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ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA * Resumo sobre a República Federativa do Brasil Forma de Estado: Federação Regime Político: Democracia (se opõe à Ditatura) Forma de Governo: República (se opõe à Monarquia) Sistema de Governo: Presidencialismo (se opõe ao Parlamentarismo) SI.GO. o PRESIDENTE, FO.GO. na REPÚBLICA FE > FE (Forma de Estado > Federação) 1. ESTADO Conceito: Instituição organizada política, social e juridicamente Dotada de Personalidade jurídica de direito público Submete-se às normas estipuladas pela lei máxima (BR -> CF) Possui Soberania reconhecida (interna e externamente) Elementos: POVO + TERRITÓRIO + GOVERNO SOBERANO (Povo situado em determinado Território e sujeito a um Governo soberano). Obs. Povo e Território: elementos materiais// Governo: elemento formal FORMAS DE ESTADO (conforme a distribuição territorial do poder): Unitário e Federal. Estado Unitário: Centralização Política do Poder e Descentralização Administrativa (execução) Estados Regionais: Modelo intermediário (Parcela do Poder Político descentralizado e Descentralização Administrativa) Estado Federal: Várias PJ’s com autonomia política (descentralização política) Pluralidade de ordenamentos jurídicos União indissolúvel (indissolubilidade – não cabe cessão entre as UF) Fundamento: Constituição No BR: União, Estados e Municípios (Territórios NÃO). marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar Características da Federação: Repartição constitucional de competências Indissolubilidade do vínculo federativo (não existe direito de secessão) Nacionalidade única Rigidez constitucional (constituição escrita e rígida/Princípio Federativo = cláusula pétrea) Existência de Mecanismos de Intervenção (em caso de atos que contrariem o Pacto Federativo) Existência de um Tribunal Federativo (no BR -> STF) Participação dos entes na formação da vontade nacional Autonomia Política Auto-organização Estados – Constituições Estaduais (Poder Constituinte Derivado Decorrente) Municípios – Lei Orgânica Auto Legislação: Editarem suas próprias leis Autoadministração: Atribuições de natureza adm., tributária e orçamentária. Classificação das Federações: Quanto à Origem (formação): Por Agregação: Reunião de Estados Soberanos que preexistiam (“Movimento Centrípeto”) Por Segregação (ou Desagregação): Um Estado Unitário se descentraliza politicamente (Ex. BR até Const. De 1891) (“Movimento Centrífugo” – foge do Centro) Quanto à Concentração de Poder: Centrípetas: Governo Central detém a maior parte do poder (As Federações que se formaram por Movimento Centrífugo tendem a ser centrípetas quanto à concentração de poder) Centrífugas: Entidades Regionais detém a maior parte do poder (As Federações que se formaram por Movimento Centrípeto tendem a ser centrífugas quanto à concentração de poder) marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar *Federalismo de Equilíbrio: busca a distribuição equitativa de poderes entre os governos centrais e regionais. Quanto ao Equacionamento de Desigualdades: Simétricas: Distribuição igualitária de competências e receitas entre os entes. (Eficaz quanto há homogeneidade socioeconômica entre os entes) Assimétricas: Quando há disparidades socioeconômicas entre os entes. (Busca-se, por meio de políticas públicas, reduzir essas desigualdades) (Ex. BR) Quanto à Repartição de Competências: Dual (Clássica): Cada ente tem suas competências próprias, exercidas sem qualquer comunicação com os demais. Cooperativa (Neoclássica): Os entes exercem suas competências em conjunto (Ex. BR – a CF/88 estabelece competências comuns e concorrentes) OBS. Confederação: NÃO é uma forma de Estado Vínculo Dissolúvel Reunião de Estados Soberanos Vínculo: Tratado Internacional ESTADO DE DIREITO: A Adm. Pública se submete ao direito posto. Estado de Direito é aquele que se submete ao direito que ele mesmo instituiu. Prevalecem as normas jurídicas abstratas e gerais, e não a vontade do governante (Surge com a Doutrina Alemã, século XIX). 3 Pilares: Tripartição de Poderes Universalidade da Jurisdição Generalização do Princípio da Legalidade PODERES DO ESTADO: Tripartição de Funções (Montesquieu) - Executivo, Legislativo e Judiciário (são poderes estruturais e organizacionais do Estado, não se confundem com os poderes administrativos, que são poderes instrumentais, prerrogativas concedidas ao Estado para persecução do interesse público) marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar TEORIA DOS FREIOS E CONTRAPESOS: Todos os Poderes do Estado atuariam em funções típicas e atípicas. Com isso, haveria CONTROLE RECÍPROCO, de modo que um Poder não pode se sobrepor ao outro. Segundo o delineamento constitucional, os poderes do Estado são independentes e harmônicos entre si e suas funções são reciprocamente indelegáveis (CESPE/2016/PC-PE/Escrivão). A Tripartição de Poderes não tem caráter absoluto, existindo as funções atípicas (mas por serem normas excepcionais, devem estar na CF e devem ser interpretadas restritivamente). Parte da Doutrina prevê a Função Política ou Função de Governo que abarca os atos jurídicos estatais que não se encaixam nas funções anteriores (ex. veto de lei, declaração de guerra, decretação de estado de calamidade pública). É uma atuação que versa sobre gestão superior da vida estatal, decisão de natureza política. Nesse caso, o controle pelo Poder Judiciário fica restrito à ocorrência de danos individuais, não cabendo ao órgão controlador analisar a atuação propriamente dita. 2. GOVERNO: É a “cúpula diretiva do Estado” Constitui elemento condutor que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização, emanado do povo (CESPE/2012/TJPR/Administrador). Concepção clássica: Governo = Estado Atualmente: Sentido Subjetivo: Conjunto de Poderes e Órgãos constitucionais Sentido Objetivo/material: Atividade Diretiva (Funções Básicas) SISTEMAS DE GOVERNO: Modo como se dá a relação entre os Poderes, notadamente entre o Executivo e o Legislativo. Presidencialismo: A chefia do Executivo é Unipessoal/Monocrática marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar O Presidente exerce a função de Chefe de Estado e Chefe de Governo Inexistência de vínculo entre Poder Legislativo e Executivo Mandato por tempo determinado Obs. Na maioria dos países que adotam o Sistema Presidencialista, a eleição do Presidente é feita pelo Voto Direto, ou seja, o eleito goza de grande legitimidade popular. Parlamentarismo: A chefia do Poder Executivo é DUAL (o Chefe de Estado e de Governo são pessoas diferentes) Nas Monarquias Parlamentares, o Chefe de Estado é o Monarca e o Chefe de Governo é o 1º Ministro Nas Repúblicas Parlamentaristas, o Presidente é o Chefe de Estado e o 1º Ministro é o Chefe de Governo Interdependência entre os Poderes – O 1º Ministro e os demais membros do gabinete (Ministros) são integrantes do Parlamento e são por eles nomeados. Assim, a Chefia de Governo só se mantém no Poder enquanto possuir o apoio do Parlamento e, caso perca esse apoio, será destituída. Mandato por prazo indeterminado: O 1º Ministroocupa o cargo por tempo indeterminado, enquanto possuir o apoio do Parlamento. Em situações em que o povo perde a confiança no Parlamento, esse também pode ser dissolvido pelo 1º Ministro, convocando-se eleições extraordinárias para a formação de um novo Parlamento. Obs. A relação harmoniosa entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo resulta em maior governabilidade. FORMAS DE GOVERNO: Monarquia: Hereditariedade Vitaliciedade Irresponsabilidade do governante (não tem o dever de prestar constas) Inexistência de representação popular. República: Eletividade (direta e indireta) marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar Temporalidade Representatividade Popular Responsabilidade do governante (accountability) – Res publica: governo do povo para o povo. 3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Sentido ESTRITO: Todo o aparelhamento estatal voltado à EXECUÇÃO de políticas públicas. A Adm. Pública em sentido estrito não pratica atos de governo (atos políticos), mas sim somente atos de execução. Sentido AMPLO: Abrange tanto órgãos que exercem a FUNÇÃO POLÍTICA como os que EXECUTAM as políticas públicas (FUNÇÃO ADM.) Sentido FORMAL/ORGÂNICO/SUBJETIVO: São os órgãos e agentes estatais no exercício de função adm., independente do Poder a que pertencem. Sentido FUNCIONAL/MATERIAL/OBJETIVO: Se confunde com a função adm. – atividade exercida pelo Estado na defesa dos interesses públicos (Residual). 4 funções: Serviços Públicos Poder de Polícia Regulação de Atividades (incentivo, fomento) Controle de Atuação do Estado (intervenção econômica) marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar marin Destacar
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