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AULAS DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7º Semestre 
 
PROF: ADRIANO 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. CONCEITO DE TRIBUTO 6 
2. HISTÓRIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO 6 
3. FATO GERADOR E ALÍQUOTA 7 
4. CLASSIFICAÇÃO DO TRIBUTO 7 
4.1 VINCULADO E NÃO VINCULADO 7 
4.2 DIRETO E INDIRETO 7 
4.3 FIXO E PROPORCIONAL 8 
4.4 PROGRESSIVO E REGRESSIVO 8 
4.5 CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO 8 
5. FUNÇÕES DO TRIBUTO 8 
5.1 FISCAL 8 
5.2 EXTRAJUDICIAL 9 
5.3 PARAFISCAL 9 
6. ECONOMIA E CIÊNCIA POLÍTICA 9 
7. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 9 
7.1 IMPOSTO 9 
7.2 TAXAS 10 
7.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 11 
7.4 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 11 
7.5 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / SOCIAIS 12 
7.5.1 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 13 
7.5.2 CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS 13 
7.5.3 CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - 
CIDE 14 
7.5.4 CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
COSIP OU CIP (ART. 149-A, CF). 14 
8. TEORIAS TRIBUTÁRIAS 15 
8.1 TRIPARTITE 15 
8.2 PENTAPERTITE 15 
9. QUADRO EXPLICATIVO 16 
10. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 17 
10.1 CARACTERÍSTICA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 17 
10.1.1 INDELEGABILIDADE 17 
1 
10.1.2 FACULTATIVIDADE 17 
10.1.3 INCADUCABILIDADE 18 
10.1.4 INALTERABILIDADE 18 
10.1.5 IRRENUNCIABILIDADE 18 
10.2 CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIA 19 
10.2.1 COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 19 
10.2.2 COMPETÊNCIA COMUM 19 
10.2.3 COMPETÊNCIA RESIDUAL 19 
10.2.3 COMPETÊNCIA PRIVATIVA 20 
10.2.4 COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA 20 
10.2.5 COMPETÊNCIA CUMULATIVA 21 
10.3 COMPETÊNCIAS 21 
10.3.1 IMPOSTOS 21 
10.3.1.1 UNIÃO 21 
10.3.1.2 ESTADO 22 
10.3.1.3 MUNICÍPIO 22 
10.3.2 TAXAS 23 
10.3.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 23 
10.3.4 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 23 
10.3.5 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 23 
11. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 24 
11.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 24 
11.2 PRINCÍPIO DA ISONOMIA 26 
11.3 PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 26 
11.4 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE 27 
11.5 PRINCÍPIO DO NON OLET 28 
11.6 PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO CONFISCO 28 
11.7 PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA 29 
11.8 PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO 30 
11.9 PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE 30 
11.10 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 31 
11.10.1 ANUAL 31 
11.10.2 NONAGESIMAL 32 
11.11 IMUNIDADES 33 
11.11.1 IMUNIDADE 33 
11.11.2 ISENÇÃO 33 
11.11.3 NÃO INCIDÊNCIA 34 
11.2. CARACTERÍSTICAS IMUNIDADE 34 
11.3. ESPÉCIES DE IMUNIDADES GENÉRICAS 34 
11.3.1 IMUNIDADE RECÍPROCA 34 
2 
11.3.2 IMUNIDADE DE TEMPLOS E CULTOS 36 
11.3.3 IMUNIDADE DE PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES SINDICAIS, 
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
36 
11.3.3.1 PARTIDOS POLÍTICOS 37 
11.3.3.2 ENTIDADES SINDICAIS 37 
11.3.3.4INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO 37 
11.3.3.5 ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 38 
11.4 IMUNIDADE DE LIVROS E JORNAIS PERIÓDICOS (IMUNIDADE DE 
IMPRENSA) 38 
11.5 IMUNIDADE MUSICAL (CULTURAL) 39 
11.4 TIPOS DE IMUNIDADES 39 
11.4.1 SUBJETIVA 39 
11.4.2 OBJETIVA 40 
11.5 IMUNIDADES ESPECÍFICAS 40 
11.6 EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 41 
12. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 42 
12.1 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA X FATO GERADOR 42 
12.2 LINHA DO TEMPO TRIBUTÁRIA SIMPLIFICADA 43 
12.3 REGRA MATRIZ DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 44 
12.3.1 TIPOS DE ELEMENTOS DA MATRIZ: 44 
12.3.1.1 ANTECEDENTES 44 
12.3.1.2 CONSEQUENTES 45 
12.4 FATO GERADOR 46 
12.4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS GERADORES 46 
12.4.1.1 INSTANTÂNEO 46 
12.4.1.2 CONTINUADO 47 
12.4.1.3 PERIÓDICO 47 
12.4.2 VINCULADO / NÃO VINCULADO 47 
12.4.3 SUBSUNÇÃO TRIBUTÁRIA 47 
12.5. EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 48 
13. NORMAS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 49 
13.1 LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 49 
13.1.1 LEI 50 
13.1.2 TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 50 
13.1.3 DECRETOS 51 
13.1.4 NORMAS COMPLEMENTARES 51 
13.2 VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 52 
13.3 INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 53 
3 
14. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 54 
14.1 CAPACIDADE TRIBUTÁRIA 54 
14.2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 54 
14.2.1 PRINCIPAL E ACESSÓRIA 54 
14.2.2 FATO GERADOR DAS OBRIGAÇÕES PRINCIPAL E ACESSÓRIA 55 
14.2.2.1 PRINCIPAL 55 
14.2.2.2 ACESSÓRIA 56 
14.3 NORMA GERAL ANTIELISÃO 57 
14.3.1 ELISÃO 57 
14.3.2 EVASÃO 57 
14.3.3 ELUSÃO (ELISÃO INEFICAZ) 58 
14.4 SUJEITO ATIVO E O SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 58 
14.4.1 SUJEITO ATIVO 58 
14.4.2 SUJEITO PASSIVO 59 
14.5 SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA 60 
14.6 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO 61 
14.7. EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 62 
15. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 65 
15.1 INTRODUÇÃO 65 
15.2 RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES 65 
15.3 RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO POR BENS MÓVEIS 66 
15.4 RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO CAUSA MORTIS 67 
15.5 RESPONSABILIDADE POR MUTAÇÕES EMPRESARIAIS 67 
15.6 RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO POR FUNDO DE COMÉRCIO 68 
15.7 RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS 70 
15.7.1 RESPONSABILIDADE GERAL 70 
15.7.2 RESPONSABILIDADE PESSOAL 71 
15.8 EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 72 
15.9 REVISÃO 74 
15.9.1 RESPONSABILIDADE 75 
15.9.1.1 PESSOAL 75 
15.9.1.2 SOLIDÁRIO 76 
15.9.1.3 SUBSIDIARIAMENTE 76 
15.9.2 CLASSIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE 77 
15.9.2.1 SUCESSÃO 77 
15.9.2.1.1 RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO IMOBILIÁRIA 77 
15.9.2.1.2 RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO DE BENS 
MÓVEIS E SUCESSÃO CAUSA MORTIS 78 
4 
15.9.2.1.3 RESPONSABILIDADE POR MUTAÇÕES EMPRESARIAIS 
78 
15.9.2.1.4 RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO POR FUNDO DE 
COMÉRCIO 78 
15.9.2.2 TERCEIROS 79 
15.9.2.2.1 RESPONSABILIDADE GERAL 79 
15.9.2.2.2 RESPONSABILIDADE PESSOAL 79 
15.10 TRANSFERÊNCIA X SUBSTITUIÇÃO 80 
15.10.1 TRANSFERÊNCIA TRIBUTÁRIA 80 
15.10.2 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 80 
15.10.2.1 PARA TRÁS (OU REGRESSIVA) 81 
15.10.2.2 PARA FRENTE (OU PROGRESSIVA) 82 
15.11 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR INFRAÇÕES 84 
15.12 EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 85 
16. CRÉDITO TRIBUTÁRIO - LANÇAMENTO 86 
16.1 INTRODUÇÃO 86 
16.2 ASPECTOS TEMPORAIS 88 
16.3 ALTERAÇÃO DE LANÇAMENTO 89 
16.4 MODALIDADES DE LANÇAMENTO 89 
16.4.1 DIRETO (DE OFÍCIO OU EX OFFICIO) 90 
16.4.2 MISTO (POR DECLARAÇÃO) 91 
16.4.3 POR HOMOLOGAÇÃO (AUTOLANÇAMENTO) 91 
16.5 EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 92 
17. CRÉDITO TRIBUTÁRIO - SUSPENSÃO, EXCLUSÃO E EXTINÇÃO 95 
17.1 INTRODUÇÃO 95 
17.2 SUSPENSÃO 96 
17.3 EXCLUSÃO 97 
17.3.1 ISENÇÃO 98 
Conceito: instituto desonerativo de tributo por questões sócio-políticas. 98 
17.3.2 ANISTIA 99 
17.3.3 EXTINÇÃO 99 
17.4 EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 102 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 Aula 13/02 
1. CONCEITO DE TRIBUTO 
 
O conceito de tributo está no artigo 3º do CTN: 
 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda 
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de 
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 
Os elementos são: 
 
- Pecuniário; 
- Compulsório; 
- Não constitui sanção de ato ilícito;- Instituído em prol da lei; 
- Cobrança plenamente vinculada a lei 
 
2. HISTÓRIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Na Grécia antiga o tributo era voluntário e não compulsório 
 
- Pecuniário = Dinheiro 
- Compulsório = Obrigatório 
- Não constitui sanção de ato ilícito = é diferente de multa 
- Instituído em prol da lei = Só é cobrado com previsão legal 
- Cobrança plenamente vinculada a lei = tem processo legal para a execução 
 
 
6 
3. FATO GERADOR E ALÍQUOTA 
 
Fato gerador é a situação que desencadeia uma obrigação de pagar um 
tributo e/ou prestar uma obrigação acessória. 
 
Alíquota é a porcentagem prevista na Lei que deve ser incidir no imposto. 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DO TRIBUTO 
4.1 VINCULADO E NÃO VINCULADO 
 
Vinculado: O fato gerador é ligado ao estado (estado que criou o imposto) 
 
Não Vinculado: O fato gerador é vinculado a pessoa pelas escolhas. 
 
4.2 DIRETO E INDIRETO 
 
Direto: Quando a pessoa causa o fato gerador. 
 
Indireto: Quando o responsável pelo fato gerador paga (Exemplo IPI), nós 
pagamos o imposto da empresa na compra o bem (consumo); 
 
 
Aula 20/02 
4.3 FIXO E PROPORCIONAL 
 
Fixo: É um tributo que tem o valor igual para todos e este valor não se altera. 
 
7 
Proporcional: Neste a alíquota será igual para todos, mas o valor será 
proporcional ao tamanho do bem; 
 
4.4 PROGRESSIVO E REGRESSIVO 
 
Progressivo: Conforme o crescimento do valor do bem e patrimônio, o valor 
da alíquota também será maior. 
 
Regressivo: Incide apenas sobre imposto de renda (sobre renda fixa), quanto 
mais tempo o dinheiro fica investido, menos será o tributo. 
 
4.5 CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO 
 
Cumulativo Mesmo que seja o mesmo serviço o imposto será cobrado (cobra 
no valor total). 
 
Não cumulativo: Cobra apenas em cima do lucro. 
 
5. FUNÇÕES DO TRIBUTO 
5.1 FISCAL 
 
Serve para arrecadar dinheiro do estado; 
5.2 EXTRAJUDICIAL 
 
Pode fomentar a economia (baixar ou aumentar impostos). 
 
8 
5.3 PARAFISCAL 
 
Esse é colhido e garantido pelo estado, porém não passa pelo estado 
(Exemplo: Contribuição sindical). 
6. ECONOMIA E CIÊNCIA POLÍTICA 
 
Quando está em crescimento os impostos devem ser aumentados ou 
baixados. 
 
2009 ( Lula) - 7,5% de crescimento 
2012 (Dilma) - 0,9% de crescimento. 
 
 
Aula 27/02 
 
7. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
7.1 IMPOSTO 
 
O conceito de imposto está no artigo 16 do CTN: 
 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte. 
 
O imposto é considerado unilateral, pois é espécie de tributo não vinculado, 
ou seja, não há contraprestação específica por parte do Estado. 
 
O imposto é criado através de Lei ordinária. 
 
9 
7.2 TAXAS 
 
O conceito de taxa está no artigo 77 do CTN 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador 
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em 
função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 
1967) 
 
São tributos vinculados (existe a contraprestação específica do Estado), ou 
seja, é Bilateral/ sinalagmático e possuem dois fatos geradores: 
 
a) Regular exercício do poder de polícia: é o poder que tem o Estado de 
adentrar a área do particular para fazer cumprir o interesse público. Ex: 
fiscalização; 
 
b) Prestação de Serviços Públicos específicos E divisíveis , potenciais OU 
efetivos (Taxa de serviço): serviços específicos são aqueles identificáveis (a 
pessoa sabe qual serviço está recebendo).Divisíveis são os serviços em que 
é possível a identificação do usuário (quem utiliza o serviço). 
 
Efetivos são aqueles usufruídos pela pessoa e potenciais são os de 
prestação compulsória, por isso ainda que a pessoa não os utilize deverá pagar a 
taxa correspondente. 
 
As taxas também são criadas através de Lei ordinária. 
 
10 
Importante ressaltar que não se confunde taxa com tarifa, visto que a tarifa é 
um preço público que não é feita por lei ordinária, mas sim por contrato 
administrativo e é facultativo. 
 
7.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
 
O conceito está no artigo 81 do CTN: 
 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de 
suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de 
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como 
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo 
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
É tributo vinculado que tem como fato gerador a valorização imobiliária 
decorrente de obra pública. Funda-se no princípio da proibição de enriquecimento 
sem causa. 
 
Possui dois limites: 
 
a) geral ou global: custo total da obra. (Estado só pode cobrar o limite na obra total, 
por exemplo, se o estado cobra um valor x para 10 moradores de um prédio e se 
esse valor total exceder de o valor da obra, o estado deverá a se limitar a cobrar 
apenas o limite.). 
 
b) individual: o quanto cada imóvel valorizou (“valor da valorização”). 
 
7.4 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
 
O conceito está no artigo 148 da CF: 
 
11 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de 
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou 
sua instituição. 
 
Empréstimo Compulsório: é tributo de competência exclusiva da União e 
somente pode ser instituído por Lei Complementar . 
 
O empréstimo compulsório é tributo de receita vinculada, de maneira quetudo o que for arrecadado deve ser aplicado na despesa que fundamentou sua 
instituição. Portanto, se o empréstimo compulsório foi instituído para atender a 
despesas de guerra, tudo o que for arrecadado deve ser destinado à satisfação das 
despesas com a guerra. Não pode haver tredestinação. Na lei complementar que for 
criada para instituir tal imposto, deverá conter, o fato gerador, forma de devolução, 
pois o Estado precisa devolver, e por fim o prazo de devolução. 
 
7.5 CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / SOCIAIS 
 
Trata-se de um tributo parafiscal, ou seja, não irá para os cofres públicos, 
sendo assim não “engorda” o caixa do Estado. 
 
O conceito está no artigo 149 da CF: 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, 
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
 
Regra geral, são de competência da União, porém, há duas exceções: 
 
12 
a) contribuições previdenciárias: de competência dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios (art. 149, § 1º, CF); 
 
b) COSIP: de competência dos Municípios e do Distrito Federal (art. 149-A, 
CF). 
 
As contribuições especiais são divididas em 4 categorias: 
 
7.5.1 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
 
 visam financiar as atividades do Estado na área social. Subdivide-se em: 
 
· Contribuição para a seguridade social: financia os serviços de saúde, 
previdência e assistência social; 
 
· Outras contribuições: competência residual da União (art. 195, § 4º, CF); 
 
· Contribuições sociais gerais: prestam-se a financiar os serviços públicos em 
outros setores sociais não abrangidos pela seguridade social. 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o 
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
 
 
7.5.2 CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS 
 
Têm natureza parafiscal, posto que instituídas em benefício de categorias 
profissionais ou econômicas. (exemplo CRM). 
13 
 
Importante: anuidade da OAB NÃO é tributo. 
 
7.5.3 CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE 
 
Possui função extrafiscal, porquanto estimula o setor econômico por 
meio da transferência de recursos. 
 
- CIDE Combustível: A cada 1 litro, R$0,10 centavos é para o governo a 
fim de melhorar estradas, etc; 
- CIDE da marinha Mercante AFRMM: Produtos transportados por 
navio, a cide serve para a manutenção do porto. (AFRMM = Adicional 
ao frete renovação de marinha mercante); 
- CIDE importações: Tudo que compramos fora do Brasil; 
- CIDE contribuição ao desenvolvimento do cinema CONDCINE: 
Qualquer ingresso de cinema incide na cide. 
 
7.5.4 CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA COSIP OU 
CIP (ART. 149-A, CF). 
 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do 
serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e 
III. 
 Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a 
que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. 
 
 
 
 
14 
8. TEORIAS TRIBUTÁRIAS 
8.1 TRIPARTITE 
 
O art. 5º do CTN informa que “os tributos são impostos, taxas e contribuições 
de melhoria”. É o que a doutrina denomina de teoria tripartite ou tripartida dos 
tributos. 
 
Não é a teoria aceita pelo Supremo Tribunal Federal – STF - e pela melhor 
doutrina. 
 
É considerado correto a seguinte afirmação para fins de prova: “De acordo 
com o Código Tributário Nacional, o Brasil possui apenas três tributos, a saber: 
impostos, taxas e contribuições de melhoria”. 
 
8.2 PENTAPERTITE 
 
De acordo com a melhor doutrina e o STF, no Brasil existem cinco de tipos de 
tributos, a saber: a) impostos; b) taxas; c) contribuições de melhoria; d) empréstimos 
Compulsórios; e) contribuições especiais. É o que se chama de teoria pentapartida, 
pentapartite ou quinquipartite dos tributos. 
 
É a teoria aceita pelo Supremo Tribunal Federal - STF e pela CF. 
 
Há outras teorias de classificação dos tributos, mas que são de menor 
importância para a finalidade da obra (passar no exame da OAB) 
 
 
 
15 
9. QUADRO EXPLICATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Aula 05/03 
 
10. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
A competência tributária é a aptidão constitucional para criar, constituir, 
majorar ou isentar tributo, já a capacidade tributária ativa é a aptidão de arrecadar, 
fiscalizar, cobrar e até executar. 
 
10.1 CARACTERÍSTICA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
10.1.1 INDELEGABILIDADE 
 
Trata-se a indelegabilidade de importante característica da competência 
tributária, vez que é vedado ao ente político outorgar a competência que lhe é 
conferida constitucionalmente, a outro ente, para que este institua tributos. 
 
Mesmo estanque, sua delegação não é permitida, vedação que está contida 
no artigo 7º do Código Tributário Nacional: 
 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, 
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos 
termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. 
 
Sendo assim, é intransferível. 
 
10.1.2 FACULTATIVIDADE 
 
De regra, os titulares das competências tributárias, conquanto não possam 
delegá-las ou renunciá-las, não são obrigados a exercitá-las. Trata-se aqui de uma 
17 
opção política a ser tomada pelas pessoas competentes, que podem instituir ou não 
os tributos pertencentes às suas respectivas faixas impositivas. Vale dizer, o 
exercício das competências tributárias sujeita-se a juízo de conveniência e 
oportunidade de seus titulares. 
 
10.1.3 INCADUCABILIDADE 
 
Segundo o artigo 8 do CTN, se o ente designado pela CF não fizer os outros 
não podem fazer (exemplo se a união for designada o Estado não poderá fazer), o 
direito de criar um imposto não caduca,um exemplode competência ainda não 
exercida, a previsão constitucional para a instituição de impostos sobre grandes 
fortunas (art. 153, VII da CF). 
 
 O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa 
jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a 
tenha atribuído. 
 
10.1.4 INALTERABILIDADE 
 
Tributos não podem ser alterados infraconstitucionalmente, só pode 
constitucionalmente, ou seja, competência tributária é de trato exclusivo da 
Constituição. 
 
10.1.5 IRRENUNCIABILIDADE 
 
A competência não poderá ser renunciada uma vez que dado o poder. 
 
 
 
18 
10.2 CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIA 
 
10.2.1 COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
 
É apenas competência da União 
 
10.2.2 COMPETÊNCIA COMUM 
 
Diz respeito às taxas e contribuições de melhoria, que podem ser instituídas 
e cobradas por qualquer ente político. 
 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
 
10.2.3 COMPETÊNCIA RESIDUAL 
 
De acordo com o artigo 154, inciso I e 195, §4º. 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo 
anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I. 
 
19 
 
 
Competência pertence apenas a União. A União poderá instituir por meio de 
lei complementar impostos residuais, isto é, outros que não sejam de sua 
competência, desde que não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados na Constituição. Como também é de 
competência da União criar outras contribuições sociais não previstas na 
Constituição Federal. Neste caso, as contribuições sociais residuais não poderão 
adotar fato gerador e base de cálculo de contribuições sociais já existentes. 
 
10.2.3 COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
 
A competência tributária é privativa do ente que a recebeu da Constituição, 
assim os entes criam seus impostos, desta forma temos impostos federais, 
estaduais e municipais. 
 
10.2.4 COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA 
 
É a competência que pertence somente a União, sendo o empréstimo 
compulsório e o imposto extraordinário de guerra, este poderá adotar o mesmo fato 
gerador e base de cálculo dos impostos já existentes. 
 
O empréstimo compulsório está descrito no artigo 148 da Constituição 
Federal, é aquele que poderá ser instituído pela União, mediante lei complementar 
para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência e também no caso de investimento público de 
caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
 
20 
Já o imposto extraordinário de guerra está disciplinado no artigo 154, inciso II 
da Constituição Federal, podendo ser instituído pela União na iminência ou no caso 
de guerra externa. 
 
10.2.5 COMPETÊNCIA CUMULATIVA 
 
A competência cumulativa é aquela que pertence apenas ao distrito federal, 
em que pode cumular a instituição de impostos estaduais e impostos municipais. 
 
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos 
estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem 
os impostos municipais. 
 
Ou seja, se tiver um território sem Estado, ou um Estado sem municipio, se 
cobra de forma cumulativa para a união. 
 
10.3 COMPETÊNCIAS 
 
10.3.1 IMPOSTOS 
 
São de competências da: 
 
10.3.1.1 UNIÃO 
- Impostos sobre Importação de produtos Estrangeiros (II): é a entrada do 
produto estrangeiro dentro território nacional; 
 
- Imposto de Renda (IR): Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
de renda como produto de capital; e de proventos de qualquer natureza; 
 
21 
- Imposto de Exportação (IE): Ato de exportar produtos nacionais ou 
nacionalizados para o exterior; 
 
- Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI): Efetuar operações envolvendo 
produtos industrializados; 
 
- Imposto Sobre A Propriedade Territorial Rural (ITR): Posse ou domínio útil de 
imóvel, no qual localiza-se fora da área urbana do município; 
 
- Imposto Sobre Operação Financeira (IOF): Realizar operação de crédito, 
câmbio e seguro; 
 
- Imposto sobre Grandes Fortunas 
 
10.3.1.2 ESTADO 
- Imposto Sobre Propriedade De Veículo Automotor (IPVA): Ser proprietário de 
veículo automotor; 
 
- Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis E Doação (ITCMD): A transmissão 
causa mortis de imóveis e doação de qualquer bem ou direito. 
 
- Imposto Sobre Circulação De Mercadoria E Prestação De Serviços (ICMS): 
Produto industrial ou comerciante, cuja habitualidade faça circular/traditar 
negócios e riquezas de mercancia. 
 
10.3.1.3 MUNICÍPIO 
- Imposto Sobre Transmissão De Bens Imóveis E De Direitos A Eles Relativos 
(ITBI): Transmissão inter vivos, a qualquer título por ato oneroso, de direitos 
sobre imóveis. 
 
22 
- Imposto Sobre Propriedade Predial E Territorial Urbana (IPTU): Ser 
proprietário, ter domínio útil ou a posse de bem imóvel. 
 
- Imposto Sobre Serviço De Qualquer Natureza (ISS):A prestação ou 
circulação de serviços. 
 
10.3.2 TAXAS 
 
Todos os entes podem criar taxas. 
 
10.3.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
 
Todos os entes. 
 
10.3.4 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
 
Apenas a união tem competência. 
 
10.3.5 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
 
Em regra apenas a união possuem a competência, porém há exceções como 
previsto nos artigos 149 § 1º e 149 A. 
 
Por isso é de competência privativa. 
 
Aula 12/03 
23 
11. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 
11.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
O princípioda Legalidade a norma em comento nada mais é, se não, uma 
norma explícita, estampada na própria Constituição, que assevera a maneira pela 
qual um tributo deve, necessariamente, ser instituído ou majorado 
 
O conceito está no artigo 150, I da CF e no artigo 97 do CTN: 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
(Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de 
efeito) 
§ 1º Os créditos determinados por este artigo serão efetuados em 
contas especiais, abertas automaticamente pelo Banco do Brasil 
S.A., em sua agência na Capital de cada Estado, no Distrito Federal 
e na sede de cada Município, ou, em sua falta na agência mais 
próxima. 
(Revogado) 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu 
sujeito passivo; 
(Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de 
efeito) 
§ 2º O cumprimento do disposto neste artigo será comunicado pelo 
Banco do Brasil S.A. ao Tribunal de Contas da União, 
discriminadamente, até o último dia útil do mês subseqüente. 
(Revogado) 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela 
definidas; 
(Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de 
efeito) 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 
 
Desta maneira, em regra, os tributos só podem ser criados e/ou majorados 
por meio de lei ordinária, salvadas as hipóteses que a própria Carta da República 
24 
determina quando o tributo é criado e/ou majorado por lei complementar 
(empréstimos compulsórios, aos impostos residuais da união e às contribuições 
sociais previstas no artigo 195, §4ª da Constituição Federal. 
 
Não só os tributos que devem ser criados e/ou majorados por lei ordinária, 
mas também suas penalidades, conforme determinada artigo 97, incisos V e VI 
primeira parte do Código Tributário Nacional, bem como as hipóteses de exclusão, 
suspensão e extinção de créditos tributários artigo 97, segunda parte do mesmo 
diploma legal. 
 
Além das exceções já citadas, há também a “exceção da exceção” , não irá 
precisar de Lei, quando: 
 
- O Poder executivo pode majorar alíquotas por meio de decretos/portarias e 
resoluções de impostos (função extrafiscal) : II, IE, IPI E IOF. 
 
- Executivo pode reduzir ou restabelecer por decreto: 
a) CIDE - Combustíveis (art 177 §, I, B) 
b) ICMS - Combustíveis (art 155 §4, I, C) 
 
Exemplo: ISS em 2010 era de 10%, já em 2011 passou a ser 8%, sendo 
assim de forma histórica em 2012 poderá ser 10%. 
 
- Executivo por meio de MP pode criar ou majorar tributos art 62 § 2º CF: 
a) Apenas sobre lei ordinária; 
b) MP convertida em Lei ordinária até o final do mesmo exercício 
fiscal/financeiro, caso a MP não vire LO, no próx. exercício não existirá. 
 
- Atualização monetária da base de cálculo pode ser feita por portaria ou 
decreto 
a) Art 97, §2º CTN 
b) Súmula 160 STJ 
25 
- Alteração da data de pagamento: 
a) Art 97 CTN (não tem lei, sendo assim qualquer um pode falar o prazo para 
pagar, pois não está dentro do elemento do art 97 CTN) 
 
11.2 PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
 
O Princípio da Isonomia Tributária é previsto na Constituição Federal em seu 
artigo 150, inciso II, conforme segue: 
 
“CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, 
títulos ou direitos;” 
 
 
Ou seja, todo mundo é igual para pagar imposto, aqui temos uma 
particularização do Princípio da Igualdade insculpido no artigo 5º, caput, da 
Constituição Federal, abaixo transcrito; 
 
“CF, art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes”: 
 
11.3 PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
 
Esse princípio diz que que todos são iguais conforme a sua capacidade, 
sendo assim, quanto mais você tem, mais você irá pagar. 
 
O objetivo da Administração é o de dar caráter pessoal aos impostos, de 
forma a conferir efetividade em graduar os impostos segundo a capacidade 
econômica do contribuinte. Assim previu o legislador constituinte: 
26 
 
“CF, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: (…) 
 
§ 1º – Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte.” 
 
Regra da capacidade contributiva se aplica, em princípio, ao impostos 
pessoais. Impostos Pessoais são aqueles em que a hipótese de incidência leva em 
consideração as características subjetivas do contribuinte, exemplificados pela lista 
que segue: IR, IPTU, ITR, IPVA E ITCMD. 
 
11.4 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE 
 
Ainda no artigo 150 da Constituição Federal temos a previsão da 
Irretroatividade como Princípio, na forma que segue: 
 
“CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência 
da lei que os houver instituído ou aumentado;” 
 
Este Princípio nada mais é do que um caso específicoda Irretroatividade 
genérica prevista na CF 5, XXXVI (a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada). 
 
Porém há exceção de acordo com o art 106 do CTN 
 
“CTN, art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, 
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados; 
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
27 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha 
implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática.” 
 
- Legislação interpretativa: Lei interpretativa; 
- Penalidade menos severa: benefício sem penalidade (multa e juros). 
Exemplo: parei de pagar IPVA por 5 anos, e aí é criada a lei tirando o IPVA, 
se o Estado não executou a obrigação e não transitou em julgado, posso 
pagar o que devo sem juros. 
 
11.5 PRINCÍPIO DO NON OLET 
 
A expressão que quer dizer o dinheiro não tem cheiro consiste em princípio 
de Direito Tributário. Significa que embora o tributo só decorra de atividade lícita, 
não quer dizer que atividade tida por ilícita não possa ser tributada. Barreirinhas 
(2006:30) exemplifica a hipótese do traficante que pratica atividade ilícita e com ela 
aufira renda, e, portanto está obrigado por lei a declarar a renda e pagar Imposto de 
Renda. 
 
Ocorre que auferir renda não é ilícito e sim a forma como ela é auferida. 
Portanto, quem auferir renda deverá pagar imposto de renda, tornando-se 
irrelevante para o surgimento da obrigação tributária a forma como tal renda foi 
auferida. 
 
- Art 18 CTN 
11.6 PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO CONFISCO 
 
 
Importante Princípio previsto na Constituição federal é o do Confisco, na 
forma que segue: 
28 
 
CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
IV – utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
Ou seja, não se pode usar como forma de punição. 
 
Um exemplo para esse princípio é uma empresa que paga impostos com 
alíquotas muito altas, e por esse motivo a mesma deixa de pagar e pede para o 
fisco a retirada da multa, alegando que o pgto da mesma poderá fazer a empresa 
quebrar. Sendo assim, seguindo a linha de pensamento desse princípio, poderá ser 
retirada a multa a fim de não punir a empresa e com consequência os funcionários 
da mesma. 
 
Há exceção para II, IE, IPI. 
 
11.7 PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA 
 
A Constituição Federal, em seu artigo 151, inciso I, previu tratamento 
tributário uniforme ao longo de todas as regiões contempladas pela atuação estatal. 
Segue abaixo a transcrição de tal Princípio: 
 
“CF, Art. 151. É vedado à União: 
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional 
ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio 
do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do 
País;” 
 
Como decorrência lógica do Princípio da Isonomia, não pode a União 
conceder privilégio s odiosos a determinados Entes federativos. Isso significa dizer 
que a República Federativa do Brasil prima pela igualdade entre seus Entes, sem 
distinção no trato tributário. 
29 
 
Sendo assim, a União não pode cobrar nenhum tipo de tributo de uma cidade 
para outra , exceto em casos de incentivo fiscal. 
 
11.8 PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO 
 
Princípio da Não limitação de tráfego, abaixo transcrito: 
 
“CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio 
de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança 
de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;” 
 
Sendo assim, o Estado não poderá limitar o seu direito, um exemplo para 
esse princípio pode ser, o não pagamento do IPVA por anos, mesmo pela falta dele 
o Estado não poderá proibir um indivíduo de comprar um carro. 
 
É ressalvada, entretanto, a existência de pedágios . E dessa forma, legítima é 
a cobrança para a utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Tais serviços, 
de competência dos Estados e da União, podem ser realizados tanto por ele 
mesmo, como por particulares delegados. 
 
11.9 PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE 
 
A não-cumulatividade é princípio constitucional e, ao mesmo tempo, técnica 
de cálculo do tributo devido. 
 
Essa técnica permite concretizar o princípio, que tem como pressuposto 
evitar a cumulação das contribuições sobre o faturamento dos contribuintes que 
operam ao longo de um ciclo econômico. 
30 
 
O princípio da não-cumulatividade, como limitador do poder de tributar, impõe 
que seja assegurado o direito ao crédito físico, isso que dizer creditar o tributo com 
base nos dispendidos com insumos e bens adquiridos para a revenda. Já os 
créditos financeiros, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não 
fazem parte do conteúdo mínimo deste princípio. 
 
- IPI, ICMS e RESIDUAIS 
 
11.10 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
 
Este princípio está contido no art. 150, III, “b”, da Constituição Federal. 
 
“Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios... 
III – cobrar tributos (...) 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou.” 
 
 
Compreendendo o preceito constitucional, depreende-se que os entes 
federais não poderão cobrar tributos, no mesmo ano em que a lei que instituiu esse 
tributo for publicada – chamado Princípio da Anterioridade Anual – e não poderão 
cobrar tributos sem que 90 (noventa) dias tenham passado da publicação da lei – 
Princípio da AnterioridadeNonagesimal. Os dois princípios são aplicados 
cumulativamente a todos os tributos, salvo exceções definidas pela própria 
Constituição. 
 
11.10.1 ANUAL 
 
31 
Segundo o inciso 3,b a cobrança não poderá ser feita no mesmo ano que a 
lei foi publicada, sendo assim passará a valer no ano seguinte, porém há exceção 
para: 
- Imposto de Importação; 
- Imposto de Exportação; 
- IPI; 
- IOF; 
- IEG; 
- Contribuição social; 
- Empréstimo Compulsório; 
- CIDE - Combustíveis; 
- ICMS 
 
11.10.2 NONAGESIMAL 
 
Também chamado de noventena, esse princípio determina que os entes 
cobrem o tributo somente depois de decorridos 90 dias da publicação da lei que o 
instituiu ou aumentou. 
 
Ex: se em 30 de dezembro de 2015 é publicada lei aumentando determinado 
tributo, pelo princípio da anterioridade do exercício financeiro seguinte, a cobrança 
poderia dar-se dois dias após (01/01/16). Logo, não se poderia falar em proteção ao 
contribuinte. Justamente por isso é que o princípio da anterioridade nonagesimal 
determina que se espere o prazo mínimo de 90 dias. 
 
Atenção! Ambos os princípios se complementam. 
 
EXCEÇÕES: 
- Imposto de Importação; 
- Imposto de Exportação; 
- IR (anual); 
32 
- IOF; 
- IEG (valerá na hora) 
- Empréstimo Compulsório para atender a despesas de guerra externa, sua 
iminência ou calamidade pública (art. 148, I, CF); 
 
Importante: 
 
- Quando um tributo é exceção aos dois princípios, sua cobrança pode ser 
imediata; 
- Já quando um tributo é exceção APENAS ao princípio da anterioridade do 
exercício financeiro seguinte, sua cobrança poderá dar-se no mesmo ano, 
desde que respeitado o prazo de 90 dias; 
- Por fim, se o tributo é exceção SOMENTE ao princípio da anterioridade 
nonagesimal, a cobrança deve ocorrer a partir do primeiro dia do exercício 
financeiro seguinte, ainda que isso ocorra em menos de 90 dias. 
 
Aula 19/03 
11.11 IMUNIDADES 
 
O conceito de imunidade tributária é que terá situações, no qual haverá 
afastamento do tributo, ou seja, alguém ou algo estarão protegidos do tributo. 
 
11.11.1 IMUNIDADE 
 
Fato que está na constituição , (ou seja, é constitucional) onde fala que não é 
obrigado pagar o tributo. 
 
11.11.2 ISENÇÃO 
 
33 
É quando o estado permite a isenção, por exemplo, O IPVA não é cobrado para 
pessoas com deficiências, são feitos com leis infraconstitucionais 
 
 
11.11.3 NÃO INCIDÊNCIA 
 
Quando o Estado recolhe que não há incidência, por exemplo, não se paga 
IPVA patinete. 
 
11.2. CARACTERÍSTICAS IMUNIDADE 
 
- É Constitucional 
- É Imutável, pois está na constituição 
- Exceção da regra de incidência constitucional 
- Observação aos princípios constitucionais: liberdade religiosa, liberdade 
política, princípio da isonomia (entre entes) 
 
11.3. ESPÉCIES DE IMUNIDADES GENÉRICAS 
 
art. 150, VI: instituir novos IMPOSTOS : 
 
11.3.1 IMUNIDADE RECÍPROCA 
 
- Princípio isonomia, um ente federativo não cobra de outro – 
IMPOSTOS); 
- Alinha “a”: patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
Atenção: Art. 150 §2º: autarquias (BACEN, USP, Conselhos Fiscalizadores) 
e fundações (IBGE, Funai). 
34 
 
É necessário seguir os requisitos: 
 
Para Fundações e Autarquias Requisitos: 
 
a) Cumpra finalidades essencialmente públicas; 
b) Instituída e mantida pelo poder público; 
c) Não cobre taxa ou tarifa (e se cobrar, não pode ter o intuito de lucrar); 
d) Não concorra com particulares; 
 
Para sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas: 
 
e) Não vise o lucro ; 
f) Atividade exercida em forma de monopólio; 
g) Atividade seja essencial ; 
 
Exemplos: Correios, Casa da Moeda, Infraero 
 
Cuidado!! ! 🡪 Correios possuem franquias – mas elas visam lucro, então a 
imunidade não se aplica. 
 
* Cartórios e Tabelionatos? – visão lucro!!! 
* OAB – SIM!!! Entidade sui gêneris (de seu próprio gênero/única) 
* Hospitais e Casas de Caridade – SIM!!! CASO NÃO VISEM LUCRO!!! 
 
- Aplicabilidade da Súmula Vinculante 52: “Ainda quando alugado a terceiros, 
permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas 
pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja 
aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.” 
 
35 
11.3.2 IMUNIDADE DE TEMPLOS E CULTOS 
 
Alinha “b”: templos de qualquer culto; 
 
- Preservar a liberdade religiosa, pois o Estado é laico; 
- Imunidade abrange seus anexos: imóveis utilizados para difusão ou 
manutenção da religião. Armazéns, casa do pastor, do rabino, desde que 
observada a proporcionalidade, não pode ser “pilantropia”, não pode visar 
lucro; 
- Não pode visar lucro; 
 
Aplicabilidade da Súmula Vinculante 52 – não pode visar lucro, só dinheiro 
para administração, propagação e investimentos na atividade religiosa. 
 
Questões: 
 
- Cemitérios: se for administrada por uma igreja, poderá utilizar a imunidade, 
porém caso seja privado não poderá; 
- Maçonaria: não é religião, é uma doutrina/filosofia de vida; 
- Culto Satânico: não, pois vai de ao desencontro a teologia do texto 
constitucional 
 
11.3.3 IMUNIDADE DE PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES SINDICAIS, 
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Alinha “c”: patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação 
e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
 
Requisitos: 
36 
 
- Não distribuir receita entre diretores; 
- Não enviar dinheiro para o exterior; 
- Cumprir com a escrituração contábil. 
 
Aplicabilidade da Súmula Vinculante 52 – não pode visar lucro, só dinheiro 
para administração, propagação e investimentos na atividade fim da pessoa jurídica. 
 
11.3.3.1 PARTIDOS POLÍTICOS 
 
Trata-se de atividade fundamental para a sustentação da nossa organização 
política, a democracia (S2), fomenta a difusão da liberdade política e a proteção do 
pluralismo partidário. Deixando de incentivar uma plutocracia (governo dos ricos). 
 
Requisitos: 
- Precisam estar registrados no TSE; 
- Não atentem contra os costumes. 
 
11.3.3.2 ENTIDADES SINDICAIS 
 
Proteção da liberdade sindical e proteção aos direitos dos trabalhadores, uma 
vez que sozinhos (entende-se)que os trabalhadores são mais fracos. 
 
11.3.3.4INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO 
 
Escolas, universidades, cursos de qualquer tipo (idiomas, cursos técnicos, 
culturais...), uma vez que SEM FINS LUCRATIVOS, poderão gozar a imunidade 
tributário para impostos. 
 
37 
11.3.3.5 ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Incentivar a filantropia (profundo amor à humanidade, desprendimento, 
generosidade para com outrem; caridade) . 
 
As Instituições educacionais e Entidades de Assistência Social, precisam ter 
seus lucros integralmente revertidos para sua atividade essencial. 
 
Observação: Art. 195, §7º, CF: São isentas de contribuição para a seguridade 
social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. 
 
11.4 IMUNIDADE DE LIVROS E JORNAIS PERIÓDICOS (IMUNIDADE DE 
IMPRENSA) 
 
Alinha “d”: livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
Difusão de cultura, livre manifestação do pensamento, acesso à informação. 
De QUALQUER TEMA!! – Manuais, apostilas, álbum de figurinha, jogos de RPG (de 
tabuleiro), anúncios e propagandas nos jornais e revistas, revistas pornográficas 
(problema doutrinário). 
 
Observação: 
 
Também é imune: polímeros, filmes de papéis fotográficos, CD-ROM e cópias 
de livros (quando legais) . 
 
Jurisprudência: abrange livros eletrônicos (e-books), aparelhos leitores de 
livros eletrônicos (e-readers) (Kindle, Kobo, Lev) e componentes eletrônicos 
destinados a integrar a unidade didática. 
 
38 
11.5 IMUNIDADE MUSICAL (CULTURAL) 
 
Alinha “e”: fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil 
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em 
geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. 
 
- Estimular cultura e informação; 
 
- Não há incidência de imposto sobre fonograma e videograma musicais, 
desde que: 
 
a) A obra seja produzida no Brasil; 
b) A obra seja de autoria de autor brasileiro ou interpretada por autor brasileiro. 
 
Etapas da produção musical: 
a) Gravação – IMUNE 
b) Replicação Industrial – NÃO IMUNE 
c) Comércio - IMUNE 
 
 
 
11.4 TIPOS DE IMUNIDADES 
11.4.1 SUBJETIVA 
 
- Conferida a uma pessoa específica; 
- Exemplos: escolas, templos, partidos políticos 
 
39 
11.4.2 OBJETIVA 
 
- Conferida a objetos; 
- Exemplos: livros, papel, periódicos, músicas, vídeos 
 
11.5 IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
 
Trata-se de outras imunidades que não versem apenas sobre impostos. 
 
1) Art. 195, §7º, da CF: São isentas de contribuição para a seguridade social 
as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. (imune); 
 
2) Art. 149, §2º, I, da CF: Não incidência de CIDE e de Contribuições Sociais 
nas receitas provenientes de EXPORTAÇÃO *; 
 
3) Art. 153, §3º, III, da CF: Imunidade do IPI de produtos industrializados 
destinados a exterior *; 
 
4) Art. 155, §2º, X, a, da CF: Imunidade de ICMS para exportação * ;. 
 
*** (protecionismo econômico brasileiro) 
 
5) Art. 153, §4º, II, da CF: Imunidade do ITR sobre pequenas glebas rurais, 
quando explore o proprietário que não possua outro imóvel. 
 
6) Art. 156, §2º, I da CF: Imunidade de ITBI para transmissão de bens ao 
patrimônio de pessoa jurídica (integralizado o capital social ou fusão, cisão, 
incorporação, e extinção). Salvo se tiver relação com a atividade fim da 
empresa (venda ou locação de bens imóveis) . 
40 
Obs: Art. 36, parágrafo único do CTN: retirar o imóvel do capital social pelo MESMO 
sócio que o alienou para a pessoa jurídica, também é fator de “imunidade”, porém, 
por ser CTN e não CF, será considerada uma isenção e não imunidade. 
 
11.6 EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 
 
1 - (FGV/XXII Exame de Ordem/2017) O Município X instituiu taxa a ser cobrada, 
exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo e 
resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi 
notificada da cobrança da referida taxa. 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
a) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo 
Município X. 
b) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível. 
c) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes 
para a instituição de taxas de serviço público. 
d) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes. 
 
2 – (IBADE – Câmara de Vila Velha/2018) No tocante aos limites ao poder de 
tributar, a Constituição Federal determina que, sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado 
a sua impressão. Essa hipótese trata do(da): 
a) imunidade tributária cultural. 
b) imunidade tributária recíproca. 
c) princípio do não confisco. 
d) isenção gráfica.e 
e) isenção por alíquota zero. 
 
41 
3 – (NC – UFPR – TJ-PR servidor público/ 2019) Sobre Princípios Constitucionais 
Tributários, Imunidades e Isenções Tributárias, assinale a alternativa correta. 
a) O princípio da vedação do efeito confisco proíbe que o tributo seja tão baixo 
que não represente limitação alguma ao patrimônio do indivíduo. 
b) A imunidade recíproca refere-se à União, aos Estados e aos Municípios, mas 
não se estende ao Distrito Federal. 
c) A isenção, no tocante às suas atividades essenciais, benefício concedido 
pela legislação infraconstitucional aos partidos políticos e sindicatos, decorre 
das relevantes funções políticas e sociais exercidas por essas entidades. 
d) A imunidade estabelecida às entidades de assistência social e de educação 
condiciona-se ao cumprimento de requisitos para fazer jus à imunidade. 
Porém é permitido a essas entidades a distribuição de lucros da entidade 
entre sócios ou associados, sem prejuízo da imunidade tributária referida. 
e) A imunidade estabelecida aos livros, jornais e periódicos se estende também 
aos livros, jornais e periódicos eletrônicos. 
 
Aula 26/03 
 
 
12. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Conceito: Previsão legal de determinadofato gerador que quando ocorre, gera a 
obrigação de “contribuir” com este tributo específico. – Descrição do motivo legal da 
cobrança do tributo. 
 
- Problema com o Fato Gerador do CTN: Art. 114 
 
12.1 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA X FATO GERADOR 
 
42 
A hipótese é a situação descrita em lei, já o Fato Gerador é a concretização 
no mundo real da hipótese prevista em lei. (o que acontece na vida real, exemplo 
quando compro um carro, começo a pagar IPVA pois está na lei (hipótese). 
 
Platão (mundo das ideias, mito da caverna) (o que tá escrito na lei) x 
Aristóteles (mundo real, dos sentimentos e acontecimentos fáticos) (o que 
acontece). 
 
Exemplo: IPTU 
 
Hipótese: pagar imposto sobre a propriedade de um bem imóvel. 
Fato gerador: comprar/ganhar/adquirir um imóvel. 
 
Citações: 
 
- Eduardo Sabbag: Caracteriza -se pela abstração, que se opõe à concretude 
fática, definindo -se pela escolha feita pelo legislador de fatos quaisquer do 
mundo fenomênico, propensos a ensejar o nascimento do episódio 
jurídico-tributário. 
 
- Vittorio Cassone: descrição que a lei faz de um fato tributário que, quando 
ocorrer, fará nascer a obrigação tributária. 
12.2 LINHA DO TEMPO TRIBUTÁRIA SIMPLIFICADA 
 
HI ----> FG ----> OT----> CT 
 
Hipótese de Incidência > Fato Gerador -> Obrigação Tributária -> Crédito Tributário 
 
1) Hipótese de Incidência + Fato Gerador = Obrigação Tributária (Subsunção) 
 HI + FG = OT 
43 
2) Obrigação Tributária (dever) + Lançamento = Crédito Tributário 
 OT + Lançamento = CT 
 HI---> FG ----> OT----> lançamento---->CT; 
 
12.3 REGRA MATRIZ DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Conceito: Consiste num método lógico para a compreensão do fenômeno 
jurídico tributário, reduzindo a norma aos elementos que lhe são essenciais, para 
podermos finalmente entender se existe incidência ou não, ou seja, tudo o que 
antecede a Obrigação Tributária. 
 
12.3.1 TIPOS DE ELEMENTOS DA MATRIZ: 
12.3.1.1 ANTECEDENTES 
 
a) Como? (critério Material) – Alguma coisa 
É a própria essência do fato descrito na hipótese de incidência, ou seja, é a situação 
definida em lei que faz com que surja a obrigação tributária. 
- Exemplos: Ser proprietário de imóvel urbano (IPTU); ser proprietário de um imóvel 
rural (ITR); ser proprietário de veículo automotor (IPVA); prestar serviço (ISS); 
circular mercadorias (ICMS); doar (ITCMD); transmitir imóvel (ITBI). 
 
b) Onde? (critério Espacial) – Algum lugar 
É a delimitação do espaço físico em que a relação jurídica poderá existir. Qual o 
lugar que o fato precisa acontecer para que case com a hipótese. 
- Exemplos: Município onde está localizado o imóvel urbano (IPTU); o Estado onde 
está matriculado o veículo automotor (IPVA); o local de prestação de serviço (ISS). 
 
c) Quando? (critério Temporal) – Algum momento 
44 
Em qual instante, ou em qual momento ocorre o fato descrito na norma? Ou seja, 
indicação do exato momento em que o fato, quando ocorrer, será enquadrado na 
norma e surgirá a obrigação tributária. 
- Exemplos: O momento de aquisição de um bem (IPVA, ITBI); o momento da 
prestação de um serviço (ISS). 
 
12.3.1.2 CONSEQUENTES 
 
d) Quem? (critério Pessoal) – Entre pessoas 
Não só quem concretizou o fato gerador previsto na norma que dava espaço para 
hipótese de incidência, mas sim, para quem esta pessoa deverá pagar? 
- Sujeito Passivo (dever de pagar) 
Exemplos: Pessoa que comprou carro (IPVA); empresa que prestou serviço (ISS). 
 
- Sujeito Ativo (direito de cobrar) 
Exemplos: IPVA – Estado; ISS – Município 
 
e) Quanto? (critério Quantitativo) – Valor do tributo 
Alíquota da base de cálculo será a quantia a ser paga. 
 
Alíquota x Base de Cálculo 
 
Base de cálculo = “o todo da riqueza a ser tributada” 
Exemplo: Renda anual, valor do bem imóvel, valor do veículo automotivo, valor do 
serviço prestado, valor da mercadoria circulada, ou do serviço de transporte... 
 
Alíquota = “A quota, a parte desse todo que será fatiado para o ente federativo” 
 
45 
 
 
Base de cálculo > Total = salário vezes doze meses -> R$ 3.000,00 x 12 = RS 
36.000,00 
 
Alíquota > Percentual utilizado/parcela/quota de 2.826,66 até 3.751,05 = 15% 
 
Total arrecadado pelo IR: R$ 5.400,00 (15% de R$ 36.000,00) 
 
12.4 FATO GERADOR 
 
Conceito: é a ocorrência, em si, de um fato previsto em lei, que pode gerar a 
Obrigação Tributária. 
 
12.4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS GERADORES 
 
12.4.1.1 INSTANTÂNEO 
 
Fato isolado que ocorre em um momento determinado e identificável. 
 
- Exemplo: Saída do produto industrializado da indústria – IPI; prestar um serviço – 
ISS. 
46 
12.4.1.2 CONTINUADO 
 
Fato que se perpetua no tempo 
- Exemplos: Propriedade Imóvel Urbano/Rural – IPTU/ ITR; propriedade de veículo 
automotivo – IPVA. 
 
12.4.1.3 PERIÓDICO 
 
Perfaz-se ao longo de um período, dentro do qual está pendente – 
- Exemplo: Auferir renda, ganhar capital durante um exercício fiscal – IR. 
 
12.4.2 VINCULADO / NÃO VINCULADO 
 
a) Fato Gerador Vinculado – Ato realizado pela própria Administração Pública: 
- Taxas e Contribuições de Melhoria. 
 
b) Fato Gerador Não Vinculado – “Culpa do pagamento é do contribuinte, não da 
Administração Pública: 
- Imposto; Contribuição Social e Empréstimos Compulsórios 
 
12.4.3 SUBSUNÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Subsumir: colocar alguma coisa em algo maior. 
Kant: interpretar (um fato) como a aplicação de (uma lei). 
Tributária: quando a Hipótese de Incidência casa com o fato gerador “S2” (e alguém 
paga por isso) . 
 
47 
12.5. EXERCÍCIOS PARA MEMORIZAR 
 
1) São aspectos da hipótese de incidência tributária: 
a) pessoal, material, base de cálculo, temporal e espacial. 
b) sujeito passivo, fato gerador e base de cálculo. 
c) pessoal, material, quantitativo, temporal e espacial. 
d) contribuinte, responsável, fato gerador e base de cálculo. 
 
2) Fato gerador é: 
a) a situação hipotética prevista em lei que deflagra o lime jurídico-obrigacional. 
b) o momento de concretude da hipótese de incidência. 
c) a hipótese de incidência materializada. 
d) As alternativas "b" e "c" estão corretas. 
 
3 ) Subsunçãotributária: 
a) é a previsão da hipótese de incidência na lei. 
b) é a previsão do fato gerador na lei. 
c) é a vestimenta do fato gerador no paradigma legal. 
d) é extinção do crédito tributário. 
 
4) Cespe/UnB - Analista Administrativo e Financeiro – SEGER/ES – 2007): 
 “Em regra, o crédito tributário nasce em momento posterior ao fato gerador da 
obrigação tributária”. 
CORRETO INCORRETO 
 
5) (20014 – FCC – TRF 3ª) Sobre a hipótese de incidência, é correto afirmar que: 
a) é a descrição abstrata de fato que, se acontecer através do lançamento, faz 
surgir o crédito tributário. 
b) a mesma norma que descreva a hipótese de incidência deve descrever, 
objetivamente, as hipóteses de não incidência tributária. 
48 
c) a não incidência tributária, é hipótese de imunidade qualificada pela 
interpretação a contrário sensu da hipótese de incidência. 
d) a norma que descreve os casos de não incidência tributária tem natureza de 
isenção quando se tratar de lei ordinária, mas tem natureza de imunidade 
quando se tratar de lei complementar. 
e) a não incidência não se confunde com a imunidade, pois esta é ausência 
expressa em norma constitucional de competência, enquanto aquela é um 
fato que não está descrito em norma como fato gerador de tributo. 
 
Aula 02/04 
 
PROVA 
Aula 09/04 
13. NORMAS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Sistema Tributário X Normas Gerais (Legislação Tributária) 
Constituição x toda e qualquer norma infraconstitucional 
13.1 LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Art. 96: A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e 
as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que 
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. 
 
Conceito : qualquer norma que tenha uma linha sequer envolvendo matéria 
tributária e que seja infraconstitucional. 
 
Abrangência: toda e qualquer norma infraconstitucional 
 
49 
13.1.1 LEI 
 
a) Ordinária – regra – Art. 97 CTN; 
 
b) Complementar – exceção – Art. 146 CF; 
 
c) Delegadas – exceção da exceção – Art. 68 CF (só para lei ordinária) 
 
d) Medida Provisória – Art. 62, §2º (só sobre LO e convertida no mesmo 
exercício financeiro) 
 
- Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto 
os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no 
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia 
daquele em que foi editada; 
 
- Exceção da MP: II, IE, IPI, IOF e IEG (não precisa ser convertida no mesmo 
exercício) 
 
13.1.2 TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
 
- Acordos entre países para evitar bitributação; 
 
- Art. 98 do CTN: Os tratados e as convenções internacionais revogam ou 
modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes 
sobrevenha. 
 
- Jurisprudência: Conflito entre tratado e legislação brasileira, prevalece o 
tratado, sem revogar a lei Brasileira, ou seja, se o tratado for suspenso ou 
acabar, volta a vigorar a lei brasileira em sua plenitude. 
50 
13.1.3 DECRETOS 
 
Conceito: Instrumento normativo que não visa inovar a legislação, apenas 
explicar ou adaptar seus instrumentos para melhorar ou aprimorar a arrecadação. 
Uma adaptação sobre a aplicação mais eficaz no caso concreto. 
 
Decretos podem: 
a) Majorar: II, IE, IPI e IOF; 
 
b) Atualizar base de cálculo: Súmula 160 STJ: É defeso, ao Município, atualizar 
o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de 
correção monetária. 
 
c) Reduzir ou restabelecer: CIDE – Combustíveis e ICMS – Combustíveis 
 
13.1.4 NORMAS COMPLEMENTARES 
 
Existem para subsidiar, complementar o direito tributário – fonte secundária 
da legislação tributária. 
 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios 
 
a) Atos normativos – Atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas: portarias circulares e instruções normativas, e regimentos. 
 
51 
b) Decisões em relação a jurisdição administrativa – decisões de tribunais 
administrativos com poder erga omnes – jurisprudência administrativa. 
 
c) Praticas reiteradas pela Administração – Exemplo: prazo de entrega da 
declaração do Imposto de Renda 
 
d) Convênios – acordos entre os entes federativos para que haja uma 
uniformização na cobrança e na fiscalização dos tributos. Visam facilitar a 
vida do contribuinte. 
 
Art. 199 (CTN) – A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente 
assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de 
informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, 
por lei ou convênio. 
 
 
13.2 VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Conceito: atributo de uma lei que lhe confere plena aplicabilidade. – Aptidão 
para validar a Hipótese de Incidência 
 
Art. 101 CTN: A vigência, no espaço e no tempo, da legislação 
tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas 
jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo. 
 
LINDB: Art. 1: Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em 
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na 
data da sua publicação; 
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a 
seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua 
publicação; 
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data 
neles prevista. 
 
 
52 
Vigência VS Eficácia 
 
Quando a lei é válida x Quando a hipótese de incidência pode casar com o 
fato gerador (subsunção), criando a Obrigação Tributária. 
 
→ O princípio da anterioridade (anual

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