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ESQUIZOANÁLISE FACULDADE MULTIVIX CARIACICA MATÉRIA = EPSTEMOLOGIA DA PSICOLOGIA NOME DOS INTEGRANTES DO GRUPO= Aparecida Gomes, Bárbara Loren ,Flávia Viana, Leidson da costa, Raniellen da Costa Esquizoanálise vem do grego Esquizo = fender, dividido, dual, dualidade. Análise= divisão do todo em parte, exame de cada parte de um todo. A Esquizoanálise foi criada por Guattari e Deleuze. Enquanto a psicanálise partia de um modelo de psique fundado no estudo das neuroses, tendo como eixo a pessoa e as identificações e operando a partir da transferência e da interpretação, a ESQUIZOANÁLISE inspira-se antes nas pesquisas sobre a psicose; ela recusa-se a rebater o desejo sobre sistemas personológicos ( adjetivo usado para qualificar as relações molares na ordem subjetiva- ênfase dada ao papel das pessoas,das identidades e identificações); ela denega toda e qualquer eficácia á transferência e á interpretação. Um dos conceitos apresentado por Deleuze e Guattari é a Produção de Subjetividade. Esta não implica uma posse, mas uma produção incessante que acontece a partir dos encontros que vivemos com o outro, mas também como natureza, os acontecimentos, as invenções, enfim, aquilo que produz efeitos nos corpos e nas maneiras de viver. A Obra Literária “ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS” APRESENTA A HISTÓRIA QUE GIRA EM TORNO DE SUA PERSONALIDADE PRINCIPAL ´´ALICE`` UMA MENINA QUE ENTEDIADA COM SUA VIDA, SE DEPARA COM DIVERSAS NONENSES, COM SÁTIRAS,PARÓDIAS,ENIGMAS E ELEMENTOS CRÍTICOS À SOCIEDADE E AO ´´MORALISMO`` EXACERBADO DOS CONTOS DE FADA DA ÉPOCA VIVENCIADA. Tanto na obra literária, como na vida, há sempre o desafio de desmanchar o eu em direção a multiplicidade de afetos e sensações. No país das maravilhas Alice se transforma com o absurdo, o impossível, questionando tudo o que aprendeu até ali. Na história, a mesma acaba fazendo parte de um julgamento sem sentido e sendo condenada á morte pela rainha de copas, que ao ser incomodada cortava a cabeça de todos que a perturbava. Segundo, a fala da rainha de copas para Alice; _ ´´ Você não pode viver a vida para agradar os outros, a escolha tem que ser sua``. Quer dizer que conduzir os caminhos da nossa vida consoante os desejos alheios. A vida é nossa e cabe a nós conduzi-la! Para ( Deleuze; Guattari, 2012) o devir não produz outra coisa senão ele próprio. É uma falsa alternativa que nos faz dizer: ou imitamos, ou somos... Devir é um verbo tendo toda a sua consistência; ele não se reduz, ele não conduz a aparecer; nem equivaler; nem produzir. Por Deleuze, para compreendermos melhor um dos conceitos principais da ESQUIZOANÁLISE _O CONCEITO DE CORPO SEM ÓRGÃOS: os corpos se distinguem uns dos outros em relação ao movimento e ao repouso, á velocidade e á lentidão e não em relação á substancia. No diálogo entre Alice e o gato onde Alice pergunta:_ QUE ESPÉCIE DE GENTE VIVE POR AQUI? E O GATO RESPONDE:_ NAQUELA DIREÇÃO,VIVE UM CHAPELEIRO; E NAQUELA VIVE UMA LEBRE DE MARÇO, VISITE QUALQUER DELES QUE QUISER: OS DOIS SÃO LOUCOS. E ALICE DIZ- MAS NÃO QUERO ME METER COM GENTE LOUCA! E o gato retruca:_ É INEVITÁVEL, SOMOS TODOS LOUCOS! EU SOU LOUCO VOCE É LOUCA E ALICE INDAGA: E COMO SABE QUE SOU LOUCA? E o gato responde:_SÓ PODE SER, OU NÃO TERIA VINDO PARAR AQUI! No sonho de Alice, todos eram loucos, menos ela, isso era o desejo dela, não ser esquizofrênica e não estar no sanatório junto com outros loucos. Deleuze e Guattari foram criadores de O CORPO SEM ÓRGÃOS, basearam em diversas fontes: do conceito de substancia em SPNOSA. Em comum estes diversos eixos, e distribuindo-se em gradientes, que por fim, compõem áreas de movimento. O corpo é um espaço onde o desejo se move. Todo o corpo é uma superfície para intensidades circularem. Ou seja, antes dos órgãos e das organizações, é preciso pensar nas intensidades de um plano. É uma parte ou uma estrutura de um organismo vivo. Ele se compõe de órgãos, tecido e sistemas. O órgão é sempre um instrumento para além dele mesmo, uma parte de um todo, uma ferramenta. Todo corpo é adotado de uma teologia, de um sentido, que se desenvolve porque desempenha uma função de sobrevivência, o órgão sonar é usado para encontrar a presa, o órgão dente é veneno usado para matar a presa, o órgão estomago é usado para digerir e assim por diante. O corpo sem órgãos é um corpo sem objetivo, sem imagem, sem destino, é plano de expressão do desejo, é o limite imanamente interno do desejo. O sujeito é estratificado, assim ele oscila entre dois pólos: de um lado as superfícies de estratificação sobre os quais ele é rebaixado e submetido ao juízo, e, por outro lado, o plano de consistência no qual ele se desenrola e se abre á experimentação ( Deleuze; Guattari,1996,p.21,v.3). Ou seja, enquanto a produção acontece no campo maquínico, no agrupamento das máquinas e seus agenciamentos o CSC desarranja as máquinas as faz pararem de funcionar. A máquina de vez em quando emperra, e faz sair outra coisa. Essa linha de desejo que tangencia novas direções. O Universo se transforma a todo o momento, de forma incessante; nossos sentidos por serem limitados percebem as coisas fixas em si mesmas, mas na verdade tudo está em constante mutação, movimento. Ver-se de novos modos, dizer-se de novas maneiras, estranharem a imagem refletida no espelho que recorta nossas infinitas possibilidades, recusar toda miragem de identidade que nos torna limitados. O desafio de uma experimentação que leve em conta não identidades, mas devires, não retrospectos do passado, mas o próprio presente. A tarefa da ESQUIZOANÁLISE é desfazer incansavelmente nossos egos e seus pressupostos, libertar as singularidades pré-pessoais que eles encerram e recalcam, fazer escorrer os fluxos que eles seriam capazes de emitir, de receber ou de interceptar, estabelecer sempre mais finalmente as esquivas e os cortes, bem acima das condições de identidade , montar as máquinas desejantes que recortam cada um e o agrupam com outros.
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