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Sistema Tegumentar: Pele e Hanseníase

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SISTEMA TEGUMENTAR
UNIDADE 3 – TODAS AS PELES SÃO IGUAIS?
Aline Alves de Lima Silva e Vivian Alessandra Silva
- -2
Introdução
A pele é um órgão complexo que forma a primeira barreira de proteção do organismo contra agentes externos,
físicos ou biológicos. Sabe que, além desta função de proteção e revestimento, a pele também é uma vitrine do
que se passa no interior do corpo e da mente? Aliás, você sabia que as variações anatômicas de coloração, textura
e formato contam muito da nossa carga genética, idade e dos nossos hábitos? Mostramos ao mundo, por meio da
nossa pele, se estamos envergonhados, assustados, zangados ou felizes; se gostamos de ficar ao sol ou se
preferimos ambientes internos.
Não é à toa que há milênios adquirimos o hábito de pintar a pele. Com a pintura — e também com os adornos —,
damos a conhecer nosso estado de espírito e nossa personalidade ou, pelo menos, aquilo que desejamos que seja
conhecido. No entanto, como isso é possível?
Nesse contexto, ao longo desta unidade, abordaremos como captamos estímulos do ambiente por meio da pele,
os tipos de peles, bem como algumas eventuais alterações que ocorrem nos tecidos cutâneos, como desregulação
na pigmentação, vascularização e na atividade dos anexos epidérmicos.
Em adição, entraremos um pouco no mundo dos princípios ativos e dos principais procedimentos utilizados
atualmente para os cuidados estéticos, fazendo um paralelo com os tipos de peles e destacando as indicações
consensuais na área para obter equilíbrio entre os cuidados estéticos e a saúde do tecido cutâneo.
Vamos aos estudos? Acompanhe!
3.1 Inervação cutânea e hanseníase
A pele é ricamente inervada e possui uma variedade de receptores sensoriais, responsáveis por captarem as
informações do ambiente e sinalizarem ao sistema nervoso como ajustar nossos comportamentos em função das
alterações ambientais.
Os receptores sensoriais presentes na pele são os receptores encapsulados e as terminações nervosas livres que
captam informações de tato, dor, temperatura, pressão e sensibilidade vibratória. Podem estar situados na
epiderme, na derme e junto aos folículos pilosos e glândulas. As terminações nervosas livres captam,
principalmente, a sensação dolorosa. Os receptores encapsulados apresentam uma cápsula de tecido conjuntivo
ao seu redor. Clique para conhecê-los.
• Corpúsculo de Vater-Pacini
Situado na derme, na palma da mão e na planta do pé. Capta sensações táteis e vibratórias.
• Corpúsculo de Meissner
Situado na derme, na palma da mão e na planta do pé. Capta sensações táteis.
• Corpúsculo de Krause
Situado na região de pele glabra, como lábios e genitais. Capta sensações de temperatura.
• Corpúsculo de Ruffini
Situado na região do folículo piloso. Capta sensações de temperatura.
• Discos de Merkel
Também conhecido como corpúsculo de Merkel, está situado nas digitais. Capta sensações de tato e
pressão.
Uma das doenças que afeta o funcionamento dos receptores sensoriais da pele é a . Amplamentehanseníase
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Uma das doenças que afeta o funcionamento dos receptores sensoriais da pele é a . Amplamentehanseníase
conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma doença de alto valor histórico e científico para a
classe das doenças de pele e para a medicina em geral. Seu desenvolvimento está associado às camadas menos
abastadas da sociedade, onde há excesso de pessoas por moradia — o que facilita a transmissão do bacilo —,
associada com uma nutrição pobre, o que torna o sistema de defesa do hospedeiro menos eficaz. Além disso, o
acesso aos serviços de saúde por essa parcela populacional é, em considerável parte, difícil e, às vezes, nulo
(WHO, 2018).
Todos esses fatores fazem com que a hanseníase seja uma das doenças mais negligenciadas. Uma das medidas
para sua contenção prevê a notificação compulsória em escala global (WHO, 2018).
Estigmatizada por anos a fio, hoje, a hanseníase é vista como um importante problema de saúde pública. Há o
envolvimento de agências, instituições e organizações nacionais e internacionais para o alcance de um mundo
sem hanseníase.
3.1.1 Hanseníase: sinais e sintomas
Relatos da presença de hanseníase são identificados desde as sociedades mais antigas, há mais de dois mil anos.
Tais relatos registram a precariedade dos conhecimentos médicos e dos recursos terapêuticos da época.
Graças à Armauer Hansen, sabemos que a doença é causada pelo bacilo do Mycobacterium Leprae. A transmissão
ocorre pelas vias aéreas. 
A hanseníase acomete, especialmente, os tecidos cutâneos e nervos periféricos. Ocorre perda da sensibilidade
cutânea, sendo que, com a evolução da doença, os nervos ligados aos receptores também degeneram, levando à
atrofia muscular.
As formas clínicas da doença variam de acordo com a qualidade do sistema imunológico do hospedeiro. Elas
podem ser divididas em indeterminada, tuberculoide, borderline e virchowiana. Clique nas abas, para conhecer.
Forma indeterminada (HI)
É o estágio inicial da doença, característico de lesão única com cor mais clara que o resto da pele. Tem aspecto
macular hipocrômico. Boa parte dos pacientes apresenta cura espontânea.
Forma tuberculoide (HT)
As lesões se tornam mais definidas, com bordas papulosas. Geralmente continuam como lesões únicas ou
evoluem para um número pequeno de lesões (OBADIA; VERARDINO; ALVES, 2011). Diferentemente do estágio
inicial, aqui os pacientes tendem a sentir dor e atrofia dos músculos próximos à lesão.
Forma borderline
Há maior número de lesões, formando manchas, com lesão extensa dos nervos.
Forma virchowiana (HV) ou pepromatosa
As lesões evoluem de tamanho e quantidade. Também se observa o padrão de lesões pouco delimitadas, perda
VOCÊ O CONHECE?
O médico bacteriologista norueguês Armauer Hansen identificou o bacilo Mycobacterium
 em 1873, por meio de métodos pouco aceitáveis até para a época do acontecimento:Leprae
inoculou pacientes e enfermeiros do leprosário onde trabalhava. Ainda assim, Hansen
desmistificou a doença que carrega seu sobrenome (SANTOS; FARIA; MENEZES, 2008).
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As lesões evoluem de tamanho e quantidade. Também se observa o padrão de lesões pouco delimitadas, perda
acentuada de sensibilidade e importante atrofia muscular. É comum em pacientes com deficiência nas respostas
imunológicas de base, de modo a permitir lesões bastante proeminentes, com a presença de verrucosidades.
Além disso, há lesões nodulares e endurecidas (eritema nodoso hansênico) (OBADIA; VERARDINO; ALVES,
2011). 
Confira na imagem abaixo, fotografias de pacientes com lesões de hanseníase.
Figura 1 - Fotografias de pacientes com lesões de hanseníase indeterminada (A), tuberculoide (B), borderline (C) 
e virchowiana (D)
Fonte: LASTÓRIA; ABREU, 2014, p. 210-211.
Nos casos mais graves da hanseníase, pode ocorrer a reação hansênica, em que há acentuação de dor, picos dos
níveis de temperatura e inflamação generalizada.
É comum observar reações hansênicas em períodos de oscilação hormonal, a exemplo do período gestacional e
de situações estressoras. Embora não se saiba o motivo, são episódios relativamente frequentes. 
O mundial de casos é liderado pela Índia e seguido pelo Brasil, com aproximadamente 12% doshanking
pacientes hansênicos, de acordo com estimativas de 2015 (SANTOS; FARIA; MENEZES, 2008; WHO, 2018).
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pacientes hansênicos, de acordo com estimativas de 2015 (SANTOS; FARIA; MENEZES, 2008; WHO, 2018).
3.1.2 Prevenção e tratamento da hanseníase
A principal ação profilática para hanseníase é a administração da vacina BCG ( Bacillus Calmette-Guérin) logo
após ao nascimento, exceto em recém-nascidos imunossuprimidos (LASTÓRIA; ABREU, 2014). 
Em adição à vacina, o acesso ao saneamento básico e à assiduidade higiênica são importantes para a prevenção,
além do tratamento nos estágios iniciais da doença, evitando que alcance a fase de transmissão (LASTÓRIA;
ABREU, 2014).
Tratada a base de poliquimioterapia, o período de tratamento e os medicamentos utilizados variam de acordo
com as formas clínicas apresentadas pelopaciente . O tratamento medicamentoso é(LASTÓRIA; ABREU, 2014)
feito com antibióticos e a atrofia muscular é tratada com fisioterapia.
Os locais de exílio de pessoas hansênicas se tornaram conhecidos como . Apesar de parecer algoleprosários
muito distante da nossa atual realidade, na verdade não é. Ainda é possível ouvir relatos de pessoas que viveram
esse momento histórico.
Muito mais que um acometimento físico, a hanseníase traz consigo o sofrimento e — ainda nos dias atuais — o
peso da segregação social. 
VOCÊ O CONHECE?
Albert León Charles Calmette e Jean Marie Camille Guérin foram os desenvolvedores da vacina
BCG, que, inicialmente, era utilizada para prevenção de tuberculose e, posteriormente, 
descobriu-se que o Mycobacterium Bovis — presente na vacina — é efetivo também contra
hanseníase (LASTÓRIA; ABREU, 2014).
VOCÊ QUER VER?
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2015, produziu o
documentário “Paredes Invisíveis – Região Nordeste”. O vídeo traz o tocante relato de pessoas
que vivem com hanseníase e experienciaram a triste realidade dos leprosários. Você pode
assistir ao vídeo em: .https://www.youtube.com/watch?v=dZxovz-6Vbs
https://www.youtube.com/watch?v=dZxovz-6Vbs
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Em vista da importância que a hanseníase tem para a saúde pública global, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) propôs uma estratégia para um projeto global, a fim de eliminar a hanseníase (WHO, 2018). Para tanto, o
projeto prevê o fortalecimento das alianças governamentais, o combate à doença e à sua transmissão. A
estratégia também prevê a disseminação em larga escala de informações sobre a doença para combater a
discriminação e promover a inclusão social de indivíduos hansênicos.
Com realização prevista entre 2016 e 2020, a estratégia da OMS tem mostrado resultados significativos e
pretende alcançar, em breve, as metas de contenção e erradicação da doença.
Agora que já conhecemos um pouco mais sobre a hanseníase e a inervação cutânea, vamos passar nossos
estudos para a pigmentação da pele.
3.2 Pigmentação cutânea
A coloração da pele é realizada por células específicas da epiderme. Tais células produzem pigmentos de
diferentes tons e em diferentes quantidades, de acordo com a etnia do indivíduo. Essa produção ser alterada pela
exposição à fatores ambientais.
Vamos compreender melhor como isso acontece? Acompanhe os itens a seguir para se aprofundar na temática!
3.2.1 Melanogênese
Uma das funções das células da pele é realizar a pigmentação cutânea. A pigmentação é conferida pelos
melanócitos, por meio das moléculas de melanina que os compõem. Observe a figura a seguir.
VOCÊ SABIA?
A hanseníase era associada à impureza da alma e aos pecados carnais. Os poucos
conhecimentos e a rigidez religiosa da época faziam com que os doentes fossem exilados da
sociedade. Os que permaneciam nas cidades eram obrigados a carregarem um sinalizador
sonoro para que ninguém se aproximasse deles (BRASIL, 2015).
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Figura 2 - Melanócitos na camada basal da epiderme e estrutura do melanócitos e os estágios na formação da 
melanina
Fonte: Designua, Shutterstock, 2019.
Os estão presentes na camada basal da epiderme e são mais numerosos nas regiões do corpo emmelanócitos
que há maior exposição a luz. Eles apresentam, estruturalmente, organelas citoplasmáticas. Entre elas, destacam-
se o retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi, que estão associados à síntese da melanina, assim
como os prolongamentos citoplasmáticos.
No interior dos melanócitos, temos os , que são grânulos citoplasmáticos formados a partir domelanossomos
complexo de Golgi e que contém melanina em vários estágios de formação (SEIBERG, 2001).
A , por sua vez, é uma proteína cuja coloração varia de marrom-amarelado até preto. A função damelanina
melanina é filtrar a luz ultravioleta.
Você sabia que não há diferença do número de melanócitos entre indivíduos negros e brancos? Todos
apresentam o mesmo número de melanócitos, sendo que o que muda entre as etnias é a quantidade e a
coloração da melanina produzida. Assim, quanto menos pigmentos, mais clara é a pele; e quanto mais pigmento,
mais escura.
Temos, ainda, a , que é o processo de síntese de melanina. Ela se inicia no complexo de Golgi amelanogênese
partir de um aminoácido chamado “tirosina”. A presença de cobre no tecido faz com que a enzima tirosinase
oxide, ou seja, ligue-se às moléculas de oxigênio, convertendo as moléculas de tirosina em 3,4-
diidroxifenilalanina, também conhecida como “DOPA”. Na sequência, essa molécula é convertida em DOPA-
quinona. Esta, por sua vez, pode ser convertida em duas substâncias: caso se ligue ao oxigênio, transforma-se em 
VOCÊ QUER LER?
Os melanócitos derivam da ectoderma, mais especificamente das células da crista neural.
Temos, aproximadamente, um melanócito para cada 40 queratinócitos. São células com alto
metabolismo, corpo arredondado e muitos prolongamentos, com aspecto dendrítico que,
literalmente, injetam a melanina no citoplasma dos queratinócitos. Para se aprofundar sobre o
funcionamento dos melanócitos e sua participação na determinação da coloração da pele,
sugerimos a leitura das páginas 500 a 504 do livro “Histologia: texto e atlas”, de Michael H.
Ross e Wojciech Pawlina, disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books
./9788527729888
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527729888
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527729888
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quinona. Esta, por sua vez, pode ser convertida em duas substâncias: caso se ligue ao oxigênio, transforma-se em 
; caso se ligue ao enxofre, transforma-se em (NICOLETTI , 2002). eumelanina feomelanina et al.
Veja a descrição desse processo na figura a seguir.
Figura 3 - Processo de melanogênese ocorrendo dentro de um melanócito
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018, p. 372.
Dessa forma, as moléculas são convertidas, passam do complexo de Golgi para os melanossomos e, por fim,
formam vesículas repletas de pigmentos de melanina. Os melanossomos podem conter os pigmentos eumelanina
e feomelanina. A proporção dos tipos de melanina é variável entre os indivíduos, de modo a formar os diversos
tons de pele que conhecemos. A quantidade de eumelanina e feomelanina é que vai, de fato, determinar a
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tons de pele que conhecemos. A quantidade de eumelanina e feomelanina é que vai, de fato, determinar a
pigmentação da pele.
Clique nas setas e aprenda mais sobre o tema. 
A confere uma tonalidade entre as cores preto e marrom, enquanto a está envolvidaeumelanina feomelanina
nas tonalidades entre vermelho e amarelo, que servirão de base para conferir a tonalidade das peles humanas
(NICOLETTI, ., 2002). et al
Assim como a proporção de eumelanina e feomelanina influenciam na coloração da pele, a localização desses
pigmentos também. Em indivíduos de tonalidades mais clara, por exemplo, conforme os queratinócitos são
empurrados para a camada córnea, os melanossomos vão se desgastando e se desintegram antes de chegar na
superfície. 
Já em indivíduos de tonalidade mais escura, os melanossomos chegam íntegros à camada córnea. Cientistas
acreditam, inclusive, que pode haver relação com o fato de que, nas peles mais escuras, há maior proporção de
eumelanina (NICOLETTI ., 2002).et al
A compreensão do processo de pigmentação nos auxilia a entender melhor o motivo de os indivíduos de pele
mais escura terem maior proteção à radiação solar que as peles mais claras: eles têm melanossomos íntegros em
sua camada córnea, ou seja, uma barreira física mais robusta.
Outro ponto relevante sobre essa relação entre melanócitos e radiação solar é a presença de radiação, que
estimula a produção de melanócitos. A presença de radiação do tipo UVB induz o organismo a aumentar a
síntese de melanina. Já o tipo UVA funciona como se houvesse mais eumelanina no tecido, ou seja, ele escurece os
componentes de melanina na pele. Com isto, temos a explicação de duas situações. 
A primeira delas é a justificativa quanto ao recebimento de 10 minutos diários de luz solar sem proteção,mas
vale lembrar isso é válido para o período anterior às 10 horas da manhã e somente por 10 minutos. Tal estímulo
serve para manter os melanócitos ativos, além de contribuir com a síntese de vitamina D.
A segunda situação é quanto à justificativa da duração do bronzeado adquirido nos dias de veraneio. Os raios
UVA conseguem aumentar a tonalidade da pele em alguns tons, mas, devido à renovação celular e redução na
síntese de melanina, as células mais pigmentadas vão se desprendendo do tecido e dando lugar às células com as
proporções natas de eumelanina e feomelanina. 
A seguir, temos um esquema ilustrado da ação solar sob os queratinócitos para demonstrar essa relação.
- -10
Figura 4 - Formação e distribuição de melanina na pele
Fonte: Barks, Shutterstock, 2019.
Além da ação dos raios solares, há outros interferentes da coloração cutânea que podem causar alterações de
pigmentação. Vamos conhecê-los com os itens a seguir.
3.2.2 Discromias
As discromias são manchas de pigmentação na pele. Elas podem ser do tipo leucodermias, quando surgem
manchas brancas por diminuição da quantidade de melanina (hipocromia) ou ausência de melanina (acromia).
Quando há aumento da quantidade, dizemos que o indivíduo apresenta uma hipercromia ou melanodermia.
O , por exemplo, é uma alteração genética que resulta em hipopigmentação da pele. Os indivíduos comalbinismo
tal condição apresentam ausência completa ou quase completa de melanina, fazendo com que a pele fique
branca, os cabelos brancos-amarelados e a íris rósea, levando à uma fotofobia acentuada.
VOCÊ SABIA?
O albinismo é a ausência ou pouca melanina nos tecidos. Embora o organismo tenha todos os
elementos necessários para a síntese de melanina, a tirosinase se encontra inativa ou ativa em
proporção expressivamente inferior ao necessário, resultando em mínima resistência à
radiação solar (KALAHROUDI .,2014).et al
- -11
Outras leucodermias congênitas são o piebaldismo, em que há presença de uma mecha de cabelos brancos; e os
nevos acrômicos, que se caracterizam por manchas brancas na pele presentes desde o nascimento. O termo
“nevo” quer dizer “mancha” ou “pinta”.
O vitiligo também é uma leucodermia, mas, diferentemente das citadas até o momento, não é congênita, mas
desenvolvida ao longo da vida. No vitiligo, ocorre despigmentação da pele por morte dos melanócitos. É mais
frequente nas mãos, nos dedos e nas regiões perioral e periorbotal. A doença afeta cerca de 1% da população e
apresenta um componente genético importante, mas também pode ser desencadeada por traumas físico ou
psíquico.
A despigmentação da pele também pode ser desenvolvida pelo envelhecimento, com o embranquecimento dos
pelos. Neste caso, há perda da função e redução do número de melanócitos.
No outro extremo estão as melanodermias ou hipercromias. Uma delas são as ou . Surgem naefélides sardas
infância após exposição solar, embora haja um fator hereditário importante. O portador das efélides deve fazer
fotoproteção constante e evitar a exposição solar. Os nevos do tipo lentigo (pintas) aparecem durante a vida toda
por exposição ao sol ou não e há aumento do número de melanócitos na região.
Já a causa hiperpigmentação da pele por ação cumulativa ao sol. As manchas são chamadas demelanose solar
“melasmas”. São mais frequentes entre os 30 e 40 anos de idade e atingem a face e o dorso das mãos. Estão
relacionadas à exposição ao sol e gravidez. Especula-se, ainda, que tenha correlação com condições hormonais,
especialmente com estrogênio e progesterona. As ações terapêuticas, assim como as preventivas, incluem uso
regular de fotoproteção. A avaliação médica baseada em cada caso pode incluir uso tópico de hidroquinona e
ácidos em concentrações e períodos variáveis (SILVA; CASTRO, 2010).
Do ponto de vista estético, os procedimentos disponíveis para o tratamento do melasma ainda geram alguma
insatisfação devido ao efeito dos procedimentos serem temporários. Intensa hidratação da área afetada, uso de
vitamina C para minimizar a oxidação do tecido e uso de ácido kójico — um despigmentador natural obtido a
base da fermentação de arroz por bactérias — são ótimas tentativas de tratamento estético para o melasma. Eles
visam ao mesmo objetivo: minimizar a produção de melanina pela tirosinase com métodos não agressivos.
VOCÊ QUER VER?
Não há dados exatos sobre o número de indivíduos portadores do albinismo no Brasil, mas
sabe-se que o número não é pequeno. A incidência de câncer de pele nestes pacientes é
aumentada e o departamento de dermatologia do Hospital Santa Casa de Misericórdia criou
um programa para prevenir e tratar o precocemente o câncer de pele nestes indivíduos e ainda
dar apoio emocional e social aos portadores de albinismo. Veja o emocionante filme sobre o
programa clicando no link https://www.youtube.com/watch?v=k_I6DVMG9HI&feature=youtu.
be.
https://www.youtube.com/watch?v=k_I6DVMG9HI&feature=youtu.be.
https://www.youtube.com/watch?v=k_I6DVMG9HI&feature=youtu.be.
https://www.youtube.com/watch?v=k_I6DVMG9HI&feature=youtu.be.
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Vale reforçar que a proteção solar como ação profilática e terapêutica é imprescindível para o quadro do
melasma, sendo igualmente importante para toda e qualquer desordem que acomete os tecidos cutâneos.
Outro interferente é a hiperpigmentação pela administração de drogas medicamentosas. Entre os mais comuns,
podemos citar: cloroquina, hidroxicloroquina e quinacrina, que são medicamentos antimaláricos. Há relatos que
tais remédios atribuem coloração enegrecida a alguns pacientes que fizeram uso deles. Acredita-se que isto
ocorra por deficiência de absorção do medicamento, deixando resíduo de seus ativos em algumas regiões do
corpo, como face e falanges distais.
Nota-se, ainda, um padrão semelhante ao uso dos antiarrítmicos quinidina, que resulta em coloração ictérica
difusa; e ao uso de amiodarona, que confere coloração acinzentada, também em padrão difuso. Frente a todas
essas drogas, há retorno à coloração normal após algum tempo da descontinuidade da administração, sem
qualquer prejuízo permanente ao paciente.
Como pudemos ver, quaisquer alterações estruturais na pele podem resultar em prejuízos não só para os tecidos
cutâneos, mas ao organismo como um todo. Assim, necessitam de tratamento e acompanhamento médico
especializado.
Vamos conhecer, agora, os tipos de peles?
3.3 Tipos de peles
Podemos classificar a pele de diferentes maneiras. De acordo com a produção de sebo ou com o fototipo são as
formas mais comumente conhecidas.
Na classificação quanto à produção de sebo, há quatro nomenclaturas bem estabelecidas que classificam os tipos
de peles: normal, oleosa, seca e mista. Tal classificação é estabelecida com base na avaliação do eixo oleosidade e
ressecamento.
Compreender o tipo de pele significa, também, entender como ela se comporta e quais cuidados específicos são
adequados. Este é o ponto de partida para uma pele saudável. Para tanto, a partir de agora, abordaremos os
quatros principais tipos de peles e ainda conheceremos os tipos acneico e maduro, que fazem parte de uma
análise mais ampla dos tipos e ciclos.
CASO
O desconhecimento do fator causal do melasma faz com que ainda não existam terapêuticas
específicas e plenamente efetivas. Com o intuito de chegar a terapias mais seguras, um grupo
de pesquisadores brasileiros avaliou a evolução de 30 pacientes por meio de de ácidopeeling
retinóico. Eles compararam o resultado de concentrações de 5% e 10% em quatro aplicações,
com 15 dias de intervalo entre uma sessão e outra (MAGALHÃES ., 2011).et al
Os resultados mostraram positiva evolução, com regressão expressiva da hiperpigmentação
cutânea, mas sem diferença estatística entre as concentrações aplicadas. Com isto, os autores
destacam que o uso de ácido retinóico é efetivo no tratamento do melasma, mas é preciso
acompanhar a evolução de cada paciente, pois há casos de efeito rebote. Assim, pode haver a
intensificação das máculas como resposta inflamatória de defesa ao desenvolvimento de
alguns procedimentos e ácidos em específico.Por isso, é crucial o acompanhamento de um
especialista competente (MAGALHÃES ., 2011).et al
- -13
3.3.1 Classificação da pele de acordo com a produção de sebo
Devemos lembrar que a pele é formada por tecidos vivos em constante renovação e que ela interage com outros
sistemas do corpo. Isto significa que, ao longo da vida, é altamente provável que a pele mude de classificação e
precise de cuidados diferenciados conforme momento e estilo de vida do indivíduo.
Clique nas setas e aprenda mais sobre o tema.
Conforme nos explicam Wanczinski, Barros e Ferracioli (2007), a ou eudérmica é aquela em que hápele normal
equilíbrio de oleosidade e ressecamento. Podemos dizer que é o ideal de cútis. Em vias gerais, a pele normal
precisa de poucos cuidados, como a limpeza com sabonete neutro, hidratantes sem óleo e uso de fator de
proteção solar.
A , por sua vez, como o nome já diz, é caracterizada pela alta atividade das glândulas sebáceas, depele oleosa
modo que há excessiva produção de sebo e alta atividade das glândulas sudoríparas, resultando em poros
dilatados (WANCZINSKI; BARROS; FERRACIOLI, 2007). O cuidado desse tipo de pele inclui limpeza mais severa,
preferencialmente com produtos que contenham ácido salicílico, uma vez que o excesso de sebo obstrui os
poros. Logo, ao desobstruí-los, os componentes do tecido serão reequilibrados, reduzindo a oleosidade.
Você recorda que a vasodilatação potencializa a ação dos elementos da pele? As pessoas com pele oleosa devem
evitar se submeter à água quente para não acentuar ainda mais a produção de sebo. Após a limpeza, é preciso
minimizar os poros. Para tanto, pode-se contar com tônicos adstringentes, preferencialmente sem álcool em sua
composição.
Além disso, engana-se quem acredita que peles oleosas não precisam de hidratação. Na verdade, uma coisa é a
hidratação, que está relacionada à água; e outra é a oleosidade, relacionada ao óleo. Cabe destacar, também, que
a hidratação cutânea funciona como um negativo: quanto mais hidratada, menos a pele produzfeedback
substâncias com essa finalidade, ou seja, menos sebo. Assim, deve-se utilizar diariamente hidratantes sem óleo
para hidratar a pele, sem obstruir os poros.
Outra causa frequente de obstrução dos poros é a deficiência de retirada das células mortas da camada córnea. O
sebo acaba impedindo que tais células se desprendam do tecido, por isso é importante que se faça uso de
esfoliantes, pelo menos uma vez por semana.
Assim como os passos de limpeza, tonificação e hidratação, a proteção solar é imprescindível para a pele oleosa.
É verdade que esse tipo de pele, em função do sebo robusto, possui maior proteção aos raios UVA e UVB, mas
não o suficiente a ponto de abrir mão do uso dos filtros de proteção solar.
Já a , por sua vez, tem deficiência de oleosidade natural e pode apresentar um aspecto áspero, compele seca
prurido e descamação acentuada da epiderme (WANCZINSKI; BARROS; FERRACIOLI, 2007). Se, por um lado, a
pele oleosa está mais propensa à acne; a pele seca tem maiores chances de adquirir infecções, já que o tecido está
potencialmente desprotegido.
A pele seca deve ser higienizada com menor frequência que os outros dois tipos de pele, sendo que os produtos
para limpeza devem ser livres de ácido salicílico e álcool, optando por sabonetes de pH neutro e,
preferencialmente, a base de óleos e glicerina. Os poros na pele seca já são minimizados, então, deve-se pular a
tonificação.
A hidratação é a etapa mais importante para a pele seca, devendo-se fazer uso de substâncias que evitem a
oxidação do tecido, como cremes à base de vitaminas E e C. A glicerina também é bastante indicada para esse
tipo de pele.
Temos, ainda, que, na pele seca, a perda dos componentes estruturais do tecido é alta, de modo a tornar as
marcas mais evidentes. Um auxiliador no processo corretor de linhas de expressão e rugas é o ácido hialurônico,
que se trata de um polímero presente no tecido conjuntivo e que, junto ao colágeno, promove elasticidade e
firmeza ao tecido cutâneo. Para finalizar os cuidados diários, o uso de proteção solar é imprescindível.
Quanto às indicações de sabonetes, a pele seca pode lançar mão dos produtos mais densos, com alta oleosidade,
pois auxiliam na formação de uma barreira protetora.
Uma condição bastante atrelada à pele seca é a questão do envelhecimento, uma vez que, com o passar dos anos,
a pele madura tende a se caracterizar como seca, evidenciando as marcas relativas à idade.
Outro tipo de pele é a , que, como sua nomenclatura já incita, é uma mescla da pele oleosa com a pelepele mista
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Outro tipo de pele é a , que, como sua nomenclatura já incita, é uma mescla da pele oleosa com a pelepele mista
seca. Conforme Wanczinski, Barros e Ferracioli (2007), na maioria dos casos, nota-se oleosidade na região da
zona T (testa, nariz e queixo) e as demais áreas do rosto são secas, incluindo os tecidos do corpo não
pertencentes à face.
Se manter o equilíbrio nas peles oleosa e seca já é desafiador, na pele mista o desafio é potencializado.
No mercado, há alguns produtos que se destinam a atender esse público com ativos capazes de se adaptarem e
reequilibrarem o tecido cutâneo. De modo geral, a limpeza e a hidratação devem ser feitas na face como um todo,
sendo que os produtos ideais costumam ter a consistência de gel e envolver camomila em sua composição.
A tonificação e a esfoliação podem ser realizadas apenas nas áreas mais oleosas. Já a proteção solar livre de óleos
é a mais indicada para evitar aumento da oleosidade nas regiões já com alto índice de óleo.
Na figura a seguir, podemos notar as diferenças entre as peles oleosas e secas.
Figura 5 - Diferenças entre as peles seca e oleosa
Fonte: Designua, Shutterstock, 2019.
A , na verdade, é um subtipo na classificação dos tipos de peles, pois pode tanto se referir a umapele sensível
pele seca sensível quanto a uma pele oleosa sensível. Tal condição não tem relação com a característica hídrica
ou sebácea da pele, mas, sim, com a baixa tolerância na presença de alguns ativos. Também é conhecida como
“pele reativa”, marcada por eritema e prurido (WANCZINSKI; BARROS; FERRACIOLI, 2007).
O que acontece com a pele sensível é similar a uma reação alérgica: uma irritação na epiderme que pode surgir a
qualquer momento da vida do indivíduo, sendo mais comum em peles secas e como reação a poluição, ácidos,
alta temperatura, radiação solar, entre outros fatores. Assim, é de extrema importância se atentar a qual
substância a epiderme está sensível para afastar o agente irritante.
Quanto aos cuidados, deve-se optar por produtos alergênicos para limpeza e hidratação, sabonete de pH neutro,
evitar banhos em alta temperatura, evitar esfoliação frequente e utilizar fator de proteção solar.
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Como dito, um mesmo indivíduo pode desenvolver todos os tipos de peles ao longo de sua vida, dependendo de
hábitos alimentares e condições hormonais. Por isso, os cuidados devem acompanhar cada fase de pele.
Independentemente da faixa etária e do tipo de pele, a quantidade ingerida de água é um dos determinantes para
a saúde da cútis. A água está presente na composição do manto hidrolipídico e tem alta relevância para a rigidez
dos tecidos cutâneos. Pense que as células são como esponjas: na ausência de água, elas murcham e se
desprendem, facilitando a entrada de microrganismos na pele. Inclusive, a falta de hidratação é o principal
agente causal das peles oleosa e seca.
Wanczinski, Barros e Ferracioli (2007) mencionam que é preciso observar a quantidade de ingestão diária de
água e, desta forma, poderá solucionar boa parte dos problemas de pele.
Além disso, há uma vasta quantidade de substâncias com princípios ativos no mercado que prometem hidratar,
clarear, regenerar e reestabelecer o equilíbrio e a saúde do tecido cutâneo, mas é importante lembrar que a
saúde vem de fora para dentro. Sendo assim, a pele e seus anexos são apenas um reflexo do que acontece em
todo o seu organismo. O cuidado é essencial!
3.3.2 Classificação quanto ao fototipo
A classificaçãoda pele de acordo com a resposta à exposição solar foi criada por Fitzpatrick, em 1975. Decorreu
da necessidade de se classificar pessoas com pele branca para selecionar as doses iniciais corretas de raios
ultravioleta A no tratamento para a psoríase (FITZPATRICK, 1988).
A classificação proposta leva em conta a experiência que o próprio indivíduo tem em relação a queimaduras
solares e bronzeamento, ajudando a identificar o risco de câncer de pele. Os pacientes devem ser questionados
sobre se queimarem facilmente no sol ou se tendem a se bronzearem. Além disso, solicita-se que o indivíduo
considere uma exposição solar inicial de cerca de 45 a 60 minutos (SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
A classificação inicial de Fitzpatrick tinha quatro níveis, mas, com o tempo, ela foi sendo aprimorada.
Atualmente, utilizam-se seis fototipos, conforme quadro a seguir.
VOCÊ SABIA?
Parabenos são potentes conservantes com ação fungicida e bactericida, muito utilizados nas
indústrias alimentícia e cosmética. Há fortes indícios de relação entre o desenvolvimento de
sensibilidade cutânea diante de tal composto, além de possível papel tumoral (ADYA;
INAMADAR; PALIT, 2013).
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Quadro 1 - Fototipos, segundo a classificação de Fitzpatrick
Fonte: Elaborado pelas autoras, baseado em SOUTOR; HORDINSKY, 2015.
Os fototipos I e II são do tipo de pele reativa ao sol. Fenotipicamente, são indivíduos de pele clara, com olhos
azuis ou castanhos, cabelos loiros ou ruivos e pele que queima e descama facilmente. As queimaduras solares
podem durar vários dias (FITZPATRICK, 1988).
Já os fototipos III e IV são indivíduos de pele clara que se bronzeiam pouco, precisam de várias exposições ao sol
para pegarem cor, mas não têm problemas sérios de queimaduras de sol (FITZPATRICK, 1988).
Por fim, os fototipos tipo V e VI rapidamente se bronzeiam e raramente se queimam (FITZPATRICK, 1988).
Os tipos de peles I e VI são mais fáceis de serem identificarem com base em uma curta entrevista pessoal.
Pessoas com tipos de peles intermediárias são menos claras em suas respostas e trazem mais dúvidas de
classificação (FITZPATRICK, 1988).
A sensibilidade ao sol também acompanha a classificação dos fototipos, sendo que o fototipo I apresenta extrema
sensibilidade e o fototipo VI pouca ou nenhuma sensibilidade ao sol.
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Outros questionamentos podem ser feitos para identificar o quanto o problema de pele impacta nos aspectos
social, de trabalho e pessoal. O Dermatology Life Quality Index é um questionário de 10 pontos que pode ser
usado para avaliar de forma mais precisa como está afetada a qualidade de vida do paciente (SOUTOR;
HORDINSKY, 2015).
A análise da pigmentação da pele pode ser realizada com a ajuda da lâmpada de Wood. Esta libera luz
ultravioleta de comprimento de onda longo e permite a observação de pigmentos fluorescentes e diferenças
sutis na cor dos pigmentos de melanina. A lâmpada de Wood auxilia a estimar a variação na tonalidade das
VAMOS PRATICAR?
Analisar a pele humana e o couro cabeludo é uma rotina que ocorre diariamente para os
profissionais de estética. Essa análise, muitas vezes, depende não somente do olho clínico do
profissional, mas, também, das percepções do próprio indivíduo. Por isso, para o profissional
de estética, a inspeção da pele vem sempre associada a uma detalhada anamnese (entrevista),
em que se extrai dos clientes informações preciosas sobre seus hábitos diários e o histórico
daquilo que os incomoda.
Sendo assim, nesta atividade, vamos exercitar a capacidade de aplicar o que foi aprendido na
prática profissional. Você deverá entrevistar duas pessoas e pedir para que elas classifiquem a
própria pele quanto ao fototipo. Tenha em mãos a tabela de fototipos de Fitzpatrick.
Pergunte aos seus entrevistados:
Compare as respostas dos entrevistados com a tabela de fototipos e os classifique. Mostre a
classificação para as pessoas e pergunte se eles concordam.
Depois, responda aos questionamentos: o fototipo que você utilizou para classificar cada um
dos entrevistados confere com a cor da pele deles? O fototipo encontrado combina com o grau
de sensibilidade da pele dos entrevistados? Qual recomendação de prevenção de doenças
cutâneas e envelhecimento você daria para cada um dos fototipos encontrados?
• quando se expõe ao sol, considerando aproximadamente 45 minutos de 
exposição, a pele fica queimada?
• quando se expõe ao sol, considerando aproximadamente 45 minutos de 
exposição, há bronzeamento?
•
•
VOCÊ QUER LER?
A inspeção da pele é uma das atividades rotineiras do profissional de estética. Ser capaz de
identificar variações anatômicas de anomalias é uma importante competência para que se
saiba qual é o momento certo de encaminhar o cliente ao médico dermatologista. Para se
aprofundar sobre a inspeção cutânea e os termos técnicos utilizados para descrever os
achados, sugerimos a leitura das páginas 28 a 34 da obra “Dermatologia de Fitzpatrick: atlas e
de Klaus Wolff, Richard A. Johnson e Arturo P. Saavedra, disponível em: texto”, 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580553154.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580553154
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sutis na cor dos pigmentos de melanina. A lâmpada de Wood auxilia a estimar a variação na tonalidade das
lesões em comparação com a pele normal, em indivíduos com pele clara ou escura.
Ela é de uso manual e deve ser utilizada em um quarto escuro, a uma distância de cerca de 10 centímetros da
pele. O paciente não deve olhar diretamente para a luz durante o exame (WOLFF; JOHNSON; SAAVEDRA, 2014).
Figura 6 - Lâmpada de Wood e mancha na coxa causada por uma bactéria vista com a lâmpada
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em SOUTOR; HORDINSKY, 2015, p. 36.
Melanoses, como sardas e melasma, ficam muito mais evidentes quando examinadas sob a lâmpada de Wood.
Entretanto, em indivíduos pardos ou negros, a visualização é particularmente ruim por meio do instrumento.
3.4 Envelhecimento
Todas as peles, independentemente de sexo, etnia ou qualquer outro fator, passam pelo processo de
envelhecimento. É inevitável! Assim sendo, ao longo deste tópico, discutiremos um pouco sobre como o tecido
cutâneo se comporta diante desse acontecimento e o motivo de alguns indivíduos responderem melhor a eles.
Além disso, listaremos alguns ativos e procedimentos que podem ser utilizados como retardatários do processo
de envelhecimento.
Vamos aos estudos?
3.4.1 Tipos de envelhecimentos
Inerente a todos os seres vivos, o envelhecimento do organismo é marcado pela morte celular não substituída
por novas, diferentemente do que acontece no tecido jovem. Podemos notar que, em relação ao tecido
tegumentar jovem, o tecido maduro mostra perda no tecido conjuntivo, os anexos se encontram em menor
quantidade e a irregularidade acentuada da região epidérmica dificulta a hidratação celular.
O envelhecimento da pele se dá de duas maneiras. Clique para conhecê-los.
Envelhecimento
cronológico
É o processo natural do organismo, por meio do qual, gradualmente, há perda da
consistência devido à não renovação das células da pele e dos componentes da Matriz
Extracelular da derme. Envolve as fibras colágenas e elásticas, bem como componentes
da substância intersticial, que, por consequência, resultam nas linhas de expressão e
rugas. O processo é resultante do declínio da produção dos hormônios de crescimento,
estrogênio e testosterona, que têm papel estimulador na renovação celular. É
resultante, também, dos níveis de oxidação do tecido, que, ao longo da vida, aumentam;
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resultante, também, dos níveis de oxidação do tecido, que, ao longo da vida, aumentam;
e da glicação da pele. Quando uma molécula de açúcar se liga a uma molécula de
proteína, tal ligação desestabiliza a proteína fazendo com que a pele perca seu tônus e
sua elasticidade (SBD, 2017).
Envelhecimento
provocado
É o processo de ação de agentes externos que impactam na consistência e renovação
celular antes ou além do processo de envelhecimento natural. Pode ser resultado da
ação excessiva dos raios solares,do uso de tabaco e álcool, assim como da poluição.
Ainda pode ser causado por substâncias produzidas pelo organismo em situações de
estresse e movimentos viciosos na pele, que podem causar marcas musculares. A má
alimentação, especialmente devido à alta ingestão de açúcar, também contribui (SBD,
2017).
A ilustração a seguir nos mostra a análise comparativa entre um tecido cutâneo jovem e um tecido cutâneo
maduro.
Figura 7 - Diferenças entre a pele de um indivíduo jovem e a de um indivíduo maduro
Fonte: Elh, Shutterstock, 2019.
Na pele madura, é possível perceber que há expressivamente menos componentes que na pele jovem. É por isso
que pessoas idosas têm os tecidos dérmico e epidérmico mais finos. O acesso aos seus vasos sanguíneos também
é dificultado e os pelos são praticamente inexistentes. Os componentes cutâneos e de seus anexos reduzem de
volume devido à minimização da substituição de células mortas.
No quadro a seguir, temos as alterações estéticas relacionadas às fisiológicas do envelhecimento. Observe com
atenção.
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Quadro 2 - Alterações estéticas da pele causadas pelo envelhecimento.
Fonte: KAMIZATO; BRITO, 2014, p. 47.
Todos as alterações fisiológicas podem, de alguma maneira, serem percebidas na superfície da pele. Contudo,
sem dúvidas, as pregas cutâneas (rugas) são as que causam maior demanda entre os profissionais de estética.
Figura 8 - Sulcos da pele
Fonte: Elaborada pelas autoras, baseada em DigitalFabiani, Shutterstock, 2019.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de químicos, luz intensa pulsada, peelings laser
- -21
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de químicos, luz intensa pulsada, peelings laser
fracionado, preenchimentos, toxinas e terapia fotodinâmica como agentes profiláticos e terapêuticos para o
envelhecimento. Dessa forma, é possível manter o ambiente cutâneo em estimulação contínua da produção
celular e de fibras, importantes para a composição do tecido cutâneo (SBD, 2017).
Há inúmeros ativos para diversas funções. Para o controle do envelhecimento, os ativos mais indicados são
elencados a seguir. Clique e confira!
Vitamina A
Para renovar as células e estimular a produção do colágeno.
Vitamina C
Por sua ação antioxidante e por estimular a produção do colágeno.
Vitamina E
Por sua potente ação antioxidante.
Ácido glicólico
Por estimular a produção de fibras colágenas e de elastina e por remover células mortas.
Tais ativos podem ser utilizados, inclusive, em concomitância com outros ativos, a fim de que resultados mais
expressivos sejam obtidos. No entanto, é de suma importância ressaltar que o maior promotor de
envelhecimento provocado e precoce é a não proteção contra os raios solares.
Em tempos remotos, os filtros de proteção solar eram vistos e comercializados como cosméticos, produtos
eletivos. Contudo, as autoridades em saúde estão pressionando as agências governamentais e reguladoras de
produtos para que os filtros sejam vistos e comercializados como um item de saúde básica, facilitando seu acesso
a compra e aumentando a conscientização dos danos da não utilização.
Há, ainda, uma condição extremamente rara que promove o envelhecimento precoce, não só dos tecidos
cutâneos, mas, também, do organismo como um todo. Chama-se de Síndrome de Hutchinson-Gilford, também
conhecida como “progeria”. As pessoas acometidas, aos 18 meses, já apresentam sinais de envelhecimento. Uma
criança de 10 anos chega a ter a aparência e estado geral de um idoso de 70 anos, por exemplo.
Agora você já conhece as principais alterações estruturais do cutâneo e algumas doenças que a acometem.
Se há algo que precisa ser veemente reforçado é que o uso de filtros de proteção solar é responsável por manter
a integridade dos tecidos cutâneos e precisa ser utilizado diariamente, mesmo em dias chuvosos ou de poucas
exposição externa. Isto porque a luz de aparelhos eletrônicos e de iluminação interna também causam algum
dano à nossa pele. Assim, esteja atento aos cuidados básicos!
VOCÊ QUER VER?
O filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”, dirigido porDavid Fincher, retrata de forma
lúdica a Síndrome de Hutchinson-Gilford. O longa foi o primeiro e, até o momento, único
grande destaque mundial sobre a síndrome que, desde a sua descoberta, acometeu pouco mais
de uma centena de pessoas. Vale a pena assistir à obra!
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Síntese
Encerramos mais uma unidade de estudos sobre o sistema tegumentar. Agora, além de conhecer as estruturas
dos tecidos cutâneos e como estes se comportam em um ambiente normal, você também já sabe identificar
algumas desordens na pele que envolvem inervação, pigmentação e principais características do envelhecimento
cutâneo.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• analisar as características da sensibilidade e pigmentação cutânea;
• relacionar as características da sensibilidade e pigmentação cutânea normais às principais disfunções;
• destacar os principais ativos e procedimentos utilizados na estética;
• comparar a pele jovem à pele em processo de envelhecimento.
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	Introdução
	3.1 Inervação cutânea e hanseníase
	Corpúsculo de Vater-Pacini
	Corpúsculo de Meissner
	Corpúsculo de Krause
	Corpúsculo de Ruffini
	Discos de Merkel
	3.1.1 Hanseníase: sinais e sintomas
	3.1.2 Prevenção e tratamento da hanseníase
	3.2 Pigmentação cutânea
	3.2.1 Melanogênese
	3.2.2 Discromias
	3.3 Tipos de peles
	3.3.1 Classificação da pele de acordo com a produção de sebo
	3.3.2 Classificação quanto ao fototipo
	3.4 Envelhecimento
	3.4.1 Tipos de envelhecimentos
	Síntese
	Bibliografia

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