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Direito Empresarial III Centro Universitário Capital Prof. Leandro Panfilo Prof. Leandro Panfilo • Coordenador do Curso de Direito •Advogado em São Paulo • Professor de Direito Comercial • Mestrado em Ciências Jurídico Empresariais pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal) • Pós graduação em Direito Comercial e Fiscal pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal) • Curso de extensão em Direito Privado Europeu pela Faculdade de Direito da Universidade de Salzburg (Áustria) • Curso de extensão em Direito Tributário pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo • Bacharelado em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo Conteúdo Programático EMENTA Títulos de Credito e suas particularidades. Formalidades e conceitos. Construção histórica. Surgimento, duração e extinção do título. Contrato empresariais. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Reconhecer a importância do Direito Comercial na Sociedade Contemporânea. Analisar e saber trabalhar com as diferentes formas de títulos de crédito. Analisar os diferentes tipos de contratos empresariais. Conteúdo Programático 1. Títulos de Crédito 1.1. Título de crédito: conceito e características 1.1.1. A cartularidade no mundo moderno: os títulos incorpóreos e os documentos virtuais 1.1.2. Circulação dos títulos de crédito 1.2. Letra de câmbio: conceito, origem e evolução histórica 1.2.1 Requisitos da emissão 1.2.2. Declarações cambiárias: aceite e aval 1.2.3. Circulação: o endosso 1.2.4. Vencimento 1.2.5. Protesto Conteúdo Programático 1.2.6. Direito de regresso 1.2.7. A ação cambial e a prescrição 1.3. Nota promissória: 1.3.1. Conceito 1.3.2. Requisitos de emissão 1.4. O cheque 1.4.1. Conceito e requisitos de emissão 1.4.2. Modalidades, prazo de apresentação, circulação e extinção 1.4.3. Prescrição do cheque. Ação cambial e ação monitória 1.5. Duplicata mercantil e de serviços 1.5.1. Natureza, requisitos e circulação 1.5.2. Remessa e devolução Conteúdo Programático 1.5.3. Vencimento, pagamento e protesto 1.5.4. Ação cambial 1.6. Conhecimento de depósito e warrant 1.7. Conhecimento de transporte 1.8. Cédula de crédito industrial 1.9. Cédula de produto rural 1.10. Cédula de crédito bancário e o certificado de crédito bancário 1.11. Os títulos de crédito e os valores mobiliários Conteúdo Programático 2. Contratos empresariais. 2.1. Características gerais e forma dos contratos empresariais. Tendências modernas. 2.2. O advento da informática e seu impacto no mundo jurídico. Contratos eletrônicos e tradicionais. Contratos pela Internet e via computador. A lei modelo sobre o comércio eletrônico da Uncitral (Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional). 2.3. Assinatura digital. Meios de prova e legislação aplicável. 2.4. Das obrigações empresariais. Dos contratos como fonte das obrigações empresariais. Conteúdo Programático 2.5. Contrato- Tipo e Adesão Contratual. 2.6. Interpretação e prova dos Contratos Empresariais. Prescrição. 2.7. Modalidades contratuais. 2.7.1. A compra e venda mercantil. Características e elementos essenciais. Modalidades da compra e venda mercantil. 2.7.2. Transporte de coisas e pessoas. Direitos e obrigações do remetente, do transportador e do consignatário no transporte de coisas. Transporte de pessoas. 2.7.3. Mandato mercantil, agência, distribuição, representação comercial, gestão de negócios e comissão. Conteúdo Programático 2.7.5. Mútuo mercantil. Empréstimos contraídos mediante a emissão de debêntures. 2.7.6. Fiança e penhor. Penhor industrial, penhor agropecuário. Penhor de mercadorias depositadas em armazéns gerais. 2.7.7. Seguro. Resseguro. 2.7.8. Depósito. Conta corrente e contratos bancários. 2.7.9. Arrendamento mercantil (leasing). 2.7.10. Faturização. (factoring). 2.7.11. Franquia. Franquia e concessão comercial. 2.7.12. Circular oferta de franquia. 2.7.13. Contrato de “Know-how” 2.7.14. Cartões de crédito. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Art. 887 – C.C. ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO •letra de câmbio •nota promissória •cheque •duplicata •outros (debêntures, commercial paper, warrant, título de crédito rural, título de crédito industrial...) LETRA DE CÂMBIO •Decreto n. 2.044/1908 •Lei Uniforme (Decreto n. 57.663/66) Ordem de pagamento por meio da qual o sacador dirige ao sacado uma ordem para que o mesmo pague a importância consignada na letra a um terceiro denominado tomador. ordem $ PESSOAS INTERVENIENTES Avalista Sacador Sacado Tomador Endossatário (Endossante) Requisitos •a denominação “letra de câmbio”. •a soma de dinheiro a pagar. •o nome da pessoa que deve pagá-la. •o nome da pessoa a quem deve ser paga. •a assinatura do próprio punho do sacador ou do mandatário especial. •saque: ato de criação da letra de câmbio •aceite: reconhecimento da ordem de pagamento pelo sacado •endosso: transmite a propriedade do título endosso em preto endosso em branco endosso posterior endossos impróprios (mandato, pignoratício, sem garantia) •aval: garante o pagamento do título Vencimento •à vista •a dia certo •a tempo certo da data •a tempo certo da vista •por antecipação Protesto •por falta de aceite •por falta de pagamento •facultativo (contra o aceitante e seu avalista) •obrigatório (contra os coobrigados anteriores) LETRA DE CÂMBIO NOTA PROMISSÓRIA arts. 75 e 76 da Lei Uniforme (Decreto n. 57.663/66) Decreto-Lei n. 167/67 (nota promissória rural) É uma promessa de pagamento feita, por escrito, por uma pessoa em benefício de outra ou à sua ordem PESSOAS INTERVENIENTES Avalista Sacador Tomador Endossatário (Endossante) promete $ REGIME JURÍDICO o mesmo da letra de câmbio, exceto: •aceite •aval em branco •vencimento a certo termo da vista requisitos • expressão “nota promissória” • promessa de pagar determinada quantia • nome do tomador • data do saque • assinatura do subscritor • lugar do saque NOTA PROMISSÓRIA CHEQUE •Lei n. 7.357/85 Ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente provisão de fundos depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos. ESPÉCIES • visado • administrativo • cruzado • para se levar em conta REQUISITOS •a denominação ‘’cheque’’ ; •a ordem incondicional de pagar quantia determinada; •o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); •a indicação do lugar de pagamento; •a indicação da data e do lugar de emissão; •a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Observação - a assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. Pagamento • decadência: em 30 ou 60 dias • sustação: pode ser por revogação (após o prazo para pagamento) ou por oposição (anterior ao prazo para pagamento) • protesto: facultativo para o emitente e avalista, obrigatório para coobrigados • prazo para executar: 6 meses, contados do prazo para pagamento. CHEQUE DUPLICATA •Lei n. 5.474/68 Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda Requisitos (Resolução BACEN nº 102/68) • denominação “duplicata”; • data de emissão; • número de ordem; • número da fatura; • data do vencimento ou declaração de ser à vista; • nome e domicílio do sacador e sacado; • identificação do sacado (RG, CPF, título de eleitor, CTPS); • importânciaa pagar, em algarismo e extenso; • praça de pagamento; • cláusula à ordem; • declaração de reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, como aceite cambial; • assinatura ou rubrica mecânica do sacador. Aceite • aceite ordinário • aceite por comunicação • aceite por presunção Exigibilidade do crédito Protesto por falta de aceite por falta de pagamento por falta de devolução Triplicata: não constitui título novo DUPLICATA PRINCÍPIOS DO DIREITO CAMBIÁRIO • cartularidade • literalidade • autonomia • inoponibilidade Princípios de Direito Cambiário CARTULARIDADE Esse requisito expressa, justamente, a materialização ou incorporação do direito no título (papel). Nos dizeres de Fábio Ulhoa “é a garantia de que o sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular (...)”. Portanto, quem detém o título tem legitimidade para exigir o cumprimento do crédito nele mencionado (título original). Os avanços tecnológicos têm causado fortes impactos sobre as relações jurídicas, e, consequentemente, sobre os títulos de crédito. O documento eletrônico representa um dos exemplos desta situação. O Código Civil, no parágrafo 3º do artigo 889, estabeleceu expressamente que “o título poderá ser emitido através dos caracteres criados em computador ou em meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos previstos neste artigo“. Desmaterialização dos Títulos de Crédito A “desmaterialização” enseja a criação de cambiais NÃO CARTULARIZADAS, não documentadas em papel. Cria situações em que o credor pode executar um determinado título de crédito sem apresentá-lo em juízo. É o que está a ocorrer com as “duplicatas virtuais“, as quais podem ser executadas mediante apresentação do instrumento de protesto por indicações e do comprovante de entrega das mercadorias (artigo 15, parágrafo 2º, Lei 5.474/68). Desmaterialização dos Títulos de Crédito LITERALIDADE O título de crédito é um documento escrito e somente se levará em consideração aquilo que estiver nele expressamente consignado. ABSTRAÇÃO/AUTONOMIA Consiste na separação da causa ao título por ela originado. Pode-se ter embasado a emissão do título numa compra e venda, num contrato de mútuo, de aluguel, etc. No título emitido poderá ou não contar esta obrigação que deu causa ao seu nascimento. Quando essa relação inicial não for mencionada no título este se torna abstrato em relação ao negócio original. Ele passa a circular sem qualquer ligação com a causa que lhe deu origem. INOPONIBILIDADE É o aspecto processual do princípio da autonomia. Em relação aos possuidores de boa-fé que se sucederem ao credor originário pela corrente de endossos ou não, o fundamento da obrigação está na sua assinatura constante do título, que o vincula indissoluvelmente ao pagamento daquele crédito ao portador. O subscritor do título,dessa maneira, somente poderá opor contra o possuidor de boa-fé os vícios formais da cártula ou de seu contudo literal (art. 896 CC). Em Recife, Juarez ajuizou uma ação de execução contra Osvaldo, baseada numa Nota Promissória de R$ 10.000,00. Se defendendo, Osvaldo alegou que havia cobrança abusiva de juros, bem como disse que já havia pago a quantia de R$ 5.000,00 e pediu que fossem ouvidas testemunhas. O juiz não aceitou os argumentos de Osvaldo, que acabou levando o processo até Brasília. Lá, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão do Juiz, entendendo que a questão, pela própria característica dos títulos de crédito, deve ser resolvida de acordo com o que estiver escrito no documento. A Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp) entrou com uma ação para executar um cheque da Trucofer Comércio de Metais Ltda., pois o cheque entrou sem fundos na conta. A Trucofer alegou que a Sabesp não entregou a sucata que tinha sido arrematada num leilão, paga com o cheque. Quando chegou em Brasília, o STJ decidiu que, pela característica do título de crédito, não cabe discutir o negócio que o originou, a não ser que a obrigação tenha sido constituída em flagrante desrespeito à ordem jurídica. Roque Koch Transporte Ltda ajuizou uma ação contra o Banco América do Sul S.A. para anular uma duplicata emitida por Schneider & Badi Ltda. O banco, que tinha recebido o título numa operação, exigia o pagamento. Roque alegou que pagou diretamente a Schneider, mediante recibo, e juntou o recibo no processo. O Tribunal rejeitou a alegação de Roque, entendendo que ele deveria ter pago ao banco, que era o detentor do título, ou seja, Schneider não era mais credora da dívida quando Roque lhe pagou. “Quem paga mal, paga duas vezes”, fundamentou o julgador. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações Independência das Assinaturas Exemplo: Independência das Assinaturas Exemplo: Exemplo de cadeia de endosso Independência das Assinaturas O portador poderá cobrar de qualquer dos coobrigados, individual ou coletivamente. Independência das Assinaturas Existe solidariedade no Direito Cambiário? Código Civil: Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. Independência das Assinaturas Por exemplo, o portador cobra do FAVORECIDO, que paga o título. Independência das Assinaturas O FAVORECIDO, ao pagar o título, extingue sua obrigação e a dos coobrigados posteriores, tendo direito de regresso contra os anteriores a ele, no valor total do título. ”É incorreta a afirmação de que os devedores de um título de crédito são solidários.” (Fábio Ulhoa Coelho) Independência das Assinaturas 2º efeito: a nulidade de uma assinatura não anula o título nem interrompe a cadeia de endossos e avais Independência das Assinaturas Decreto nº 57.663/66 (Lei Uniforme de Genebra - LU): Artigo 7º Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas. Independência das Assinaturas Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque): Art. 13 - As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes. Parágrafo único. A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmo que o cheque contenha assinatura de pessoas incapazes de se obrigar por cheque, ou assinaturas falsas, ou assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que, por qualquer outra razão, não poderiam obrigar as pessoas que assinaram o cheque, ou em nome das quais ele foi assinado. Independência das Assinaturas Abstração Todo título de crédito é emitido em virtude de um negócio (relação fundamental). Existem títulos são emitidos sem referência à relação (letra de câmbio, nota promissória e cheque). Esses títulos são conhecidos como abstratos. Se o título permanecer nas mãos do credor original(favorecido), apesar de não estar expressa a relação, é possível a defesa pelo devedor (autonomia relativa), em virtude da existência de uma relação direta entre os coobrigados. Abstração Se o título circular, ocorre sua desvinculação do negócio fundamental (autonomia absoluta). O devedor não poderá se utilizar da relação fundamental como defesa perante terceiro portador de boa-fé. A relação entre devedor e portador é indireta ou mediata. Abstração A abstração ocorre quando não houver relação direta (imediata) entre dois coobrigados. Abstração Inoponibilidade de exceções pessoais Aspecto processual da autonomia e da abstração. Conceito = não (in) possibilidade de opor (oponibilidade) defesas (exceções) pessoais. Inoponibilidade de exceções pessoais Decreto nº 57.663/66 (Lei Uniforme de Genebra - LU): Artigo 17 As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque): Art. 25 - Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador exceções fundadas em relações pessoais com o emitente, ou com os portadores anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em detrimento do devedor. Inoponibilidade de exceções pessoais Quando é possível a oposição de defesa pessoal? Se houver relação direta ou imediata. Se o portador adquirir o título conscientemente em detrimento do devedor (portador de má-fé). Quando o título circular pelas regras do Direito Civil: cessão Se o título for causal. Inoponibilidade de exceções pessoais CIRCULAÇÃO AO PORTADOR: o título circula com a mera tradição. Classificação dos Títulos de Crédito CIRCULAÇÃO NOMINATIVOS PURAMENTE NOMINATIVOS: o título somente é transferido mediante o registro no livro do devedor (ações). Código Civil: Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. Classificação dos Títulos de Crédito CIRCULAÇÃO NOMINATIVOS À ORDEM: o título é transferido mediante endosso. Classificação dos Títulos de Crédito CIRCULAÇÃO NOMINATIVOS NÃO À ORDEM: o título é transferido mediante cessão civil de crédito. Classificação dos Títulos de Crédito ENDOSSO CONCEITO: forma de transmissão dos títulos de crédito. FORMA: assinatura no verso do título de crédito. Pode ser feito na frente, mas o ato deve ser identificado. ENDOSSO ENDOSSO FORMA: assinatura na frente do título de crédito. ENDOSSO EFEITOS: Transmissão: o título é transferido para outra pessoa. Garantia: o endossante, regra geral, torna-se garantidor do título (coobrigado). ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO •Endosso próprio: ocorre a transferência de propriedade. •Endosso nulo: não produz efeitos (endosso parcial). •Endosso impróprio: não ocorre a transferência de propriedade (endosso mandato e endosso caução). •Endosso com efeito de cessão: o título circula pelas regras do direito civil (endosso em título não à ordem e endosso póstumo). Endosso próprio: ocorre a transferên- cia de propriedade do título. Divide-se em: Endosso em branco Endosso em preto Endosso sem garantia Endosso condicional ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso próprio Endosso em branco: o beneficiário pelo endosso não é identificado. Nova transmissão: tradição ou endosso. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso próprio Endosso em preto: o beneficiário é identificado. Nova transmissão somente por novo endosso: ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso próprio Endosso sem garantia: o endossante transmite o título, mas não garante o pagamento ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso sem garantia - conflito aparente de normas: Decr. nº 57.663/1966 (Lei Uniforme de Genebra), art. 15, 1ª alínea O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. Lei nº 7.357/1985 (cheque): Art. 21. Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso sem garantia - conflito aparente de normas: Código Civil: Art. 914 - Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso sem garantia - conflito aparente de normas: Código Civil: Art. 903 - Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso próprio Endosso condicional: a cláusula condicional é inválida ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso próprio Endosso condicional: a cláusula condicional é inválida LU, art. 12, 1ª alínea: O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não escrita. Lei do Cheque: Art. 18. O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja subordinado. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso próprio Endosso condicional: a cláusula condicional é inválida ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso nulo: não produz efeitos. LU, art. 12, 2ª alínea: O endosso parcial é nulo. Lei do Cheque: Art. 18. [...] § 1º - São nulos o endosso parcial e o do sacado. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso impróprio: não ocorre a transferência de propriedade. Classifica-se em: Endosso mandato (ou procuração) Endosso caução (ou pignoratício) ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso impróprio Endosso mandato (ou procuração): o título é entregue a outra pessoa, para cobrança (bancária, por exemplo). LU, art. 18, 1ª alínea: Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur en recouvrement), "para cobrança" (pour encaissement), "por procuração" (par procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso impróprio Endosso mandato (ou procuração): o título é entregue a outra pessoa, para cobrança (bancária, por exemplo). Lei do Cheque: Art. 26 - Quando o endosso contiver a cláusula "valor em cobrança", "para cobrança", "por procuração", ou qualquer outra que implique apenas mandato, o portador pode exercer todos os direitos resultantes do cheque, mas só pode lançar no cheque endosso-mandato. Neste caso, os obrigados somente podem invocar contra o portador as exceções oponíveis ao endossante. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso impróprio Endosso mandato (ou procuração): o título é entregue a outra pessoa, para cobrança (bancária, por exemplo). ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso impróprio Endosso caução (ou pignoratício): o título é entregue a um credor, para garantia de dívida (em penhor, por exemplo). LU, art. 19: Quando o endosso contém a menção "valor em garantia", "valor em penhor" ou qualquer outra menção que implique uma caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração. Os coobrigados não podem invocar contra o portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso impróprio Endosso caução (ou pignoratício): o título é entregue a um credor, para garantia de dívida (em penhor, por exemplo). ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso com efeito de cessão: o título circula pelas regras do direito civil.Existem duas modalidades: Endosso em título não à ordem Endosso póstumo ou tardio ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso com efeito de cessão Endosso em título não à ordem ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso com efeito de cessão Endosso em título não à ordem LU, art. 11: Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso. Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso com efeito de cessão Endosso em título não à ordem Lei do Cheque: Art. 17 - O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa "à ordem", é transmissível por via de endosso. § 1º - O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula "não à ordem", ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso com efeito de cessão Endosso póstumo ou tardio LU, art. 20: O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO Endosso com efeito de cessão Endosso póstumo ou tardio Lei do Cheque: Art. 27 - O endosso posterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão. Salvo prova em contrário, o endosso sem data presume-se anterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação. ENDOSSO - CLASSIFICAÇÃO ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DIFERENÇAS ENDOSSO CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO O endossante, em regra, garante o pagamento do título, pelo Princípio da Autonomia e da Independência das Assinaturas (LU, art. 15 - LC, art. 21) O cedente, em regra, garante apenas a existência do crédito, mas não é responsável pela solvência do devedor (CC, arts. 295 e 296) Endosso - Autonomia (independência das assinaturas) Cessão civil - Código Civil, arts. 295 e 296 ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DIFERENÇAS ENDOSSO CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO O endossatário adquire um direito originário, sendo contra ele inoponíveis as exceções tidas contra o endossante, em virtude do Princípio da Autonomia e da Abstração (LU, art. 17 - LC, art. 25) O cessionário adquire um direito derivado, podendo o devedor alegar contra o cessionário as exceções tidas contra o cedente (CC, art. 294) ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DIFERENÇAS Endosso - Autonomia (Princípio da Abstração) Cessão civil - Código Civil, art. 294 ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DIFERENÇAS AVAL CONCEITO: garantia de pagamento dos títulos de crédito. FORMA: assinatura na frente (anverso) do título de crédito. Pode ser praticado no verso, mas o ato deve ser identificado. REGRA: assinatura na frente sem identificação AVAL REGRA: assinatura no verso (identificada) AVAL •EXCEÇÃO: duas assinaturas no verso AVAL FORMA CLASSIFICAÇÃO: AVAL COMPLETO AVAL PARCIAL AVAL EM BRANCO AVAL EM PRETO PLURALIDADE DE AVAIS: AVAIS SIMULTÂNEOS AVAIS SUCESSIVOS AVAL AVAL COMPLETO: o avalista, regra geral, garante a totalidade do título de crédito. AVAL AVAL PARCIAL: o avalista limita a garantia dada AVAL AVAL PARCIAL: validade Lei Uniforme de Genebra: Art. 30, 1ª alínea: O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. [...] Art. 77, 3ª alínea: São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (arts. 30 a 32); [...] AVAL AVAL PARCIAL: validade Lei do Cheque: Art. 29. O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. AVAL AVAL PARCIAL: validade Código Civil: Art. 897. [...] Parágrafo único. É vedado o aval parcial. [...] Art. 903 - Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. AVAL AVAL PARCIAL: validade: Lei nº 5.474/1968 (duplicatas) É omissa em relação ao aval parcial: vale o Código Civil AVAL AVAL EM BRANCO: O avalista não declara a favor de quem está prestando o aval. Em regra, a garantia é dada ao devedor principal do título. Exceção: na letra de câmbio, o aval em branco é dado ao sacador do título (LU, art. 31) AVAL AVAL EM BRANCO: AVAL CADEIA: AVAL No exemplo dado, Caio endossa o título a favor de Estélio Nato, que exige nova garantia: AVAL AVAL EM PRETO: o avalista declara a favor de quem está prestando a garantia. AVAL AVAL EM PRETO: prestado por Décio: AVAL CADEIA: AVAL AUTONOMIA: ESTÉLIO pode cobrar de qualquer um dos coobrigados: AVAL AUTONOMIA: ESTÉLIO cobra de DÉCIO, que paga o título: AVAL AUTONOMIA: ESTÉLIO cobra de DÉCIO, que paga o título: AVAL AUTONOMIA: DÉCIO tem direito de regresso contra os coobrigados anteriores: AVAL AUTONOMIA: ESTÉLIO cobra de BENÊ, que paga o título: AVAL AUTONOMIA: ESTÉLIO cobra de BENÊ, que paga o título: AVAL AUTONOMIA: BENÊ somente tem direito de regresso contra ANTONIO: AVAL PLURALIDADE DE AVAIS: AVAIS SIMULTÂNEOS AVAL AVAIS SIMULTÂNEOS: AVAL AVAIS SIMULTÂNEOS: CAIO cobra de DÉCIO, que paga o título. AVAL AVAIS SIMULTÂNEOS: DÉCIO tem direito de regresso contra ANTONIO no valor total ou contra BENÊ, na cota parte (existe solidariedade). AVAL PLURALIDADE DE AVAIS: AVAIS SUCESSIVOS (avalista do avalista) AVAL AVAIS SUCESSIVOS: AVAL AVAIS SUCESSIVOS: CAIO cobra de DÉCIO, que paga o título. AVAL AVAIS SUCESSIVOS: DÉCIO tem direito de regresso no valor total. AVAL AVAIS SUCESSIVOS: CAIO cobra de BENÊ, que paga o título. AVAL AVAIS SUCESSIVOS: BENÊ só tem direito de regresso contra ANTONIO (DÉCIO é posterior). AVAL AVAL FIANÇA Garante títulos de crédito Garante contratos É suficiente o lançamento da assinatura do avalista no título É necessária a formalização da obrigação do fiador por escrito É uma obrigação autônoma É um contrato acessório AVAL x FIANÇA DIFERENÇAS AVAL FIANÇA A responsabilidade do avalista é sempre autônoma e independente, podendo o mesmo ser acionado a qualquer tempo para cumprimento integral da obrigação, mesmo que o devedor principal seja solvente A responsabilidade do fiador é subsidiária, salvo estipulação em contrário (o fiador tem o benefício de ordem) AVAL x FIANÇA DIFERENÇAS AVAL FIANÇA Só pode ser dado no próprio título ou em folha anexa (alongue). Pode ser dada num documento em separado. O avalista não pode ser substituído. O fiador pode ser substituído, em caso de insolvência ou incapacidade. Garante diretamente o título (é uma obrigação in rem). É uma garantia pessoal (é uma obrigação in personam). AVAL x FIANÇA DIFERENÇAS Até a entrada em vigor do CC/2002, bastava a assinatura de um dos cônjuges para validade e eficácia do aval Código Civil: Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: [...] III - prestar fiança ou aval; AVAL x FIANÇA DIFERENÇAS APRESENTAÇÃO CONCEITO: ato pelo qual o portador submete o título ao devedor e pode ter dois objetivos: ACEITE ou PAGAMENTO. NATUREZA: o título podeser quesível ou portável TÍTULO QUESÍVEL: cabe ao portador apresentar o título ao devedor (regra): APRESENTAÇÃO TÍTULO PORTÁVEL: cabe ao devedor buscar o portador para pagar (exceção): APRESENTAÇÃO ACEITE CONCEITO: ato pelo qual o SACADO (pessoa indicada para pagar) de uma ORDEM DE PAGAMENTO (letra de câmbio ou duplicata) reconhece a validade e exatidão do título mediante ASSINATURA. DUPLICATA (Lei nº 5.474/68) Remessa para aceite (art. 6º): § 1º - O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua emissão. Devolução com aceite: Art. 7º - A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. ACEITE DUPLICATA (Lei nº 5.474/68) Situações que podem ocorrer: O devedor devolve a duplicata com aceite (ACEITE ORDINÁRIO). O devedor devolve a duplicata sem aceite. Credor fará prova da falta de aceite pelo PROTESTO. O devedor não devolve a duplicata. Credor fará prova da falta de devolução pelo PROTESTO. ACEITE PAGAMENTO CONCEITO: forma de extinção das obrigações. EFEITOS: extingue a obrigação daquele que pagou e de todos os coobrigados posteriores. Quem paga tem DIREITO DE REGRESSO contra os coobrigados anteriores na totalidade da dívida. CUIDADOS: CARTULARIDADE: o devedor deve resgatar o título quando do pagamento, para evitar ser novamente cobrado. LITERALIDADE: o devedor deve exigir que lhe seja dado recibo no verso do título. Tal providência é fundamental se quem paga é um coobrigado, para que ele possa se sub-rogar no direito de propriedade do título. PROVA: se o devedor não pagar o título, o portador fará prova da falta de pagamento pelo PROTESTO. PAGAMENTO PROTESTO CONCEITO Meio de prova que o devedor de um título não o DEVOLVEU, ACEITOU ou PAGOU. Lei nº 9.492/1997 (protesto): Art. 1º. Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. OBJETIVO Conservar e ressalvar direitos. CLASSIFICAÇÃO FACULTATIVO OBRIGATÓRIO PROTESTO PROTESTO FACULTATIVO: INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO Código Civil: Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: [...] III - por protesto cambial; Supremo Tribunal Federal: Súmula nº 153. Simples protesto cambiário não interrompe a prescrição. PROTESTO AUTONOMIA (INDEPENDÊNCIA DAS ASSINATURAS): o portador pode cobrar o título de qualquer dos coobrigados. PROTESTO PROTESTO FACULTATIVO AÇÃO DE EXECUÇÃO DIRETA: contra o devedor principal e respectivos avalistas PROTESTO PROTESTO OBRIGATÓRIO AÇÃO DE EXECUÇÃO INDIRETA (ação de regresso: contra os demais coobrigados do título. PROTESTO PROTESTO OBRIGATÓRIO AÇÃO DE EXECUÇÃO INDIRETA DUPLICATA (Lei nº 5.474/1968): Art. 13. [...] § 4º - O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. PROTESTO PROTESTO OBRIGATÓRIO PEDIDO DE FALÊNCIA (Lei nº 11.101/2005): Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários- mínimos na data do pedido de falência; PROTESTO PROTESTO OBRIGATÓRIO DUPLICATA SEM ACEITE (Lei nº 5.474/1968): Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar: [...] II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: a) haja sido protestada; b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos artigos 7º e 8º desta Lei. PROTESTO LUGAR DO PROTESTO Em regra, o título deve ser levado a protesto no lugar de pagamento designado no título. PROTESTO LUGAR DO PROTESTO LETRA DE CÂMBIO E NOTA PROMISSÓRIA (Decr. 2.044/1908): Art. 28. [...] Parágrafo único. O protesto deve ser tirado no lugar indicado na letra para o aceite ou para o pagamento. Sacada ou aceita a letra para ser paga em outro domicílio que não o do sacado, naquele domicílio deve ser tirado o protesto. PROTESTO LUGAR DO PROTESTO DUPLICATA (Lei 5.474/1968): Art. 13. [...] § 3º - O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. PROTESTO LUGAR DO PROTESTO CHEQUE (Lei nº 9.492/1997): Obs.: a Lei do Cheque tem dispositivo similar (art. 48). Art. 6º. Tratando-se de cheque, poderá o protesto ser lavrado no lugar do pagamento ou do domicílio do emitente, devendo do referido cheque constar a prova de apresentação ao Banco sacado, salvo se o protesto tenha por fim instruir medidas pleiteadas contra o estabelecimento de crédito PROTESTO LUGAR DO PROTESTO PROTESTO POR EDITAL (Lei nº 9.492/1997): Art. 15. A intimação será feita por edital se a pessoa indicada para aceitar ou pagar for desconhecida, sua localização incerta ou ignorada, for residente ou domiciliada fora da competência territorial do Tabelionato, ou, ainda, ninguém se dispuser a receber a intimação no endereço fornecido pelo apresentante PROTESTO TEMPO DO PROTESTO Quando pode ser protestado um título: PROTESTO TEMPO DO PROTESTO DUPLICATA (Lei 5.474/1968): Art. 21. O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução. § 1º - O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução. PROTESTO TEMPO DO PROTESTO PROTESTO (Lei 9.492/1997): Art. 9º. Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade. PROTESTO FINALIDADE DO PROTESTO PROTESTO OBRIGATÓRIO: CONSERVAÇÃO DO DIREITO DE REGRESSO PEDIDO DE FALÊNCIA EXECUÇÃO DE DUPLICATA SEM ACEITE PROTESTO FACULTATIVO: INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PROTESTO TEMPO DO PROTESTO CÓDIGO CIVIL: Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. PROTESTO TEMPO DO PROTESTO: Procedimento no cartório: PROTESTO TEMPO DO PROTESTO INTIMAÇÃO (Lei 9.492/1997): Art. 12 - O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida. Art. 13 - Quando a intimação for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado no primeiro dia útil subseqüente. PROTESTO TEMPO DO PROTESTO CONSEQÜÊNCIAS (Lei 9.492/1997): Art. 29 - Os cartórios fornecerão às entidades representativas da indústria e do comércio ou àquelas vinculadas à proteção do crédito, quando solicitada, certidão diária, em forma de relação, dos protestos tirados e dos cancelamentos efetuados, com a nota de se cuidar de informação reservada da qual não se poderá dar publicidade pela imprensa, nem mesmo parcialmente. PROTESTO TEMPO DO PROTESTO CERTIDÃO– 5 anos (CDC): Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos. PROTESTO TEMPO DO PROTESTO CERTIDÃO – 10 anos (Lei 9.492/1997): Art. 36 - O prazo de arquivamento é de três anos para livros de protocolo e de dez anos para os livros de registros de protesto e respectivos títulos. PROTESTO TEMPO DO PROTESTO SUSTAÇÃO DO PROTESTO PRAZO FORMA TUTELA ANTECIPADA AÇÃO CAUTELAR PROTESTO TEMPO DO PROTESTO CANCELAMENTO DO PROTESTO EXTRAJUDICIAL JUDICIAL TUTELA ANTECIPADA SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO PROTESTO PROTESTO
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