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Auditoria livro

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2017
AuditoriA i
Profª. Juliane Vieira de Souza
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Juliane Vieira de Souza
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657.45
S719a 
Souza; Juliane Vieira de
 Auditoria I / Juliane Vieira de Souza: UNIASSELVI, 
2017.
 
 217 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0060-6
 
 1. Auditoria. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
ApresentAção
Caro acadêmico, a ciência contábil proporciona a criação de atitudes 
inovadoras, espelha-se em diferentes ideias, pontos de vista e soluções, 
manuseando conhecimento e as experiências das pessoas, fomentando 
oportunidades de abertura para novas possibilidades à mudança. A auditoria 
é uma tecnologia contábil que tem por objetivo examinar os sistemas, 
processos, procedimentos, controles e registros que influenciam no resultado 
das demonstrações financeiras. 
Para Beuren e Cunha (2006), a atividade profissional exercida 
pelo auditor contábil é associada às percepções de credibilidade, lisura, 
responsabilidade e confiabilidade, perante a sociedade, refletida no seu 
parecer de auditoria.
O papel da auditoria ganha destaque na sociedade atual, uma vez que 
as técnicas de auditoria permitem a visualização dos processos e atividades 
executadas com objetivos de geração de melhorias e aperfeiçoamento. O 
auditor é um profissional bastante requisitado no mercado de trabalho por 
possuir conhecimentos inerentes a diversas áreas organizacionais.
O conhecimento é adquirido por meio de capacitação. Capacitar, 
estudar e se atualizar são habilidades relacionadas à competência do auditor 
contábil.
Neste Caderno de Estudos de Auditoria I, abordaremos saberes, 
requisitos e informações peculiares à auditoria contábil. Desta forma, 
estudaremos a utilização da auditoria nos tempos remotos à atualidade, 
o perfil do auditor, normas técnicas e procedimentos utilizados para 
salvaguardar o patrimônio e identificar falhas que afetam a capacidade da 
companhia de iniciar, autorizar, registrar, processar, gerar demonstrações 
financeiras confiáveis de acordo com as normas e os princípios geralmente 
aceitos.
Esta disciplina objetiva estudar a auditoria contábil de forma conceitual 
e prática e, ao final dela, você possuirá competência para identificar aspectos, 
atividades organizacionais e os processos de controle interno por meio das 
técnicas de auditoria. 
Bons estudos e sucesso na sua vida acadêmica!
Profª Juliane Vieira de Souza
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 - CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA............................................................... 1
TÓPICO 1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO BÁSICA DE AUDITORIA ..... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 HISTÓRIA DA AUDITORIA NO MUNDO ................................................................................... 4
3 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA NO BRASIL .................................................................................. 8
4 CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA ...................................................................................... 11
5 OBJETIVO E APLICAÇÃO DA AUDITORIA ............................................................................... 12
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 13
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 14
TÓPICO 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA ................................................ 15
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 15
2 CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA ................................................................... 15
3 NATUREZA DA AUDITORIA .......................................................................................................... 17
3.1 FINALIDADE DA AUDITORIA ................................................................................................... 18
4 RELAÇÃO DO AUDITOR COM A ENTIDADE AUDITADA .................................................... 18
4.1 AUDITORIA INTERNA ................................................................................................................. 19
4.2 O AUDITOR INTERNO E A ATIVIDADE DE AUDITORIA INTERNA ................................ 20
4.3 RESPONSABILIDADE DO AUDITOR INTERNO ..................................................................... 20
4.4 A AUDITORIA INTERNA E SUA RELAÇÃO COM OS PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
INTERNO .......................................................................................................................................... 21
4.5 A INDEPENDÊNCIA DA AUDITORIA INTERNA EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES 
EXAMINADAS ................................................................................................................................. 22
5 AUDITORIA EXTERNA ...................................................................................................................... 23
6 AUDITOR INDEPENDENTE ............................................................................................................. 23
 6.1 RESPONSABILIDADES LEGAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE ...................................... 24
 6.2 A IMPORTÂNCIA DA CONTRATAÇÃO DA AUDITORIA INDEPENDENTE .................. 24
7 RELACIONAMENTO ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA ..................................... 25
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 27
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 29
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 30
TÓPICO 3 - TIPOS/RAMIFICAÇÃO DA AUDITORIA CONTÁBIL .......................................... 31
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................31
2 AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................. 32
3 AUDITORIA OPERACIONAL OU DE GESTÃO .......................................................................... 33
3.1 NATUREZA DA AUDITORIA OPERACIONAL/GESTÃO ...................................................... 34
4 AUDITORIA TRIBUTÁRIA ............................................................................................................... 34
5 AUDITORIA DE SISTEMAS INFORMATIZADOS ..................................................................... 34
6 AUDITORIA SOCIAL ........................................................................................................................ 34
7 AUDITORIA AMBIENTAL ............................................................................................................... 35
8 AUDITORIA GOVERNAMENTAL ................................................................................................. 36
VIII
9 AUDITORIAS ESPECIAIS ................................................................................................................. 36
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 37
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 39
TÓPICO 4 - PRINCÍPIOS, PERFIL E CONDUTA DO AUDITOR ................................................ 41
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41
2 PRINCÍPIOS PROFISSIONAIS ...................................................................................................... 41
2.1 PRINCÍPIOS ÉTICOS ..................................................................................................................... 41
3 PERFIL DO AUDITOR ........................................................................................................................ 43
3.1 CONDUTA PROFISSIONAL ........................................................................................................ 46
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 50
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 52
TÓPICO 5 - DIFERENÇA BÁSICA ENTRE FRAUDE E ERRO ..................................................... 53
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 53
2 QUAL O PAPEL DO AUDITOR NA BUSCA DE ERROS E FRAUDES? .................................. 56
2.1 QUAL É O PERFIL DO FRAUDADOR? ..................................................................................... 57
2.2 COMO PENSAM OS FRAUDADORES? ...................................................................................... 59
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 61
RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 65
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 66
UNIDADE 2 - NORMAS, PLANEJAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ........ 67
TÓPICO 1 - NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS 
À AUDITORIA ......................................................................................................................................... 69
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 69
2 NORMAS DE AUDITORIA .............................................................................................................. 77
3 NORMAS RELATIVAS À PESSOA DO AUDITOR ...................................................................... 79
4 COMPETÊNCIA/ CAPACIDADE/ RESPONSABILIDADE ........................................................ 79
4.1 INDEPENDÊNCIA PROFISSIONAL............................................................................................ 80
5 SIGILO E DOCUMENTAÇÃO ......................................................................................................... 82
6 COBRANÇA DE HONORÁRIOS ..................................................................................................... 82
7 ÓRGÃOS DE CLASSE ......................................................................................................................... 89
8 ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL /EXAME DE COMPETÊNCIA ............................................ 89
9 NORMAS REFERENTES À EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ................................................... 90
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 92
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 95
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 96
TÓPICO 2 - PLANEJAMENTO DE AUDITORIA ............................................................................. 97
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 97
2 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DE AUDITORIA ................................................................ 98
2.1 FASES DO PLANEJAMENTO ....................................................................................................... 98
 2.2 INFORMAÇÕES E CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA ELABORAÇÃO .......................... 99 
 2.2.1 Fatores econômicos ................................................................................................................. 99
 2.2.2 Legislação ................................................................................................................................. 100
 2.2.3 Operações da entidade auditada .......................................................................................... 100
 2.2.4 Competência da administração ............................................................................................ 101
 2.2.5 Práticas Contábeis Adotadas ................................................................................................ 101
 2.2.6 Importantes áreas da entidade ............................................................................................. 102
 2.1.7 Volume de transações ............................................................................................................ 103
 2.2.8 Complexidade das transações ............................................................................................... 103
IX
 2.2.9 Filiais e outras partes relacionadas à entidade auditada .................................................. 103
 2.2.10 Trabalho de outros auditores independentes .................................................................. 104
 2.2.11 Natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres e relatórios a serem emitidos .... 104
 2.2.12 Exigências e prazos estabelecidos por órgãos reguladores ............................................ 105
2.3 FATORES RELEVANTES E RISCO DE AUDITORIA ................................................................ 107
3 CÁLCULO PARA COBRANÇA DE HONORÁRIOS ...................................................................108
4 PROGRAMAS DE AUDITORIA ....................................................................................................... 109
5 RELAÇÃO ENTRE ESTRATÉGIA, PLANO DE AUDITORIA E PROGRAMA ...................... 111
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 112
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 113
TÓPICO 3 - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .......................................................................... 115
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 115
2 INSPEÇÃO ............................................................................................................................................. 116
3 OBSERVAÇÃO ..................................................................................................................................... 118
4 CONFIRMAÇÃO EXTERNA ............................................................................................................. 118
5 RECÁLCULO ......................................................................................................................................... 120
6 INDAGAÇÃO ....................................................................................................................................... 121
7 CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS ...................................................................... 123
8 TESTES DE AUDITORIA .................................................................................................................. 124
9 REVISÃO ANALÍTICA ...................................................................................................................... 125
10 PROCEDIMENTO PARA DETECÇÃO DO RISCO DE AUDITORIA ................................... 126
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 128
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 131
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 132
UNIDADE 3 - AMOSTRAGEM, PAPÉIS DE TRABALHO, CONTROLE INTERNO E 
PARECER DE AUDITORIA ................................................................................................................... 133
TÓPICO 1 - AMOSTRAGEM DE AUDITORIA ................................................................................ 135
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 135
2 FASE 1 - PLANEJAMENTO ............................................................................................................... 136
3 RISCO DE AMOSTRAGEM ............................................................................................................... 139
3.1 ERRO TOLERÁVEL ........................................................................................................................ 140
 3.1.1 Erro esperado........................................................................................................................... 141
4 FASE 2 – SELEÇÃO DA AMOSTRA ................................................................................................ 141
5 FASE 3 - AVALIAÇÃO ........................................................................................................................ 142
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 143
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 144
TÓPICO 2 - PAPÉIS DE TRABALHO .................................................................................................. 145
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 145
2 CONTEÚDO E FORMA DOS PAPÉIS DE TRABALHO .............................................................. 147
2.1 PROPRIEDADE DOS PAPÉIS DE TRABALHO ......................................................................... 149
2.2 PREPARO DE UM PAPEL DE TRABALHO ................................................................................ 149
2.3 FINALIDADE DOS PAPÉIS DE TRABALHO ............................................................................. 150
2.4 PONTOS FUNDAMENTAIS DOS PAPÉIS DE TRABALHO.................................................... 150
2.5 CODIFICAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO ......................................................................... 151
2.6 TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO .............................................. 153
2.7 INDICAÇÕES DOS EXAMES NOS PAPÉIS DE TRABALHO .................................................. 154
 2.7.1 Tiques explicativos ................................................................................................................. 154
 2.7.2 Letras explicativas .................................................................................................................. 155
X
 2.7.3 Notas explicativas ................................................................................................................... 156
2.8 TIPOS DE PAPÉIS DE TRABALHO .............................................................................................. 156
 2.8.1 Lançamento de ajuste e/ou reclassificação .......................................................................... 156
 2.8.2 Ponto para recomendação ..................................................................................................... 157
 2.8.3 Memorando ............................................................................................................................. 158
 2.8.4 Balancete de trabalho ............................................................................................................. 158
 2.8.5 Análise ..................................................................................................................................... 159
 2.8.6 Conciliação ............................................................................................................................... 160
 2.8.7 Programa de auditoria ........................................................................................................... 161
2.9 REVISÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO ..................................................................................... 162
3 NORMAS DE AUDITORIA X PAPÉIS DE TRABALHOS .......................................................... 164
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 167
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 168
TÓPICO 3 - CONTROLES INTERNOS .............................................................................................. 169
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 169
2 COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO ............................................................................. 171
3 AMBIENTE DE CONTROLE.............................................................................................................. 172
4 AVALIAÇÃO DE RISCO .....................................................................................................................173
5 INFORMAÇÃO ..................................................................................................................................... 173
6 ATIVIDADES DE CONTROLE ......................................................................................................... 173
7 MONITORAÇÃO ................................................................................................................................. 173
8 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS CONTROLES CONTÁBEIS ........................................ 174
8.1 RESPONSABILIDADE .................................................................................................................... 174
 8.2 ROTINAS INTERNAS ..................................................................................................................... 175
 8.3 ACESSO AOS ATIVOS .................................................................................................................... 175
 8.4 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES ...................................................................................................... 175
8.5 CONFRONTO DOS ATIVOS COM OS REGISTROS ................................................................. 176
8.6 AMARRAÇÃO DO SISTEMA ...................................................................................................... 176
8.7 AUDITORIA INTERNA.................................................................................................................. 177
 8.8 CUSTO DO CONTROLE X BENEFÍCIOS .................................................................................... 177
8.9 LIMITAÇÕES DO CONTROLE INTERNO ................................................................................. 177
9 PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DE ENTENDIMENTO DO 
CONTROLE INTERNO .......................................................................................................................... 178
9.1 QUESTIONÁRIO ............................................................................................................................. 178
9.2 FLUXOGRAMA ............................................................................................................................... 179
10 AVALIAÇÃO DO RISCO DE CONTROLE .................................................................................. 181
11 METODOLOGIAS PARA PREVENÇÃO DO RISCO DE CONTROLE ................................. 183
 11.1 COSO REPORT E COSO ENTERPRISE RISK MANAGEMENT – ERM ............................... 183
 11.2 GUIDANCE ON ASSESSING CONTROL – THE COCO PRINCIPLES ................................. 184
 11.3 CONTROL OBJECTIVES FOR INFORMATION AND RELATED 
 TECHNOLOGY - COBIT® ........................................................................................................... 185
 11.4 SYSTEMS AUDITABILITY AND CONTROL – SAC ............................................................... 185
 11.5 SAS 55/78 ........................................................................................................................................ 186
12 CONTROLES INTERNOS – ENFOQUE PRÁTICO ................................................................... 186
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 191
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 192
TÓPICO 4 - PARECER/RELATÓRIO DE AUDITORIA ................................................................... 193
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 193
2 CONCEITO DE PARECER/RELATÓRIO ........................................................................................ 194
3 FINALIDADE DO PARECER/RELATÓRIO .................................................................................. 195
XI
3.1 ESTRUTURA DO PARECER/RELATÓRIO ................................................................................. 195
3.2 GENERALIDADES DO PARECER/RELATÓRIO ...................................................................... 196
3.3 TIPOS DE PARECER/RELATÓRIO .............................................................................................. 197
 3.3.1 Parecer/Relatório sem ressalvas ........................................................................................... 197
 3.3.2 Parecer/Relatório com ressalva ............................................................................................ 200
 3.3.3 Parecer/Relatório adverso ..................................................................................................... 201
 3.3.4 Parecer/Relatório com abstenção de opinião ...................................................................... 203
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE PARECER DO AUDITOR ............................................... 205
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 206
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 209
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 210
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 211
XII
1
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• entender o papel da contabilidade nos estudos de auditoria; 
• estudar a evolução histórica da auditoria no Brasil e no mundo;
• compreender os objetivos da auditoria e seu papel na sociedade; 
• classificar as diversas formas de auditoria contábil; 
• diferenciar os diversos tipos e aplicabilidade da auditoria; 
• identificar o perfil, princípios e conduta do auditor; 
• distinguir a fraude do erro.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos e ao final de cada um deles você 
encontrará autoatividades que auxiliarão no seu aprendizado.
TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO BÁSICA DE 
 AUDITORIA 
TÓPICO 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA 
TÓPICO 3 – TIPOS/RAMIFICAÇÃO DA AUDITORIA CONTÁBIL 
TÓPICO 4 – PERFIL E CONDUTAS DO AUDITOR 
TÓPICO 5 – CONCEITUAÇÃO BÁSICA ENTRE FRAUDE E ERRO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO 
BÁSICA DE AUDITORIA
1 INTRODUÇÃO
A contabilidade é estudada desde a antiguidade, no Brasil passou a ser 
desenvolvida após a vinda da família real, com o objetivo fiscal de arrecadação. 
Na época, a arrecadação da Coroa era realizada por três agentes: o contador, o 
procurador geral e um inspetor. 
Atualmente, o contador não exerce apenas as atividades fiscais, para se 
adaptar às novas tecnologias busca o conhecimento e a habilidade de aprender, 
criar e redesenhar processos. Segundo Zarifian (2001), o conhecimento ou o 
“saber” é adquirido por meio da aprendizagem e a habilidade ou o “saber fazer” 
refere-se à capacidade do indivíduo de utilizar, nas situações de trabalho, os 
conhecimentos desenvolvidos. Para isso o contador foi aperfeiçoando seu campo 
de atuação, ampliado em diversos segmentos, tais como auditoria, perícia, fiscal, 
pública, gestão de empresas, ensino/pesquisa, consultoria e atuarial. 
Segundo Santos (2004, p. 2), “A contabilidade, com suas técnicas próprias, 
estuda e controla o patrimônio das organizações com a finalidade de demonstrar e 
fornecer informações sobre sua estrutura e sua composição, bem como sobre suas 
variações quantitativas e qualitativas”.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
4
FIGURA 1 - RAMIFICAÇÃO DA CONTABILIDADE
FONTE: Adaptado de Sousa (2009)
A figura acima apresenta a ramificaçãoda contabilidade, ou seja, as áreas 
de atuação do profissional contábil. Este caderno trata da Auditoria como uma área 
específica da contabilidade. A auditoria é considerada uma tecnologia contábil 
que vem sendo utilizada desde o surgimento das atividades econômicas.
2 HISTÓRIA DA AUDITORIA NO MUNDO
É difícil saber exatamente quando surgiu a auditoria. Porém, alguns autores 
afirmam que a auditoria surgiu há muito tempo, ou melhor, desde os tempos 
remotos, juntamente com o início das atividades econômicas desenvolvidas pelo 
homem. 
Desta forma, vamos viajar um pouco no tempo. Imagine os egípcios com 
suas pirâmides, faraós cheios de ouro, esta civilização utilizava práticas de auditoria 
para conferir se as atividades estavam corretas e para verificar os registros de 
arrecadação de impostos. Na antiga Grécia existem relatos de inspeções feitas nas 
contas de funcionários públicos (BOYNTON; JOHNSON; KELL, 2002).
Adiantando um pouco a história, paramos na Inglaterra em 1314 d.C., 
quando o país dominava os mares e controlava o comércio mundial. Foi lá que 
surgiram as primeiras grandes companhias de comércio e a taxação do imposto de 
renda, baseado nos lucros das empresas. O cargo de auditor foi criado na Inglaterra, 
pois o país era uma potência econômica desde a época das colonizações e, séculos 
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO BÁSICA DE AUDITORIA
5
depois, veio a se tornar o berço do capitalismo com a Revolução Industrial. Para 
Crepaldi (2004, p.105):
A grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em 
fins do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a 
profissão é mais desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, 
como consequência do crescimento das empresas, do aumento de sua 
complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos 
grandes empreendimentos.
Em 1756, época da Revolução Industrial, a auditoria alcançou um maior 
grau de evolução com a promulgação da legislação britânica em meados do século 
XIX (BOYNTON; JOHNSON; KELL, 2002). A quebra da bolsa de valores de Nova 
York tornou-se o marco da necessidade de aprimoramento no sistema contábil e, 
por conseguinte, da auditoria. Foi observado que muitas empresas não tinham 
transparência e consistência nos seus dados financeiros, contribuindo, assim, com 
a já conhecida crise mundial. Houve, a partir daí, a necessidade de se apontar 
as falhas nas divulgações contábeis das empresas, tendo como um dos primeiros 
passos a criação do Comitê May, que atribuía regras para as instituições que 
tinham as suas ações negociadas em bolsa de valores, tornando-se obrigatória a 
auditoria, independente das demonstrações contábeis. Após a criação do Comitê 
May, a auditoria passou a ser uma importante ferramenta para o desenvolvimento 
econômico mundial, alcançando o status de colaboradora para a continuidade das 
empresas, contribuindo diretamente no aprimoramento do processo de governança 
corporativa, amenizando, assim, sua aparência histórica de somente gerar custos 
para a entidade.
Desta data em diante vamos viajar na velocidade da luz. O quadro a seguir 
demonstra em ordem cronológica fatos que contribuíram para o processo de 
evolução da auditoria no mundo.
QUADRO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AUDITORIA 
ANO FATOS
1756 Na Inglaterra: a Revolução Industrial, o surgimento das primeiras fábricas com uso 
intensivo de capital e a expansão do capitalismo propiciaram grande impulso para a 
profissão de auditor. 
1880 Também na Inglaterra: a criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados. 
1887 Nos EUA: Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados. 
1894 Na Holanda: Criação do Instituto Holandês de Contabilidade Pública. 
Início do 
séc. XX
Nos EUA: Surgimento das grandes corporações e rápida expansão do mercado de 
capitais. 
1916 Aparecimento do IPA (Institute of Public Accountants), que sucede a Associação 
supracitada em 1887. 
1917 O IPA passou a ser AIA (American Institute of Accountants). 
1929 Ocorreu o famoso Crash da Bolsa de Valores. 
Início dos 
anos 30
É proposto ao Congresso norte-americano, pelo AIA, a regulamentação de normas e 
padrões contábeis por profissionais altamente capacitados e a criação do Comitê May.
1934 Nos EUA é criada a SEC (Security and Exchange Comission), aumentando a 
importância da profissão do auditor como guardião da transparência das informações 
contábeis das organizações e sua divulgação para o mercado de capitais [...]. 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
6
1947 Declaração de Responsabilidade do auditor interno. 
1957 A AIA passa a se chamar AICPA (American Institute of Certified Public Accountants), 
instituto que teve importância decisiva para o desenvolvimento das práticas contábeis 
e de auditoria. 
1971 No Brasil foi criado o IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores).
1973 Surgiu nos EUA a FASB (Financial Accounting Standards Board), com o objetivo de 
determinar e aperfeiçoar os procedimentos, conceitos e normas contábeis. 
1976 No Brasil, com a criação da Lei nº 6.404, Lei das Sociedades por Ações, foram 
normatizados as práticas e relatórios contábeis. 
1976 Com a Lei nº 6.385, é criada a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que tem a 
responsabilidade de normatizar as normas contábeis e os trabalhos de auditoria das 
empresas de capital aberto, além de fiscalizar. 
1977 Surgimento do IFAC (International Federation of Accountants), que substituiu o 
International Coordination Committee for Accountancy Profession, com a missão de 
emitir padrões profissionais e guias de recomendação, além de buscar a convergência 
internacional desses padrões. 
2001 Surgimento do IASB (International Accounting Standards Board), com sede na Grã-
Bretanha, que assume a responsabilidade de estudo de padrões contábeis, antes 
dirigidos pelo IASC (International Accounting Standards Comitte), com o objetivo de 
harmonizá-loas internacionalmente. 
2001 a 
2011
Uma grande discussão sobre o papel do auditor e empresas de auditoria na detecção 
de erros, fraudes, responsabilidades do administrador e qualidade dos controles 
internos. Criação da Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como Sox. 
2011 a 
2015
Discussão gerada nos anos anteriores resultou na ramificação das Normas Brasileiras 
de Contabilidade, sejam elas Profissionais ou Técnicas, em relação à conduta do 
auditor na realização dos seus trabalhos. 
FONTE: Adaptado de Oliveira e Diniz Filho (2001)
Os escândalos coorporativos e fatos que afetam financeiramente os 
profissionais e empresas são estudados pelos cientistas contábeis como tema de 
auditoria. Camargo et al. (2013, p. 7-8) pesquisaram a produção científica em 
auditoria nas revistas internacionais. O resultado você pode conferir no Quadro 2. 
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO BÁSICA DE AUDITORIA
7
QUADRO 2 - PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM AUDITORIA 
Estudo T r a b a l h o s 
analisados
Período Assuntos 
Smith e 
K r o g s t a d 
(1984)
39 artigos 
do periódico 
Auditing: A 
Journal of 
Practice & 
Theory
1981 a 1984 Entre os temas mais investigados no período analisado, 
destacaram-se artigos com foco em questões profissionais, 
relatórios de auditoria, abordagens da auditoria e revisão 
analítica. Além disso, entre os métodos de pesquisa mais 
utilizados estavam o experimental e o levantamento.
Smith e 
K r o g s t a d 
(1988)
113 artigos 
do periódico 
Auditing: A 
Journal of 
Practice & 
Theory
1981 a 1988 Observaram nos últimos anos do período analisado, um 
grande aumento em estudos que utilizavam o método de 
pesquisa experimental e modelagem, e um decréscimo na 
utilização do levantamento e revisão/histórico. Da mesma 
forma, os temas de pesquisa tecnologia e administração 
de firmas de auditoria apresentaram aumento nos últimos 
anos pesquisados, e os temas, questões profissionais e 
relatórios de auditoria apresentaram decréscimo.
Smith e 
K r o g s t a d 
(1991)
162 artigos 
do periódico 
Auditing: A 
Journal of 
Practice & 
Theory
1981 a 1991 Constataramque durante o período analisado os artigos 
se concentraram em temas relacionados a procedimentos 
de auditoria, tecnologia e administração da firma de 
auditoria, com destaque também para os métodos 
de pesquisa experimental e levantamento, além da 
modelagem, que apresentou grande crescimento em 
utilização.
M a i j o o r , 
Meuwissen e 
Quadackers 
(2000)
949 artigos 
p u b l i c a d o s 
em 23 
periódicos de 
contabilidade 
e auditoria
1990 a 1997 Observaram distinção entre as áreas temáticas 
investigadas pelos artigos de origem europeia e 
norte-americana, concentrando-se os primeiros na 
investigação de questões profissionais, e os segundos em 
procedimentos e mercados de auditoria. Além disso, o 
método de investigação predominantemente empregado 
pelos europeus foi a revisão/histórico, enquanto os norte-
americanos utilizaram mais o método experimental e 
empírico.
Lesage e 
W e c h l t e r 
(2007)
2099 artigos 
p u b l i c a d o s 
em 23 
periódicos de 
contabilidade 
e auditoria
C r i a ç ã o 
d o s 
periódicos 
até 2005
Identificaram 17 temas de pesquisa nos artigos de 
auditoria analisados, observando a predominância de 
estudos sobre a organização da profissão de auditoria 
e a sua regulamentação, além de estudos com foco na 
metodologia de auditoria, voltados especificamente para 
o processo de tomada de decisão do auditor.
Oliveira e 
C a r v a l h o 
(2008)
92 trabalhos 
(artigos, teses 
e dissertações)
2004 a 2006 Identificaram a predominância de estudos sobre riscos, 
controles internos e planejamento e técnicas de auditoria 
entre as temáticas investigadas no período analisado. 
Além disso, observaram também a predominância de 
publicações na Revista Contabilidade & Finanças e no 
Congresso USP de Controladoria e Contabilidade.
Simunic e 
Wu (2009)
40 artigos 
provenientes 
de pesquisas 
chinesas
1996 a 2009 Entre as pesquisas chinesas analisadas, observaram 
que estas, anteriormente, tinham foco em questões 
profissionais e que recentemente os autores têm se 
dedicado ao impacto político/governamental na escolha 
e na prática dos auditores e aos mercados de auditoria, 
com predomínio das metodologias de análise empírica 
de dados documentais e os levantamentos através 
de questionários, com escassez de estudos do tipo 
experimental e de modelagem.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
8
C u n h a , 
Correa e 
Beuren (2010
6 artigos de 
p e r i ó d i c o s 
nacionais e 
48 artigos de 
p e r i ó d i c o s 
internacionais
2005 a 2008 Observaram entre os artigos analisados o destaque 
para os seguintes assuntos: amostragem, auditores 
internos, auditoria interna, controle interno, gestão de 
conhecimentos dos auditores, normas de auditoria, 
profissão de auditoria, testes de observância e testes 
substantivos. Destacaram, ainda, a existência de 
distinção entre os assuntos estudados nacionalmente e 
internacionalmente.
Lesage e 
W e c h l t e r 
(2010)
3143 artigos 
de auditoria 
p u b l i c a d o s 
em 25 
periódicos de 
contabilidade 
e auditoria
C r i a ç ã o 
d o s 
periódicos 
até 2005
Observaram que os temas encontrados nas pesquisas 
em auditoria poderiam ser segregados em: temas 
“antigos” (pesquisas entre os anos de 1940-50, sobre 
a profissão, educação e auditoria fiscal); temas de 
“meia-idade” (estudos da década de 1970, sobre 
amostragem, relatórios e procedimentos de auditoria); 
temas “modernos” (pesquisas entre as décadas de 1980 
e 1990, sobre contratos auditor-cliente, julgamento do 
auditor, serviços de consultoria prestados pelas firmas 
de auditoria, responsabilidade e litígio, opinião de 
continuidade, relacionamento auditor-cliente, risco 
de fraude e de auditoria e mercado de auditoria); e 
temas “contemporâneos” (estudos a partir dos anos 
2000, sobre regulamentação internacional e governança 
corporativa). (pesquisas entre as décadas de 1980 e 
1990, sobre contratos auditor-cliente, julgamento do 
auditor, serviços de consultoria prestados pelas firmas 
de auditoria, responsabilidade e litígio, opinião de 
continuidade, relacionamento auditor-cliente, risco de 
fraude e de auditoria e mercado de auditoria); e temas 
“contemporâneos” (estudos a partir dos anos 2000, sobre 
regulamentação internacional e governança corporativa).
FONTE: Camargo et al. (2013, p. 7-8)
No quadro, pode-se observar a predominância de estudos com foco em 
artigos publicados nos periódicos internacionais de contabilidade e auditoria de 
língua inglesa, assim como os principais assuntos abordados estão relacionados 
aos métodos utilizados na execução dos trabalhos e ao profissional de auditoria. 
3 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA NO BRASIL
Quando terminou a Segunda Guerra Mundial, muitas empresas 
estrangeiras instalaram-se no Brasil e trouxeram o hábito da auditoria, que já 
era considerada indispensável em outros países, principalmente pelo fato dos 
investidores permanecerem em seus países de origem e controlarem seus capitais 
à distância. 
As empresas internacionais que se instalaram em nosso país tinham a 
tradição de ter suas demonstrações contábeis auditadas. Como no Brasil não tinha 
empresa de auditoria, muitos escritórios estrangeiros de auditoria se instalaram 
aqui, com destaque para as empresas americanas. 
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO BÁSICA DE AUDITORIA
9
 Ricardino e Carvalho (2004) relatam que a primeira empresa de auditoria 
independente que se estabeleceu no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 1911, foi 
a Deloitte Touche Tohmatsu. No entanto, existe divergência entre a data e o nome 
da primeira empresa de auditoria a se instalar no Brasil, pois Crepaldi (2004) afirma 
que a primeira empresa foi a McAuliffe Davis Bell & Co, atualmente conhecida 
como Arthur Andersen, em 1909, na cidade do Rio de Janeiro. No ano de 1960 foi 
criado o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra), em 1971 o Instituto 
dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e em 1972 surgiram as Normas 
de Auditoria. Porém, só em 1976 é que ocorrem dois fatos que impulsionaram a 
consolidação da auditoria no país, sendo eles: a regulamentação do mercado de 
capitais após a publicação da Lei 6.404/76, e a Lei das Sociedades Anônimas, que 
tornaram obrigatória a auditoria das demonstrações contábeis para empresas de 
capital aberto. A publicação da Lei 6.385 instituiu a CVM (Comissão de Valores 
Mobiliários), com o objetivo de fiscalização do funcionamento do mercado de 
capitais e das atividades dos auditores independentes. 
A evolução da auditoria no Brasil teve um grande avanço com a instalação 
de empresas internacionais de auditoria independentes em nosso país. Para 
William Attie (2009), além dos fatores apresentados, as principais influências que 
ajudaram no desenvolvimento da auditoria no Brasil foram:
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras.
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais.
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e 
diversificação de suas atividades econômicas.
d) Evolução do mercado de capitais.
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 
1972.
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por Ações 
em 1976.
Atualmente, no Brasil existem diversas empresas de auditoria, entretanto 
destacamos as quatro maiores, chamadas de Big Four, que auditaram as 100 
maiores empresas Brasileiras em venda líquida no ano de 2012. No Quadro 3 é 
possível verificar quais são as Big Four e sua participação no mercado de auditoria. 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
10
QUADRO 3 - SEGMENTAÇÃO DA ATUAÇÃO DAS FIRMAS DE AUDITORIA
Empresas Percentual
Deloitte 19%
Ernst & Young 20%
KPMG 27%
PwC 28%
Demais 6%
FONTE: Veloso et al. (2012, p. 59)
No quadro acima observa-se as principais empresas do segmento de 
auditoria. Dando destaque à empresa Pricewaterhouse Coopers (PwC), a qual possui 
28% dos clientes do ramo. Estando em primeiro lugar na época (2012/2013), 
entretanto alertamosque com o rodízio de empresas a distribuição pode ser 
alterada. Na pesquisa de Veloso et al. (2013) foi constatado que apesar do rodízio 
das firmas de auditoria tentar minimizar a concentração deste mercado, ficou 
evidenciada uma elevada atuação das Big Four nas empresas amostradas, chegando 
a um percentual total de 94%. 
A participação das empresas de auditoria no mercado brasileiro é regulada 
e fiscalizada por órgãos, tais como: Comissão de Valores Mobiliários (CVM); 
Conselho Federal de Contabilidade e Conselho Regional de Contabilidade (CFC); 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e Instituto dos Auditores 
Internos do Brasil (OIO), que possuem a finalidade de: 
QUADRO 4 - ÓRGÃOS REGULADORES BRASILEIROS 
Órgão reguladores Finalidade 
CVM (Comissão de Valores 
Mobiliários)
Entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Funciona 
como um órgão fiscalizador do mercado de capitais. 
Ibracon Fixa princípios de Contabilidade. Elabora normas e procedimentos 
relacionados à auditoria (externa e interna) e perícias contábeis. 
CFC (Conselho Federal de 
Contabilidade e Conselho 
Regional de Contabilidade) 
Registro e fiscalização do exercício da profissão de contabilista.
OIO – Instituto dos Auditores 
Internos do Brasil 
Promove o desenvolvimento da auditoria interna, mediante 
intercâmbio de ideias, reuniões, conferências, congresso etc., 
divulgando a importância da auditoria interna.
FONTE: Loreci; Souza e Roque (2008)
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAÇÃO BÁSICA DE AUDITORIA
11
4 CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
 
A palavra auditoria tem sua origem no latim, vem de "audire", que significa 
ouvir. Esse termo foi utilizado pelos ingleses para rotular a técnica contábil de 
revisão, porém, hoje possui um sentido mais amplo (SÁ, 2002). Saber ouvir, observar 
e interpretar as consistências e veracidades dos atos e fatos organizacionais é papel 
do auditor. O auditor é um contador especializado nas técnicas de auditoria. Por 
meio das técnicas de auditoria é possível fazer um diagnóstico da situação atual da 
empresa analisada. A auditoria consiste num “levantamento, estudo e avaliação 
sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações 
financeiras de uma entidade” (CREPALDI 2004, p. 23). Já Dantas (2014) afirma que 
as atividades desenvolvidas pelos auditores independentes são entendidas como 
essenciais para o funcionamento dos mercados financeiros e de capitais, tendo em 
vista o seu papel de emitir opinião sobre as informações contábeis, contribuindo 
para um ambiente de negócios que seja caracterizado por maior confiança e 
credibilidade. Para Sá (2002, p. 25) a “Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada 
ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou 
elementos de consideração contábil [...]”. 
Assim como em outras ciências que fazem uso de tecnologias, a contabilidade 
também faz uso de alguns termos específicos inerentes às suas técnicas. Para 
facilitar o entendimento do conteúdo ministrado, segue um glossário com os 
principais termos adotados na auditoria: 
• Auditor: Responsável pela auditoria.
• Objeto da auditoria: Processos, atos ou fatos que serão verificados pelo auditor. 
• Auditado: Pessoa Física ou Jurídica a qual o auditor analisará e emitirá um 
diagnóstico/parecer.
• Contratante: Pessoa Física ou Jurídica que, de acordo com seus interesses, 
contrata o auditor para verificação de determinado aspecto. 
• Evidência em auditoria, segundo Sá e Sá (2009), é o conjunto de fatos 
comprovados, suficientes, competentes e pertinentes, obtidos durante os 
trabalhos de auditoria, que sustentam as conclusões do auditor.
• Papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou 
fornecida a este na execução da auditoria. 
• Parecer de auditoria: É um documento com o resultado final da auditoria 
realizada, onde o auditor emite sua opinião sobre as demonstrações financeiras 
analisadas. 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
12
Caro acadêmico, para aprofundar os seus conteúdos sobre a importância e 
surgimento da auditoria, sugerimos a leitura do texto disponível em: <http://www.revista.inf.
br/contabeis10/pages/artigos/cc-edic10-anoV-art02.pdf>. 
5 OBJETIVO E APLICAÇÃO DA AUDITORIA 
A auditoria tem como objetivo examinar os sistemas, processos, 
procedimentos, controle e registros que influenciam no resultado das demonstrações 
contábeis. Segundo Crepaldi (2009, p. 3), o objetivo geral da auditoria pode ser 
descrito “como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das 
demonstrações financeiras preparadas pela empresa auditada”. Já para NBC T 
11 (1991, p.1): “A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua 
adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas 
Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica”. 
Assim como a contabilidade, a auditoria busca salvaguardar o patrimônio e 
a aplicação dos princípios contábeis, para isso, muitas vezes a auditoria é aplicada 
na verificação de erros e fraudes. Entretanto, não devemos limitar o escopo de 
aplicação da auditoria à execução de um processo sistêmico que visa buscar 
evidências sobre a ocorrência de erros ou fraudes, porque seu papel é muito mais 
amplo. 
Santos e Vier (2014, p. 2) complementa que a “auditoria é a técnica contábil 
utilizada para avaliar essas informações, constituindo, assim, um indispensável 
complemento para que a contabilidade atinja plenamente sua finalidade, 
resguardando todos os interesses da organização”.
Atualmente a auditoria é utilizada como tecnologia para apoio à decisão, 
por meio das técnicas de auditoria é possível evidenciar a situação atual e verificar 
se as metas e ações organizacionais estão sendo executadas conforme o planejado. 
A evidenciação da situação atual permite ao decisor identificar o cenário 
de atuação e fornecer as informações para a projeção de ações estratégicas futuras. 
Com o enfoque gerencial, as técnicas de auditoria vêm sendo aplicadas em 
diversos campos e setores diferentes, tais como: sistemas de informação, recursos 
humanos, avaliação de desempenho, controladoria, ações de marketing, ações 
sociais, ambientais e outras aplicações que visam a avaliação/diagnóstico de um 
determinado aspecto que a auditada deseja focar. 
DICAS
13
Neste tópico, você aprendeu que:
• Auditoria é uma área específica da contabilidade.
• A palavra auditoria tem sua origem no latim, vem de "audire", que significa 
ouvir. Esse termo foi utilizado pelos ingleses para rotular a técnica contábil de 
revisão, porém hoje possui um sentido mais amplo (SÁ, 2002).
• Para Sá (2002, p. 25), a “Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao 
sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou 
elementos de consideração contábil [...]”.
• Grandes marcos da história da auditoria ocorreram em: 
o Na Inglaterra: 1776, durante a Revolução Industrial, o surgimento das 
primeiras fábricas com uso intensivo de capital e a expansão do capitalismo 
propiciaram grande impulso para a profissão de auditor.
o Em 1929, o famoso Crash da Bolsa de Valores e a falta de controle sobre 
as demonstrações contábeis publicadas, proporcionaram um crescimento da 
necessidade de auditorias. 
o No Brasil: em 1960 foi criado o Instituto dos Auditores Internos do Brasil 
(Audibra), em 1971 o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 
(Ibracon) e em 1972 surgiram as Normas de Auditoria. Porém, só em 1976, 
com a publicação da Lei 6.404/76, e a Lei das Sociedades Anônimas, é que 
tornou-se obrigatória a auditoria das demonstrações contábeis para empresas 
de capital aberto. A publicação da Lei 6.385 instituiu a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), com o objetivo de fiscalização do funcionamento do 
mercado de capitais e das atividades dos auditores independentes. 
• Para Crepaldi(2009, p. 3), o objetivo geral da auditoria pode ser descrito “como 
o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações 
financeiras preparadas pela empresa auditada”.
• O auditor é um contador especializado nas técnicas de auditoria.
RESUMO DO TÓPICO 1
14
1 Quando originou a auditoria contábil?
2 Qual foi o objetivo da criação do FASB em 1973?
3 Quais foram os maiores escândalos corporativos que colocaram em discussão 
o papel do auditor na detecção de erros e fraudes? Explique-os. 
4 Quais os dois fatos que impulsionaram a consolidação da auditoria no Brasil?
AUTOATIVIDADE
15
TÓPICO 2
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, abordaremos a Classificação de Auditoria quanto aos 
trabalhos a serem realizados pelo auditor, bem como a relação do auditor com a 
entidade auditada. Esperamos que ao final do conteúdo, você acadêmico, tenha 
construído conhecimento a respeito da extensão dos trabalhos de auditoria, 
finalidade, profundidade, atividades do auditor interno e externo e relações com 
as empresas auditadas. Desta forma, desejamos um bom estudo!
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA
Atualmente existem diversas formas de auditorias que podem ser 
classificadas pela (i) Extensão dos trabalhos; (ii) Profundidade dos exames; (iii) 
Natureza, (iv) Finalidade; e, (v) Relação do auditor com a entidade auditada. 
I - Extensão dos trabalhos de auditoria
 
A auditoria é classificada pela amplitude/tamanho de sua realização. 
Poderá ser geral, parcial ou específica e limitada. 
a) Auditoria geral: consiste na realização de um diagnóstico sobre o universo 
total dos lançamentos/registros que deram origem às demonstrações contábeis 
publicadas pela organização auditada. A auditoria geral poderá variar de 
acordo com tempo de realização, profundidade dos testes, relação do auditor 
com a entidade e podendo atender a variadas finalidades, como: avaliar a 
confiabilidade das demonstrações contábeis e/ou controle administrativo.
b) Auditoria Parcial ou Específica: como o próprio nome informa, é a auditoria 
que possui uma finalidade específica. Nesta o auditor poderá ser contratado 
especificamente para verificar determinadas situações, tais como: auditar apenas 
um ou alguns grupos patrimoniais, ou apurar a situação econômico-financeira, 
ou identificar os custos e/ou verificar o cumprimento de obrigações fiscais, entre 
outras situações conforme necessidade do contratante. 
c) Auditoria limitada: também conhecida como auditoria periódica, é muito 
semelhante à auditoria convencional, diferenciando apenas a forma de 
aplicação. Na auditoria limitada serão analisados as demonstrações contábeis e 
os registros que as originaram num determinado período (mensal, bimestral ou 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
16
semestral), que poderá ser escolhido pelo auditor ou auditada sem aplicar todos 
os procedimentos da auditoria tradicional. 
II - Profundidade dos Exames
 O auditor poderá realizar exames de forma integral ou por amostragem 
nos dados da organização auditada. 
a) Auditoria Integral: é semelhante à perícia contábil e bastante empregada no 
levantamento de erros e/ou fraudes. São analisados os sistemas de controles 
internos, processos e todos os lançamentos contábeis, juntamente com a 
documentação comprobatória que os originou. É importante ressaltar que a 
profundidade da auditoria está relacionada aos exames que serão realizados 
pelo auditor, o que difere da extensão dos trabalhos de auditoria, que poderá 
ser geral, parcial ou específica e limitada (ver I - Extensão dos trabalhos de 
auditoria). Sendo assim, uma auditoria completa compreende a análise de todos 
os lançamentos de forma geral (auditoria geral – Extensão) e profunda, com a 
realização dos testes em todos os atos, registros, formas de controle, documentos, 
legalidade e/ou outros aspectos que o auditor considere necessários para emissão 
de um parecer de auditoria. A Análise Integral poderá ser realizada por auditores 
internos e externos à organização auditada. O auditor (interno ou externo) que 
executará a auditoria precisa possuir conhecimento de todas as atividades/
processos organizacionais que resultam nas demonstrações contábeis. Para o 
auditor externo, a construção do conhecimento e análise integral das atividades 
é mais difícil, porque demanda estudo e uma longa permanência, tempo 
(integral) na organização auditada e, consequentemente, um alto custo para a 
contratante. Porém, é utilizada com frequência, no caso da auditoria interna, 
com equipe especializada/setor, para execução desta atividade. 
b) Auditoria por Amostragem: para Gesser e Dalpiaz (2007), na maioria das vezes, 
por impossibilidade ou inviabilidade econômica ou temporal, limitamos as 
observações referentes a uma determinada pesquisa a apenas uma parte da 
população. Na auditoria não é diferente, por diversas limitações ou vantagens 
o auditor poderá optar em realizar testes/amostragem analisando apenas um 
percentual dos itens, registros e documentos que permeiam a população/
universo de dados que geram as demonstrações contábeis. O objetivo da 
aplicação das técnicas de amostragem é fornecer confiabilidade e segurança ao 
auditor na emissão do parecer de auditoria. Para isso, o auditor poderá utilizar 
a amostragem estatística e não estatística. A NBCT 11, norma de auditoria 
que regulamenta as técnicas de amostragem, define como amostragem não 
estatística (por julgamento), as amostras são selecionadas de acordo com a 
percepção e conhecimento do auditor. Já na amostragem estatística, a amostra 
é selecionada cientificamente de acordo com a teoria da probabilidade ou as 
regras estatísticas. Segundo Boyton; Johnson e Kell (2002), a principal diferença 
entre elas é que as leis das probabilidades são utilizadas para controlar o risco 
de amostragem, quando a amostragem estatística é utilizada. Neste caso, na 
amostragem, o auditor precisa realizar o planejamento, seleção e avaliação da 
amostra a ser analisada para diminuir risco de auditoria.
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA
17
Caro acadêmico, na Unidade 3 teremos um tópico que trata com mais 
profundidade sobre a técnica de amostragem. 
3 NATUREZA DA AUDITORIA 
A natureza da auditoria é caracterizada pelo período em que é executada. 
O período de execução é acordado na contratação em comum acordo com a 
contratante e auditor. O auditor poderá exercer uma auditoria permanente ou 
eventual. 
a) Auditoria Permanente: o conceito da auditoria permanente está ligado à sua 
denominação, como o próprio nome informa, é a auditoria realizada em 
caráter permanente/constante. A auditoria permanente poderá ser executada 
pelo auditor interno e externo. Na auditoria interna, poderá fazer parte das 
atribuições do auditor a tarefa de verificar continuamente os processos, 
procedimentos, formas de controles, saldos e relatórios de gestão. Entretanto, a 
auditoria permanente também poderá ser exercida pelo auditor externo, desde 
que o auditor trabalhe com um programa de visitas constantes, durante diversos 
períodos, para acompanhar e analisar a auditada. A auditoria permanente 
poderá ser realizada de forma continuada ou periódica. Essa classificação está 
relacionada ao programa de trabalho do auditor. 
b) Auditoria Continuada: na auditoria permanente continuada o programa 
de trabalho objetiva verificar continuamente os processos, controles e 
operações registradas. A permanência constante do auditor proporciona um 
acompanhamento contínuo das atividades, favorecendo a detecção e correção 
imediata de problemas. 
c) Auditoria Periódica: na auditoria permanente de caráter periódico o auditor 
realizará visitas com intervalos regulares de periodicidade, podendo ser 
mensal, bimestral ou trimestral ou por outro período pré-acordado. Para Franco 
e Marra (2009), esse tipo de auditoria pode oferecer vantagens para o auditor, 
relacionadas as condições de execução de trabalho, pois poderáser programada 
para execução após os balanços trimestrais, semestrais ou anuais da entidade. 
Neste caso, o auditor verificará a confiabilidade/legitimidade das demonstrações 
contábeis publicadas. 
d) Auditoria Eventual: o programa de auditoria é executado de forma eventual, 
dependendo da finalidade da auditoria, ou seja, o auditor é contratado para 
realizar uma auditoria específica, sem caráter de permanência e/ou continuidade. 
Entre outros motivos que podem levar à contratação do auditor para análise 
de aspectos específicos, podemos citar a verificação do cumprimento de 
determinadas normas, análise da concessão de empréstimos ou financiamentos 
e controle administrativo. 
ESTUDOS FU
TUROS
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
18
3.1 FINALIDADE DA AUDITORIA
A finalidade está relacionada ao objetivo, objeto e escopo de auditoria. 
Antes de começar quaisquer procedimentos e/ou o planejamento da auditoria, o 
auditor precisa identificar qual é a intenção, ou seja, qual o fim a que se destina 
a auditoria a ser realizada. Existem diversas finalidades para contratação dos 
serviços de auditoria, entre elas destacamos as apresentadas por Franco e Marra 
(2009, p. 28).
a) auditoria para acautelar interesses de acionistas e investidores;
b) auditoria para controle administrativo;
c) auditoria para apurar fraudes e erros;
d) auditoria para concessão de crédito;
e) auditoria para apurar o valor real do patrimônio líquido;
f) auditoria para obrigações fiscais;
g) auditoria para atender a exigências legais;
h) auditoria para confirmar a exatidão das demonstrações contábeis. 
Caro acadêmico, a finalidade da auditoria está relacionada aos objetivos. Os 
objetivos, por sua vez, determinam o tipo de auditoria. No próximo tópico abordaremos 
com mais profundidade os tipos/ramificação da auditoria contábil.
4 RELAÇÃO DO AUDITOR COM A ENTIDADE AUDITADA
A relação do auditor com a entidade auditada é determinada pela forma de 
contratação, interesse em questão e o vínculo contratual. O interesse está relacionado 
às formas de auditoria (já abordadas neste tópico) e ao vínculo contratual, que 
poderá ser empregatício ou contratação de terceiros alheios à empresa auditada. 
Nestes termos, surge a figura do auditor interno e externo. O auditor interno 
é um agente filiado à organização, e o auditor externo, chamado como auditor 
independente, não possui vínculo com a empresa auditada. Juntamente com a 
figura do auditor interno ou externo emergem as formas de auditorias internas e 
externas a serem empregadas. Para melhor entendimento, abordaremos cada uma 
delas separadamente.
ESTUDOS FU
TUROS
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA
19
4.1 AUDITORIA INTERNA 
“Seu objetivo é fornecer uma garantia razoável de que os ativos da empresa 
estão sendo adequadamente conservados, e que os registros financeiros estão 
sendo mantidos de forma confiável” (STONER; FREEMAN, 1999, p. 455). 
A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente e de 
assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação 
da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como 
da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos 
planos, metas, objetivos e políticas definidos para as mesmas (MELLO, 
2002, p. 1-2).
A ação da auditoria interna estende-se por todos os serviços, programas, 
operações e controles existentes na entidade. O posicionamento da auditoria 
interna na organização deve ser suficientemente elevado para permitir-lhe o 
desempenho de suas responsabilidades com abrangência e independência. Em 
tese, o departamento de auditoria deve sempre estar vinculado ao nível mais 
alto da organização, uma vez que o auditor verificará a integridade dos registros, 
processos e procedimentos que originaram as demonstrações contábeis. O auditor 
utiliza as técnicas de auditoria interna para:
Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras 
e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar 
e comunicar essas informações; examinar os sistemas estabelecidos, 
para certificar a observância às políticas, planos, leis e regulamentos 
que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatórios, e 
determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes 
(ATTIE, 1998, p. 28).
Os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações 
metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, 
eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações 
e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de risco, com 
vistas a auxiliar a administração da entidade, são um objetivo da auditoria interna 
(CREPALDI, 2009).
Tanto o auditor interno como sua equipe de trabalho objetivam assessorar 
todos os níveis da administração, contribuindo de forma efetiva para o desempenho 
de suas atribuições e responsabilidades, visando cumprir a missão da entidade e 
ainda agregar valor aos produtos oferecidos pela entidade, bem como certificar aos 
acionistas o grau de confiabilidade do gerenciamento e da condução do negócio 
por parte dos responsáveis pela entidade.
O auditor interno produz uma avaliação independente dentro da empresa. 
Por este motivo ele deve ser uma pessoa de confiança dos dirigentes. 
O auditor interno deve recomendar, mas não pode decidir. Deve sugerir e 
influenciar, mas não pode determinar. Deve examinar, julgar, avaliar e relatar aos 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
20
órgãos superiores, mas não pode impor uma modificação. O auditor não produz 
informações e não tem função policialesca. 
4.2 O AUDITOR INTERNO E A ATIVIDADE 
DE AUDITORIA INTERNA
Segundo Almeida (1996), o auditor interno é um empregado da empresa, e 
dentro de uma organização ele não deve estar subordinado àqueles cujo trabalho 
examina. Além disso, o auditor interno não deve desenvolver atividades que ele 
possa vir um dia a examinar, como, por exemplo, elaborar lançamentos contábeis, 
para que não interfira em sua independência. A título de exemplo, em uma 
estrutura organizacional, o Departamento de Auditoria ficaria situado da seguinte 
forma:
FIGURA 2 – ORGANOGRAMA DEPARTAMENTO DE AUDITORIA INTERNA
FONTE: Almeida (2009) 
Na figura acima observamos que o departamento de auditoria não está 
subordinado a alguma diretoria, esse está ligado à presidência, como órgão de 
consultoria e controle.
4.3 RESPONSABILIDADE DO AUDITOR INTERNO
As responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser 
claramente determinadas pelas políticas da empresa. Segundo Almeida (2009) a 
autoridade correspondente deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos 
os registros, propriedades e pessoal da empresa que possam vir a ter importância 
para o assunto em exame. O auditor interno deve sentir-se à vontade para revisar 
e avaliar diretrizes, planos, procedimentos e registros.
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA
21
Segundo Crepaldi (2009), ao desempenhar suas funções, um auditor 
interno não tem responsabilidade direta nem autoridade sobre as atividades que 
examina. Desta forma, as revisões e avaliações feitas por um auditor interno nunca 
eximem outras pessoas da empresa das responsabilidades que lhes foram dadas.
Para Almeida (2009), e também Crepaldi (2009), a independência é essencial 
para a eficiência da auditoria interna. Esta independência pode ser obtida através 
de um bom posicionamento na estrutura organizacional e da objetividade.
O posicionamento da função de auditoria interna na estrutura organizacional 
e o apoio dado a esta função pela administração são os principais determinantes de 
sua amplitude e valor. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve, 
portanto, reportar-se a um executivo cuja autoridade seja suficiente para assegurar 
uma ação efetiva com respeito aos assuntos levantados e recomendações efetuadas.
 
4.4 A AUDITORIA INTERNA E SUA RELAÇÃO COM OS 
PRINCÍPIOS DO CONTROLE INTERNO
São princípiosde Controle Interno o conjunto de regras, diretrizes e 
sistemas que visam atingir os objetivos específicos abordados por Peter e Machado 
(2003, p. 25): 
a) controle sobre as transações: é imprescindível estabelecer o 
acompanhamento dos fatos contábeis, financeiros e operacionais, 
objetivando que sejam efetuados mediante atos legítimos, relacionados 
com a finalidade do órgão/entidade e autorizados por quem de direito;
b) relação custo/benefício: consiste na minimização da probabilidade de 
falhas/desvios na busca de objetivos e metas. Este conceito reconhece 
que o custo de um controle não deve exceder aos benefícios que 
possa proporcionar. Há necessidade, também, de definição precisa de 
critérios, mensuração, padrões de comparação e de outros elementos 
que permitam a identificação e a análise de desvios, em relação aos 
resultados ou procedimentos previstos;
c) qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a 
eficácia dos controles internos está diretamente relacionada com a 
competência e integridade do pessoal. Assim, é indispensável que haja 
uma política de pessoal que contemple: I) seleção e treinamento de 
forma criteriosa e sistematizada, buscando menores custos e melhorar 
rendimento dos funcionários; II) rotatividade de funções, com vistas a 
reduzir e eliminar possibilidades de fraudes; e III) obrigatoriedade de 
funcionários gozarem férias regularmente, como forma, inclusive, de 
evitar a dissimulação de irregularidades;
d) delegação de poderes e determinação de responsabilidades: a 
delegação de competência, conforme previsto em lei, será utilizada 
como instrumento de descentralização administrativa, com vistas a 
assegurar maior rapidez e objetividade às decisões. O ato de delegação 
deverá indicar, com precisão, a autoridade que delegou o poder 
ou responsabilidade por determinado ao (delegante), a pessoa que 
recebeu a delegação respectiva (delegado) e o objeto da delegação 
correspondente ao ato em si. Assim, em qualquer órgão/entidade, 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE AUDITORIA
22
deve ser observada a existência de dois instrumentos fundamentais 
para a verificação da validade da delegação: um regimento/estatuto e 
organograma adequados, onde a definição de autoridade e consequentes 
responsabilidades sejam claras e satisfaçam plenamente às necessidades 
da organização e de manuais de rotinas/procedimentos claramente 
determinados, que considerem as funções de todos os setores do órgão/
entidade;
e) segregação de funções: a estrutura de um controle interno deve 
prever as separações entre as funções de autorização e de aprovação 
de operações e a execução, controle e contabilização das mesmas, de 
tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em 
desacordo com esse princípio;
f) instruções devidamente formalizadas: para atingir um grau de 
segurança adequado é indispensável que as ações, procedimentos e 
instruções sejam disciplinados e formalizados através de instrumentos 
eficazes, ou seja, claros e objetivos e emitidos por autoridade competente;
g) aderência às diretrizes e normas legais: é necessária a existência, no 
órgão/entidade, de sistemas estabelecidos para determinar e assegurar 
a observância das diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e 
procedimentos administrativos internos.
A palavra controle deriva, segundo alguns, da expressão francesa controle, ou 
seja, averiguar, verificar, controlar. Um registro de nomes chama-se rolê, e contre-rolê outro 
registro, o qual, ao ser confrontado com o original, propicia uma ação de controle.
4.5 A INDEPENDÊNCIA DA AUDITORIA INTERNA EM RELAÇÃO 
ÀS ATIVIDADES EXAMINADAS
O auditor deve, idealmente, estar vinculado ao maior nível hierárquico 
da entidade para exercer as funções de auditoria de forma livre e objetiva, bem 
como assegurar a imparcialidade de seus julgamentos nas fases de planejamento, 
execução e emissão de parecer (LIMA; CASTRO, 2003).
 
Independência: os auditores internos são independentes quando podem 
exercer suas funções, livre e objetivamente. Essa independência pressupõe: 
Posicionamento adequado na organização. Autonomia gerencial e respaldo da 
alta administração. Livre acesso a informações, documentos e dependências 
da organização. Liberdade para programar e executar os trabalhos. Liberdade 
para relatar os resultados sem interferências. Julgamento imparcial e sem 
tendenciosidade (independência mental em relação ao auditado) (CRUZ, 2003). 
IMPORTANT
E
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AUDITORIA
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5 AUDITORIA EXTERNA
Para Crepaldi (2009), auditoria externa constitui o conjunto de procedimentos 
técnicos que tem por objetivo a emissão do parecer sobre a adequação com que 
estes representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, 
as mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a 
Demonstração do Valor Adicionado da entidade auditada consoante as normas 
brasileiras de contabilidade.
Para Crepaldi (2009) a auditoria externa é executada por profissional 
independente, sem ligação com o quadro da empresa. Sua intervenção é ajustada 
em contrato de serviços. Os testes e indagações se espalham por onde haja 
necessidade de levantar questões elucidativas para conclusão do trabalho ajustado.
Para Almeida (2009), e também Crepaldi (2009), o Auditor externo é aquele 
que não possui vínculo empregatício com a entidade para a qual presta os seus 
serviços.
São contratados para a realização de tarefas específicas, quais sejam, análise 
das demonstrações contábeis com vistas a fornecer um parecer sobre as mesmas, 
assessoramento à entidade sob aspectos diversos, funcionando como consultor 
administrativo, assessor tributário, entre outros.
Assim, podemos dizer que os serviços de auditores se dividem nos 
seguintes setores principais:
• Auditoria.
• Serviços de assessoria tributária.
• Serviços de consultoria de organização.
• Outros serviços a entidades de pequeno porte.
• O auditor externo presta serviço a vários clientes simultaneamente.
6 AUDITOR INDEPENDENTE
Para que o auditor externo seja considerado independente é necessário:
a) que não tenha vinculação, nem interesse econômico na empresa, nem ligações 
de parentesco até o quarto grau de consanguinidade ou segundo de afinidade 
ou amizade íntima ou inimizade grave, com algum proprietário, gerentes, 
administradores etc., pois somente assim se obtém a necessária imparcialidade 
de opinião que caracteriza um parecer profissional;
b) possua todos os registros correspondentes, que lhe permitam exercer livremente 
a profissão.
Portanto, chamamos a atenção de que nem todo auditor externo pode ser 
considerado independente. O auditor independente dá ênfase sobre resultados 
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24
históricos da organização como um todo. O auditor independente, ainda que seja 
contratado pela empresa e sirva à administração desta empresa, deve ter presente 
que sua principal responsabilidade é perante terceiros (acionistas, bancos, 
investidores, governo, fornecedores etc.), que tomam certas decisões relativas à 
empresa com base nos relatórios apresentados pelo auditor independente, também 
denominado como parecer de auditoria. 
6.1 RESPONSABILIDADES LEGAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE
O auditor independente, no exercício de sua profissão, possui 
responsabilidades legais que são definidas pela lei comum ou ordinária. Neste 
sentido. o auditor deve manter-se permanentemente atento no que concerne à 
observância dos preceitos legais e normas éticas relativas à profissão. O critério 
definitivo para se evitar problemas relacionados com a responsabilidade legal é a 
realização do exame de auditoria segundo padrões profissionais.
As evidências reunidas pelo auditor devem ser apresentadas de forma 
a terem significação para qualquer pessoa que as examine, tempos depois, caso 
o trabalho venha a ser questionado. Mesmo um excelente exame de auditoria é 
difícil, se não impossível de ser defendido, se não estiver fundamentado

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