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Bases da Administração Moderna “Uma organização é uma entidade social composta por pessoas que trabalham em conjunto e é deliberadamente estruturada em uma divisão de trabalho para atingir um objetivo comum” (CHIAVENATO, 2014b, p. 11). “Gerentes são as pessoas responsáveis pelo desempenho de outras pessoas” (MAXIMIANO, 2015, p. 15). “Pode estar situado em um dos três níveis organizacionais: institucional, intermediário ou operacional”. Em cada um dos níveis, o papel gerencial muda à medida que sobe na escala hierárquica aumentam a abrangência e a longitude do tempo (CHIAVENATO, 2014b, p. 12). Vamos olhar isso com um pouco mais de detalhe na Figura acima: Observe que, dependendo do nível de gerência, as habilidades necessárias mudam. No nível alto, deve-se saber o conceito do que acontece para tomar decisões de alcance amplo; no nível intermediário, é necessário conduzir o trabalho por meio das pessoas, portanto a habilidade humana é a mais importante e no nível de primeira linha. É necessário ter habilidade técnica, ou seja, saber como se faz o trabalho. Entretanto, atenção, as habilidades conceituais, humanas e técnicas são necessárias em todos os níveis de gerência, só que em grau diferente. Sobre desempenho da organização, é esperado que as pessoas sejam eficientes e eficazes. Para Robbins, Decenzo e Wolter (2014, p. 8), “eficiência é fazer uma tarefa corretamente [...] e eficácia é fazer a tarefa certa, tendo como consequência a realização do objetivo”. Ou seja, ser eficaz é atingir os resultados com êxito, e ser eficiente é fazer as coisas corretamente e com economia de recursos. Assimile As organizações são agentes sociais que atendem necessidades da sociedade. São administradas por gerentes, que dão suporte para que as metas e o desempenho da organização sejam alcançados, por meio do trabalho das pessoas e que, dependendo do nível de gerência, são requeridas habilidades conceituais, humanas e técnicas. A humanidade deixou várias evidências de que algumas técnicas de Administração já eram utilizadas há milhares de anos, como planejamento, organização, controle, registro contábil, logística, métodos de trabalho, hierarquia, liderança e a aplicação de outras ciências. No centro dessa discussão, está o modo de trabalho, de forma que sempre foi necessário que as pessoas realizassem os objetivos da Organização, seja em qualquer época. Para Chiavenato (2014a, p. 27), a administração é uma ciência jovem com pouco mais de 100 anos. Sua história é recente, pois ela é um produto típico do século XX [...] é resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa de vários precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual em seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando suas obras e teorias. Por isso, a Administração moderna utiliza conceitos e princípios empregados nas Ciências Matemáticas (inclusive Estatística), nas Ciências Humanas [...], nas Ciências Físicas (como Física Química etc.), como também do Direito, na Engenharia, na Tecnologia da Informação etc. Chiavenato (2014a, p. 27-28) também exemplifica que as construções das pirâmides egípcias demandaram decisões a respeito de planejar e orientar o trabalho de milhares de trabalhadores, assim como que as parábolas de Confúcio destacam práticas da administração pública. As evidências de que a humanidade pratica técnicas administrativas remonta a milhares de anos. O sistema feudal perdurou por quatro séculos durante o período medieval. Naquele contexto, as pessoas necessitavam de autossuficiência econômica e de proteção, por isso costumavam fixar moradia em torno dos senhores feudais, os quais, pelas mesmas razões, mantinham-se próximos dos soberanos. Na produção artesanal, o artesão participa de todas as etapas do processo de produção. Ele compra a matéria-prima, molda, monta, finaliza, entrega ao cliente. Ele detém todo o processo produtivo. Entretanto, com a mudança ocasionada pelo capitalismo, surgem intermediários entre as etapas e o detentor do conhecimento do sistema de produção, e todos os recursos produtivos e da comercialização passam a ser o capitalista, enquanto que o artesão, na condição de empregado, passa a se dedicar a somente uma ou poucas etapas da produção, tornando-se um especialista, porém, perdendo a visão geral que tinha. Então, a tomada de decisão passa das mãos do trabalhador para as do empreendedor. Assimile Na produção artesanal, o trabalhador controla todas as fases da produção. Na Produção Fabril, o capitalista controla todos os meios de produção e o trabalhador passa a se dedicar somente a uma ou poucas atividades produtivas, perdendo a visão do processo inteiro. Na transição da produção artesanal para a fabril, houve o sistema de fabricação para fora (ou fabricação domiciliar). Os capitalistas entregavam as matérias-primas e as máquinas nas residências, que ganhavam por peça produzida. Porém, o negócio era prejudicado por três motivos: (i) o artesão continuava a ser o detentor da tecnologia de produção; (ii) a produtividade era baixa, já que ainda restavam valores de subsistência e não de enriquecimento; e (iii) quando necessitavam de dinheiro, os artesãos vendiam a matéria-prima. Para tentar resolver esses problemas, os capitalistas começaram a reunir os artesãos em galpões, aumentando seu controle sobre todo o processo. Surge aqui o embrião do sistema fabril (MAXIMIANO, 2010, p.40-42). No sistema fabril, o trabalho é profundamente modificado pelo uso de máquinas industriais, a concentração de trabalhadores na fábrica e o controle dos meios de produção pelo capitalista, o que aumentou a produtividade e a complexidade dos problemas administrativos. Assimile O mercantilismo estimulou o enriquecimento pelo acúmulo de dinheiro e possibilitou a expansão do comércio, o que tornou necessário praticar novas formas de trabalho, abrindo espaço para o sistema fabril. As propostas de Karl Marx e Adam Smith tinham abordagens diferentes. Enquanto Marx afirma que o trabalhador ganha menos do que trabalha (conceito de mais- valia), Smith defende que a divisão do trabalho proporciona um aumento muito importante na produtividade do trabalho dos operários. Referência: Teorias da administração - Edna de Almeida Rodrigues
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