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BOLHAS INTRAEPIDÉRMICAS EPIDEMIOLOGIA LESÃO ELEMENTAR SINTOMAS DIAGNÓSTICO EXTRAS TRATAMENTO PÊNFIGO VULGAR Forma + grave e comum; Universal (acomete brancos e negros); 4°- 6° década, acometimento oral de 90%; história de afta. Obs.: Desmogleína 1 e 3: oral e pele; Desmogleína 3: oral Bolhas e erosões orais e cutâneas / Ulcéras aftosas Hallopeau: localizado, brando e benigno. Localiza-se em áreas de flexão, mas podem estar acompanhadas de lesões nas mucosas oral, genital e anal Neumam: severo, extenso e persistente. Caracteriza-se por lesões vegetantes úmidas Bolhas orais são efêmeras, rompendo-se precocemente e deixando áreas erosivas, podendo ser torna extremamente dolorosas a alimentação, precedem semanas/meses as manifestações cutâneas. Bolhas cutâneas são pouco tensas, apresentam crescimento centrífugo, alcançando tamanhos variáveis¸ podem ocorrer de forma isolada/localizadas, mas com tendência à generalização. Prurido e Dor Bife sangrento - bolhas frágeis e com erosões dolorosas pele e que sangram com facilidade Odor ninho de ratos Teste Tzanck + (raspagem da bolha) Histopatológico: descolamento intraepidérmico logo acima da camada basal, destacando todo o restante da epiderme (Sinal da Lápide de cemitério) + Imunofluorescência: acúmulo de IgG (+C3) na superfície dos ceratinócitos. Complicações: Infecção bacteriana, sepse, desnutrição, caquexia, na gestação pode agravar ou precipitar PV Formas variantes: Vegetante de Hallopeau e Neumam Clivagem acanto-lítica é suprabasal Corticosteroide sistêmico - Prednisona 1-2mg/ kg/dia por 6 semanas Alguns casos associar pulsoterapia (metilprednisolona) ou imunossupressores (azatioprina ou ciclosfosfamida) Casos muito graves: plasmaférese ou imunoglobulina IV. Profilaxia para estrongiloidíase – Ivermectina 200mcg/kg dose única VO PÊNFIGO FOLIÁCEO Cazenave clássico/eritematoso: forma não endêmica; 40 – 60 anos; ocorrência não familiar; Forma benigna e localizada Fogo selvagem: forma endêmica; Mais jovens; Predisposição genética; Área geográfica (matas e rios); Pode ser induzido por drogas (penicilina, captopril); Há característica imunológica do Lúpus e pênfigo; FAN circulante; Auto Ac patogênico: IgG (IgG4); Auto Ag: dsg 1 (160 KD) São lesões vesicocrostosas (recobertas por escamas) Inicia-se em áreas seborreicas (face, no couro cabeludo e em região esternal e/ou interescapular) Cazenave clássico/eritematoso: Lesões eritemato-crostosas em região malar e aéreas seborreicas. Lesão em “asa de borboleta” na face As bolhas costumam ser pouco evidentes e tão efêmeras que podem passar despercebidas, deixam intensa descamação Fase pré-invasiva: lesões podem permanecer localizada por tempo variável e regredir espontânea-mente por tempo variável Período invasivo: tendência a generalização Período de estado: universalização (toda pele acometida) evoluindo para eritrodermia (acomete > 80% do corpo) Tardiamente: lesões papilomatosas, verrucosas, hiperpigmentação, aspecto de pele de leopardo e em “salpico de lama”, onicorrexe e onicólise com descoloração, alopecia difusa do couro cabeludo, das orelhas, das sobrancelhas, das axilas, do púbis e ceratodermia palmo-plantar Não acomete mucosas; palmas e plantas não é esperado Cazenave clássico/eritematoso: Luz solar pode desencadear lesão Fogo selvagem: Sensação de queimadura ou ardor; Progressão crâneo-caudal, erosões, fotossensibilidade Suspeita clínica e confirmação pela biopsia Histopatológico: zona de clivagem em uma região superficial da epiderme (toda camada córnea pra cima) + Imunofluorescência: é semelhante ao de PV [acúmulo de IgG (+C3) na superfície dos ceratinócitos] Complicações: Piodermites, dermatofitoses, verrugas virais Curso e prognóstico: Pode ser localizado por anos e depois evoluir para eritrodermia esfoliativa (generalizado): pênfigo eritematoso Clivagem acantolótica é granulosa Corticosteroides sistêmicos 1mg/kg/dia de Prednisona Em casos de PF localizado, corticoides tópicos. PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO Doença auto-imune mucocutânea associ-ada a neoplasia; Auto-Ac anti tumoral faz reação cruzada com Ag epitelial; Acometimento da traqueia, dos brônquios e dos pulmões leva, com frequência, leva ao óbito Lesões cutâneas polimórficas (lembram eritema multiforme ou Lúpus subagudo); Bolhas e erosões cutâneas Mucosite erosiva e dolorosa;; Conjuntivite pseudomembranosas; Manifestações intensas Histologia: Dermatite vacuolar de interface, necrose de queratinócitos e acantólise epidémica Neoplasias associadas: Linfoma não hodkin é o mais comum (36,6%); Leucemia linfocítica crônica (25%); Timomas benignos e malignos (5,5%) e Sarcoma e Carcinoma (mamas, brônquios e pâncreas) Má resposta terapêutica e prognóstico relacionado a neoplasia PÊNFIGO POR DROGAS D-penicilamina e Captopril, que são estruturalmente semelhantes por conterem o grupamento sulfidrila (tiol): reação cruzada com desmogleinas Nifedipina, penicilina, cefalosporinas e IECA (grupos não tiol) Semelhante ao Pênfigo foliáceo Quadro regride após suspensão das drogas BOLHAS SUBDÉRMICAS EPIDEMIOLOGIA LESÃO ELEMENTAR SINTOMAS DIAGNÓSTICO EXTRAS TRATAMENTO PENFIGÓIDE BOLHOSO Preferência por idosos ( > 60 anos, com pico de > 80); mais comum em pele e mucosa; Frequente-mente diagnosticado como urticária; Bolhas em mucosas orais (24%); Relativamente benigno. Área localizada de eritema ou pápulas urticariformes pruriginosas -> placas Bolhas tensas com conteúdo citrino, erupção generalizada Fase inicial: inicia-se com lesões eritematosa e/ou urticariformes, com bolhas generalizadas, sem prurido, tensas, grandes (as vezes hemorrágicas), em base eritematosa ou em pele normal, não agrupadas, com predileção pelas superfícies de flexão e tronco Fase bolhosa: bolhas subepidérmicas, tensas, grandes, generalizadas, placa urticariformes, conteúdo seroso ou hemorrágico. Zonas flexurais, virilhas e abdome, pruriginosas, distribuição simétrica Nikolsky – Clínico + Histopatológico + imunofluorescência: (bolhas subepidérmicas com degeneração da membrana basal) ID depósito linear ao longo ZMB (c3, IgG e IgA), IFI, eosinofilia secundária Não há acantólise Desencadeantes: Drogas, traumas, RUV, radioterapia, queimaduras Sem tratamento: pode permanecer localizado, sofrer remissão ou generalizar Remissão: 30% em 2 anos, 50% em 3 anos Corticoide sistêmico Prednisona 40 – 80 mg/dia (dependem da gravidade do quadro) Tópico: cremes de corticoides – formas localizadas Podem ser usados para metotrexato (MTX), ciclosporina Há casos que respondem bem a dapsona ATB - se infecção secundária DERMATITE HERPETIFORME ou DERMATITE DE DURHRING-BROCQ Doença crônica; Enteropatia sensível ao glúten clínica ou subclínica; Início insidioso; Não tem relação com vírus herpes; Mais comum entre os 20 a 50 anos e homens; Maioria descendente do norte europeu (raro em asiáticos ou africanos). Lesões eritematosas de aspecto urticariforme, seropápulas, pequenas bolhas, ou bolhas grandes. Erupção papulopruriginosa com vesículas simétricas as superfícies extensoras de cotovelos e joelhos, fronte, dorso, região interescapular e sacra, mas não mucosas. Pode ter prurido ou sensação de queimação antes; Evolui em surtos e não compromete estado geral; Distribuição simétrica, prurido e hipercromia residual; Sintomas gastrointestinais pouco frequente; Grupamento de lesões com crescimento centrifugo, maior quantidade de bolhas na periferia; Lesão em face e boca é rara Inumofluorescência: padrão granular de IgA na papila Dosar Ac séricos: anti gliadina, anti endomísio e anti transglutaminase tecidual Histológico: papilite neutrofílica e/ou eosinofílica, clivagem subepidérmicas Investigação de doença celíaca Obs: A resposta terapêutica satisfatória à Dapsona e a piora com o uso de Iodeto de potássio são características do PH ou DH Dapsona: 100 a 200 mg/dia e a dose de manutenção pode chegar a 25 mg/dia ou em dias alternados (associada ou não CTA) Sulfonas Dieta isenta de glúten PENFIGÓIDE DASMEMBRANAS MUCOSAS ou PENFIGÓIDE CICATRICIAL Doença rara e crônica que acomete membranas mucosas com êxito cicatricial; Sexo feminino; 60 – 80 anos; Maior incidên-cia de CA sólido; Morbidade – grau de acometimento e localização afetada Bolhas subepidérmicas e erosões/escoriações na mucosa oral com ou sem cicatriz Bolhas são efêmeras e localizadas preferencialmente na mucosa; Comprometimento de 2 ou mais mucosas, com ou sem cicatriz: Oral (91%), conjuntival (66%), esofágica (60%), laríngea (21%) e da genitália (19%); Acometimento ocular inicia-se com conjuntivite e evolui pra queimação; Gengivite descamativa Clínico: Bolhas subepidérmicas, clivagem subepidérmica, infiltrado inflamatório misto Nikolsky e Tzanck - Complicações: Entrópio; Triquíase; Amaurose; Sinequias; Estenoses, disfagias, rouquidão, dispneia; Aderências prepúcio e glande Conservador: Bochecho com corticoesteroide Se grupo de alto risco: Pulsoterapia com Metilprednisolona, ou imussupresor (Ciclofosfamida) Obs.: procedimentos cirúrgicos como traqueostomia e gastrostomia têm sido indicados em determinados DERMATOSE POR IgA LINEAR Doença bolhosa, autoimune rara; Adquirida; de etiologia desconhe-cida; Adulto (60-65 anos) e criança (4-5 anos) Placas urticadas, pápulas, vesículas e bolhas Colar de pérolas: lesões anulares com bolhas na periferia, maior frequência em crianças, pode ser muito pruriginosa Pequenas vesículas que se agrupam dando aspecto circinado; Bolhas grandes, tensas e áreas erosadas; Prurido (ausente a intenso); Podem acometer mucosa (60-80%); Pode ser desencadeada por fármacos, em especial vancomicina, penicilina, cefalosporina, AINEs Dapsona ou Sulfonamida EPIDERMÓLISE BOLHOSA ADQUIRIDA Doença autoimune adquirida; Relação com doenças como: DM, LES, doença inflamatória intestinal, tireoidopatias; Bolhas induzidas por traumas Bolhas induzidas por trauma (região acral e áreas de trauma); Involuem com cicatriz atrófica e/ou milia; Pode acometer unhas. Imunofluorescência: cora no assoalho da bolha Corticoide em altas doses Imunossupressores Imunoglobulina ou plasmaférese tem alguns bons resultados Esteroides + Dapsona ou sulfonamidas
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