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Plano Logistica Reversa

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plano de LOGÍSTICA REVERSA
Elaborado por: José Eduardo Alessio Falcetti
Disciplina: Logistica Reversa e Economia Circular-0122-2_2
Turma: PGO_LRECPOSEAD-36_17012022_2
Introdução e contextualização a respeito da empresa e do produto
A geração de resíduos sólidos vem crescendo ao longo dos anos tanto no nosso país, quanto no mundo. Por uma série de características, sejam elas culturais ou pelo simples fato do crescimento populacional em nosso planeta ainda ser uma crescente. Aliado as diversas tecnologias e o “prazer” do consumo vem fortalecendo geração de resíduos sólidos. Nesse contexto os programas de coleta seletiva deveriam acompanhar essa demanda, no entanto não avançam na mesma proporção. 
Outro ponto que devemos considerar é o atual momento que vivemos em nosso planeta, uma pandemia sem precedentes ainda nos dias de hoje nos assola com suas consequências, limitando acessos e mudando hábitos da população. 
De acordo com o Panorama de Resíduos Sólidos de 2021 da Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, uma nova dinâmica no cotidiano das pessoas revelou novo impacto no manejo de resíduos sólidos. Os dados apurados mostram que a geração de resíduo sólido em nosso país sofreu influência direta da pandemia da COVID-19 durante o ano de 2020, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. Com isso, cada brasileiro gerou, em média, 1,07 kg de resíduo por dia. Grande parte dos resíduos foram quase que totalmente transferidas para as residências, visto que o consumo em restaurantes foi substituído pelo delivery e os demais descartes diários de resíduos passaram a acontecer nas residências. 
O panorama ainda informa que, a região com maior geração de resíduos continua sendo a Sudeste, com cerca de 113 mil toneladas diárias (50%) e 460 kg/hab/ano, enquanto a região Norte representa aproximadamente 4% do total gerado, com cerca de 6 milhões de toneladas/ano e 328 kg/hab/ano.
Nesse cenário macro vamos falar da industria dos tecidos que de acordo com o site: Ellen MacArthur Foundation a cada ano é responsável por milhões de toneladas de roupas produzidas, usadas e jogadas fora. A cada segundo, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de roupas é queimado ou enterrado em aterros sanitários. 
A economia circular precisa acompanhar essa demanda com novas ideias de transformação de produtos como as que vamos falar aqui, a marca ORX2.
Empresa brasileira idealizada pelas sócias Gisele Almeida e Bianca Regina, que em 2015 surgiu uma ideia entre as duas jovens adultas abandonar carreiras sólidas em grandes empresas para dedicar em trabalhos com impactos positivos à sociedade. Surgiu a ideia de uma ONG que apoiasse a educação infantil, no entanto a renda do projeto não se fazia sustentável como um negócio, foi então que em 2016 as amigas se deram conta que consumiam produtos básicos, como camisas, calças entre outros.
A ideia é que fossem oferecido ao público jovem produtos como camisa, camisetas, calças, bermudas, com qualidade e preço acessível, e ainda assim se pudessem cumprir com o propósito de investir na educação de crianças e que o produto pudesse apresentar maior durabilidade utilizando por mais tempo entre as estações do ano.
A marca e seus idealizadores acreditam que o capitalismo precisa de ajustes. O comportamento alimentado pelo consumo voraz também. Querem mostrar na prática que é viável criar uma empresa seguindo um propósito sustentável, não só relacionado ao meio ambiente, mas desde melhores condições para os trabalhadores quanto à sociedade como um todo. 
Propostas para o design ecológico 
	A empresa vem então com essa proposta de sustentabilidade aliando a questão social dos estudos das crianças, e um custo acessível com qualidade e durabilidade.
	A marca desenvolve peças de roupas básicas para que pessoas de estilos diferentes possam usar com mais combinações de looks, diminuindo então o descarte devido aos novos lançamentos de moda e ou estações do ano. O resultado acreditam estimular a redução e velocidade do consumo.
	Para usar mais a empresa buscou produzir por exemplo camisetas com algodão 100% orgânico. Essa iniciativa gerou uma economia de 390 litros de água por camiseta e a redução de 
70% de emissões de gases prejudiciais ao meio ambiente diz a marca.
	A forma realizada na construção das roupas são pensadas para que tenham vida útil mais longa, propiciando que mesmo que as pessoas queiram descartas roupas possam ser usadas por outras pessoas por mais tempo.
	A empresária ainda diz que investir nesse projeto estimula outros mercados a terem iniciativas para outras mercadorias iniciarem mudanças em suas cadeias produtivas. Acredita que as pessoas querem comprar produtos de qualidade mas que tenham menor impacto ao planeta.
	O algodão orgânico é cultivado por produtores com certificação GOTS – Global Organic Textile Standard, que regulamenta a produção de fibras orgânicas e garante a qualidade de origem ao consumidor.
	Outra ideia apresentada foram os conjuntos de inverno com tecnologia chamada Repet, trazendo solução também para o plástico. Cada peça Repet equivale a 11 garrafas de pós consumo. As garrafas são picadas em pequenos pedaços, depois são derretidos e viram granulados que por fim viram fios transformando em tecido para uma nova peça de roupa.
	A ORX2 criou também uma campanha escalonada pelo tipo e valor do produto comercializado para seu público. Na compra de produtos vendidos pela marca um percentual é destinado diretamente para compra e distribuição de materiais escolares para crianças carentes. Complementando assim o desejo de atender a demanda social de vontade desde o início da sociedade.
	A marca usa outra fonte importante no design de sua marca. Tem junto ao seu site uma abertura para que os próprios consumidores façam opiniões desde o modelo até os tipos de produtos que a loja oferece. Caso o produto não tenha boa aceitação após seu lançamento, após esgotar o tempo de venda a loja realiza bazares e venda de amostras até que o estoque não sobre material para consumo.
Estratégias de retorno do produto pós-consumo 
	De acordo com o site Etiqueta Única, somente 20% desses tecidos são reciclados por ano em todo mundo. Uma quantidade muito baixa tendo em vista a grande produção.
	A marca possui um programa pensado na logística reversa e na serventia que esse tecido descartado ainda oferece. Estimulam seu público para descartar na loja e ou pontos de revenda pontuando esse consumidor da seguinte forma: 
a. Roupas da marca que foram descartadas dentro do programa o consumidor recebe 10 pontos por peça de roupa.
b. Roupas de outras marcas ganham 3 pontos por peça.
	As peças de roupas devolvidas seguem um processo de higienização a seco através de empresas parceiras do programa, as roupas em boas condições também vão para bazares em comunidades carentes da cidade onde a loja está instalada e as demais roupas vão se tornar retalhos vendidos para empresas de atividades metal mecânicas substituindo as antigas estopas. Recursos dessa venda ajudam nos custos de despesas desprendido nesse circuito.
	O objetivo dos retalhos no uso de empresas com atividades mecânicas substituem as estopas com objetivo da reutilização. O novo objeto passa por processo de lavagem após utilização retornando novamente para a indústria. Após este não ser possível ser higienizado pode ser classificado como resíduo classe I devido contato com óleos e graxas sendo enviado para queima em fornos de cimenteiras gerando energia.
	Essa estratégia demonstra que o tecido pode percorrer novos caminhos, sendo reutilizado por outras pessoas, fazendo a inclusão do assunto moda em outras classes sociais e por último uma transformação do produto inicial em novo produto, talvez menos nobre, mas com sua importância até o fim do ciclo na geração de energia em grandes fornos. 
	
Reciclagem e efetivação da economia circular
A ORX2 tem uma atuação nociclo técnico. Tem como base o objetivo de reutilização, pois estamos tratando de um bem de consumo com tempo de vida útil extenso. Desde o início seu produto já é pensado para se durável e se manter mais tempo em uso, diminuindo o impacto em cada etapa.
Após a devolução do produto pelo cliente, a empresa faz uma avaliação de acordo com as condições de cada peça e , dependendo das condições em que se apresenta, segue tanto para o circuito de reutilização como de transformação para outro fim conforme citado acima.
O processo oferecido pela ORX2 visa principalmente diminuir o impacto da extração da fibra e tenta manter por mais tempo o uso da mesma não permitindo que esse ciclo termine precocemente em aterros. Dessa forma, a empresa demonstra uma grande redução de resíduos gerado, fechando o ciclo.
Drivers e barreiras – soluções para contornar os entraves
	A marca quando idealizada tinha o interesse em gerar lucro como em qualquer negócio, mas sempre em mente as questões ambientais e sociais deveriam caminhar em conjunto, diminuindo o excesso e desperdício dos tecidos e todo conjunto por de traz de uma peça de roupa pronta. A realidade de nosso país ainda apontam algumas dificuldades que precisam ser melhoradas. Apresentaremos a seguir pontos que podem dificultar o ciclo da logística reversa:
· A localização geográfica de todo conjunto, as empresas recicladoras, geradores, coletores. A logística desse contexto não é tão simples e traz outras consequências ao meio ambiente;
· A quantidade gerada tanto para viabilização da coleta ou da transformação futura também poderia ser melhor;
· A valorização do produto reutilizado ou transformado;
· Educação e informação ao público consumidor sobre a qualidade dos produtos com uso de material reciclado;
· Conflito de interesse entre quem reutiliza matéria prima e as empresas que fazem a extração de matéria prima virgem;
· Tecnologia em máquinas e equipamentos para reciclar;
A empresa, internamente já tem um conceito definido, pois nasceu assim, dessa forma toda comunicação interna é mais fácil e os funcionários já tem o conceito e o entendimento vivos em sua rotina. Já o público externo nem tanto. A PNRS poderia através dela ou de algum normativo complementar criar gatilhos de forma a favorecer empresas que tenham iniciativas ambientais como da ORX2, isso faz com que outras empresas também tenham atitudes parecidas favorecendo o incremento de uma nova cadeia de produção. 
Dessa forma mais informação seria difundida entre as pessoas que fazem uso da moda, tanto a importância da reciclagem e do reuso quanto o entendimento da durabilidade e reaproveitamento que o produto pode oferecer, contribuindo para modificar o modo de consumo atual.
A tecnologia que hoje já bem difundida como a industria 4.0 ou mesmo no linguajar populista a internet das coisas, é importante que tenha mais incentivos para novos equipamentos que favoreçam a reciclagem. Incentivos fiscais também seriam bem vindos com objetivo de fortalecer estudos e inovações para essa demanda que vem crescendo ano pós ano. 
 
		
Considerações finais
Não há dúvidas que a ação humana ao longo dos anos causa impactos que colocam a própria sobrevivência em risco, não só pelas mudanças climáticas mas pela crescente destruição da biodiversidade, pela diminuição dos recursos naturais, o aumento dos poluentes em nosso solo, contaminação da água e oceano e outros impactos. Por razões múltiplas surge a necessidade de novas formas de desenvolvimento e consumo, uma forma cíclica onde seja possível diminuir ou evitar o impacto que geramos.
	O conceito do desenvolvimento sustentável é complexo. A ideia deve se apoiar em formas que não sejam reduzidas as possibilidades do desenvolvimento das futuras gerações. A logística reversa deve ser encarada como oportunidade de negócio, gerar resíduo alem das questões ambientais é um custo para qualquer empresa, reciclar e reutilizar tem mais afinidade com o negócio sustentável.
	A ORX2 demonstrou isso em seu plano, um negócio projetado desde o início para que permaneça sustentado nos pilares da questão social com oportunidade para as crianças, quanto ao impacto dos produtos comercializados desde a obtenção da matéria prima até os demais usos possíveis para o produto até seu fim de “vida”, sem deixar de gerar economia para o negócio.
	O mundo deve passar ainda por mudanças de cultura, e a ORX2 já iniciou essa mudança demonstrando que é possível contribuir para um desenvolvimento diminuindo os impactos gerados pela atividade, podendo servir de modelo para outras empresas seguir os mesmos princípios e aperfeiçoar ainda mais as técnicas e tecnologias de produção mais limpa.
Referências bibliográficas
Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. PANORAMA 2021. Disponível em: <https://abrelpe.org.br/panorama/> Acesso em 25/01/2022.
Ellen Macarthur Foundation - RESENHANDO O FUTURO DA MODA. Disponível em: < https://ellenmacarthurfoundation.org/topics/fashion/overview> Acesso em 29/01/2022.
Etiqueta Única – MODA SUSTENTÁVEL E MODA CONSCIENTE – QUAL A DIFERENÇA?. Disponível em: <https://www.etiquetaunica.com.br/blog/moda-sustentavel-e-moda-consciente/?fbclid=IwAR2hXmE7sqjPy5SSZNE05o3grXUo2X-FSIhdg4FzhwzzWGKBPzWCeoOkOFs> Acesso em 29/01/2022.
	
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