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CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
INTRODUÇÃO 1. 
A disciplina Atuária foi dividida em seis unidades com o objetivo de facilitar sua compre-
ensão sobre o assunto, permitir que você pesquise a respeito dos tópicos apresentados de for-
ma sequencial e, assim, possa solucionar, gradativamente, suas eventuais dúvidas. 
No decorrer da Unidade 1, apresentaremos alguns Conceitos Básicos da Ciência Atuarial, 
seus ramos e campos de atuação. Além disso, revelaremos o surgimento da Ciência Atuarial no 
mundo e, também, a qualificação profissional do atuário quanto à sua formação, carreira e re-
gistro nos órgãos disciplinadores e fiscalizadores, bem como o seu mercado de trabalho. Neste 
momento, é importante conhecermos as ferramentas atuariais aplicadas, como a matemática, 
a estatística e os métodos das reservas matemáticas, com o objetivo de compreender o cálculo 
do prêmio do seguro a ser aplicado para cobrir os riscos e quanto à ocorrência do resgate da 
apólice de seguro.
Na Unidade 2, estudaremos os conteúdos teóricos de Seguros e Contabilidade de Segu-
ros, ou seja, veremos uma breve síntese sobre a evolução dos seguros, o mercado de trabalho 
atual, a legislação específica e os tipos de seguros, além de noções sobre previdência privada, 
previdência social e capitalização, e os principais aspectos contábeis das empresas seguradoras, 
tais como as classificações contábeis, as demonstrações contábeis das empresas seguradoras, 
as notas explicativas (aspectos relevantes), a análise financeira (índices de endividamento e li-
quidez), a análise econômica (índices de margem e lucratividade), os custos de comercialização 
e os custos administrativos de companhias seguradoras.
Já na Unidade 3, discutiremos as Tábuas de Mortalidade ou de Sobrevivência, aprende-
remos como desenvolvê-las, além de desenvolver uma Tábua de Comutação e calcular as ope-
© Atuária
Centro Universitário Claretiano
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rações de seguros e de previdências envolvendo riscos financeiros e atuariais, utilizando-se da 
Tábua de Mortalidade e da Tábua de Comutação.
Além disso, na Unidade 4, falaremos sobre Rendas Aleatórias, Seguros e Prêmios, a fim de 
conhecer os tipos de rendas e prêmios existentes, bem como aprender a calcular os prêmios por 
meio dos diversos tipos de rendas. Estudaremos, ainda, os tipos de seguros (seguros de vida e 
seguros pagáveis por morte), aprendendo a calcular os prêmios decorrentes desses seguros.
Na Unidade 5, abordaremos a Reserva ou Provisão Matemática. Apresentaremos as pro-
visões técnicas existentes, conceituando-as e calculando-as, e compreenderemos o conceito de 
reserva matemática, demonstrando a sua relação com a Contabilidade. Por fim, introduziremos 
os métodos de cálculo da reserva matemática e desenvolveremos cálculos (de forma introdutó-
ria) dos métodos prospectivo e retrospectivo para constituição da reserva matemática.
Finalmente, na Unidade 6, encerraremos a disciplina falando sobre uma abordagem histó-
rica da Auditoria Atuarial. Abordaremos os conceitos das auditorias de seguros, o planejamento 
da auditoria de seguros, os procedimentos e nota técnica atuarial, os tipos de parecer e os riscos 
existentes, o relatório de avaliação atuarial e o parecer atuarial e, por fim, os relatórios do audi-
tor atuarial independente e seus modelos.
Bons estudos!
ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA2. 
Abordagem Geral da Disciplina
Téssia Berber Teixeira 
 Mestre em Controladoria e Contabilidade 
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estudado nesta disciplina. Aqui, 
você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e 
terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No entanto, essa 
Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você pos-
sa construir um referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro 
exercício de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade 
social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que 
fundamentam esta disciplina. 
A Atuária é uma disciplina da contabilidade que utiliza os conhecimentos adquiridos em 
matemática, estatística, economia e administração financeira, para serem aplicados especifica-
mente nas áreas de seguros e de previdência. 
O contador precisa conhecer a matemática atuarial já que atua, também, nas mesmas em-
presas que o atuário. Dessa forma, o contador, para efetuar a contabilidade ou auditar empresas 
de previdência, seguradoras e empresas de capitalização, precisa ter noção, por exemplo, dos 
cálculos que gera a conta de reserva matemática, uma das mais importantes contas do Balan-
ço Patrimonial, situada no passivo, bem como as variáveis que podem modificá-la (OLIVEIRA, 
2007).
Para aprendermos o conceito de Ciência Atuarial, além dos vários aspectos relacionados a 
essa área, vamos dividir essa Abordagem Geral em seis partes:
15© Caderno de Referência de Conteúdo
Ciência Atuarial, Profissional Atuário e as Ferramentas Atuariais.1) 
Seguros e Previdência.2) 
Contabilidade de Seguros.3) 
Tábuas de Mortalidade.4) 
Rendas Aleatórias, Seguros e Prêmios.5) 
Reservas Matemáticas.6) 
Nesta fase inicial, conheceremos um pouquinho mais sobre a Ciência Atuarial, a atuação 
do profissional atuário nas empresas seguradoras e de previdência, como, também, a matemá-
tica atuarial. 
A atuária surgiu há, aproximadamente, 150 anos na Inglaterra. O foco de seus estudos 
abrangia apenas as aposentadorias e pensões, estendendo-se para a área de seguros somente 
no século 20. Por fazer parte do mercado financeiro, a atuária continua a se expandir e exige am-
plos estudos na área administrativa e financeira, em virtude dos riscos financeiros e econômicos 
envolvidos, todavia, no Brasil, o primeiro curso de Ciências Atuariais, com formação universitária 
específica e obrigatória, surgiu somente em meados de 1940.
Entende-se por atuária o ramo do conhecimento que lida com matemática de seguros, in-
cluindo probabilidades, utilizada para garantir que os riscos sejam cuidadosamente avaliados, os 
prêmios sejam estabelecidos adequadamente pelos classificadores de riscos e a provisão para 
os pagamentos futuros de benefícios seja adequada (OLIVEIRA, 2007).
A atuária é dividida em dois grandes ramos:
 •	 Ramo vida: que tem características de longo prazo e estuda os modelos relacionados 
a benefícios de aposentadoria, pensões, seguro de vida e saúde.
 •	 Ramo não vida ou elementar: com características de curto prazo, estuda os modelos 
relacionados a seguros em geral, como, por exemplo, incêndios, transportes, acidentes 
pessoais, automóveis, responsabilidades civis.
Diante da caracterização da Ciência Atuarial, torna-se imprescindível para o profissional 
atuário o conhecimento multidisciplinar no domínio de conceitos gerais sobre matemática, es-
tatística, contabilidade, administração, economia, finanças e informática. 
Nesse contexto, o atuário desenvolve, em seu trabalho, a análise dos casos de mortali-
dade, de invalidez, de doença, de fecundidade e de natalidade. Além de comparar as probabi-
lidades de ocorrências, avaliar os riscos e fixar os valores dos prêmios, das indenizações e dos 
benefícios. É função dele, também, calcular as reservas técnicas das empresas seguradoras.
O atuário tem como funções:
Estimar o preço que o segurado deve pagar para ter os benefícios prometidos.1) 
Mensurar e relacionar o acaso e o tempo.2) 
Assegurar tanto a solvência econômica quanto a solvência financeira da empresa.3) 
Responsabilizar-se pela determinação e tarifação dos prêmios de seguros e de capita-4) 
lização.
Responsabilizar-se pela análise atuarial dos lucros dos seguros e da forma de distribui-5) 
ção entre os segurados.
Somente o atuário pode assinar os balanços das empresas seguradoras e de capitaliza-
ção. 
A profissão do atuário é considerada como umadas profissões do futuro, já que há uma 
escassez de mão de obra qualificada, ocasionando, assim, uma grande demanda por esses pro-
© Atuária
Centro Universitário Claretiano
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fissionais. Dessa forma, as oportunidades de empregos são atraentes, já que o mercado absor-
ve todos os profissionais que se formam anualmente no Brasil, destacando-se os salários com 
quantias consideráveis.
Os campos de atuação do profissional de atuária são, especialmente, os segmentos de 
seguros e capitalização, previdência social e privada, resseguro e instituições financeiras. 
No Brasil, a educação atuarial para a qualificação e capacitação do atuário é realizada 
por curso de graduação específico, com duração média de quatro anos ou oito semestres, para 
obtenção do diploma de graduação em Ciências Atuariais, por meio de universidades já creden-
ciadas pelo MEC.
Concluído o curso, o atuário deverá registrar-se como profissional provisório nos Con-
selhos Regionais, conforme as regras estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A 
apresentação do diploma deverá ocorrer no prazo máximo de 12 meses a contar da data do 
registro. Após esse prazo, se o atuário não apresentar o diploma, o registro profissional emitido 
será automaticamente cancelado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Além dos Conselhos Regionais, que são órgãos disciplinadores e fiscalizadores da profis-
são atuária, existe o Instituto Brasileiro de Atuários (IBA), que representa a associação de classe 
dos atuários brasileiros. Esse órgão reconhece todos os formandos dos cursos de graduação au-
torizados pelo MEC por meio da aplicação de exame obrigatório aos novos membros, e somente 
os graduados em atuária poderão realizá-los.
É importante destacar que a Ciência Atuarial mensura os riscos seguráveis, todavia, uma 
característica essencial para o cálculo de seguros e de previdência é o mutualismo, já que a 
atuária se preocupa com um grupo de pessoas que possui os mesmos interesses, no que tange 
à busca de recursos para suprir eventuais necessidades presentes e futuras por meio da contra-
tação de seguros ou de previdência.
Isso porque a sociedade, como forma de minimizar os impactos das incertezas futuras, 
achou adequado organizar-se em grupos, a fim de considerar os riscos de maneira coletiva em 
detrimento à perspectiva individual, de modo que os possíveis danos fossem suportados pelo 
conjunto.
Os cálculos atuariais contemplam a Matemática Financeira com os princípios de Estatísti-
ca.
A matemática financeira pode ser aplicada na verificação do valor presente de um deter-
minado prêmio, já a estatística, por meio da probabilidade, pode verificar, por exemplo, a possi-
bilidade de um individuo de idade “x” chegar à idade “x+n” anos.
Dessa forma, as principais ferramentas de cálculo abrangidas pela Ciência Atuarial são a 
estatística, sobretudo na elaboração da tábua de mortalidade, e a matemática financeira, no 
desenvolvimento dos cálculos de risco.
Vale dar destaque, também, à Estatística Atuarial, por ser de suma importância para o de-
senvolvimento dos cálculos atuariais. Dentro da Estatística Atuarial, encontram-se duas grandes 
ferramentas utilizadas pelos atuários: a Lei dos Grandes Números e a Probabilidade.
A Lei dos Grandes Números determina o grau de possibilidade de produção de um deter-
minado acontecimento. Essa lei é fundamental para a técnica atuarial no que se refere ao cálcu-
lo e à determinação dos prêmios que devem ser aplicados para cobrir os riscos. Portanto, para 
uma seguradora de veículos, por meio da Lei dos Grandes Números, é possível verificar quantos 
dos carros segurados, em porcentagem, provavelmente, sofrerão algum dano em um período 
determinado.
17© Caderno de Referência de Conteúdo
Já, a Probabilidade remete à ideia de acaso, de algo que simplesmente tem de acontecer 
e que não se pode fazer nada (ou pode-se fazer muito pouco) para mudar, como o nascimento, 
o crescimento, a velhice e a morte.
Essas ferramentas são utilizadas em vários cálculos atuariais como as tábuas de mortali-
dade ou de sobrevivência, que se utilizam da probabilidade para detectar o número de óbitos e 
de sobrevida de uma determinada população, além de verificar, também, a esperança de vida 
de um indivíduo.
O seguro e a previdência oficial e privada
O seguro é um meio de proteção contra perdas decorrentes de vários tipos de riscos.
Em outras palavras, o seguro nada mais é do que um contrato em que uma das partes, a 
seguradora, obriga-se para com a outra parte, o segurado, a indenizá-lo de um prejuízo, o sinis-
tro, resultante de um evento futuro, possível e incerto (o risco) indicado no contrato, mediante 
o recebimento de uma importância estipulada (o prêmio) (SOUZA, 2002).
A atividade seguradora, no Brasil, teve início com Dom João VI, que promoveu a abertu-
ra dos portos ao comércio internacional. A primeira seguradora do país foi fundada em 24 de 
fevereiro de 1808, e denominada "Companhia de Seguros Boa Fé", com sede na Bahia, que, na 
época, era um grande centro da navegação marítima.
A consolidação da legislação de seguros, de resseguros e das atividades de capitalização 
do país deu-se com o decreto-lei nº 73, de 1966, que originou o Sistema Nacional de Seguros Pri-
vados, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência 
de Seguros Privados (Susep), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pelas sociedades auto-
rizadas a operar em seguros privados e capitalização, bem como pelos corretores habilitados.
As companhias de seguros no Brasil têm como característica operar em vários ramos de 
seguros, não sendo especializadas em determinado segmento. Isso dificulta a administração, 
já que envolve diversas carteiras com riscos, públicos, tamanho e rentabilidades muito diferen-
tes.
O Sistema Nacional de Seguros Privados é composto por diversos órgãos reguladores, são 
eles:
CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados1) : é o órgão máximo do setor de segu-
ros, responsável pela fixação de diretrizes e normas da política de seguros e ressegu-
ros, o qual regula e fiscaliza a orientação básica e o funcionamento dos componentes 
do sistema. 
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados2) : autarquia vinculada ao Ministério da 
Fazenda criada como órgão governamental de atuação colegiada e competência nor-
mativa, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência 
privada aberta (complementar), capitalização e resseguros.
IRB – Instituto de Resseguros do Brasil3) : é uma sociedade de economia mista com per-
sonalidade jurídica própria de direito privado, além de desfrutar de autonomia para 
fiscalizar (regular) o cosseguro, o resseguro (obrigatório e facultativo) e a retrocessão, 
organizar e administrar consórcios, proceder à liquidação de sinistros e distribuir pelas 
seguradoras a parte dos resseguros que não retiver, bem como promover o desenvol-
vimento das operações de seguro no país.
CONSIF – Confederação Nacional do Sistema Financeiro4) : entidade sindical de grau su-
perior que congrega as federações, na qual se agrupam os sindicatos que representam 
as instituições financeiras.
© Atuária
Centro Universitário Claretiano
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FENASEG – Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza-5) 
ção: é a entidade que congrega as empresas do setor de seguros, organizadas por 
meio de oito sindicatos patrimoniais regionais com localização na Bahia, em Minas 
Gerais, no Paraná, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa 
Catarina e em São Paulo.
FENACOR – Federação Nacional dos Corretores de Seguros, de Capitalização e de 6) 
Previdência Privada: entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica 
dos corretores de seguros e de capitalização.
ANAPP – Associação Nacional de Previdência Privada7) : representa as entidades atu-
antes no segmento aberto de previdência privada no Brasil, agindo pelos seus interes-
ses.
FENAPREVI – Federação Nacional da Previdência Privada e Vida8): essa nova entidade 
sucedeu a ANAPP e faz parte do novo modelo institucional de representação do mer-
cado segurador brasileiro com grande expansão. 
FUNENSEG – Fundação Escola Nacional de Seguros9) : entidade que tem por finalidade 
profissionalizar e qualificar as pessoas e as empresas que trabalham com seguros.
IBA – Instituto Brasileiro de Atuária10) : é uma instituição que tem como objetivos a pes-
quisa, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da ciência e da tecnologia dos fatos 
aleatórios econômicos, financeiros e biométricos em todos os seus aspectos e apli-
cações; a colaboração com instituições de seguro e capitalização, previdência social 
e privada, organizações bancárias e similares, além de cooperação com o Estado no 
campo de atuação do profissional de atuária e na implementação da técnica atuarial. 
CGPC – Conselho de Gestão da Previdência Complementar11) : órgão colegiado, norma-
tivo de deliberação, coordenação, controle e avaliação da política nacional das entida-
des fechadas de previdência privada, integrante da estrutura regimental do Ministério 
da Previdência Social.
As empresas seguradoras podem realizar a venda de seguros por meio do corretor de 
seguros, ou do agente de seguros (profissional de vendas vinculado a uma seguradora, que co-
mercializa seus planos) ou, também, pela venda direta de seguros ao consumidor, que procura 
fazer seu seguro diretamente com a seguradora. 
Existem dois tipos de seguros, segundo a manutenção de garantia:
 •	 Seguro público: caracteriza-se por ter o risco segurado assumido por pessoa jurídica 
de direito público, sem finalidades lucrativas. Como exemplo, podemos citar os seguros 
cujo monopólio pertence ao Estado, como a Previdência Social.
 •	 Seguro privado: ocorre quando o risco segurado é assumido por pessoa jurídica de di-
reito privado com fins lucrativos e constituída sob a forma de uma S.A. Obedece às leis 
específicas e abrange todos os seguros, exceto os sociais, além de contemplar aspectos 
atuariais, financeiros, políticos e jurídicos. No caso dos seguros agrícolas, estes podem 
ser assumidos por cooperativas.
A legislação brasileira também impõe a contratação de alguns seguros obrigatórios, são 
eles:
Danos pessoais causados por veículos de via terrestre ou de carga a pessoas transpor-1) 
tadas ou não, e a passageiros de aeronaves comerciais.
Responsabilidade civil do construtor de imóvel em zona urbana por danos a pessoas 2) 
ou coisas.
Garantia de pagamento a cargo do mutuário da construção civil.3) 
Bens dados em garantia de empréstimo ou financiamento de instituições públicas.4) 
Incêndio e transporte de bens pertencentes às pessoas jurídicas situadas no país ou 5) 
nele transportadas.
19© Caderno de Referência de Conteúdo
Crédito rural e crédito à exportação, quando concedidos por instituições públicas. 6) 
 Se falarmos em natureza dos riscos, os seguros podem ser classificados em:
Seguros de pessoas•	 : são escolhidos e definidos pelo próprio segurado e o prêmio é fixo. 
A variável mais importante é a duração da vida da pessoa, assim o pagamento da inde-
nização tem relação com o valor da cobertura contratada pelo segurado. São exemplos: 
os seguros de vida, os seguros de acidentes pessoais, de educação e de saúde.
 •	 Seguros de não pessoas: são relacionados ao bem segurado. As variáveis mais impor-
tantes são o tempo e a probabilidade de ocorrência do evento. A principal finalidade 
desse tipo de seguro é indenizar (reparar) o segurado, a perda financeira ocasionada 
pelo sinistro. São exemplos: os seguros de danos patrimoniais (seguros de automóveis, 
de cargas, de incêndios) e os seguros de prestação de serviços (seguro de fiança loca-
tícia).
O contrato de seguro é um documento exigido por lei que formaliza a relação entre a 
seguradora e o segurado, sendo que a seguradora compromete-se com o segurado a pagar-lhe 
um prêmio ou a indenizá-lo, caso haja algum prejuízo futuro resultante de riscos previstos no 
contrato.
Os principais instrumentos formais que compõem o contrato de seguro são: 
Proposta1) : é a base do contrato representando a vontade do segurado de transferir o 
risco para a seguradora.
Apólice2) : é o contrato propriamente dito, emitido a partir da proposta. Inclui todas as 
cláusulas pactuadas, em vigor por determinado período, geralmente um ano.
Endosso3) : é o documento que atualiza o contrato, isso quando for necessário modificar 
a apólice. 
Aditivos4) ou Averbações: são documentos emitidos pelo segurado para informar à se-
guradora sobre bens e verbas a garantir.
Previdência oficial e privada
A Previdência Oficial é oferecida pelo Estado, como pessoa jurídica de direito público, sem 
fins lucrativos e tem como objetivo a proteção da classe trabalhadora, garantindo sua subsistên-
cia, ou seja, o mínimo de preservação de qualidade de vida de modo condizente com a justiça 
social.
A Previdência Oficial no Brasil é administrada pelo Ministério da Previdência Social, por 
meio do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, que recebe as contribuições mensais dos 
trabalhadores e de empresas para prestar os benefícios nos casos de aposentadoria ou invalidez 
permanente.
A Previdência Oficial no Brasil sofreu com uma sucessão de défices nos últimos anos, pio-
rando ainda mais essa situação, o número de contribuintes tem diminuído gradativamente du-
rante os anos e tem aumentado o número de pessoas beneficiadas, fazendo que esse défice au-
mente ainda mais ao longo anos. Além disso, o benefício concedido aos aposentados é inferior 
e insuficiente para manter o padrão de vida esperado na velhice.
Devido às características atuais da Previdência Oficial no Brasil, o crescimento e a popula-
rização da previdência privada ocorreram de maneira significativa ao longo dos anos. 
A previdência privada pode ser classificada como um seguro de renda, já que é uma apo-
sentadoria independente que pode complementar a concedida pela Previdência Social, desta-
cando-se por ser opcional e voluntária, utilizada para preservar um determinado padrão de vida. 
© Atuária
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O participante pode começar a receber uma pensão antes mesmo de se aposentar ou de sacar 
parte do prêmio, se vir a enfrentar uma doença grave.
A previdência privada pode ser tanto fechada quanto aberta, conforme veremos a seguir.
As entidades de previdência privada fechada só podem administrar um único fundo de 
pensão, isto é, operam dentro de uma única empresa e têm como participantes apenas seus 
funcionários, com o objetivo de prestação de benefícios complementares e assemelhados aos 
da Previdência Social.
As entidades de previdência privada aberta administram diversos fundos ao mesmo tem-
po e qualquer pessoa pode participar. Visam à prestação de benefícios opcionais, de caráter 
mais individual. Os planos garantem remuneração mínima igual à da poupança. As contribuições 
são mensais por um número determinado de anos, segundo a renda futura esperada e a idade 
previamente estabelecida, e os benefícios podem ser recebidos na forma vitalícia ou em forma 
de capital.
A seguir, procuraremos entender como a contabilidade faz parte de todo esse processo de 
ligação entre a gestão contábil e atuária das empresas de seguros.
A contabilidade, antigamente, era necessária apenas para atender às exigências fiscais, 
todavia, atualmente, é vista como uma ferramenta gerencial, responsável por um fluxo contí-
nuo de informações nas empresas para suprir os tomadores de decisões com dados confiáveis 
e úteis. 
Desse modo, no Brasil, com o crescimento do mercado de seguros, o controle e a dispo-
nibilização dos dados estão relacionados aos cálculos atuariais existentes, principal fonte de 
medida do desempenho financeiro da seguradora, que administra capitais de terceiros com o 
intuito de satisfazer prejuízos que possam advir dos riscos segurados.
A contabilidade de uma seguradora é uma tarefa complexa e o desafio está na avaliação 
dos ativos intangíveis e intelectuais, em virtude dostipos de seguros oferecidos e da qualidade 
desses serviços. Assim, para que uma seguradora possa ter sucesso, os ativos intangíveis e inte-
lectuais são, muitas vezes, mais importantes do que os ativos físicos e tangíveis. 
Com base em sua constituição jurídica, a empresa seguradora é obrigada a seguir as de-
terminações dos órgãos contábeis e obedecer aos princípios contábeis previstos na legislação 
societária e às normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), regulamentadas por 
instruções da Superintendência de Seguros Privados (Susep). 
Uma empresa seguradora tem por exigência efetuar o registro de suas operações nos li-
vros contábeis obrigatórios como qualquer outra empresa. As operantes em Ramos Elementares 
e em Ramo Vida ainda são obrigadas a efetuar registros oficiais, que são fontes de informações 
para as partidas contábeis efetuadas mensalmente pela seguradora.
A contabilidade nas empresas seguradoras compreende três grupos: 
Grupo A•	 : emissão de apólice e outros documentos que envolvam prêmios a receber, 
exceto bilhetes de seguro. 
Grupo B•	 : cobrança de apólices e outros documentos que envolvam arrecadação de 
prêmios, inclusive bilhetes de seguros.
Grupo C•	 : sinistros avisados. 
No encerramento do exercício social, deverão ser apurados o Balanço Patrimonial, a De-
monstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a 
21© Caderno de Referência de Conteúdo
Demonstração de Fluxo de Caixa, a Demonstração do Valor Adicionado, bem como as Notas Ex-
plicativas e, obrigatoriamente, essas demonstrações deverão ser divulgadas em jornais de gran-
de circulação. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas de acordo com os princípios 
contábeis criados por resolução do Conselho Federal de Contabilidade e, também, previstos na 
legislação societária e especificamente constantes nas normas do CNSP, que foram devidamente 
regulamentadas pelas instruções da Susep.
Devido à sua especificidade, a companhia seguradora contempla algumas contas que, nor-
malmente, não são utilizadas em outros tipos de empresa, tais como:
Créditos operacionais e despesas de comercialização diferidas no Ativo Circulante. Dé-1) 
bitos de operações com seguros e provisões técnicas no Passivo Circulante. 
Receitas de prêmios emitidos na DRE.2) 
Despesas de prêmios de cosseguros e resseguros cedidos, de variação das provisões 3) 
de prêmios não ganhos e de sinistros retidos também na DRE.
O atual plano contábil de uma seguradora visa uniformizar os registros, racionalizar a uti-
lização de contas, estabelecer regras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e di-
vulgação de dados, além da análise para avaliação do desempenho para que as demonstrações 
elaboradas expressem a fidedignidade e a transparência de sua situação econômico-financeira.
Os principais procedimentos contábeis a serem adotados por uma seguradora são:
As receitas de prêmios são contabilizadas, pelo seu valor total, quando da emissão da 1) 
apólice, e reconhecidas mensalmente nas contas de resultados, pelo valor proporcio-
nal, segundo o transcorrer da vigência do risco.
As despesas de comercialização são diferidas quando da emissão da apólice e, tam-2) 
bém, reconhecidas nas contas de resultados mensalmente com base no prazo de vi-
gência do risco.
Incluem-se nesses conceitos os prêmios não ganhos, sinistros e despesas de comercia-3) 
lização relativas a cosseguros, resseguros e retrocessão.
Os sinistros devem ser registrados contabilmente quando avisados. A provisão é cons-4) 
tituída, muitas vezes, em valores estimados. 
Tábuas de Mortalidade
A construção de Tábuas de Mortalidade tem o intuito de apresentar o número de pessoas 
vivas e mortas de um determinado grupo desde a origem até a extinção completa desse grupo. 
Isso serve para auxiliar os atuários no cálculo dos possíveis riscos seguráveis que possam vir a 
ocorrer com um indivíduo segurado. 
Para uma dada população, a tábua de mortalidade é uma ferramenta importante em ter-
mos de estudos atuariais e demográficos, sendo muito utilizada para situações de previsões e 
estudos de demanda para estimativas de custo da seguridade social e de prêmios de seguros 
privados.
A tábua de mortalidade é uma tabela que apresenta o número de pessoas vivas e de pes-
soas mortas, em ordem crescente de idade, desde a origem até a extinção completa do grupo, 
caracterizando-se como um dos elementos básicos dos seguros de vida e de previdência social.
Existem dois tipos de tábuas:
as construídas tendo-se em vista um grande número de população; •	
as construídas levando-se em conta um grupo de pessoas selecionadas.•	
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As empresas de seguros preferem as tábuas construídas com base em um grupo de pes-
soas selecionadas, porque as construídas considerando um grande número de pessoas tendem 
a apresentar resultados muito heterogêneos e que não representam a realidade em que a em-
presa atua, ou seja, as que selecionam um grupo de pessoas acabam por retratar um resultado 
mais homogêneo e de acordo com a realidade da empresa.
Para o cálculo da tábua é necessário, inicialmente, escolher a população base que é a po-
pulação a ser estudada, e, logo em seguida, define-se o período estatístico, isto é, o tempo para 
a coleta dos dados. Não podemos nos esquecer, também, de desconsiderar do total de pessoas 
vivas as reduções ou os acréscimos causados por mortes, pela migração ou pela rotatividade.
A taxa de mortalidade pode variar conforme a idade, o sexo, a região geográfica, a raça, 
a ocupação profissional, a faixa de renda salarial etc. Assim, as tábuas de mortalidade podem 
ser diferenciadas por sexo e, no caso de seguro de vida, podem ser classificadas, também, por 
grupos de fumantes e de não fumantes.
É importante destacar que a construção de tábuas de mortalidade deve ser específica para 
cada país, já que cada população tem características diferentes. Todavia, o mercado brasileiro de 
seguros e de previdência vem utilizando tábuas desenvolvidas por outros países.
A utilização de tábuas estrangeiras no Brasil acontece devido aos problemas encontrados 
na coleta das informações da população (o IBGE é o responsável pela coleta dessas informa-
ções). Entretanto, essa coleta ainda apresenta falhas significativas que afetam sobremaneira o 
cálculo das taxas de mortalidade e sobrevivência. Assim, as empresas acabam utilizando tábuas 
estrangeiras, por exemplo, AT49, AT83, AT2000 (de origem norte-americana), GKM80, GKM95 
(de origem suíça), entre outras. 
Os elementos que compõem uma tábua de mortalidade são representados por símbolos, 
conforme podemos conferir no Quadro 1:
Quadro 1 Elementos da Tábua de Mortalidade. 
SÍMBOLO DESCRIÇÃO
l Originário da palavra "living", representa o número de sobreviventes em uma certa idade.
d Originário da palavra "death", representa o número de pessoas que falecem em uma determinada idade.
p Originário da palavra "probability", representa a probabilidade matemática de sobrevivência.
q Mede a taxa de mortalidade ou a probabilidade matemática de falecimento. Ou seja, representa a probabilidade complementar de p.
e Originário da expressão "expectation of life", representa a esperança de vida. Ou seja, retrata a média de vida que resta para uma pessoa em uma determinada idade.
ω O símbolo “ômega” representa a idade que não poderá ser atingida por nenhum componente do grupo.
Fonte: Chan; Silva; Martins (2006, p. 55)
Na tábua de mortalidade, denominamos raiz da tábua, o número de pessoas vivas cor-
respondentes à idade inicial, e, a idade final (em que não se encontram mais sobreviventes), 
denomina-se	de	idade	ω	(ômega).	Mediante	o	cálculo	dessa	tábua,	é	possível	medir	a	probabili-
dade de sobrevivência (px), e a probabilidade anual de morte (qx).
As tábuas de mortalidade são, preferencialmente, representadas por seis colunas: 
1ª coluna1) : “x” representa a coluna das idades, isto é, a idade, em anos inteiros, de 
uma pessoa de uma população.2ª coluna2) : “lx” representa a quantidade de pessoas vivas na idade “x”.
3ª coluna3) : “dx” é a quantidade de pessoas mortas na idade “x”.
23© Caderno de Referência de Conteúdo
4ª coluna4) : “qx” é a taxa de mortalidade correspondente à idade “x”, ou seja, é a pro-
babilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade “x”, morrer com essa 
mesma idade.
5ª coluna5) : “px” representa a taxa de sobrevivência correspondente à idade “x”, ou 
seja, é a probabilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade “x”, al-
cançar viva (ativa ou inválida) a idade seguinte “x+1”.
6ª coluna6) : 
0
xe representa esperança de vida, é a expectativa completa de vida para um 
participante com a idade x.
Às tábuas de mortalidade podem ser acrescentadas mais duas colunas:
 •	 npx = probabilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade x, alcançar 
viva (ativa ou inválida) a idade seguinte x+n.
 •	 nqx = probabilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade “x”, sobrevi-
ver até alcançar a idade “x+n”, e, nesta mesma idade, “x+n”, morrer.
A seguir, abordaremos os aspectos concernentes ao cálculo das rendas e seus respectivos 
prêmios.
Cálculo das rendas
A renda corresponde a uma forma de pagamento de indenização efetuada pelo segurador. 
A renda pode variar significativamente dependendo do modo e do período. O seguro de vida é 
um tipo de renda que representa o valor provável de um pagamento (prêmio).
Dessa forma, a renda aleatória é aquela cujos valores somente serão pagos em caso de 
sobrevivência do segurado, e a ocorrência do falecimento dele é um evento não programado. A 
renda aleatória pode ser dividida em: 
Renda constante•	 : são aqueles títulos cuja remuneração ou retorno de capital pode ser 
dimensionado no momento da aplicação. Os títulos de renda constante são públicos 
ou privados, conforme a condição da empresa que os emite. Como títulos de renda fixa 
públicos podemos citar as Notas do Tesouro Nacional, os Bônus do Banco Central, os Tí-
tulos da Dívida Agrária, bem como os títulos estaduais e municipais. Já como títulos de 
renda fixa privados citamos as Letras de Câmbio, os Certificados de Depósito Bancário 
(CDB), os Recibos de Depósito Bancário (RDB) e as Debêntures. 
Renda variável•	 : são aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser di-
mensionado no momento da aplicação. São exemplos: ações, quotas ou quinhões de 
capital, o ouro, contratos negociados nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros 
e assemelhadas. São calculados tanto em progressão aritmética quanto em progressão 
geométrica.
A renda aleatória constante pode ser dividida em imediata e diferida.
A renda aleatória constante imediata compreende a renda em que o segurado paga um 
valor à vista à empresa seguradora, ou seja, um prêmio único, e, logo em seguida, já se inicia o 
recebimento da renda.
A renda aleatória constante diferida é um tipo de renda na qual o segurado paga o valor 
do prêmio à empresa seguradora, e o recebimento da renda somente acontece após um deter-
minado período, denominado, período de diferimento. O período de diferimento compreende 
o período entre a contratação e o recebimento da renda.
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Os principais tipos de rendas existentes englobam as rendas aleatórias constantes, que 
são as seguintes: 
Renda Aleatória Constante Imediata Vitalícia Antecipada1) : é uma renda anual, sendo 
o seu pagamento no início do período e contratada por toda a vida.
Renda Aleatória Constante Imediata Vitalícia Postecipada2) : é uma renda com paga-
mento que anula no fim do período, sendo paga pelo resto da vida.
Renda Aleatória Constante Imediata Temporária Antecipada3) : é uma renda paga anu-
almente no início de cada período, porém, é paga apenas por um prazo estabelecido. 
Essa renda possui as mesmas características da Renda Aleatória Constante Imediata 
Vitalícia Antecipada, entretanto ela deve ser paga por um período estabelecido.
Renda Aleatória Constante Imediata Temporária Postecipada4) : é uma renda que se 
paga ao fim de cada período, todavia, é paga por um prazo determinado. Esse tipo de 
renda possui o mesmo comportamento da Renda Aleatória Constante Imediata Vita-
lícia Postecipada, a diferença entre as duas consiste apenas no pagamento que deve 
ser feito em um período determinado.
Renda Aleatória Constante Diferida Vitalícia Antecipada5) : essa renda é contratada 
para ser recebida por toda a vida, sendo que o seu pagamento acontece sempre no 
início de cada período, logo após o prazo de diferimento.
Renda Aleatória Constante Diferida Vitalícia Postecipada6) : é uma renda anual, con-
tratada por toda a vida, sendo o seu pagamento no fim de cada período, após o di-
ferimento. Esta renda é a que se concede às pessoas no momento da aposentadoria 
por tempo de contribuição ou por idade, cujo pagamento se inicia um mês após a 
cessação das atividades das pessoas, ignorando-se, a partir dali, se essas pessoas con-
tinuarão ativas ou não.
Renda Aleatória Constante Diferida Temporária Antecipada7) : é uma renda anual, con-
tratada por um prazo estabelecido, sendo o seu pagamento no início de cada período, 
após o diferimento.
Renda Aleatória Constante Diferida Temporária Postecipada8) : é uma renda anual, 
contratada por um prazo estabelecido, sendo o seu pagamento no fim de cada perío-
do, após o diferimento.
Para se calcular o prêmio, isto é, o valor a ser pago pelo segurado à empresa seguradora 
para obtenção da renda, basta calcular as obrigações futuras do segurado, que são as mesmas 
da seguradora.
Desse modo, a equação da obtenção do valor do prêmio é expressa a seguir: 
Obrigação do segurado = Obrigação da Seguradora
ou
Valor presente das obrigações do segurado =Valor presente da renda futura do segurado
Para tanto, essas rendas podem ser compradas à vista, com pagamento de prêmio único; 
ou, a prazo, com prêmios pagos em parcelas.
A seguir, enfocaremos o último tópico que trata das Reservas Técnicas.
Reservas Técnicas
A Reserva Técnica é chamada de reserva para riscos futuros como, também, reservas para 
riscos em curso. Reserva, em Ciências Atuariais, além do Capital Social e da soma de dívidas 
determinadas, é tudo que figura no passivo de uma sociedade. Assim, reserva poderá destinar-
se:
à depreciação de certos elementos do ativo;•	
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aos futuros pagamentos, cujos montantes são ignorados, mas cuja realização é certa;•	
à cobertura de perdas futuras ou de estabilidade da sociedade seguradora.•	
Assim, as reservas técnicas são a garantia das transações das empresas de seguros e de-
vem ser constituídas de modo a obedecer a critérios de rentabilidade, à segurança e à liquidez, 
para que a constituição venha consolidar os ativos das empresas seguradoras.
Existem diversos tipos de reservas ou provisões técnicas que são classificadas de acordo 
com o destino de cada um de seus objetivos:
Provisão de Prêmio Não Ganhos1) : tem como objetivo garantir o pagamento dos sinis-
tros, do início de vigência até o término de vigência, ou seja, o prêmio recebido no 
início de vigência não pode ser assumido como Prêmio Ganho até que o risco já tenha 
decorrido. 
Provisão de Insuficiência de Prêmios2) : deve ser constituída se for constatada insufici-
ência da Provisão de Prêmios Não Ganhos para a cobertura dos sinistros a ocorrer. 
Provisão de Sinistro a Liquidar3) : destina-se a garantir o pagamento das indenizações 
por sinistros, ocorrido e ainda não liquidado, por ocasião do encerramento do balan-
ço.
Reserva ou Provisão Matemática4) : corresponde a uma parte do prêmio recebido para 
garantir o nivelamento do citado prêmio e, também, para atender ao pagamento do 
capital segurado. É aplicada em seguros de longa duração, previdência e saúde, com 
prêmios nivelados.
Reserva matemática 
A reserva matemática é o valor, apurado atuarialmente, representativo dos compromissos 
de uma entidade com o pagamento de benefícios futuros a pagar. Exemplificando,no caso de 
aposentadoria já concedida, a reserva matemática é igual ao valor atual das rendas já em pa-
gamento, supondo-se que, em relação a elas, não há, ainda, contribuições a receber. No caso 
de aposentadorias ainda a conceder, a reserva matemática é a diferença entre o valor atual das 
rendas cujos pagamentos ainda não foram iniciados e o valor atual das contribuições a receber, 
relativamente às mesmas aposentadorias a conceder. A soma das duas reservas matemáticas, 
de aposentadoria já concedidas e de aposentadorias a conceder, representa o montante que a 
entidade pagadora das aposentadorias deve possuir, no mínimo, em seus cofres, para a cober-
tura desses benefícios (SOUZA, 2002).
Portanto, a reserva matemática é a diferença entre os compromissos do segurador e dos 
segurados, em dado momento, em valor absoluto, avaliados pela mesma tábua de mortalidade, 
taxa de juros e à mesma época, sendo dividida em Reserva de Benefícios Concedidos e Reserva 
de Benefícios a Conceder.
É importante salientar que as Provisões Matemáticas, assim como as Provisões Técnicas, 
são especificadas no Balanço Patrimonial no Passivo. As Provisões Matemáticas são destacadas 
no Passivo como Exigível Atuarial – Provisões Matemáticas.
Para o cálculo da reserva matemática são utilizados dois métodos principais: 
Método Prospectivo•	 : que analisa o futuro fazendo uma projeção em que o valor da 
reserva é a diferença entre o valor atual das obrigações futuras da seguradora e o valor 
atual das obrigações futuras do segurado.
Método Retrospectivo•	 : que analisa o passado, sendo que o cálculo se baseia no que 
já aconteceu, portanto, o valor da reserva é calculado por meio da diferença entre o 
montante atuarial das obrigações passadas do segurado e o montante atuarial das obri-
gações passadas da seguradora.
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Finalizamos aqui a nossa abordagem sobre a Ciência Atuarial, acerca dos conceitos e cál-
culos que remetem a este assunto, e que são importantes para o conhecimento do contador!
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápida e precisa das definições con-
ceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados na disciplina Atuária. Veja, a seguir, a definição dos principais 
conceitos desta disciplina: 
ANAPP – Associação Nacional de Previdência Privada1) : foi fundada em 1974 como 
sociedade civil sem fins lucrativos. Representa as entidades atuantes no segmento 
aberto de previdência privada no Brasil, agindo pelos seus interesses. Teve uma parti-
cipação decisiva na regulamentação do Estatuto Básico da Previdência Privada, criado 
pela Lei nº 6.435 de 1977. 
Atuária2) : procedimento de cálculo estatístico utilizado por seguradoras e fundações de 
seguridade social para determinação de condições de seguro. Baseia-se em conheci-
mentos de matemática financeira, cálculo de probabilidade e estatística.
Apólice de seguro3) : instrumento do contrato de seguro emitido pela seguradora pelo 
qual o segurado repassa a esta a responsabilidade sobre os riscos, estabelecidos nela, 
que possam advir. Contém as cláusulas, condições (gerais, especiais e particulares) do 
contrato e as coberturas especiais. Pode ser coletiva, para cobrir um grupo de pessoas 
e/ou bens; ou individual, para cobrir apenas uma pessoa ou um bem.
Avaliação atuarial4) : o atuário estuda os aspectos quantitativos e qualitativos relativos 
ao ativo e ao passivo do plano técnico.
Averbação5) : documento emitido pelo segurado para informar à seguradora sobre bens 
e verbas a garantir, no qual se concretiza a responsabilidade do segurador em certos 
seguros.
Aviso de sinistro6) : comunicação formal específica à companhia de seguros da ocorrên-
cia de evento previsto na apólice, sua natureza e gravidade.
Beneficiário7) : pessoa (física ou jurídica) indicada por segurado na apólice, para receber 
indenização de seguro em caso de sinistro, ou seja, é quem se beneficia com o segu-
ro.
Bônus8) : desconto no valor do prêmio, concedido aos segurados que não apresentaram 
reclamação de indenização durante a vigência da apólice de seguro.
Capital segurado9) : importância monetária fixada na apólice relativa ao valor máximo 
estabelecido para o objeto do seguro. Pode ser fixo, quando a indenização é paga in-
tegralmente (seguros de vida, por exemplo) ou proporcional, quando a indenização é 
apurada segundo os prejuízos sofridos pelo objeto segurado (ramos elementares). 
Capitalização10) : modalidade de captação de poupança com sorteio periódico de prê-
mios. O mercado de capitalização é formado pelas empresas que comercializam títu-
los que combinam formação de poupança programada com premiação por sorteio. 
Carência11) : período que a responsabilidade do segurador em relação ao contrato de 
seguro fica suspensa, a não ser por morte acidental. É o período legal ou convencional 
suspensivo de um direito ou obrigação (nos seguros de vida e saúde, por exemplo).
Carta de circularização12) : consiste no envio, pela auditada, de cartas dirigidas aos forne-
cedores e clientes, sob a supervisão do auditor, solicitando a confirmação das opera-
ções relacionadas (prazos e valores) em determinado período; estes retornam formal-
mente suas respostas diretamente para o auditor, que as conciliará com os registros 
contábeis da companhia auditada.
Carta de Responsabilidade da Administração13) : é o documento emitido pelos adminis-
tradores da entidade auditada e deverá ser endereçada ao auditor independente. Sua 
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emissão é obrigatória desde 1º de junho de 1991, pela Resolução CFC nº 700 e com 
interpretação técnica dada pela NBC -T 11 – IT 01, mediante a Resolução CFC nº 752, 
de 20.09.1993.
Circular Susep14) : normativo regulador do mercado de seguros emitido pela Susep. 
CGPC – Conselho de Gestão da Previdência Complementar15) : órgão colegiado, norma-
tivo de deliberação, coordenação, controle e avaliação da política nacional das entida-
des fechadas de previdência privada, integrante da estrutura regimental do Ministério 
da Previdência Social.
CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados16) : é o órgão máximo do setor de se-
guros, responsável pela fixação de diretrizes e normas da política de seguros e resse-
guros, regula e fiscaliza a orientação básica e o funcionamento dos componentes do 
sistema. 
Cobertura17) : garantia de indenização ao segurado ou a seus beneficiários, dos prejuízos 
decorrentes da ocorrência de um dos riscos previstos no contrato do seguro.
Companhia de seguros18) : empresa financeira que administra riscos com a obrigação de 
pagar indenizações caso ocorrerem perdas e danos dos bens segurados. Suas ativi-
dades são controladas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados e a execução das 
funções fiscalizada pela Susep. 
Condições de seguro19) : podem ser gerais (conjunto de cláusulas contratuais que es-
tabelecem direitos e obrigações do segurado e da companhia de seguros), especiais 
(disposições que modificam, ampliam ou restringem a extensão das condições gerais) 
ou particulares (específica para cada contrato, particularizam certos tópicos ou cober-
turas). 
CONSIF – Confederação Nacional do Sistema Financeiro20) : entidade sindical de grau 
superior que congrega as federações, na qual se agrupam os sindicatos que repre-
sentam as instituições financeiras. É integrada pelas entidades das áreas de bancos, 
distribuidora de valores, financeira e seguradora. Por exemplo: Fenaban, Fenadistri, 
Fenacrefi e Fenaseg. 
Corretor de seguros21) : pessoa física ou jurídica representante do segurado, legalmente 
autorizada a angariar e a promover contratos de seguros.
Cosseguro (cosseguro)22) : operação em que mais de uma seguradora participa direta-
mente em uma mesma apólice de um mesmo risco. Visto que cada seguradora é res-
ponsável por uma quota ou parte do montante total de seguro, e o prêmio é dividido 
na proporção da participação de cadaseguradora, ou seja, pulveriza-se o risco, divi-
dindo as responsabilidades do risco assumido, repartindo-o com duas ou mais segu-
radoras.
DPVAT – danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre23) : seguro 
obrigatório para todos os proprietários de veículos, consiste em parte integrante do li-
cenciamento anual de veículos, visto que 45% do valor do prêmio pago é repassado ao 
Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar dos segu-
rados vitimados em acidentes de trânsito e 5% é repassado mensalmente ao Sistema 
Nacional de Trânsito, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção 
de acidentes de trânsito.
Dano24) : prejuízo material ou pessoal sofrido por pessoa ou objeto segurado, causado 
por acidente, ação da natureza ou ato de terceiros que implica diminuição de um pa-
trimônio ou na ofensa a um bem juridicamente protegido. Pode ser corporal (perda da 
capacidade física ou mental por doença, lesão, invalidez ou morte) ou material (des-
truição parcial/total do bem segurado, restrição de sua utilidade ou impossibilidade 
de proveito).
EAPP – entidade aberta de previdência privada25) : companhia com fins lucrativos, com 
objeto social de instituir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de 
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benefícios complementares ou assemelhados aos da previdência social, mediante 
contribuição de seus participantes, dos respectivos empregadores ou de ambos.
EFPP – Entidade Fechada de Previdência Privada26) : sociedade limitada ou fundação 
sem fins lucrativos, com objetivo social de instituir planos privados de concessão de 
pecúlios ou de rendas de benefícios complementares à previdência social. São exclu-
sivamente acessíveis aos empregados de uma só empresa ou de grupo de empresas 
patrocinadoras.
Endosso27) : instrumento de atualização no contrato de seguro utilizado quando é neces-
sário fazer alguma alteração na apólice (do risco e cobrança adicional ou restituição 
do prêmio).
Estipulante28) : pessoa física ou jurídica que contratou seguros por conta de terceiros, 
visto que, eventualmente, poderá assumir a condição de beneficiário, equiparar-se ao 
segurado nos seguros obrigatórios ou de mandatário do(s) segurado(s) nos seguros 
facultativos.
Excedente técnico29) : provisão eventualmente constituída pelas EAPP, em benefício do 
grupo de participantes do plano de pensão para revisão em prazo não inferior a três 
anos.
Excedente financeiro30) : provisão eventualmente constituída pelas EAPP, com sobras 
apuradas após o cumprimento de todas as exigibilidades do plano de pensão, a fim de 
atender à reversão em favor do grupo de participantes quando prevista em contrato.
FAPI – fundo de aposentadoria programada individual31) : fundo criado para constituir 
um programa de complementação de aposentadoria com incentivo fiscal de 12% de 
desconto sobre a renda bruta anual na declaração de IRPF. 
FENASEG – Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza-32) 
ção: fundada em junho de 1951, é a entidade brasileira que congrega as empresas do 
setor de seguros, organizadas por meio de oito sindicatos patrimoniais regionais com 
localização na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, 
no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo. Tem como principais funções 
a divulgação do mercado de seguros e de seus participantes, a defesa dos interesses 
da categoria, a promoção da conciliação nos dissídios coletivos de trabalho e o ofere-
cimento de serviços de consultoria e assessoria para atender e orientar suas filiadas.
FENACOR – Federação Nacional dos Corretores de Seguros, de Capitalização e de 33) 
Previdência Privada: entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica 
dos corretores de seguros e de capitalização. Representa judicial e extrajudicialmente 
seus sindicatos filiados e tem como principais objetivos: proteger os interesses da 
categoria; colaborar com os poderes públicos, nos estudos e soluções dos problemas 
relacionados à categoria; prestar assistência técnica e jurídica aos filiados, inclusive 
assessoria técnica e operacionalidade no atendimento aos segurados e beneficiários 
do convênio do seguro DPVAT e, por delegação de atribuições da Susep, o exame de 
pedidos de registro de corretores de seguros, dos ramos elementares, vida, capitaliza-
ção e previdência privada, além de alterações cadastrais.
FENAPREVI – Federação Nacional da Previdência Privada e Vida34) : essa nova entida-
de sucedeu a ANAPP e é formada por 83 companhias do setor, além de fazer parte 
do novo modelo institucional de representação do mercado segurador brasileiro com 
grande expansão. 
Franquia35) : valor previsto em apólice de seguros, que representa a participação do se-
gurado nos prejuízos indenizáveis consequentes de cada sinistro. Esta é uma variável 
importante que altera o valor do seguro, pois, quanto maior a franquia, menor o prê-
mio a ser pago pelo segurado. É variável conforme seu perfil, pois o segurado pode 
escolher entre baratear o seguro do automóvel e repassar esse custo para a franquia, 
ou vice-versa.
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FUNENSEG – Fundação Escola Nacional de Seguros36) : entidade mantida pelo SNSP que 
tem por finalidade profissionalizar e qualificar as pessoas e as empresas que trabalham 
com seguros. Seu objetivo principal é o aprimoramento do profissional de seguros e 
do mercado segurador e o desenvolvimento da cultura do seguro no Brasil mediante 
cursos, palestras, atividades técnico-culturais e divulgação de pesquisas estatísticas 
sobre a área.
Garantia de obrigações contratuais37) : modalidade especializada de seguro, para aten-
der necessidades dos prestadores de serviços e seus contratantes, na qual a apólice 
responde pelo cumprimento integral das obrigações do contrato principal.
IBA – Instituto Brasileiro de Atuária38) : foi fundado em 1944 por iniciativa de pesquisa-
dores e matemáticos interessados em ampliar o campo de estudo em temas e traba-
lhos de natureza atuarial. Seus principais objetivos são a pesquisa, o desenvolvimen-
to e o aperfeiçoamento da ciência e da tecnologia dos fatos aleatórios econômicos, 
financeiros e biométricos em todos os seus aspectos e aplicações; colaboração com 
instituições de seguro e capitalização, previdência social e privada, organizações ban-
cárias e similares, além de cooperação com o Estado no campo de atuação do profis-
sional de atuária e na implementação da técnica atuarial. 
Importância segurada39) : valor monetário estabelecido pelo segurado para a cobertura 
de seguro e que representa o limite de responsabilidade da seguradora.
IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras40) : trata-se de um imposto de competência 
da União que tem como fato gerador nas operações de seguro sua efetivação pela 
emissão da apólice ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável.
Indenização41) : importância que a companhia de seguros deve pagar ao segurado no 
caso da efetivação de um risco coberto pelo contrato de seguro.
Instituidor42) : pessoa jurídica contratante que institui plano de benefício de caráter pre-
videnciário para os participantes vinculados, associados ou membros.
Invalidez permanente43) : perda, redução ou importância funcional definitiva, total ou 
parcial, de membro e ou órgão de pessoa física, na forma especificada em apólice de 
seguros.
IRB – Instituto de Resseguros do Brasil44) : é uma sociedade de economia mista com per-
sonalidade jurídica própria de direito privado, além de desfrutar de autonomia para 
fiscalizar (regular) o cosseguro, o resseguro (obrigatório e facultativo) e a retrocessão, 
organizar e administrar consórcios, proceder à liquidação de sinistros e distribuir pelas 
seguradoras a parte dos resseguros que não retiver, bem como promover o desenvol-
vimento das operações de seguro no país conforme as diretrizes do Conselho Nacional 
de Seguros Privados.
Limite máximo de indenização45) : valor máximo a serpago em decorrência de um ou 
mais sinistros ocorridos durante a vigência da apólice de seguro.
Mutualismo46) : reunião de pessoas com interesses comuns que, em contrato, contri-
buem para a formação de uma massa de recursos, com a finalidade de suprir eventu-
ais necessidades dessas pessoas. Princípio fundamental que constitui a base de toda 
operação de seguro: as empresas de seguros conseguem repartir os riscos tomados, 
diminuindo os prejuízos que a qualquer delas possa advir em consequência do risco 
corrido por todas.
Mutuante47) : aquele que empresta, em um contrato de mútuo.
Mutuário48) : aquele que toma emprestado, em um contrato de mútuo.
Objeto do seguro49) : designação genérica de qualquer interesse segurado, sejam coisas, 
pessoas, bens ou obrigações.
Parecer atuarial50) : o atuário atesta ou não a situação de solvência econômico-financeira 
da entidade, identifica as discrepâncias encontradas e as razões que as originaram e 
propõe correções para esses desvios.
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Pecúlio51) : benefício devido a um segurado de Previdência Social, caso ele retorne ao 
trabalho depois da aposentadoria. Representa, também, o capital segurado pagável 
por morte do segurado sob a forma de capital fixo, ou único, corrigível, ou não.
Perda total52) : perda de bem material segurado, caracterizada quando os prejuízos inde-
nizáveis, numa apólice de seguro, atingirem ou ultrapassarem determinado percentu-
al sobre o valor segurado. Segundo Souza (2002, p. 68), "[...] a colisão pode causar a 
perda total do veículo, isto é, a danificação de 75% ou mais do veículo".
Período de benefício53) : período durante o qual o participante ou o beneficiário (se for 
o caso) faz jus ao recebimento do benefício contratado a um plano de previdência 
privada. 
Período de diferimento54) : período existente entre a data de inscrição e a data de con-
cessão do benefício do plano de previdência.
Período indenitário55) : tempo que decorre entre a data em que o segurado de um con-
trato de seguros começa a sofrer as consequências de queda de produção, consumo 
ou de prestação de serviços, provocadas pelo evento coberto, e a data em que o segu-
rado retorna às atividades normais.
PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre56) : fundo de previdência privada que não garan-
te rendimento mínimo ao participante. O repasse dos rendimentos é integral, depois 
de deduzidos todos os custos. No caso de pessoa física, as contribuições até o limite 
de 12% da renda bruta anual podem ser deduzidas do imposto a pagar. No momento 
do saque, existe a incidência de imposto de renda sobre o valor total do resgate.
Plano de benefícios57) : conjunto de regras definidoras de benefícios de caráter previ-
denciário, comum à totalidade dos participantes a ele vinculados, com independência 
patrimonial, contábil e financeira em relação a quaisquer outros planos.
Plano de capitalização58) : forma de acumulação de capital, instituída por companhias 
de seguros ou empresas de capitalização, mediante depósitos mensais, que especifica 
tempo de duração, resgate, sorteios e prêmios.
Plano de garantia mínima59) : plano de previdência privada que garante rendimento mí-
nimo sobre o capital acumulado. O administrador deve repassar ao beneficiário pelo 
menos 50% do rendimento excedente que obtiver.
Plano de previdência suplementar60) : formação da poupança previdenciária na forma 
do Plano de Benefício Definido, no qual o participante irá contribuir hoje e saberá o 
quanto irá receber na aposentadoria, visto que sua contribuição mensal será o reflexo 
de quanto ele receberá no futuro. Os riscos e resultados são assumidos pelo empre-
gador.
Portabilidade61) : possibilidade de o participante transferir, total ou parcialmente, a re-
serva matemática de benefícios a conceder de um plano de previdência privada.
Prêmio62) : é o custo do seguro, pelo valor pago à companhia de seguros por um segura-
do para que esta assuma a responsabilidade de determinado risco. O cálculo é feito 
com base no prazo do seguro, importância segurada e exposição ao risco. 
Previdência privada (previdência complementar)63) : sistema de complemento das apo-
sentadorias do serviço público recebidas por trabalhadores, desde que eles tenham 
contribuído para essa modalidade de previdência. No caso das EFPP Entidade Fecha-
da de Previdência Privada, os chamados fundos de pensão, a adesão só ocorre para 
aqueles que têm vínculo empregatício com a empresa que patrocina o fundo.
Previdência social64) : instituição pública com objetivo de reconhecer e conceder direitos 
a seus segurados. Juntamente com a saúde e a assistência social, compõe a Segurida-
de Social e é responsável pela política pública de proteção integrada ao cidadão. São 
segurados do INSS os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avul-
sos, os contribuintes individuais (autônomos, empresários, entre outros), os especiais 
e os facultativos. 
31© Caderno de Referência de Conteúdo
Probabilidades65) : razão ou indício que faz supor a verdade ou a possibilidade de um fato. 
O cálculo das probabilidades faz parte do conjunto de regras que permite determinar 
a percentagem da possibilidade de ocorrência de um fato. Exemplos: a probabilidade 
de morte (uma pessoa de idade “x” falecer antes de ela completar a idade “x+1”) e a 
probabilidade de sobrevivência (uma pessoa de idade “x” sobreviver à idade “x+1”).
Pro rata66) : método de cálculo do prêmio do seguro com base nos dias de vigência do 
contrato, quando este for realizado por período inferior a um ano.
Proponente67) : pessoa que pretende fazer um seguro e que já firmou uma proposta para 
esse fim.
Proposta68) : documento preenchido pelo segurado ou pelo seu representante legal, que 
representa a sua vontade de transferir o risco para uma companhia de seguros.
Provisões técnicas69) : são as maiores obrigações de uma seguradora e representam prê-
mios ainda não ganhos e perdas ainda não indenizadas. Dividem-se em comprometi-
das (sinistros avisados e não pagos) e não comprometidas (relativo aos sinistros não 
avisados).
Pulverizar risco70) : distribuir as responsabilidades do risco assumido pela companhia de 
seguros, por meio do cosseguro e do resseguro.
Regulação do sinistro71) : em um contrato de seguros, é o processo de avaliação das cau-
sas, consequências, circunstâncias e apuração dos prejuízos devidos ao segurado e do 
direito deste à indenização.
Renda do plano de previdência72) : benefício do plano de previdência privada, represen-
tado por uma série de pagamentos mensais ao participante ou ao(s) beneficiário(s), 
calculado conforme a Nota Técnica Atuarial (documento anexo que tem por objetivo 
estabelecer as bases técnicas do plano, como cobertura, regime, cálculo do prêmio, 
despesas de carregamento, valor de resgate etc.) e com o tipo de renda mensal con-
tratado.
Reserva matemática de benefícios a conceder73) : sistema técnico-econômico, do qual 
se valem as seguradoras para se precaver, no tempo, dos riscos assumidos. São os fun-
dos que as seguradoras constituem para a garantia de suas operações.
Reserva técnica74) : recurso garantidor das obrigações das companhias de seguros, socie-
dades de capitalização e EAPP para garantia dos riscos não expirados e para garantir 
sinistros não liquidados. Deve ser aplicada em até 100% em títulos de emissão do 
Tesouro Nacional e em até 80% em títulos estaduais, títulos de renda fixa em geral, ou 
ativos financeiros, como quotas de fundos de investimento financeiro ou certificados 
de privatização. 
Resgate do plano de previdência75) : pagamento total ou parcial, devido ao participante 
ou beneficiário, da reserva matemática de benefícios a conceder, durante o período 
de diferimento de um plano de previdência privada.
Responsabilidade civil76) : garantia que visa cobrir, até o valor do limite máximo de in-
denização contratado, o reembolso de indenização pela qual o segurado vier a ser 
responsabilizado civilmente, em sentença judicial transitada em julgado ou em acordojudicial autorizado de modo expresso pela seguradora por dano involuntário, corporal 
e/ou material, causado a terceiros por veículo segurado ou carga transportada.
Ressarcimento77) : reembolso de prejuízos suportados pela companhia de seguros ao 
indenizar dano causado por terceiros.
Resseguro78) : operação utilizada pelas companhias de seguros para transferir a uma res-
seguradora o excesso de responsabilidade que ultrapassa o limite de sua capacidade 
econômica de indenizar (retenção de riscos). Também pode ser definido como o segu-
ro do seguro, em que se repassa o risco de contrato de seguro superior à capacidade 
financeira da seguradora que emitiu a apólice, ou parte dele, a uma resseguradora.
Retrocessão79) : é o resseguro de um resseguro, ou seja, dividir parte do risco de um res-
seguro com outro ressegurador/seguradora.
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Risco em seguros80) : evento súbito e involuntário, causador de dano material e/ou pes-
soal, de data incerta, que independe da vontade das partes e contra o qual é feito o 
seguro. O risco é a expectativa de sinistro. Sem o risco não pode haver contrato de 
seguro.
Segurado81) : é a pessoa física ou jurídica em nome de quem se faz o seguro mediante um 
contrato. Ele transfere para a seguradora, mediante pagamento do prêmio, o risco de 
um evento aleatório atingir o bem de seu interesse. Assim, se o segurado não pagar o 
prêmio previsto, ele perde os direitos à indenização prevista no contrato. 
Seguro82) : é a transferência do risco por meio da qual uma parte, o segurado, transfere 
a probabilidade de perda financeira para outra parte, denominada companhia de se-
guros. 
Sinistro83) : realização do risco previsto no contrato de seguro que resulta em perdas para 
o segurado ou beneficiário. Pode ser classificado como total ou parcial.
Sub-rogação84) : substituição de coisa ou pessoa por outra coisa ou pessoa, sobre a qual 
recaem as mesmas qualidades ou condições dispostas anteriormente em relação à 
coisa ou pessoa substituída. Prerrogativa conferida por lei à seguradora que se sub-
roga nos direitos do segurado indenizado perante terceiros responsáveis pelo prejuízo 
indenizado.
SNSP – Sistema Nacional de Seguro Privado85) : consolidou em 1966 a legislação de se-
guros do país, com o objetivo de coordenar a política de seguros e preservar a liqui-
dez das seguradoras, gerou um órgão normativo, o CNSP e dois executivos, o IRB e a 
Susep.
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados86) : autarquia vinculada ao Ministério da 
Fazenda, como órgão governamental de atuação colegiada e competência normativa, 
responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência 
privada aberta (complementar), capitalização e resseguros. 
Taxa de mortalidade87) : elemento básico dos seguros que lidam com a vida humana. 
Reflete a relação percentual entre o número de pessoas vivas e de pessoas mortas, 
em ordem crescente de idade (faixa etária), desde a origem até a extinção do grupo 
de segurados. 
Taxa de sinistralidade88) : reflete a relação percentual entre os sinistros e os prêmios 
ganhos, cuja finalidade é medir, comparativamente, o grau da despesa líquida de si-
nistros com a receita líquida de prêmio. Também é chamado de índice de sinistrali-
dade.
VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre89) : plano de previdência privada que oferece 
cobertura para morte e invalidez, além de permitir o resgate dos valores aplicados. 
Não tem o benefício fiscal proporcionado pelo PGBL (declarado no formulário com-
pleto do IR). É uma alternativa de investimento a longo prazo, declarado no formulário 
simplificado do IR.
Vigência90) : é o prazo em uma apólice de seguro que determina o início e o fim da va-
lidade das garantias contratadas. Ela sempre será considerada até às 24 horas do dia 
descrito na apólice.
Vistoria91) : inspeção feita por um perito para avaliar as condições do risco a ser segura-
do.
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo, apre-
sentamos, a seguir (Figura 1), um Esquema dos Conceitos-chave da disciplina. O mais aconse-
lhável é que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa 
mental. Esse exercício é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignificando as 
informações a partir de suas próprias percepções. 
33© Caderno de Referência de Conteúdo
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Conceitos-chave é representar, 
de maneira gráfica, as relações entre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos 
mais complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e na se-
quenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se que, por meio da organiza-
ção das ideias e dos princípios em esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu 
conhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos significativos no 
seu processo de ensino e aprendizagem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar (tais como planejamentos 
de currículo, sistemas e pesquisas em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, 
ainda, na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que estabelece que a apren-
dizagem ocorre pela assimilação de novos conceitos e de proposições na estrutura cognitiva 
do aluno. Assim, novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos de 
ancoragem. 
Tem-se de destacar que “aprendizagem” não significa, apenas, realizar acréscimos na es-
trutura cognitiva do aluno; é preciso, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se con-
figure como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante considerar as entradas de 
conhecimento e organizar bem os materiais de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os 
novos conceitos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez que, ao fixar es-
ses conceitos nas suas já existentes estruturas cognitivas, outros serão também relembrados. 
 Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da cons-
trução do próprio conhecimento, por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações 
internas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tornar significativa a sua 
aprendizagem, transformando o seu conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, ou 
seja, estabelecendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que já fazia 
parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.
br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave da disciplina Atuária. 
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Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como dissemos anteriormente, uma 
visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar 
entre um e outro conceito desta disciplina e descobrir o caminho para construir o seu processo 
de ensino-aprendizagem. Por exemplo, a Ciência Atuarial surgiu da necessidade de cálculo de 
aposentadorias e de pensões (Previdência) e, em seguida, de seguros. Assim, fundamentando-
se nos conhecimentos da administração, da matemática, da economia e da contabilidade, é 
possível desenvolver todos os cálculos que envolvem os conceitos atuariais. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de aprendizagem que vem se 
somar àqueles disponíveis no ambiente virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem 
como àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realizadas presencialmente no 
polo. Lembre-se de que você, aluno EAD, deve valer-se da sua autonomia na construção de seu 
próprio conhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas sobre os con-
teúdos ali tratados, as quais podem ser de múltipla escolha ou abertascom respostas objetivas 
ou dissertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas como as que se referem 
aos conteúdos matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, inalterada. 
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como relacioná-las com a prática do 
ensino de Ciências Contábeis pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, 
mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparando 
para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você 
testar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. 
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus estudos, mas não se prenda só a 
ela. Consulte, também, as bibliografias apresentadas no Plano de Ensino e no item Orientações 
para o estudo da unidade.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte integrante dos conteúdos, ou seja, 
elas não são meramente ilustrativas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os conteúdos da disciplina, pois rela-
cionar aquilo que está no campo visual com o conceitual faz parte de uma boa formação inte-
lectual. 
Dicas (motivacionais)
O estudo desta disciplina convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como 
processo de emancipação do ser humano. É importante que você se atente às explicações 
teóricas,	 práticas	 e	 científicas	 que	 estão	 presentes	 nos	 meios	 de	 comunicação,	 bem	 como	
partilhe	suas	descobertas	com	seus	colegas,	pois,	ao	compartilhar	com	outras	pessoas	aquilo	
que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e 
a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos 
impele à maturidade. 
35© Caderno de Referência de Conteúdo
Você, como aluno do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis na modalidade EAD 
e futuro profissional da área, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. Para 
isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da intera-
ção com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades 
nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu caderno ou no Bloco de 
Anotações, pois, no futuro, elas poderão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de 
produções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes teóricos. Co-
teje-os com o material didático, discuta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às 
videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas, que são im-
portantes para a sua análise sobre os conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram 
significativos para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, pois esses pro-
cedimentos serão importantes para o seu amadurecimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na modalidade a distância é partici-
par, ou seja, interagir, procurando sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a esta disciplina, entre em conta-
to com seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 
EA
D
A Ciência Atuarial
1
OBjETIVOS1. 
Compreender os objetivos do estudo da ciência atuarial. •	
Conhecer a formação profissional do atuário e identificar a importância de sua atuação •	
nas empresas seguradoras.
Identificar os órgãos que regulamentam, disciplinam e fiscalizam a profissão do atuário, •	
relacionando os cursos de graduação em ciências atuariais, bem como as respectivas 
instituições de ensino. 
Compreender a origem e a evolução da ciência matemática atuarial.•	
Compreender as ferramentas atuariais, a matemática e a estatística atuarial, a fim de •	
possibilitar os cálculos de seguros de vida com base em estimativas e projeções sobre 
as populações.
CONTEúDOS2. 
Aplicação da ciência atuarial.•	
Conceitos básicos de termos da ciência atuarial.•	
Formação profissional do atuário.•	
Órgãos fiscalizados e disciplinadores das ciências atuárias.•	
Matemática: origem e evolução.•	
Introdução à Matemática e Estatística atuarial: origem, evolução, conceituação, princi-•	
pais ferramentas estatísticas utilizadas.
© Atuária
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ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE3. 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a se-
guir:
Tenha sempre à mão o significado dos conceitos explicitados no 1) Glossário e suas li-
gações pelo Esquema dos Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades deste 
CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu desempenho.
Como o conteúdo desta unidade traz muitos conceitos e muitas definições, é impor-2) 
tante que você procure complementar seus estudos investigando outras obras para 
ver o ponto de vista de outros autores.
Você sabia que a profissão de atuário ainda é desconhecida pelo público? Além disso, 3) 
constata-se que os cursos oferecidos são escassos em razão da carência de profissio-
nais de ciências atuariais no país. Nesta unidade, conheceremos as universidades que 
oferecem cursos nesta área.
O 4) site do Conselho Regional do curso de Ciências Atuariais disponibiliza consultas e 
informações, não deixe de acessar. O endereço eletrônico para o acesso é: <www.
atuarios.org.br>. 
INTRODUÇÃO à UNIDADE4. 
A atuária é uma disciplina da contabilidade que utiliza os conhecimentos adquiridos em 
matemática, estatística, economia e administração financeira, para serem aplicados especifica-
mente nas áreas de seguros e previdência. 
Podemos conceituar a atuária como uma ciência que estuda todos os conceitos relativos 
às áreas de seguros e de previdência. No entanto, para que os cálculos que envolvem os seguros 
e a previdência possam ser compreendidos, é necessário ter um conhecimento introdutório de 
matemática aplicada a essas áreas.
O aluno do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis precisa compreender a Matemá-
tica Atuarial, já que o contador pode atuar, também, nas mesmas empresas que o atuário, e, 
para efetuar a contabilidade ou auditar empresas de previdência, seguradoras e empresas de 
capitalização, ele precisa ter noção dos cálculos que gera a conta de reserva matemática, uma 
das mais importantes contas do Balanço Patrimonial, situada no Passivo, e das variáveis que a 
podem modificar.
Nos últimos anos, com as privatizações, aquisições e fusões de empresas que possuem 
previdência privada fechada, tornou-se imprescindível ao contador analisar o fundo de pensão 
que compõe o Passivo da empresa.
Nesta unidade, identificaremos a aplicação da ciência atuarial e os diferentes aspectos 
que envolvem o estudo desta disciplina.
Vamos começar?
A ATUÁRIA E O PROFISSIONAL ATUÁRIO5. 
A atuária é dividida em dois grandes ramos: o ramo vida, que tem características de longo 
prazo e estuda os modelos relacionados a benefícios de aposentadoria, pensões, seguro de vida 
e saúde, e o ramo não vida ou elementar, com características de curto prazo, que estuda os 
modelos relacionados a seguros em geral, como, por exemplo, incêndios, transportes, acidentes 
pessoais, automóveis, responsabilidade civil (pessoas e bens, garantias e direitos).
39© A Ciência Atuarial
Os campos de atuação do profissional de atuária são, principalmente, os segmentos de 
seguros e capitalização, previdência social e privada, resseguro e instituições financeiras. 
 A atuária surgiu há, aproximadamente, 150 anos na Inglaterra, e o foco de seus estudos 
abrangia aposentadorias e pensões, estendendo-se para a área de seguros, no século 20. 
Por fazer parte do mercado financeiro, a atuária continua a se expandir e exige amplos 
estudos na área administrativa e financeira, em virtude dos riscos financeiros e econômicos

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