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Caderno de esquizoalise - Módulo 2

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Módulo 2
Território:
Território para a esquizoanálise é psicossocial, e existencial. É pertencimento,
vinculação. Território é se sentir em casa, é estar vinculado, é se sentir pertencente,
tem a ver com afeto, o que não é necessariamente físico. É um campo de
construção da vida social onde se entrecruzam, no tempo plural do cotidiano, o fluxo
de acontecimentos. O território pode ser relativo tanto a um espaço vivido, quanto a
um sistema percebido no seio do qual o sujeito se sente “em casa”. É sinônimo de
apropriação, de subjetivação fechada em si mesma. Território é movimento.
Território é presente, passado e futuro ao mesmo tempo.
Por exemplo: eu me entendo psicólogo, a psicologia torna-se um território para
mim, por uma vinculação, um pertencimento. Você pode se sentir em casa, só no
seu quarto ou não se sentir territorializado em seu bairro. Ex: tijuca - tijucano (ou
seja, pertencente à tijuca).
● Territorializar/Territorialidade:
Formar uma composição dessas vinculações, se entender pertencente por
algo, quando se consegue se sentir vinculado à algo
● Reterritorialização:
Processos moventes que alteram em pequenas doses fluxos e movimentos.
Pouca alteração nos processos cotidianos
● Desterritorialização:
Acontecimentos e rompimentos que de algumas forma geram quebras que
podem ser potentes ou sufocantes. Quebra de rodas, de movimentos que
abalam as nossas estruturas.
ex: acidente, morte (sufocantes); término de um relacionamento abusivo
(potencializador).
Os nossos territórios são colocados constantemente em conflito, em dissenso, em
disputa entre:
1)Produção de Individualidade:
É uma constante captura. Individualidade = Sobreimplicação.
indivíduo/sujeito: modelado, serializado, individualizado. Repetir algo de maneira
serva, alienada. Nós nascemos em um caldo cultural que ao viver em sociedade a
gente reproduz. Uma esteira produtiva. Constante repetição de padrão, de valores,
existencias.
individuação: É quando centraliza no corpo. Essa ausência de implicação, de não
reflexão do que gosta etc, essa obediência cega em relação às existências do
corpo.
Subjetividade:
É massa, é registro social. São processos de normalização. Ex: concepção de
saúde e estética; ritos de passagem; consumismo. Seguir no mesmo curso
produtivo e se vincular a isso. Muitas vezes em sociedade nos territorializamos a
partir da individuação. É sempre de forma individualizada, fazendo as mesmas
coisas de forma desconectada do coletivo.
Três processos de produção de individualidade:
Acontecem a toda hora, a todo o tempo, sem uma ordem exata, desde que a gente
nasce e a gente morre. São constitutivos dessa captura. Quando menos vemos,
estamos reproduzindo.
● produção da segmentarização ou segregação:
Construir valores hierárquicos demarcando subjetividades. Identificação e
divisão de qualquer processo em quadros de referência imaginários (ex: o
ideal de família - burguesa, monogâmica, mamãe, papai e filhinhos etc), o
que propicia toda e qualquer espécie de manipulação (segrega e
segmentariza afetivamente). Manter a ordem social através de hierarquias
inconscientes, sistema de escalas de valor, disciplinarização. Isso gera não
pertencimento, gera desterritorialização. Tem proposta de manter ordens
sociais.
ex: Hierarquias sociais, segregação social, meritocracia.
● Processo de culpabilização subjetiva:
Esses valores imaginários de referência (por ex: monogamia) obriga a gente
a assumir supostas singularidades, ou seja, ideias do que a gente deveria
fazer, o que faz com que a gente fique sempre em débito (culpa) por nunca
alcançar as tais referências (tipo ter que ser feliz pra sempre com uma
pessoa, casar, ter filhos etc). Culpa gerada por nunca atingir padrões
estabelecidos por modelos ideais, elementos de culpabilização dos valores
capitalísticos.
ex: Obsolescência programada, “juventude perdida”, “família desestruturada”,
criminalização da vítima de abuso.
● Processo de infantilização:
infante = aquele que não tem voz.
Infantilizar alguém é tirar a voz, ou seja, dizer quem alguém é menos potente,
que é inválida, incapaz. A gente infantiliza as pessoas de comportamento
dissidente, ou seja, a gente infantiliza quem incomoda, quem sai da “norma”
instituída. A gente infantiliza as mulheres, os idosos, os pobres, as pessoas
não brancas etc. Isso gera um efeito subjetivo de invalidação, de
menorização. Tudo o que o que se faz, se pensa ou se pode vir a fazer ou
pensar pelos que apresentam comportamento dissidente, ou seja, aqueles
que se pensam como “sem voz”, “sem luz”, precisam de ajuda, mediação do
Estado. A ordem capitalística produz os modos de relações humanas, ordem
que não pode ser tocada sem que se comprometa a própria ideia de vida
social organizada. “Ainda não sou, um dia chegarei lá”.
ex: Crianças, adolescentes, pobres, analfabetos, índios, loucos, mendigos,
LGBTs
2) Processos de singularização:
Movimentos de rupturas, de desvio, de criação, de sensibilização do caráter
processual da vida se façam, instaurando, assim, formas modelares de existência.
Perceber que a vida é processo, perceber que a vida é movimento. A singularização
está no COMO.
Para a esquizoanálise o corpo é imanente, ou seja, feito do mundo, conectado à
realidade e relacionado com o seu contexto de época, de cultura, de sociedade. O
corpo é efeito do mundo em que ele está inserido. A gente faz e é feito.
Grau de afetação: como a gente participa disso que está no mundo em relação ao
nosso corpo. Como isso nos marca, nos afeta e o que fazemos com isso.
O corpo é um lugar de superatenção e central para a esquizoanálise. O corpo não é
só biológico (orgânico), não é só sensível (sensações) - conhecer o mundo na
dimensão de suas formas - percepção, através dos sentidos e do organismo - o que
você sente? Racionalização.
Corpo Vibrátil:
Um corpo que está em constante vibração, em constante composição com muitos
outros. A composição desses encontrou é feita a partir de forças e formas, a partir
de nossas potências se encontrando com outras. Conhecer o mundo através de
campo de forças - sensação que se cria bi encontro com o mundo, intensidades -
Como você se sente?. Por diferentes assimetrias essas relações, às vezes se
conectam, no sentido de, as formas e as forças andam juntas e, às vezes, as formas
e forças se separam. E aí, isso gera sintomas, gera questões.
● Representação dos sentidos:
Percepção - Forma - Empirismo. O que ficam depois que eu bebo a
água, por exemplo. Como nos vemos, o que podemos relatar de nós
mesmos. Não existe forma sem força, pois quem compõe as formas
são as forças. Para entender as formas, precisamos entender as
forças. Para um movimento acostumado gerar uma forma, teve muitas
forças (muitas aulas, músicas, conversas)
● Presença viva do encontro:
O campo das forças é perceptível a partir da sensação e da
intensidade que são coisas invisíveis. É como o corpo se afeta.
As sensações são a presença viva do corpo das forças da alteridade (relação com
o outro), presença que gera mundos larvares que pedem passagem e que acabam
levando necessariamente à falência as formas de existência vigentes (ou seja,
quanto mais você se conecta com o campo de forças, você dá passagem aos
afetos, é de alguma forma sensibilizar as formas, elas começam a ficar mais
porosas, menos rígidas), o acesso ao corpo vibrátil é indispensável para que se
invente formas através das quais tais mundos larvares ganhem corpo e a vida possa
continuar fluindo, formas por cuja afirmação a potência de existência deverá lutar.
(ou seja, a gente tem uma existência cotidiana de captura dessas formas,
formas serializadas de ser estão a todo o tempo tentando silenciar e, de
alguma forma, despotencializar esse corpo e que a gente não consegue sentir
mais, de outras formas).
Mundos larvares:
Larvas são bichos pequenos que precisam de tempo e nutrientes para germinarem.
São pequenos bichinhos em nós querendo criar outro mundo. Encontro no aqui e
agora, encontro potente e singular que vai dizer da sua realidade. Às vezes a
mesma música vai bater demodo diferente, dependendo em que momento iremos
escutar.
Corpo e psíquico não podem ser pensados como instâncias separadas, mas como
modos diferenciados de uma mesma substância, de um mesmo ser.
O excesso de representações impede novas sensibilidades e apreensões diferentes
da mesma experiência. Com isso o campo de forças desse corpo vibrátil começa a
ficar assimétrico, descompassado.
De uma maneira imanente, rizomática Suely Rolnik vai dizer que não tem corpo e
psiquê separada. Ou seja, falar de corpo é falar de psiquismo; falar de psiquismo é
falar de corpo. Então vai falar de contextos sociais e questões econômicas, políticas
etc.
Pensar esse corpo vibrátil coloca as formas atuais em xeque (ou seja, questiona
essas representações únicas), pois estas (as formas, as maneiras de ser)
tornam-se um obstáculo para integrar as novas conexões (ou seja, se a gente
enrijece demais, torna-se um obstáculos para integrar novas conexões.) que
provocaram a emergência de um novo bloco de sensações (ou seja, a gente
sempre se afeta, as sensações, as intensidades, a intuição, ta vindo a todo
tempo. A gente é um corpo vibrátil que ta em comunicação com o mundo, mas
a gente às vezes tem blocos de representações, de obstáculos que não fazem
a gente sentir essas sensações diferentes.) Com isso, estas formas deixam de
ser condutoras de processo (ou seja, deixam de ser criativas), esvaziam-se de
vitalidade (ou seja perdem vida), perdem sentido. Instaura-se então na
subjetividade uma crise que pressiona, causa assombro, dá vertigem. (se
desconecta da realidade. Você não consegue entender o que ta acontecendo e
o que te tomam ideias de fora)
Corpo em Coma:
Entrar menos em contato com o mundo e com sua experimentação. O corpo vibrátil
encontra-se em estado de coma. É uma sobreimplicação.
Exposição multiplicada:
1. velocidade acelerada mais do que o corpo pode, “continuamente afetada por
um turbilhão de forças de toda espécie”
2. Reduz o prazo de validade das formas e significações em uso, obrigação de
reformatar-se instantaneamente, antes mesmo que tenha tido tempo de
inteirar-se das sensações que a mudança suscita e muito mais rapidamente
que o tempo de uma germinação (não se consegue debater um livro, uma
série porque sempre tem algo novo a todo o momento) que esse
processo implica para que uma nova forma ganhe corpo.
ex: arte como força de criação e sensibilização X arte como captura “colorterapia” e
cursos e aulas mil, glamour e status de lives e posts sem fim).
Corpo é pura potência, não se sabe o que ele pode, é preciso conhecer suas
possibilidades, seu grau de afetação no mundo - só se conhece o mundo e
mergulha na experiência quando se conhece a si próprio. Esse conhecer só se
dá em relação, no encontro do corpo com as forças da vida. Existem 3 graus que a
gente vai e volta o tempo todo nessa afetação (não acontecem numa progressão)
Graus de afetação:
Passivo ao acaso: Sobreimplicação completa, não entender o que acontece com si
próprio. É alienação, é seguir o fluxo da vida sem entender o que acontece. Não
elaboração, não percepção do que nos afeta. O corpo recebe marcas dos encontros
dos corpos, capta somente os efeitos dos encontros, ignorando suas causas e se
guia por ideias preconcebidas, por ilusões, por fantasmas. Ao ignorar as causas dos
encontros e suas lógicas, o ser é passivo ao sabor do acaso. Baixa afetação,
servidão.
ex: estar numa relação que não faz mais sentido, mas não se percebe pois o
instituído é estar dentro de uma relação. Está numa profissão que odeia, mas nao
percebe, pois o instituido como “sucesso” é estar nesta profissão que foi escolhida
pelos pais; estar em uma relação com um gênero que não sente atração (ou sente
pouca, ou nao percebe que sente por mais de uma), mas não se percebe, pois o
instituído como “correto” é estar em uma relação assim.
Afetivo racional: Um pouco mais implicado, um pouco mais atento, mas ainda
muito objetivo, muito racional. Ultrapassa a percepção das marcas deixadas pelos
encontros e se afeta através de um conhecimento teórico: O ser começa a ter
atividade, se relaciona com a natureza (mundo/social/fora), mas conhece apenas o
que vem de fora e não identifica singularmente aquilo que favorece a sua potência.
ex: Consegue entender o problema racionalmente, como por exemplo que não
gosta de determinada atitude do companheiro, mas não consegue entender porque
elu não para de fazer tal coisa. Não entende o afeto alheio porque é muito racional.
Afetivo Singular: É mais ligado à atenção, é mais implicado. Mais intuitivo, o ser é
ativo, está aberto ao que aumenta sua potência, o que favorece bons encontros, o
que sufoca, o que lhe despotencializa. Atento, percebe o que e como pode afetar no
mundo e o que e como pode ser afetado pelo mundo. Com mais diálogo, mais
debate, mais sensibilização ao que tá acontecendo.
Sintomas contemporâneos:
Sintomas de uma civilização. Síndrome do pânico, depressão, burnout.
Síndrome do pânico: Assombro perante a crueldade da vida que destrói formas de
existir, crueldade desproporcional. Se conectar com certos esgarçamentos, com
certos limites intransponíveis da vida. É ver que a vida pode ser mais do que o
corpo aguenta. A síndrome do pânico é o exagero disso, tomando realidade. O
indivíduo vê a destruição recorrente de modos de existência como ameaça de
destruição de si mesmo, a tal ponto que parece atingir o próprio organismo.
Depressão: Esvaziamento de sentido, isolamento, tristeza, afetos tristes. Ficar no
vazio produz descrença no mundo, o que impede o desejo de encantar-se e,
portanto, de conectar-se. Com isso, há um achatamento no futuro, já que ele não
pode ser imaginado. A subjetividade atola no tédio, suspensa nesta espécie de
limbo cinzento de uma vida que perdeu seu relevo e sua graça. Finito limitado,
loucura: a experiência compartilhada e social fora de controle.
Burnout/ansiedade/exaustão sem fim: Você está em muito movimento, mas
desconectada do corpo vibrátil. Forças de criação e resistência em atividade, porém
dissociadas do corpo vibrátil e perdem o ritmo entre si. Sem repouso, elaboração e
ressignificação, como engolir comida sem sentir o paladar, corpo vibrátil entra em
coma. Esgotamento físico e mental intenso por forças funcionarem sem ritmo,
distantes da própria potência.
A saúde do corpo depende de certo grau de abertura às forças do mundo.
Estar atento às sensações nos encontros e cada vez mais perceptível de si gera
que a pessoa se expresse mais e melhor e possa gerar mudanças em sua vida.
“Abrir o corpo” para as forças da alteridade (relação com o outro) do mundo um
pouco mais ou mais frequentemente, não esquecendo da prudência que deve nos
orientar na modulação desta abertura. Isto implica em reconhecer um pouco mais a
crueldade da vida e se assustar um pouco menos com o assombro e a vertigem que
a vida nos lança a cada vez que ela põe um mundo a perder.
Na esquizoanálise, a ciência se faz na experimentação. Conhecer é experimentar,
entrar em contato, sem protocolos, sem preparações, com afetos, com
contingências. É preciso tocar a realidade, vivenciar um plano comum. Não há
regras e roteiros, há pistas para um caminho a ser trilhado no encontro: “Todas as
entradas são boas desde que as saídas sejam múltiplas” (ROLNIK, 2014, pág
65 - cartografia sentimental)
Linhas e segmentaridades
O indivíduo se constitui a partir de agenciamentos. São 3 principais processos de
composição da nossa subjetividade (as 3 primeiras). Essas linhas não são pra
sempre, são transformáveis. Todas elas são compostas de encontros e afetos que
vão construindo e fazendo junto esses processos dessas linhas.
Linhas duras, molares - Territórialização: Algo rígido, cristalizado que se
constituiu há muito tempo. Comportamentos, modos de ser (noção de
atravessamento - classe social, gêneros, raças, instituições em nós). Não é
imutável. Algo que se habituou a ser assim, é um acúmulo de substâncias. Modos
de ser acostumados. Não é necessariamente algo bom ou ruim.
ex: sujeito-aluno, sujeito-trabalhador,sujeito-militar, sujeito-religioso, o marido em
casamento, o namorado, o pai de família.
Linhas flexíveis, moleculares - Reterritorialização: Vem junto com a linha dura, é
a história, a institucionalização. Traça pequenas modificações, situando a maneira
como o indivíduo participa e reproduz os códigos sociais em vigor. É a nossa
composição dentro das linhas duras. Dá o tom da história, o modo como o sujeito
vincula às histórias. A linha flexível anda apenas junto com a dura.
ex: Dentro da religião, a pessoa fez crisma e aí, durante a crisma começou a
questionar algumas coisas. E aí, apesar da religião ainda fazer sentido, cria um
novo modo de vivenciar ela, seu modo próprio.
Linha de fuga/de ruptura - Desterritorialização: Quebra de processo, corta,
ruptura. Ela passa/atravessa as outras linhas e depois que passa, ela muda as
estruturas das outras linhas, fazendo com que elas se reestruturem ao menos um
pouco. Ela quebra o processo e remonta as linhas duras. Recria as linhas duras.
Introduz os desvios, o inesperado, a organização no campo das regularidades
(noção de acontecimento e transversalidade).
Linha de abolição: Algumas vezes as linhas se embolam e provocam nós,
sufocamentos. Linhas de fuga que sufocam, destroem o ser (o que era desvio é
novamente capturado e despotencializado).

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