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RESUMO REPÚBLICA DE PLATÃO A PARTIR DO LIVRO 2

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RESUMO REPÚBLICA DE PLATÃO
LIVRO 2
Depois da saída de Trasímaco, com a última argumentação
proposta por Sócrates no Livro 1 sobre justiça, o Livro 2
retoma o assunto quando Glauco inicia com a enumeração
de três espécies de bens:
1) Que buscamos, não desejando as suas
consequências, mas por apreciarmos por si mesmo,
como a alegria e os prazeres inofensivos.
2) Que gostamos por si mesmo e também pelas suas
consequências, como a sensatez, a vista e a saúde.
3) Que nós buscamos não por ele mesmo, mas pelas
consequências. Bens não agradáveis, mas úteis, que
não aceitamos sua posse por amor a eles, mas sim ao
salário. Exemplos: ginástica e a arte da cura de
doenças.
Após isso, Glauco pergunta a Sócrates: Que tipo de bem
se aplica à justiça? E Sócrates responde que é a segunda.
(358a)
Para Glauco, o que parece é que a justiça é na realidade o terceiro
bem.
Glauco diz que as pessoas não são justas por considerarem
a justiça um bem que traga benefícios, consequências
positivas, e sim porque a impossibilidade de cometer
injustiças é prescrita em leis e convenções sociais. Todos
que praticam justiça fazem contra sua vontade como coisa
necessária, mas não como boa. (359a-b)
Depois ele diz (359 c-d): Se concedêssemos o justo e o
injusto a possibilidade deles fazerem o que quisessem,
ambos cometeriam injustiças. A partir disso, ele introduz
o ponto do Mito do Anel de Giges. (359c-360b)
Giges: era um pastor de serviço de um rei. Certo dia, durante uma
tempestade acompanhada de um terremoto, o solo se abriu e formou
uma fenda, precipício, perto de seu rebanho que pastava. Ao
investigar essa fenda, encontrou um cavalo de bronze e oco, e
próximo a ele um cadáver, com um anel de ouro, que Giges se
apoderou. Após o ocorrido, com o anel no dedo, Giges foi assistir a
assembleia habitual dos pastores locais, e girou o anel na sua mão, e
percebeu que ficou invisível aos olhos das pessoas ao redor. Diante
de tal poder, ele se juntou aos mensageiros que iriam até o rei, e
quando entrou no palácio seduziu a rainha e conspirou com ela, a
morte do rei. Após esse acontecimento, se tornou o rei de Lídia.
Com esse exemplo, o Glauco conclui que ninguém é justo por
vontade própria, e sim por obrigação. Para ele, uma vez
sendo possível cometer injustiça sem consequências, como
foi visto por Giges, todos cometeriam. E complementa que
quem pratica injustiça extrema consiste em aparentar ser
justo, mesmo não sendo.
Então, ele compara dois extremos ( injustiça e justiça)
através da personificação de dois tipos de homens: o que
parece justo aos olhos de todos, que é na verdade o
injusto, e o outro que parece injusto aos olhos de todos,
que na realidade é justo.
➥ A conclusão é qual deles é o mais feliz, no qual Glauco diz
que o homem justo seria respeitado, mas é torturado por
todos para que sirva de exemplo de pregar o ideal social:
parecer justo sem ser.
➥ Glauco diz que o homem justo seria mais agradável aos
deuses e aos outros homens por conceder benefícios a
eles, mas não seria benéfico a ele.
A partir do mito narrado, Glauco espera ter convencido Sócrates de
que a justiça não é em si uma virtude, mas sim o parecer ser justo, já
que todos são corruptíveis
Adimanto entra com uma tese, contrária de Glauco, que é
sobre todos elogiarem a justiça e censurarem a injustiça:
“os pais recomendam que os filhos sejam justos, não
pelo bem que a justiça representa em si, mas sim pela
reputação e benefícios que a aparência de uma vida justa
acarretaria.”
➥ Após isso, ele pede que Sócrates mostre como a justiça
prevalece sobre a injustiça e as consequências que elas
produzem em seus possuidores.
Sócrates: devemos primeiro olhar para o aspecto macro
da justiça ao invés de começarmos olhando no que diz
respeito aos indivíduos. Então, o filósofo introduz a ideia
de que seria mais razoável examinar a justiça no
contexto de uma cidade, em seguida partir do aspecto da
justiça nos indivíduos. ( 368e-369a)
A partir disso, eles constroem o pensamento de uma
cidade ideal, que sua base seria as necessidades básicas
humanas, como a alimentação, a nossa vida e a
conservação do nosso ser, moradia, vestimenta, segurança,
entre outros.
Após um longo diálogo, ele chegou a conclusão que cada
indivíduo dentro dessa cidade deveria desempenhar uma
função específica. Então eles dividem os habitantes dessa
cidade em três classes:
a)comerciantes: indivíduos envolvidos no ciclo produtivo
e econômico da cidade.
A primeira classe de cidadãos, mais simples, seria dedicada às ações
mais triviais relativas ao sustento da cidade, como o cultivo da terra, o
artesanato e o comércio. Os responsáveis por essas atividades seriam
aqueles que possuíssem na constituição de sua alma, o feno, o
ferro e o bronze.
b) guerreiros (militares): responsáveis pela defesa da
cidade.
Os cidadãos de uma segunda classe, de acordo com Platão, seriam
um pouco mais hábeis por possuírem prata na mistura de suas
almas. Estes, chamados de guerreiros, protegeriam a cidade e
constituiriam o exército e seus auxiliares na administração pública
c) guardiões ( governadores): garantem um governo justo
e os rumos da cidade.
Com cinquenta anos de formação e diversas provas, os possuidores
de almas com ouro, dedicados aos estudos e à razão, assumiriam os
cargos de magistrados e seriam responsáveis pelo governo da cidade.
Qual seria o tipo de educação que os guardiões
receberiam?
Primeiramente, deve censurar a poesia, retirando as fábulas
com conteúdo negativo, que fazem apologia à vingança,
injustiças, traições e guerras.
➥ Sócrates e Adimanto afirmam que muitas produções
literárias, como a poesia, ensinadas por gerações
influenciam negativamente a vida das crianças e mancham
a imagem dos deuses. Logo, as produções literárias devem
ser justas e verdadeiras,
LIVRO 3- DESENVOLVIMENTO DO LIVRO 2
➥ Continuação sobre a educação da cidade
Sócrates: os guardiões devem aprender desde cedo cedo os
conceitos básicos como respeito aos deuses, aos pais e
prezar pela amizade entre as pessoas. (386a)
Além disso, ele coloca a coragem como uma virtude
fundamental: ‘‘ E para eles serem corajosos? Por acaso não se
deve lhes dizer palavras tais que façam com que temam a morte o
menos possível? ou julga que jamais será corajoso alguém que
abriga esse medo dentro de si?’’ (368b).
Quando tratam de falar dos horrores de Hades, deus dos
mortos, acabam enchendo os jovens de medo da morte. E
para Sócrates, a solução para esse tipo de má influência na
educação dos jovens, seria a censura de textos que
mancham a imagem dos deuses, e que causam temores
aos jovens ao invés de engrandecê-los de coragem.
As passagens das poesias que devem ser eliminadas são
aquelas que contém vingança, mentiras e injustiças, etc.
Sócrates traz exemplos de passagens da poesia de Homero
que ofendem os Deuses para construir junto com os
personagens qual seria a educação ideal para os guardiões.
(386d-389c).
Para Sócrates, os deuses e heróis devem ser retratados
como detentores de um comportamento virtuoso, para que
não produzam na juventude uma forte predisposição a atos
maus.
➤ Após tratar sobre o que deve ou não falar sobre os
deuses, Sócrates começa a falar dos poetas e os
prosadores, que cometem os maiores disparates acerca dos
homens, elogiando atos de injustiça e a vida fora do
caminho da virtude:
“ Porque seríamos obrigados a dizer que os poetas e os prosadores
proferem os maiores disparates acerca dos homens, quando afirmam
que, em sua maioria, as pessoas más sao felizes e as boas,
mal-aventuradas; que a injustiça, quando praticada às escondidas, é
útil; que a justiça é um bem para os outros, porém nociva para quem
a pratica. Pediríamos que se abstivessem de tais opiniões, e
exigiríamos que cantassem em versos e narrassem em prosa
exatamente o contrário. Pensas também assim? (392b)”.
Sócrates: Adiemos, então, a discussão a respeito do que [é
lícito dizer sobre os homens, até que tenhamos concluído o
que é a justiça, se é útil a quem a pratica, quer este pareça
justo, quer não. (392c)
Então, eles começam então uma análisedos estilos de
prosa e poesia, e classificam em três tipos: (394c)
a) narrativa, encontrada nos ditirambos
b) imitativa, adequada a tragédia e a comédia
c) mistura de narrativa e imitativa, usada na epopeia e em
muitos gêneros.
Sócrates: Consequentemente, se nos ativermos ao nosso primeiro
princípio, de que os nossos guardiões, eximidos de quaisquer outros
ofícios, devem se dedicar a defender a independência da cidade e
desprezar o que estiver fora disso, é necessário que não façam nem
imitem outras coisas. Se imitarem, que imitem as virtudes que
lhes convém adquirir desde a infância: a coragem, a sensatez, a
pureza, a liberalidade e as outras virtudes da mesma espécie.
Porém, não devem imitar a baixeza nem ser capazes de imitá-la,
igualmente a nenhum dos outros vícios, pelo perigo de que, a
partir da imitação, usufruam o prazer da realidade. Tu não percebeste
que quando se cultiva a imitação desde a infância, ela se transforma
em hábito e natureza para o corpo, a voz e a mente? (395c-d)
“Logo, não ordenaremos a um daqueles de quem pretendemos
ocupar-nos e que necessitam tomar-se homens superiores, imitem,
eles que são homens: uma mulher, jovem ou velha, ou injuriando o
marido, ou rivalizando com os deuses, ou se vangloriando da
felicidade, ou deixando-se dominar pela desgraça, pelo desgosto e
pelas lamentações; com mais razão ainda, não podemos admitir que
a imitem se está doente, apaixonada ou sofrendo as dores do parto.
(395d-e) Nem que imitem escravas e escravos.’’
Com isso, Sócrates conclui que os guardiões devem ter
boas referências na educação, e um acesso de um poesia,
em sua maioria narrativas, sendo aquelas que enalteçam
virtudes positivas.
➤ Após Sócrates concluir com Adimanto acerca da
poesia, ele abordará o assunto da educação musical com
Glauco. Ele diz que deve eliminar cantos fúnebres,
relativos à morte, que são lamentosos; Todos aqueles
cantos que incentivam a embriaguez, a apatia e a
ociosidade, entre outras características negativas.
➥ Além disso, tratam sobre tipos de ritmos, harmonias e
letras que os guardiões deveriam ouvir para engrandecê-los
como indivíduos virtuosos. Para eles, a música toca tanto a
alma dos indivíduos, que até o prazer mais intenso e
inconsequente se torna moderado e harmonioso. No
entanto, Sócrates ressalta novamente que a música deve
focar em enaltecer virtudes positivas, no amor do belo .
Depois da música, é pela ginástica que é preciso educar os
jovens, ou seja, eles devem desempenhar, desde sua
infância, atividades atléticas, treinamentos rigorosos e
dietas alimentares adequadas, evitando a embriaguez e o
luxo. (404-b)
Ao longo do diálogo, Sócrates e Glauco dissertam sobre a
atividade do médico e juízes, e a sua importância.
SOBRE OS JUÍZES: Eles acreditam que se os jovens
recebessem uma educação formuladas por eles como ideal,
certamente a justiça seria uma virtude inerente, sendo
praticada por eles no seu dia-dia. O que tornaria até mesmo
a inexistência dos juízes e dos tribunais.
SOBRE OS MÉDICOS: Se praticarem a ginástica com
excelência e adeptos uma boa alimentação, eles teriam
consequentemente uma boa saúde, necessitando dos
médicos apenas em casos de emergência.
Por fim, Sócrates e Glauco tratam a escolha dos tipos de
cidadãos. Como seriam escolhidos os guardiões, aqueles
que governam? Segundo eles, devem ser escolhidos os
mais velhos e sábios, além de observá-los, acompanhando
se eles se mantêm virtuosos e justos sempre, para saber se
eles estão dispostos a desempenhar a sua função sempre.
LIVRO 4
➤Adimanto começa questionando Sócrates acerca de um
possível estado de infelicidade dos guardiões e guerreiros,
uma vez que eles não teriam qualquer riqueza ou fartura de
bens materiais, como ocorre com os comerciantes.
⤷ Sócrates, então, responde dizendo que o objetivo não é
criar uma cidade totalmente feliz e sim buscar por uma
cidade justa. E ele explica seu ponto dando exemplo da
pintura de uma estátua, que estivéssemos pintando uma
estátua e alguém vinhesse censurar dizendo que não
estamos deixando verdadeiramente bonita, deveríamos
responder a censura dizendo que estamos pintando ela do
jeito que ela deve ser e não do jeito que elas querem que
pareça. Do mesmo modo, guerreiros e guardiões tem seu
devido papel dentro da cidade e administrarem a cidade de
uma forma correta e justa deve ser a meta de ambos, atuar
na cidade cumprindo seu papel é algo que deve superar
o desejo de felicidade individual deles, deve sempre
pensar de uma forma coletiva e não individualista,
objetivando acima de tudo o rumo correto da cidade e
de seus interesses .
➤ Seguindo o diálogo, Sócrates começa a tratar sobre
como atuam a riqueza e a pobre dentro da cidade, e quais
as consequências que elas exercem sobre os habitantes. A
riqueza acarreta na ociosidade e no luxo, enquanto a
pobreza prejudica de arranjar ferramentas ou quaisquer
recursos necessários para exercer a sua atividade. Portanto,
tanto a riqueza quanto a pobreza prejudicam as artes dos
artesãos.
➤ No entanto, segundo ele, com uma cidade sem
riquezas poderia acarretar possíveis guerras, e isso
seria bem fácil de ser resolvido. Uma vez que a riqueza
não tem utilidade dentro dessa cidade ideal bastaria se
aliar em outra cidade , oferecendo as riquezas da cidade a
ser conquistada. Além disso, é muito mais fácil lutar contra
ricos acostumados com o luxo do que contra guerreiros
bem treinados, como os da cidade idealizada por Sócrates.
DIMENSÃO DAS CIDADES: Cada parte é crucial na cidade,
portanto deve-se também dar importância ao todo da cidade, já que
ela não pode ser muito pequena ao ponto de não ser auto-suficiente e
não pode ser muito grande ao ponto de não ser unida.
SOBRE AS LEIS: Sócrates diz que não se deve legislar
sobre os bons costumes, isso seria ingênuo, as leis seriam
criadas e revistadas constantemente em busca da perfeição
para prevenir os maus costumes.
EDUCAÇÃO: a educação que tem o poder de conduzir a
cidade para os rumos corretos e não a lei, ou seja, o
investimento na educação dos jovens e na sua valorização
desde cedo, garantem que a cidade siga caminhos corretos
muito mais do que a criação de leis e punições.
Agora que a cidade se encontra bem fundada, a discussão
segue na tentativa de encontrar onde reside a justiça na
cidade criada: “temos três virtudes que foram descobertas
na cidade: sabedoria, coragem e moderação
(temperança), além disso a justiça poderia ser uma quarta
evidenciado na cidade?”
⭐sabedoria: apenas a classe menos numerosa, guardiões,
possuem essa virtude. É na ciência que ela reside, é
naqueles que estão à cabeça e governam a cidade toda.
Portanto, a cidade é sábia, pois tem sucesso em seus
julgamentos, e a consciência e o conhecimento que fazem
isso.
🌙Coragem: a cidade corajosa é aquela que mantém com
firmeza a correta opinião sobre as coisas a temer, isto é, as
coisas que lhe foram ensinadas na sua educação, que
fixaram-se mais fortemente por ter ocorrido na juventude.
🌞Temperança/ Moderação:Quanto à moderação, Sócrates
diz que se assemelha a uma harmonia, porque ela é uma
espécie de domínio que se estabelece sobre os prazeres e
desejos, fazendo com que a pessoa se coloque acima de si.
● Ela deve ser composta em todas classes para ser
considerada uma cidade temperante, diferente de
outras virtudes que já são suficientes ao serem
atribuídas a uma parcela da cidade.
Guardiões: possuem a sabedoria, coragem e moderação
Guerreiros: coragem e moderação.
O restante, que é os comerciantes: moderação;
Por fim, a justiça consiste em fazer seu próprio trabalho e
não interferir nos dos outros, pois se cada um se intrometer
na função do outro ou tomar posse do outro teremos a
injustiça.
➥HARMONIA ENTRE AS PARTES DA CIDADE
➥ CADA UM CUMPRINDO SUA FUNÇÃO
➥ FUNÇÃO É DADA PELA APTIDÃO DE CADA UM
Agora que Sócrates definiu o que é justiça dentro de uma
cidade, ele parte agora para dizer sobre o que é a justiça
dentro de um indivíduo através das mesmas virtudes que
ele identificou nas cidades ideais.
Então, há três partes distintas na alma
a)Racional (razão), busca o conhecimento e a
sabedoria, e controla as demais partes para
harmonizar a alma por inteira.
b) Ímpeto (auxiliar da razão): emoções e sentimentos,
desenvolve a coragem e a impetuosidade.
c) Apetitiva (desejos e apetites): desenvolve a
prudência e a moderação.
A justiça na alma de um indivíduo nada mais é a
harmonia entre essas três partes.
Assim, Sócrates diz que as virtudes podem nos manter saudáveis,
por meio do caráter inabalável da coragem, do comando da
sabedoria, da harmonia da moderação e da disciplina da justiça em
se manter na tarefa a qual lhe é devida. Sendo assim, a doença só
poderia ser o vício, isto é, a enfermidade, a feiúra e a fraqueza da
alma. Em uma palavra, injustiça.
No entanto, falta-nos observar se vale a pena praticar a justiça
independentemente de ser visto ou se é melhor ser injusto quando
não se tem de pagar. Porém, Glauco já adverte.
Mas, Sócrates, tal investigação me parece absurda agora que se
mostrou serem a justiça e a injustiça como as havíamos descrito.
Mesmo que alguém possua todo tipo de comida e bebida,
muitíssimo dinheiro e toda espécie de poder para exercer domínio,
não vale a pena viver quando a constituição do corpo está
arruinada. Assim, mesmo que alguém possa fazer o que bem lhe
aprouver, exceto aquilo que o libertará do vício e da injustiça e o
leve a ter acesso à injustiça e à virtude, de que vale a vida se sua
alma – aquilo por meio do que ele vive – está arruinada e
tumultuada?[
LIVRO 5
A discussão se inicia com Sócrates focando sobre as
diferentes formas de governo, boas ou ruins, tanto
para a cidade quanto para os indivíduos.
Antes dele prosseguir, ele é impedido por Glauco e
Adimanto, que dizem para tratarem primeiramente
acerca das posições das crianças, das mulheres e do
casamento dentro dessa cidade idealizada. Então
Sócrates diz:
Mulheres: se exigimos das mulheres os mesmos
serviços que os homens, precisamos fornecê-las o
mesmo tipo de educação.
➥ Gerou comoção entre os interlocutores, e ao longo
do diálogo eles concluem que a mulher e o homem
possuem natureza distinta, consequentemente
deveriam exercer funções diferentes.
Essa primeira fala proposta por Sócrates, sugerem que entra em
contradição com o ponto falado anteriormente sobre dividir as
funções de acordo com a sua natureza, aptidão. No entanto, Sócrates
não considera as diferenças entre homens e mulheres, a respeito da
gravidez e força física, como algo considerável para diferenciá-los
de sua função ou ocupação. A mulher tem a mesma capacidade
natural que o homem, apesar de parir e ser menos forte, portanto ela
pode ser guerreira da mesma forma que o homem.
Ou seja, apesar de existir mulheres de bronze, de prata e de
ouro, ela não poderia governar por ser mais fraca que o
homem. E esta é a parte mais importante para o autor da
resenha, pois aqui Trasímaco ficaria feliz de não ter ido
embora da discussão, pois a justiça do mais forte é
consolidada no gênero masculino da humanidade.
DISSOLUÇÃO DA FAMÍLIA TRADICIONAL: Todas
mulheres seriam comuns aos homens, e o que os filhos
também fossem, de forma que nenhum filho reconheça os
pais e nem os pais os filhos.
Casamento: Sobre o casamento, como no caso dos
animais, se deveria empregar o cruzamento dos
melhores homens com as melhores mulheres o maior
número de vezes, enquanto que com os piores, o menor.
Além de homens e mulheres só poderem procriar em certa
idade da vida em que estão no seu melhor. Porém, tudo
deveria ser zelado de perto pelos governantes para que a
https://projetophronesis.wordpress.com/Documents%20and%20Settings/Abee/Meus%20documentos/Downloads/Filo/Rep%C3%BAblica/Resenha%20III.doc#_ftn4
cidade não ficasse nem muito populosa, nem pouco,
contando com guerras e pestes.
Os interlocutores perguntam se tudo isso seria
realizável?
Sócrates diz que a questão não é essa, mas ao construir
uma cidade perfeita, ainda que não fossem realizáveis,
seria possível identificar os defeitos das cidades já
existentes para modificá-las.
A partir disso, podemos associar que uma cidade, segundo
platão, nunca será realizável se os reis não forem filósofos
ou filósofos não forem reis.
CIÊNCIA DO CONHECIMENTO X OPINIÃO
Por fim, Sócrates tentará demonstrar que o conhecimento e
a opinião são coisas distintas. Os amigos do conhecimento
são os filósofos, são eles que tem condição de ver o justo
em si e não apenas as coisas justas, definindo eles como
captores da essência do conhecimento das coisas, enquanto
outros aparentam ser, mas na realidade tem uma mera
opinião das coisas, ou seja, os sofitas, e há outros que nada
sabem, que conhecem apenas a ignorância.
conhecimento: falam sobre as coisas como são
opinião: é o que parece ser
_______________________________________________
Textos sobre os livros
Link Sobre o Livro 2:
https://www.todamateria.com.br/republica-platao/
Link sobre o Livro 4:
https://projetophronesis.wordpress.com/2012/11/19/resum
o-republica-de-platao-livro-iv/
Link sobre o Livro 5:
https://projetophronesis.wordpress.com/2012/12/02/res
umo-republica-de-platao-livro-v/
Meu comentário sobre o Livro 2: No Livro 2, introduz a justiça
sob um perspectiva mais abrangente, através da elaboração, pelos
personagens, de uma cidade justa e ideal, no qual as partes da alma
que compõem a cidade entram em harmonia e equilíbrio. A partir
disso, podemos aplicar a mesma linha de raciocínio no que diz
respeito a justiça de um indivíduo, uma questão que já foi discutida
no Livro 1. A alma de um indivíduo seria composta pela parte
emotiva e apetitiva e racional. Esta é a parte que controla demais.
Portanto, para existir uma cidade justa, deve ser governado por
indivíduos justos com essa parte mais desenvolvida, não sendo
suscetíveis demais às emoções e aos desejos, como ocorreu com o
https://www.todamateria.com.br/republica-platao/
https://projetophronesis.wordpress.com/2012/11/19/resumo-republica-de-platao-livro-iv/
https://projetophronesis.wordpress.com/2012/11/19/resumo-republica-de-platao-livro-iv/
https://projetophronesis.wordpress.com/2012/12/02/resumo-republica-de-platao-livro-v/
https://projetophronesis.wordpress.com/2012/12/02/resumo-republica-de-platao-livro-v/
exemplo trazido por Glauco, sobre Giges, no qual quis mostrar que
todos homens quando não sofrem as consequências da justiça
fundamentada nas normas, eles têm tendência em cometer injustiça
pela sua própria vontade e seus desejos
Meu comentário sobre o Livro 3: Percebe-se que a base para uma
cidade perfeita é a educação dos cidadãos, no qual devem aprimorar
as artes fundamentais, como a literatura, a música, a ginástica,
excluindo delas suas imperfeições, tudo que é considerado negativo.
Além disso, eles devem praticá-las com excelência, pois com isso
desenvolvem a saúde e a capacidade de serem justos, não havendo
uma grande necessidade de médicos e competências jurídicas
desempenharem atividades na cidade. Algo interesse é a simbologia
de cada classe composta na cidade, no qual é atribuído ouro para os
guardiões, significando que chegaram num nível devido ao
desenvolvimento de suas habilidades de serem justos e sábios.
Meu comentário sobre o Livro 4 e 5: No Livro 4,é ressaltado o que
foi evidenciado pelo livro anterior, sobre a importância da educação
para a construção de uma cidade justa, e se colocarmos essa questão
na realidade, percebemos que os países mais desenvolvidos, são
aqueles que investem mais na área na educação. Em relação à
justiça, percebe-se que Sócrates partiu de um conhecimento mais
amplo, que é a cidade justa, para chegar num conhecimento mais
específico, que é o indivíduo justo, no qual foi discutido no Livro 1,
primeiramente com a discussão de Céfalo e Sócrates, e depois entre
este e Trasímaco, no qual trouxe um conhecimento específico, para
defender a sua tese sobre o que é justiça. Se a cidade justa, vista na
obra de Platão, é aquela que é governada por filósofos, então o
verdadeiro homem justo é aquele que se apodera da ciência do
conhecimento, da filosofia.

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