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ANATOMOFISIOLOGIA ORAL

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1 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
ANATOMOFISIOLOGIA ORAL
 
DENTES 
Órgãos mineralizados localizados na cavidade oral. 
• Início do desenvolvimento: a partir da 
invaginação do epitélio da cavidade oral. 
 
• Fases do germe dentário: botão, capuz, 
campânula, coroa e raiz. 
 
• Dispostos em 2 arcos: superior/maxila e 
inferior/mandíbula. 
Estão dispostos regularmente, uns ao lado dos outros, 
formando os arcos dentais superior e inferior. 
 
• As funções exercidas pelos dentes, podem 
ser divididas em: 
a) Função ativa: refere-se a mastigação, que é 
responsável por prender, cortar, dilacerar e 
triturar os alimentos. Sendo que cada dente 
possui sua função específica. 
 
b) Função passiva: estética, proteção, fonação, 
sustentação dos tecidos moles, etc. 
 
CLASSIFICAÇÕES DOS DENTES 
• Quanto à dentição: 
a) Decídua: 20 dentes. 
 
b) Permanente: 32 dentes. 
 
• Quanto aos grupos: incisivos; caninos; pré-
molares e molares. 
 
• Difiodonto: classificação do sistema dental 
que apresenta 2 dentições. 
 
• Plexodonte: classificação do sistema dental 
que apresenta morfologia complexa. 
 
• Heterodonte: dentes com diferenças 
morfológicas, com funções diferentes. 
 
• Quanto ao órgão: 
 
 
• Quanto ao lado: 
a) Direito; 
 
b) Esquerdo. 
 
 
• Quanto ao arco: 
a) Superior; 
 
b) Inferior. 
 
FIXAÇÃO DOS DENTES NA BOCA 
O dente fica fixado no osso alveolar pelo ligamento 
periodontal, e o nome dessa união é chamada de 
gônfose. 
 
• Osso alveolar: corresponde ao tecido ósseo 
cortical ou compacto que delimita a superfície do 
alvéolo dental. 
 
• Ligamento periodontal: estrutura fibrosa do 
tecido conjuntivo, com componentes nervosos e 
vasculares, que une o cemento da raiz ao osso alveolar. 
 
 
2 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO 
• Regra geral: 
a) Inferiores precedem superiores; 
 
b) Os dentes de ambos os arcos eupcionam 
aos pares (direito e esquerdo). 
 
 
PARTES DOS DENTES (COROA, 
COLO E RAIZ) 
 
• Anatomicamente, o dente pode ser dividido 
em: coroa, colo e raiz. Essa divisão é muito utilizada 
para descrever cada dente isoladamente. Cada uma 
dessas partes possuem características próprias. 
 
• Obs.: a coroa e a raiz se encontram na junção 
amelocementária (JAC), também denominada linha 
cervical. 
 
 
 
 
 
 
COROA 
É a parte superior do dente, e geralmente a única parte 
visível. O formato da coroa determina a função do 
dente, por exemplo: os dentes mais afiados (caninos) 
servem para cortar os alimentos, e assim por diante. A 
coroa é dividida em duas: 
 
1. Coroa clínica: é a parte visível da coroa. Sua 
medida corresponde ao comprimento da coroa 
do dente desde a borda incisal ou oclusal até a 
margem gengival. Ou seja, só podemos medir 
a coroa clínica se o dente estiver inserido na 
cavidade oral. Para este paciente, a coroa 
clínica será maior do que a coroa anatômica 
devido à retração gengival, que expôs a porção 
radicular do dente, aumentando a coroa visível. 
 
2. Coroa anatômica: parte da coroa coberta por 
esmalte. Sua medida corresponde ao 
comprimento da coroa do dente desde a borda 
incisal ou oclusal até a linha cervical. É parte da 
anatomia do dente, independente do mesmo 
estar ou não inserido na cavidade oral. 
 
COLO 
É o segmento imediato entre a coroa e a raiz. Ele é 
dividido em: 
 
1. Colo clínico: é a parte visível do colo. 
 
2. Colo anatômico: é a parte que fica recoberta 
por gengiva. 
 
 
 
 
 
 
 
3 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
RAIZ 
Porção dental implantada nos alvéolos da maxila e da 
mandíbula. Existem 3 tipos: 
 
1. Raiz unirradicular: possui somente 1 raíz. 
 
2. Raiz birradicular: possui 2 raízes. 
 
3. Raiz trirradicular/multirradicular: possuem 3 
ou mais raízes. 
 
ESTRUTURA DOS DENTES 
O dente também pode ser dividido histologicamente, 
tomando como parâmetros os tecidos que os 
constituem. 
 
 
• Esmalte: é a camada mais externa do dente. 
Ele recobre a dentina coronária, e é o tecido mais 
mineralizado do corpo. É estremamente duro e 
resistente ao desgaste. 
a) Textura horizontal: periquemáceas. 
 
 
 
 
b) Textura vertical: lóbulos de desenvolvimento. 
 
 
• Dentina: é um tecido conjuntivo avascular, de 
coloração branco-amarelada. É o maior tecido do 
dente, pois vai da coroa até a raiz, sendo que na coroa 
é recoberto pelo esmalte e na raiz pelo cemento. 
Aumenta a resistência à fratura do dente, e é formada 
por túbulos. 
 
• Polpa: é um tecido mole (tecido conjuntivo 
frouxo), altamente vacularizado, responsável pela 
vitalidade dos dentes. 
a) Funções: 
1. Normativa: produção de dentina; 
 
2. Nutritiva: nutrição à dentina; 
 
3. Sensorial: sensibilidade da polpa e da 
dentina (sensação de dor). 
 
4. Defensiva: capacidade defensiva e de 
reparação. 
 
5. Câmara pulpar: compartimento de 
tecido conjuntivo vascularizado e 
inervado localizado no centro do dente 
envolvido pela dentina. 
 
PERIODONTO DE INSERÇÃO 
• Cemento: é um tecido calcificado que recobre 
as raízes dos dentes; avascular. Tem deposição 
contínua ao longo da vida. Insere fibras do ligamento 
periodontal à raiz e contribui para o reparo da superfície 
da raiz. 
 
• Ligamento periodontal: é um tecido 
conjuntivo frouxo, que circunda as raízes dos dentes e 
une o cemento ao osso alveolar. A presença do 
ligamento periodontal torna possível a distribuição de 
forças no osso alveolar. 
 
• Osso alveolar: partes da maxila e da 
mandíbula que dão suporte aos alvéolos. É o osso que 
recobre as paredes dos alvéolos (osso alveolar 
propriamente dito [lâmina dura]), é remodelado ao 
longo da vida. 
 
 
 
 
 
4 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
NOTAÇÃO DENTÁRIA (FDI) 
 
• São utilizados 2 algarismos arábicos: 
I. 1º algarismo: representa o quadrante; 
a) Permanentes: 
1. quadrante superior direito; 
2. quadrante superior esquerdo; 
3. quadrante inferior esquerdo; 
4. quadrante inferior direito. 
 
b) Decíduos: 
5. quadrante superior direito; 
6. quadrante superior esquerdo; 
7. quadrante inferior esquerdo; 
8. quadrante inferior direito. 
 
II. 2º algarismo: representa o dente (órgão). 
 
FACES DO DENTE 
 
• Todos os dentes têm 5 faces livres: 
a) Face vestibular: é a parte visível da frente 
do dente (sorriso). 
 
b) Face lingual ou palatina (somente arco 
superior): é a face do dente que a língua 
encosta, ou seja, a parte de trás do dente. 
Sendo que, somente os dentes superiores 
são considerados como os que tem face 
palatina, já que só existe palato na parte 
superior (céu da boca). 
 
c) Face mesial: é a face mais reta e mais 
próxima da linha média. 
 
d) Face distal: é a face mais distante da linha 
médial e é um pouco arredondada. 
 
e) Face/borda cervical: é a borda que divide 
a coroa da raiz. 
 
f) Face/borda incisal (incisivos e caninos) 
ou oclusal (pré-molares e molares): é a 
parte cortante do dente. 
 
• Obs.: se separarmos a coroa da raiz temos a 
face cervical. 
 
DIVISÃO DOS DENTES EM 
TERÇOS 
 
 
BORDAS E ÂNGULOS 
 
O ângulo diedro, no estudo da anatomia dentária, 
corresponde ao encontro de duas faces, que também 
chamamos de borda ou aresta. Por exemplo, a junção 
da face V com a face D é a borda disto-vestibular. 
Quando olhamos o dente pela face V, a chamamos de 
borda D para simplificar, mas o nome correto seria 
borda DV. 
O ângulo triedro corresponde ao encontro de três faces. 
Por exemplo, no incisivo, o encontro da face V, da 
incisal e da M, forma o ângulo vestíbulo-mesio-incisal, 
que chamamos de ângulo mesio-incisal para simplificar 
o nome. 
 
 
 
5 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CRISTAS 
 
Crista é uma elevação na coroa de alguns dentes. Os 
caninos apresentam uma crista V e uma L, 
correspondendo à elevação no esmalte dessas faces, 
desde a região acima da convexidade cervical até o 
vértice (ponta) da cúspide. Além disso, as faces linguais 
dos dentes anteriores também apresentamduas 
elevações nas margens M e D, que são as cristas 
marginais. Nos dentes posteriores, as cristas marginais 
unem as cúspides V e L. 
 
LÓBULO DE DESENVOLVIMENTO 
 
É o nome dado a um centro primário de formação do 
dente, durante a embriogênese. A formação da coroa 
do dente começa em pontos diferentes (centros de 
formação ou lóbulos) e com o desenvolvimento e 
crescimento, os lóbulos vão se unir, deixando sulcos 
entre eles. Nos I, C e PM, são 3 lóbulos vestibulares e 
1 lingual, e nos molares, cada cúspide representa um 
lóbulo. 
 
CÚSPIDE 
 
Estrutura formada por 4 planos inclinados e um vértice, 
comparada a uma pirâmide de base quadrada. 
 
 
 
BOSSA V 
 
É a convexidade do 1/3 cervical da face V, ou seja, a 
parte mais elevada da face V. Está presente em todos 
os dentes anteriores e posteriores. Alguns livros 
também chamam a convexidade da face L de bossa L. 
No caso da face L, a parte mais convexa do dente fica 
na cervical dos dentes anteriores e corresponde ao 
cíngulo. Já no dentes posteriores, está localizada no 
terço oclusal ou no terço médio. 
 
DIVERTÍCULO CERVICAL 
 
É uma projeção do esmalte, na linha cervical, que 
aponta para a região da divisão das raízes. Pode 
aparecer em dentes com mais de uma raiz, não só no 
1ºPMS. 
 
BULBO RADICULAR 
 
Nos dentes que apresentam mais de uma raiz, o bulbo 
é a porção da base comum da raiz, ou seja, é a parte 
da raiz que não se dividiu. 
 
 
 
 
 
 
6 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
INCISIVOS 
Os incisivos são dentes fundamentais. Além de 
estarem relacionados imediatamente com a estética do 
sorriso, tem funções como corte dos alimentos, 
articulação da fala, manutenção da posição labial 
(estética) e participam na guia anterior (oclusão). 
 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
• Aspecto vestibular das coroas: 
 
a) Trapezoidal tendendo para quadrilátero; 
 
b) Diâmetro cervico-incisal proporcional ao mesio-
distal; 
 
c) Bordo incisal retilíneo levemente inclinado para 
distal. 
 
• Aspecto lingual das coroas: 
 
a) Pouca incidência de forame cego; 
 
b) União indireta das cristas proximais. 
 
• Aspecto proximal: 
 
 
 
 
• Aspecto incisal: 
 
a) Raíz: comprimento proporcional ao da coroa e 
tendência a conformação reta. 
 
INCISIVOS LATERAIS 
SUPERIORES 
 
• Aspecto vestibular das coroas: 
a) Trapezoidal tendendo para triangular; 
 
b) Diâmetro cervico-incisal bem maior que mesio-
distal; 
 
c) Convergência das bordas proximais mais 
acentuada. 
 
• Aspecto lingual das coroas: 
a) Presença do forame cego bem frequente; 
 
b) União direta das cristas proximais. 
 
c) Raíz: mais longa e delgada em relação a coroa 
e tendência para inclinação distal. 
 
 
 
7 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
INCISIVOS CENTRAIS 
INFERIORES 
 
• Aspecto vestibular das coroas: 
a) Trapezoidal tendendo a forma retangular; 
 
b) Bordas mesial e distal tendem ao paralelismo; 
 
c) Ângulos incisais nítidos; 
 
d) Aspecto lingual das coroas: 
 
e) Cíngulo centralizado; 
 
f) Raíz: tendem a conformação reta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCISIVOS LATERAIS 
INFERIORES 
 
• Aspecto vestibular das coroas: 
a) Aspecto trapezoidal nítido; 
 
b) Borda mesial mais convergente para o colo; 
 
c) Ângulo disto-incisal arredondado; 
 
d) Inclinação da borda incisal para distal. 
 
• Aspecto lingual das coroas: 
a) Cíngulo para distal. 
 
b) Raíz: tendem a conformação reta (50%) ou à 
inclinação distal (30%). 
 
• Elementos que definem o lado dos 
incisivos: 
a) Convergência da borda distal para cervical; 
 
b) Convexidade cervical dirigida para a borda 
mesial; 
 
c) Ângulos disto-incisais arredondados (exceto 
centrais inferiores); 
 
d) Ápice radicular voltado para distal; 
 
e) Cíngulo voltado para distal (incisivos laterais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CANINOS 
Os caninos são divididos em dois grupos, sendo 2 
maxilares (superiores) e 2 mandibulares (inferiores): 
Servem como alicerces do arco (canto da boca) e 
geralmente são os últimos dentes a serem perdidos por 
doença periodontal. 
• Morfologia geral: 
a) Forma de cúspide; 
 
b) Dente mais longo do arco; 
 
c) Cúspide divide declive mesial e declive distal; 
 
d) Presença de crista labial na vestibular; 
 
e) Maior no sentido vestíbulo-lingual que no 
mesio-distal. 
 
• Aspecto vestibular: 
a) Forma pentagonal; 
 
b) Cristas marginais mesiais mais curtas que 
cristas distais. 
 
• Aspecto proximal: 
a) Cuneiforme, assim como os incisivos; 
 
b) Linhas cervicais convexas em direção ao ápice, 
mais na face mesial que na distal; 
 
c) Contorno lingual em forma de “S”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CANINOS SUPERIORES 
 
• Aspecto vestibular das coroas: 
a) Face vestibular composta por 3 lobos; 
 
b) Contorno mesial amplamente convexo no terço 
médio, achatando – se no terço cervical; 
 
c) Lado distal forma um “S” raso, convexo no terço 
médio e ligeiramente côncavo no cervical; 
 
d) Declive mesial mais curto que declive distal. 
 
• Aspecto palatino das coroas: 
a) Cíngulo grande e centralizado; 
 
b) Cristas marginais geralmente menos 
proeminentes que a crista lingual; 
 
c) Atrito oclusal. 
 
• Raízes dos caninos superiores: 
a) Vestibular: comprida, cônica; terço apical 
estreito, frequentemente para distal; face 
vestibular mais convexa; 
 
b) Lingual: mais estreita que no lado vestibular; 
 
c) Proximais: face mesial mais larga; depressão 
longitudinal mais pronunciada na distal. 
 
 
 
 
 
 
9 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CANINOS INFERIORES 
 
• Aspecto vestibular das coroas: 
a) Lisa e convexa; 
 
b) Lado mesial convexo, tendendo a plano, quase 
em linha com a face mesial da raiz; 
 
c) Parece haver mais da coroa na distal do longo 
eixo da raiz (aspecto de inclinação para distal). 
 
• Aspecto lingual das coroas: 
a) Cíngulo baixo, menos volumoso, deslocado 
para distal; 
 
b) Crista lingual e fossas linguais discretas; 
 
c) Coroa e raiz se afilam da vestibular para 
lingual; 
 
• Aspecto proximal das coroas: 
a) Borda incisal inclinada para distal; 
 
b) Curvatura da linha cervical maior na mesial. 
 
• Raízes dos caninos inferiores: 
a) Vestibular: convexo, reto (curvatura não deve 
ser decisiva na identificação do lado do dente); 
 
b) Lingual: mais estreita que no lado vestibular; 
 
c) Proximal: depressão longitudinal mais 
profunda na distal. 
 
PRÉ-MOLAR 
Os pré-molares são dentes muito importantes na 
mastigação, posicionalmente estão posterior aos 
caninos e anterior aos molares. Não existem pré-
molares decíduos, eles avulsionam na região dos 
molares decíduos (54, 55, 64, 65, 74, 75, 84 e 85). 
• Aspecto vestibular: 
a) Forma pentagonal do coroa; 
 
b) Declive mesial da cúspide vestibular mais curto 
que o distal (exceto 1º PS); 
 
c) Presença de crista bucal ou crista vestibular; 
 
• Aspecto lingual: 
a) Face lingual mais estreita que a vestibular 
(exceto 2º PI); 
 
• Aspecto oclusal: 
a) Mais largo no sentido vestíbulo-lingual do que 
no mésio-distal; 
 
b) Vertentes triturantes mesiais e distais; 
 
c) Cristas triangulares (vestibular e lingual) se 
encontram no sulco central; 
 
• Características diferenciais entre PMS e 
PMI: 
a) Na vista oclusal, os superiores são mais 
alongados no sentido V-P ; enquanto os 
inferiores são mais quadrados; 
 
b) Crista vestibular é mais proeminente nos 
superiores; 
 
c) Coroa dos inferiores aparentem estar 
inclinadas para distal; 
 
d) Declive lingual das coroas nos inferiores. 
 
• Características diferenciais entre 1º e 2º 
PMS: 
a) O 1º é mais longo e mais largo que o 2º; 
 
b) A convergência dos lados proximais é mais 
acentuada no 1º PS, conferindo à região 
cervical do 2º PS um aspecto mais largo; 
 
c) O 1º PS é o único a apresentar a ponta da 
cúspide vestibular deslocada para dista do 
longo eixo, tornando o declive mesial maior que 
o distal; 
 
d)Formato da cúspide vestibular do 1º PS é mais 
“afiado” ou pontiagudo; 
 
e) 60% dos 1º possuem duas raízes, enquanto a 
maioria dos 2º são monorradiculares; 
 
f) Cúspide palatina é mais curta, especialmente 
no 1 PMS; 
 
 
10 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
 
g) A concavidade mesial aparece em 100% dos 1º 
PS, envolvendo o terço cervical da coroa, 
continuando na raiz; 
 
• Características diferenciais entre 1º e 2º 
PMI: 
I. Vestibular: 
a) 1º PI tem coroa mais longa e cúspide vestibular 
mais pontiaguda; 
 
b) O 2º PI geralmente é mais largo no colo 
cervical; 
 
c) O 1º PI apresenta a crista bucal mais 
proeminente e tem raiz mais curta, com ápice 
pontiagudo enquanto o 2º PI tem raiz mais 
longa e apice obtuso; 
 
II. Lingual: 
a) 1º PI tem coroa mais estreita na lingual, 
enquanto o 2º PI tem lingual bastante larga; 
 
b) Cúspide lingual muito curta e estreita no 1º PI 
(não funcional); 
 
c) 2º PI com uma ou duas cúspides linguais 
(mésio-lingual é mais larga); 
 
III. Oclusal: 
a) 1º PI com contorno assimétrico; enquanto o 2º 
PI tem aspecto quadrado; 
 
b) Face oclusal do 2º PI é maior (funcional); 
 
c) Enquanto o 1º PI tem grande convergência 
para lingual (principalmente na mesial) o 2º PI 
pode apresentar a lingual mais larga que a 
vestibular; 
 
d) Diferença no número de fossas oclusais; 
 
e) Crista transversa bem definida no 1º PI. 
 
MOLARES 
Os molares são dentes fundamentais na arcada 
dentária humana. Os dentes molares não apresentam 
decíduos, (os molares decíduos dão lugar aos pré-
molares permanentes). São 6 maxilares e 6 
mandibulares. 
• Morfologia: 
a) Vestibular: forma trapezoidal da base maior 
oclusal, convergência das bordas próximas 
para o colo; 
 
b) Lingual: aspecto similar à face vestibular, face 
lingual mais estreita que a vestibular (exceção 
1º MS, que a lingual é mais larga que a 
vestibular); 
 
c) Proximal: quadrangular; convergência das 
bordas vestibular e lingual para oclusal, 
comumente invadidas por sulcos secundários 
de origem oclusal; 
 
d) Oclusal: variam de 3 cúspides a 5 cúspides; 
convergência das bordas vestibular e lingual 
para distal; predomínio das cúspides mesiais 
sobre as diastais; rebordos marginais mesial e 
distal; sulco central de senvolvimento (sulco 
principal). 
 
• Diferença entre MS e MI: 
a) Superiores possuem três raízes, duas 
vestibulares e uma palatina; 
 
b) Inferiores possuem duas raízes, uma mesial e 
uma distal; 
 
c) Declive lingual das coroas dos molares 
inferiores acentuada; 
 
d) Bordas mesial e distal convergente para 
cervical nos superiores e tendem ao 
paralelismo nos inferiores; 
 
e) Faces oclusais com formato quadrangular 
tendendo a losango nos superiores e mais 
retangulares nos inferiores; 
 
• Diferença entre 1ºMS e 2ºMS: 
a) Primeiro molar possui 4 cúspides, enquanto o 
segundo possui 3; 
 
b) Ponte de esmalte interliga as cúspides mesio-
lingual e disto-vestibular no primeiro molar; 
 
c) Segundo molar possui forma semelhante a um 
coração, com duas cúspides vestibulares e 
uma palatina; 
d) Discreta convergência das bordas vestibular e 
lingual para distal nos primeiros molares, mais 
acentuada nos segundos molares; 
 
e) Face lingual é maior que a vestibular no sentido 
mesio-distal, nos primeiros molares; 
 
f) Presença do tubérculo de Carabeli no terço 
médio-mesial da face palatina, nos primeiros 
molares. 
 
• 3º MS: 
a) Pode ser semelhante ao primeiro ou ao 
segundo molar, variam muito em sua 
morfologia; 
 
b) Diferenciam-se dos primeiros e dos segundos 
molares por apresentarem raízes mais curtas e 
frequentemente fusionadas; 
 
c) A face oclusal é comumente acometida de 
sulcos e cúspides suplementares; 
 
d) Forma tricuspídea bastante frequente; 
 
 
11 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Diferenças entre 1ºMI e 2ºMI: 
a) Primeiro molar apresenta cinco cúspides, 
sendo três vestibulares e duas linguais. 
Cúspide mesio-vestibular é a maior delas; 
 
b) Segundo molar apresenta quatro cúspides, 
com sulco principal em forma de X; 
 
c) Contorno pentagonal nos primeiro (vista pela 
oclusal) e retangular nos segundos molares; 
 
d) Sulco principal em forma de W com vértices 
para vestibular nos primeiros molares; 
 
• 3º MI: 
a) Menores que os primeiros e segundos molares 
inferiores; 
 
b) Podem se assemelhar ao primeiro ou ao 
segundo molar inferior; 
 
c) Diferenciam-se dos primeiros e segundos 
molares por apresentarem raízes mais curtas e 
frequentemente fusionadas; 
 
d) A face oclusal é comumente acometida de 
sulcos e cúspides complementares. 
 
DECÍDUOS 
A dentição decídua é o primeiro conjunto de dentes que 
aparecem durante a ontogenia de humanos e outros 
mamíferos. O desenvolvimento dentário começa 
durante o período embrionário e os dentes tornam-se 
visíveis (erupção dentária) na boca durante a infância. 
Esses dentes são popularmente conhecidos como 
dentes de leite, cuja denominação surgiu devido a sua 
coloração ser mais branca, opaca e leitosa . Quando 
comparados aos permanentes se apresentam em 
menor tamanho e possuem as raízes mais curtas, além 
de não possuir os pré-molares e sisos. A dentição 
decídua completa é composta por 20 dentes. 
Os dentes decíduos exercem função vital no 
desenvolvimento dos músculos da mastigação e na 
formação dos ossos da face, além de desempenharem 
um papel importante na localização, no alinhamento e 
na oclusão dos dentes permanentes. 
Por apresentarem o esmalte mais permeável, ele é 
mais facilmente desgastado comparado ao esmalte do 
dente permanente. Logo, é de suma importância 
realizar uma higiene diária adequada, para evitar o 
desenvolvimento da doença cárie. 
 
 
 
DIFERENÇA ENTRE DECÍDUOS E 
PERMANENTES 
a) Menor número de dentes (20 decíduos e 32 
permanentes); 
 
b) Menores em todas as dimensões; 
 
c) Coloração mais clara (dentes branco-
azulados); 
 
d) Presença de diastemas (espaçamentos); 
 
e) Forma semicircular da arcada (arcada 
permanente é elíptica); 
 
f) Molares com raízes bem divergentes e em 
ordem crescente de volume; 
 
g) Menor espessura de dentina - câmara pulpar 
mais ampla e cornos pulpares mais projetados; 
 
h) Grande constrição no colo; 
 
i) Convexidades cervicais bem proeminentes. 
 
CARACTERÍSTICAS 
ANATÔMICAS DOS DECÍDUOS 
• Dentes anteriores: 
 
 
• Dentes posteriores: 
 
 
 
12 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
RELAÇÕES INTERDENTAIS 
• As funções básicas como mastigação, 
deglutinação, fonação, dependem de: 
a) Posição dos dentes no arco; 
 
b) Alinhamento intra-arco; 
 
c) Relação interarcos (oclusão). 
 
• Fatores que controlam a posição dos dentes 
no arco: 
a) Forças exercidas pela musculatura 
circundante; 
 
b) Hábitos orais; 
 
c) Comprimento e largura do arco; 
 
d) Hereditariedade; 
 
e) Tamanho dos dentes; 
 
f) Ausências dentárias. 
 
ZONA NEUTRA 
 
Posição dentária onde as forças opostas estão em 
equilíbrio. 
 
HÁBITOS ORAIS 
 
Alguns hábitos orais podem causar desnivelamento e 
desalinho dos dentes, apinhamento dentário. 
ALINHAMENTO INTRA-ARCO 
a) Contatos proximais; 
 
b) Espaço interproximal; 
 
c) Ameias e nichos; 
 
d) Bossas V e L; 
 
e) Inclinação axial; 
 
f) Plano oclusal; 
 
g) Curvas de compensação. 
 
CONTATOS PROXIMAIS 
Contato entre dois dentes adjacentes através das suas 
faces proximais. 
• Importância: 
a) Estabilidade do dente no arco: evitam migração 
dentária; 
 
b) Evitam a impacção alimentar, protegendo 
assim a papila gengival; 
 
c) Estética: harmonia; 
 
d) Fonética: evita a passagem de ar e saliva na 
pronúncia de fonemas lábio-dentais. Ex.: “F”. 
 
e) Estabilidade do dente no arco; 
 
f) Falta de contato proximal: impacção alimentar 
-> inflação gengival e reabsorção horizontal da 
crista óssea. 
 
g) Localização dentes anteriores superiores: 
 
I. ICS direito e esquerdo: 1/3 incisal; 
 
II. ICS e ILS: próximo à junção dos 1/3 incisal e 
médio; 
 
III. ILS e CS: junçãodos 1/3 incisal e médio. 
 
 
 
 
 
13 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
h) Localização dentes anteriores inferiores: 
 
 
i) Localização dentes posteriores: 
 
 
ESPAÇO INTERPROXIMAL 
 
Espaço triangular entre dois dentes adjacentes, 
normalmente preenchido pela papila gengival. 
O dimensão do espaço interproximal depende da 
superfície de contato e do contorno das faces 
proximais. 
AMEIAS E NICHO 
Espaço triangular, aberto entre as superfícies proximais 
de dois dentes contíguos, a partir do ponto de contato, 
em direção V, L ou I/O. 
 
• Ameia V: resultante do arredondamento do 
encontro da face V com as faces proximais; 
 
• Ameia L: resultante da convergência das faces 
proximais para a L; 
 
• Nicho incisal ou oclusal: resultante do 
arredondamento dos ângulos e das cristas marginais. 
 
• Importância: escoamento dos alimentos; 
massageamento da gengiva; estética; facilitam a 
higiene (auto-limpeza). 
 
BOSSAS VESTIBULAR E 
LINGUAL 
• Bossa V: convexidade 
localizada no 1/3 cervical da 
face V de todos os dentes. 
 
• Bossa L: convexidade 
localizada nas proximidades do 
1/3 médio da face L dos dentes 
posteriores. 
 
• Importância: desvio dos alimentos; proteção 
da gengiva marginal; massageamento da gengiva em 
grau adequado; higiene. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
INCLINAÇÃO AXIAL 
 
a) Os dentes estão inseridos na maxila e na 
mandíbula com inclinações diferentes dos seus 
eixos. 
 
b) Todos estão inclinados para V. 
 
c) Dentes anteriores inclinados para mesial e os 
mais posteriores tornam-se mais para distal. 
 
d) Dentes posteriores estão inclinados para L. 
 
e) Todos estão inclinados para mesial, exceto 
incisivos. 
 
PLANO OCLUSAL 
 
O plano oclusal é estabelecido pela linha traçada em 
todas as cúspides vestibulares posteriores e bordas 
incisais dos dentes anteriores. 
A curvatura do plano oclusal é resultado dos diferentes 
graus de inclinação dos dentes nos arcos. 
 
CURVAS DE COMPENSAÇÃO 
 
Se o plano oclusal fosse reto não permitiria o contato 
simultâneo em mais de uma área do arco dentário. 
• Curva de Spee: convexa para o arco superior 
e côncava para o inferior. Os arcos se encaixam 
perfeitamente quando ocluem. 
 
• Curva de Wilson: é um fenômeno observado 
durante a fase de erupção dos molares, ou seja, no 
período de dentição mista (decídua e permanente). 
Trata-se da inclinação dos molares inferiores para 
lingual e dos superiores para vestibular, quando os 
arcos são observados em oclusão sob vista frontal. 
 
ALINHAMENTO INTERARCOS 
• Relação oclusal no fechamento da 
mandíbula (MIH): 
1. Dentes posteriores: 
a) Dentes superiores estão em posição mais 
vestibular do que os inferiores. 
 
b) Cúspides V inferiores ocluem no centro VL dos 
dentes superiores. 
 
c) Cúspides L superiores ocluem no centro VL 
dos dentes inferiores. 
 
Cúspides de trabalho ou cúspides cêntricas: são as 
cúspides que mantêm a DVO no fechamento da 
mandíbula. 
 
 
Cúspides guia ou cúspides não cêntricas: são as 
cúspides que protegem os tecidos moles. 
 
 
 
 
 
 
15 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Pontos de contato nos dentes posteriores: 
 
 
• Contatos oclusais estáveis: cristas ou 
fossas. 
 
As cúspides de trabalho ocluem em região de fossa ou 
de crista marginal. 
 
2. Dentes anteriores: 
a) Bordas incisais superiores estão em posição 
mais vestibular do que as bordas incisais 
inferiores. 
 
b) Inclinação dos dentes anteriores não favorece 
as cargas no fechamento. 
 
c) Função não é manter a DVO e sim guiar a 
mandíbula durante os movimentos. 
 
d) Os contatos entre os dentes anteriores são 
mais leves do que entre os posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Trepasse vertical (overbite): distância vertical 
pela qual os dentes ant. sup. sobrepõem os inferiores. 
 
• Trepasse horizontal (overjet): distância 
horizontal pela qual os dentes ant. sup. sobrepõem os 
inferiores. 
 
• Dentes anteriores (protrusão): 
 
• Dentes anteriores (lateralidade): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE 
• Classe I: oclusão normal. 
 
 
• Classe II: 
 
 
• Classe III: 
 
 
CAVIDADE PULPAR 
 
É o espaço situado na parte interna da coroa e da raiz 
do dente, que contém a polpa. É delimitado pela 
dentina coronária, radicular e cemento. 
A anatomia interna tem forma similar à anatomia 
externa, com menores proporções. Os vasos e nervos 
penetram pelo forame apical. 
• Evolução da cavidade pulpar: 
 
Na erupção, o ápice não está completamente formado. 
A formação de dentina é contínua durante a vida. 
 
• Modificação da cavidade pulpar por fatores 
externos: 
 
Desgastes, cáries, fraturas -> formação de dentina 
secundária. 
 
CANAL RADICULAR 
• Dentes unirradiculares: 
 
Geralmente canal único. Depende do grau de 
achatamento MD da raiz. 
• Dentes multirradiculares: 
 
Pelo menos um canal para cada raiz. 
 
 
17 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Tipos de canais: 
 
 
CAVIDADE PULPAR DOS 
DENTES PERMANENTES 
• Incisivos superiores: 
 
 
• Incisivos inferiores: 
 
 
• Caninos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Premolares superiores: 
 
• Premolares inferiores: 
 
• Molares superiores: 
 
• Molares inferiores: 
 
 
 
 
 
 
 
18 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
Também chamado de sistema mastigatório. Entender 
seu funcionamento é essencial ao estudo da oclusão. 
Funções: mastigação, fala e deglutinação (paladar e 
respiração). 
Componentes: ossos, dentes, músculos, ligamentos, 
articulação temporomandibular (ATM), vasos e nervos. 
1. Componentes - ósseos: 
 
• Maxila: 
 
Sua parte inferior forma o palato e os rebordos 
alveolares, onde os dentes estão inseridos. É um osso 
fundido ao crânio. 
 
 
• Mandíbula: 
 
É sustentada por músculos, ligamentos e outros tecidos 
moles. É um osso separado do crânio. 
 
• Côndilo mandibular: 
 
É o condilo que se articula com o crânio. Sua superfície 
é convexa e possui o polo medial (PM) e polo lateral 
(PL). 
 
• Temporal: 
 
Onde o côndilo se articula, na região chamada fossa 
mandibular (FM) ou cavidade glenóide. 
 
A inclinação da eminência articular (EA) determina a 
trajetória do côndilo, quando se movimenta 
anteriormente. 
 
 
19 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
2. Componentes - articulação 
temporomandibular (ATM): 
• Articulação temporomandibular (ATM): 
 
Classiificada como uma articulação ginglimoartrodial, 
pois proporciona movimento de dobradiça e movimento 
de deslizamento. 
Componentes da ATM: côndilo mandibular, fossa 
mandibular e disco articular. 
 
• Disco articular: 
 
Tecido conjuntivo fibroso denso, não vascularizado e 
não inervado; forma bicôncava. 
Apresenta 3 regiões: zona anteriior; intermediária 
(mais fina); e posterior. 
Inserido posteriormente no tecido retrodiscal (TR). 
Inserido anteriormente na superfície articular (SA) do 
osso temporal e do côndilo mandibular, no ligamento 
capsular (LCA) e no músculo pterigoideo lateral 
superior (PLS). 
 
LRS: lâmina retrodiscal superior. 
LRI: lâmina retrodiscal inferior. 
CI: cavidade capsular inferior. 
CS: cavidade capsular superior. 
Cavidades preenchidas pelo líquido sinovial. 
3. Componentes - ligamentos: 
 
Agem passivamente para limitar os movimentos da 
mandíbula. 
Têm papel importante na proteção das estruturas. 
Fibras colágenas com comprimento específico. 
• Ligamentos colaterais ou discais: 
 
Ligam o disco aos polos lateral e medial. 
Permitem que o disco rotacione sobre superfície do 
côndilo. 
São responsáveis pelo movimento de dobradiça da 
ATM. 
 
• Ligamento capsular: 
 
Fibras inseridas na borda da FM e EA; e no colo do 
côndilo. 
Restringem as forças que tendem a separar as 
superfícies articulares. 
Envolve toda a ATM,retendo o líquido sinovial. 
 
 
 
 
 
 
20 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Ligamento temporomandibular: 
 
Parte externa oblíqua (PEO): limita a extensão de 
abertura da boca. 
Parte interna horizontal (PIH): limita o movimento 
posterior do côndilo e do disco e protege o músculo PL 
de distensão. 
 
• Ligamentos acessórios: 
 
Ligamento esfenomandibular: não tem efeito 
significativo no movimento mandibular. 
Ligamento estilomandibular: limita o movimento 
anterior da mandíbula. 
 
4. Componentes - músculos: 
• Masseter: 
 
Porção superficial (PS): fibras inclinadas para trás. 
Porção profunda (PP): fibras verticais. 
Contração do masseter: elevação da mandíbula. 
Músculo potente. A porção superficial também auxilia 
na protusão. 
 
 
 
• Temporal: 
 
Forma de leque, tem como função a elevação da 
mandíbula. 
Dividido em 3 porções, de acordo com a direção das 
fibras: porção anterior (PA), porção média (PM) e 
porção posterior (PP). 
 
• Pterigoideo medial: 
 
Parte interna da mandíbula. 
Contração do PM: elevação da mandíbula e contribui 
na protrusão. 
Quando se contrai unilateralmente, produz um 
movimento de lateralidade da mandíbula. 
 
• Pterigoideo lateral inferior (PLI): 
 
Origem: lâmina pterigóidea lateral. 
Inserção: colo do côndilo. 
Quando PLI direito e esquerdo se contraem 
simultaneamente, os côndilos se movem para frente e 
para baixo (protrusão da mandíbula). 
Contração unilateral causa um movimento lateral para 
o lado oposto. 
 
 
21 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
• Pterigoideo lateral superior (PLS): 
 
Origem: osso esfenóide. 
Inserção: na cápsula articular, no colo do côndilo e no 
disco. 
PLI está ativo na abertura e o PLS permanece inativo. 
PLS está ativo no fechamento. 
 
• Digástrico: 
 
Não é um músculo da mastigação, mas é importante no 
movimento mandibular. 
Ventre anterior e ventre posterior, ligados ao osso 
hioide. 
É um dos músculos depressores da mandíbula (abaixa 
a mandíbula e eleva o osso hioide). 
 
Outros músculos desempenham papel importante na 
coordenação da função mandibular. 
 
 
 
 
SISTEMA X OCLUSÃO 
 
A análise das ATMs é parte importante de um exame 
de diagnóstico, antes de realizar mudanças definitivas 
na oclusão. 
O relacionamento entre as cúspides não deve interferir 
na trajetória da mandíbula para a posição confortável 
das ATMs. 
 
POSIÇÕES MANDIBULARES 
a) Relação cêntrica; 
 
b) Máxima intercuspidação habitual (MIH); 
 
c) Dimensão vertical de repouso (DVR); 
 
d) Dimensão vertical de oclusão (DVO); 
 
e) Espaço funcional livre (EFL). 
 
RELAÇÃO CÊNTRICA (RC) 
 
É a posição mandibular onde o conjunto côndilo-disco, 
propriamente alinhado, está assentado em suas 
respectivas fossas mandibulares. 
É determinada pelas características estruturais das 
ATMs e não pela dentição. 
A RC não se refere aos dentes e sim à posição dos 
côndilos. Pode ser determinada mesmo em pacientes 
edêntulos. 
 
 
22 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO 
HABITUAL (MIH) 
 
É a relação da mandíbula com a maxila quando os 
dentes estão em máximo contato oclusal. 
Ao contrário da RC, a MIH pode ser facilmente 
modificada pelo profissional. 
Antigamente chamada de oclusão cêntrica. 
• Também chamada de: 
a) Posição de Intercuspidação (PIC); 
 
b) Máxima Intercuspidação (MIC); 
 
c) Oclusão adquirida; 
 
d) Oclusão habitual. 
Onde começa e termina a mastigação. 
 
RC E MIH 
Na maioria dos indivíduos, a posição mandibular em 
RC não coincide com a MIH. 
É uma posição usada nas reabilitações protéticas 
porque está fisiológica e biomecanicamente correta e 
pode ser reproduzida repetidas vezes. 
 
DIMENSÃO VERTICAL DE 
OCLUSÃO (DVO) 
Determinada por uma medida vertical da linha média da 
face entre dois pontos arbitrários acima e abaixo da 
boca, quando a mandíbula está em MIH. 
 
 
 
DIMENSÃO VERTICAL DE 
REPOUSO (DVR) 
 
Determinada por uma medida vertical da linha média da 
face entre dois pontos arbitrários acima e abaixo da 
boca, quando a mandíbula está em posição postural de 
repouso. 
Posição postural de repouso: posição de descanso da 
mandíbula, quando o paciente está em pé ou sentado, 
em posição ereta, conforme determinado pelos tônus 
muscular. 
 
ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE 
(EFL) 
 
Também chamado de espaço interoclusal, espaço de 
pronúncia. 
Distância , geralmente de 2 a 4 mm, entre as superfícies 
oclusais dos dentes superiores e inferiores, quando a 
mandíbula está na posição 
de repouso. 
DVR - EFL = DVO 
É necessário o conhecimento para os casos onde é 
necessário restabelecer o DVO. 
 
 
 
 
 
23 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
MOVIMENTOS MANDIBULARES 
• Tipos de movimentos: rotação e translação. 
 
• Movimentos funcionais: 
1. Lateralidade: 
a) Lado de trabalho: desoclusão pelo canino; 
desoclusão em grupo; 
 
b) Lado de balanceio; 
 
2. Protrusão: 
a) Guia anterior. 
 
ROTAÇÃO 
 
a) Gira em torno de um eixo; 
 
b) Quando a boca abre e fecha em torno de um 
eixo dentro dos côndilos; 
 
c) O movimento de dobradiça é o único 
movimento mandibular onde ocorre uma 
rotação “pura”; 
 
d) Eixo terminal de rotação ou de bisagra (1a 
abertura); 
 
e) Em outros eixos de rotação, a rotação é 
acompanhada da translação. 
 
TRANSLAÇÃO 
 
Movimento no espaço na qual cada objeto que se move 
tem, simultaneamente, a mesma velocidade e direção 
ocorre quando a mandíbula se move para frente. 
Na maioria dos movimentos mandibulares, a rotação e 
a translação ocorrem ao mesmo tempo. 
LATERALIDADE 
 
Movimento da mandíbula para o lado caracterizado por 
uma translação para frente, para dentro e para baixo do 
côndilo contralateral. 
• Lado de trabalho: segmento lateral da 
dentição no lado para o qual a mandíbula se 
movimentou durante a lateralidade. 
 
• Lado de balanceio: lado oposto ao de 
trabalho, durante a lateralidade. 
Em pacientes que não apresentam condição para que 
a guia canina aconteça, a alternativa mais favorável é a 
função de grupo. 
Em uma função de grupo, vários dentes no lado de 
trabalho contactam durante o movimento. 
O mais desejável é que toquem somente o canino, os 
PM e algumas vezes, a cúspide MV do 1º molar. 
 
PROTRUSÃO 
Movimento da mandíbula para frente (ou em ireção 
anterior) com uma translação anterior de ambos os 
côndilos. 
 
OCLUSÃO MUTUAMENTE 
PROTEGIDA 
No fechamento da boca, os dentes posteriores 
proporcionam carga oclusal máxima e protegem os 
anteriores. Durante os movimentos, os dentes 
anteriores contactam e desocluem os posteriores. 
É o conceito mais aplicado à dentição natural adulta. 
 
 
24 @ortognaticatro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 
Referências: 
1. ROSA, Andreia; Introdução ao Estuda da 
Anatomia Dentária. 2020. 37 slides. 
 
2. ROSA, Andreia; Grupo dos Incisivos. 2020. 55 
slides. 
 
3. ROSA, Andreia; Grupo dos Caninos. 2020. 32 
slides. 
 
4. ROSA, Andreia; Grupo dos Premolares. 2020. 
27 slides. 
 
5. ROSA, Andreia; Grupo dos Molares. 2020. 35 
slides. 
 
6. ROSA, Andreia; Dentição Decídua. 2020. 20 
slides. 
 
7. ROSA, Andreia; Relação Interdentais. 2020. 48 
slides. 
 
8. ROSA, Andreia; Anatomia da Cavidade Pulpar. 
2020. 25 slides. 
 
9. ROSA, Andreia; Introdução ao Sistema 
Estomatognático. 2020. 36 slides. 
 
10. ROSA, Andreia; Posições e Movimentos 
Mandibulares. 2020. 38 slides.

Outros materiais