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RESUMO DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (Direito Administrativo)

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
➢ É a estruturação do Estado. 
 
O decreto-lei 200/67 é o responsável pela divisão da Adm. Pública em direta e indireta. 
Ele foi recepcionado como lei ordinária pela CF/88. Define regras aplicáveis à União, e 
normas gerais a serem respeitadas pelos outros entes federativos, podendo ser alterado 
mediante lei federal, mas não mediante lei estadual ou municipal. 
 
Esse decreto traz princípios fundamentais que devem nortear a estrutura da organização 
administrativa de todas as esferas de governo. Sendo: 
Princípio do Planejamento, Princípio da Coordenação, Princípio da Descentralização 
Administrativa, Princípio da Delegação de Competências e Princípio do Controle. 
 
➢ (CESPE/2016/FUB) De acordo com o Princípio da Descentralização é possível 
descentralizar atividades da Adm. Federal para empresas privadas. 
 
➢ (CESPE/2009/TRE-GO) O Princípio da Hierarquia está relacionado com o fato de 
que os órgãos da Adm. Pública são estruturados de forma a criar uma relação de 
coordenação e subordinação entre eles, cada qual com suas atribuições previstas 
em lei (Maria Sylvia Di Pietro). 
 
PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE PÚBLICA 
 
Centralização: Prestação da atividade por entes da Adm. Direta. 
 
Descentralização: Distribuição de competências entre entidades diferentes (PJs 
diversas). 
 
➢ (CESPE/2016/TRE-PI) O sistema constitucional brasileiro adota o modelo 
descentralizado de administração, em que há diversas entidades e órgãos com 
competências diferenciadas para a realização das atividades administrativas 
(Questão polêmica) 
 
Descentralização Política: quando a pessoa descentralizada possui autonomia para 
execução de suas atividades, possuem legitimidade que decorre da própria constituição. 
São os entes federativos. 
 
Descentralização Administrativa: é a criação de entes personalizados com poder de 
autoadministração e capacidade de gerir os próprios negócios. É feita aos entes da 
administração indireta ou aos particulares. 
 
Aos entes da Administração Indireta -> Descentralização 
Funcional/Por serviço = Outorga - transfere a titularidade e a 
execução do serviço público. Somente para PJs de direito público 
(autarquias e fundações públicas). Ocorre mediante lei específica que 
cria essas entidades e a elas transfere a atividade pública). 
 
À Particulares -> Descentralização por colaboração = Delegação 
– transfere só a execução do serviço, para particulares (através de 
contrato de Concessão ou Permissão) ou para PJs de direito privado 
da Adm. Indireta (através de lei). 
 
➢ (CESPE/2010/TRE-BA) A Descentralização Administrativa ocorrida com a divisão 
da Administração Pública em Direta e Indireta possibilitou avanços na gestão 
pública do país e foi responsável por diminuir o controle federal sobre estados e 
municípios. 
 
➢ (IESES/2015/TRE-MA) O ente descentralizado age por outorga do serviço ou 
atividade, ou por delegação de sua execução, mas sempre em nome próprio. 
 
Descentralização Territorial ou Geográfica – criação de entidade geograficamente 
delimitada, com personalidade jurídica própria de direito público, com capacidade 
administrativa e possibilidade de execução das atividades estatais como um todo. É típica 
dos estados unitários como a França e a Itália, não sendo admitida no Brasil desde a 
proclamação da República. 
 
Desconcentração: Distribuir e escalonar competências internamente, na mesma PJ 
(decorre do Poder Hierárquico). É a repartição de competência entre os órgãos. 
 
➢ (CESPE/2013/TRE-MS) A chamada CENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRADA é a 
atribuição administrativa cometida à uma única PJ dividida internamente por 
diversos órgãos. 
 
➢ (CESPE/2011/TRE-ES) A Desconcentração mantém os poderes e as atribuições na 
titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os 
transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando o número de 
sujeitos titulares de poderes públicos. 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
*Não tem personalidade jurídica, não podendo ser sujeito de direitos e obrigações (isso 
fica com o ente a que ele pertence). É um centro de competência especializada. Não 
possuem patrimônio público. Cabe a divisão em órgãos tanto nos entes da Adm. Direta 
quanto nos entes de direito público da Adm. Indireta. 
 
OBS. A criação e a extinção de órgãos públicos devem ser feitos por meio de LEI, de 
iniciativa do Presidente. 
 
➢ ART. 84, VI, CF – Compete privativamente ao Presidente da República: 
➢ (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
➢ Organização e funcionamento da administração federal, quando NÃO IMPLICAR 
aumento de despesa NEM CRIAÇÃO OU EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS. 
 
➢ (FCC/2013) Os órgãos públicos correspondem a uma unidade que carrega 
atribuições exercidas pelos agentes públicos. 
 
Obs. Alguns órgãos possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira e podem 
celebrar contratos entre si (Contratos de Gestão), conforme artigo 37, §8º, CF. 
 
OBS. Determinados órgãos públicos gozam de capacidade processual ativa, tais como os 
órgãos independentes e autônomos. Ex. MP e DP para defesa de prerrogativas 
institucionais. (Mas não tem a capacidade de representar em juízo a PJ que integra). 
 
➢ (CESPE/2017/Prefeitura de Fortaleza-CE/Procurador) Os órgãos públicos titulares 
de prerrogativas e atribuições emanadas de suas funções públicos – como, por 
exemplo, as câmaras de vereadores, os tribunais de contas e o MP – têm 
capacidade ativa de ser parte em MS para defender suas atribuições 
constitucionais e legais. 
 
TEORIAS DA RELAÇÃO ENTRE ESTADO E SEUS AGENTES 
 
Teoria do Mandato – O agente seria o mandatário. Mas o Estado, por si só, não pode 
manifestar vontade e celebrar contrato de mandato. 
 
Teoria da Representação – É uma cópia da tutela e da curatela, mas o Estado não é 
incapaz, eis que responde pelos seus atos. 
 
Teoria do Órgão/da Imputação (Otto Gierke) – A atuação do agente e o poder que 
ele tem de manifestar a vontade do Estado decorre de imputação legal (Imputação 
Volitiva – suas vontades se confundem). 
 
➢ (FCC/2018/MP-PE/Analista) Os órgãos públicos são representados por agentes 
públicos, mas não se confundem com estes, pois as consequências e conquistas 
são atribuídas àquelas unidades de competência, em consequência, às PJ que elas 
integram. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
 
➢ Quanto à HIERARQUIA ou quanto à POSIÇÃO ESTATAL 
 
• INDEPENDENTES: Não estão hierarquicamente subordinados a nenhum outro, se 
encontram no topo da hierarquia daquele Poder estatal. Tem origem constitucional 
e representam cada um dos Poderes do Estado. Suas atribuições são exercidas por 
agentes políticos. 
 
Ex. Presidência da República, Ministério Público, Tribunais do Poder Judiciário, 
Tribunais de Contas, Casas Legislativas, Chefias do Executivo, Tribunal Superior 
Eleitoral. 
 
• AUTÔNOMOS: São imediatamente subordinados aos órgãos independentes. 
Gozam de ampla autonomia administrativa e financeira, são órgãos diretivos, com 
funções de coordenação e planejamento. 
 
São a Cúpula da Adm., participam das decisões governamentais. 
 
Ex. Ministério da Fazenda, Secretaria de Segurança Pública (e demais secretarias 
estaduais), Advocacia Geral da União. 
 
• SUPERIORES: Possuem apenas poder de direção e controle sobre assuntos 
específicos da sua competência. São órgãos de comando. 
 
Ex. Secretaria da Receita Federal do Brasil, Procuradorias Estaduais, Polícias, 
Divisões, Departamentos, Coordenadorias, Gabinetes. 
 
• SUBALTERNOS: Possuem reduzido poder de decisão, são de mera execução de 
atividades administrativas. 
 
Ex. seção de pessoal, zeladoria. 
 
➢ Quanto à ATUAÇÃO FUNCIONAL 
 
• SINGULAR: É um órgão de único titular. A manifestação deste agente se confunde 
com a do órgão. 
Ex. Presidência da República – se confunde com a manifestação de vontade do 
Presidente. 
 
➢ (FCC/2012/Analista MP-PE) As decisões dosórgãos singulares ou coletivos 
de jurisdição adm. a que a lei atribua eficácia normativa, em regra, quanto 
aos seus efeitos normativos, entram em vigor após a publicação. 
 
• COLEGIADO: Atuam e decidem pela manifestação da vontade de seus membros 
(geralmente pela maioria dos membros). São representados por seus dirigentes. 
 
Ex. Assembleia Legislativa 
 
➢ Quanto à ESTRUTURA 
 
• ÓRGÃOS SIMPLES: Também chamados de unitários, um só centro de 
competência. Não é relevante a quantidade de agentes que integram seus quadros, 
o que importa é que não existe outros órgãos compondo a sua estrutura 
organizacional. 
 
Ex. Presidência da República, Assembleia Legislativa (Estado) – já que é unicameral. 
 
• ÓRGÃOS COMPOSTOS: Reúnem outros órgãos ligados a sua estrutura. 
 
Ex. Congresso Nacional, Ministérios (caiu no TER), Secretaria de Estado 
(FCC/2017). 
 
➢ Quanto às FUNÇÕES 
 
• ATIVOS: Atuam diretamente na função administrativa. 
 
Ex. Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Saúde Estadual 
 
• CONSULTIVOS: Emitem pareceres jurídicos. Dão suporte e auxílio técnico ou 
jurídico, por meio de atos opinativos, sejam de legalidade ou de mérito. Não agem 
diretamente na prática de atos de execução. 
 
Ex. Ministério Público. 
 
➢ (FCC/2015/TRE-PR/AJ) Os órgãos consultivos fogem à relação hierárquica 
no que diz respeito ao exercício de suas funções. 
 
• DE CONTROLE: Controle dos demais órgãos e agentes públicos, exercido 
internamente no mesmo Poder ou externamente entre Poderes estatais diversos. 
 
Ex. Tribunal de Contas da União (Controle Externo) e Controladoria Geral da União 
(Controle Interno). 
 
➢ Quanto ao ÂMBITO DE ATUAÇÃO 
 
• CENTRAL: Tem competência em toda a área da PJ que integram. 
 
Ex. Ministérios e Secretarias de Segurança Pública. 
 
• LOCAL: Atuam apenas em determinado ponto. 
 
Ex. Delegacia Regional da Receita Federal, Delegacia do bairro de Santo Antônio. 
 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
 
A Administração Pública Indireta decorre da descentralização de serviços 
(descentralização administrativa). O Estado institui, por meio de lei, uma pessoa jurídica 
de direito público ou privado, e atribui a ela a titularidade e execução de determinado 
serviço público. 
 
➢ (CESPE/2013/TRE-MS) O Estado desenvolve suas atividades administrativas por 
si mesmo, podendo transferi-las a particulares e também criar outras pessoas 
jurídicas, com personalidade jurídica de direito público ou privado, para 
desempenhá-las. 
 
➢ (FCC/2017/TRE-PR/AJAJ) Os dirigentes dos entes da Administração Indireta 
podem ser sancionados pelo Tribunal de Contas, com imposição de multa, caso 
infrinjam dispositivo normativo que assim comine, independentemente da 
imputação de responsabilidade e consequências às pessoas jurídicas que 
representam. 
 
➢ (FCC/2017/TRF5/AJAA) Os entes que integram a Administração Pública Indireta 
ficam adstritos ao escopo institucional previsto nas leis ou atos que os instituíram, 
cabendo à Administração Central o acompanhamento dessa atuação, no regular 
exercício do poder de tutela, que não implica, contudo, ascendência hierárquica 
sobre os mesmos, salvo expressa disposição nesse sentido. 
 
OBS. Paraestatais (ou Entidades de Cooperação): São PJ de Direito Privado que são 
autorizadas por lei a prestar serviços ou realizar atividades de interesse coletivo ou 
público, mas não exclusivos do Estado, sem fins lucrativos. (NÃO integram a Adm. 
Indireta). 
 
➢ São entidades da Adm. Indireta: Autarquias (inclusive as associações públicas), 
Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. 
 
Obs. As Associações Públicas decorrem da edição da lei 11.107/05, que criaram os 
chamados Consórcios Públicos. Ela dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, 
o DF e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de 
interesse comum, que se constituirá mediante associação pública ou pessoa jurídica de 
direito privado. 
 
➢ Quando for Associação Pública, ela terá natureza jurídica de entidade autárquica. 
Ou seja, todas as regras aplicáveis às autarquias se espelham para as associações 
públicas, assim como os privilégios processuais e tributários e as restrições 
impostas à Adm., em virtude da indisponibilidade do interesse público. 
 
➢ Quando o Consórcio Público se constituir em personalidade de direito privado, terá 
regime semelhante as entidades da Adm. Indireta de direito privado, sem gozar 
das prerrogativas estatais. (“Associação Civil”) 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ENTES DA ADM. INDIRETA 
 
➢ Tem personalidade jurídica própria, sendo titular de direitos e obrigações. 
 
➢ Tem patrimônio próprio, pois a entidade responsável pela sua criação transfere parte 
de seu patrimônio que passa a pertencer ao novo ente independente. 
 
➢ Possuem receita específica e pode decorrer de participação no orçamento dos 
entes da Adm. Direta ou de suas próprias atividades que lhes geram renda. 
 
➢ Possuem capacidade de autoadministração, com autonomia técnica e 
administrativa. Podem nomear seus agentes, em concurso específico, com plano de 
carreira. 
 
➢ Eventual processo judicial deve ser proposto contra o próprio ente da Adm. Indireta. 
(A responsabilização do ente federativo criador é subsidiária). 
 
➢ Possuem Finalidade Pública, especificada na própria lei. Ou seja, fica vinculada ao 
fim que a instituiu. Não pode ser criada com finalidade lucrativa (pode auferir lucro 
como consequência natural da atividade, não sendo uma finalidade intrínseca). 
 
➢ OBS. A exploração de atividade econômica é feita no interesse da coletividade. 
 
➢ ART. 137, CF. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração 
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária 
aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
 
➢ Se sujeitam ao Controle da Adm. Direta (Controle Finalístico – diz respeito à 
finalidade da entidade – é limitado). Também chamado de Tutela Administrativa 
ou Vinculação. 
 
➢ No âmbito federal, pode ser chamado de Supervisão Ministerial, pois a tutela 
é exercida no âmbito dos Ministérios responsáveis. 
 
➢ Art. 19 do DL 200/67. “todo e qualquer órgão da Administração Federal, 
direta ou indireta, está sujeita à supervisão do Ministro de Estado 
competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, 
que estão submetidos à supervisão direta do Presidente da República.” 
 
➢ (CESPE/2017/TRE-BA) A supervisão da Adm. Direta sobre a Indireta DEPENDE de 
expressa previsão legal. 
 
➢ Não há hierarquia entre entidades com personalidades jurídicas diversas, mas sim uma 
Vinculação Administrativa. 
 
➢ Recurso Hierárquico Impróprio: quando a decisão originária for ilegal ou com 
abuso de poder, poderá ser apresentado recurso ao Ministério Supervisor, desde 
haja previsão legal expressa. Mas, haverá apenas controle restrito dentro do 
controle de finalidade, não havendo manifestação de hierarquia. 
 
➢ A criação dessas entidades depende de lei específica (lei ordinária). Lei específica 
CRIA as AUTARQUIAS e AUTORIZA A CRIAÇÃO dos demais entes. 
 
➢ No caso em que a lei somente autoriza a criação, é imprescindível o registro dos 
atos constitutivos no Cartório de Pessoas Jurídicas ou na Junta Comercial, no caso 
das empresas estatais. 
 
➢ Quando as Fundações Públicas são criadas sob o regime de direito público, 
têm natureza autárquica (Autarquia Fundacional), aplicando-se todas as 
regras das autarquias, inclusive a criação por meio de lei específica. 
 
➢ A extinção dos entes também depende de lei específica. Nesse caso, lei específica 
extingue as autarquias e autoriza a extinção dos demais entes. 
 
AUTARQUIAS 
 
➢ São CRIADAS por LEI 
 
➢ (CESPE/2017/TRE-PE) As Autarquias podem ter sua organização regulada por 
Decreto. 
 
➢ São Pessoas Jurídicas de DIREITOPÚBLICO 
 
➢ Criadas para ATIVIDADES TÍPICAS DE ESTADO, nos limites da lei específica que as 
criou 
 
➢ Pode ter receita decorrente de suas atividades institucionais, com possibilidade de 
cobrança de taxas e demais tributos para exercício do poder de polícia ou prestação 
de serviços públicos inerentes às suas finalidades. 
 
➢ Têm o mesmo regime aplicável à Fazenda Pública 
 
➢ Atuam sem interesse econômico ou comercial, somente na busca do interesse 
coletivo 
 
➢ Não tem poderes de natureza política 
 
➢ Gozam de prazos processuais em dobro 
 
➢ Gozam de reexame necessário nas hipóteses previstas no CPC (a nova redação do art. 
475 do CPC afastou a aplicação da Súmula 620 do STF que estabelecia o contrário). 
 
➢ Haverá Remessa Necessária quando o valor da condenação ou proveito 
econômico obtido na causa for SUPERIOR a: R$ 1000 – 500 – 100 s.m.: 
 
➢ MIL salários mínimos para a União e as respectivas Autarquias e 
Fundações de Direito Público; 
 
➢ QUINHENTOS salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal e as 
respectivas Autarquias e Fundações de Direito Público, bem como, para 
os Municípios que constituam Capitais dos Estados; 
 
➢ CEM salários mínimos para todos os Demais Municípios e as respectivas 
Autarquias e Fundações de Direito Público. 
 
➢ NÃO se aplica a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em 
Súmula do STF ou do STJ, Acórdão do STF ou STJ em julgamento de casos 
repetitivos e entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência 
 
➢ Os créditos das Autarquias são cobrados mediante execução fiscal 
 
➢ Os débitos judiciais das Autarquias são pagos mediante a ordem cronológica de 
precatórios (elas têm sua própria fila de precatórios) 
 
➢ São dispensadas do depósito prévio de 5% sobre o valor da cusa para a propositura 
de ação rescisória 
 
➢ São dispensadas do adiantamento das custas processuais (não se aplica no caso de 
honorários de perito – Súmula 232 STJ. A Fazenda Pública, quando parte no processo, 
fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito) 
 
➢ São dispensadas de depósito prévio para a interposição de recurso (Art. 1º-A, da Lei 
9494/97) 
 
➢ Gozam de imunidade tributária recíproca 
➢ No que se refere ao patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes (art. 150, §2º, CF) 
➢ Abrange somente os impostos, não se estendendo às demais espécies 
tributárias 
 
➢ Via de regra, a responsabilidade civil das Autarquias é objetiva, para seus atos 
comissivos, e subjetiva, para seus atos omissivos. (O ente da Adm. Indireta responde 
de forma subsidiária) 
 
➢ Os contratos firmados pelas Autarquias são Contratos Administrativos (possuem 
cláusulas exorbitantes, dependem de prévia licitação, ressalvas as hipóteses de 
dispensa e inexigibilidade). 
 
➢ Os servidores das autarquias são estatutários, aprovados mediante concurso. 
 
➢ Seus atos são atos administrativos, se submetem à autotutela (podem ser anulados 
ou revogados de ofício, conforme o caso) 
 
➢ Seus bens são bens públicos (lembrando que o patrimônio inicial da autarquia é 
formado a partir de transferência de bens do ente criador) 
 
➢ São controladas pelo ente da Adm. Direta que as criou (Tutela Administrativa) 
➢ Também se submetem ao controle finalístico do Tribunal de Contas 
 
➢ Submetem-se à prescrição quinquenal. 
 
Autarquias Profissionais 
 
➢ O STF decidiu na ADI 1717 que os conselhos reguladores de profissão têm natureza 
jurídica de Autarquia, uma vez que atuam no exercício do poder de polícia (na forma 
e limites que lhe tiverem sido atribuídos pela lei de criação), ao estabelecer restrições 
ao exercício da liberdade profissional, e que tal poder é indelegável a particulares. 
 
➢ Portanto, se submetem aos mesmos privilégios e restrições impostas às Autarquias. 
 
➢ Suas anuidades são tributos federais, não se admitindo a criação sem previsão de lei 
(trata-se de exação de natureza tributária) 
 
➢ Gozam de parafiscalidade, ou seja, a elas é transferida capacidade tributária 
 
➢ Seus servidores devem seguir o Regime Jurídico Único (estatutário) 
 
➢ Súmula 66 STJ. Compete à Justiça Federal processar e julgar execução fiscal 
promovida por Conselho de Fiscalização Profissional. 
 
 
➢ OBS. Segundo o STF, essas regras não se aplicam à OAB. Ela não ostenta a qualidade 
de Autarquia, sendo um serviço público independente, o que afasta a incidência do 
controle orçamentário, financeiro, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas. 
No entanto, as ações propostas em face da OAB devem ser propostas na Justiça 
Federal, não obstante não se tenha definido a natureza jurídica desta entidade. 
 
Autarquias Territoriais 
 
A criação de territórios pelo ente estatal é manifestação da Descentralização Política e 
não administrativa. 
 
No Brasil, os territórios são desmembramento política e não integram a Administração 
Indireta, não integram a Administração Descentralizada. 
 
(A criação de autarquias territoriais como descentralização administrativa ocorre somente 
em países unitários). 
 
Autarquias em Regime Especial 
 
Algumas autarquias têm um regime legal diferenciado, gozando de mais liberdade em 
face dos entes da Adm. Direta. 
 
➢ Autarquias Culturais – Universidades Públicas 
 
➢ Forma peculiar de escolha do dirigente máximo (reitor), que é sempre 
indicado pelos próprios membros da entidade (corpo docente e discente) 
 
➢ Não é permitida sua exoneração ad nutum 
 
➢ Cumprem mandato certo, cujo prazo é definido na própria lei de 
criação da entidade. 
 
➢ Possuem uma maior independência frente à Adm. Direta, com maior liberdade 
de atuação desses agentes em relação aos órgãos responsáveis pelo controle 
finalístico. 
 
➢ Desde que atinja a finalidade determinada por lei, a metodologia utilizada não 
está sujeita a controle ministerial (Autonomia Pedagógica). 
 
➢ Art. 207, CF. As universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e 
obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, 
pesquisa e extensão. 
 
➢ Agências Reguladoras 
 
Criadas em regime especial para fiscalizar, regular, normatizar a prestação de serviços 
públicos por particulares, evitando a busca desenfreada pelo lucro dentro do serviço 
público. 
 
➢ (CESPE/2016/TRE-PI) As Agências Reguladoras são titulares de direitos e 
obrigações próprios e possuem Autonomia. 
 
➢ (CESPE/2017/TRE-PE) São entidades autônomas integrantes da Adm. Indireta 
que atuam em setores estratégicos da atividade econômica, zelando pelo 
desempenho de pessoas jurídicas e por sua consonância com os fins almejados 
pelo interesse público e pelo governo. 
 
Gozam de nomeação diferenciada dos dirigentes. São nomeados pelo Presidente da 
República, após aprovação prévia pelo Senado Federal (art. 52, III, “f”, CF), para cumprir 
mandato certo. (Não podem ser livremente exonerados) 
 
➢ Obs. É o contrário das demais autarquias, em que os dirigentes são comissionados 
e exoneráveis ad nutum. 
 
O mandado certo enseja mais liberdade de atuação e menos dependência dos entes da 
Adm. Direta. (O prazo do mandato é sempre definido pela lei específica de criação d 
entidade e o regulamento de cada Agência disciplinará a substituição de seus Conselheiros 
e Diretores em seus impedimentos ou agastamentos). 
 
➢ (CESPE/2017/TCE-PE) Para que as agências reguladoras atuem de maneira 
eficiente e efetiva, de modo a atender interesses e direitos dos usuários, é 
fundamental a sua INDEPENDÊNCIA. (em relação ao Poder Executivo). 
 
➢ (FCC/2016/PGE-MT) As decisões de ordem técnica das Agências Reguladoras não 
estão sujeitas à revisão de mérito pelas autoridades da Administração Direta. 
 
O dirigente, ao deixar a agência reguladora, deve cumprir quarentena, período em que 
fica proibidode exercer atividade na iniciativa privada dentro do setor ao qual estava 
vinculado. 
 
➢ Art. 8º, da Lei 9986/00. O ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades 
ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por um 
período de quatro meses, contados da exoneração ou do término de seu mandato. 
 
➢ Obs. A lei específica da Agência poderá estabelecer prazo diferenciado para essa 
quarentena. 
 
➢ Nesse período, o ex-dirigente recebe remuneração compensatório equivalente à 
do cago de direção que exerceu e os benefícios a ele inerentes. 
 
Gozam de Poder Normativo, ou seja, podem regulamentar e normatizar diversas 
atividades de interesse social, criando normas que obrigam os prestadores de serviços, a 
fim de adequar a prestação do serviço de interesse público. 
 
➢ O alcance do poder normativo deve ater-se a aspectos técnicos, subalternos à lei. 
 
➢ (CESPE/2010/TRE-MT) Decorrente diretamente do Poder Regulamentar, uma das 
características inerentes às agências reguladoras é a competência normativa que 
possuem para dispor sobre serviços de sua competência. 
 
➢ (CESPE/2017/TRT7/AJAJ) As agências reguladoras têm discricionariedade técnica 
no exercício do Poder Normativo. 
 
➢ O poder normativo das Agências Reguladoras só obriga o prestador do serviço, 
elas não podem editar atos que obriguem particulares que não tem relação com 
a prestação do serviço, pois só a lei pode obrigar a atuação do particular usuário 
do serviço. 
 
➢ (FCC/2017/ARTESP) As agências reguladoras que controlam as atividades objeto 
de concessão de serviço público desempenham, nos termos da lei que as institui, 
atribuições de poder concedente. 
 
Espécies de Agências Reguladoras 
 
As agências reguladoras são criadas para regulação de normatização de atividades de 
interesse público. Isso abrange o controle de prestação de serviços públicos, bem 
como o controle da exploração de atividades econômicas de interesse coletivo. 
Também é possível a criação de agências para controlar atividades de fomento que, 
por serem direcionadas à coletividade, devem sofrer fiscalização do ente estatal. 
 
a) Agências que regulam a prestação de serviços públicos: atuam na fiscalização 
de serviços públicos propriamente ditos, prestados mediante delegação contratual 
ou, em algumas situações, prestados diretamente pelo ente estatal. Ex. ANEEL, 
ANTAQ, ANTT, ANATEL, ANA, ANAC. 
 
b) Agências que fiscalizam atividades de fomento: atuam na regulação de 
atividades eminentemente privadas que dependem de fiscalização 
estatal, por serem de interesse da coletividade. Ex. ANCINE. 
 
c) Agências que controlam a exploração de atividades econômicas: são 
autarquias especiais que atuam na normatização da exploração de atividades 
econômicas de interesse da coletividade. Ex. ANP. 
 
d) Agências que regulamentam serviços de utilidade pública: controlam 
serviços públicos não exclusivos de Estado. Ex. ANS, ANVISA. 
 
Obs. A Lei 10.871/04 definiu que os serviços das agências reguladoras devem ser 
estatutários. Mas também permite a contratação por tempo determinado. 
 
➢ TEORIA DA CAPTURA 
 
A Doutrina aponta que ocorre a “captura” quando a agência reguladora se transforma em 
via de proteção e benefício para os setores empresariais regulados, perdendo sua 
condição de autoridade comprometida com a realização do interesse coletivo. O fenômeno 
da captura ocorre quando há a distorção do interesse público em favor do interesse 
privado, o que normalmente decorre de pressão do poder econômico das empresas 
reguladas e grupos de interesse. Implica controle administrativo e judicial, pois trata-se 
de conduta ilegal/antijurídica. 
 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
 
São autarquias ou fundações públicas que recebem o status de agência, e, por estarem 
sempre ineficientes, celebram CONTRATO DE GESTÃO com o Ministério Supervisor. 
 
Tem por objetivo a execução de atividades administrativas. 
 
Passam a receber vantagens especiais (mais independência de orçamento), em troca de 
se comprometer a cumprir um plano de reestruturação definido no próprio contrato de 
gestão, para se tornar mais eficiente, reduzir custos e aperfeiçoar seus serviços. 
 
Extinto o contrato de gestão, volta a ser autarquia comum. (A qualificação de agência 
executiva é temporária). 
 
➢ (CESPE/2017/TRE-PE/AJAJ) As agências executivas estão inseridas no setor 
estatal nominado ATIVIDADES EXCLUSIVAS, correspondente aos serviços que só 
o Estado pode realizar, possuindo poder de regulamentar, fiscalizar e fomentar. 
 
Cumpridos os requisitos legais, a qualificação como Agência Executiva será feita em ato 
do Presidente da República e o Poder Executivo editará medidas de organização 
administrativa específicas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a 
disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos 
e metas definidos no Contrato de Gestão. 
 
Elas não gozam de regime legal especial de nomeação de dirigentes e autonomia 
financeira. Não possuem poder de edição de normas gerais de fiscalização de atividades. 
 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
 
➢ CRIAÇÃO mediante AUTORIZAÇÃO da Lei ESPECÍFICA. 
 
➢ A ÁREA DE ATUAÇÃO é definida por LEI COMPLEMENTAR. 
 
➢ Presta atividade não lucrativa e atípica de poder público, mas de interesse 
coletivo. 
 
(CONSULPLAN/2014/CTBU) As Fundações NÃO têm fins lucrativos. Desenvolvem 
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público. Têm 
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção. 
Funcionamento custeado por recursos da União de outras fontes. 
 
Decreto lei 200/67 – Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem 
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de 
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com 
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, 
e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
 
➢ Submete-se ao Regime Jurídico Único. 
 
Podem ser criadas com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. 
(Em qualquer caso, a natureza jurídica deverá ser extraída da lei específica instituidora – 
É a entidade pública instituidora que definirá, mediante lei, a natureza jurídica aplicada à 
entidade). 
 
➢ Regime de Direito Público – natureza jurídica de Autarquia – Autarquia 
Fundacional 
 
➢ Regime de Direito Privado – regime misto – regras de direito civil são derrogadas 
por restrições impostas pelo direito público. 
 
Autarquia Fundacional (Direito Público) X Fundações Governamentais (Direito 
Privado); 
 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PRIVADO – FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS 
 
Não usufruem dos benefícios da Fazenda Pública no que tange às regras processuais 
diferenciadas, regime de contratos administrativos, atos administrativos ou regime 
estatutário de servidores. 
 
Não obstante, integram a Administração Indireta, devendo submeter-se às 
restrições decorrentes dos princípios de direito público. Estão sujeitas ao controle 
e fiscalização pelos entes da Adm. Direta e também ao controle financeiro e 
orçamentário do Tribunal de Contas. 
 
➢ Seus empregados devem ser aprovados mediante concurso público. 
 
➢ Seus contratos dependem de licitação. 
 
➢ Vedada a acumulação de cargos e empregos públicos, e são considerados agentes 
públicos para fins penais e para fins de improbidade. 
 
➢ Regime híbrido ou misto. 
 
➢ A fiscalização do Ministério Público Estadual (prevista no art. 66, CC) é afastada, 
se sujeitando apenas à fiscalização decorrente da supervisão ministerial ou tutela 
adm. 
 
➢ Se atuarem na prestação de serviços públicos, tem responsabilidade civil objetiva. 
 
FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO – AUTARQUIA FUNDACIONAL 
 
São entidades autárquicas, sevalendo de todas as prerrogativas estatais. Assim, 
sua criação poderá ser diretamente por Lei Específica (segundo a Doutrina). 
 
EMPRESAS ESTATAIS 
 
➢ São as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista. 
 
➢ São sociedades civis ou comerciais que possuem o Estado como controlador 
acionário. 
 
➢ Criadas mediante autorização de lei específica. 
 
➢ Personalidade Jurídica de Direito Privado. 
 
➢ Nunca serão titulares do serviço, recebendo apenas sua descentralização para 
execução (delegação). O ente político, portanto, conserva a sua titularidade, não 
havendo outorga do serviço. 
 
Empresa Pública: 
Decreto lei 200/67: entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, por força de 
contingência ou conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer 
das formas admitidas em direito. 
 
➢ Mas é possível a criação de empresa pública também no âmbito estadual 
ou municipal. 
 
Sociedades de Economia Mista: a criação é autorizada por lei, sendo constituída sob 
a forma de sociedade anônima, cujas ações em sua maioria pertencem ao ente político 
ou entidade da Administração Indireta. Em sua finalidade, podem, além de prestar 
serviços públicos, explorar atividades econômicas de interessa da Administração Pública. 
 
(CESPE/2017/SEDF) Somente as Pessoas Administrativas, seja qual for seu nível 
federativo ou sua natureza jurídica, podem participar do capital das empresas públicas. 
(Ou seja, PJs da Adm. Direta e Indireta). 
 
DIFERENÇAS entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista 
 
➢ CAPITAL 
 
➢ Empresa Pública – capital 100% público. Podem participar do capital 
os entes da Adm. Indireta, ainda que possuam personalidade de direito 
privado, outras empresas ou até mesmo sociedades de economia mista. 
Ainda assim, seu capital será integralmente público. 
(CESPE/2017/SEDF) 
 
➢ Sociedade de Economia Mista – capital misto. A maioria do capital 
volante deve estar nas mãos do poder público. 
 
➢ FORMA SOCIETÁRIA 
 
➢ Empresa Pública – qualquer forma societária, inclusive sociedade 
unipessoal (tem Assembleia Geral) ou Empresa Unipessoal (não tem 
Assembleia Geral). (FCC/2016/COPERGÁS-PE) 
 
➢ Sociedade de Economia Mista – sociedade anônima (S/A – 
Companhia) 
 
➢ DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA 
 
➢ Empresa Pública Federal – competência da Justiça Federal. 
 
➢ Sociedades de Economia Mista – competência da Justiça Estadual 
(salvo se a União estiver atuando como assistente ou opoente, ou, 
ainda, se a matéria deslocar a competência nos moldes dos outros 
incisos do art. 109, da Carta Magna). 
 
➢ Exemplos de Empresas Públicas: BNDES, Companhia Nacional de 
Abastecimento, Radiobrás, Caixa Econômica Federal, Casa da Moeda, etc. 
 
➢ Exemplos de Sociedades de Economia Mista: Banco do Brasil, BNB, 
Petrobrás. 
 
Finalidades das Empresas Estatais 
 
Prestar serviços públicos mediante delegação OU explorar determinadas atividades 
econômicas de interesse da coletiva. 
 
É possível que o lucro seja consequência de uma determinada atividade. 
 
O entendimento majoritário é que as empresas estatais criadas por uma entidade pública, 
com recursos exclusivamente dela decorrentes, poderá atuar na prestação de serviços 
públicos, mediante delegação legal, ou seja, a lei específica de criação destas entidades 
transfere a elas o poder de executar determinada atividade pública que configura sua 
finalidade essencial. 
 
Se for criada com capital de mais de um ente federativo, qualquer um deles pode 
transferir a execução dos serviços públicos, mediante contratos de concessão ou 
permissão. 
 
Assim, a empresa estatal não é titular do serviço público, só recebe a transferência da 
execução dele. 
 
(CESPE/2009/TRE-GO) Para a criação de uma empresa pública voltada para o 
processamento de dados durante as eleições, é necessário e suficiente ato do Poder 
Executivo autorizado por lei específica. 
 
(FCC/2019/AFAP) De acordo com a Lei 13303/16 as Empresas Estatais deverão divulgar 
documento com as políticas e práticas de governança corporativa, destinada não só à 
Administração Pública, mas ao público em geral. 
 
Regime Jurídico das Empresas Estatais. 
 
São pessoas jurídicas de direito privado. 
Não podem gozar de prerrogativas inerentes ao Estado, mas submetem-se às limtações 
do Estado e princípios administrativos. 
 
Para as entidades prestadoras de serviços públicos, o regime híbrico se aproxima do 
direito público. 
 
Para as exploradoras de atividades econômicas, seu regime é mais aproximado do direito 
privado, aplicando o direito público somente em caráter excepcional. 
 
Se submetem às licitações públicos e concurso público. 
 
Art. 173, §1º, CF. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade 
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção 
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços. 
➢ Agora essa lei já existe. 
 
Criação e Extinção 
 
A criação depende de autorização de lei específica. Mas essa lei não cria a entidade, 
devendo haver o registro dos atos constitutivos no Cartório de Pessoas Jurídicas (se for 
sociedade não comercial) ou na Junta Comercial (se tiver natureza empresarial) 
 
Assim como a criação, a extinção das empresas estatais também depende de lei específica 
que autoriza essa extinção. 
 
Obs. A criação e a extinção das EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS às Empresas Estatais também 
depende de lei específica que as autorize. As empresas estatais NÃO podem criar 
subsidiárias sem permissão legal expressa. 
Mas a lei responsável pela criação da empresa estatal pode, previamente, autorizar a 
criação de suas subsidiárias, não sendo necessária a edição de uma lei específica para 
cada subsidiária a ser criada. Uma vez editada a lei autorizativa específica para criação 
da entidade, se nela já houver a permissão para o estabelecimento de subsidiárias, o 
requisito de autorização legislativa acha-se cumprido, não sendo necessária a edição de 
lei específica. 
 
Controle 
 
Submetem-se ao controle finalístico pelo ente da Adm. Direta responsável pela sua 
instituição e também à fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Tribunal de 
Contas. 
 
Responsabilidade Civil 
 
É objetiva quando se tratar de entidade prestadora de serviço pública. (Objetiva e 
primária – e a do ente instituidor é subsidiária) 
 
Quando for entidade exploradora de atividade econômica a responsabilidade civil é 
definida pelo direito privado. 
 
Bens 
 
NÃO são bens públicos. 
 
Mas os bens atrelados à prestação de serviços públicos possuem algumas prerrogativas 
dos bens públicos, como a imprescritibilidade e a impenhorabilidade. 
 
Não se admite a aplicação do regime de precatórios. 
 
Obs. No que se refere à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, por prestar serviços 
públicos exclusivos de Estado, quais sejam, o serviço postal e o correio aéreo nacional, 
goza de regime de Fazenda Pública, com todas as prerrogativas e limitações aplicáveis às 
entidades públicas, inclusive gozando de impenhorabilidade de bens, bem como a 
incidência de prerrogativas processuais e imunidade tributária. 
 
(CESPE/2010/TRE-MT) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, apesar de ter sido 
constituída como uma empresa pública federal, possui natureza tipicamente pública, por 
prestar serviço público sujeito à responsabilidade exclusiva da Adm. Direta, e goza de 
imunidade tributária e impenhorabilidade de seus bens. 
 
Obs. Os serviços de entrega de encomendas e impressos não são considerados serviço 
postal propriamente dito e, desta forma, podem ser praticados por particulares mediante 
delegação de atividade. 
 
Privilégios processuais 
 
Não gozam das prerrogativas processuais. 
 
Seus créditos também não são considerados dívida ativa do ente federativo. 
 
Não há procuraçãoex lege para seus representantes judiciais, devendo haver a nomeação 
de advogados através de procuração. 
 
Regime de Pessoal

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