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Depilação Corporal, Facial e Epilação - EAD

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DEPILAÇÃO CORPORAL,
FACIAL E EPILAÇÃO
PROF.A MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica: 
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD: 
Prof.a Dra. Gisele Caroline 
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Luana Cimatti Zago Silvério
Marta Yumi Ando
Renata da Rocha
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Aliana de Araujo Camolez
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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UNIDADE
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 5
1. HISTÓRIA DA DEPILAÇÃO .................................................................................................................................... 6
1.2 CULTURAS E ÉPOCAS ........................................................................................................................................ 6
1.2.1 1700 A 1800 ..................................................................................................................................................... 6
1.2.2 ANOS 20 ............................................................................................................................................................7
1.2.3 ANOS 40 ...........................................................................................................................................................7
1.2.4 ANOS 60 ............................................................................................................................................................7
1.2.5 ANOS 80 ........................................................................................................................................................... 8
1.2.6 ANOS 2000 ...................................................................................................................................................... 8
2. A DEPILAÇÃO NOS TEMPOS ATUAIS ................................................................................................................. 8
3. O PROFISSIONAL DEPILADOR ........................................................................................................................... 9
DEPILAÇÃO: SUA HISTÓRIA E TEMPOS ATUAIS
PROF.A MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
DEPILAÇÃO CORPORAL, FACIAL E EPILAÇÃO
4WWW.UNINGA.BR
3.1 ÉTICA PROFISSIONAL ........................................................................................................................................10
4. BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA ........................................................................................................................10
4.1 PERIGOS FRENTE À EXPOSIÇÃO AOS ORGANISMOS PATÓGENOS ............................................................. 11
4.2 MICRORGANISMOS...........................................................................................................................................12
4.2.1 BACTÉRIAS.......................................................................................................................................................12
4.2.2 FUNGOS ..........................................................................................................................................................15
4.2.3 VÍRUS ...............................................................................................................................................................17
4.3 PROTEÇÃO E SEGURANÇA EM ESTÉTICA .......................................................................................................18
4.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ...................................................................................21
4.3.2 NORMAS FEDERAIS APLICÁVEIS AOS CENTROS DE ATENDIMENTO NA ÁREA DE ESTÉTICA ............ 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 23
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), bem-vindo à Unidade I da disciplina de Depilação Corporal, Facial e 
Epilação. Vamos iniciar esta unidade fazendo uma re� exão sobre o mercado da estética e beleza. 
Atualmente, esse mercado compõe um dos maiores pilares da economia em todo o 
mundo. Quando falamos em beleza, referimo-nos diretamente ao bem-estar e à autoestima. As 
estratégias de marketing inovam cada dia mais para vender não apenas seus produtos, mas todo 
um conceito de beleza envolvido – poder, segurança e autonomia. 
Quem nunca ouviu o slogan mundial da marca de cosméticos L’Oréal Paris, “Porque você 
vale muito”? A frase, com quase 50 anos, foi traduzida em vários idiomas, e diversas celebridades 
foram porta-vozes dessa estratégia de comunicação. Enquanto parece que vivermos num mundo 
de empoderamento, por outro lado, somos reféns dos padrões de beleza. 
Ao longo dos anos, podemos perceber a evolução desses padrões. Na depilação, não foi 
muito diferente. Desde a Antiguidade até a Idade Contemporânea, a depilação passou por diversas 
fases que a mantiveram no gosto popular, mas também foi criticada por vários movimentos. 
Nessa linha do tempo, as técnicas de remoção dos pelos também passaram pelas inovações 
tecnológicas. Hoje, além das técnicas modernas, permanecem com algumas variações as técnicas 
mais antigas, por exemplo, a cera egípcia.
A pro� ssão de depilador já é reconhecida desde 2002. Além de ser um grande avanço 
para área estética, também implica muitas responsabilidades; cuidado com bem-estar físico e 
emocional. A� nal, esse pro� ssional lida diretamente com a saúde e a autoestima de seus clientes.
Boa leitura!
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. HISTÓRIA DA DEPILAÇÃO
O hábito de remover os pelos é conhecido desde a Antiguidade. No Antigo Egito, era 
comum o uso da argila, do sândalo e do mel para retirar os pelos da axila. Séculos depois, a 
técnica foi aprimorada, dando origem à depilação atual, popularmente conhecida pelo uso da 
“cera egípcia”. Além disso, há relatos de que, na Grécia Antiga, usava-se uma espécie de varinha 
com ponta curva, de aproximadamente 30 cm, conhecida por estigil, para a remoção dos pelos. 
Embora por muitos anos a depilação tenha sido símbolo de estética e beleza, durante 
a Idade Média, a preocupaçãocom o pudor e até mesmo hábitos básicos de higiene eram 
considerados pecado. Diferentemente da Antiguidade, durante a Idade das Trevas, a depilação 
foi considerada um hábito exclusivamente de vaidade e heresia. 
Já no século XV, a chegada dos europeus ao Brasil revelou suas impressões, por meio das 
cartas enviadas à Europa, sobre a falta de pelos pubianos nas índias. Imaginava-se que era uma 
característica das indígenas. Depois, descobriu-se que elas removiam os pelos com espinha de 
peixe.
A depilação não é algo apenas dos tempos atuais. Ela sobrevive há épocas e em diferentes 
culturas. Tornou-se uma ferramenta para milhares de pro� ssionais engajados na área da estética.
1.2 Culturas e Épocas
Para compreendermos melhor a história da depilação e sua popularização, é preciso, antes 
de mais nada, conhecer o contexto envolvido em cada época, os padrões estéticos e ideológicos. 
Historicamente, no Brasil, a depilação foi relatada pela primeira vez por Pero Vaz Caminha, 
quando, em umas de suas cartas enviadas a Portugal, descreveu a falta de pelos pubianos das 
índias. Desde o século XV, o hábito de remover os pelos já era conhecido no país. Ao longo dos 
anos, a depilação teve seus altos e baixos, no entanto persiste até hoje. A partir de agora, vamos 
percorrer uma linha do tempo, entre o � nal de Idade Moderna até início e meados da Idade 
Contemporânea.
1.2.1 1700 a 1800 
Surgia um novo padrão masculino: sem barba. A depilação masculina ganhou força e, 
com isso, surgiu o aparelho de barbear, que, mais tarde, tornar-se-ia útil para depilar qualquer 
região.
Figura 1 – Aparelho de barbear. Fonte: Fajer (2019).
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1.2.2 Anos 20
Os anos 1920 foram marcados pela in� uência da indústria da moda. Período conhecido 
pela elegância de Coco Chanel, as vitrines ganharam o gosto pelos vestidos, especialmente aqueles 
sem manga. A partir de então, as mulheres passaram a se preocupar com a depilação das axilas 
como uma forma de se encaixarem no modelo de vestuário da época.
1.2.3 Anos 40 
Da mesma maneira que as axilas, as pernas também começaram a ganhar atenção devido 
à moda e ao vestuário da época. Na década de 1940, as saias e os vestidos encurtaram e, com isso, 
manter os pelos das pernas não era esteticamente agradável.
Figura 2 – Padrão de beleza dos anos 40. Fonte: Mente � utuante (2014).
1.2.4 Anos 60
Os anos 1960 foram marcados pelo movimento hippie e pelo início da fotodepilação 
com laser. De um lado, o movimento hippie defendia a naturalidade, a beleza sem nenhuma 
intervenção estética. Por outro lado, surgia a depilação a laser, em um formato mais simples do 
que conhecemos hoje. No entanto, só foi aprovada 37 anos depois.
Figura 3 – Estilo hippie. Fonte: Bezerra (2018).
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1.2.5 Anos 80
Foi durante a década de 1980 que a depilação aderiu ás novas técnicas de remoção com 
cera quente, o que permitiu a pro� ssionalização e a adesão dos serviços de depilação nos salões 
de beleza.
Figura 4 – Padrão de beleza dos anos 80. Fonte: Pinterest (2018).
1.2.6 Anos 2000
Surge nesse período a fotodepilação. A tecnologia possibilitou ao mercado da depilação 
um método mais moderno e e� ciente, além de ser mais seguro, o que garante um procedimento 
com maior qualidade.
Figura 5 – Fotodepilação. Fonte: Depiyl action (2019).
2. A DEPILAÇÃO NOS TEMPOS ATUAIS
A depilação no século XXI tomou maiores proporções. A tecnologia proporcionou 
procedimentos mais modernos e praticamente indolores. No entanto, o público que adere às 
mais novas técnicas de depilação é exigente. O consumidor tende a procurar, além de e� ciência, 
um padrão de higiene que é previsto pelas normas regulamentadoras. Hoje em dia, a depilação 
é um procedimento que permite não apenas conforto e bem-estar aos adeptos da técnica, mas 
também se tornou pro� ssão e fonte de renda de muitas pessoas.
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Uma pesquisa feita pela Folha de São Paulo, em 2016, mostrou que, das 3.300 brasileiras 
entrevistadas, 84% delas, ou seja, 2.778 mulheres já apararam os pelos em algum momento de 
suas vidas. 
Embora os métodos depilatórios tenham alcançado a popularização, movimentos que 
defendem a não necessidade da depilação ganham força na mesma medida. Da mesma maneira 
como ocorreu nos anos 60, existe uma dualidade entre o público que opta pela remoção total 
dos pelos e o outro que prefere deixá-los na sua forma natural. O que cabe aos pro� ssionais da 
saúde e bem-estar, destinados ao público adepto da depilação, é proporcionar um trabalho ético 
e de qualidade. E, o mais importante, respeitar as escolhas, pois ter ou não pelos é uma decisão 
exclusivamente de cada pessoa.
3. O PROFISSIONAL DEPILADOR
Antes mesmo de entender a função do depilador no mercado da estética, é preciso que o 
pro� ssional conheça sua principal ferramenta de trabalho: o pelo. 
Biologicamente, o pelo pertence à primeira barreira de proteção, a pele. E, como vivemos 
em um país tropical, sobretudo onde o corpo � ca em evidência e sob pressão dos padrões de 
beleza, manter um cuidado especial com a pele tornou-se uma exigência. Para atender aos padrões, 
criou-se uma série de métodos depilatórios, cada um com sua e� ciência e praticidade. Ainda 
sobre esse contexto, é necessário que o pro� ssional de depilação, além de possuir conhecimento 
sobre a estrutura do pelo, � siologia da pele e seus anexos, já que os produtos depilatórios têm sua 
ação nessas estruturas, tenha conhecimento das normas de higiene e da ética pro� ssional.
Além de possuir habilidades nos diversos métodos de remoção dos pelos, o pro� ssional 
de depilação, deve se preocupar em manter a integridade da pele de seus clientes. Para isso, 
todo conhecimento técnico para uma avaliação que possibilite na escolha do melhor método 
se faz indispensável. Os pilares da conduta do depilador, sendo eles, o conhecimento, a ética e a 
adesão das normas vigentes na área de saúde e bem-estar, garantem sucesso e reconhecimento 
no mercado da beleza.
A depilação íntima brasileira, conhecida (do inglês) por “Brazilian wax”, surgiu em 
Nova York, na década de 90, por uma brasileira (J sisters). Sete irmãs saíram do 
Brasil, uma a uma, e abriram um salão de beleza. O estilo, inovador para época, 
envolve a remoção de todos os pelos da vagina e do ânus. Apenas uma certa 
quantidade de pelo é deixada no púbis. Esse tipo de depilação ganhou o gosto 
das americanas e foi referência de seriados como Gossip Girls e Sex and the 
City. Atualmente, o salão é popular entre ricos e famosos. As irmãs dizem ganhar 
até US$ 6 milhões (R$ 19,2 milhões) por ano com depilação e tratamentos para 
cabelos e unhas. Para saber mais acesse: https://www.bbc.com/portuguese/
internacional-38600350. 
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3.1 Ética Profissional 
Quando falamos em ética pro� ssional voltada à área da estética, devemos ter em mente 
que ela se estende de três maneiras:
• Ética em relação a si mesmo. Nesse momento, é preciso estar ciente do seu valor 
pro� ssional e da responsabilidade que está envolvida na prestação dos serviços.
• Ética com o cliente. O contato direto com o cliente exige do depilador uma atenção 
pessoal e pro� ssional. Deve-se considerar os limites de cada cliente ao tocá-lo e, sobretudo, 
preservar o seu direito à privacidade. Dessa maneira, ao disponibilizar um serviço que 
envolva o toque, que seja com muita responsabilidade.
• Ética no ambiente de trabalho. A relação humana é composta pela comunicação. Em 
qualquer ambiente de trabalho, o diálogo é indispensável. No entanto, deve-se manter a 
discrição com intuito de evitar constrangimentoscom os clientes e colegas de trabalho.
4. BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1980, conceituou a biossegurança como 
a adesão de práticas de prevenção para o trabalho em ambientes com agentes patogênicos. As 
normas previstas pela OMS tratam de minimizar os riscos em relação aos microrganismos e 
promover a saúde no ambiente de trabalho. 
As práticas associadas à biossegurança estabelecem boas condutas mediante às orientações 
sobre o uso e aplicação dos instrumentos de proteção individual e coletiva, indispensáveis para a 
garantia da saúde. Na área da estética, em especial durante a execução dos métodos depilatórios, 
a aplicação das boas práticas permite segurança tanto ao pro� ssional da depilação quanto ao 
cliente. 
Como citado anteriormente, o pelo pertence à primeira barreira de proteção do corpo 
humano. Ao retirá-lo, podemos expor a pele a agentes patogênicos e ao desenvolvimento de 
infecções. Além disso, devemos pensar na estrutura física do ambiente de trabalho. Ele deve 
ser adequado ao desenvolvimento das tarefas, ou seja, minimizar o máximo possível o risco de 
acidentes e o desenvolvimento de lesões causadas pelo esforço repetitivo.
Mediante as boas práticas, torna-se impossível discutir biossegurança sem associá-la aos 
riscos laborais. Os riscos denotam incerteza de um evento futuro, ou seja, é de� nido como a 
probabilidade de ocorrer um acidente causando algum tipo de lesão, dano ou enfermidade. Em 
relação aos riscos, podem ser classi� cados em:
O Código de Ética Profi ssional do Esteticista (Técnicos e Tecnólogos) tem sua 
fi nalidade descrita no Art. 1º: “[...] fi xar a forma pela qual devem se conduzir 
os esteticistas, quando no exercício profi ssional”. Além disso, estabelece seus 
deveres e obrigações. Para saber mais, leia o Código de Ética Profi ssional do 
Esteticista. Disponível em: http://febrapeestetica.blogspot.com/p/codigo-de-
etica-profi ssional-do.html. 
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• Riscos biológicos: referem-se à manipulação dos agentes biológicos (vírus, bactérias, 
fungos, parasitas), além das amostras biológicas, como fezes, urina, sangue, entre outras.
• Riscos químicos: estão associados a todas as substâncias químicas capazes de emitir gases, 
vapores, poeiras ou fumaças, com capacidade de penetração via respiratória, contato com 
a pele ou ingestão.
• Riscos físicos: são aqueles que correspondem às fontes de energia originadas de 
equipamentos. Podem ser ruídos, temperaturas extremas, radiações e materiais 
perfurocortantes.
• Riscos de acidentes: são aqueles relacionados às situações de perigo que afetam a 
integridade e o bem-estar físico, por exemplo, uso de equipamentos sem proteção, 
armazenamento inadequado ou descarte impróprio de substâncias químicas, instalações 
elétricas defeituosas, estruturas físicas insalubres, dentre outras.
4.1 Perigos Frente à Exposição aos Organismos Patógenos
Embora todos os riscos citados anteriormente sejam relevantes, na área estética, os 
biológicos ganham destaque. Dessa maneira, os microrganismos são divididos em classes de 
acordo com o grau de danos à saúde.
• Classe de risco 1: os agentes biológicos dessa categoria representam baixo risco individual 
e coletivo, pois di� cilmente causam doenças em adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus 
sp.
• Classe de risco 2: os agentes biológicos dessa categoria representam moderado risco 
individual e limitado risco coletivo, pois têm a capacidade de provocar infecções em 
humanos. Exemplo: Schistosoma mansoni (agente da esquistossomose).
• Classe de risco 3: microrganismos que oferecem alto risco individual e risco moderado 
à comunidade. Podem ser transmitidos por vias respiratórias, ocasionando até mesmo a 
morte. Exemplos: Bacillus anthracis (agente do Anthrax).
• Classe de risco 4: os agentes biológicos dessa categoria representam alto risco individual 
e coletivo, pois possuem alta capacidade de transmissão. Causam doenças graves e sem 
pro� laxia e terapêutica e� cientes. Exemplo: vírus Ebola.
• Classe de risco especial: essa classe pertence ao alto de risco de doenças em animais e 
disseminação no meio ambiente. Exemplo: Vírus da in� uenza A aviária.
No seu ambiente de trabalho, seja ele da área estética ou não, a quais possíveis 
riscos você está mais vulnerável? Existem medidas preventivas para evitar ou mi-
nimizá-los?
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Na área da estética e cosmetologia, os riscos biológicos incluem materiais e resíduos 
contaminados com microrganismos, como sangue, secreções, pele não-íntegra e anexos 
cutâneos (pelos, cabelo, unhas e cutículas). Doenças infecciosas podem ser transmitidas em 
estabelecimentos de beleza, como hepatites, onicomicoses, dermatites fúngicas, HIV. Diante 
disso, a prevenção torna-se indispensável para eliminar, ou ao menos minimizar, os riscos que 
comprometam a saúde dos clientes e pro� ssionais. Além do mais, é importante que se tenha 
consciência em relação ao descarte adequado dos resíduos gerados em estabelecimentos de 
estéticas, sendo recomendado a implantação de um plano de gerenciamento e manejo adequado 
de resíduos. 
Vale pontuar que toda a atividade desenvolvida em estabelecimentos de beleza implica 
riscos. No entanto, existem maneiras de minimizá-los:
• Por meio da segregação, é possível evitar a contaminação de resíduos comuns.
• Uso de equipamentos de proteção individual e coletiva.
• Capacitação do pessoal e padronização de técnicas e procedimentos.
• Adequação das instalações e estrutura física.
• Planejamento dos roteiros e horários das atividades, a� m de evitar a realização simultânea 
de atividades incompatíveis.
• Identi� cação de frascos, vidros, recipientes em geral que contenham resíduos ou 
substâncias perigosas por meio de símbolos ou expressões.
• Proteção dos locais de armazenamento para evitar a entrada de insetos e pequenos 
animais.
• Educação e conscientização em saúde ambiental.
4.2 Microrganismos
Veremos a seguir a classi� cação dos microrganismos e a importância deles na estética. 
A microbiologia é uma especialidade da biologia que estuda os microrganismos, incluindo 
eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, vírus e fungos.
4.2.1 Bactérias
As bactérias são organismos unicelulares e que podem ser encontrados na forma isolada 
ou em colônias. São variáveis quanto ao tamanho e a forma que apresentam. Elas podem ser 
agrupadas em três tipos morfológicos: cocos, bacilos e espiralados (Figura 6).
Os cocos (esféricos) pertencem ao grupo de bactérias mais homogêneo em relação 
ao tamanho, porém tomam diferentes denominações conforme o seu arranjo. Já as formas 
bastonetes (ou bacilos) são cilíndricas e em forma de bastão, além disso, apresentam variação no 
tamanho e forma entre gêneros e espécies. As espiralas caracterizam-se pelo formato em espiral 
e classi� cam-se em espirilos (corpo rígido e movimentação � agelar) e espiroquetas (são � exíveis 
e a locomoção ocorre por meio de contrações).
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Figura 6 – Morfologia bacteriana. Fonte: Santos (2019).
As bactérias também são classi� cadas de acordo com suas estruturas externas. A 
morfologia bacteriana é constituída pelo seu tamanho, forma, arranjo e sua aparência externa. A 
parede celular é uma estrutura que confere rigidez e localiza-se acima da membrana plasmática. 
Sua função é conferir à célula bacteriana uma barreira de proteção contra agentes externos. Em 
relação à parede das células, as bactérias podem ser classi� cadas de acordo com sua capacidade 
de � xação ao corante violeta cristal: as Gram-positivas (coram-se em roxo) e as Gram-negativas 
(coram-se em vermelho).
A técnica de Gram, método de coloração de bactérias criado pelomédico dina-
marquês Hans Christian Joachin Gram, foi criada em 1884 com o objetivo de di-
ferenciar estruturas de parede celular a partir da coloração adquirida após o trata-
mento com agentes químicos. O esfregaço bacteriano que adquire coloração azul 
violeta é chamado Gram-positvo. já aquele que obtém coloração avermelhada é 
denominado Gram-negativo. O método é baseado na capacidade da parede bac-
teriana em reter ou não determinado corante em seu citoplasma. Saiba mais em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/115_03gram.pdf.
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Enquanto a parede celular de bactérias Gram-positivas é composta basicamente por 
peptideoglicano e membrana citoplasmática, as Gram-negativas possuem, além de uma camada 
basal de peptideoglicano, outra camada denominada membrana externa, que é composta de 
proteínas, fosfolipídios e lipopolissacarídeos (Figura 7). 
Figura 7 – Estrutura morfológica bacteriana de Gram-negativa (composta por duas membranas, uma monocamada 
de peptideoglicano, lipopolissacarídeos, proteínas e porinas) e Gram-positiva (composta de uma camada delgada de 
polissacarídeos, membrana citoplasmática e proteínas). Fonte: Sanar (2018).
Na área estética, um dos cuidados que devem ser observados a� m de evitar lesões cutâneas 
causadas por bactérias é antissepsia e desinfecção adequadas dos utensílios pré-procedimento. A 
celulite bacteriana é uma infecção causada por bactérias Gram-positivas do tipo Staphylococcus 
ou Streptococcus, que penetram na pele quando encontram algum dé� cit na barreira de proteção, 
como cortes, � ssuras, dermatites e eczemas. Em pessoas saudáveis, a celulite infecciosa não é 
contagiosa, no entanto o risco é considerável se houver alguma lesão que possibilite a entrada de 
bactérias. 
Figura 8 – Celulite infecciosa. Fonte: Frazão (2019).
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4.2.2 Fungos 
Popularmente conhecidos como mofo ou bolor, os fungos pertencem ao reino Fungi. 
Esse grupo inclui uma grande variedade conforme tamanho e forma. Os fungos apresentam-se 
de forma microscópica, ou seja, formado por uma única célula, como é o caso das leveduras, ou 
até mesmo formas macroscópicas, como os bolores e os cogumelos. Microscopicamente podem 
ser classi� cados de acordo com sua morfologia em leveduras (forma oval ou esférica) e hifas 
(células alongadas e rami� cadas).
Figura 9 – Morfologia fúngica: hifa (a) e levedura (b). Fonte: Câmara (2016).
Além disso, os fungos constituem uma grande preocupação médica e estética, pois são 
responsáveis pelo desenvolvimento das micoses, infecções que acometem principalmente pele, 
unhas e cabelos. As micoses são frequentemente associadas aos países quentes e úmidos, sendo 
essas as condições climáticas ideais para o desenvolvimento dos fungos.
As micoses super� ciais pertencem à classi� cação de infecções por fungos de maior 
preocupação na estética, pois podem ser transmitidas por meio de toalhas, lençóis, protetores, 
utensílios reutilizáveis, lixas de unhas e pés, entre outros. São exemplos de micoses super� ciais as 
tineas, a pitiríase versicolor, a candidíase e a onicomicoses.
• Tineas: são doenças causadas por fungos queratinócitos, ou seja, que vivem à custa de 
queratina da pele, unha e pelos. Esses fungos podem ser encontrados no ambiente, em 
animas e homens (Figura 10).
Figura 10 – Tinea corporal. Fonte: Aaron (2018).
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• Pitiríase Versicolor: doença comum, especialmente entre os jovens. Sua evolução é 
crônica e recorrente principalmente em indivíduos com a pele mais oleosa. Conhecida 
como micose de praia, é causada por fungos do gênero Malassezia (Figura 11).
Figura 11 – Pitiríase Versicolor. Fonte: Aaron (2018).
• Candidíase: a infecção pela cândida pode atingir pele, unhas e mucosas, isoladamente 
ou simultaneamente. Por ser um fungo oportunista, existem situações, como baixa 
imunidade, calor e umidade, que favorecem seu desenvolvimento (Figura 12).
Figura 12 – Candidíase bucal. Fonte: Magro (2019).
• Onicomicoses: acometem as unhas dos pés e das mãos e é a principal causa de alteração 
ungueal vista no consultório. São mais frequentes em adultos. Alteram a forma da unha, 
tornando-a mais espessa, e também sua coloração (Figura 13).
Figura 13 – Onicomicose. Fonte: Pinheiro (2020).
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4.2.3 Vírus
Os vírus são seres consideravelmente simples. Medem menos que 0,2 µm e são formados 
basicamente por uma cápsula proteica e o material genético - DNA ou RNA, ou ainda os dois 
juntos, como é o caso do citomegalovírus. De modo geral, os vírus são partículas proteicas 
capazes de infectar organismos vivos. Além disso, são parasitas obrigatórios, ou seja, apenas 
se reproduzem no interior das células por meio da autorreprodução. Os vírus infectam células 
eucariontes e, quando infectam as procariontes (bactérias), são denominados bacteriófagos. Os 
que infectam apenas fungos são denominados micófagos. 
Alguns vírus possuem a capacidade de formação de DNA a partir do RNA viral. Esse 
processo é denominado transcrição reversa e só possível por meio de uma enzima, a transcriptase 
reversa, presente, por exemplo, no HIV. Os vírus capazes de formar DNA através do RNA viral 
são classi� cados retrovírus, enquanto os que possuem DNA são designados adenovírus, por 
exemplo, o vírus da pneumonia. Já os arbovírus são aqueles transmitidos por insetos, como febre 
amarela e dengue.
Figura 14 – Estrutura de um bacteriófago. Fonte: Bgaj23 (2019).
É muito comum o termo virose, um nome genérico, dado a qualquer infecção viral. 
Os resfriados, gripes e infecções gastrointestinais estão entre os mais comuns. Embora sejam 
transmissíveis, a recuperação em indivíduos saudáveis ocorre normalmente. O tratamento é 
sintomático, ou seja, é indicado o uso de analgésicos e antitérmicos apenas para combater os 
sintomas. Nesses casos, é muito recomendável uma medida simples e prática para prevenção 
dessas infecções: a higienização das mãos. 
Nos estabelecimentos de estéticas, assim como em qualquer outro ambiente de trabalho, 
o uso de água e sabão ou álcool gel são alternativas e� cazes para a higienização das mãos e 
combate às infecções virais.
Outras infecções virais representam agravo à saúde pública e merecem uma atenção 
especial durante os procedimentos estéticos, em especial aqueles que utilizam perfurocortantes 
ou os que provocam lesões em qualquer grau, como a depilação com cera de mel.
 A hepatite é uma doença que acomete fígado e pode ser causada por vírus ou ainda pelo 
uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas. De acordo com o Ministério da Saúde, no 
Brasil, as hepatites virais são causadas pelo vírus A, B, C, D e E. Os sintomas geralmente são os 
mesmos para os três tipos: dor ou desconforto abdominal, dor muscular, fadiga, perda de apetite, 
náuseas e vômitos, febre e amarelamento da pele e dos olhos.
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A transmissão se dá por meio de três vias:
• Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e higiene pessoal (vírus 
A e E).
• Transmissão sanguínea: uso compartilhado (ou acidentes) de agulhas, alicates, lâminas, 
objetos perfurocortantes no geral ou, ainda, prática de sexo desprotegido (vírus B, C e D). 
Vale uma observação nesse tipo de transmissão: a hepatite B é considerada uma Doença 
Sexualmente Transmissível (DST).
• Transmissão vertical: da mãe para o � lho durante a gravidez e parto (vírus B, C e D).
A síndrome da imunode� ciência adquirida, da sigla em inglês para AIDS, é uma 
doença infectocontagiosacausada pelo HIV. Caracterizada pelo dé� cit do sistema imunológico 
e surgimento de doenças oportunistas, a doença se dá por meio da infecção viral transmitida 
por meio de relações, compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados e pela 
transmissão vertical. 
Os primeiros sintomas são parecidos com os de outras infeções, como febre e mal-estar. 
No entanto, os sintomas podem variar de acordo com a resposta imunológica e o surgimento 
de doenças oportunistas. Ainda não há cura para a AIDS, apenas medidas terapêuticas que 
proporcionem qualidade de vida ao indivíduo doente. O tratamento inclui o uso de antirretrovirais 
que diminuem a multiplicação viral e recupera a defesa do organismo.
Apesar de os microrganismos representarem uma ameaça à saúde, o estado imunológico 
e as medidas preventivas são barreiras e� cientes frente às infecções e o desenvolvimento de 
doenças. Na área estética, existem medidas de proteção e segurança que devem ser tomadas a 
� m de preservar o bem-estar físico do pro� ssional e de seus clientes. Veremos algumas delas no 
tópico a seguir.
4.3 Proteção e Segurança em Estética
Para alcançar sucesso nas atividades desenvolvidas e assegurar saúde e bem-estar ao 
cliente/paciente e a si mesmo, é importante que os procedimentos sejam padronizados e sigam 
as normativas internas e externas. É recomendável que se implemente na área da beleza e estética 
as boas práticas aplicadas à biossegurança, aos equipamentos, aos materiais e reagentes e aos 
pro� ssionais e usuários.
Microbiologia, dos autores Luiz B. Trabulsi e Flávio Alterthum, é uma obra comple-
ta de linguagem fácil e didática, além de ser totalmente ilustrativa. Além do mais, 
não trata apenas sobre os microrganismos, mas de sua interação com o hospe-
deiro, formas de diagnóstico e opções terapêuticas. 
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As boas práticas em biossegurança compreendem um conjunto de normas e procedimentos 
de segurança que visam minimizar os acidentes, melhorar a produtividade, assegurar a 
qualidade dos serviços desenvolvidos e manter um ambiente seguro. Medidas constituídas por 
atividades organizacionais, como os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) e a utilização de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), são estratégias básicas e e� cazes para a prevenção de 
riscos e promoção da saúde nos estabelecimentos de estética. 
O POP pode ser de� nido como um documento que expressa o planejamento do trabalho, 
regido de instruções e orientações, a � m de padronizar a execução das tarefas e minimizar as 
intercorrências. Um POP deve descrever cada passo crítico e sequencial e garantir que a qualidade 
seja a mesma em todas as etapas.
De maneira geral, um POP deve conter os seguintes passos:
1. Nome do POP.
2. Objetivo.
3. Manuais de referência.
4. Aplicação.
5. Descrição das etapas das atividades.
6. Descrição do responsável técnico.
7. Local onde se pode encontrar o responsável.
8. Fluxograma (passo a passo).
9. Data.
10. Atualização frequente.
Resumidamente, o POP é um instrumento voltado para quem executa a tarefa. Por isso, 
deve ser simples, objetivo e completo. Uma receita de bolo, por exemplo, contém os ingredientes 
a serem utilizados, modo, tempo e temperatura de preparo. Para que o bolo tenha o mesmo sabor 
e textura, independente de quem o tenha feito, a receita deverá ser explicativa para que o processo 
seja padronizado e livre de variações.
As boas práticas aplicadas aos equipamentos são aquelas que requerem condições 
adequadas para a utilização e manuseio seguro. Também podemos utilizar, nesse caso, o exemplo 
da receita de bolo em relação ao forno. Deve-se considerar se a temperatura está regularmente 
con� gurada e se o forno está em local seguro. Sendo assim, os equipamentos devem ser operados 
por pro� ssionais capacitados. As condições de uso devem ser rotineiramente validadas e o uso 
do POP implementado, a � m de disponibilizar orientações em relação ao uso dos equipamentos 
e utensílios.
Já as boas práticas aplicadas aos materiais e reagentes têm o objetivo de assegurar o 
acondicionamento correto, a identi� cação de frascos, bem como a indicação do produto e prazo 
de validade. É importante ressaltar que o descarte dos materiais cortantes deve ser feito em 
recipientes de paredes rígidas (caixa de papelão) e resistentes. Além disso, agulhas e lâminas não 
devem ser dobradas, reutilizadas ou removidas das seringas antes de serem desprezadas.
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Figura 15 – Coletor para descartes de perfurocortantes. Fonte: Descarpack (2019).
Na estética, podemos utilizar as mesmas regras do Plano de Gerenciamento de Resíduos 
de Serviços de Saúde – PGRSS. Esse documento visa apontar e descrever as ações relativas ao 
manejo e destino de resíduos sólidos, sobretudo aqueles com características de risco à saúde e ao 
meio ambiente. O PGRSS estabelece as medidas de biossegurança, além das medidas técnicas e 
normativas para a prevenção de acidentes. As etapas envolvidas para implementação do PGRSS 
são:
• Manejo: gerenciamento de resíduos desde sua geração até a disposição � nal.
• Segregação: separação dos resíduos a partir do momento de sua geração, de acordo com 
suas características físicas, químicas e biológicas. Durante uma depilação com cera, por 
exemplo, a gaze e o algodão utilizados para a higienização podem ser descartados no 
lixo comum, enquanto os resquícios de cera com pelo, podendo conter sangue ou não, 
deverão ser descartados no lixo de resíduos biológicos. 
• Acondicionamento: embalar os resíduos segregados de acordo com a geração diária em 
sacos resistentes à ruptura.
• Identi� cação: medidas que permitam o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos 
plásticos. Conforme o risco biológico, os sacos poderão ser brancos.
• Transporte interno: trata do percurso dos resíduos gerados até o local de armazenamento 
temporário à espera da coleta.
• Armazenamento: consiste na guarda temporária do lixo armazenado próxima ao local 
de geração.
• Tratamento: procedimento que altera os riscos residuais, reduzindo o risco de 
contaminação e eliminando os riscos de acidentes. O tratamento pode ser feito no próprio 
estabelecimento, desde que tenha condições de segurança su� cientes.
• Armazenamento externo: consiste no armazenamento do lixo até a etapa de coleta 
externa, em ambiente apropriado e com acesso facilitado aos veículos coletores.
• Coleta: remoção do lixo abrigado na etapa anterior até a disposição � nal ou unidade 
de tratamento. As condições de coleta devem estar de acordo com os órgãos de limpeza 
urbana.
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• Disposição � nal: refere-se à disposição dos resíduos no solo de acordo com as normativas 
de operação e licenciamento ambiental.
Importante ressaltar que a elaboração e o desenvolvimento do PGRSS pertencem à área 
da saúde e laboratorial. No entanto, os centros de estéticas e beleza também são geradores de 
resíduos, inclusive biológicos. Dessa maneira, são responsáveis pela geração, manejo, tratamento 
e disposição � nal do lixo produzido no estabelecimento. 
Para � nalizar, a proteção e a segurança em estética também compreendem medidas de 
boas práticas aplicadas aos pro� ssionais e usuários, entre elas:
• Durante os procedimentos estéticos, não fazer ingestão ou preparo de alimentos e bebidas.
• Não fumar.
• Evitar o uso de acessórios e adornos durante os procedimentos.
• Atenção aos princípios básicos de higiene, como mãos limpas e higienizadas e unhas 
aparadas.
• Uso calçados fechados e de jalecos ou aventais durante os procedimentos.
• Uso de equipamentos de proteção.
• Manuseio, transporte e armazenamento de materiais de forma segura.
• Relatar acidentes ocorridos para que sejam avaliados,e medidas de prevenção sejam 
tomadas.
• Pro� ssionais devem ser devidamente treinados.
4.3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Os EPIs são dispositivos de uso individual que visam proteger a saúde e manter a 
integridade física do pro� ssional. Os EPIs destinados aos pro� ssionais da área da saúde e estética 
são: jalecos, luvas, máscaras, óculos e calçados fechados. Esses equipamentos têm o objetivo de 
prevenir doenças em virtude do contato entre pro� ssionais e clientes/pacientes. De maneira geral, 
os EPIs protegem as áreas do corpo expostas a materiais infectantes, como sangue, secreções e 
líquidos corporais. Veremos a seguir os principais equipamentos de proteção, a sua aplicação e o 
risco evitado:
• Jaleco e aventais: servem como barreira e protegem a contaminação do vestuário.
• Luvas: impedem o contato direto com microrganismos, excretas, secreções e cortes. 
Podem ser de látex, vinilo ou nitrilo.
• Óculos de segurança: protegem os olhos contra aerossóis, respingos e impactos. Devem 
possuir proteções laterais e lentes resistentes.
• Máscaras: protegem contra aerossóis, gases, vapores orgânicos e produtos químicos. Na 
área estética, recomenda-se o uso das máscaras descartáveis. 
• Calçados: devem ser fechados; protegem os pés contra impactos e respingos ou 
derramamentos de materiais infectantes.
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Figura 16 – Procedimento estético sendo realizado por pro� ssional paramentando com EPI. Fonte: Programa Na-
cional de Acesso a Cursos, Empregos e Concursos (2018).
Vimos até aqui as principais medidas que asseguram a saúde e previnem as doenças e 
acidentes envolvidos nos estabelecimentos de beleza e estética. Todas as recomendações são 
respaldadas conforme as normativas vigentes. Com isso, todos os serviços prestados pelas clínicas 
de estéticas e salões de beleza devem consultar essas normativas e padronizar seus procedimentos 
de acordo com elas. 
4.3.2 Normas federais aplicáveis aos centros de atendimento na área de estética
A seguir, vamos conhecer as principais normativas que regem os estabelecimentos da 
área estética e seus pro� ssionais:
• Reconhecimento das atividades pro� ssionais: a Lei Federal nº 12.592, de 18 de janeiro 
de 2012, dispõe sobre o exercício das atividades pro� ssionais de cabeleireiro, barbeiro, 
esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador.
• Segurança pro� ssional: é normatizada pela Norma Regulamentadora 32, que dispõe 
sobre as estratégias para segurança no trabalho.
• As diretrizes necessárias para assegurar o gerenciamento adequado dos resíduos nos 
estabelecimentos estão apresentadas nas recomendações da Anvisa, RDC nº 306 de 2004 
e do Conama, Resolução 358 de 2005.
• A resolução da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná nº 700/2013 dispõe sobre as 
condições para instalação e funcionamento dos estabelecimentos de salão de beleza, 
barbearia e/ou depilação no Paraná.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos até aqui todo contexto histórico que envolve o hábito de remover os pelos. Desde 
o Egito Antigo até os dias de hoje, esse hábito é estritamente relacionado aos padrões de beleza e 
autoestima. De modo geral, os procedimentos depilatórios ou epilatórios têm o mesmo objetivo. 
Embora se diferenciem em relação à técnica, o resultado � nal é uma pele lisa e sem pelos. No 
entanto, todos os procedimentos de remoção dos pelos feitos em estabelecimentos de estética e 
beleza devem ser acompanhados de normativas, tanto de segurança quanto de manuseio.
As técnicas de remoção devem ser padronizadas a � m de evitar erros e proporcionar ao 
cliente um procedimento de qualidade e sem riscos a sua saúde. Por isso, a implementação de 
manuais, como o POP, faz-se tão importante. Quando se padroniza um procedimento, a forma 
de execução é realizada satisfatoriamente, independente do executor. Um exemplo acerca disso, 
seria um dos pro� ssionais do estabelecimento optar por trabalhar de maneira oposta ao método 
padronizado. Se houver alguma reação no cliente após a depilação, como uma alergia, di� cilmente 
se saberá a causa imediata, pois alguns dos itens propostos pelo POP não foram respeitados. 
Além disso, foi vista, nesta unidade, a importância das normativas que regem os 
estabelecimentos da área estética. As normas e padrões têm como objetivo estabelecer a 
organização, a ética pro� ssional, a saúde e o bem-estar dos clientes.
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UNIDADE
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 26
1. TEGUMENTO COMUM ........................................................................................................................................ 27
1.1 A PELE ................................................................................................................................................................. 27
1.2 PRINCÍPIOS ANATÔMICOS DA PELE .............................................................................................................. 28
1.2.1 EPIDERME ...................................................................................................................................................... 29
1.2.2 DERME ............................................................................................................................................................. 30
1.2.3 TELA SUBCUTÂNEA ........................................................................................................................................31
1.3 ANEXOS DA PELE .............................................................................................................................................. 32
1.3.1 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS .......................................................................................................................... 32
1.3.2 GLÂNDULAS SEBÁCEAS................................................................................................................................. 32
1.3.3 MAMAS ............................................................................................................................................................ 33
A PELE: PRÍNCIPIOS BÁSICOS DE 
ANATOMIA E FISIOLOGIA
PROF.A MA. BEATRIZ CARDOSO DE FREITAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
DEPILAÇÃO CORPORAL, FACIAL E EPILAÇÃO
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1.3.4 FOLÍCULO PILOSO .......................................................................................................................................... 34
1.3.5 PELOS .............................................................................................................................................................. 34
1.3.5.1 FASE ANÁGENA ............................................................................................................................................ 35
1.3.5.2 FASE CATÁGENA .......................................................................................................................................... 36
1.3.5.3 FASE TELÓGENA .......................................................................................................................................... 36
1.3.5.4 UNHAS .......................................................................................................................................................... 37
2. FOLICULITE .......................................................................................................................................................... 37
2.1 FOLICULITE SUPERFICIAL ............................................................................................................................... 37
2.2 FOLICULITE PROFUNDA...................................................................................................................................38
2.3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ....................................................................................................................... 39
3. HIPERCROMIA PÓS-INFLAMATÓRIA ............................................................................................................... 39
3.1 TRATAMENTO .................................................................................................................................................... 40
4. DISTÚRBIOS DERMATOLÓGICOS ASSOCIADOS AOS PELOS ....................................................................... 40
4.1 HIRSUTISMO.......................................................................................................................................................41
4.2 HIPERTRICOSE ..................................................................................................................................................41
4.2.1 TRATAMENTO ..................................................................................................................................................41
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 42
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta unidade serão abordados os principais pontos sobre anatomia 
básica da pele e seus anexos. Conceituaremos, em especial, o pelo e sua estrutura. 
O pro� ssional da área estética desempenha uma importante função durante os processos 
depilatórios realizados nos estabelecimentos de beleza e bem-estar. Por isso, o conhecimento deve 
estar voltado não apenas para as técnicas, mas também para os referenciais teóricos. Podemos 
considerar que o pelo é a ferramenta de trabalho do depilador(a). Conhecer sua anatomia, 
� siologia e como sua fase de crescimento pode in� uenciar durante os procedimentos de remoção 
é muito importante para o sucesso da técnica e o bem-estar físico do cliente. 
Nesta unidade, iremos tratar de estratégias para a promoção da saúde e prevenção de 
doenças, em especial aquelas relacionadas às lesões cutâneas. A anamnese deve ser feita antes 
de qualquer procedimento estético, principalmente os tratados nessa disciplina, a � m de evitar 
consequências como processos in� amatórios, infecções e hipercromias. Além disso, observar as 
condições de saúde do seu cliente também é uma excelente estratégica para evitar procedimentos 
que possam agravar o quadro ou ainda recomendar outros que não o prejudiquem. De 
qualquer maneira, temos de ter sempre em mente que o sucesso do nosso trabalho depende da 
responsabilidade e da con� ança depositada em nós.
Desejo a você, aluno(a), uma excelente e agradável leitura. Bom estudo!
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1. TEGUMENTO COMUM
A parte externa do corpo humano é denominada tegumento comum. Engloba a pele, seus 
anexos e a camada mais profunda, a tela subcutânea (hipoderme). Histológica e anatomicamente, 
a pele é a camada mais super� cial. É constituída por duas camadas sobrepostas: epiderme e derme.
1.1 A Pele
A pele representa em torno de 16% do peso corporal de um adulto. Sendo assim, é 
considerada o maior órgão do corpo humano. É a primeira barreira de defesa do corpo, pois 
reveste externamente a superfície do corpo e o protege contra os agentes nocivos e a desidratação. 
Além disso, sua espessura pode variar conforme cada região do corpo (entre 0,5 a 4 mm). É 
mais espessa nas superfícies dorsais – pele grossa – e mais delicada em áreas como os lábios e as 
pálpebras – pele � na. 
A pele prende-se frouxamente às estruturas próximas, com isso pode ser deslocada 
facilmente e até adaptar-se às irregularidades do corpo. No entanto, os retináculos (estruturas 
de tecido conjuntivo) limitam essa mobilidade, prendendo-se à tela subcutânea e formando 
pontos de � xação. Esses pontos direcionam os feixes de � bras colágenas e são responsáveis pelas 
impressões digitais e a caracterização individual das pessoas.
De modo geral, a pele apresenta uma capacidade elástica. No entanto, em algumas regiões 
do corpo, tem a capacidade de contração, devido à presença de � bras musculares, por exemplo, 
na pele dos mamilos. O envelhecimento gera, gradativamente, a perda de elasticidade, em 
decorrência do declínio da quantidade de � bras elásticas, gerando � acidez e rugas. Outro fator 
determinante para a � acidez é a baixa ingestão proteínas, uma vez que os � broblastos necessitam 
de aminoácidos para a síntese de colágeno.
A proliferação e renovação celular é dependente do ritmo circadiano. Por essa razão, 
cosmetologistas e pro� ssionais da beleza utilizam conhecimento em cronobiologia para 
otimizarem a absorção de compostos na pele, protetores solares durante o dia e cremes nutritivos 
durante a noite.
A melanina e caroteno são pigmentos que determinam a cor da pele. A cor do sangue 
circulante e a espessura da epiderme explicam o fato de a pele � car avermelhada quando aquecida. 
Enquanto a vasodilatação periférica confere à pele o tom vermelho, a pele pálida ocorre em 
função da vasoconstrição. 
Figura 1 – Pele negra e albina. Fonte: Carvalho (2013).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O caroteno é responsável pela coloração amarelada da pele e está presente em alimentos 
como cenoura, mamão e abóbora. Todavia, a pele amarelada pode surgir em decorrência de 
patologias, como icterícia e hepatites.
Os melanócitos são responsáveis pela produção de melanina e são geneticamente pré-
determinados. Sabe-se que o número de melanócitos é quase o mesmo em todas as raças. 
Contudo, é a quantidade de melanina produzida que determinará a cor. Além disso, a melanina é 
um importante fator de proteção solar, impedindo a incidência de câncer de pele. 
O escurecimento da pele devido à exposição ao sol ocorre pela liberação do hormônio 
estimulante de melanócitos (MSH), produzido pela glândula hipó� se, ativando a síntese de nova 
melanina. 
1.2 Princípios Anatômicos da Pele
Como visto anteriormente, a pele é constituída por duas camadas sobrepostas: a epiderme 
e a derme. A seguir, veremos detalhadamente cada uma delas:
Figura 2 – Camadas da pele: epiderme, derme e hipoderme (tela subcutânea). Fonte: Aula de Anatomia (2001).
O albinismo é uma alteração genética na qual ocorre um defeito na produção da 
melanina, pigmento que dá cor à pele, cabelo e olhos. A desordem genética tam-
bém pode levar a modifi cações do funcionamento ocular, desencadeando proble-
mas visuais. Devido à defi ciência de melanina, pigmento responsável pela prote-
ção contra a ação da radiação ultravioleta, indivíduos albinos são mais suscetíveis 
aos danos causados pelo sol. Normalmente, ainda quando jovens, apresentam 
envelhecimento precoce e frequentemente câncer da pele. 
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1.2.1 Epiderme 
A epiderme é formada por diversas camadas de células. As mais profundas (basais) 
dividem-se e proliferam-se de tal forma que as demais são empurradas às regiões mais super� ciais 
e, em seguida, queratinizadas e mortas. A remoção de células mortas acontece devido ao atrito.
A queratina é uma proteína de fácil hidratação, por isso é comum o aparecimento da 
tumefação, ou seja, a hidratação excessiva em indivíduos que � cam muito tempo submersos 
na água. Embora a hidratação seja facilitada, na epiderme a queratina é responsável pela 
impermeabilidade e pela proteção contra microrganismos e substâncias nocivas
A epiderme não é vascularizada, ou seja, não possui vasos sanguíneos e linfáticos. Sua 
nutrição provém do tecido conjuntivo e da derme. Além do mais, apresenta três tipos principaisde células:
• Células epiteliais (são as mais abundantes e formam o epitélio pavimentoso e 
queratinizado).
• Melanócitos.
• Células imune.
Histologicamente, a epiderme é constituída por cinco camadas: 
• Estrato córneo: constituído por células queratinizadas. Suas células são achatadas e em 
constante descamação. Sua espessura pode variar, sendo maior nas mãos e pés.
• Estrato lúcido: encontra-se abaixo do extrato córneo. Suas células são achatadas e 
anucleadas.
• Estrato granuloso: camada formada por células que acumulam grânulos (substâncias 
precursoras da queratina).
• Estrato espinhoso: as células dessa camada são unidas devido às projeções citoplasmáticas 
e aos desmossomos (formados por glicoproteínas e lipoproteínas).
• Estrato basal (ou germinativo): camada mais interna da epiderme. É nela que se 
encontram as células que sofrem divisão celular. É a camada responsável pela renovação 
da epiderme.
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Figura 3 – Estruturas de epiderme debaixo para cima: estrato basal, estrato espinhoso, estrato granuloso, estrato 
lúcido e estrato córneo. Fonte: Felipe (2015).
1.2.2 Derme
A derme é a camada mais espessa da pele. Localiza-se abaixo da epiderme e é composta por 
tecido conjuntivo. Possui capacidade de distensão quando tracionada devido à presença de � bras 
colágenas e elásticas. É vascularizada, possui nervos e terminações nervosas. Sua vascularização 
e a presença de glândulas confere à derme a função de termorregulação. Ou seja, ela participa da 
regulação da temperatura corporal. A derme é composta por duas camadas: 
• Papilar: camada � na e formada por tecido conjuntivo frouxo responsável pelos receptores 
do tato nas papilas dérmicas.
• Reticular: apresenta � bras colágenas, elásticas e reticulares. 
Na derme, encontram-se as glândulas sudoríparas e sebáceas, folículo piloso e os músculos 
eretores do pelo. Além disso, a sua superfície mais profunda � xa-se aos músculos, ossos e ao 
tecido conjuntivo da tela subcutânea.
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Figura 4 – Derme composta pelas estruturas: vasos sanguíneos, nervos, folículo piloso e glândulas sudorípara e 
sebácea. Fonte: Encyclopædia Britannica (2010). 
1.2.3 Tela subcutânea 
A tela subcutânea, também conhecida como hipoderme, é formada por tecido conjuntivo 
frouxo, tecido adiposo e � bras elásticas. É responsável por unir frouxamente a derme aos órgãos 
adjacentes. Além disso, está envolvida na proteção contra choques, atuando como um isolante 
térmico. 
A hipoderme é uma importante reserva de nutrientes e armazenamento temporário de 
alguns hormônios e medicamentos lipossolúveis. Outra característica é sua camada adiposa, 
mais espessa no corpo feminino, principalmente na região dos quadris e baixo ventre. Seu tecido 
conjuntivo é rico em vasos sanguíneos e linfáticos, apresenta nervos cutâneos e terminações 
nervosas.
A espessura da tela subcutânea é variável conforme o estado nutricional, idade e sexo. Sua 
gordura geralmente é usada em situações de desnutrição ou privação alimentar.
Histologicamente, apresenta duas camadas:
• Areolar: composta por adipócitos globulares e volumosos, em disposição vertical. Abaixo 
da camada areolar, existe uma lâmina � brosa, que é a fáscia super� cial (separa a camada 
areolar da camada lamelar).
• Lamelar: onde ocorre o aumento de volume dos adipócitos, causando aumento de peso. 
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1.3 Anexos da Pele
Os anexos da pele localizam-se na epiderme, derme e tela subcutânea. Incluem as 
glândulas sudoríparas e sebáceas, mamas, pelos e unhas. Veremos cada um deles a seguir:
1.3.1 Glândulas sudoríparas
São responsáveis pela sudorese (também chamada de transpiração), cuja função é manter 
a homeostasia corpórea. Atuam na excreção de metabólitos e medicações. A composição do suor 
é muito parecida com a do plasma sanguíneo. Contém sódio, potássio, amônia, ureia, ácido úrico 
e quantidade pequena de proteínas. Possui odor característico devido à ação bacteriana local e 
substâncias orgânicas.
As glândulas sudoríparas são inervadas pelo sistema nervoso autônomo simpático. 
Dessa maneira, sofrem in� uência das emoções, o que explica o fato do aumento da sudorese em 
situações de estresse.
Sua quantidade pode variar de acordo com as regiões do corpo. São ausentes nas 
pálpebras e abundantes nas palmas e plantas dos pés. Em algumas regiões do corpo, como axila, 
região inguinal, órgãos genitais externos e ânus, existem outras glândulas muito semelhantes às 
sudoríparas. No entanto, a secreção é diferenciada, conferindo aspecto mais viscoso, resultado do 
produto de desintegração de celular (IMG).
1.3.2 Glândulas sebáceas
Responsáveis pela excreção do sebo. A função das glândulas sebáceas é a lubri� cação da 
pele e dos pelos, impedindo o ressecamento local e prevenindo a evaporação excessiva. Além 
disso, mantêm a pele macia e inibe a proliferação bacteriana. Costumam � car próximas aos 
folículos pilosos e são completamente ausentes nas regiões palmares e plantares.
É muito comum que sejam estimuladas ao aumento da produção de sebo durante a 
adolescência, por in� uência hormonal. Por isso, nessa fase, ocorre a queratinização anormal e 
congestionamento do � uxo do sebo, ocasionando proliferação bacteriana e o surgimento de uma 
infecção dérmica ou hipodérmica, conhecida como acne.
Câncer de pele é uma doença que atinge a pele. É o tipo de câncer mais frequente 
no Brasil e no mundo. É mais comum na população adulta, com faixa etária en-
tre de 40 anos. É raro em crianças e em pessoas negras. Sua principal causa é a 
exposição excessiva ao sol. Em 2018, a estimativa de novos casos de câncer de 
pele melanoma no Brasil foi de 6.260 e o número de mortes registrado em 2015 
foi de 1.794.
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Figura 5 – Pele com acne. Fonte: Sumaya Mattar (2019).
1.3.3 Mamas
Erroneamente chamadas de seios, as mamas situam-se à frente dos músculos peitorais. São 
constituídas de 15 a 20 glândulas especializadas na produção de leite, o qual é rico em proteínas, 
lactose e sais minerais, destinado à nutrição do recém-nascido. Nos homens, as mamas não se 
desenvolvem. Já nas mulheres, as mamas desenvolvem-se durante a puberdade em decorrência 
da in� uência hormonal. Dessa maneira, são vistas como caracteres sexuais. Também sofrem 
in� uência hormonal durante o período gestacional e de lactação. No climatério, sofrem uma 
involução, com redução de tamanho, atro� a de ductos e do tecido conjuntivo.
A região central das mamas apresenta uma projeção denominada papila mamária, na 
qual rami� cam-se de 15 a 20 ductos lactíferos. São inervadas e sua pele é composta por � bras 
musculares lisas capazes de conferir contração e rigidez desencadeadas por estímulos táteis, 
térmicos ou sexuais. Ao redor da papila, localiza-se a aréola, uma área pigmentada, que tende a 
escurecer durante o período gestacional, composta por glândulas sudoríparas e sebáceas, vistas 
como pequenas saliências.
A mama é composta pelo conjunto de glândulas mamárias e tecido conjuntivo denso, 
responsáveis pela formação de trabéculas e pela sustentação do tecido adiposo da mama que, por 
sua vez, caracteriza a sua forma e tamanho. 
Figura 6 – Anatomia da mama: vista frontal e vista lateral. Fonte: Soares (2019).
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1.3.4 Folículo piloso
O folículo piloso é a estrutura responsável pela origem do pelo. Os folículos geram as 
células formadoras do pelo, ou seja, estão diretamente ligados ao desenvolvimento e crescimento 
capilar. O folículo piloso pertenceà polissebácea, que compreende, além do folículo piloso, as 
glândulas sebáceas e o músculo eretor (responsável pela ereção dos pelos quando se arrepia). 
Estruturalmente, o bulbo capilar é a porção mais espessa e profunda do folículo piloso. 
Conhecido como raiz do pelo, é no bulbo onde ocorre a nutrição e reprodução das células 
matrizes. É por meio dele que as vitaminas e aminoácidos, por meio da irrigação sanguínea, 
nutrem as células e permitem o desenvolvimento do pelo. Após a reprodução celular, as células 
passam pelo processo de queratinização, perdem a porção nuclear e seu líquido intercelular, 
tornando-se rígidas e compactas.
Figura 7 – Folículo piloso. Fonte: Centralx (2012).
1.3.5 Pelos
Os pelos são estruturas presentes na pele dos mamíferos. Em algumas regiões do corpo 
podem ser ausentes, como nas regiões palmar e plantar e no dorso das falanges distais. A função 
dos pelos é conferir proteção ao corpo, participando da termorregulação e da sensibilidade tátil. 
Os pelos podem variar de acordo com as diferentes regiões do corpo, com o sexo e com a etnia. 
Sua coloração depende da quantidade de melanina. A ausência desse pigmento caracteriza o pelo 
como branco. 
Estruturalmente, os pelos apresentam duas partes:
• Haste (acima da pele).
• Raiz (entre a derme e a tela subcutânea, dentro do folículo piloso).
A raiz de pelo possui várias terminações nervosas e vasos sanguíneos. 
Como visto anteriormente, os pelos são células queratinizadas e incluem cabelos, cílios, 
supercílios, barba, vibrissas (pelos do nariz) e púbios (pelos pubianos).
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Pelos escuros apresentam as camadas medular, cortical (pigmentada) e cutícula, enquanto 
os pelos brancos têm as mesmas camadas, mas a cortical é despigmentada. Uma curiosidade em 
relação ao pelos loiros é que não possuem camada medular.
Figura 8 – Estrutura do pelo: medula, córtex e cutícula. Fonte: Mello (2019).
O crescimento do pelo ocorre de acordo com alternância de fases, ou seja, não crescem 
continuamente. O período entre as fases de crescimento e repouso pode variar de dois a sete 
anos. No entanto, o crescimento cíclico de cada folículo piloso nos humanos é uma característica 
individual. 
É possível termos uma quantidade de pelos em diferentes fases de repouso, crescimento 
e desprendimento. As respectivas fases são: anágena, catágena e telógena. Veremos a seguir cada 
uma delas.
1.3.5.1 Fase anágena
Nessa fase, o pelo está em crescimento, as células se dividindo e queratinizando-se. O 
pelo, � xado ao folículo, nutre-se por meio da circulação sanguínea local e cresce normalmente. 
Caso seja removido por epilação mecânica nessa fase, certamente será um estímulo doloroso. 
Entretanto, nesse período, a epilação mecânica remove apenas o pelo antigo, prestes a cair. O 
tempo de duração da fase anágena é de cerca de dois a cinco anos e 85 % dos pelos estão nessa 
fase. 
Dermatologia de Fitzpatrick: atlas e texto é um dos livros de dermatologia mais 
vendidos no mundo, possui uma grande quantidade de imagens de alta qualidade. 
O livro é referência para estudantes da área da saúde e estética. Está em sua 8ª 
edição. A autoria é de Klaus Wolff, Richard Allen Johnson, Arturo P. Saavedra e 
Ellen K. Roh.
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1.3.5.2 Fase catágena
Período em que o pelo está em contato com as células germinativas. Nessa fase, o 
crescimento se encerrou, e o pelo já está queratinizado e implantado.
Para os processos depilatórios, é o período ideal, pois o pelo é removido por inteiro, 
deixando à mostra a camada germinativa, facilmente destruída pelo laser. É o período ideal 
para se realizar a depilação, pois o pelo é arrancado com a bainha epitelial, deixando à mostra 
a camada germinativa para ser destruída pelo laser. O tempo de duração da fase catágena é de 
aproximadamente um ano. 10% dos pelos estão nessa fase.
1.3.5.3 Fase telógena
Essa fase corresponde ao período de enfraquecimento da união entre o pelo e a base do 
folículo piloso. Na fase telógena, portanto, ocorre a queda do pelo e nasce um novo. O tempo de 
duração é de três a quatro meses. 5% dos pelos estão nessa fase. Depois da fase telógena, os pelos 
passam por uma fase de repouso e entram novamente na fase anágena, reiniciando o ciclo. 
A duração dessas fases é diferente entre as regiões do corpo, assim como a taxa de 
crescimento diária dos pelos.
Figura 9 – Fases do crescimento do pelo. Fonte: Mello (2019).
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia publicaram 
na revista Cell Reports a resposta ao fato de algumas regiões do corpo serem 
desprovidas de pelo. De acordo com o estudo, trata-se da Dickkopf 2 (DKK2), uma 
molécula que bloqueia as chamadas “vias de sinalização WNT”, que são canais 
celulares que se encarregam do crescimento piloso. O estudo mostrou que, em 
regiões sem pelos, é produzido um inibidor que impede que essas vias façam seu 
trabalho. 
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1.3.5.4 Unhas
São lâminas constituídas de células queratinizadas, responsáveis por cobrir e proteger a 
maior parte das falanges distais das mãos e dos pés.
A matriz da unha (parte proximal) garante sua formação e crescimento. Na raiz, região em 
forma de meia lua e esbranquiçada, localiza-se uma prega denominada eponíquio, popularmente 
conhecido por cutícula. 
As unhas crescem durante toda a vida, devido à capacidade de proliferação e queratinizarão 
das células epiteliais.
2. FOLICULITE
Foliculite  é uma in� amação de pele que se inicia nos folículos pilosos. Geralmente, é 
desencadeada por uma infecção bacteriana ou fúngica, ou causada por vírus, ou até mesmo 
por uma in� amação de pelos encravados. Da mesma forma que os agentes infecciosos, o uso 
de lâminas de barbear, escoriações, feridas na pele, picadas de insetos, acne, dermatite podem 
comprometer a integridade dos folículos pilosos. No entanto, a principal causa da foliculite é a 
infecção pelo Staphilococcus aureus, uma bactéria residente na pele dos seres humanos. As lesões 
cutâneas apresentam-se em formato de pequenas pústulas ao redor dos folículos pilosos. 
Na maioria dos casos, as lesões são super� ciais e tendem a se curarem espontaneamente. 
Alguns casos são considerados mais graves e recorrentes, doem e coçam. Portanto, merecem 
atenção e tratamento adequado, pois podem evoluir à perda permanente dos pelos e até mesmo 
ocasionar cicatrizes.
Figura 10 – Foliculite. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017).
Como visto anteriormente, as foliculites são classi� cadas de acordo com a extensão do 
processo in� amatório, ou seja, podem ser super� ciais ou profundas. Veremos cada uma a seguir:
 
2.1 Foliculite Superficial
As lesões super� ciais se instalam na parte superior do folículo. A pele ao redor tende 
a � car sensível e avermelhada. Normalmente, surgem pequenas pústulas em torno de 1 cm. A 
foliculite super� cial pode ser classi� cada de acordo com sua causa e apresenta-se sob as seguintes 
formas:
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• Foliculite esta� locócica: causada pelo Staphilococcus aureus. Geralmente são lesões que 
doem e coçam.
• Foliculite por pseudomonas: transmitida por pseudomonas, também é conhecida por 
foliculite da banheira, pois essas bactérias sobrevivem em ambientes úmidos, incluindo 
banheiras de hidromassagem e piscinas. As lesões costumam ser purulentas e acometem 
extensas áreas do corpo.
• Pseudofoliculite da barba: é causada por pelos encravados e a ocorrência é mais comum 
entre homens.
• Foliculite pitirospórica: consequência da infecção fúngica de Pytirosporum 
ovalle  (Malassezia), as lesões têm preferência por áreasúmidas do corpo. As erupções 
cutâneas têm a forma de pápulas e, normalmente, encontram-se nas costas, peito e braços 
de homens adultos.
2.2 Foliculite Profunda
A foliculite profunda é caracterizada por uma in� amação que se estende desde o folículo 
até a raiz. A lesão costuma ter forma de nódulo, ser avermelhada e purulenta. Além disso, há 
coceira e edema. É considerada uma infecção mais grave, pois pode destruir o folículo, ocasionado 
o surgimento de cicatrizes. Dentre as formas clínicas mais comuns, destacam-se:
• Foliculite causadas por bactérias gram-negativas: de maneira geral, desenvolve-se nos 
indivíduos que fazem uso contínuo e prolongado de antibióticos para tratamento da 
acne. O uso constante desses antimicrobianos pode alterar a microbiota, promovendo a 
colonização de gram-negativas na pele do rosto.
• Furúnculos: essas lesões têm como principal causa a infecção do folículo piloso pelo 
Staphilococcus aureus.  Forma-se um abscesso, uma erupção nodular avermelhada e 
purulenta na parte central. A secreção ocorre pelo acúmulo de bactérias, células mortas e 
leucócitos em processo de degeneração. Geralmente, o furúnculo afeta um único folículo 
piloso e surge nas axilas, pescoço, nádegas e virilha. Na maioria dos casos, ocorre a 
drenagem espontânea da secreção purulenta em poucos dias.
• Carbúnculo: esse tipo de foliculite, diferentemente do furúnculo, atinge um grupo de 
folículos pilosos, formando, portanto, um aglomerado de furúnculos. Surge na parte de 
trás do pescoço, ombros, quadris e coxas. Estão mais propensos a esse tipo de in� amação 
os idosos e portadores de diabetes.
• Foliculite eosinofílica: a causa dessa in� amação pode estar associada à infecção fúngica 
por fungo Pytirosporum. A doença se manifesta especialmente nos portadores de HIV e 
em indivíduos com a imunidade comprometida. As lesões são semelhantes às espinhas e 
surgem principalmente no rosto.
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2.3 Diagnóstico e Tratamento
Inicialmente o diagnóstico é feito pelo exame clínico das lesões associado ao histórico do 
paciente. No entanto, em alguns casos, é necessário a coleta de uma amostra da lesão para análise 
laboratorial a� m de identi� car o agente causador da infecção e direcionar o melhor tratamento.
A escolha terapêutica dependerá do tipo da gravidade e do agente etiológico envolvido. 
As  foliculites bacterianas, no geral, podem ser tratadas com antibiótico tópico, oral ou uma 
combinação dos dois. Além disso, é recomendado que se evite raspar a área até que a infecção 
regrida. Para as  pseudofoliculites da barba é recomendável a troca frequente de lâminas de 
barbear. Além disso, é importante sempre usar o barbeador no sentido do crescimento dos 
pelos e usar hidratantes.  Já para foliculite pitirospórica, o ideal é o uso antifúngicos tópicos 
ou orais. Os furúnculos e carbúnculos podem ser drenados para alívio dos sintomas. Pode ser 
necessário terapia antiobiótica. Para a foliculite eosinofílica, os corticosteroides são a melhor 
opção terapêutica. Para os casos mais graves, recomenda-se, também, o uso de medicação oral.
Embora, a terapêutica responda bem aos casos de foliculite, existem medidas simples que 
podem ser usadas como estratégias preventivas, tais como: 
• Fazer a higienização local com água e sabão.
• Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de tocar as lesões.
• Uso moderado de sabonetes antissépticos, preferencialmente antes e depois da depilação.
• Condições adequadas de higiene de banheiras de hidromassagem e piscinas aquecidas.
• Evitar o uso de roupas muito justas, pois aumentam o atrito e a umidade da pele.
• Evitar alimentos muito gordurosos, ingerir líquido com frequência e manter o peso nos 
níveis ideais, de acordo com altura e idade, visto que o sobrepeso é um fator de risco para 
a manifestação da foliculite.
3. HIPERCROMIA PÓS-INFLAMATÓRIA
De acordo com Gonchoroski (2005), as discromias são patogenias caracterizadas pela 
alteração da cor natural da pele, consequentes de algum processo in� amatório, adquirido após 
uma injúria cutânea, como acnes, foliculite, picadas de inseto ou queimaduras. Apresentam-se 
no corpo de forma localizada, difusa, regional ou circunscrita. Essas desordens pigmentarias 
são classi� cadas, conforme a distribuição anômala de melanina, em acromias, hipocromias e 
hipercromias. 
As hipercromias são ocasionadas pela estimulação dos melanócitos, que levam à produção 
excessiva de melanina epidérmica ou dérmica. Essas hiperpigmentações são chamadas de máculas 
quando se apresentam na forma circunscrita. Quando se apresentam difusas ou regionais, são 
chamadas de melanodermias. As hipercromias são manchas acastanhadas resultantes do aumento 
da produção de melanina devido à superexpressão da atividade e do número de melanócitos. É 
possível classi� car as desordens hiperpigmentárias de acordo com a amplitude com que atingem 
o tecido cutâneo: localizadas ou generalizadas. Dentre as localizadas, encontram-se o cloasma ou 
melasma, efélides ou sardas, hipercromias pós-in� amatórias, entre outras.
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Para tratamento de desordens da pigmentação cutânea, é necessário avaliar, em primeiro 
lugar, qual camada da pele foi atingida. Para isso, utiliza-se a lâmpada de Wood, método baseado 
na absorção dos raios ultravioletas pela melanina. Quanto maior a concentração de melanina, 
maior será a intensidade da luz absorvida. Todos os fototipos podem apresentar algum tipo de 
discromia. No entanto, algumas pessoas são mais susceptíveis, como as peles morenas e negras. 
Além do mais, existem fatores etiopatogênicos de relevância, como fatores genéticos, metabólicos, 
endócrinos e neoplásicos.
Por isso, é de grande importância a avaliação pro� ssional antes e durante os procedimentos 
estéticos, em especial, os depilatórios, os quais podem ser responsáveis pelo surgimento de 
hipercromias. Além disso, a atenção deve ser maior entre os indivíduos que apresentam fatores 
suscetíveis às hipercromias pós-in� amatórias, como acnes e foliculites.
3.1 Tratamento
O tratamento das hipercromias é realizado gradualmente à base de substâncias 
despigmentantes ou clareadoras da pele. Os agentes clareadores agem por diferentes mecanismos. 
Entre eles:
• Destruição seletiva dos melanócitos.
• Inibição da formação de melanossomas e da melanina.
• Degradação de queratinócitos e melanossomas.
Além disso, o uso de � ltro solar é necessário e deve ser expressamente recomendável por 
pro� ssionais da área da beleza e estética.
4. DISTÚRBIOS DERMATOLÓGICOS ASSOCIADOS AOS PELOS 
O crescimento do pelo está relacionado a fatores hormonais. O desenvolvimento e 
crescimento do pelo depende do equilíbrio entre androgênios e estrogênios. Enquanto os 
androgênios promovem o crescimento espesso dos � os, a testosterona estimula o crescimento 
de pelos nas axilas e região pubiana. Já a di-hidrotestosterona regula a perda dos � os no couro 
cabeludo e estimula o crescimento dos pelos da barba. E os estrogênios diminuem o crescimento 
dos pelos e os modulam mais � nos.
O vídeo A Pele Humana Documentário Dublado trata das 
principais funções, estruturas e das consequências dos 
distúrbios da pele. Durante o documentário, é possível co-
nhecer algumas doenças, como a ictiose arlequim, um dis-
túrbio de pele raro e congênito, e como os pacientes convi-
vem com essa doença. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=7q9z7nOK4Ys.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Alterações hormonais são os principais fatores associados ao crescimento anormal dos 
pelos. Entre o eles, o hirsutismo e a hipertricose. Veremos a seguir cada um deles.
4.1 Hirsutismo
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Sociedade Brasileira

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