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30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/45 INJEÇÃO ELETRÔNICA AUTOMOTIVA AULA 3 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/45 Prof. Anderson GabardoCONVERSA INICIAL Nesta aula, estudaremos mais a fundo o gerenciamento eletrônico do motor. Entenderemos o significado do termo e sua base de funcionamento, que será utilizada em todo percurso de aprendizagem. Esse recurso é utilizado também em outros sistemas do veículo, uma vez que o gerenciamento eletrônico do motor foi precursor para gerenciarmos eletronicamente vários outros sistemas do veículo, como freios, direção, condicionador de ar, entre outros. Veremos as estruturas internas e estratégias de funcionamento de nossa central de gerenciamento. Por fim, entraremos a fundo nos sensores do sistema de gerenciamento eletrônico do motor. TEMA 1 – GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DO MOTOR Antes de iniciarmos nossa caminhada nos sistemas de gerenciamento do motor, precisamos entender bem o significado de gerenciamento eletrônico, o porquê de sua utilização e as vantagens que trazem a nossos veículos. Veremos agora a estratégia utilizada e nossa central de gerenciamento eletrônico. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/45 1.1 GERENCIAMENTO ELETRÔNICO Para melhor entendermos o termo gerenciamento eletrônico, que poderemos empregar em qualquer sistema do veículo, faremos uma analogia com o nosso corpo. Nós, seres humanos, possuímos cinco sentidos: audição, tato, paladar, olfato e visão. Com base nas informações desses sentidos, alimentamos nosso cérebro para que ele promova as reações em nossos órgãos. Alguns órgãos funcionam praticamente de forma automática, como o coração, porém outros são comandados intencionalmente pelo cérebro, como nossos braços, por exemplo. Se nossa mão tocar em uma superfície muito quente, a informação de perigo é enviada imediatamente ao cérebro (por sinais elétricos), que, com uma resposta imediata, comanda nossa mão a deixar de tocar essa superfície. Logo, nossa pele sentiu uma característica de onde estava tocando (sensor), enviou a informação ao cérebro (gerenciador), que instantaneamente comandou o movimento ao nosso braço (atuador). Figura 1 – Corpo humano e gerenciamento eletrônico 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/45 Créditos: Mybox/Shutterstock. Em todos os sistemas de gerenciamento eletrônico dos veículos, o princípio de funcionamento será este: sensores, central de gerenciamento e atuadores. Figura 2 – Princípio de funcionamento dos sistemas de gerenciamento eletrônico de veículos 1.1.1 COMPONENTES DO GERENCIAMENTO 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/45 Podemos definir então que um sensor é o componente que transforma efeitos da física em sinais elétricos, os quais serão enviados à central de gerenciamento através dos chicotes elétricos. Figura 3 – Componentes de gerenciamento Créditos: Olga Litvinchuk/Shutterstock. O sensor de temperatura do motor capta a variação da temperatura do líquido de arrefecimento do motor e informa para a central de gerenciamento do motor, a qual é o cérebro do sistema, que recebe e interpreta os sinais de todos os sensores ao mesmo tempo e age comandando os atuadores. A central então é o cérebro do sistema. Figura 4 – Central de gerenciamento Créditos: Bachtub Dmitrii/Shutterstock. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/45 Já os atuadores receberão os sinais elétricos enviados pela central e realizarão algum trabalho, que influenciará no funcionamento do motor. Com esse atuador da marcha lenta, dependendo da informação da central de gerenciamento do motor, aumentará ou diminuirá a rotação de marcha lenta do motor. Figura 5 – Atuador da marcha lenta Créditos: Monte_a/Shutterstock. 1.1.2 CENTRAL DE GERENCIAMENTO Vamos entender agora as estratégias e o funcionamento da central de gerenciamento eletrônico do motor. A central de gerenciamento recebe e interpreta os sinais vindos dos sensores, aplica a seus mapas previamente memorizados e impõe os parâmetros necessários para comandar os atuadores, como a bobina de ignição, o tempo de injeção, a quantidade de ar para mistura e a marcha lenta. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/45 Podemos classificar a central como um computador cujo microprocessador é o cérebro do sistema que executa as instruções contidas em seus programas. Sua memória possui o programa principal que controla o sistema de dados e parâmetros recebidos e um programa de diagnose, responsável pela gravação dos códigos de falha e da comunicação com o equipamento de teste. Isso ocorre graças a três tipos de memórias diferentes RAM (Random Access Memory = Memória de Acesso Aleatório), ROM (Read Only Memory = Memória de Leitura) e EEPROM (Electrical Erasable Programmable Read Only Memory = Memória para Leitura Programável/apagável eletricamente). Figura 6 – Unidade de controle eletrônico do motor Créditos: Henadzi Kllent/Shutterstock. Figura 7 – Scanner 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/45 Créditos: Rumruay/Shutterwtock. A central processa os dados e consegue ter parâmetros que se adaptam às alterações mecânicas e de desgaste dos componentes, além de armazenar eventuais falhas que podem ser consultadas e apagadas via scanner. No interior da central existem diferentes blocos de componentes para cada etapa de tratamento de sinais elétricos. O bloco de alimentação é o local por onde a central é alimentada com carga da bateria e é composto por capacitores, transistores, resistores, diodos e transformadores. No bloco de entrada da central, existem componentes que transformam sinais elétricos enviados pelos sensores em sinais eletrônicos para interpretação do processador. O bloco de saída de sinais para atuadores, composto basicamente por transistores de potência, transforma os sinais eletrônicos do processador em sinais elétricos para comandar os atuadores. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/45 Figura 8 – Raio X de uma unidade de controle de motor Créditos: Radiological Imaging/Shutterstock. TEMA 2 – SENSORES Para nosso entendimento de injeção eletrônica, é essencial entendermos a fundo cada sensor do sistema, pois toda decisão calculada na peça central terá por base as informações dos sensores. Logo, é comum termos mau funcionamento em um atuador e este mau funcionamento ser relativo a uma informação enviada de maneira equivocada por um sensor qualquer. Veremos agora como são construídos os sensores, onde estão localizados, que tipo de sinal enviam à central e como procedemos em seus testes. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/45 2.1 SENSORES DE MOVIMENTO Figura 9 – Sensores de movimento Créditos: Alexander Kazharski/Sdobe Stock. Veremos agora quais são os principais sensores que transformam movimento em sinal elétrico, pois a central precisa saber a posição de cada cilindro, das válvulas de admissão e também a velocidade do veículo. Para isso, estudaremos agora os sensores de rotação, fase e velocidade. Os sensores de rotação têm a função de enviar sinal à central de gerenciamento eletrônico, que calcula a rotação e a velocidade do eixo onde é instalado o sensor, que pode ser a árvore de manivelas, identificando a posição e a velocidade dos cilindros, o comando de válvulas, identificando a posição de cada válvula e até o eixo das rodas, sabendo a velocidade de rotação dos pneus. Para cada item que estudarmos, veremos sua função, como são construídos, seu funcionamento e principalmente seus testes. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/45 Saber testar e interpretar os resultados dos testes é fundamental para uma perfeitacorreção de falhas no sistema. 2.1.1 SENSOR DE ROTAÇÃO E PMS (CKP) Para os sistemas de injeção e ignição eletrônica, é fundamental a central de gerenciamento eletrônico saber com precisão a posição de cada cilindro e sua velocidade. Para isso, é instalado o sensor de rotação e PMS, captando a rotação da árvore de manivelas. Com essas informações, a central de gerenciamento saberá o momento exato de comandar as bobinas de ignição e os eletroinjetores. Os sensores de rotação mais utilizados são de relutância magnética variável, efeito Hall e magneto-resistivo. O sensor de relutância magnética variável ou indutivo possui um imã permanente com uma bobina enrolada sobre ele. Solidária à árvore de manivelas é instalada uma da roda fônica. Figura 10 – Interruptor de nível magnético 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/45 Créditos: ZhdanHenn/Shutterstock. Toda vez que um dente da roda passa pelo sensor indutivo, a relutância do circuito magnético diminui e, na ausência do dente, a relutância aumenta, induzindo uma corrente alternada (onda completa). Assim, quando a roda gira, o fluxo magnético varia e induz uma corrente alternada na bobina captora, formando pulsos sincronizados com a passagem dos dentes pelo sensor. Figura 11 – Dentes do sensor 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/45 Crédito: Elias Aleixo. Nos terminais do sensor então é possível medir pulsos de tensão e, toda vez que um dente passa pelo sensor, esse valor depende da velocidade de rotação da roda fônica. Para a central de gerenciamento eletrônico, não basta saber somente a rotação da árvore de manivelas; é preciso também conhecer o PMS de cada cilindro. Para se criar uma referência de posição, a roda fônica é construída com a ausência de um dos dentes. Utilizaremos o exemplo de uma roda fônica com 60 dentes (leremos 60-2 dentes), logo a distância entre cada dente será correspondente a determinado ângulo – neste exemplo, de 6° (360° dividido por 60 dentes menos 2) que foram removidos para se criar nossa referência. O início do sincronismo para a injeção e ignição é reconhecido assim que o sensor passa pelo espaço vazio dos dois dentes faltantes, criando assim a 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/45 referência. Com base nessa referência, a central inicia a contagem a partir do primeiro dente depois da falha, contando um determinado número de dentes, de acordo com o projeto, encontra-se o PMS do pistão 1 e, com base nele, monta-se o mapa de sincronismo. Na montagem de um sensor indutivo, sempre precisamos verificar com precisão a posição do suporte do sensor em relação à roda fônica, uma vez que o ângulo em relação à árvore de manivelas interferirá no reconhecimento da posição dos pistões pela central de gerenciamento. Figura 12 – Sensor indutivo Crédito: Elias Aleixo. A distância entre o sensor e a roda fônica também precisa ser respeitada, uma vez que ela interferirá na formação da onda de corrente alternada. Para medirmos essa distância, utilizaremos o especímetro (ou calibre de lâminas). 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/45 Para testarmos o sensor indutivo ainda instalado no veículo, utilizamos o ohmímetro graduado na posição adequada, removemos a conexão entre o sensor e o chicote do veículo e tocamos com os cabos do ohmímetro aos cabos de saída do sensor de rotação e PMS. Nesse teste, medimos os valores de resistência da bobina interna do sensor, os quais devem ser bem próximos ao valor orientado pelo fabricante. Valores de resistência muito altos ou infinitos indicam interrupção na bobina do sensor; valores muito baixos ou próximos a zero ohms indicam curto circuito na bobina do sensor. É preciso atentar para a temperatura do sensor no momento do teste, pois é comum a bobina do sensor entrar em curto circuito com a elevação de temperatura, retornando ao valor ideal com a baixa na temperatura, causando um defeito intermitente ao veículo. Com o multímetro ainda conectado aos cabos do sensor de rotação e PMS, graduamos nosso multímetro para tensão alternada e acionamos a partida do motor, observando a geração de tensão alternada pelo sensor. O mesmo teste pode ser feito com auxílio do osciloscópio. O sensor de efeito Hall consiste em um sensor de duas partes, uma fixa e outra rotativa. O impulsor possui um ímã permanente com peças condutoras e de um circuito integrado (CI – Hall) que age como um interruptor eletrônico que possui um modelador de impulsos, um amplificador, um estabilizador de tensão e um compensador de temperatura, além da placa semicondutora Hall. No efeito Hall, uma corrente elétrica percorre uma camada semicondutora (camada Hall). Quando essa camada é exposta a um campo magnético de sentido perpendicular, origina-se entre as áreas de contato A1 e A2 uma tensão baixa denominada de tensão Hall. Com intensidade da corrente constante, a 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/45 tensão Hall dependerá exclusivamente da intensidade do campo magnético. Quanto mais intenso o campo, maior será a tensão de Hall. Em nossos testes com osciloscópio ou caneta de polaridade, observaremos a geração de eletricidade por uma onda quadrada. Figura 13 – Efeito Hall Crédito: Elias Aleixo. 2.2 SENSOR DE FASE (CMP) Para os sistemas com injeção eletrônica sequencial fasada, a central de gerenciamento do motor precisa reconhecer a posição do comando de válvulas, pois é necessário comandar os eletroinjetores no momento correto da abertura das válvulas de admissão. Essa informação é enviada pelo sensor de fase CMP, que é, em geral, um sensor semelhante ao sensor de rotação da árvore de manivelas, porém medindo a velocidade de rotação do eixo do comando de válvulas. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/45 Diferentemente do sensor de rotação e PMS, o sensor de fase precisa somente conhecer a velocidade e a posição de um dos cames do comando, calculando posteriormente a posição de todos os outros. Para isso, é forjado ao eixo um dente que permitirá a geração de sinal pelo sensor. 2.2.1 SENSOR DE FASE VIA SOFTWARE Para alguns sistemas com injeção eletrônica, o sensor de fase físico já foi substituído por uma estratégia que chamaremos de sensor de fase via software. Quando se aciona a ignição, a rotação vai a em torno de 1500 rpm e posteriormente baixa para rotação de marcha lenta 850 rpm. Durante esse período, a central de injeção corta a alimentação do eletroinjetor 1, sem injeção de combustível no primeiro cilindro por 2 a 3 ciclos consecutivos (uma a cada 720°). Percebendo a oscilação na desaceleração, a central reconhece a fase de combustão do primeiro cilindro. Percebendo esse momento, o mapa da injeção é mantido na sequência de ignição do motor. Em alguns sistemas existe apenas a redução da quantidade de combustível injetado no primeiro cilindro para detectar a fase. Esse procedimento pode ainda se repetir em desaceleração de 2.000 a 1.000 rpm. Figura 14 – Car camshaft 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/45 Créditos: Oleksandr Grechin/Shutterstock. Figura 15 – Controle metálico do motor do carro com elementos plásticos Créditos: Aleksandr Kondratov/Shutterstock. 2.3 SENSOR DE VELOCIDADE DO VEÍCULO (VSS) O sensor de velocidade indica para a central de gerenciamento qual é a velocidade do veículo. Essa informação é utilizada pela central para as estratégias de freio motor, cut off e marcha lenta, além de repassar a informação ao conjunto dos 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/45 instrumentos. O sensor de velocidade é montado solidário ao sistema de transmissão, por meio de roda dentada ou acionado por mecanismo de saída do velocímetro. Quando o veículo está em movimento e a aceleração é interrompida, a central de gerenciamentoentende que o motorista quer utilizar o freio motor, pois o veículo recebe informações do sensor de velocidade e do sensor do pedal do acelerador. Nessa condição, a central interrompe o pulso dos eletroinjetores, de modo que os pistões não recebam combustível e, consequentemente, não produzem potência. Essa estratégia é conhecida como cut off, porém, à medida que o veículo comece a ter a velocidade cada vez mais reduzida chegando quase ao repouso, é necessário que a central comande novamente os eletroinjetores e o atuador de marcha lenta para que estes mantenham o motor funcionando sem trepidações. A informação mais importante utilizada pela central nesse momento vem do sensor de velocidade do veículo. Figura 16 – Sensor de velocidade da roda do carro Créditos: Notsuperstar/Shutterstock. Figura 17 – Sensor de ABS 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/45 Créditos: Kudrin/Ilia/Shutterstock. TEMA 3 – SENSORES DE TEMPERATURA Veremos agora quais são os principais sensores que transformam energia térmica em sinal elétrico. Sabemos que o processo de combustão do motor precisa reagir de maneira diferente quando houver variações de temperatura tanto do motor quanto do nosso meio. Para isso, os diferentes sensores de temperatura têm fundamental importância no bom funcionamento do motor. Antes do gerenciamento eletrônico do motor existiam redundâncias de sensores, por exemplo, nos primeiros veículos com injeção eletrônica do Brasil LE Jetronic + EZK, somente para se medir a temperatura do motor, eram necessários seis sensores. Sensor de indicador de temperatura do painel de instrumentos; Sensor para partida a frio; Sensor de para unidade Le Jetronic; Interruptor de acionamento do eletro ventilador; 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/45 Sensor de temperatura do cofre do motor (partida a quente); Sensor de temperatura do ar incorporado ao medidor de fluxo de ar. Com o gerenciamento eletrônico, a informação de um sensor é enviada à central de gerenciamento, que trata este sinal e o envia para toda rede de comunicações do veículo. Figura 18 – Sensor de temperatura do carro Créditos: Notsuperstar/Shutterstock. 3.1 SENSOR DE TEMPERATURA DA ÁGUA O sensor de temperatura da água está localizado no sistema de arrefecimento próximo à válvula termostática e é capaz de perceber a variação de temperatura do líquido de arrefecimento e informar essa variação sob a forma de sinal elétrico à central de gerenciamento eletrônico do motor. O sensor é construído em uma estrutura metálica ou plástica que serve de guarnição ao elemento resistivo que é composto por um termístor do tipo NTC (coeficiente negativo de temperatura) ou PTC (coeficiente positivo de temperatura). 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/45 Sistemas mais modernos contam com dois sensores de temperatura em diferentes pontos do sistema de arrefecimento, principalmente sistemas que possuem gerenciamento eletrônico de bomba d’água e ou válvula termostática. 3.1.1 SENSOR DE TEMPERATURA NTC Em um termístor do tipo NTC, seu valor da resistência é inversamente proporcional ao valor de variação da temperatura, ou seja, quando a temperatura sobe, a resistência elétrica do sensor diminui e quando a temperatura desce, a resistência elétrica do sensor aumenta. 3.1.2 SENSOR DE TEMPERATURA PTC Em um termístor do tipo PTC, seu valor da resistência é diretamente proporcional ao valor de variação da temperatura, ou seja, quando a temperatura sobe, a resistência elétrica do sensor também aumenta e quando a temperatura desce, a resistência elétrica do sensor baixa. 3.1.3 FUNCIONAMENTO DO SENSOR A estratégia que a central utiliza para ter a correta informação da variação de tensão do sensor dada a variação de temperatura da água é alimentar o sensor com uma tensão de referência de 5 V. Dado que esse circuito é projetado como um divisor de tensão, essa tensão é dividida entre uma resistência existente na central eletrônica e a resistência do sensor de temperatura da água. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/45 Assim, a central de gerenciamento consegue avaliar constantemente as variações de resistência do sensor observando suas mudanças de tensão e garantindo assim confiabilidade na informação recebida do sensor independente de variações de tensão externas. Todas as estratégias para o funcionamento do motor dependem da informação de temperatura do líquido de arrefecimento, rotação de marcha lenta, volume de combustível injetado (tempo de injeção), interpretação do sensor de oxigênio e cálculo do avanço de ignição. Para testarmos o sensor de temperatura da água, podemos utilizar nosso ohmímetro graduado na escala indicada e, à medida que percebemos a variação de resistência, aplicamos a variação na temperatura do sensor. Figura 19 – Invólucro do termostato e sensor de temperatura do motor Créditos: Trotz Olga/Shutterstock. É preciso sempre respeitar sempre a curva que relaciona resistência e temperatura de cada modelo de sensor. 3.2 SENSORES DE AR 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/45 Vimos que, para a melhor estequiometria, é fundamental dosarmos a perfeita concentração de ar, combustível e calor. Veremos agora quais são os sensores que informam à central de gerenciamento a massa de ar admitido pelo motor. Sabemos que a massa de um gás depende de sua temperatura e da pressão atmosférica à qual está submetido o gás. Nos sistemas de injeção eletrônica, utilizamos o sensor de temperatura do ar admitido, medidas de fluxo de ar e sensor de pressão absoluta. Vejamos agora como eles funcionam. 3.2.1 SENSOR DE TEMPERATURA DO AR Como vimos, a massa do ar que nossos motores respiram varia conforme sua temperatura. Para poder calcular a estequiometria, a central de gerenciamento do motor precisa dessa informação que vem diretamente do sensor de temperatura do ar. Figura 20 – Sensor de temperatura do ar 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/45 Composto por um termístor, normalmente do tipo NTC (coeficiente negativo de temperatura), que, alimentado pela central com 5V, varia sua tensão de retorno conforme varia a temperatura do ar do coletor. Figura 21 – Sensor de temperatura de refrigeração Créditos: Levchenko Hanna/Shutterstock. O sensor de temperatura do ar pode estar instalado no próprio coletor de admissão ou na mangueira que conecta o filtro de ar com o coletor de admissão. Em alguns sistemas, esse sensor já pode vir integrado ao medidor de fluxo de ar, ao sensor de pressão absoluta ou ao próprio corpo de borboleta. 3.2.2 SENSOR DE PRESSÃO ABSOLUTA (MAP) Sabemos que a pressão atmosférica pode variar bastante durante o deslocamento de um veículo, que pode estar no nível do mar e algum tempo depois estar a altitudes bem mais altas. Para que o motor não seja colocado em risco e a massa de ar admitida seja sempre a mais próxima da ideal, utilizamos o sensor de pressão absoluta (MAP). 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 26/45 Esse sensor tem como função informar as variações de pressão existentes no coletor de admissão e a pressão atmosférica local. Essa informação auxilia o cálculo da massa de ar admitida realizado pela central de gerenciamento. Figura 22 – Sensor de temperatura de ar Créditos: Aleksandr Kondratov/Shutterstock. O sensor MAP possui um diafragma (membrana) e um circuito cerâmico. Em sua superfície são serigrafados resistores com propriedades piezoelétricas que dividem as duas câmaras: uma delas é selada por uma placa de vidro e contém vácuo absoluto chamada de câmara aneroide; a outra está em comunicação direta com a fonte de depressão do motor (coletor). O sinal piezoelétrico deriva da deformação sofrida pela membrana. Antes de ser enviado à central, é amplificado por um circuito eletrônico internoà estrutura do sensor. Com o motor desligado (pressão no interior do coletor igual à pressão fora do coletor), o diafragma curva-se em função da pressão atmosférica. Dessa maneira, ao acionarmos a ignição a central de gerenciamento, obtemos a exata informação da altitude do veículo. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 27/45 Com o motor em funcionamento, a depressão gerada no coletor causa a ação mecânica no diafragma do sensor que se curva variando seus valores de tensão que informam a central a medida da depressão do coletor de admissão. Para testarmos o sensor MAP, utilizaremos nosso voltímetro graduado na escala adequada e, com auxílio de uma bomba de vácuo, aplicaremos uma depressão à entrada de ar do sensor, percebendo a variação de tensão conforme aplicamos variação na depressão do sensor. 3.2.3 MEDIDOR DE MASSA DE AR (MAF) Veremos agora como funciona o sensor que mede a massa de ar admitido, que chamamos de medidor de fluxo de ar. Figura 23 – Sensor de pressão absoluta do coletor de admissão Créditos: IevgenGluzhetsky/Shutterstock. Esse sensor que mede a massa de ar pode ser classificado como fio quente (hot wire) e filme aquecido (hot film). Está localizado entre o filtro de ar e a borboleta de aceleração. São considerados sensores térmicos de carga, que registram a massa de ar em kg/h 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 28/45 (quilogramas por hora), de acordo com o fluxo do ar aspirado. Esse fluxo resfria um corpo eletricamente aquecido. O fluxo de ar aspirado é conduzido através do fio aquecido, que é parte do circuito elétrico em ponte que mantém a temperatura do fio constante a 120 ºC. Com o fluxo de ar, a temperatura do fio tende a baixar. Para se manter a temperatura a 120 ºC, faz-se necessário mais corrente elétrica. Calculando essa variação de corrente, obtém-se um sinal elétrico da massa de ar admitida Um sensor de temperatura montado junto ao medidor de fluxo de ar garante que o sinal de saída não dependa da temperatura do ar admitido, ou seja, o fio aquecido será mantido na temperatura constante de 120 ºC. Figura 24 – Sensor do fluxo da massa de ar Créditos: Aleksandr Kondratov/Shutterstock. Como qualquer sujeira na superfície do fio aquecido pode alterar o sinal de saída, cada vez que se desliga o motor, eleva-se eletricamente durante um segundo a temperatura do fio para eliminar as possíveis impurezas. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 29/45 TEMA 4 – SENSORES DE ACELERAÇÃO Veremos agora os sensores que interferem diretamente na aceleração do motor e quais são os sensores que transformam ações do motorista em sinais elétricos para que a central de gerenciamento possa deixar a condução do veículo mais estável possível. Veremos também algumas estratégias utilizadas para melhorar a estequiometria e otimizar o desempenho do veículo. 4.1 SENSOR DE POSIÇÃO DA BORBOLETA (TPS) Nos sistemas mais antigos, sempre que acionamos o pedal do acelerador, puxamos um cabo que movimenta o eixo da borboleta de aceleração, permitindo a passagem de ar para o coletor de admissão. Nos primeiros sistemas de injeção eletrônica, o mesmo ocorre, mas, além da passagem mecânica do ar, precisamos informar eletricamente à central o quanto pretendemos acelerar o motor. Para isso, é instalado, solidário ao eixo da borboleta de aceleração, um sensor, chamado de sensor de posição da borboleta (TPS). O TPS é um potenciômetro com a função de traduzir o ângulo de abertura da borboleta de aceleração em um sinal elétrico para a central de gerenciamento do motor. Figura 25 – Conjunto do corpo do acelerador com sensor de lados diferentes 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 30/45 Créditos: Bachtub Dmitri/Shutterstock. A central alimenta o potenciômetro com tensão constante de 5 V e o sinal devolvido para a central aumenta a tensão à medida que se aumenta a abertura da borboleta. O parâmetro medido é a posição da borboleta desde a abertura mínima até a abertura máxima. O sinal do TPS é utilizado para as estratégias de aceleração, desaceleração, controle de emissões, freio motor e plena carga. Figura 26 – Parte automática do sensor de posição do acelerador 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 31/45 Créditos: Notsuperstar/Shutterstock. Figura 27 – Teste do TPS O teste do TPS deve ser feito com voltímetro graduado na escala 12V DC, com o sensor conectado ao veículo e auxílio de uma ponte conectora. O primeiro teste é o de alimentação do sensor que deve ter resultado de 5V entre os pinos + e –. Com a ponte conectora instalada, mediremos a tensão no borne de saída do sensor para a central. Essa tensão deve variar à proporção que varia a aceleração. O detalhe, porém, é que não se podem observar oscilações no valor medido pelo 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 32/45 voltímetro durante a aceleração, pois essa oscilação pode indicar desgaste na pista do resistor variável interno ao sensor. 4.2 SISTEMAS DE ACELERADOR MOTORIZADO Nos sistemas mais modernos, o cabo do acelerador foi substituído por componentes eletroeletrônicos. Nesses sistemas, ao acionamos o pedal do acelerador, estamos deslocando um potenciômetro (resistor de posição variável) e informando à central de gerenciamento do motor o quanto desejamos acelerar o motor. A central, por sua vez, entende essa informação e, em conjunto com outras informações dos mais diversos sensores, determina o quanto o servo motor no conjunto de borboleta deve abrir e permitir a entrada de ar para o motor. Figura 28 – Acelerador do carro Créditos: Bachtub Dimtrii/Shutterstock. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 33/45 4.2.1 SENSOR DO PEDAL DO ACELERADOR O sensor do pedal de acelerador transforma o movimento do pedal em sinal elétrico. Essa tensão permite à central de gerenciamento comandar o motor conforme o desejo do condutor, seja em aceleração ou desaceleração. Ao mesmo tempo, esse sinal também alimenta outros sistemas de gerenciamento, como o sistema da transmissão automática, freios ABS, controle de estabilidade e tração do veículo. Esse sensor possui pistas redundantes, ou seja, o mesmo cursor comanda duas pistas resistivas simultâneas, de modo que, caso exista falha em um dos sensores, o outro continue funcionando. Para o teste do sensor, devemos proceder como nos testes do sensor de posição da borboleta, seguindo o diagrama do sensor do pedal de acelerador e considerando que são dois potenciômetros. Figura 29 – Sensor do pedal do acelerador 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 34/45 Créditos: Aleksandr Kondratov/Shutterstock. 4.2.2 INTERRUPTOR DE PLENA CARGA DA DIREÇÃO HIDRÁULICA Alguns sistemas possuem um interruptor no sistema de pressão da direção hidráulica. Esse interruptor atua quando se aplica carga total à direção. Virando o volante totalmente para um dos lados, essa carga excessiva influencia na rotação do motor, principalmente em regime de marcha lenta. Figura 30 – Interruptor de plena carga da direção hidráulica 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 35/45 Crédito: Jefferson Schnaider. Sempre que o interruptor percebe esse aumento de pressão no sistema, informa à central de gerenciamento, que, com base nessa informação, corrige a rotação de marcha lenta, aumentando a passagem de ar e também o tempo de injeção dos eletroinjetores. 4.2.3 CONDICIONADOR DE AR Como sabemos, o sistema condicionador de ar interfere sensivelmente no desempenho do motor e consumo de combustível. Veremos agora como ele interfere no gerenciamento eletrônico do motor. Quando o sistema de condicionador de ar também possui gerenciamento eletrônico, a integração entre os sistemas já é automática, porém alguns sistemas ainda não possuem esse gerenciamento. Nessescasos, sempre que o compressor de ar é acionado, a central de gerenciamento do motor também recebe esse sinal. Figura 31 – Três diferentes compressores de ar condicionado para motores de carro diferentes 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 36/45 Créditos: Stason4ik/Shutterstock. Figura 32 – Bomba de direção hidráulica Créditos: Stason4ik/Shutterstock. Esta informação é utilizada pela central para corrigir a rotação de marcha lenta e principalmente o tempo de injeção, já considerando a nova carga recebida pelo motor. TEMA 5 – SENSORES DE OXIGÊNIO 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 37/45 O controle nas emissões de poluentes é uma busca constante pelas montadoras. Poder mensurar a qualidade da estequiometria é um dos grandes desafios do gerenciamento eletrônico do motor. Veremos agora os componentes que informam à central com que tipo de combustível o veículo foi abastecido, a proporção de oxigênio resultante da queima e se o avanço de ignição está sendo realizado no tempo correto. 5.1 SENSOR DE OXIGÊNIO O sensor de oxigênio ou sonda lambda, um dos sensores mais interessantes de toda indústria automotiva, transforma a diferença na concentração de oxigênio em sinal elétrico. O sensor de oxigênio está instalado no sistema de escapamento do veículo antes do conversor catalítico e é componente fundamental do sistema de controle de emissões de poluentes. A sonda lambda indica à central qual é a relação de ar/combustível que está sendo queimada naquele instante pelo motor. Figura 33 – Sensor de oxigênio 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 38/45 Créditos: Love the wind/Shutterstock. O sensor de oxigênio mede a concentração de oxigênio presente nos gases de descarga e compara com a concentração de oxigênio fora do sistema de escapamento (meio ambiente). O sensor de oxigênio é constituído por um corpo cerâmico à base de zircônia recoberto por uma fina camada de platina (eletrodos) que permite passagem de moléculas de oxigênio, fechada em uma das extremidades e instalada em um tubo protetor metálico. Figura 34 – Sensor de oxigênio 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 39/45 Créditos: Stason4ik/Shutterstock. A parte externa do elemento de zircônio encontra-se exposta ao fluxo dos gases de escapamento, enquanto a parte interna está em comunicação com o ar ambiente onde a taxa de oxigênio na atmosfera é sempre igual a 21% (composição do ar atmosférico 79% de nitrogênio e 21 % de oxigênio). A sonda é o único sensor que gera corrente contínua DC. Essa geração se dá quando ocorre uma diferença de concentração de oxigênio entre os dois lados da zircônia. A tensão gerada pela sonda é de 0 mV (não existe diferença na concentração de oxigênio entre os lados da zircônia) a 1.100 mV (grande diferença na concentração de oxigênio entre os dois lados da zircônia). Esse efeito só ocorre quando a zircônia está a uma temperatura entre 300 ºC e 350 ºC. Para que essa temperatura se mantenha estável nesses níveis, é instalado junto à sonda um aquecedor resistivo, que é alimentado pelo sistema elétrico do veículo e protegido por fusível. O funcionamento da sonda é possível por seu material cerâmico ser poroso e permitir uma difusão do oxigênio do ar (eletrólito compacto). 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 40/45 Portanto, quando o sensor detecta concentração de oxigênio no interior do escapamento muito alta, este produz pouca tensão, e a central entende que a mistura está pobre, aumentando assim o tempo de injeção a fim de enriquecer a mistura. Como as leituras e correções são dinâmicas e constantes, após esta alteração, a central novamente vai consultar a sonda a fim de perceber se o aumento no tempo de injeção surtiu efeito. Caso a resposta da sonda seja positiva, ou seja, se diminuiu a concentração de oxigênio no escapamento (aumentou a tensão enviada pela sonda), a central entende que a correção funcionou e novamente inicia um processo de baixa no tempo de injeção, processo que se segue sucessivamente. Figura 35 – Diferença entre mistura rica e mistura pobre Crédito: Smile Ilustras. 5.1.1 MISTURA RICA 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 41/45 Vejamos agora o que ocorre no sensor de oxigênio quando o sistema está com mistura rica: a concentração de oxigênio no escapamento está mais baixa que a concentração que entra vinda do ar atmosférico, e a sonda então gerará uma tensão mais alta para que a central baixe o tempo de injeção. 5.1.2 MISTURA POBRE Nesse caso, a concentração de oxigênio no escapamento está alta, logo existe menor diferença de concentração entre os gases do escapamento e os gases que entram no sensor. A sonda então gerará uma tensão mais baixa para que a central aumente o tempo de injeção e corrija a proporção de ar combustível. 5.1.3 CABOS DO SENSOR DE OXIGÊNIO Ao longo do tempo, os sensores de oxigênio também foram evoluindo, e uma das evoluções é com relação ao número de fios utilizados pelas sondas. Vejamos alguns exemplos: A sonda lambda de 1 fio é um tipo de sensor que apresenta somente o cabo de envio de sinal para a central e realiza seu aterramento diretamente na carcaça do sensor e também não possui o resistor de aquecimento interno. A central então calcula a temperatura ideal de trabalho da sonda com base na temperatura da água do motor. Figura 36 – Sonda lambda de 1 fio 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 42/45 Créditos: Yanik88/Shutterstock. Sonda lambda de 2 fios: esse tipo de sensor apresenta cabo de envio de sinal para a central mais um cabo para aterramento e também não possui o resistor de aquecimento interno. Sonda lambda de 3 fios: esse tipo de sensor apresenta cabo de envio de sinal para a central realiza o aterramento do sensor pela carcaça metálica e já possui resistor de aquecimento interno. Sonda lambda de 4 fios: cabo de envio de sinal para a central, e o cabo para aterramento do sensor também possui resistor de aquecimento interno. Figura 37 – Diferença entre as sondas lambda Crédito: Jefferson Schnaider. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 43/45 5.1.4 DEFEITOS NO SENSOR Como vimos, o sensor de oxigênio tem na base de seu funcionamento a entrada de moléculas de oxigênio pelo corpo cerâmico do sensor. A principal causa de falha nesse sensor é a contaminação da cerâmica da sonda. Essa contaminação se dá por materiais estranhos ao processo natural de combustão. Esses materiais podem vir de combustível ou lubrificante contaminados ou ainda de veículo que trabalhe em regime de temperatura de motor abaixo do ideal. Essas condições geram materiais que contaminam o sensor e bloqueiam a passagem das moléculas de oxigênio para o interior do sensor, assim a sonda deixa de perceber a presença correta de oxigênio no interior do sistema de escapamento e informa de maneira equivocada os dados à central de gerenciamento. Ainda não existe maneira eficaz de descontaminar o sensor, uma vez que a contaminação se dá em níveis moleculares. 5.2 SENSOR DE DETONAÇÃO O sensor de detonação é um sensor piezoelétrico, ou seja, transforma a deformação de suas placas em sinal elétrico e é construído de forma que alguns ruídos bem específicos causem a torção de suas placas e produzam esse sinal. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 44/45 Está preso ao bloco do motor em posição que possa perceber os ruídos de detonação de cada cilindro. Figura 38 – Sensor de detonação instalado no bloco do motor Créditos: Polsinaut/Shutterstock. Quando o sensor percebe a detonação, o ponto de ignição será retardado em etapas apenas para o cilindro específico, até que cesse a detonação. Na sequência, o ponto de ignição é lentamente ajustado até que o ponto de ignição especificado pelo PCM seja novamenteatingido. FINALIZANDO Nesta aula, vimos como se dá a estratégia de gerenciamento eletrônico e como podemos dividir as etapas em sensores, processamento de dados e atuadores. 30/03/2022 20:11 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 45/45 Vimos também os sensores que envolvem o gerenciamento eletrônico do motor, suas influencias na estratégia de funcionamento e os principais testes. REFERÊNCIAS BOSCH, R. Manual de tecnologia automotiva. 25. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005. MTE-THOMPSON. Materiais técnicos. MTE-Thompson, S.d. Disponível em: <https://www.mte-thomson.com.br/novidades/materiais-tecnicos/>. Acesso em: 19 jul. 2021.
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