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24/08/2018 1 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Defeitos de Superfície de Pavimentos Asfálticos ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Conceituação Os Defeitos de Superfície são os danos ou deteriorações na superfície dos pavimentos asfálticos que podem ser identificados a olho nu e classificados segundo uma terminologia normalizada. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Finalidades O levantamento dos Defeitos de Superfície é realizado para poder avaliar o estado de conservação dos pavimentos asfálticos. Em caso de necessidade de Restauração do pavimento, a análise dos defeitos embasa o diagnóstico do problema para subsidiar uma solução tecnicamente adequada. Em caso de Gerência de Pavimentos ou de Manutenção, o conjunto de defeitos de um dado trecho pode ser resumido por índices que auxiliem na hierarquização de necessidades e alternativas. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Defeitos de Pavimentos Danos Precoces: aparecem nos primeiros meses até cerca de um ou dois anos após a execução do pavimento. Danos de Médio e Longo Prazos: ocorrem após anos de operação da via até o final da vida útil estipulada em projeto. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos Os defeitos de pavimentos asfálticos decorrem de: 1. Erros de projeto. 2. Erros ou inadequações na seleção de materiais ou na dosagem de materiais. 3. Erros ou inadequações construtivas. 4. Erros ou inadequações nas alternativas de conservação e manutenção. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos 1. Erros de projeto Exemplo: Dificuldade de prever tráfego real que atuará no período de projeto por: – Falta de contagens e dados de tráfego local e de utilização das vias da região; – Falta de planejamento estratégico regional, levando ao desconhecimento das perspectivas de crescimento real; – Uso não previsto em projeto (uso como via alternativa pelo maior conforto ao rolamento ou por não ser pedagiada), levando em geral ao excesso de tráfego. http://www.petrobras.com.br/ 24/08/2018 2 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos 1. Erros de projeto Exemplo: Erros ou problemas no dimensionamento estrutural: – Incompatibilidade estrutural entre as camadas gerando fadiga precoce dos revestimentos (ex: revestimento asfáltico com módulo de resiliência muito elevado – alta rigidez, e muito delgado sobre camadas muito resilientes ou elásticas, com alta deflexão); – Especificação de material inexistente ou de difícil disponibilidade local, obrigando a substituições incorretas durante a obra; – Concepção estrutural que permita aprisionamento de água na estrutura de pavimento (ex: base drenante sobre subleito impermeável, acostamentos com base impermeáveis e falta de drenagem apropriada); – Sub-dimensionamento estrutural. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos 2. Erros ou inadequações na seleção de materiais ou na dosagem de materiais Exemplos: – Seleção incorreta de solo para reforços de subleito(ex: solos muitos resilientes). – Seleção imprópria de agregados e de graduação para compor bases e sub-bases (ex: escoria de aciaria ainda apresentando expansibilidade; agregados de capa de pedreiras). – Seleção imprópria do tipo de solo ou dosagem inadequada para solo-brita (ex: dosagem inexeqüíveis em campo). – Dosagem errada de materiais estabilizados com cimento ou cal. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos 2. Erros ou inadequações na seleção de materiais ou na dosagem de materiais Exemplos: – Dosagem errada do teor de ligante asfáltico de misturas asfálticas: excesso de ligante, causando fluência excessiva, escorregamentos de massa, exsudação ou deformação permanente; falta de ligante, causando excesso de vazios com ar e desagregação ou trincamento precoces. – Variações de materiais e teores durante usinagem. – Uso de ligante inadequado para as condições ambientais ou de tráfego – Uso de temperatura inadequada na usinagem das misturas. – Uso de faixa granulométrica inadequada ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos 3. Erros ou inadequações construtivas Exemplos: – Falta de compactação apropriada das camadas, causando deformações e afundamentos excessivos ou rupturas localizadas. – Técnica de compactação inadequada, com uso de equipamentos de baixa eficiência. – Compactação de misturas asfálticas em temperaturas inadequadas, ou variabilidade de temperatura na massa asfáltica durante o processo de compactação. – Erros nas taxas de imprimação impermeabilizante ou ligante. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Os Defeitos de Pavimentos Asfálticos 4. Erros ou inadequações nas alternativas de conservação e manutenção Exemplos: – Reforço de revestimento asfáltico delgado e rígido sobre pavimento muito trincado, possibilitando rapidamente a reflexão de trincas. – Uso de tratamentos superficiais delgados para redução de irregularidade. – Uso de revestimentos asfálticos permeáveis sobre pavimento trincado sem tratamentos de impermeabilização ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Importância do Diagnóstico Geral Importância da busca das prováveis causas: Verificação “in situ” dos problemas do trecho ou da via, e das condições geométricas, dos taludes e de drenagem. Levantamento de dados climáticos, de tráfego e de mapas geológicos, pedológicos ou geotécnicos. Levantamento de memórias técnicas e de relatórios de projeto e de controle. Estabelecimento de cenário global de defeitos e relação com todos os dados. 24/08/2018 3 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Normas Métodos de Levantamento Sistemático de Defeitos de Superfície em Pavimentos Asfálticos Norma DNIT 005/2003 – TER (substituindo DNER- TER 01-78) - Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos: terminologia. Norma DNIT 006/2003 – PRO (substituindo a DNER PRO 08-94) - Avaliação objetiva da superfície de pavimentos flexíveis e semi-rígidos: procedimento. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Defeitos A. Fendas (fissuras e trincas) – DNIT 005/2003 TER Qualquer descontinuidade na superfície do pavimento que conduza a aberturas de menor ou maior porte: – Fissuras: fenda de largura capilar, perceptível a olho nu apenas a distâncias inferiores a 1,5 metros. – Trinca: fenda facilmente visível a olho nu. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Defeitos A. Fendas: Tipos Fissura (FI). Trinca Longitudinal Curta (TLC) ou Longa (TLL). Trinca Transversal Curta (TTC) ou Longa (TTL). Trincas Interligadas tipo “Couro de Jacaré”, sem erosão acentuada nas bordas (J) ou com erosão (JE). Trinca Isolada de Retração (TRR). Trincas Interligadas tipo “Bloco”, sem erosão acentuada nas bordas (TB) ou com erosão (TBE). ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Defeitos A. Fendas: Classe das Fendas FC-1: trincas cujas aberturas são menores que 1,0mm. FC-2: trincas cujas aberturas são superiores a 1,0mm, sem erosão nas bordas. FC-3: trincas cujas aberturas são superiores a 1,0mm, com erosão nas bordas. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fissuras e Trincas TLC - Trinca isolada Longitudinal Curta (até 100 cm de extensão) TRR - Trincade Retração Térmica (temperaturas baixas) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas TLL - Trinca Longitudinal Longa (devido ao tráfego) 24/08/2018 4 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas TLL - Trinca Longitudinal Longa (Movimentação do aterro) TLL - Trinca Longitudinal Longa (junta construtiva) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas TLL - Trinca Longitudinal Longa (Problemas de drenagem e infiltração de água) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas TLL - Trincas Longitudinais Longas – FC2 (ruptura por solicitação do tráfego: queda de resistência da base por aumento de umidade vinda do acostamento permeável) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas Trinca não atribuída à fadiga - Reflexão das trincas da base TBE - Trinca interligada de Bloco com Erosão Base de solo-cal TB - Trinca interligada de Bloco sem erosão Base de solo-cimento ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas Trinca não atribuída à fadiga - Reflexão de base TB - Trinca interligada de Bloco sem erosão Base de paralelepípedos ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas Reflexão de trincas da base – revestimento asfáltico sobre antigas placas de concreto de cimento Portland 24/08/2018 5 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas Trincas interligadas - “jacaré” decorrentes de fadiga DetalheVista Geral J - trinca interligada “Jacaré” sem erosão ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas JE - trinca interligada “Jacaré” com Erosão acentuada JE - trinca interligada “Jacaré” com início de Erosão nas bordas erosão ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Defeitos B. Afundamentos – DNIT 005/2003 TER Devido à fluência plástica de uma ou mais camadas, ou ainda do subleito: Local: afundamento localizado, atingindo extensão de até 6 metros; Trilha: afundamento localizado na região de trilhas de roda, com mais de 6 metros de extensão. Devido à consolidação diferencial ocorrente em camadas do pavimento ou do subleito: Local: afundamento localizado, atingindo extensão de até 6 metros; Trilha: afundamento localizado na região de trilhas de roda, com mais de 6 metros de extensão. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Afundamentos Plásticos Longitudinais nas Trilhas de Roda ATP - Afundamento na Trilha Plástico ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Afundamentos Plásticos Longitudinais nas Trilhas de Roda ATP - Afundamento na Trilha Plástico ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Afundamentos Plásticos Localizados ALP - Afundamento Local Plástico Foto: Patricia Barboza da Silva 24/08/2018 6 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Afundamentos de Consolidação nas Trilhas de Roda ATP - Afundamento em Trilha por Consolidação ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Afundamentos de Consolidação Localizados ALC - Afundamento Local de Consolidação Foto: Edson de Moura ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Escorregamento de “Massa” devido à Fluência E - Escorregamento ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Escorregamento do Revestimento por Deficiência na Pintura de Ligação E - Escorregamento ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Exsudação do Ligante Asfáltico EX - exsudação Foto: Edson de Moura ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Corrugação e Ondulação O - corrugação (pequeno comprimento de onda: ordem de centímetros) (principalmente por fluência ou instabilidade) O - ondulação (grande comprimento de onda: ordem de metro) (principalmente por adensamento diferencial do subleito ou drenagem deficiente do subleito) 24/08/2018 7 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Corrugação O - corrugação (pequeno comprimento de onda: ordem de centímetros) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Descolamento devido a Problemas de Adesividade entre Ligante Asfáltico e Agregado D - Descolamento ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Desagregação ou Desgaste Polimento de Agregados D - Desgaste – remoção de ligante e mástique Foto: Patrícia Barboza da Silva ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Desagregação ou Desgaste Polimento de Agregados D - Desgaste – remoção de ligante e mástique ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Desagregação ou Desgaste Polimento de Agregados D - Desgaste – remoção de ligante e mástique e Polimento do agregado ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Panelas P - Panela ou buraco 24/08/2018 8 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Panelas P - Panela ou buraco (remoção do revestimento asfáltico da camada asfáltica subjacente) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Panelas P - Panela ou buraco (remoção do tratamento superficial asfáltico da base) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Remendos RS - Remendo Superficial RP - Remendo Profundo R - Remendo P - Panela R - Remendo Foto: Daniel Rodrigues Aldiguieri ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Remendos R - Remendo ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Remendos R - Remendo (em grandes áreas) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Outros Defeitos que Não Constam da Norma DNIT 005/2003 TER Segregação - concentração de agregados graúdos decorrente de separação dos mesmos do mástique asfáltico. Bombeamento de finos - surgimento de finos na superfície, que sobem pela ação da água, que, sob pressão devido ao tráfego, vem à superfície pela trincas do revestimento asfáltico. Falha de bico em tratamentos superficiais - gerado pela ausência ou redução de taxa de emulsão ou CAP nos tratamentos superficiais, provocando o desprendimento de agregados. 24/08/2018 9 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Concentração de agregados graúdos decorrente de separação dos mesmos do mástique asfáltico – por problemas de graduação, usinagem ou temperatura heterogênea na aplicação Segregação Segregação ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Bombeamento de Finos Foto: Patrícia Barboza da Silva Finos Foto: Valmir Bonfim ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Falha de Bico – Redução ou Ausência Localizada de Ligante Asfáltico Falha (falta ligante para fixar os agregados) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Redução ou Ausência Localizada de Ligante Asfáltico – Falta de Fixação dos Agregados Pneus de caminhões passaram sobre a emulsão logo após aplicação –– ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Afundamento por Consolidação Diferencial Local de recalque (galeria de água canalizada e pista com consolidação) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos As aulas contidas neste CD foram elaboradas pela seguinte equipe de professores: Autoria Liedi Légi Bariani Bernucci - Universidade de São Paulo Jorge Augusto Pereira Ceratti - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Laura Maria Gorettida Motta - Universidade Federal do Rio de Janeiro Jorge Barbosa Soares - Universidade Federal do Ceará
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