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Simulado QG do enem dia 1

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Inglês)
QUESTÃO 01
Cockroach Milk
It might not be everyone’s cup of tea, but scientists say 
cockroach milk could become a new superfood. Insect dairy 
could be the next big thing on supermarket shelves and 
in our diets. Scientists say insect milk could be a perfect 
non-dairy alternative to cow’s milk, no matter how hard 
it might be for people to accept milk from bugs. Scientists 
studied the nutritional value of the milk from the Pacific 
Beetle cockroach. They discovered that the milk was much 
richer in nutrients than dairy milk. Scientists said: “A single 
crystal [of cockroach milk] is estimated to contain more than 
three times the energy of an equivalent mass of dairy milk.” 
The crystals were also full of amino acids and proteins.
Most cockroaches do not actually produce milk. The 
Pacific Beetle cockroach is the only one known to feed milk 
to its young. However, milking enough cockroaches to satisfy 
a growing human population clearly isn’t as easy as milking 
cows. An alternative is to try and replicate the milk in a lab 
using stem cell technology, and then turn this technique into 
a large-scale industrial process. A South African company 
called Gourmet Grubb has already started selling insect-milk 
ice cream. It says the milk is, “a sustainable, nature-friendly, 
nutritious, lactose-free, delicious, guilt-free dairy alternative 
of the future”. It won’t be too long before other companies 
jump on the bug-milk bandwagon.
Disponível em: https://breakingnewsenglish.com/1805/180528-cockroach-milk.html.
Apesar de ser um inseto repudiado por muitos, cientistas 
dizem que leite de barata pode tornar-se o novo 
superalimento. O leite das baratas-besouro do Pacífico tem 
sido notícia em todo o mundo justamente porque
 é uma alternativa perfeita para as pessoas que têm 
intolerância a lactose, porém esse leite tem valor 
nutricional mais baixo que o do leite comum.
 um único cristal do leite do inseto deve conter três vezes 
menos energia do que o equivalente do leite de vaca.
 apesar de ser proveniente de um inseto, é tão fácil 
retirar o leite das baratas-besouro do Pacífico quanto o 
das vacas.
 uma forma de extrair o leite do inseto é tentar replicar 
o leite em laboratório usando a tecnologia de célula- 
-tronco.
 uma empresa da África do Sul já começou a vender 
sorvete de leite de inseto, porém não tem sido bem 
aceita no mercado.
QUESTÃO 02
Maroon 5’s “Girls Like You” Video Is a Tribute 
to Inspiring Women
(CNN) Maroon 5’s new video for “Girls like you” brings 
together the ultimate superwomen squad.
Though the song itself – about a man who doesn’t sound 
like he deserves to keep the company of an awesome woman 
– is not exactly a female-empowering anthem, the video 
brings a mix of celebrities, athletes, and activists together for 
an ode to strength.
Singer Camila Cabello kicks off the cameos, and 
they continue with Phoebe Robinson (“2 Dope Queens”), 
Olympian Aly Raisman (wearing a “Always speak your truth” 
shirt), Sarah Silverman, Gal Gadot, YouTube personality Lilly 
Singh, Muslim Women’s Day founder Amani Al-Khatahtbeh, 
“Transparent” actress Trace Lysette, Tiffany Haddish, 
immigration activist Angy Rivera, social justice advocate and 
comedian Franchesca Ramsey, Millie Bobby Brown, Ellen 
DeGeneres, Jennifer Lopez, Olympian Chloe Kim, Olympic 
soccer star Alex Morgan, Mary J. Blige, Beanie Feldstein, 
activist Jackie Fielder, race car driver Danica Patrick, the first 
elected Somali-American lawmaker Ilhan Omar, Elizabeth 
Banks, Ashley Graham, and Rita Ora.
Cardi B, who joins Maroon 5 on the song, also appears, 
as do lead singer Adam Levine’s wife Behati Prinsloo and his 
daughter Dusty Rose.
“Thank you so much to everyone involved with this very 
special project,” Levine tweeted, “honored to share this with 
you all!”.
Disponível em: www.google.com.br/search?q=maroon+5+image.
O artigo da CNN traz um assunto muito popular no 
momento: um tributo a mulheres inspiradoras. Este tributo é 
demonstrado por meio do vídeo da música “Girls like you”, 
da banda Maroon 5, que
 se refere a um homem que merece ter ao lado uma 
mulher maravilhosa, e essa mulher pode ser uma atriz, 
cantora, atleta, ativista, ou uma outra celebridade.
 na verdade não é exatamente um hino ao 
empoderamento da mulher, mas o vídeo tem a 
presença de celebridades, representando uma ode ao 
poder feminino.
 menciona algumas celebridades como Sarah Silverman, 
Gal Gadot, Trace Lysette, Alex Morgan, Ashley Graham, 
Jennifer Lopez, entre outras.
 é cantada pela componente da banda Maroon 5, 
Cardi B, que aparece no vídeo juntamente com a esposa 
e a filha do vocalista Adam Levine.
 exalta Behati Prinsloo, esposa do vocalista e autor da 
música.
QUESTÃO 03
Michael Jackson’s Estate Sues ABC for 
Copyright Infringement 
NEW YORK (Reuters) – Michael Jackson’s estate sued 
ABC on Wednesday, arguing that a special the network aired 
last week about the pop singer’s final days used his songs 
and music videos without permission.
The copyright infringement lawsuit, which also names 
ABC’s corporate parent Walt Disney Co. as a defendant, was 
filed in Los Angeles federal court and took aim at “The Last 
Days of Michael Jackson,” a two-hour show broadcast on 
May 24. The lawsuit seeks unspecified damages.
“Like Disney, the lifeblood of the estate’s business is 
its intellectual property,” the complaint said. “Yet for some 
reason, Disney decided it could just use the estate’s most 
valuable intellectual property for free.”
An ABC News spokesperson said the company had not 
yet reviewed the lawsuit but defended the broadcast. “The 
ABC News documentary explored the life, career and legacy 
of Michael Jackson, who remains of great interest to people 
worldwide, and did not infringe on his estate’s rights,” the 
spokesperson said via e-mail.
Jackson, known as the “King of Pop”, died in 2009 from 
a prescription drug overdose at age 50.
The estate raised objections to the show before it aired 
last week. According to the lawsuit, a lawyer for Disney told 
the estate the special’s use of copyrighted music was “fair 
use” because of its documentary nature, an argument the 
estate called “absurd”. “If Disney’s position on fair use of 
the estate’s copyrights were accepted, a network, studio 
or producer could make a documentary about Walt Disney, 
and spend most of the documentary’s time using, without 
Disney’s permission, extensive clips of Mickey Mouse, Walt 
Disney, and Disney movies”, the lawsuit said.
The show employed “at least 30 different copyrighted 
works”, according to the lawsuit, including hit songs like 
“Billie Jean” and “Thriller” and video footage owned by the 
estate.
Jackson has led Forbes’ list of the highest-earning dead 
celebrities five years running, with an estimated $75 million 
last year thanks to a Cirque du Soleil show in Las Vegas and 
a new posthumous album, among other sources of revenue.
AX, Joseph (Reporting); CHANG, Richard; OSTERMAN, Cynthia (Editing). 
Disponível em: www.reuters.com/article/us-people-michaeljackson-lawsuit/michael-
jacksons-estate-sues-abc-for-copyright-infringement-idUSKCN1IV2KX. 
Na sentença “Yet for some reason, Disney decided it could 
just use the estate’s most valuable intellectual property for 
free.”, a palavra “yet” pode ser interpretada como
 Já por alguma razão, Disney decidiu que simplesmente 
poderia usar a propriedade intelectual mais valiosa do 
patrimônio gratuitamente.
 Ainda por alguma razão, Disney decidiu que 
simplesmente poderia usar a propriedade intelectual 
mais valiosa do patrimônio gratuitamente.
 No entanto, por alguma razão, Disney decidiu que 
simplesmente poderia usar a propriedade intelectual 
mais valiosa do patrimônio gratuitamente.
 Portanto, por alguma razão, Disney decidiu que 
simplesmente poderia usar a propriedade intelectual 
mais valiosa do patrimônio gratuitamente.
 Infelizmente, por alguma razão,Disney decidiu que 
simplesmente poderia usar a propriedade intelectual 
mais valiosa do patrimônio gratuitamente.
QUESTÃO 04
Criar uma senha na internet nem sempre é tarefa simples; 
alguns sistemas não aceitam senhas muito fáceis, fazendo 
com que criemos senhas de difícil memorização. Assim, 
pode-se inferir que
 no terceiro quadrinho, a instrução é de usar letras 
maiúsculas ou minúsculas.
 a combinação de números, letras e símbolos e o mínimo 
de dez caracteres é indicada no terceiro quadrinho.
 o resultado da criação da senha no quarto quadrinho é 
satisfatório.
 no último quadrinho, entendemos que o usuário está 
feliz com sua senha.
 no último quadrinho, entendemos que uma senha 
com um bom nível de dificuldade é muito difícil de ser 
memorizada.
QUESTÃO 05
Time after Time
Lying in my bed, I hear the clock tick and think of you
Caught up in circles, confusion is nothing new
Flashback, warm nights almost left behind
Suitcases of memories, time after... 
Sometimes you picture me, I’m walking too far ahead
You’re calling to me, I can’t hear what you’ve said
Then you say, “Go slow”, I fall behind
The second hand unwinds 
If you’re lost, you can look and you will find me
Time after time
If you fall, I will catch you, I’ll be waiting
Time after time 
If you’re lost, you can look and you will find me
Time after time
If you fall, I will catch you, I’ll be waiting
Time after time 
After my picture fades and darkness has turned to gray
Watching through windows, you’re wondering if I’m OK
Secrets stolen from deep inside
The drum beats out of time 
If you’re lost, you can look and you will find me
Time after time
If you fall, I will catch you, I’ll be waiting
Time after time 
You said, “Go slow”, I fall behind
The second hand unwinds 
If you’re lost, you can look and you will find me
Time after time
If you fall, I will catch you, I’ll be waiting
Time after time 
If you’re lost, you can look and you will find me
Time after time
If you fall, I will catch you, I’ll be waiting
Time after time 
Cindy Lauper
Na música “Time after time”, de Cindy Lauper, um(a) 
amigo(a) está sempre pronto(a) a apoiar o(a) outro(a). 
A expressão idiomática encontrada na música, que também 
é seu título, pode ser entendida como
 hora após hora.
 depois do tempo.
 quantas vezes for necessário.
 o tempo que precisar.
 tempo após tempo.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Espanhol)
QUESTÃO 01
Acción Poética Lima. Disponível em: https://artinthestreet.weebly.com. Acesso em: 
30 mai. 2016.
Nesse grafite, realizado por um grupo que faz intervenções 
artísticas na cidade de Lima, há um recado, direcionado ao 
leitor, falando sobre a mudança.
A dica dada ao leitor sobre a mudança é
 que, para ela acontecer, a pessoa terá que mudar 
também.
 que a mudança pode acontecer, mas nós não mudamos.
 você pode mudar, mas se o mundo não mudar, não terá 
adiantado de nada.
 que todos mudamos, inclusive você.
 que a mudança é relativa, demora e não será percebida 
rapidamente.
QUESTÃO 02
Guillermo Fernández presenta su trilogía en 
la capital madrileña
El poeta y crítico jiennense Guillermo Fernández Rojano 
presentó su trilogía de poemas, Tierra, en la Librería Enclave 
de Libros, de Madrid. El acto comenzó con la proyección 
de vídeo sobre una interpretación visual de la obra del 
escritor, realizada por Lara Fernández, y una actuación 
musical a cargo de tres alumnos de viento del Conservatorio 
de Música de Madrid, que acompañaron los versos y 
poemas que recitó Almudena Gallego. A continuación, el 
editor Guillermo Fernández Tejeda presentó a Juan Manuel 
Molina Damiani y Matilde Tercero, que intervinieron como 
críticos literarios de la obra y aportaron su visión personal. 
En un encuentro fluido y ameno – intercalado con música y 
recitales – dialogaron sobre Tierra. “Son tres libros en los 
que destacaría varios aspectos, entre ellos sobre la opresión 
y la presión que sufre el ser humano desde hace siglos y 
que no ha podido desprenderse, por parte de la naturaleza 
y la sociedad. El hombre tiene necesidades, primeramente 
naturales y, posteriormente, a través de leyes que ocasionan 
un sufrimiento constante y que han desembocado una 
sociedad enferma. La poesía desbloquea esas presiones”, 
dijo el poeta Fernández Rojano.
Disponível em: http://diariojaen.es. Acesso em: 9 mai. 2018.
O texto mostra que o homem sofre opressão e pressão; são 
o destaque de três livros de Rojano.
A expressão “desde hace siglos”, usada quando mencionadas 
a opressão e a pressão, deixa claro que o homem
 já sofre há séculos.
 não sofre nem tem cem anos.
 sofre sempre que completa cem anos.
 cem anos é o mínimo de sofrimento para ele.
 sofre a partir deste século.
QUESTÃO 03
Aseguran que el fundador y líder histórico 
del Partido de los Trabajadores es inocente – 
PT brasileño mantendrá candidatura de Lula 
hasta el final
El Partido de los Trabajadores (PT) de Brasil informó 
que seguirá apoyando la postulación a la Presidencia del 
exmandatario Luiz Inácio Lula da Silva hasta el final.
El pronunciamiento del PT se da luego de que el 
expresidente Da Silva enviara un comunicado por medio de 
un emisario, donde expresó que seguirá siendo candidato 
a la presidencia de Brasil hasta que el juez Sergio Moro 
presente una prueba de que él es dueño del apartamento.
La presidenta del PT, Gleisi Hoffmann, aseveró que 
entienden perfectamente el compromiso histórico que 
tienen con el país. Reiteró que el fundador y líder histórico 
del PT es inocente y que todos conocen los vicios, fallas 
y arbitrariedades del proceso que lo condenó a 12 años y un 
mes de cárcel.
El partido sostiene que “el resultado del juicio, con 
los votos claramente combinados de los tres magistrados, 
configura una farsa judicial y confirma el compromiso 
político-partidario de sectores del sistema judicial con el 
objetivo de sacar a Lula del proceso electoral”.
Suceda lo que suceda, remarcó, no existe ningún 
margen legal para el rechazo anticipado del registro de la 
candidatura de Lula.
Lula “fue condenado en un proceso sin delito, sin 
pruebas y por un juez que no tenía competencia legal”, 
aseguró el especialista en derecho electoral Luiz Fernando 
Pereira.
Pereira manifestó su confianza en que tarde o temprano, 
las instancias superiores deberán reconocer la injusticia y la 
ilegalidad de esa condena. 
Disponível em: www.republica.com.uy. Acesso em: 9 mai. 2018.
O texto fala sobre o ex-presidente do Brasil, Lula.
Segundo Luiz Fernando Pereira,
 especialista em direito eleitoral, Lula foi condenado em 
um processo por conta de um delito.
 especialista nas instâncias superiores, Lula foi 
condenando em um processo sem delito.
 especialista em direito eleitoral, Lula foi condenado em 
um processo sem delito.
 especialista nas instâncias superiores, Lula foi 
condenado por diversos processos.
 parente do Lula, está fazendo de tudo para diminuir sua 
pena.
QUESTÃO 04
La fe y las montañas 
Al principio la fe movía montañas sólo cuando era 
absolutamente necesario, con lo que el paisaje permanecía 
igual a sí mismo durante milenios. Pero cuando la fe 
comenzó a propagarse y a la gente le pareció divertida la 
idea de mover montañas, éstas no hacían sino cambiar de 
sitio, y cada vez era más difícil encontrarlas en el lugar en 
que uno las había dejado la noche anterior; cosa que por 
supuesto creaba más dificultades que las que resolvía.
La buena gente prefirió entonces abandonar la fe y ahora 
las montañas permanecen por lo general en su sitio. Cuando 
en la carretera se produce un derrumbe bajo el cual mueren 
varios viajeros, es que alguien, muy lejano o inmediato, tuvo 
un ligerísimo atisbo de fe.
MONTERROSO, A. La oveja negra y demás fábulas, 1969 (adaptado).
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Todas as charges a seguir estão voltadas, como acontece 
com frequência, para a crítica em relação a posturas 
inadequadas do ser humano. Uma delas,porém, afasta-se 
do tema manifestado nas demais, podendo ser identificada 
na alternativa
 
Disponível em: http://n.i.uol.com.br/uolnews/monkeynews_04_charge_dalcio2.jpg.
 
Disponível em: www.apoema.com.br/sinovaldo.jpg.
 
Disponível em: http://ivancabral.blogspot.com/2008_05_01_archive.html.
 
Disponível em: www.ivancabral.blogspot.com.
 
Disponível em: http://elusion-pedion.blogspot.com/2008/01/desmatamento.html.
No texto, é mostrada a questão da fé que move montanhas.
Contudo, há uma divergência segundo a expressão “a fé 
move montanhas”. Segundo o texto, o
 mover das montanhas era algo impossível.
 mover das montanhas era algo prejudicial, pois acabava 
se tornando deslizamentos.
 mover das montanhas era tanto o deslizar quanto a fé; 
o texto trabalha a ideia de que são iguais.
 mover das montanhas, como na expressão, fazia algo 
impossível acontecer.
 último parágrafo mostra que as pessoas daquela região 
morrem muito nos deslizamentos.
QUESTÃO 05
Disponível em: https://br.pinterest.com. Acesso em: 9 abr. 2018.
A charge evoca uma situação inusitada.
Seu efeito humorístico reside no(a)
 diálogo mais íntimo, pois assim o paciente fica mais 
confortável em contar tudo.
 ordem do psiquiatra de onde o paciente deve sentar-se.
 confusão que o paciente faz ao sentar no lugar errado.
 confusão feita com o uso do verbo “siento”, pois pode ser 
do verbo “sentir” ou “sentar”.
 insinuação que o paciente faz ao psiquiatra.
QUESTÃO 07
O fim de um acento: a triste trajetória do trema
Caracteres fazem um discurso comovente no funeral do 
parente.
Disponível em: www.masquemario.net/images/charges_2007/07-24-fimdotrema.pn.
A recente reforma ortográfica trouxe consigo alterações no 
sistema de acentuação gráfica. O texto acima refere-se a 
esse assunto, e nele é possível identificar
 um comentário, de natureza metalinguística, que se 
constrói com o recurso da prosopopeia e, portanto, da 
linguagem denotativa.
 a “retirada” equivocada de um possível trema da palavra 
“aguentaram”, vocábulo não atingido pela reforma 
ortográfica.
 a menção a um “trágico destino”, que tem a ver com a 
prevista retirada do acento em palavras como “adquirir” 
e “extinguir”.
 o emprego da palavra “crêem” com um sinal de extinção 
do acento, já que este cumpria a mesma missão do 
trema.
 uma hiperbólica alusão humorística ao fato de que, 
bem antes de sua extinção, o trema já não vinha sendo 
empregado em muitos textos. 
QUESTÃO 08
Repare na minha situação. Se eu fosse escrever 
uma suposta crônica sobre os supostos acontecimentos 
supostamente investigados em Brasília, eu faria todo o 
suposto possível para não chamar a suposta atenção da 
suposta comissão de suposta ética da Câmara.
Se bem que, pelo jeito, ser interrogado no Congresso 
não é tão terrível assim. Basta você, antes de seu suposto 
depoimento, conseguir um suposto “habeas corpus” 
preventivo. Pronto. Tudo o que você supostamente declarar 
pode ser suposta verdade ou suposta mentira, que tanto faz. 
Ninguém vai acreditar mesmo.
FREIRE, Ricardo. A palavra do momento. Época, 23 jul. 2005.
O fragmento anterior pertence a uma crônica do ano 
de 2005, mas sua temática guarda grande atualidade. 
O autor se vale, para externar seu posicionamento quanto 
a investigações no campo político, da repetição enfática de 
uma palavra, cujo objetivo é o de caracterizar
 a seriedade com que se busca averiguar a verdade.
 a preocupação com a separação entre verdade e mentira.
 a falta de credibilidade atribuída ao processo em geral.
 a necessidade de se respeitarem os dispositivos legais.
 a coerência que deve marcar todas as fases do processo.
QUESTÃO 09
Fantasia
Em um brinquedo se põe
todo mistério do mundo
e a forma do nunca visto.
No jogo que sai da mão,
o nunca visto de perto,
como se vê um sapato
e uma coisa a olho nu,
mostra as faces de seu cubo.
Sonhando se fez o mundo
antes que estrelas chegassem
a mostrar sua grandeza
na face nua do espelho.
São os meninos que dizem
que as utopias existem
para amanhã conceberem
no ventre das madrugadas.
CASTRO, Luiz Paiva de. O país dos homens calados. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. p. 53.
Coerente com os objetivos de comunicação do poeta, no 
texto acima,
 predomina o tom pessimista com que ele rejeita a 
possibilidade de um futuro melhor para o mundo.
 o título já anuncia um posicionamento que confere 
irrealidade à tese presente no poema.
 pretende-se atribuir importância ao utópico como algo 
necessário à construção de uma nova realidade.
 a ação de “conceberem no ventre das madrugadas” 
pode ser entendida com uma conotação revolucionária, 
de ação subversiva, mas improdutiva. 
 palavras como “brinquedo” e “jogo”, dado o sentido geral 
do texto, constroem um campo semântico de oposição à 
palavra “utopias”.
QUESTÃO 10
Catálogo resumo de 45 anos de pintura. Galeria Paulo 
Klabin/Saramenha. Rio de Janeiro: 12 set.-1o out. 1988.
A imagem acima retrata a obra Ripas, de Ione Saldanha. 
No endereço eletrônico www.embap.pr.gov.br/arquivos/
File/anais3/maria_justino.pdf encontram-se, entre outras, 
as seguintes informações sobre a artista e sua obra:
Ione Saldanha é uma legítima herdeira de Matisse, 
Mondrian e Klee, particularmente em suas obras mais 
maduras, Ripas e Bambus, ao mesmo tempo em que 
mantém um parentesco com os rituais tribais brasileiros. 
Acerca destes, Ione afirma: “Se tem, aparece sem querer. 
Surgiu muito mais de um trajeto próprio. Agora, se eu tenho 
dentro de mim uma atração por certas formas, e se estas 
formas são formas tribais, isso pode ter acontecido.”
 O que são as Ripas? Fisicamente, são sarrafos pintados 
em um dos lados, que lembram as lanças de batalha de 
Paolo Ucello e mesmo os paus de enfeite das cavalhadas, 
ou ainda, como observou A. Bento, as flechas de nossos 
silvícolas. As cavalhadas, mistura de épico e de fantasia, 
eram rituais de origem moura adotados pelos ibéricos, 
que os transplantaram para a América. Aí se difundiram 
consideravelmente, assumindo feições regionais, como no 
sul do Brasil, nas festas gaúchas (Ione, convém lembrar, é 
gaúcha).
JUSTINO, Maria José. Os totens-móbilis de Ione Saldanha.
As passagens acima transcritas permitem que se admita a 
hipótese de que as Ripas, de Ione Saldanha,
 foram deliberadamente criadas a partir de elementos 
culturais de origem nacional.
 podem ter sido manifestações inspiradas em elementos 
de uma cultura regional.
 constituem produção artística apenas resultantes de 
manifestações fantasiosas da artista.
 são evidentes reflexos de rituais exógenos não 
incorporados à realidade nacional.
 traduzem indisfarçável vinculação da artista às coisas 
do Rio Grande do Sul, sua terra natal.
QUESTÃO 11
WARHOL, Andy. Green Coca-Cola Bottles, 1962.
Em meados da década de 1950 do século passado surgia 
a Pop Art. Originária da Inglaterra, no fim dessa mesma 
década firmou-se nos Estados Unidos. Entre os artistas 
norte-americanos desse movimento, o maior expoente foi, 
sem dúvida, Andy Warhol, cujos trabalhos ganharam um 
prestígio planetário.
Considerando a obra de Warhol acima retratada, representativa 
de múltiplos aspectos relacionados a esse movimento artístico, 
pode-se afirmar que a Pop Art
 rejeitava o trabalho com imagens pictóricas e símbolos 
de natureza popular.
 pretendia promover e alavancar o consumo típico da 
sociedade capitalista.
 exprimia um caráter estético marcado por oposição 
frontal à arte figurativa.
 constituiu manifestação exemplificativa do hermetismo 
da arte moderna.
 desconstruiu a arte estabelecida, suas técnicas e 
processo de criação.
QUESTÃO 12
Texto I
[...] Na nossa Feira Central 
Tem de tudo que se queira 
Se você quiser comprar 
Coisa importante ou besteira 
Não procure em outro canto 
Se não encontrar na Feira.
Lá tem pegador de brasa, 
Arreio, ferragem, sela, 
Pote, panela de barro, 
Penico, alguidar, tigela, 
Chapéu de couro e de palha, 
Pilão, esteira e gamela.
[...] Compra peixe seco e fubá, 
Favafeijão macassar, 
Espora, amarra, chocalho, 
Arremedo de caçar 
É como estou lhes dizendo, 
Tem tudo, é só procurar.
Campina dos meus amores, Manoel Monteiro.
Texto II
[...] Para além do comércio intenso, a Feira de Campina 
Grande é também um lugar de referência, de criação, 
de expressão, de sociabilidade e de identidade do povo 
nordestino. As trocas mercadológicas se misturam às trocas 
de significados e de sentidos, tornando-a um lugar onde se 
concentram e se reproduzem práticas culturais. É ali entre 
as raízes que curam tudo, entre os pratos de buchada e 
copos de gelada de coco, entre os gritos das ofertas e o 
cantar do galo, que também se anunciam as novidades, 
que desabafam os amigos, que rezam os crentes, que se 
criam as rimas. E a Feira campinense continua ressoando 
no cantar dos emboladores de coco, dos repentistas, 
forrozeiros, cordelistas, violeiros e tantos outros artistas, 
que fazem da Feira palco das manifestações culturais e das 
tradições de sua terra.
De geração a geração, os saberes e experiências dos 
feirantes vão sendo transmitidos a filhos, netos e bisnetos, 
assim como os espaços de comercialização. Herdados como 
verdadeiros legados familiares, os ofícios vão representando 
a história daqueles personagens, que dedicam sua vida à 
Feira e que, por isso, têm nela sua referência fundamental. 
Sua história é atrelada à dos fregueses, dos produtos e 
das negociações, e Campina Grande vai se tornando ainda 
maior, pela continuidade de suas tradições culturais. [...]
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pb/noticias/detalhes/4367/feira-de-campina-
grande-pb-e-novo-patrimonio-cultural-do-brasil. Acesso em: 17 mar. 18.
Os dois textos anteriores dialogam entre si: ambos se 
referem à Feira de Campina Grande. Em setembro de 2017, 
o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural deliberou, em 
sua 87a reunião, sobre o registro da Feira, que passou então 
a ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial. 
Registros dessa natureza são bastante recentes no Brasil, 
e sua relevância – manifestada, inclusive, nesses textos – 
vincula-se à(ao)
 equivalência do valor da cultura popular àquele atribuído 
à chamada cultura erudita.
 recuperação integral dos elementos característicos da 
cultura dos primeiros povos brasileiros.
 reconhecimento e à promoção da nossa diversidade 
cultural, pela valorização conferida a manifestações de 
cunho popular.
 necessidade da absorção, pela verdadeira cultura 
nacional, de manifestações culturais do povo.
 envolvimento das manifestações populares com aspectos 
mercadológicos, buscando retornos financeiros.
QUESTÃO 13
Apesar de você
Hoje você é quem manda 
Falou, tá falado 
Não tem discussão, não 
A minha gente hoje anda 
Falando de lado 
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado 
E inventou de inventar 
Toda a escuridão 
Você que inventou o pecado 
Esqueceu-se de inventar 
O perdão
Apesar de você 
Amanhã há de ser 
Outro dia 
Eu pergunto a você 
Onde vai se esconder 
Da enorme euforia
Como vai proibir 
Quando o galo insistir 
Em cantar 
Água nova brotando 
E a gente se amando 
Sem parar
[...]
Você vai se amargar 
Vendo o dia raiar 
Sem lhe pedir licença 
E eu vou morrer de rir 
Que esse dia há de vir 
Antes do que você pensa
Apesar de você 
Amanhã há de ser 
Outro dia 
Você vai ter que ver 
A manhã renascer 
E esbanjar poesia 
Como vai se explicar 
Vendo o céu clarear 
De repente, impunemente 
Como vai abafar 
Nosso coro a cantar 
Na sua frente
Chico Buarque
Essa composição de Chico Buarque de Holanda tornou-se 
emblemática nos chamados “anos de chumbo”, marcados 
pelo regime ditatorial que dominou o país dos anos 60 a 80 
do século passado. Percebido pelo governo o seu caráter 
conotativo, a música foi proibida e, por isso mesmo, acabou 
por transformar-se em um verdadeiro hino de resistência.
Entre as construções figuradas de que se valeu o artista 
para veicular a sua mensagem, é possível identificar,
 no uso reiterado do pronome “você”, a menção a um 
interlocutor representativo dos que reagiam ao contexto 
repressivo de então.
 nas expressões “falando de lado” e “olhando pro chão”, 
ações dos agentes repressores, envergonhados das 
posturas assumidas.
 na palavra “escuridão” e na expressão “o dia raiar”, 
elementos antitéticos que representavam a repressão 
vigente e a esperança de seu fim.
 no “dia que há de vir antes do que você pensa”, uma 
referência à conjuntura democrática que então já se 
fazia presente.
 no emprego do advérbio “impunemente”, no final do 
texto, uma alusão à impunidade que caracterizava os 
violentos atos ditatoriais. 
QUESTÃO 14
Texto I
Minha terra tem palmeiras
onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Canção do exílio, Gonçalves Dias.
Texto II
Minha terra tem palmeiras?
Não. Minha terra tem engenhocas de rapadura e cachaça
E açúcar marrom, tiquinho, para o gasto.
Fazendeiro de cana, Carlos Drummond de Andrade. 
Os fragmentos textuais acima estabelecem entre si a 
chamada intertextualidade, que gera uma ressignificação, 
por meio da qual
 o segundo reitera o tom ufanista que consagrou o 
primeiro.
 ambos obedecem, em nossa literatura, aos mesmos 
princípios estéticos.
 o segundo, por meio do processo da paródia, remete, 
em tom jocoso, ao primeiro.
 o primeiro é convertido no segundo, por um processo 
denominado pastiche.
 o segundo é apenas uma paráfrase em que Drummond 
reverencia Gonçalves Dias.
QUESTÃO 15
Não raramente, as tiras se utilizam da ironia para exprimir 
objetivos críticos. No caso da tirinha acima, a crítica explicita 
uma contradição entre
 o relacionamento pessoal e a evolução tecnológica.
 a inteligência empresarial e a ineficiência das pessoas.
 a modernização das empresas e a exclusão digital. 
 os interesses mercadológicos e as novas tecnologias.
 o retrocesso tecnológico e a mão de obra desqualificada. 
QUESTÃO 16
Texto I
GERCHMAN, Rubens. Lindoneia, a Gioconda dos Subúrbios, 1966.
Texto II
Lindoneia
Na frente do espelho 
Sem que ninguém a visse 
Miss 
Linda, feia 
Lindoneia desaparecida
Despedaçados 
Atropelados 
Cachorros mortos nas ruas 
Policiais vigiando 
O sol batendo nas frutas
Sangrando
 
Oh, meu amor 
A solidão vai me matar de dor
Lindoneia, cor parda 
Fruta na feira 
Lindoneia solteira 
Lindoneia, domingo 
Segunda-feira
Lindoneia desaparecida 
Na igreja, no andor 
Lindoneia desaparecida 
Na preguiça, no progresso 
Lindoneia desaparecida 
Nas paradas de sucesso 
Ah, meu amor 
A solidão vai me matar de dor
[...]
No avesso do espelho 
Mas desaparecida 
Ela aparece na fotografia 
Do outro lado da vida [...]
Caetano Veloso e Gilberto Gil
Os textos I e II foram produzidos praticamente no mesmo 
momento. O primeiro é um quadro de Rubens Gerchman, 
sugestivamente denominado Lindoneia, a Gioconda dos 
Subúrbio; o segundo é um bolero de Caetano Veloso e 
Gilberto Gil, inspirado na criação de Gerchman.
É possível, a partir dos dois textos, o reconhecimento de que
 o bolero de Caetano e a menção à Gioconda 
exemplificam o movimento tropicalista, entre cujos 
fundamentos se encontra a antropofagia cultural, 
ou seja, a apropriação de formas importadas, com a 
incorporação, sem ressignificações, à cultura nacional.
 as marcas sombreadas junto ao olho esquerdo da 
imagem feminina, no quadro, e a menção a “policiais 
vigiando”, na letra da composição, interagem como 
possíveis menções à violência do regime de exceção 
que então se estabelecia no país.
 o quadro, ao expressar um processo de “miscelânea 
cultural”, com traços caricaturais, ao lado do efeito 
“pop” produzido pelos aspectos pictóricos e pelos florais 
pintados na moldura, afasta-se das preocupações 
estéticas que motivaram o Tropicalismo.
 no quadro, como na letra do bolero, o nome “Lindoneia”, 
atribuído à personagem feminina, sugere uma imagem 
esteticamente apreciável, característica ratificada pelos 
traços da figura e pelo texto da composição.
 o refrão (“Ah, meu amor / A solidão vai mematar de 
dor”) reproduz um sentimento pessoal, assumido pelo 
eu lírico, não necessariamente vinculado à expressão 
de um cotidiano da sofrida realidade do Brasil de então.
QUESTÃO 17
Diz respeito, especialmente, à poesia da época, opondo- 
-se ao subjetivismo e ao descuido com a forma do Romantismo 
[...]. A escola adota uma linguagem mais trabalhada, 
empregando palavras sofisticadas e incomuns, dispostas 
na construção de frases, atendendo às necessidades da 
métrica e ritmo regulares, que dificultam a compreensão, 
mas que lhes são característicos. [...] a poesia deve pintar 
objetivamente as coisas sem demonstrar emoção.
Disponível em: www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/parnasianismo1.htm. Acesso em: 
12 mar. 2018.
Em nossa literatura, diversos são os textos poéticos que, 
enfatizando a função metalinguística, procuram afirmar os 
princípios das escolas a que se filiam.
Dentre os fragmentos que se seguem, o que guarda 
pertinência com o texto acima é
 “Não rimarei a palavra sono 
 com a incorrespondente palavra outono. 
 Rimarei com a palavra carne 
 ou qualquer outra, que todas me convêm.”
Consideração do poema, Carlos Drummond de Andrade.
 “O que se encontra em ninho de joão-ferreira: 
 Caco de vidro, grampos, 
 Retratos de formatura,
 Servem demais para poesia.” 
Matéria de poesia, Manoel de Barros.
 “Quero antes o lirismo dos loucos
 O lirismo dos bêbados
 O lirismo difícil e pungente dos bêbados
 O lirismo dos clowns de Shakespeare
 – Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”
 Poética, Manuel Bandeira.
 “Eu canto porque o instante existe 
 e a minha vida está completa. 
 Não sou alegre nem sou triste: 
 sou poeta.”
Motivo, Cecília Meireles.
 “Torce, aprimora, alteia, lima
 A frase; e enfim,
 No verso de ouro engasta a rima,
 Como um rubim. 
 
 Quero que a estrofe cristalina,
 Dobrada ao jeito
 Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito.”
Profissão de fé, Olavo Bilac.
QUESTÃO 18
A língua sem arcaísmos. Sem erudição. Natural e 
neológica. A contribuição milionária de todos os erros.
ANDRADE, Oswald de. Manifesto da Poesia Pau-Brasil, 1924.
Abaixo os puristas. Todas as palavras, sobretudo os 
barbarismos universais. Todas as construções, sobretudo as 
sintaxes de exceção. 
Poética, Manuel Bandeira.
No ideário dos nossos primeiros modernistas, o processo de 
libertação da tradição da escrita nobre passa por uma forma 
prosaica de expressão capaz de conviver, inclusive, com a 
inobservância da norma gramatical.
Nas alternativas a seguir (fragmentos de produções dos dois 
poetas acima), esse procedimento está exemplificado nos 
seguintes versos em que a sintaxe-padrão não foi observada:
 “Infância
 O camisolão
 O jarro
 O passarinho
 O oceano
 A visita na casa que a gente sentava no sofá.”
As quatro gares, Oswald de Andrade.
 “Vou-me embora pra Pasárgada 
 Lá sou amigo do rei 
 Lá tenho a mulher que eu quero 
 Na cama que escolherei.”
Pasárgada, Manuel Bandeira. 
 “Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. 
 A alma é que estraga o amor. 
 Só em Deus ela pode encontrar satisfação.”
Arte de amar, Manuel Bandeira. 
 “Minha terra tem palmares 
 Onde gorjeia o mar 
 Os passarinhos daqui 
 Não cantam como os de lá.”
Canto de regresso à pátria, Oswald de Andrade. 
 “Assim eu quereria meu último poema
 Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e
 [menos intencionais
 Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas.”
O último poema, Manuel Bandeira. 
QUESTÃO 19
 MONET. As Amapolas, 1873.
O quadro acima é representativo de um movimento artístico 
que tem, entre os seus fundamentos,
 a preocupação com os contornos nítidos e com a 
preponderância do claro-escuro na produção artística. 
 a valorização da subjetividade como elemento primordial 
na arte pictórica, que deve traduzir os sentimentos do 
artista.
 o registro das tonalidades que o objeto retratado adquire 
ao refletir a luz solar em determinado momento.
 a ênfase no movimento e no dinamismo, como 
elementos representativos da contemporaneidade.
 a percepção do real a partir do onírico, com protagonismo 
do subconsciente, da fantasia e do ilogismo. 
QUESTÃO 20
“Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas 
para lavadeiras.”
As casinhas eram alugadas por mês, e as tinas, por dia; 
tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, 
quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço 
tinham preferência e não pagavam nada para lavar.
Graças à abundância da água que lá havia, como em 
nenhuma outra parte, e graças ao muito espaço de que se 
dispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrência 
às tinas não se fez esperar; acudiram lavadeiras de todos 
os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bem 
longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um 
canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de 
pretendentes a disputá-los.
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, 
agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas 
hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro 
palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a 
negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das 
claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos 
bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa 
molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela 
umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, 
a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que 
parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, 
e multiplicar-se como larvas no esterco.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/
texto/bv000015.pdf.
O fragmento transcrito pertence a um dos romances mais 
significativos da escola realista-naturalista, na literatura 
brasileira. Nesse trecho, percebe(m)-se, como característica(s) 
desse estilo,
 imaginação criadora, marcada por subjetivismo, evasão, 
consciência da solidão.
 o homem dividido entre as coisas do céu e da terra, com 
antíteses e paradoxos.
 a idealização dos elementos naturais como um espaço 
tranquilo e ameno da vida.
 retrato do coletivo; seres humanos comparados a 
animais, em cenário degradante. 
 destaque para a objetividade e a impassibilidade; 
emprego de linguagem rebuscada.
QUESTAO 21
O leão e o mosquito
Uma vez, um mosquito declarou guerra ao leão 
dizendo-lhe que pouco se importava com seu título de rei. 
Dito isto, começou a picá-lo por todos os lados, tornando-o 
furioso, não lhe dando trégua, até que o leão caiu esgotado. 
O inseto, então, retirou-se cheio de orgulho, mas, enquanto 
ia anunciar a todos os demais bichos sua vitória, caiu na 
traiçoeira teia de uma aranha e lá ficou preso. 
Moral da história:
As vitórias nem sempre são duradouras. Por isso, não 
se deve contar vantagem antes do tempo.
La Fontaine 
O texto acima – do gênero fábula – contém elementos 
coesivos que promovem a sua progressão temática. Nesse 
sentido,
 no período inicial, os pronomes “lhe” e “seu” têm função 
anafórica e se reportam, pela ordem, aos antecedentes 
“leão” e “mosquito”.
 a oração “Dito isto” tem sentido causal em relação àquilo 
que se menciona anteriormente.
 a locução conjuntiva “até que”, que inicia a última oração 
do segundo período, introduz o aspecto temporal de 
anterioridade.
 a palavra “inseto”, no início do terceiro e último período, 
recupera, como hipônimo, o termo “mosquito”.
 as duas últimas vírgulas, no período final que antecede à 
“Moral da história”, intercalam uma oração subordinada 
adverbial temporal que indica simultaneidade.
QUESTÃO 22
Forma ancestral de comunicação, a linguagem corporal 
dos seres humanos transmite suas sensações e emoções 
por meio de gestos, postura, tom de voz ou mesmo maneira 
de andar.
Se você estiver em meio a uma conversa, por exemplo, 
experimente atuar, conscientemente, nos diálogos, 
seguindo o princípio do “espelho e combinação”. Ouça 
a outra pessoa, preste atenção nos seusmovimentos, 
observe a sua linguagem corporal e o ritmo da sua fala e, 
com tato, discretamente, faça o que ela fizer. Use, sempre 
que possível, a concordância e o sorriso. Tente entender os 
pontos de vista do outro, e faça com que ele esteja confortável 
ao seu lado, ao descobrir pontos comuns, semelhanças. 
É uma tendência natural que as pessoas se sintam bem e 
não tenham posicionamentos defensivos quando percebem 
afinidades com o interlocutor.
LIMA, R. M.
Segundo o texto, é possível identificar o princípio do “espelho 
e combinação” como
 uma postura que privilegia a observação da linguagem 
corporal de quem fala, imitando-a de forma bem 
evidente.
 um comportamento marcado por discrição, mas que 
busca reproduzir modos de falar e de agir do interlocutor.
 uma atuação calcada em posicionamentos bajuladores 
capazes de encantar a pessoa com quem se fala.
 um conjunto de atitudes que, dando exclusividade à 
linguagem corporal alheia, imita-a sutilmente.
 um processo de aproximação e identificação 
interpessoal, a partir da imposição ao outro dos próprios 
gestos e falas.
QUESTÃO 23
Texto I
A internet tem seu espaço (breve) e hora para ser 
utilizada. É como se perguntássemos em que medida a 
linguagem do telegrama ou dos anúncios quase cifrados 
de compra e venda, nos jornais, tem alterado a língua 
portuguesa. A internet, pela sua especificidade, exige 
ou propicia um tipo de texto especial. [...] Todo texto – na 
internet ou não –, como toda expressão linguística, deve 
estar adequado às ideias, ao interlocutor e às circunstâncias.
BECHARA, Evanildo. Em que medida a internet está transformando o português? 
Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 jul. 2000. Caderno Mais!
Texto II
Então, se de um lado muitos pais e professores criticam 
a nova escrita em meios virtuais, por outro lado ela pode 
ser vista como uma forma inovadora de se manifestar por 
escrito, requerendo criatividade para melhor expressão. 
O problema é usá-la para redigir atividades escolares ou em 
quaisquer outros textos produzidos fora de contexto virtual 
e de suportes apropriados, o que deve ser observado pelos 
professores com reforço no emprego adequado de cada 
uma. Para quem foi bem alfabetizado, não há problemas, 
uma vez que ”erros de ortografia” nem sempre ocorrem 
devido à internet, mas devido a falhas de aprendizagem na 
escola.
MARTINS, Cybele Maria; BORELLI, Ceres M. Martins. Avanço tecnológico e escrita. 
Disponível em: http://universidadebrasil.edu.br/portal/avanco-tecnologico-e-escrita/. 
Acesso em: 17 mar. 2018.
A influência da internet na língua portuguesa é assunto 
que há muito frequenta os debates entre os especialistas. 
Os dois fragmentos acima, produzidos respectivamente nos 
anos de 2000 e 2016, tratam desse tema.
A leitura dos fragmentos permite a consideração de que
 os dois reconhecem os prejuízos que a linguagem da 
internet vem causando às manifestações da língua 
portuguesa.
 ambos reconhecem que, em seu âmbito específico, 
o chamado “internetês” deve apoiar-se nos fundamentos 
na norma-padrão.
 os dois textos incorporam, ao lado da aceitação da 
validade da linguagem da internet, críticas ao sistema 
escolar vigente.
 o texto I apresenta comparações para justificar a 
linguagem da internet, e o texto II sinaliza as suas 
características criativas e inovadoras.
 no texto I, ao contrário do que se afirma no texto II, 
admite-se a extensão da linguagem da internet fora da 
ambiência virtual.
QUESTÃO 24
A partir do início do século XX, na França, alguns 
artistas subverteram a concepção que se tinha da pintura. 
Em vez de simplesmente representar o que era visto, eles 
decidiram retratar a realidade segundo outras óticas. Dentre 
os novos estilos de obra, este pretendia romper com o 
Impressionismo, movimento anterior, e também com as 
academias de arte. Uma das suas principais características 
era o expressar o mundo da maneira como visto pelos 
pintores, refletindo conflitos psicológicos e um sentimento 
de isolamento, reflexo, também, da onda de angústia e 
ansiedade que dominava a intelectualidade europeia nos 
anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial. Pode- 
-se dizer que a principal característica deste movimento foi 
a deformação da realidade e sua expressão de maneira 
subjetiva.
A vanguarda europeia cujas características se descrevem 
acima encontra-se exemplificada na seguinte obra:
 
PICASSO, Pablo. Mulher sentada. 
Disponível em: 1948https://coopemmuseupicasso.wordpress.com/2016/11/15/mulher-
sentada-1949/.
 
MAGRITTE, René. Décalcomanie. 
Disponível em: www.wikiart.org/en/rene-magritte/decalcomania-1966.
 
DUCHAMP, Marcel. A noiva despida pelos seus celibatários.
Disponível em: http://desesperandogodot.blogspot.com.br/2010/01/noiva-despida-pelos-
seus-celibatarios.html.
 
BALLA, Giacomo. Velocidade Abstrata e Ruído. 
Disponível em: http://noblat.oglobo.globo.com/noticias/noticia/2010/03/pintura-velocidade-
abstrata-ruido-1913-1914-27276599.html.
 
MUNCH, Edvard. Vampire. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Edvard_Munch_-Vampire_(1917),_Sammlung_W%C3%BCrth.jpg.
QUESTÃO 25
Condicionada fundamentalmente pelos veículos de 
massa, que a coagem a respeitar o “código” de convenções 
do ouvinte, a música popular não apresenta, senão em grau 
atenuado, o contraditório entre informação e redundância, 
produção e consumo. Desse modo, ela se encaminha para 
o que Umberto Eco denomina de “música gastronômica”: um 
produto industrial que não persegue nenhum objetivo artístico, 
mas, ao contrário, tende a satisfazer as exigências do mercado, 
e que tem, como característica principal, não acrescentar nada 
de novo, redizendo sempre aquilo que o auditório já sabe e 
espera ansiosamente ver repetido. Em suma: o servilismo ao 
“código” apriorístico – assegurando a comunicação imediata 
com o público – é o critério básico de sua confecção. “A mesma 
praça. O mesmo banco. As mesmas flores, o mesmo jardim.” 
O “mesmismo”. Todo mundo fica satisfeito. O público. A TV. 
Os anunciantes. As casas de disco. A crítica. E, obviamente, 
o autor. Alguns ganham com isso (financeiramente falando). 
Só o ouvinte-receptor não “ganha” nada. Seu repertório de 
informações permanece, mesmissimamente, o mesmo.
Mas nem tudo é redundância na música popular; é possível 
discernir, no seu percurso, momentos de rebeldia contra a 
estandardização e o consumismo.
Assim foi com o jazz moderno e a bossa nova. [...]
CAMPOS, Augusto de. Balanço da Bossa e outras bossas. São Paulo: Perspectiva, 
1974. p. 184.
Infere-se, a partir da leitura desse fragmento, que, para o 
seu autor,
 a validade de um produto musical deve aflorar a partir 
de códigos firmados por repetições sistemáticas.
 a música popular traz consigo o revolucionário princípio 
da redundância, afastando-se da chamada “música 
gastronômica”.
 da interação entre interesses do mercado e comunicação 
imediata com o público resulta um desejável produto 
cultural, marcado por rebeldia. 
 a informação estética pressupõe algum tipo de ruptura 
com o código apriorístico do ouvinte.
 a repetição, segundo um código gerador do “mesmismo”, 
foi o que caracterizou o jazz moderno e a bossa nova. 
QUESTÃO 26
O Brasil seria culturalmente mais pobre e inteiramente 
diferente não fosse a contribuição negra que, interferindo 
material e artisticamente, participa da caracterização em 
todos os círculos e de todas as maneiras. O escravo passou 
a integrar de tal modo as fundações, que sua presença cada 
vez mais se ampliou no processo histórico da formação 
nacional. E, porque isso é incontestável em setores 
socialmente decisivos – como o religioso, por exemplo –, 
não será difícil encontrar aquela contribuição em hábitos e 
costumes da vida brasileira. [...] E, exemplo excepcional, na 
música brasileira, por meio de raízes africanas que geraram 
o choro, o maxixe e o próprio samba.
O negro, porém, em consequência do que Sílvio 
Romero e Nina Rodrigues chamavam “as línguas africanas 
do Brasil”, contribuiu sobretudopara o enriquecimento da 
língua portuguesa. E, contribuindo em dimensão que se 
medirá pela incorporação de africanismos, influenciou desde 
o primeiro instante a própria linguagem da ficção brasileira. 
No vocabulário ou no sistema gramatical do idioma, como 
João Ribeiro observou, tamanha foi a interferência que, 
ajudando a superar os cânones portugueses, a favoreceu na 
libertação brasileira para o tratamento literário. É por meio 
dessa língua, aliás, que os ficcionistas situarão o negro na 
ficção.
Mas, antes que a ficção escrita e erudita se manifestasse 
e na primeira metade do século XIX, já a ficção oral e 
popular a antecedia em três séculos. O escravo, ainda no 
século XVI, com a carga poética e ficcional que trouxe da 
África, abriu o caminho de uma literatura primitiva que teve 
a oralidade como veículo. O negro, pois, foi autor, e antes 
que se convertesse em tema. As raízes folclóricas provam 
que o escravo, como o índio – conteúdo humano da matéria 
ficcional – emergiu de sua própria oralidade por meio dos 
contos e dos autos populares. A verdade é que, no ciclo oral 
e como contribuição original à ficção brasileira, o africano 
assume posição tão singular quanto extraordinária.
 FILHO, Adonias. O negro na ficção brasileira. Brasília: Cultural/MEC, n. 23, 1976. 
p. 40 (adaptado). 
O texto acima apresenta elementos suficientes para concluir 
que
 a participação do negro no processo histórico brasileiro 
contribuiu para imprimir feição especial à literatura 
nacional.
 a participação do negro em nossa literatura se deu 
preponderantemente em nível passivo, como elemento 
temático.
 a única influência do negro na literatura brasileira 
consistiu na contribuição para o enriquecimento da 
língua portuguesa.
 as manifestações da ficção escrita e erudita entre nós 
anteciparam-se às da ficção oral e popular.
 a participação do índio em nossa literatura foi nula, em 
comparação com a do negro.
QUESTÃO 27
O jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo 
em suas definições menos rigorosas, pressupõe sempre a 
sociedade humana; mas, os animais não esperaram que os 
homens os iniciassem na atividade lúdica. É-nos possível 
afirmar com segurança que a civilização humana não 
acrescentou característica essencial alguma à ideia geral de 
jogo.
Os animais brincam tal como os homens. Bastará 
que observemos os cachorrinhos para constatar que, em 
suas alegres evoluções, encontram-se presentes todos os 
elementos essenciais do jogo humano. Convidam-se uns 
aos outros para brincar mediante certo ritual de atitudes 
e gestos. Respeitam a regra que os proíbe morderem, ou 
pelo menos com violência, a orelha do próximo. Fingem ficar 
zangados e, o que é mais importante, eles, em tudo isto, 
experimentam evidentemente imenso prazer e divertimento. 
Essas brincadeiras dos cachorrinhos constituem apenas 
uma das formas mais simples de jogo entre os animais. 
Existem outras formas muito mais complexas, verdadeiras 
competições, belas representações destinadas a um público.
HUIZINGA, J. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 1999. p. 3.
O autor do texto acima considera o jogo um fato mais antigo 
que a cultura porque
 os animais foram os primeiros produtores culturais, 
propiciando aos homens desenvolverem seus jogos.
 a existência do jogo é anterior ao surgimento da 
sociedade humana e suas atividades lúdicas. 
 uma das formas de representação de maior complexidade 
destinadas a um público é o jogo, em qualquer das suas 
modalidades.
 a sociedade humana, ao contrário dos preexistentes 
animais, não costuma respeitar as regras fixadas nos 
jogos. 
 a ideia original do jogo, embora surgida a partir de 
manifestações dos animais, sofreu expressivas mudanças 
sob a ótica humana.
QUESTÃO 28
Texto I
[...]
Esta noite eu ousei mais atrevido,
nas telhas que estalavam nos meus passos,
 ir espiar seu venturoso sono,
vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! Que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!... 
Quase caí na rua desmaiado! [...]
É ela! É ela! É ela! É ela!, Álvares de Azevedo.
Texto II
ANGELI. Folha de S. Paulo, 25 abr. 1993. 
Disponível em: http://poemasemetaforas.blogspot.com.br/2014/02/.
Os dois textos são exemplificativos de diferentes gêneros 
textuais, mas têm, como característica que os aproxima,
 a desconstrução irônica dos ideais românticos.
 a prevalência dos aspectos emotivos sobre os racionais.
 a ótica idealizada da figura feminina por parte do homem. 
 a demonstração das posturas intimistas da mulher.
 a afirmação de posturas de preocupação e solidariedade.
QUESTÃO 29
Disponível em: http://politicanoticias.blogspot.com.br/2011/07/charge-cesar-3007.html.
A palavra “charge” é utilizada para designar um gênero textual 
em que as linguagens verbal e não verbal interagem para 
satirizar um fato ou uma pessoa. O vocábulo tem origem 
francesa (significa “carga”) e remete a um aspecto característico 
do gênero: o exagero.
Na charge acima, o autor se vale do recurso da ironia para 
criticar, primordialmente, um aspecto da realidade certamente 
de conhecimento dos leitores destinatários, ou seja,
 os maus tratos dispensados por algumas pessoas às 
tartarugas.
 as chamadas “fake news”, informações falsas ou 
fantasiosas.
 a insistência na prática do tabagismo, por parte de 
fumantes renitentes.
 a excessiva demora das autoridades na execução de 
obra de interesse público.
 a maior capacidade de reflexão por parte dos animais, 
em relação aos homens.
QUESTÃO 30
[...]
Uma senhora de meia-idade explica: desde que li um livro de 
poemas que achei muito ruins nunca mais li poesia. Questiono 
sua explicação: se a senhora fosse ao cinema e visse um filme 
péssimo desistiria definitivamente de ver filmes?
Uma arte só pode ser avaliada com base nas suas melhores 
realizações.
A má vontade em relação à poesia tem causas múltiplas e 
acaba produzindo efeitos culturalmente lamentáveis. Premidos 
pela pressa permanente em que se movem, os leitores 
contemporâneos se desinteressam das leituras que exigem 
maior investimento de tempo. Querem resultados rápidos. 
A paciência não é, entre nós, uma qualidade muito difundida.
A assimilação fica prejudicada. Há experiências subjetivas, 
que envolvem sentimentos, medos, esperanças, imagens, 
fantasias e intuições que só a poesia pode expressar.
Nos poemas, posso comparar meu modo de sentir com o 
dos outros. Posso perceber o que nos assemelha e o que nos 
distingue: o que é mais universal e o que é mais singular em 
mim.
Para desempenhar esse papel, a poesia precisa se 
empenhar em um rigoroso exercício como linguagem: precisa 
se depurar, mobilizar todo o seu arsenal de metáforas, todo o 
seu poder de alusões e conotações, toda a sua capacidade de 
viabilizar invenções e inovações.
Se compararmos a autodisciplina da linguagem poética 
com a banalização do idioma, com o empobrecimento da 
comunicação cotidiana, com a deterioração da forma na maioria 
das falas que a gente ouve nas conversas, ou com os cacoetes 
dos modismos na TV, perceberemos imediatamente como são 
graves as perdas decorrentes da má vontade contra a linguagem 
poética.
Seria maravilhoso se nós conseguíssemos fazer algo pela 
revalorização da poesia.
KONDER, Leandro. Pela revalorização da poesia. Jornal do Brasil, 7 jun. 2003. 
Caderno B. 
Com relação à intencionalidade discursiva do texto, pode-se 
inferir que o autor pretende, primordialmente,
 responsabilizar o nosso tempo pela banalização da 
língua.
 apontar possíveis razões para o desprestígio da 
linguagem poética.
 mostrar a importância da poesia para viabilizar o 
autoconhecimento do indivíduo.
 restaurar, pela linguagem da poesia, o homem como ser 
social.
 responsabilizar as pessoas impacientes pelo descrédito 
da poesia nos dias atuais.
QUESTÃO 31
O sistema verbal português marca a 1a pessoa do singular 
do presente do indicativo com o morfema -o: eu canto, vendo, 
parto.
Crianças e adultos que usam incorretamente a formaverbal 
seio (por sei) são levados a fazê-lo por força do sistema, mas 
desconhecem a norma.
O sistema do português conta, além de outros, com o sufixo 
-ção, para formar substantivos, geralmente denotadores de ação, 
oriundos de verbos: coroar > coroação; colocar > colocação.
Todavia, a norma prefere casamento a casação, livramento 
a livração, tomada a tomação ou tomamento, etc. Outras vezes, 
a norma agasalha ambas as formas possibilitadas pelo sistema.
[...]
O falante domina o sistema de uma língua quando está em 
condições de criar nela. Relativamente à norma, o seu domínio 
é muito mais complexo e exige do falante uma aprendizagem 
por toda a vida.
[...]
O distanciamento entre sistema e norma de realização se 
manifesta quando a “novidade” criada à luz do sistema inexiste 
na norma, na tradição já realizada e, por isso mesmo, não se 
encontra registrada nos dicionários e nas gramáticas.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2009. p. 43.
A distinção entre norma e sistema, apresentada no fragmento 
acima, permite o reconhecimento de que
 o sistema contém tudo o que na língua é tradicional, 
comum e constante.
 o rigorismo sintático da “ordem direta” é exemplo de 
princípio firmado pelo sistema.
 apenas a norma confere ao falante condições de 
criatividade na língua.
 os neologismos exemplificam as potencialidades 
permitidas pelo sistema. 
 os dicionários e as gramáticas são instrumentos 
garantidores do sistema.
QUESTÃO 32
Lundu do escritor difícil
Eu sou um escritor difícil 
Que a muita gente enquizila, 
Porém essa culpa é fácil 
De se acabar duma vez: 
É só tirar a cortina 
Que entra luz nesta escurez. 
Cortina de brim caipora, 
Com teia caranguejeira 
E enfeite ruim de caipira, 
Fale fala brasileira 
Que você enxerga bonito 
Tanta luz nesta capoeira 
Tal-e-qual numa gupiara. 
Misturo tudo num saco, 
Mas gaúcho maranhense 
Que para no Mato Grosso, 
Bate este angu de caroço 
Ver sopa de caruru; 
A vida é mesmo um buraco, 
Bobo é quem não é tatu!
[...] 
Virtude de urubutinga 
De enxergar tudo de longe! 
Não carece vestir tanga 
Pra penetrar meu caçanje! 
Você sabe o francês “singe” 
Mas não sabe o que é guariba? 
– Pois é macaco, seu mano, 
Que só sabe o que é da estranja.
Mário de Andrade
Mário de Andrade foi autor do primeiro momento do 
Modernismo brasileiro, a chamada “fase heroica”, na 
qual o nosso processo cultural foi passado a limpo. 
No caso do poema anterior, o eu poético apresenta, na 
estrofe final, uma visão crítica voltada para 
 a quantidade de termos indígenas remanescentes no 
português falado no Brasil.
 o desconhecimento, por parte dos brasileiros, do vocabulário 
usualmente utilizado na oralidade do discurso.
 a falta do sentimento nacionalista predominante nas 
produções literárias brasileiras.
 o falar das classes socialmente mais elevadas, repleto 
de desvios em relação à língua-padrão.
 a utilização dispensável de termos estrangeiros, em 
detrimento dos nacionais, no falar de alguns brasileiros. 
QUESTÃO 33
A ascensão da internet nos fornece uma degustação do 
que está por vir. O ciberespaço hoje é crucial em nossa vida 
cotidiana, em nossa economia, em nossa segurança. Porém, 
as escolhas críticas entre projetos alternativos da web não 
foram feitas por meio de um processo político democrático, 
embora envolvessem questões políticas tradicionais, como 
soberania, fronteiras, privacidade e segurança. Você alguma 
vez deu seu voto quanto ao formato do ciberespaço? 
Decisões tomadas por projetistas da web longe das luzes 
do palco indicam que, na atualidade, a internet é uma 
zona livre e sem lei que desgasta a soberania do Estado, 
ignora fronteiras, elimina a privacidade e representa o mais 
formidável risco à segurança global. Não obstante, uma 
década atrás, isso quase não fosse captado nos radares, no 
presente já se ouvem previsões histéricas de um eminente 
11 de Setembro cibernético.
HARARI, Yuval Noah. Homo Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. p. 377.
A apreciação que se faz no texto acima sobre a internet 
envolve aspectos voltados para o passado, para o presente 
e para o futuro. Nesse sentido, o autor
 questiona a falta de contribuição cidadã nos projetos 
que, no passado, envolveram a introdução da internet 
em nosso cotidiano.
 afirma a penetração crescente da internet no dia a 
dia das pessoas, como consequência da omissão das 
autoridades do Estado.
 defende a necessidade de proceder-se, no presente, 
a uma revisão das decisões anteriores tomadas por 
projetistas da web.
 aponta para a perspectiva futura de uma reavaliação 
crítica da presença da web no cotidiano das pessoas.
 apresenta, a despeito das observações críticas sobre o 
passado e o presente da internet, uma expectativa de 
melhorias futuras.
QUESTÃO 34
Texto I
Com alta inteligência emocional, você pode ter sucesso 
em muitas áreas da sua vida. Seus relacionamentos 
próximos podem se beneficiar da sua capacidade de ler os 
sentimentos das pessoas, regular suas próprias emoções 
(especialmente raiva) e entender o que você está sentindo 
e por quê. [...]
A inteligência emocional está cada vez mais sendo 
abordada e exigida nas salas de reuniões corporativas, 
onde está se tornando a última palavra-chave de liderança. 
Os psicólogos organizacionais estão descobrindo que 
os líderes devem ter a capacidade de compreender as 
interações sociais e resolver os complexos problemas 
sociais que surgem no decorrer da vida do escritório. 
Da resolução de disputas à negociação de projetos de alto 
impacto, os líderes empresariais precisam ser capazes de 
ler os sinais uns dos outros, além de entender seus próprios 
pontos fortes e fracos.
Disponível em: www.vittude.com/blog/inteligencia-emocional-desbloqueie-seu-genio-
emocional/.
Texto II
A relação das habilidades socioemocionais com o 
mercado de trabalho é gigante. Na escola, é muito comum 
ter casos de alunos que tiram nota 10 em tudo, mas não 
conseguem se relacionar, ser perseverantes ou mesmo 
fazer uma apresentação, falar em público, ter pensamento 
crítico e aceitar outras opiniões. Porém, as qualidades que 
estão sendo e serão cada vez mais valorizadas no mercado 
de trabalho são justamente essas, você “sair da caixa”, ter 
autoconhecimento, saber liderar uma equipe, fazer boas 
apresentações, comunicar-se. Nós não temos a menor 
ideia dos empregos que existirão no futuro desse mundo 
em constante transformação. O que sabemos é que essas 
competências são cada vez mais valorizadas. Foi feita uma 
pesquisa há pouco tempo, pela FGV, que mostra que as 
competências socioemocionais são as mais valorizadas 
no mercado de trabalho. Afinal, não adianta você ter um 
currículo excepcional e não conseguir passar numa dinâmica 
ou numa entrevista de emprego.
LO BIANCO, Caio. Visão Eleva.
Os dois fragmentos transcritos tratam do mesmo tema e 
apresentam pontos de vista bem semelhantes. O aspecto 
que, de forma mais evidente, aproxima esses textos envolve
 a possibilidade de, pela inteligência emocional, melhor 
compreender os sentimentos alheios.
 as perspectivas que o aprimoramento das habilidades 
socioemocionais apresentam no ambiente laboral.
 o controle de sentimentos negativos, prejudiciais ao 
relacionamento interpessoal e a atividades de liderança.
 o universo empregatício em franca ascensão, com 
as profissões de hoje antenadas com as habilidades 
socioemocionais.
 a inteligência emocional como instrumento capaz 
de resolver os evidentes problemas sociais que se 
vislumbram no futuro.
QUESTÃO 35
Ai deu sodade
Marido se alevanta 
E vai armá um mundé 
Prá pegá u’a paca gorda 
Prá nóis cumê um sarapaté
Aruera é pau pesado 
Num é minha véa 
Cai e machuca meu pé 
E ai d’eu sodade
Intonce marido 
Se alevanta 
E va na casa da tua vó 
Buscá a ispingarda dela
Pro cê caçá 
Um mocó
Só que no lajedo tem cobra braba 
Num é minha véa 
Me morde e fica pió 
E ai d’eu sodade
[...]
Geraldo Azevedo
O compositor pernambucanoGeraldo Azevedo, nesse 
trecho da letra de uma de suas composições, utiliza-se de 
linguagem
 reprovável, porque contrária ao uso padrão requerido 
pela norma gramatical.
 questionável, porque inadequada ao gênero textual em 
que se efetiva.
 aceitável, se considerados aspectos de caráter social e 
regional. 
 irreal, já que não corresponde a qualquer variante 
linguística reconhecida.
 pouco coerente com a situação contextual que o artista 
pretende retratar.
QUESTÃO 36
Ode triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
[...]
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-
 [-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me 
 [passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
[...]
Álvaro de Campos, 1914. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
jp000011.pdf.
Vocabulário
espasmo: contração muscular violenta.
passento: permeável
Álvaro de Campos foi um dos heterônimos de Fernando 
Pessoa, e o fragmento anterior reflete uma faceta futurista 
que sua poesia assumiu em determinado momento.
Pode-se identificar, nesses versos, por parte do eu poético,
 uma crítica ácida à exaltação da modernidade, do 
progresso, da técnica e dos seus excessos.
 uma construção irônica, a partir do próprio título, uma 
vez que “ode” é palavra de origem grega que remete à 
ideia de um cântico laudatório.
 o entusiasmo com os aspectos do progresso então 
percebidos: engrenagens, técnicas, máquinas. 
 a contradição entre o mundo que observa, marcado 
por dinamismo, e sua própria postura, tendente à 
acomodação.
 a insatisfação pela presença do automóvel como símbolo 
do consumismo e do poder das elites burguesas.
QUESTÃO 37
Na prática educativa profissional, é comum presenciarmos 
um processo de exclusão que os alunos vêm enfrentando 
na escola e na sociedade. Há a classificação entre dois 
grandes grupos: o grupo daqueles que aprendem e, portanto, 
são considerados inteligentes, e o grupo daqueles que não 
aprendem e, por conseguinte, são considerados e rotulados 
como incapazes. Podemos perceber, subjacentes a esse olhar, 
algumas concepções a respeito do que é ser inteligente, as 
quais acabam influenciando professores, pais e a comunidade 
profissional, padronizando indivíduos, excluindo outros do 
processo produtivo e da ascensão social. Aqui estamos levando 
em consideração os termos “exclusão/inclusão” de forma mais 
ampla do que se tem utilizado atualmente, pois hoje se fala 
sobre educação inclusiva com a ideia de incluir deficientes 
(portadores de necessidades educacionais especiais), sejam 
eles auditivos, visuais ou mentais, ou ainda minorias na escola 
regular. O conceito de inclusão utilizado aqui é mais amplo, 
principalmente na aula de Educação Física por alunos que não 
apresentam as habilidades que a escola atual julga necessárias 
para que demonstrem sua inteligência.
MANHÃES, Fernanda Castro. A estimulação da inteligência corporal cinestésica no 
desenvolvimento psicomotor na prática da Educação Física escolar. 
Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp129056.pdf.
Esse é um trecho de trabalho acadêmico desenvolvido no 
Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual do 
Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Uenf.
No fragmento, a autora
 retoma integralmente os conceitos de exclusão/
inclusão que remetem aos portadores de necessidades 
educacionais especiais.
 defende a vinculação direta entre os valores relativos à 
inteligência, ao aprendizado e à capacidade dos alunos.
 questiona concepções vigentes tendentes a ensejar 
uma ótica de padronização dos indivíduos, a partir do 
conceito de inteligência. 
 apresenta abordagem restrita às atividades de 
Educação Física, que servem de exemplo modelar à 
tese que elabora.
 considera pouco relevante a inteligência dos alunos, 
privilegiando outras qualidades que os levam à ascensão 
social.
QUESTÃO 38
Disponível em: http://reda-umquestodeestilo.blogspot.com.br/2013/04/.
A fala do personagem na ilustração acima, considerado o 
conceito de variedade linguística, pode ser interpretada como
 manifestação em defesa do purismo preconizado pela 
norma culta da língua, sustentada por regras gramaticais.
 expressão de um preconceito linguístico, pelo não 
reconhecimento de fatores de diversidade na língua. 
 politicamente incorreta, mas logicamente adequada, por 
vincular a linguagem do falante a sua credibilidade.
 postura coerente com a crítica que se faz às deficiências 
no âmbito do processo educacional vigente.
 correta, porque é sabido que deficiências de linguagem 
levam, necessariamente, a problemas de caráter.
QUESTÃO 39
Loja de brinquedos Toys“R”Us fecha as 
portas nos EUA
A loja de brinquedos Toys“R”Us liquidará suas 735 unidades 
nos Estados Unidos, anunciando o fim de um pilar dessa 
indústria, mergulhada em problemas financeiros – de acordo 
com um comunicado divulgado nesta quinta-feira (15).
O grupo, que ficou conhecido nos anos de 1980 e 1990 
com suas enormes lojas de brinquedos, não conseguiu pagar 
sua dívida nem encontrar um comprador.
[...]
A Toys“R”Us tem sua base em Wayne, no estado de Nova 
Jersey (leste), e seu quadro de funcionários nos Estados Unidos 
representa mais da metade das 65 mil pessoas que emprega 
no total. A empresa disse que vai detalhar em breve o projeto de 
liquidação de suas lojas americanas e o fim de suas atividades.
[...]
O surgimento de gigantes das vendas na internet, como 
Amazon, teve um forte impacto nos tradicionais líderes do 
setor de brinquedos, como Toys“R”Us. “A indústria mundial 
de brinquedos perdeu a batalha para manter a atenção das 
crianças, obcecada por telefones e tablets”, escreveu o New 
York Times.
O que começou com uma loja de mobília infantil fundada 
em 1948 por Charles Lazarus, tornou-se uma cadeia de lojas de 
brinquedos, reconhecível por seu mascote, uma girafa. A partir 
da década de 1980, o grupo começou a se diversificar com a 
criação das marcas de roupas Kids“R”Us e Babies“R”Us (1996) 
e depois abriu lojas no exterior, a primeira delas no Canadá.
[...]
Em 2016, a Toys“R”Us representou 13,6% do mercado de 
brinquedos dos Estados Unidos, contra 29,4% para o Walmart, 
16,3% para a Amazon e 13,9% para a GameStop, de acordo 
com o instituto de pesquisa de mercado IBISWorld.
Disponível em: www.istoedinheiro.com.br/loja-de-brinquedos-toys-r-us-fecha-as-portas-
nos-eua/. Acesso em: 15 mar. 2018.
O anunciado fechamento das lojas da Toys“R”Us, uma 
consagrada cadeia voltada para a venda de brinquedos 
e que alcançou grande prestígio nas últimas décadas do 
século passado, é evento que, a julgar por elementos do 
texto, tem como uma de suas prováveis causas
 a ausência de um mercado capaz de justificar o 
gigantismo que notabilizou a cadeia.
 um expressivo processo de mudança de foco por parte 
das crianças, cada vez mais voltadas para tablets e 
celulares.
 a diversificação promovida a partir dos anos de 1980, 
envolvendo novos nichos e negócios no exterior.
 problemas de gestão ineficiente, envolvendo, inclusive, 
pesquisas de mercado que não retratavam a realidade.
 a crescente elevação dos preços dos brinquedos 
atuais, se confrontados com outros gêneros de primeira 
necessidade.
QUESTÃO 40
No corpo
De que vale tentar reconstruir com palavras 
O que o verão levou 
Entre nuvens e risos 
Junto com o jornal velhopelos ares
O sonho na boca, o incêndio na cama, 
o apelo da noite 
Agora são apenas esta 
contração (este clarão) 
do maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente.
GULLAR, Ferreira. Antologia poética, 1977.
As funções da linguagem identificam-se em um texto em 
função do seu direcionamento voltado para um ou mais 
elementos que compõem a comunicação.
No caso do poema, a despeito da eventual presença de 
mais de uma função, o verso final constitui, basicamente, 
uma afirmação de natureza
 referencial, pois o eu poético pretende informar ao leitor 
o seu conceito estético.
 fática, pois o verso, de natureza restritiva, identifica 
dificuldades na comunicação.
 metalinguística, pois o eu lírico, nesse elemento poético, 
fala sobre a própria poesia.
 emotiva, pois o poeta externa seus sentimentos e 
emoções diante do fazer poético.
 conativa, pois o objetivo do autor é convencer um 
interlocutor sobre a sua concepção poética.
QUESTÃO 41
Poema de circunstância
Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O Arranha-Céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros, nos
 [tiranossauros,
Que mais sei eu...
Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles, os
 [arranha-céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas,
Só vemos o céu, estreitamente,
através de suas gargantas ressecadas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?
Defronte 
À janela onde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
Sim, uma grande árvore...
Enquanto há verde,
Pastai, pastai, olhos meus...
Uma grande árvore muito verde... Ah!
Todos os meus olhares são de adeus
Como o último olhar de um condenado!
Mário Quintana
Em seu protesto contra a destruição da natureza, o poeta 
mostra-se desesperançado sobre a reversibilidade do 
problema. A passagem em que ele deixa mais evidenciado 
esse sentimento é
 “Que mais sei eu...”.
 “Para que lhes serviu beberem tanta luz?”.
 “Todos os meus olhares são de adeus”.
 “Onde estão os meus verdes?”.
 “Enquanto há verde”.
QUESTÃO 42
O marketing de atração da internet × o 
marketing de interrupção na TV
Além de poder assistir ao que quiser, quando quiser, 
o internauta tem o poder de escolher entre interagir ou 
não com uma marca na internet. Por exemplo, ao acessar 
o YouTube com o intuito de assistir a seu vlog favorito, ele 
pode pular o anúncio inicial ou vê-lo até o fim, caso tenha 
interesse.
Desse modo, o marketing na internet é focado em 
despertar a atenção espontânea, em vez de “empurrar” 
a mensagem publicitária para o consumidor. Com isso, 
as campanhas atingem apenas as pessoas certas, ou seja, 
aquelas que possuem um interesse verdadeiro em conhecer 
mais sobre a marca ou o produto anunciado.
Em contrapartida, o marketing televisivo se embasa 
em interromper uma programação com propagandas sem 
qualquer consentimento do espectador. O resultado é que 
muitas pessoas mudam de canal, saem do ambiente para 
voltar depois ou até mesmo desligam a TV, recusando a 
“invasão” da publicidade em seu entretenimento.
Disponível em: www.labraro.com.br/blog/tv-x-internet-quem-ganha-em-audiencia/. Acesso 
em: 17 mar. 2018 (adaptado).
Ao tematizar as diferenças entre a TV e a internet, do ponto 
de vista dos interesses do marketing, o texto acima permite 
a conclusão de que
 o marketing televisivo tem formato nem sempre 
correspondente aos desejos do espectador, que revela 
seu desinteresse por meio de diferentes reações.
 tanto o marketing televisivo quanto o da internet são 
concebidos para permitir interrupções das mensagens 
por parte dos receptores. 
 o marketing televisivo revela preocupação primordial com 
a satisfação do espectador que busca entretenimento.
 o marketing da internet, permitindo ao internauta “pular” 
anúncios pelos quais não se interessa, acaba por 
prejudicar os anunciantes.
 a “atenção espontânea” a que se refere o segundo 
parágrafo se dá no marketing televisivo, quando o 
usuário manifesta sua insatisfação.
QUESTÃO 43
Considerações finais
O trabalho corporal é fundamental nos primeiros anos 
de vida. Por meio dele, a criança, desde bebê, inicia a sua 
comunicação com o meio. Durante as aulas/intervenções, 
investigamos como poderia ser realizado esse estudo 
de experiências corporais e de movimento de bebês na 
Educação Infantil, constatando a importância das atividades/
desafios durante esse processo. O certo é que o assunto 
deveria ser tratado com seriedade, dando atenção a essas 
crianças, que, embora tão pequeninas, são capazes de 
grandes atitudes, demonstrações, superações e gestos. 
Esse contexto parece ser simples; entretanto, é muito 
amplo e exige um olhar especial. Acreditamos que algumas 
reflexões e discussões acerca do assunto merecem uma 
atenção maior no sentido de desafiar as escolas a saírem 
do tradicional, a mudarem esse contexto, a contemplarem 
o trabalho corporal, os desafios, a observarem as 
manifestações dos bebês. Além disso, faz-se necessário 
analisar o trabalho do professor inserido nesse meio, 
o que pode ser mudado e o que tem sido feito para isso. 
É imprescindível que se pense e se elabore melhor os 
espaços, tornando-os adequados às intervenções, bem 
como os materiais que podem ser disponibilizados. Ademais, 
deve-se evitar oferecer apenas coisas prontas; isso implica 
elaborar atividades fora da rotina tradicional, compreender a 
intervenção/prática pedagógica do professor inserido nesse 
meio, que é o ponto de referência dos bebês.
SCHMITZ, Vanessa Bruxel; ISSE, Silvane Fensterseifer. As experiências corporais e de 
movimento de bebês na Educação Infantil. Caderno pedagógico, v. 13, n. 2, 2016. 
p. 19-27. ISSN 1983-0882 27.
Nas considerações finais anteriores, de estudo relativo a 
experiências corporais com bebês, é possível identificar
 a exigência de reflexão sobre a maior atenção com 
que deve ser tratado o assunto, sem, no entanto, 
o oferecimento de propostas nesse sentido.
 um tom de relativo descrédito quanto às possibilidades 
de o bebê revelar-se criativo.
 a constatação de que a complexidade do contexto 
estudado afasta-se da especificidade e da amplitude 
que o caracteriza.
 a necessidade de se transformarem espaços, disponibi-
lizarem-se materiais e atualizarem-se atividades que 
envolvam os bebês.
 a conveniência de análise permanente das atividades 
dos professores envolvidos, geralmente refratários ao 
tradicional.
QUESTÃO 44
O Fim de Semana em Família, evento organizado pelo 
Centro Itaú Cultural, tem atrações especiais para o fim de 
semana dos dias 22 e 23 de julho. Além do Cantinho da 
Leitura e da Feirinha de Troca, que já são recorrentes no 
evento, ele contará com a presença de Mariama Camara.
Mariama é dançarina, percussionista, cantora, 
coreógrafa e professora; nascida em Guiné, a artista vive 
no Brasil há nove anos. Ela terá a missão de ministrar a 
oficina de danças étnicas da Guiné e, logo após, apresentar 
o espetáculo “Langnifan África (A união dá a força)”.
O objetivo da oficina é inserir os participantes, crianças 
e adultos, na cultura africana. Assim, junto aos passos e 
à música, serão também apresentados os instrumentos 
típicos, como djembe, dunun, sangban, kenkeni. E, na última 
etapa da oficina, haverá uma pequena aula sobre a história 
e lendas dos povos na África do Oeste.
Já o espetáculo tem como objetivo proporcionar à plateia 
uma viagem pelo universo da cultura africana tradicional 
Sussu e promover uma troca de experiências culturais. 
A apresentação traz velhos provérbios do continente africano, 
como Tiriba, além de cerimônia para festejar a alegria entre 
os povos e Yankadi, dança de sedução para jovens homens 
e mulheres, por meio de cantos, ritmos e danças.
Maristela Rosa 
Disponível em: https://mundonegro.inf.br/oficina-de-dancas-tipicas-da-guine-acontece-
nesse-final-de-semana/. Acesso em: 17 mar. 2018.
Oficinas como a de que trata esse texto buscam permitir ao 
público expectador
 formular juízos de valor de cunho comparativo, 
confrontando manifestações culturais estrangeiras com 
as nacionais.

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