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Aula04_v1_DI_Logistica

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CURSO: Engenharia de produção DISCIPLINA: Logística_ 
PROFESSOR: Newton Narciso Pereira 
Designer Instrucional: Felipe M. Castello-Branco 
 
Aula 4 - Sistemas de transportes 
 
 
1.1 Meta 
Nesta aula nós vamos discutir métodos empregados pelas empresas para maximizar suas 
operações logísticas, reduzir custos e atender a demanda de seus clientes. 
 
1.2 Objetivos 
 
Espero que ao término desta aula você seja capaz de: 
1. Identificar os componentes de sistemas de transportes, tais como, centro de 
distribuição, crossdocking e transit point; 
2. Pensar em estratégias de distribuição baseada em exemplos reais e explicitá-las em 
um planejamento; 
3. Propor alternativas para processos logísticos. 
 
2 Introdução 
Nesta aula falaremos sobre sistemas de transbordo e movimentação de cargas que permitem 
empresas a operarem em cadeias logísticas complexas. Falaremos sobre centro de 
distribuições, transit point e crossdocking. Assim, nesta aula nós iremos entender alguns 
pontos de ligação com o restante da disciplina sendo: 
• Importância de um centro de distribuição; 
• Porque utilizar um transit point para distribuir cargas; 
• Cross docking como uma alternativa redução de custos das empresas; 
• Discutir os aspectos logísticos e operações integradas; 
 
Já falamos algumas vezes sobre celulares, bem como, de outras movimentações de cargas. 
Você se lembra da pergunta relacionada com ir ao supermercado e encontrar as gôndolas 
cheias? Lembra-se da questão dos terminais? Enfim, todos estes pontos requerem uma 
estratégia logística de distribuição de cargas que seja eficiente e que garanta a entrega na 
ponta. 
Portanto, para que isso seja eficiente existem inúmeros problemas que precisam ser vencidos. 
Por exemplo, a integração das cadeias logísticas de diversos fornecedores para um mesmo 
fabricante e posteriormente a distribuição dos produtos. 
Estas operações são cercadas de desafios e problemas que precisam ser gerenciados. Assim, 
vemos que cada vez são investidos recursos no desenvolvimento de alternativas que 
minimizem os riscos operacionais, bem como, os custos das operações. Então, se antes uma 
empresa enviava diversos caminhões pequenos para percorrer grandes distâncias para 
atender um determinado cliente. Hoje, elas já enviam caminhões maiores com grandes lotes 
de cargas para um terminal intermediário que faz a separação e consolidação destes volumes, 
para posteriormente serem entregue a seus clientes por meio de veículos menores. Isso reduz 
o custo de transporte e oferece maior confiabilidade às operações. 
Em outros casos, os veículos pequenos que fazem a distribuição fazem a viagem de volta para 
coletar produtos que precisam ser reciclados ou com destinação final correta e levam até os 
terminais de consolidação. Assim, os veículos maiores que voltariam vazios têm carga de 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 2 
 
retorno para levar para as empresas para serem recuperadas, recicladas ou descartadas. 
Assim, estamos diante de estratégias que são adotadas pelas empresas para melhorar suas 
operações logísticas, conforme veremos em alguns casos mostrados a seguir. 
 
3 Centro de distribuição 
Nós vimos na aula anterior a questão dos terminais como pontos de conexão e integração de 
cargas e pessoas. 
Nesta aula vamos dar continuidade neste assunto, porém vamos introduzir agora o conceito 
de terminais intermediários no processo que servem como ponto de apoio em sistemas de 
transporte. Vamos recordar que falamos de atividades que consideravam a origem a um 
destino, ou seja, saímos do ponto A para o B. 
 
Mesmo quando nosso objetivo é transportar uma determinada carga para um determinado 
destino, este pode ser trabalhado de maneira estratégica. Imagina que uma determinada 
empresa que produz refrigerante em Natal, no Norte do Brasil, deseja enviar seus produtos 
para Rio de Janeiro, um forte centro consumidor. Imagine que existem 3 tipos de produtos, 
sendo que o produto A representa 60% das vendas globais nesta região. Porém o estado do 
Rio de janeiro é composto por mais de 20 municípios que consomem o produto em volumes 
diferentes. 
Ou seja, o ponto de origem é Natal e o destino Rio de Janeiro (ponto A e B), porém os produtos 
precisam ser distribuídos para vários locais dentro do estado. Uma estratégia para isso é criar 
um centro de distribuição (CD), ou seja, um terminal concentrador de todos os produtos que 
os recebem da origem (Natal) e depois faz a consolidação para a distribuição fragmentada para 
as cidades do estado. Assim, os refrigerantes partem de Natal em veículos de grande 
capacidade de transporte e depois quando chegam ao CD são remanejados em pequenos lotes 
e colocados em veículos de menor capacidade para fazer a distribuição conforme a demanda. 
 
 
Figura 1 – Representação de um Centro de distribuição em que em azul temos a empresa produtora e em laranja 
temos o centro de distribuição que distribui os produtos para os diversos clientes ao seu redor 
 
O exemplo apresentado da empresa de refrigerante foi esquematizado na Figura 1. A 
sequência deste processo é representada na Figura 2. 
 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 3 
 
 
Figura 2 – Representação do sistema de distribuição completo considerando toda a cadeia de distribuição do 
fornecedor até o cliente final consumidor 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/ 
 
Box início 
Um centro de distribuição, também conhecido como CD, é uma unidade construída 
por empresas industriais, retalhistas para armazenar os produtos produzidos ou 
comprados para revenda, com a finalidade de despachá-los para outras unidades, filiais ou 
clientes. 
A implementação de centros de distribuição na cadeia de abastecimento surge na 
necessidade de se obter uma distribuição mais eficiente, flexível e dinâmica, isto é, 
capacidade de resposta rápida face a procuras cada vez menores, mais frequentes e 
especificadas. 
Compartilha-se, assim, a redução de custos por entre as entidades cooperantes na 
distribuição do produto e evita-se pontos de estrangulamento, entre outras vantagens do 
trabalho em parceria (Farah, 2002, p. 44). 
Uma outra vantagem, deve-se ao fato deste mecanismo de ligação «fábrica – cliente» 
permitir o atendimento adequado a diversos pontos de venda menores, como quiosques, 
cafetarias ou restaurantes, com uma elevada taxa de entrada e saída de produtos, tendo 
estes, normalmente, um curto prazo de validade (alimentação) ou um pequeno período de 
comercialização (jornais) (Farah, 2002, p. 45). 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_de_distribui%C3%A7%C3%A3o 
Box fim 
 
Na literatura internacional existem inúmeros casos de sucesso de implantação de sistemas de 
distribuição. Contudo, o caso mais notório é do Walmart que iremos mostrar para você a 
seguir. Apenas para que você possa entender do que estamos falando. A rede do Walmart no 
mundo conta com mais de 10.000 lojas. O Walmart é o segundo maior empregador dos 
Estados Unidos, perdendo apenas para o serviço de segurança nacional. Ele emprega 2.3 
milhões de pessoas no mundo e teve um faturamento bruto em 2017 da ordem $480 bilhões. 
O valor de mercado do Wal-Mart é da ordem $220 bilhões. Isso é muito importante, pois 
estamos falando de uma rede de supermercados, ou seja, o Walmart não fabrica nada, apenas 
dispõem espaços para venda dos produtos que outros produzem. 
Contudo, para que tudo isso seja possível é necessária uma redede logística eficiente, 
associada com estratégias de mercado para diferenciação com seus concorrentes. Para vocês 
terem uma ideia o faturamento da Apple em 2017 foi da ordem de $220 bilhões. Isso mostra o 
poder econômico do Walmart, mas é importante frisar que isso só foi possível em função da 
sua estratégia eficiente de distribuição. 
 
Desenvolvimento Instrucional| 4 
 
É por isso que a seguir vamos mostrar alguns exemplos da instalação de diversos tipos de 
centro de distribuição que o Walmart desenvolveu ao longo dos anos para atender seu maior 
mercado que é o americano. 
 
Basicamente, eles desenvolveram os seguintes tipos de centro de distribuição: 
• Produtos perecíveis, mercadoria seca, linha completa de mercadorias, rede de 
distribuição de roupas, produtos importados, ecommerce, exportação, produtos 
farmacêuticos, laboratórios óticos, impressão e correios, distribuição de pneus, rede 
logística reversa e os CD’s dedicados ao Sam´s Clubs. 
 
As seguir apresentamos as localizações destes CD’s distribuídos nos Estados Unidos 
apresentado por http://www.mwpvl.com/html/walmart.html. 
 
 
Figura 3 – Localização de CDs dedicados a produtos perecíveis e mercadorias secas 
 
 
 
Figura 4 – CDs dedicados a distribuição artigos de vestuário distribuídos em todo Estados Unidos 
 
 
 
Figura 5 – Pontos centrais de distribuição distribuídos em todo Estados Unidos 
 
 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 5 
 
 
Figura 6 - Rede de logística reversa destinada a receber os produtos que retornam dos centros de distribuição e das 
lojas de varejo distribuídos em todo Estados Unidos 
 
 
 
 
Figura 7 - CDs do Sam's Club distribuídos em todo Estados Unidos sendo lojas geralmente integradas ao Walmart 
como temos exemplos no Brasil 
 
 
 
Box inicio 
Walmart Stores, Inc., conhecida como Walmart desde 2008 e Walmart antes disso, é uma 
multinacional estadunidense de lojas de departamento. A companhia foi eleita a 
maior multinacional de 2010. 
A companhia foi fundada por Sam Walton em 1962, incorporada em 31 de outubro de 
1969 e feita capital aberto na New York Stock Exchange, em 1972. A sede da Wal-Mart 
fica em Bentonville, Arkansas.Walmart é a maior loja de varejo dos Estados unidos. Em 
2009, a multinacional gerou 51% dos seus US$258 bilhões em vendas nos seus negócios 
de mercearia nos Estados Unidos. A Walmart também opera a Sam's Club na América do 
Norte. 
Walmart tem 11.000 lojas em 27 países diferentes, com 55 nomes diferentes. A companhia 
opera sob seu próprio nome nos Estados Unidos, incluindo seus 50 estados. Ela também 
opera sob seu próprio nome em Porto Rico e no Brasil. Opera no México como Walmex, 
no Reino Unido como Asda, no Japão como Seiyu e como Best Price na Índia. 
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Walmart 
Box fim 
 
Assim, é possível verificar abaixo a quantidade de elementos que compõem a rede do Walmart 
e Sam’s Club. 
• 88.000 associados 
• 112 centros de distribuição 
• 51 escritórios de transporte 
• 7.200 tratores 
• 53.000 trailers 
• 8.000 motoristas 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 6 
 
 
A rede de distribuição da Wal-Mart começou em uma garagem alugada na década de 1960. O 
primeiro CD foi aberto em 1970. 
A frota privada da Walmart é uma das frotas mais seguras da América com 2,5 milhões de 
milhas por acidente evitável. A seguir veremos alguns destaques: 
 
• O caminhoneirodo Walmart registra em média 115 mil quilômetros por ano; 
• Coletivamente, os motoristas da frota doWalmart registram mais de 850 
milhões de milhas por ano; 
• Os centros de distribuição do Walmart normalmente empregam 500-1000 
associados. 
• Uma instalação média serve 75-100 lojas, muitas com uma variedade única de 
mercadorias para cada loja específica, dentro de um raio de 250 milhas; 
• Um centro de distribuição regional pode ter cinco milhas de correias 
transportadoras, que podem mover centenas de milhares de produtos através 
de cada CD por dia; 
• As geladeiras de sorvete em um centro de distribuição de supermercado 
Walmart são arrefecidos a -20 graus Fahrenheit; 
• A frota de caminhões doWalmart está trabalhando com a indústria de 
caminhões e fabricantes de caminhões e reboques para melhorar a eficiência 
de combustível de seus caminhões. Desde 2005, melhoramos a eficiência em 
quase 20%, com mais melhorias; 
• O Walmart possui nove centros de distribuição de desastres estrategicamente 
localizados em todo o país, abastecidos com recursos de socorro necessários 
para auxiliar as comunidades a se recuperam em caso de desastre. 
• A Walmart Logísticas apoia comunidades em todo o país, contribuindo com 
mais de $ 16,5 milhões para causas de caridade locais em 2007, incluindo mais 
de $ 6 milhões levantados ou doados por seus parceiros logísticos; 
• Os parceiros de logística registraram mais de 132 mil horas de voluntariado em 
suas comunidades locais durante 2007 através dos programas de voluntariado 
doWalmart. 
 
A seguir apresentamos a taxa de crescimento das áreas dos CD’s do Walmart nos últimos anos. 
Estas curvas mostram como o processo de distribuição foi evoluindo ano após ano para 
atender a demanda de produtos aos consumidores. 
 
 
Figura 8 – Taxa de crescimento em pés quadrados por ano dos CDs de mercadorias regionais distribuídos em todo 
Estados Unidos – Fonte: http://www.mwpvl.com/html/walmart.html 
 
 
 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
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Figura 9– Taxa de crescimento em pés quadrados por ano dos CDs total que acompanha o crescimento da demanda 
- Fonte: http://www.mwpvl.com/html/walmart.html 
 
 
A Figura 10 mostra a estrutura simplificada desenvolvida pelo Walmart para atendimento dos 
clientes. Em primeiro lugar vemos a posição dos centros de distribuição (distribution center) e 
lojas individuais (individual store) associadas na primeira linha com os varejistas. Todo o fluxo 
de produtos e o processo de recebimento, seleção e separação são apresentados dentro dos 
CD para posterior distribuição para venda nas lojas individuais. 
 
 
Figura 10 – Estrutura simplificada da cadeia de suprimentos do Walmart 
Na linha de baixo vemos a figura do atacadista (wholesaler) e fabricante (manufacture) que 
produz para o Walmart vender os produtos em suas lojas. Por fim vemos a participação do 
entregador ou transportador (shiper) que realizada a coleta e entrega dos produtos dentro de 
um prazo de 72 horas a partir de uma ordem de compra. Fonte: https://slidepptx.com 
 
 
É muito importante observar que estes sistemas de atendimento as lojas dependem de uma 
integração entre o ponto de venda e o CD para realizar o ressuprimento dos materiais. A 
Figura 11 mostra esta operação em mostra no primeiro quadro a interação entre o fornecedor 
(supplier) e a loja, considerando uma entrega direta. Isso é comum também de acontecer em 
sistemas de abastecimento. Porém podemos observar na figura ao lado um sistema fechado 
com a interação do CD no processo. Este é o modelo do Walmart de resposta rápida (quick-
response QR), em que as ordens dos produtos são enviadas tanto para o fornecedor quanto 
para o CD. Assim o sistema passa a operar de maneira integrada, uma vez que o fornecedor 
também conhece a posição do CD, ou seja, ativa-se o ponto de ressuprimento do CD toda vez 
que a quantidade de produtos atinge um valor mínimo para evitar a falta de abastecimento. 
Outro ponto interessante apresentado na figura é a questão do sistema de gestão (just-in-
time) de armazéns que permite o atendimento do fornecedor diretamente ao centro de 
distribuição. A partir do CD as entregas são realizadas para lojas e os novos pedidos são 
entregues diretamente ao fornecedor. 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 8 
 
 
 
 
Figura 11 – Sistema de resposta rápida para atendimento da demanda das lojas e integração com CDs. É possível 
verificar no primeiro quadro Vendor-managed QR uma relação direta em Supplier (fornecedor) e a Store (Loja) para 
entrega dos produtos. Na sequencia vemos a implementação do sistema Warehouse Just-in-time System que 
consiste na entrega somente sobre demanda para o armazém e um sistemade integração de dados (POS Data). Na 
sequência temos o sistema Wal-mart managed QR que inclui um centro de distribuição conectado ao sistema para 
receber as ordens e despachar para as lojas também alimentando informações dentro de toda rede fornecedores – 
Fonte: https://www.walmart.com/ 
 
Como uma empresa que tem participação global, a Walmart possui, no Brasil 471 lojas físicas, 
com nove bandeiras diferentes, com lojas nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. 
Respeitando a diversidade cultural, climática e de costumes de nosso país, cada uma de nossas 
bandeiras trabalha de acordo com a realidade das localidades em que se encontram. 
 Estão presentes em 18 estados e Distrito Federal com os seguintes sistemas: (Fonte: 
https://www.walmartbrasil.com.br/sobre/walmart-no-brasil/): 
• Lojas em 203 municípios 
• Atende 100% do território nacional através do Walmart.com 
• Faturamento anual: R$29,4 bilhões (2016) 
• 471 lojas físicas 
• 9 bandeiras 
• 192 farmácias 
• 131 fotocenters 
• 50 restaurantes e cafeterias 
• Mais de 10 postos de combustíveis 
 
Trouxemos este exemplo para que vocês tenham uma visão de uma empresa que está 
presente no dia a dia da maioria de nós. Isso porque talvez já tenhamos acessado algumas 
destas redes de supermercados pertencentes ao grupo: BIG, Bompreço, Hiper Bompreço, 
Magazine, Maxxi, Mercadorama, Nacional, Sam’s Club, Supermercado Todo Dia, TodoDia, 
Walmart and Walmart. Veja a atuação internacional desta rede em termos de CDs Figura 12. 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 9 
 
 
Figura 12 - Atuação global com posição em 2009 mostrando a distribuição das lojas em várias partes do mundo 
sendo também apresentado o número de centro de distribuição (CD’s) em cada uma destas localidades 
 
Além dos centros de distribuição nós temos outros elementos de apoio na cadeia logística, 
como os transit points. 
 
4 Transit Point 
 
Os Transit points são locais em que as cargas são pré-separadas e seguem em veículos maiores 
até um ponto de transbordo – chamado Transit Point (TP) – e dali são distribuídas para a 
região em caminhões menores. 
O TP tem as seguintes características: 
Função similar ao CD em termos de transporte 
 
TP fica mais próximo dos clientes: 
 
• Redução de custos de transporte:(veículos maiores fazendo a transferência CD– 
TP); 
• Redução de custos de entrega (melhora aproveitamento dos veículos); 
• Não há estoque de produtos; 
• Não requer instalações físicas, diferentemente do CD; 
 
 
Figura 13 – Esquema de funcionamento do transit point para a transferência de cargas entre o fornecedor e o cliente 
 
Assim, uma característica básica desse sistema é que os produtos recebidos já têm seus 
destinos definidos. Vamos relembrar o caso do refrigerante de Natal para Rio de Janeiro. Se a 
empresa decide adotar está opção, os lotes de entrega dos refrigerantes já devem sair 
carimbados da fábrica. Na verdade, esses produtos já estão pré-alocados aos clientes de forma 
que podem ser imediatamente expedidos para a entrega local, evitando a espera pela 
colocação dos pedidos. 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 10 
 
A instalação Transit Point não necessita de um grande investimento em sua instalação, pois é 
uma estrutura simples, com gerenciamento facilitado — já que não são executadas atividades 
de estocagem que, em geral, exigem um grande nível de controle gerencial. Isso explica o seu 
baixo custo de manutenção. Existem empresas que realizam estas atividades em postos de 
gasolinas para reduzir custos fazendo apenas a sincronia de chegada dos veículos maiores e 
menores. 
Um dos casos mais notórios na literatura é da empresa de computadores Dell. A Dell 
Computers entrega computadores sob encomenda em 48 horas (nos Estados Unidos), 
utilizando-se do sistema. A Dell produz a unidade de processamento, enquanto compra os 
monitores e teclados de outras empresas. A empresa de entregas rápidas UPS consolida os 
equipamentos oriundos de diferentes localidades em sua unidade de Reno, Nevada, 
entregando ao consumidor o sistema completo. Outras possíveis utilizações para o sistema 
incluem empresas de construção e empresas que não produzam ou produzam parte do 
material a ser entregue ao cliente. 
A Figura 
 
Figura 14 -Representação do sistema Dell computers para distribuição de computadores entre os fornecedores, 
transit point (merge center) e os cliente. Observa-se também um sistema sem transit point em que a distribuição 
direta entre o fabricante e o fornecedor - Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Merge_in_transit 
 
Outro exemplo é a Starbucks uma empresa americana de café. Agora é a maior empresa de 
café do mundo. Através do benchmarking das novas técnicas de inicialização do McDonald's, 
eles criaram um sistema de lançamento organizado dos equipamentos e materiais para suas 
novas lojas. Um sistema monitora o progresso do contratante e determina a data de entrega 
para cada fase. As ordens do fornecedor são então cronometradas para chegar a pontos de 
trânsito para o processo de montagem, e são entregues através de caminhões para a loja 
(Wikipedia). 
 
5 Cross docking 
 
As instalações do tipo cross docking operam sob o mesmo formato que os Transit Points, mas 
se caracterizam por envolver múltiplos fornecedores atendendo clientes comuns. Ou seja, o 
que podemos observar é que as características dos sistemas de funcionamento são 
semelhantes no conceito de pontos de integração para manipulação de cargas. A principal 
característica deste sistema é não dispor de estoque, porém as rotas dos produtos já foram 
previamente definidas. A ideia principal é descarregar os produtos diretamente do veículo de 
origem para outro veículo que fará a distribuição final. Neste caso, pode até haver uma 
pequena manipulação de carga ou até mesmo um pequeno estoque, pois pode existir em 
alguns casos a necessidade desta manipulação dos produtos. 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 11 
 
Sua utilização inicia-se com o exército dos Estados Unidos que começou a usar operações de 
cross docking na década de 1950 para operações militares. Como vimos no caso dos centros de 
distribuição, o Wal-Mart passou a usar cross docking no setor varejista no final da década de 
1980, como uma estratégia de distribuição dos produtos sem a necessidade de utilização de 
CDs. 
 
Figura 15 – Processo de cross docking do Walmart mostrando todo o processo de fornecedores, consolidação e lojas 
– Fonte: https://pt.slideshare.net/Hammaduddin/cross-docking-12733808 
 
Podemos observar na Figura 16 que dentro de um sistema de movimentação de cargas, o 
conceito cross docking representa docas cruzadas. Se observarmos bem na figura vemos os 
caminhões que chegam “inbound”, o processo de movimentação de cargas e separação 
daquelas que chegaram dos caminhões e posteriormente seu envio para caminhões menores 
que fazem a distribuição para os clientes. 
 
 
Figura 16 – Cross docking operações na parte interna das operações de distribuição dos produtos 
 
Deste modo, nós podemos recordar lá da primeira aula quando falamos a respeito do celular 
que chegar nas suas mãos. 
Imagine a quantidade de operações logísticas que são realizadas, por exemplo, para que um 
iPhone seja produzido na China e entregue numa loja no Brasil. Nos Estados Unidos são 
desenvolvidos os projetos do telefone, bem como, são selecionados os fornecedores. Todo 
processo de fabricação é realizado na China pelas empresas Foxconn e Pegatron. Estas 
empresas recebem os componentes que são fabricados em diversas partes do mundo, pois 
envolvem alta tecnologia. A Figura 17 mostra o funcionamento da cadeia de suprimentos da 
Apple. 
 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 12 
 
 
Figura 17 – Visãoda cadeia logística de distribuição do iPhone considerando todo o processo de produção do 
sistema– Fonte: https://pt.slideshare.net/ 
 
Os componentes do celular estão apresentados na Figura 18. Observem que para montar um 
celular existem inúmeros componentes que são montados dentro de uma fábrica selecionada 
pela empresa. 
Para fazer a montagem e garantir que o sistema funcione de acordo com o previsto é 
necessário um controle logístico eficiente. Uma vez que os diversos fornecedores estão em 
países próximos das empresas de montagem, existe ainda sempre uma probabilidade de falhas 
ao longo da cadeia. Assim, as estratégias logísticas que vimos ao longo desta aula também são 
utilizadas pela Apple. 
 
 
Figura 18 – Quantidade de componentes necessários para montagem do celular iPhone considerando todos os 
equipamentos existentes dentro do aparelho celular – Fonte: 
http://www.nytimes.com/2010/07/06/technology/06iphone.html 
 
A Figura 19 representa o sistema de distribuição dos fornecedores para a montagem do 
celular. Entender essas cadeias logísticas globais nos permite entender o efeito da globalização 
sobre a logística. 
Como vimos também na aula 1 que as cadeias logísticas hoje não são mais regionais, mas sim 
globais, mostra que para lidar com a natureza destas atividades inúmeras operações precisam 
ser realizadas. 
Assim, com o tempo vamos nos aproximando e entendendo este funcionamento, fica claro 
para nós que para atuar neste setor, é necessário estar atento aos movimentos globais, 
operações de ordem econômico financeira, bem como, estratégias de marketing e mercado. A 
logística então é o componente principal para que estas empresas que operam neste ambiente 
consigam fazer com que os produtos cheguem no lugar certo, na hora certa e na quantidade 
correta toda vez que precisaremos. 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 13 
 
 
Figura 19 – Principais fornecedores para a montagem do iPhone considerando todos os fabricantes fornecedores de 
componentes que irão formar o aparelho – Fonte: http://www.businessinsider.com/where-iphone-parts-come-from-
2016-4 
 
6 Conclusão 
 
Nós podemos concluir nesta aula que os modos de operação e estratégias de funcionamento 
dentro das cadeias logísticas e sistema de transporte visam garantir a eficiência do processo de 
distribuição de produtos. 
Com os sistemas apresentados vimos que cada um deles tem suas particularidades e são 
adequados a natureza dos seus negócios. Portanto, precisamos ter em mente que precisamos 
estar sempre atentos para encontrar as soluções logísticas mais adequadas as suas operações. 
 
7 Atividade 
 
Início da atividade. 
As empresas brasileiras e estrangeiras têm organizado suas operações logísticas, em termos da 
utilização de CD, transit point e cross docking. Por que você acha que as empresas estão 
inovando e incrementando novas estratégias logísticas em suas operações? Quais devem ser 
as principais vantagens nestas operações? Exemplifique uma cadeia logística de algum 
fabricante de componentes de equipamentos eletrônicos. 
Diagramação: deixar 8 linhas para resposta 
 
 
Resposta comentada: 
Já vimos a importância dos terminais de transporte ao longo do curso e verificamos que as 
estratégias adotadas pelas empresas envolvem a maximização dos recursos. Considerando que 
estamos num país muito grande, a implementação de centro de distribuição, transit point e 
cross docking são modalidades que visam reduzir custos operacionais e ter maior assertividade 
no atendimento as demandas dos clientes. 
Dentro desta estratégia de reduzir custos estes elementos de gestão do sistema de transporte 
permite a utilização de veículos de maior capacidade nos trechos de longa distância e trazer a 
carga próxima ao cliente final. Uma vez que a partir destes pontos é possível definir as rotas de 
atendimento dos clientes em função das suas necessidades, bem como, definir a frequência de 
 
Desenvolvimento Instrucional 
 
| 14 
 
atendimento em função do consumo. Assim, os veículos também podem ser melhor 
dimensionado para atendimento das necessidades tanto da empresa quanto do cliente 
barateando a operação. Obviamente, que existem riscos envolvidos e custos, pois a criação de 
CD´s é algo custo. Por isso, algumas empresas optam por soluções mais simples como transit 
point e cross docking, mas as cargas já precisam estar pré separadas antes dos veículos saírem 
na origem. 
Obviamente, que se as empresas buscam cada vez mais implementar essas operações 
logísticas visto a quantidade de CD’s existentes nas principais rodovias do Brasil é porque estas 
operações têm auxiliado no atendimento aos clientes e trazido lucro as suas operações. 
Fim da atividade 
 
8 Resumo 
Nesta aula falamos de vários componentes estratégicos utilizados para reduzir custos e 
otimizar as operações logísticas de grandes e pequenas empresas. Mostramos vários exemplos 
que você pode continuar pesquisando, pois todos eles apresentam muita riqueza de detalhes. 
Você pode assistir vídeos disponíveis na internet que mostram os exemplos destas operações. 
 
9 Próxima aula 
Na próxima aula nós vamos continuar apresentando mais dados e detalhes de operações 
logísticas. 
 
10 Literatura recomendada 
 
WANKE, Peter. Estratégia Logística em Empresas Brasileiras: um enfoque em produtos 
acabados. São Paulo: Atlas, 2010. 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: logística empresarial. 5 ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2008. 
NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: estratégia, 
operação e avaliação. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
BOWERSOX, Donald J; COPPER, M. Bixby. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. São 
Paulo: Bookman, 2005.

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