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complicações da anestesia bucal

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CONSIDERAÇÕES SOBRE ANESTESIA LOCAL ODONTOLÓGICA EM PACIENTES CARDIOPATAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Discentes:
Marcela de Cássia dos Reis
Regiane Maria Pedroza
Viviane de Cássia Silva Leite
Fernando Henrique Alves Ribeiro
Rafaella Ugrin de Oliveira Silva
Rafaelle Sant’ Ana do Nascimento
Roniéli de Oliveira Silva
Taliane Gomes Aranha
Professora:
Ana Cláudia Pedreira De Almeida
Introdução:
As cardiopatias são uma das doenças mais frequentes no mundo e relacionadas grandemente com o estresse do paciente provocado pela odontologia;
Dentre os vários tipos, angina estável e instável, infarto do miocárdio recente, arritmias, hipertensão, insuficiência cardíaca e cirurgia recente da artéria coronária são as que apresentam maior grau de comprometimento cardiovascular, necessitando de maior atenção. 
angina:
insuficiência vascular nas artérias coronárias que resulta na hipóxia temporária do musculo cardíaco;
três tipos de angina – estável, instável e variante- a instável é a mais perigosa, por não seguir um padrão e acontecer sem um esforço físico, além de não cessar com repouso e medicamentos;
uso de anestésicos, os quais geralmente possuem vasoconstritor adrenalina, que aumenta a pressão sanguínea, é estritamente contra- indicado para pacientes com angina instável (tratamentos eletivos devem ser postergados até que o paciente se enquadre em ASA III e tratamentos de urgência devem ser realizados de maneira conservadora em ambiente hospitalar);
No caso das demais anginas, o tratamento e a anestesia deve ocorrer dentro do próprio consultório.
Infarto recente no miocárdio:
De acordo com os protocolos estabelecidos de odontologia pacientes que sofreram infarto recente do miocárdio devem ser tratados entre 3 à 6 meses após o ocorrido;
planejamento deve incluir sessões curtas, no máximo 30 minutos, e na necessidade de exodontias múltiplas, devem ser divididas em várias sessões, afim de evitar procedimentos longos;
contraindicação de adrenalina a pacientes que fazem uso de β-bloqueadores não seletivos uma vez que sua administração concomitante à de vasoconstritores adrenérgicos pode desencadear hipertensão grave; 
felipressina, um análogo sintético da vasopressina, é um vasoconstritor considerado seguro, quando usado em cardiopatas. Em doses terapêuticas é destituído de efeitos antidiuréticos e vasoconstritor coronariano, já que não age sobre receptores α e β adrenérgicos, determinando, desta forma, apenas vasoconstrição local sem produzir alterações na pressão arterial. 
Arritmias:
distúrbios do ritmo normal do coração originados nos átrios ou ventrículos;
alguns medicamentos (ambulatoriais ou cirúrgicos) que são utilizados durante o atendimento odontológico, podem desencadear quadros de arritmias;
felipressina, geralmente associada à prilocaína é mais indicado;
cautela durante os procedimentos em relação aos equipamentos odontológicos que serão utilizados, pois podem dar interferências nos dispositivos cardíacos eletrônicos implantados em pacientes com arritmias. Alguns desses equipamentos são: instrumentos ultrassônicos, testadores pulpares, localizadores apicais e eletrocauterizador.
Hipertensão:
a elevação persistente dos níveis da pressão arterial sanguínea (PA), com valores ≥ 140/90 mmHg;
Muitos pacientes são hipertensos e desconhecem sua condição, pois a doença é quase sempre assintomática (importante!);
Hipertensão estagio 1: soluções contendo felipressina 0,03 UI/mL (associada à prilocaína 3%) ou epinefrina nas concentrações 1:200.000 ou 1:100.000 (em associação à lidocaína 2% ou articaína 4%);
Hipertensão estagio 11: prilocaína 3% com felipressina (máximo de 2-3 tubetes);
Grávidas com hipertensão arterial não controlada: Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína 3% sem vasoconstritor
Insuficiência cardíaca:
alteração cardiovascular devido a incapacidade do coração em fornecer um suprimento adequado de oxigênio para atender ás demandas metabólicas do organismo;
No caso de ICC estável (avaliada pelo médico), podem ser empregados pequenos volumes de soluções anestésicas contendo epinefrina 1:100.000 ou 1:200.00 ou felipressina 0,03 UI/ml. Nos casos de risco elevado, os procedimentos deverão ser efetuados com sedação e em ambiente hospitalar.
Cirurgia recente de artéria coronária:
o tratamento odontológico deve seguir as mesmas orientações para os cardiopatas de modo geral;
Não se deve receber profilaxia antibiótica;
Estudo realizado com 54 pacientes, que passariam por exodontia, realizada no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo.
Conclusão:
Anamnese;
Vasoconstritor: felipressina;
evitar a utilização em excesso do sal anestésico durante o atendimento.
Referências bibliográficas:
ANDRADE, E. D. Terapêutica medicamentosa em Odontologia. Ed. 3 São Paulo: Artes Medicas, 2014.
CONRADO, V. C. L. S., Efeitos cardiovasculares da anestesia local com vasoconstritor durante exodontia em coronariopatas. Arq. Bras. Cardiol. v. 88.  n. 5. São Paulo. Maio. 2007. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0066-782X2007000500002>. Acesso em: 06 de novembro de 2020.
MALAMED, S. F. Handbook of medical emergencies in the dental office. Ed. 3. St Louis: Mosby-Year Book; 1987. 
MARQUES, A. M. J., Protocolo clínico e de regulação odontológico. Ribeirão Preto. 
OLIVEIRA, Q. G. Cuidados odontológicos a cardiopatas. 2013. Dissertação (Trabalho do curso de especialização em atenção básica a saúde da família) - Universidade federal de minas, Governador Valadares.
PÉRUSSE R., GOULART J. P., TURCOTTE J. Y. Contraindications to vasoconstrictors in dentistry: Part l. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1992. 7: 17-38159

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