea c - quando a lei reduzir a pena. (multa).
Obs: para retroagir, a alíquota deve ser extinta. Se apenas diminuir, não retroage. 
Na alínea “c”, a redução só retroage em relação à multa.
        II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
Está ligado a essencialidade do produto.
O IPI e o ICMS são os dois impostos que trabalham a seletividade entre si.
Obs: O IPI deve ser obrigatoriamente ser seletivo – Art. 153, §3º, CF/88
Obs2: O ICMS pode ser seletivo – Art. 155, §2º, III, CF/88. No ICMS pode ter um adicional de até 2% sobre produtos supérfluos.
Quanto mais essencial o produto for para a subsistência humana, mais baixo será o valor da alíquota do IPI e ICMS para estimular o consumo do produto essencial.
PRINCÍPIO DA PROGRESSIVIDADE
Progressividade é uma variação/aumento na alíquota do imposto (ex: IR).
Temos 04 impostos e 01 contribuição progressivos, são eles:
- Contribuição para o custeio do regime previdenciário do servidor federal, estadual, distrital e municipal – Art. 149, §1º, CF/88. A EC 103/19 trouxe a previsão de estipulação de alíquotas progressivas sobre essa contribuição previdenciária do servidor estadual, distrital e municipal, conforme a capacidade de contribuição de tal servidor.
- Imposto de Renda – Tem a previsão expressa de progressividade no Art. 153, §2º, CF/88 e é progressivo também pelo princípio da capacidade econômica, previsto no art. 145, §1º, CF/88.
Art. 145, §1º, CF/88. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
- Imposto de transmissão causa mortis e doação (ITCMD) – É progressivo de acordo com julgamento do STF, que disse que é constitucional a estipulação de alíquotas progressivas de ITCMD pelo princípio da capacidade econômica, também com previsão no art. 145, §1º, CF/88.
Obs: o imposto de transmissão de bens imóveis inter vivos (ITBI) não pode ser progressivo em hipótese alguma.
Súmula 656, STF – É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel.
O ITBI é um imposto proporcional. Imposto proporcional é quando a alíquota é fixa e a variação acontece na base de cálculo.
- Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) – O ITR é progressivo pelo cumprimento ou não da função social da área rural – Art. 153, §4º, CF/88.
A alíquota será inversamente proporcional ao grau de utilização da terra, como forma de desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
- Imposto predial e territorial urbano (IPTU) – O IPTU pode ser progressivo pelo cumprimento ou não da função social – Art. 182, §4º, CF/88.
Ou, pode ser progressivo pelo valor do imóvel, de acordo com o art. 156, §1º, CF/88.
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE ECONÔMICA E PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Capacidade econômica – Art. 145, §1º, CF/88 - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Capacidade econômica é apenas para o IMPOSTO.
Capacidade contributiva – STF em julgamento do pleno criou o princípio da capacidade contributiva que analisa o total da carga tributária, e disse que, o total da carga tributária não pode ser tão alta que seja capaz de retirar o mínimo que se precisa para viver dignamente. 
A capacidade leva em consideração todos os tributos, não apenas os impostos.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO DE BENS E DIREITOS DOS PARTICULARES – ART. 150, IV, CF/88
Art. 150, CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
Apesar do inciso IV dizer apenas em tributos, o STF estendeu às multas punitivas e moratórias. Ou seja, não se pode utilizar tributo e multas com efeito de confisco.
· Multas punitivas: até 100%
· Multas moratórias: até 20%
Acima disso, é considerado confisco.
Dentro do confisco, temos algumas derivações.
· Art. 150, V, CF/88 - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
Ou seja, não se pode tributar o direito de liberdade, direito de ir, vir e permanecer não pode ser tributado sob pena de confisco, com exceção da cobrança de pedágio.
· O fisco não pode apreender mercadoria e nem interditar um estabelecimento como forma de obrigar o pagamento de um tributo – trata-se de derivação do confisco.
Súmula 70, STF – É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo. 
Súmula 323, STF – É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos.
Obs: na importação, a mercadoria somente será liberada mediante a apresentação da guia de pagamento. Ou seja, não se aplica a súmula 323, STF para o caso da importação.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA/IGUALDADE – ART. 150, II, CF/88
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Obs: Art. 151, CF/88. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimentosocioeconômico entre as diferentes regiões do País;
O art. 151, I, CF/88 nos traz o princípio da uniformidade geográfica.
PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
Esse princípio gera o fenômeno da repercussão tributária.
Não cumulatividade significa compensação dos débitos com os créditos de ICMS/IPI.
Repercussão tributária significa transferência da carga tributária no preço do produto.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Conceito: É uma delimitação negativa da competência.
Quando se tem uma imunidade em tributário, nada vai acontecer, pois alguns são imunizados de pagar impostos.
O poder de tributar dos entes sofrem limitações ao poder de tributar, limitações essas feitas pelos princípios e pelas imunidades.
Portanto, as imunidades também são limitações do poder de tributar do Estado.
Por isso, explica-se o conceito acima, a CF delimita de forma negativo (não deixa o ente competente cobrar tributos) de determinada pessoa, entidade, etc.
Obs: Imunidade é diferente de Isenção.
Imunidades: são criadas somente pelo texto constitucional. São matérias de cláusula pétrea, uma vez que se enquadram nos direitos e garantias individuais do contribuinte.
Na imunidade a relação jurídica não chega a ser iniciada, ou seja, não há hipótese de incidência, não há fato gerador, obrigação, lançamento, crédito, ou seja, nada vai acontecer.
Obs: mesmo imune, deve cumprir com todas as obrigações acessórias – Art. 14, III, CTN. Deve manter a escrituração de todos os livros contábeis da empresa.
Interpretação: as imunidades podem ser interpretadas de diversas maneiras. O STF gosta de adotar a interpretação extensiva, por ser benéfica ao contribuinte.
Isenção: a isenção é uma causa de exclusão do crédito tributário.
Cria-se isenção por Lei Ordinária, pois é uma causa de exclusão do crédito, previsto no art. 175, CTN.
Na isenção, há a hipótese de incidência, há o fato gerador, há a obrigação tributária, mas é uma cláusula de exclusão do crédito tributário, ou seja, não haverá o lançamento. 
Obs: Mesmo isento, deve-se cumprir com todas as obrigações acessórias – Art. 175, § único, CTN.
Interpretação: as isenções somente podem ser interpretadas de acordo com a legislação, de forma literal – Art. 111, CTN.
Erros no texto da Constituição:
Art. 184, CF/88, § 5º. São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Trata-se da desapropriação de imóveis rurais que não cumprem a função social. A União tem exclusividade para desapropriar imóveis rurais por interesse social, por descumprimento da função social e destinar para a reforma agrária, com indenização em títulos da dívida agrária, resgatáveis em até 20 anos.
Os tributos que recaem sobre os bens são propter rem, ou seja, friamente, a União ao desapropriar deveria arcar com os tributos devidos pelo bem.
Contudo a União não arcará com tais tributos, visto que tem imunidade recíproca de impostos sobre patrimônio, renda e serviços.
Mas, o §5º do art. 184 da CF, em seu texto, diz que são ISENTAS, o que não é correto. Não é uma causa de isenção e sim uma causa de imunidade.
Art. 195, §7º, CF - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Da mesma forma, o §7º traz a palavra isenção. Mas é uma causa de imunidade, e não 
isenção.
· ESPÉCIES DE IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
· IMUNIDADE RECÍPROCA: Inicialmente foi criada para a Administração Pública direta.
Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:       
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Essa imunidade se refere apenas ao imposto sobre o patrimônio, renda e serviços.
Ou seja, paga: Taxa, contribuição de melhoria, imposto de importação, imposto de exportação, imposto sobre produtos industrializados, ICMS*.
Obs: Os quatro entes federativos somente terão imunidade sobre o ICMS no que diga respeito ao serviço e se estiverem na qualidade de prestadores desse serviço.
	- Imunidades para Administração Pública indireta:
· Autarquias e fundações:
A autarquia é pessoa jurídica de direito público que exerce função típica de Estado.
As fundações podem ser públicas por regime público ou podem ser públicas por um regime privado.
Aplica-se aqui o princípio da isonomia, ou seja, por exercerem e ajudarem função do Estado, aplica-se imunidades às autarquias e fundações.
Art. 150, §2º, CF/88. A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
· Empresas públicas e Sociedades de economia mista:
As empresas públicas e as Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado. 
Como regra, empresas públicas e sociedades de economia mista são criadas para explorar atividade econômica.
Portanto, aqui não se aplica o princípio da isonomia, visto que concorrem com o particular.
Art. 150, §3º, CF/88. As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
Exceção: Se excepcionalmente a empresa pública e a sociedade de economia mista forem prestadoras de serviço público, terão a mesma imunidade concedida à administração pública direta, desde que não tenham ações negociadas na bolsa de valores. ex: correio, infraero, metrô.
- Sobre os fundos de programas habitacionais geridos pela CEF, o STF decidiu que aquilo que ela pega de volta quanto aos imóveis estará imune ao IPTU.
- Existem os delegatários de serviços públicos, aqueles que cobram preços públicos (tarifas), por meio de concessões, permissões e autorizações. Apesar de prestarem serviços públicos, por cobrar tarifas, não estão imunes, exploram serviço público por sua conta e risco, previsto também no art. 150, §3º, CF/88.
· IMUNIDADE SOBRE TEMPLOS DE QUALQUER CULTO: O Estado é laico. A imunidade sobre templos de qualquer culto abrange qualquer religião.
Art. 150, VI, “b”.
Obs: templo de qualquer culto tem imunidade apenas sobre impostos sobre patrimônio, renda e serviço.
Deve-se observar que, para se ter essa imunidade, devem pegar todo o dinheiro auferido e façam a reversão do dinheiro na finalidade da instituição.
SV 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
Súmula 724, STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
Obs: A súmula 724, STF foi superada pela SV 52, que tem redação ligeiramente mais ampla. 
· IMUNIDADE SOBRE:
· Partido Político:
- Possui imunidade apenas de imposto sobre patrimônio, renda e serviços, desde que todo dinheiro auferido seja revertido na finalidade da instituição.
· Sindicato dos Empregados:
- Possui imunidade apenas de imposto sobre patrimônio, renda e serviços desde que todo dinheiro auferido seja revertido na finalidade da instituição.
Obs: O sindicato aqui é do empregado, obreiro, não do empregador.
· Entidades de Educação:
- Possui imunidade apenas de imposto sobre patrimônio, renda e serviços desde que todo dinheiro auferido seja revertido na finalidade da instituição.
Não é qualquer entidade de educação, devem ser instituições sem fins lucrativos.
Para ser enquadrada como instituição sem fins de lucro, necessita-sede requerimento ou de comprovação dos requisitos (reverter o dinheiro na finalidade da instituição)
Súmula 612, STJ – O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade.
Ou seja, de acordo com a súmula 612, STJ, a qualquer momento que a entidade comprovar que reverteu o dinheiro na finalidade da instituição, a imunidade será reconhecida e irá retroagir – efeitos ex tunc.
· Entidades de Assistência Social:
Também tem imunidade de impostos sobre patrimônio, renda e serviço.
Contudo, além da imunidade sobre tais impostos, também adquiriu imunidade de contribuições para a seguridade social patronais.
Art. 195, CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
Trata-se da Contribuição sobre a folha de salário.
b) a receita ou o faturamento;
Trata-se da contribuição sobre o COFINS.	
c) o lucro;
Trata-se da contribuição social sobre o lucro líquido.
§ 7º. São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Súmula 730, STF – A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.
Ou seja, fechada quer dizer que é aquela que não admite a entrada de qualquer pessoa, e que não houver contribuição do beneficiário, ou seja a empresa está custeando integralmente a previdência privada fechada para seu funcionário, em contrapartida, terá imunidade de contribuição para a seguridade patronal.
· IMUNIDADE OBJETIVA:
Se subdivide em imunidade de imprensa/livros e imunidade musical.
· Imprensa/livros: Art. 150, VI, “d”, CF/88. livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
Súmula 657, STF – A imunidade prevista no art. 150, VI, “d”, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
Obs: trata-se de imunidade quanto apenas a impostos, impostos esses incidentes sobre o papel e filmes fotográficos destinado a elaboração de livros, jornais e periódicos.
Há dois julgamentos do STF ainda que entram os álbuns de figurinhas e revista em quadrinhos (gibis), que entram dentro de periódicos e também são imunes aos impostos.
Obs: Reforma tributária 2020: A primeira parte da reforma tributária visa instituir uma contribuição chamada CBS (Contribuição sobre bens e serviços).
Dentro dessa proposta de reforma tributária, visa-se criar uma alíquota de 12% de CBS sobre os livros.
Voltando a imunidade, foi criada essa imunidade para os livros físicos. Contudo, na era digital em que nos encontramos, estendeu-se a imunidade aos livros digitais.
Além do livro digital, tem-se também o livro eletrônico (ebook), que tem imunidades de impostos desde maio de 2017 em julgamento do pleno do STF.
Em meio a pandemia, o STF editou a SV 57: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da CF/88 aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (ebook) e dos suportes exclusivamente utilizados para fixa-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias.
· Imunidade musical – Art. 150, VI, “e”, CF/88: fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
A alínea “e” mencionada anteriormente foi introduzida por EC, incidente sobre CDs, DVDs, de cunho musical, desde que tenha sido produzido por brasileiro, ou que tenha qualquer participação de brasileiro e deve-se ter a cultura brasileira.
A imunidade se aplica apenas em 1ª mídia, e se aplica apenas a imunidade sobre impostos.
· IMUNIDADE DE ITBI:
Há imunidade de ITBI para integralizar, aumentar o capital social, fundir e incorporar uma empresa na outra, conforme art. 156, §2º, I, CF/88.
Ex: A quer abrir uma empresa, e o capital deve ser integralizado. Sabe-se que pode integralizar o capital social com bens. A transmissão do bem da pessoa física para a pessoa jurídica com o fim de integralização do capital social não sofrerá incidência do ITBI, visto que, para esse fim, há a imunidade.
· Integralizar 
· Aumentar
· Fusão
· Incorporar
 	Art. 156, CF/88. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
§ 2º. O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
	Exceção: não haverá a imunidade, conforme a parte final do inciso I acima, bem como o art. 37 do CTN, se a finalidade principal da empresa (+ de 50% do faturamento da empresa, numa análise dos últimos 2 anos), for feito de venda, compra e locação de bens.
· IMUNIDADE DE ITR SOBRE PEQUENAS GLEBAS RURAIS:
O conceito de pequena gleba está na Lei nº 9.393/96.
Para ter a imunidade, deve ser a única propriedade do proprietário.
Art. 153, § 4º. O imposto previsto no inciso VI do caput
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; 
· IMUNIDADE PARA EXPORTAÇÃO:
Deve-se pagar o IE, IR, mas haverá imunidade sobre:
- ICMS – Art. 155, §2º, X, “a”, CF/88
- IPI – Art. 153, §3º, CF/88
- CIDE – Art. 149, §2º, I, CF/88
· IMUNIDADE SOBRE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO:
Ocorre a imunidade quanto ao ICMS.
Os serviços de comunicação:
-aberto, gratuito, é imune ao ICMS - Art. 155, §2º, X, “d”, CF/88.
Obs: Incidirá o ICMS sobre o serviço de comunicação fechado, pago (SKY, NET, GVT), conforme art. 2º, da Lei Complementar nº 87/96.
CONCEITO DE TRIBUTO
Art. 3º, CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
· Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir:
- Deve ser em dinheiro, ou cujo valor nela se possa exprimir.
- Não se pode quitar tributos mediante prestação de serviços;
- Também não se paga com prestações in natura/bens. Neste caso, haverá a execução do crédito, haverá a penhora do bem (que será uma garantia para o fisco) ... após isso, se ainda não tiver sido pago o crédito tributário, o bem irá para hasta pública/leilão, e com o dinheiro arrematado se paga o tributo.
Art. 156, CTN. Extinguem o crédito tributário:
XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 
Aqui, dá o bem imóvel em substituição da dívida, o imóvel vai a leilão, e com o dinheiro arrematado o tributo é quitado.
· Instituída por lei:
Ou seja, como regra, depende de lei em sentido formal. Trata-se do princípio da legalidade.
· Atividade plenamente vinculada e compulsória:
Não há a faculdade de pagar o tributo. É compulsório, há a obrigação de pagar o tributo.
· Não seja sanção de ato ilícito:Tributo não tem caráter de sanção.
São as multas, penas que tem caráter de sanção.
Obs: temos o princípio do non olet (princípio da pecúnia non olet), ou seja, o tributo não tem cheiro. O direito tributário não quer saber de onde vem o dinheiro, se de fins lícitos ou ilícitos. Toda atividade será tributada.
Ou seja, a única coisa que importa para o direito tributário é a ocorrência do fato gerador.
Art. 43, CTN - O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
§ 1o. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. 
Ainda:
Art. 118, CTN. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
       	 I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
Ou seja, o direito tributário ignora a validade jurídica do ato.
Ainda:
Art. 126, CTN. A capacidade tributária passiva independe:
       	 I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
Ou seja, a única coisa que importa para o direito tributário é a ocorrência do fato gerador. 
A ocorrência do fato gerador é o que vai definir a natureza jurídica dos tributos – Art. 4º, CTN.
Art. 4º, CTN. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
       	 I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
        	II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
É a mesma competência que se estuda em direito administrativo.
Competência são atribuições legais destinadas ao cargo público que por ventura alguém venha a exercer.
Existem 2 princípios dentro do conceito de competência.
- Princípio da legalidade (legais); Em direito tributário o adm. público faz apenas o que está na lei. Não havendo legislação, quer dizer que não houve atribuição de competência para determinado ato. O adm. público/fisco, só pode cobrar tributos com expressa previsão em lei.
- Princípio da impessoalidade (cargo público): a palavra cargo público está ligada ao princípio da impessoalidade, visto que a competência não é da pessoa física investida no cargo. A competência é do cargo público, independentemente da pessoa que esteja inserida naquele cargo.
· Características da competência:
· A competência é imprescritível: Não se perde por decurso de prazo (Ex: Imposto sobre Grandes Fortunas).
· A competência é inderrogável/irrenunciável: O Estado não pode renunciar a algo que não lhe pertence. O titular do poder é o povo.
Ainda, o não exercício da competência não a transfere a outra pessoa jurídica de direito público.
· A competência é indelegável: não se delega competência.
Ainda, só legisla quem detém competência... (lembrar do direito administrativo: não se delega: ato normativo, decisões de recursos administrativos e as competências exclusivas).
Capacidade e cometimento é a delegação do exercício das funções de fiscalizar e arrecadar. Não se delega a competência.
 
	
	COMPETÊNCIA
	CAPACIDADE
	COMETIMENTO
	COMO?
	A competência é atribuída pela Constituição.
	Pode ser atribuída pela CF ou por Lei.
	Pode ser atribuído por lei ou mero ato administrativo.
	QUEM?
	Vai distribuir e centralizar as competências nos 4 entes federativos.
	Capacidade é atribuída para pessoa jurídica de direito público (4 entes, autarquias e fundações)
	Cometimento é só para pessoa jurídica de direito privado.
	FUNÇÕES?
	Se tem competência, pode:
- Legislar
- Fiscalizar
-Arrecadar
	Se tem capacidade, pode:
- Fiscalizar;
-Arrecadar;
-NÃO pode legislar.
	Se tem cometimento, pode:
- Arrecadar - Apenas
O quadro acima é trabalhado pelos arts. 6º, 7º e 8º do CTN.
Ex1: A CF, no art. 153, VI, CF atribuiu à União competência para legislar sobre o Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR). Só legisla quem tem competência. Ou seja, a União pode legislar, fiscalizar e pode arrecadar determinado tributo.
Contudo, no art. 157, CF, diz que: de tudo que União arrecadar com o ITR, no mínimo 50% do valor arrecadado será repassado aos Municípios.
Se o Município optar em fiscalizar e arrecadar, o ITR será repassado em 100% ao Município. A opção é feita pelo próprio Município.
Portanto, nesse caso, o Município tem capacidade tributária, pois competência não pode ser delegada. O Município jamais poderá legislar sobre ITR, podendo apenas fiscalizar e arrecadar o tributo.
Ex2: Bancos. Paga-se tributos nos bancos pois esses têm cometimento. Trata-se de mera função arrecadatória.
Existe uma lei que atribui aos bancos PJ de direito privado a função de arrecadar.
· Espécies de competência tributária:
· Competência privativa/exclusiva: é aquela competência dada a um único ente federativo.
a) Impostos: Os impostos são de competência privativa/exclusiva, dada a um único ente federativo. Temos os impostos:
- Federais: Art. 153, CF.
I. II
II. IE
III. IR
IV. IPI
V. IOF
VI. ITR
VII. IGF
Ainda, o art. 154, CF nos traz mais dois impostos federais:
I. Imposto residual
II. Imposto extraordinário de guerra
O único ente federativo com competência para cobrar os impostos é da União, apenas.
- Estaduais/DF: Art. 155, CF.
I. ITCMD
II. ICMS
III. IPVA
- Municipais/DF: Art. 156, CF.
I. IPTU
II. ITBI
III. ISS
b) Empréstimo Compulsório: Além dos impostos que são de competência privativa/exclusiva, temos também os empréstimos compulsórios.
Somente a União pode criar empréstimo compulsório, por meio de Lei Complementar.
c) Contribuições sociais: Art. 149, CF.
98% das contribuições sociais, como regra, são de competência exclusiva da União, salvo:
1. As contribuições para financiar o regime previdenciário do servidor. Art. 149, §1, CF/88.
Se federal = União. 
Se estadual = Estadual. 
Se distrital = DF. 
Se municipal = Município.
2. Contribuição social para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP). Apenas Município e DF podem criar COSIP, podendo ser cobrado em conjunto com a fatura de consumo de energia elétrica – Art. 149 – A, CF/88.
As demais são da União, são elas:
- Anuidade de conselhos (ex: OAB);
- CIDE – Art. 149, §2º, CF/88
- Salário educação – Art. 212, §5º, CF/88 e Súmula 732, STF.
- Seguridade Social – patronais.
- Residuais;
· Competência comum: é aquela dada aos 4 entes federativos, são elas:
- Taxas: pelo exercício do poder de polícia (fiscalização) ou pela prestação de um serviço público.
- Contribuições de melhoria: por obra pública que gere valorização do imóvel particular.
· Competência cumulativa: é aquela que soma. Ex: o DF soma a competência estadual e municipal. Abrange os dois. Art. 147, CF.
· Impostos em territórios federais: Art. 147, CF. É um território da União. Quando se cria um território, esse território pode ou não ser dividido em Municípios (não há estado). 
Com a criação de territórios federais, os impostos federais continuam a ser pagos para a União
Os impostos estaduais passam a ser pagos para a União, pois a figura do estado desapareceu.
Se o território não tem município, os impostos municipais passam a ser pagos para a União.
Se o território federal tem município, os impostos municipais são pagos aos municípios.
· Competência residual: Se subdivide em competência residual:
Legislativa: a competência legislativa residual (direito constitucional) é da seguinte maneira: Se a competência para legislar não for expressa da União (União só legisla quando estiver expresso – arts. 22 e 24, CF) e se a competência não for expressa dos Municípios (art. 30, CF), sobra em direito constitucional (residual)para os Estados – Art. 25, §1º, CF.
Tributária: a competência tributária residual acontece da seguinte forma: se a competência para criar e cobrar tributos não for expressa dos Estados (art. 155, CF) e se não for expressa dos Municípios (art. 156, CF), em tributário, a competência legislativa residual é pertencente à União, por Lei Complementar.
Competência tributária residual: serve para criar novos impostos ainda não previstos na CF, ou para criar novas Contribuições para financiamento da seguridade social.
- Novos impostos: Art. 154, I, CF 
*Competência: União
*Legalidade: Por meio de Lei Complementar
*Deve: observar o princípio da anterioridade anual e nonagesimal.
*Deve: ser não cumulativo, ou seja, não soma, significa compensação... irá compensar os débitos com os créditos.
*Não pode: ter fato gerador ou base de cálculo idêntico ao de um imposto que já exista, sob pena de bis in idem.
- Novas contribuições: Art. 195, §4º, CF
A seguridade social é composta pela saúde, assistência e previdência social.
	*Competência: União
	*Legalidade: Por meio de Lei complementar; 
Obs: No art. 195, §4º da CF está escrito que “A lei poderá instituir...” ... quando se fala em “A lei”, pensa-se que se trata de Lei Ordinária. Contudo, de acordo com o STF, as contribuições para a seguridade devem ser criadas por meio de LC.
*Não precisa: respeitar a anterioridade anual, mas precisará respeitar a anterioridade nonagesimal (já visto, reler). 
*Deve: ser não cumulativo, ou seja, não soma, significa compensação.
*Não pode: ter fato gerador ou base de cálculo idêntica a de outra contribuição para a seguridade social.
Obs: 
· Bis in idem – não pode:
· Imposto x imposto com fato gerador de base de cálculo idêntico;
· Imposto x taxa com fato gerador de base de cálculo idêntico;
· Taxa x taxa com fato gerador de base de cálculo idêntico;
· Contribuição x contribuição com fato gerador de base de cálculo idêntico.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
O empréstimo compulsório é uma das cinco espécies tributárias.
Súmula 418, STF – O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita a exigência constitucional da previa autorização orçamentária. (Não tem mais aplicabilidade perante a CF/88 – é anterior a CF e não foi recepcionada).
*Competência: União.
*Legalidade: Por meio de Lei Complementar.
*Fato gerador: existem três situações que autorizam a ocorrência do fato gerador:
	- Guerra / iminência de guerra;
	- Calamidade pública;
	- Investimento público de relevante interesse nacional. (Art. 148, II, CF/88. Obedece a anterioridade anual e nonagesimal.
*MP não pode legislar em matéria de LC.
*Não precisa: esperar a anterioridade anual e nem a nonagesimal (art. 150, §1º, CF/88), com exceção do investimento público de relevante interesse nacional.
Obs: Quando a União cria o Empréstimo Compulsório, ela deverá usar para aquele fim. Tem fato gerador vinculado à despesa que lhe deu causa.
Das cinco espécies tributárias, quatro tem fato gerador vinculado.
*Término: com o término do fato gerador do Empréstimo Compulsório, abre-se para a União o prazo máximo de 05 anos para devolver tudo que foi arrecadado ao longo de todo o tempo da instituição do tributo.
O Empréstimo Compulsório tem cláusula de restituição integral.
Obs2: Quando a restituição não acontece, o sujeito passivo (contribuinte) deve ajuizar ação de repetição de indébito, visando a restituição dos valores.
Quando se fala em restituição, o nome da ação é repetição de indébito. (Art. 165 ao 169, CTN - Fundamento arts. 165 e 168, CTN).
O prazo para ingressar com a ação de repetição de indébito são de 5 anos a contar da data da extinção do crédito tributário.
A extinção do crédito, de acordo com o art. 3º da LC nº 118/05: Para efeito de interpretação do inciso I, do art. 168 do CTN, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o §10 do art. 150 da referida lei.
Ou seja, quando o lançamento se dá por homologação, a extinção do crédito ocorrerá logo após o pagamento antecipado, começando a correr o prazo dará a interposição da ação a partir dali.
Nos demais casos, a extinção do crédito se dá com o pagamento do tributo.
Súmula 553, STJ – Nos casos de empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, é competente a Justiça Estadual para julgamento de demanda proposta exclusivamente contra a Eletrobrás. Requerida a intervenção da União no feito após a prolação de sentença pelo juízo estadual, os autos devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal competente para o julgamento da apelação se deferida a intervenção.
IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA
- Art. 154, II, CF/88 e Art. 76, CTN.
Art. 154, CF/88. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Art. 76, CTN. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz.
*Competência: União.
*Legalidade: Por meio de Lei Ordinária.
*Não precisa: esperar a anterioridade anual e nem a nonagesimal, ou seja, pode ser cobrado de imediato (art. 150, §1º, CF/88).
*Término: com o término do fato gerador, a União tem o prazo máximo de 05 anos para suprimir gradualmente o IEG.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
Uma das cinco espécies tributárias (art. 145, III, CF/88 e art. 81 e 82 do CTN).
Art. 145, CF/88.  União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
*Competência: É comum aos quatro entes federativos. Cobra o tributo o autor da obra pública, município, estado, DF ou União.
*Legalidade: Lei Ordinária.
*Deve: respeitar a anterioridade anual e nonagesimal.
*Fato gerador: o fato gerador da contribuição de melhoria, é a obra pública que gere valorização do imóvel particular. Deve-se ter a soma desses dois fatos.
Obs: se a obra pública gerar uma desvalorização no imóvel no imóvel, terá direito a indenização.
Obs2: para cobrar a contribuição de melhoria, deve-se ter um procedimento administrativo prévio, que começa com a publicação de um edital prévia a obra, mediante Lei Ordinária. 
Nesse edital, deve-se ter o:
- Limite total: trata-se do custo total da obra.
- Limite individual: valorização individual que cada imóvel valorizou. O somatório que os imóveis tiveram de valorização individual não pode ultrapassar o limite total do custo da obra.
Do dia da data da publicação do edital, abre-se prazo de impugnação de 30 dias para dizer que não concorda com a avaliação de valorização feita pela Administração Pública. Essa impugnação ocorre em vias administrativas, mas pode ser feita a sua judicialização.
Na prática, o melhor é ir direto ao judiciário.
TAXAS
As taxas se dão pelo exercício do poder de polícia ou pela prestação de serviço público específica e divisível, por uma utilização efetiva ou potencial.
*Competência: Podem ser cobradas pelos quatro entes, a depender de quem exercer a atividade fato gerador da taxa.
*Legalidade: são criadas por meio de Lei Ordinária
*Deve: obedecer a anterioridade anual, bem como a nonagesimal.
*Fato gerador da taxa: a taxa tem dois fatos geradores:
a) O exercício do poder de polícia – Art. 145, II, CF/88 e art. 78, CTN: é o poder dado ao Estado de fiscalização.
STF. De acordo com a Corte, esse poder de polícia para ser constitucional deve ser efetivo, e para ser considerada efetiva, basta a mera existência do órgão de fiscalização. 
b) Prestação de um serviço público – Art. 145, II, CF/88 E ART. 79, CTN:
IMPOSTOS EM ESPÉCIE
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
Imposto de Importação – art. 153, I e §1º CF/88 e art. 19, CTN
	Competência: União;
	Legalidade: cria, extingue,isenta, mexe na B. de Cálculo por meio de Lei Ordinária. Se quiser mexer na alíquota, essa mudança pode ser feita por Decreto – art. 153, §1º, CF/88.
	Função: extrafiscal regulatória de mercado, ou seja, o objetivo principal é controlar o mercado, estimular ou desestimular o consumo de produtos, intervir no domínio econômico.
	Não precisa: respeitar o princípio da anterioridade anual ou nonagesimal, ou seja, pode ser criado de imediato – art. 150, § 1º, CF/88.
	Fato gerador: Art. 19, CTN. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.
Ainda, o fato gerador, além do art. 19, é somado ao quesito da entrada do desembaraço aduaneiro, que significa que, tramita um processo administrativo na aduana (portas de entrada e saída do país) para averiguar se essa mercadoria cumpre todas as normas da legislação brasileira, de qualquer área.
		Contribuinte: Art. 22, CTN. Contribuinte do imposto é:
       	 I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
       	 II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
		Alíquotas: Art. 21, CTN. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
		Base de cálculo: Art. 20, CTN.  A base de cálculo do imposto é: (valor do bem ou operação)
        I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
        II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
        III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
		Lançamento: lançado por homologação, art. 150, CTN, ou seja, paga de maneira antecipada sem prévio exame da autoridade administrativa, e depois presta informações do que já foi pago ou deveria ter pagado.
	Obs: O art. 21 foi parcialmente recepcionado pela CF/88, não podendo mais alterar a base de cálculo por decreto do Poder Executivo, sendo apenas as alíquotas.
Imposto de Exportação – art. 153, II e §1º CF/88 e art. 23, CTN
Competência: União;
	Legalidade: cria, extingue, isenta, mexe na B. de Cálculo por meio de Lei Ordinária. Se quiser mexer na alíquota, essa mudança pode ser feita por Decreto – art. 153, §1º, CF/88.
	Função: extrafiscal regulatória de mercado, ou seja, o objetivo principal é controlar o mercado, estimular ou desestimular o consumo de produtos, intervir no domínio econômico.
	Não precisa: respeitar o princípio da anterioridade anual ou nonagesimal, ou seja, pode ser criado de imediato – art. 150, § 1º, CF/88.
	Fato gerador: Art. 23, CTN. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.
Ainda, o fato gerador, além do art. 23, é somado ao quesito da saída do desembaraço aduaneiro, que significa que, tramita um processo administrativo na aduana (portas de entrada e saída do país) para averiguar se essa mercadoria cumpre todas as normas da legislação brasileira, de qualquer área.
	Contribuinte: Art. 27, CTN. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
	Alíquotas: Art. 26, CTN.  O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Obs: O art. 26 foi parcialmente recepcionado pela CF/88, não podendo mais alterar a base de cálculo por decreto do Poder Executivo, sendo apenas as alíquotas.
	Base de cálculo: Art. 24, CTN. A base de cálculo do imposto é:
        I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
        II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
        Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.
		Lançamento: lançado por homologação, art. 150, CTN, ou seja, paga de maneira antecipada sem prévio exame da autoridade administrativa, e depois presta informações do que já foi pago ou deveria ter pagado.
Imposto de renda – art. 153, III e § 2º CF/88 e art. 43, CTN.
		Competência: União.
	Súmula 447, STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto retido na fonte proposta por seus servidores.
	Ou seja, 100% do que for arrecadado de imposto de renda retido na fonte do servidor será repassado para o respectivo Estado, DF ou Município, não tendo a União nenhuma participação desses valores.
	Se for descontado indevidamente o IR do servidor, ele terá direito de pedir restituição pela ação de repetição de indébito, visando a restituição do valor pago indevidamente. Esse valor restituído sairá dos cofres ou do Estado, DF ou Município, conforme súmula 447, STJ.
		Legalidade: Se quiser criar, extinguir, mexer na alíquota, base de cálculo, isentar, anistiar o IR, deve-se fazer por Lei Ordinária.
	Lei nº 7.713/88, art. 6º, XIV e XXI.
	Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas:
XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma;
XXI - os valores recebidos a título de pensão quando o beneficiário desse rendimento for portador das doenças relacionadas no inciso XIV deste artigo, exceto as decorrentes de moléstia profissional, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após a concessão da pensão.
Obs: o rol de doenças acima é taxativos.
Súmula 598, STJ – É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do Imposto de Renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova.
Súmula 627, STJ – O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.
Ou seja, de acordo com a Súmula 627, mesmo que o cidadão esteja aparentemente curado, em período de recidiva, ele continua com direito à manutenção do benefício.
	Função: tem função meramente fiscal, arrecadatória.
	Deve: respeitar o princípio da anterioridade anual, mas não precisa esperar 90 dias da data da publicação da lei que o instituiu ou majorou – art. 150, §1º, CF/88. O fato gerador do IR acontece no dia 01/01 de cada ano.
	Fato gerador: é a renda e proventos de qualquer natureza.
Art. 43, CTN. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
 I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
        	II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
	§ 1o A incidência do imposto independe da

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