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1 Atividade em grupo DOMBOSCO (OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS) 2021 2 - Gaspar, Gabriela, Wesley e Pedro Henrique (PDF)

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Atividade do 1º Bimestre – Empresarial I (este trabalho comporá parte da nota bimestral) – individual 
até no máximo 04 alunos. 
Nomes: Gabriela Gassy, Gaspar Nicolau, Pedro Henrique De Carvalho Silva Alonso, Wesley 
Gabriel Zolet Hurki 
 
Entrega no dia 20 de abril de 2021. 
Sugestão de consulta: Curso avançado de direito comercial / Marcelo M. Bertoldi e Marcia Carla Pereira 
Ribeiro. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2016. 
 
 
1) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE 
EMPRESÁRIA. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE. PEDIDO INICIAL DE 
DISSOLUÇÃO TOTAL PELA MAIORIA DOS SÓCIOS. CONCORDÂNCIA DO MINORITÁRIO PELA 
DISSOLUÇÃO PARCIAL, COM EXCLUSÃO DOS AUTORES. SENTENÇA QUE ACOLHEU 
PARCIALMENTE O PLEITO DOS AUTORES, EXCLUINDO-OS DA SOCIEDADE, E DETERMINANDO A 
DISSOLUÇÃO PARCIAL DA MESMA, PRESERVANDO DIREITO A HAVERES A SEREM APURADOS. 
RECURSO DOS REQUERENTES COM PRELIMINAR ALEGANDO DECISÃO EXTRA PETITA PELO 
ACOLHIMENTO DA DISSOLUÇÃO PARCIAL. MÉRITO PUGNANDO PELA DISSOLUÇÃO TOTAL, 
ANTE A QUEBRA DA AFFECTIO SOCIETATIS, COM FULCRO NOS ARTS. 1.033, III, E 1.034, II, DO 
CÓDIGO CIVIL. PEDIDO ALTERNATIVO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL COM EXCLUSÃO DO 
MINORITÁRIO FORMULADO TÃO SÓ NO APELO. INACOLHIMENTO. SENTENÇA MANTIDA. 
RECURSO DESPROVIDO. I - "Não é extra petita a sentença que decreta a dissolução parcial da sociedade 
anônima quando o autor pede sua dissolução integral" (STJ, REsp 507490/RJ, Relator Ministro Humberto Gomes 
de Barros). II - "Se um dos sócios de uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada pretende dar-lhe 
continuidade, como na hipótese, mesmo contra a vontade da maioria, que busca a sua dissolução total, deve-se 
prestigiar o princípio da preservação da empresa, acolhendo-se o pedido de sua desconstituição apenas parcial, 
formulado por aquele, pois a sua continuidade ajusta-se ao interesse coletivo, por importar em geração de empregos, 
em pagamento de impostos, em promoção do desenvolvimento das comunidades em que se integra, e em outros 
benefícios gerais." (STJ, REsp 61278/SP, Relator Ministro Cesar Asfor Rocha). III - Se os autores sempre 
pugnaram pela dissolução total da empresa, confessando, na inaugural, que, mesmo antes da abertura da instância, 
"tomaram as providências que se fizeram necessárias para possibilitar a dissolução", inclusive "sugerindo" a criação 
de outra empresa e a denominação a ser adotada, para qual transferiram direitos da sociedade que pretendem ver 
dissolvida, falta sinceridade, quanto ao intento de preservação da empresa, a pedido alternativo, não submetido ao 
crivo do primeiro grau, de dissolução parcial com a exclusão do sócio minoritário. (TJSC, Apelação Cível n. 
2008.023300-5, de Içara, rel. Des. Paulo Roberto Camargo Costa, j. 18-04-2013). 
 
1) Com base na ementa acima, descreva o resultado e o principal fundamento 
para a manutenção da empresa utilizado pelo TJSC quando do julgamento. 
 
 Trata-se de ação que visava inicialmente a dissolução total da empresa, contudo, o 
juiz de piso, em sentença, ordenou a dissolução apenas da parte requerente e manteve a 
empresa existindo em relação a parte minoritária, a qual não requereu a dissolução. 
 Houve recurso impetrado pelos autores, os quais entendiam que o que ocorreu foi 
uma sentença extra petita. No entanto, o tribunal conheceu do recurso, mas o julgou 
desprovido por entender que não é extra petita diluir a a sociedade empresária somente 
em relação àqueles que requereram a aplicação de tal instituto, pois pelo princípio da 
https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:2016;001077410
2 
 
preservação das empresas, a continuidade da mesma está alinha ao interesse coletivo, 
por gerar empregos, pagamento de impostos, entre outros. 
 Por fim, cumpre dizer ainda que o julgado traz que faltou sinceridade no intento de 
preservação da empresa, pois alguns fatos só foram levados à discussão em sede de 
recurso. 
 
2) Aponte as obrigações básicas dos empresários. 
 As sociedades empresárias e os empresários individuais possuem três obrigações 
fundamentais, com o fim de que suas atividades sejam legalmente amparadas. Entre elas 
está o dever de arquivamento de seus atos constitutivos na Junta Comercial; o dever de 
escrituração dos livros empresariais obrigatórios, que são, em regra, o livro diário e o livro 
razão; e o dever de levantar, periodicamente, as demonstrações contábeis da empresa. 
 No caso das sociedades anônimas de capital aberto: o balanço patrimonial (BP), a 
demonstração do resultado do exercício (DRE), Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados (DLPA) - que pode substituída pela DMPL -, Demonstrativo de Fluxo de Caixa 
(DFC) e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Caso a Sociedade Anônima fosse 
de capital fechado, não é obrigatório o DVA e o DFC só é obrigatório se o Patrimônio 
Líquido for acima de 2 milhões. Em síntese, as obrigações por parte das demonstrações 
contábeis vão variar pelo tipo de sociedade empresária. 
 
 
 
3) Quais as funções da escrituração? 
 A escrituração contábil é umas das mais antigas técnicas no mundo dos negócios. 
Ao longo dos séculos foi se desenvolvendo com o objetivo de suprir a necessidade das 
primeiras sociedades com o controle do patrimônio. Hoje em dia as regras contábeis estão 
sendo padronizadas por Normas Internacionais de Contabilidade, assim como sua 
aplicação é ditada pelo Conselho Federal de Contabilidade, CPC – Comitê de 
Pronunciamento Contábeis, e por diversas leis como Código Civil, Lei de Recuperação 
Judicial e Lei das Sociedades por Ações, as quais preveem a obrigatoriedade da 
escrituração para regular todas as pessoas jurídicas do país, tanto as empresas micro e 
pequeno porte, optantes ou não pelo Simples Nacional, com exceção aos 
Microempreendedores Individuais (MEI) está dispensado da obrigatoriedade legal. 
3 
 
 Para realizar a escrituração é necessário um Plano de Contas Contábil, onde deverá 
constar todas as rubricas, dividas em grupos de Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido, a 
partir desse plano deve-se registrar um lançamento com informações essenciais como data, 
valores de débito e crédito, descrição de cada fato contábil, desses lançamentos é 
constituído os livros contábeis e fiscais. A escrituração contábil é a base para emissão de 
relatórios contábeis, como: balanço patrimonial, balancetes, demonstração de resultados 
e fluxo de caixa, assim como também analisar o nível de endividamento e realização de 
planejamento tributário. 
 Portanto, a escrituração contábil, quando das demonstrações contábeis periódicas 
procura assegurar a transparência de informações relevantes as empresas, como a 
realização de toda gestão patrimonial. 
 
4) Aponte as conseqüências da falta de escrituração. 
 As empresas que realizam de forma correta a escrituração, ficam livres de surpresas 
sobre a real situação financeira e patrimonial da empresa, ou seja, é uma ótima fonte de 
informação para auxiliar nas tomadas de decisões que permitam o crescimento da empresa 
em longo prazo. Além da escrituração permitir com que a empresa seja gerenciada de 
forma correta, a escrituração também pode ser usada em casos judiais como prova em 
juízo de fatos que dependam de perícia contábil, como em processos de contestação de 
reclamatórias trabalhistas, recuperação judicial, fraudes ou disputas societárias. 
 A falta de escrituração implica em consequências sancionadoras e motivadoras. A 
sancionadora são penalidades, as quais na órbita civil importam na veracidade dos fatos 
apresentados pela parte adversa em medida judicial, assim como também pode ocorrer na 
órbita penal, a qual importa na tipificação de crime falimentar. As consequências 
motivadoras são a inacessibilidade à recuperação judicial e ineficácia probatória da 
escrituração. 
 
5) Descreva os livros obrigatórios (comuns e especiais) e os facultativos. 
 Há duas espécies de livrosempresariais, são eles: obrigatórios (comuns e especiais) 
e facultativos. Por sua vez, ambos devem ser obrigatoriamente escriturados. 
 Na esteira dos livros obrigatórios, há a existência do livro Diário, também conhecido 
como de livro Razão, sendo obrigatório a todos empresários, havendo apenas, algumas 
exceções para ME, EPP e MEI. O Diário tem a finalidade de registrar todas as operações 
4 
 
da empresa, já que, com as apurações, adotar-se-á outros livros contábeis, facultativos ou 
de caráter mais específicos. 
 Vê-se que, o Diário pode ser substituído por fichas no caso de escrituração 
mecanizada ou eletrônica impressas (CC, art. 1180). No caso de escolha por fichas, o livro 
Diário poderá ser substituído por Balancetes e Balanços, com base ao art. 1185, CC. 
 Ainda, há a previsibilidade de outros livros obrigatórios, determinados como 
especiais. São estabelecidos por lei e são indispensáveis em determinadas situações, ou 
seja, não é obrigatório para todos empresários. São exemplos como: Livro de Registro de 
Duplicatas, Registro de Ações Nominativas, Transferência de Ações Nominativas, Atas de 
Assembleias Gerais, entre outros (Lei n° 6404/76). 
 Em relação aos livros facultativos, o empresário poderá estabelecer por usá-los, 
uma vez que a espécie e quantidade dos livros ficarão a seu critério, em consonância ao 
art. 1179, par. 1, CC. Vislumbra-se como exemplos: Livros Caixa (entrada e saída de 
dinheiro) e Conta-Corrente (movimentação de todas as contas com direitos e obrigações. 
 Para tanto, as movimentações dos livros facultativos são extraídos do livro Diário, o 
qual trata-se do livro mais completo do ponto de vista contábil informacional. 
 
Referência: Teixeira, Tarcisio. Direito empresarial sistematizado: doutrina, jurisprudência e 
prática. – 7. ed., pg. 125, – São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
 
6) Explique a força probatória dos livros empresariais. 
 Para que os livros tenham valor probatório e/ou força probatória, é necessário a 
alguns requisitos trazidos pela legislação. 
 Vê-se que, doutrinado como intrínseco, o primeiro requisito encontra-se amparado 
no art. 1.183, CC, que diz: A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais 
e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, 
nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. 
 Já, noutra esteira, doutrinado como extrínseco, o segundo requisito está 
relacionados com à segurança e à autenticidade dos livros - explanadas na questão 
anterior -, como o modo de abertura e encerramento do respectivo livro, devendo, por sua 
vez, ser autenticado pela Junta Comercial. 
 Nesta toada, o doutrinador Fabio Ulhoa nos ensina: “Somente é considerada regular 
a escrituração do livro empresarial que observe ambos os requisitos. Um livro 
5 
 
irregularmente escriturado, vale dizer, que não preencha qualquer dos requisitos legais, 
equivale a um não livro. O titular de um livro, a que falta requisito intrínseco ou extrínseco, 
é, para o direito, titular de livro nenhum”. 
 Por fim, há a força normativa no CPC, que diz: 
 Art. 471: Os livros empresariais provam contra seu autor, sendo lícito ao empresário, 
todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não 
correspondem à verdade dos fatos. Art. 418. Os livros empresariais que preencham os 
requisitos exigidos por lei provam a favor de seu autor no litígio entre empresários. 
Portanto, são institutos norteadores que surgem com finalidade do reconhecido e 
existência dos meios de prova da empresa, constituindo a força probatório ao empresário. 
 
Referência: Teixeira, Tarcisio. Direito empresarial sistematizado: doutrina, jurisprudência e 
prática. – 7. ed., pg. 125, – São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
 
COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 20ªed.São Paulo: Saraiva, 2008, 
 p.48. 
 
A INVESTIDURA. Livros Empresariais. 16 abril de 2021. Disponível em: 
 http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/173010-livros-
 empresariais.

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