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13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/51 INJEÇÃO ELETRÔNICA AUTOMOTIVA AULA 6 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/51 Prof. Anderson Gabardo CONVERSA INICIAL Nesta aula, estudaremos o revolucionário sistema de injeção estratificada, que tantos benefícios tem trazido aos veículos atuais. O sistema de injeção estratificada traz uma nova forma de entendermos a injeção de combustível, em que a massa do combustível não passará mais pelo coletor e pelas válvulas de admissão. Nesse sistema, o combustível será enviado diretamente à câmara de combustão por um sistema de alta pressão. Esses sistemas possuem algumas definições. As principais são GDI (Gasoline Direct Injection), FSI (Fuel Stratified Injection) ou, ainda, TSI (Turbo Stratified Injection). A estratégia de alimentar os cilindros com o combustível pulverizado melhora significativamente a homogeneização da mistura de ar combustível, otimizando a combustão, elevando a eficiência energética do veículo e baixando os impactos ambientais causados pelo motor a combustão. Vejamos, agora, como funciona esse sistema. TEMA 1 – SISTEMA DE INJEÇÃO ESTRATIFICADA 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/51 Antes de iniciarmos nossa caminhada nos sistemas de injeção eletrônica de combustível estratificado, precisamos entender as inovações em relação aos sistemas de injeção eletrônica convencionais. Vejamos como é o princípio de funcionamento do sistema de injeção direta de combustível em motores do ciclo Otto. 1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO A injeção eletrônica estratificada utilizada em motores do ciclo Otto possui algumas características já presentes em sistemas de motores do ciclo Diesel gerenciados eletronicamente. Figura 1 – Funcionamento da injeção eletrônica Crédito: Elias Aleixo. Diferente dos sistemas de injeção eletrônica convencional, em que o combustível era injetado no coletor de admissão antes das válvulas, nos sistemas 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/51 de injeção direta o combustível (gasolina ou etanol) será lançado diretamente na câmara de combustão, após as válvulas de admissão. A construção do motor também sofreu modificações para comportar o novo sistema. Nesses veículos, a câmara de combustão foi redesenhada e os pistões possuem uma câmara especial construída para facilitar o turbilhonamento do ar, melhorando a pulverização do combustível e consequentemente a queima da mistura. O sistema de admissão de ar possui ângulos mais favoráveis e que já condicionam o ar a esse turbilhonamento. Figura 2 – Injeção indireta e direta Crédito: Jefferson Schnaider. Claro que nessa situação uma parte do eletroinjetor precisa estar dentro da câmara de combustão e suportar toda a pressão das fases do motor ciclo Otto, principalmente da fase de ignição e expansão. Também receberão uma pressão 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/51 muito maior do que os eletroinjetores dos sistemas de injeção indireta. Por isso, os eletroinjetores são construídos em material especial de alta resistência. Figura 3 – Eletroinjetor Créditos: Stason4ik/Shutterstock. Outra condição importante é a elevação da pressão do combustível. Por isso, neste sistema, teremos duas fases de pressurização de combustível: a fase de baixa pressão, comandada por uma bomba elétrica semelhante à que já conhecemos e localizada no tanque de combustível, mas agora com um gerenciamento eletrônico em seu acionamento. A fase que chamaremos de alta pressão é executada por uma bomba mecânica ligada ao comando de válvulas do motor, que subirá substancialmente a pressão do combustível. O combustível sob pressão é direcionado da bomba de alta para o tubo distribuidor, que suporta e alimenta de combustível os eletroinjetores. É no tubo distribuidor também que se encontra o sensor de pressão de combustível. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/51 Figura 4 – Tubo distribuidor Créditos: Aleksandr Kondratov/Shutterstock. 1.1.1 BENEFÍCIOS DO SISTEMA DE INJEÇÃO ESTRATIFICADA Como já utilizado nos motores do ciclo diesel, o combustível de alta pressão possui um poder de queima mais homogêneo. Um grande benefício dos sistemas de injeção direta é a otimização da queima da massa do combustível, que aumenta significativamente o desempenho dos motores e diminui a emissão de poluentes principalmente CO2. A pulverização do combustível em conjunto com o desenho da câmara de combustão e cilindro permitem uma melhor mistura na formação do gás e o fluxo ordenado da mistura na direção da vela de ignição. Algumas montadoras utilizam uma combinação em conjunto com os dois sistemas (injeção direta e injeção indireta), em regimes de torque mais baixo do que a injeção indireta e quando se exige mais potência do motor entra em cena o sistema de injeção estratificada. O maior número de componentes e os custos mais elevados desses componentes também são fatores limitantes ao novo sistema e muito se 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/51 comenta sobre sua relação custo-benefício. Tudo que é novo pode trazer objeções, que certamente serão superadas com os ganhos de escala de produção e o aprendizado. Comparando os sistemas de injeção direta e indireta, encontraremos vantagens muito significativas no funcionamento dos sistemas de injeção direta. Porém, esse sistema possui um custo muito maior em ralação ao sistema de injeção indireta e requer alguns cuidados especiais na utilização do veículo, principalmente no que diz respeito às manutenções preventivas. Logo, nos sistemas de injeção direta, precisamos ter atenção redobrada quanto à qualidade do combustível e do lubrificante que usaremos. O Quadro 1 mostra o funcionamento do sistema e o porquê dos pontos de especial atenção. Quadro 1 – Funcionamento do sistema 1.2 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/51 Para facilitar nosso entendimento, vamos entender como o sistema de injeção direta evoluiu do sistema de injeção indireta. 1.2.1 ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL Como vimos, o combustível nos sistemas de injeção indireta é enviado por uma bomba elétrica ao tubo distribuidor, que pressuriza os eletroinjetores com uma pressão que varia de 2 a 6 bar (dependendo o modelo do veículo). Já no sistema de injeção direta, a bomba elétrica continua existindo, porém agora somente para alimentar uma bomba mecânica que chamaremos de Bomba de Alta Pressão, que vai alimentar os eletroinjetores com uma pressão entre 40 e 250 bar. O tubo distribuidor e o tubo de alimentação também precisaram ser reforçados para suportar a maior pressão gerada pela bomba de alta pressão. Figura 5 – Alimentação de combustível (1) 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/51 Créditos: Aleksandr Kondratov/Shutterstock. A bomba elétrica, que agora chamaremos de bomba de baixa pressão, teve modificações em seu acionamento. Nos veículos com injeção indireta, a bomba era alimentada por relés com alimentação constante, enquanto o motor a combustão estivesse em funcionamento. Nos sistemas com injeção direta de combustível a bomba, será acionada por um modulo auxiliar, que é comandado pela central de gerenciamento do motor. Figura 6 – Alimentação de combustível (2) Créditos: Bachtub Dmitrii/Shutterstock. Figura 7 – Alimentação de combustível (3) Créditos: Vizun/Shutterstock. Figura 8 – Alimentação de combustível (4) 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/51 Créditos: Ilmarinfoto/Shutterstock. Figura 9 – Alimentação de combustível (5) Crédito: Anderson Gabardo. 1.2.2 ALIMENTAÇÃO DE AR Como uma boa parte dos sistemas de injeção direta possui turbocompressor, os componentes do sistemade ar também sofreram visíveis alterações. No sistema de injeção indireta, a massa de ar admitida era medida pelo MAF. Nos sistemas de injeção direta com turbocompressor, mede-se a pressão 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/51 do coletor entre o filtro de ar e a turbina. Após a passagem do ar pela turbina, o sensor de pressão mede a pressão e a temperatura do ar que será admitido pelo motor. O sensor de pressão e temperatura do turbo envia essas informações à central de gerenciamento do motor, que calcula a massa de combustível a ser injetada no motor. Não somente pela regulagem do tempo de injeção; também agirá sobre a pressão do combustível gerada pela bomba de alta pressão. Figura 10 – Alimentação de ar Créditos: Lek Changply/Shutterstock. Após a pressurização do ar pela turbina, ocorre um aumento natural na temperatura do ar, que expande sua massa e consequentemente é fator que piora a queima. Para baixar essa temperatura, é utilizado um radiador trocador de calor, o Intercooler. Alguns sistemas contam com uma bomba d’agua elétrica, comandada pela central para refrigeração do ar no Intercooler e na turbina. A essa estratégia, podemos chamar de sistema de arrefecimento do Intercooler. A água do 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/51 reservatório de expansão circula por um radiador trocador de calor próprio (separado do radiador do sistema de arrefecimento). A bomba d’agua do Intercooler recebe um sinal PWM da central e pressuriza o líquido de arrefecimento pela turbina e pelo radiador do Intercooler. O sistema de arrefecimento do motor também evoluiu. Como a temperatura de trabalho do cabeçote e do bloco do motor são diferentes, o sistema de arrefecimento também trabalha de maneira independente para estes dois componentes. Na injeção eletrônica, o que percebemos é a existência de dois sensores de temperatura, um que mede a temperatura do líquido de arrefecimento no bloco do motor e outro no cabeçote. Figura 11 – Bomba d’água elétrica Crédito: Anderson Gabardo. TEMA 2 – SISTEMAS DE COMBUSTÍVEL 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/51 Para nosso entendimento do sistema de injeção estratificada, é essencial entendermos o funcionamento do sistema de combustível. Nesses veículos, vamos dividir o sistema de combustível em duas partes: sistema de baixa pressão e sistema de alta pressão. Vamos entender o funcionamento do sistema de baixa pressão e suas características de acionamento, bem como o novo sistema de alta pressão, seus componentes e seu funcionamento. 2.1 SISTEMA DE BAIXA PRESSÃO Veremos agora o funcionamento e a estratégia do sistema de baixa pressão e quais componentes foram agregados ao sistema que já conhecemos. Assim como no sistema de injeção indireta, no novo sistema também teremos uma bomba elétrica de combustível no interior do tanque, que conduzirá o combustível, agora alimentando a bomba de alta pressão. 2.1.1 ACIONAMENTO DA BOMBA ELÉTRICA DE COMBUSTÍVEL No sistema de injeção estratificada, a bomba elétrica de combustível do interior do tanque tem a função de manter a bomba de alta pressão alimentada de combustível. A maior diferença entre o sistema de injeção indireta e o sistema de injeção estratificada é o acionamento dessa bomba elétrica. Nos sistemas de injeção indireta, o relé é responsável por acionar a bomba elétrica sempre que o motor estivesse em funcionamento. Essa alimentação, com tensão da bateria do momento, ou seja, a bomba elétrica de combustível, recebia 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/51 a tensão com todas as variações de tensão ocorridas pelo sistema de carga do veículo, alterando assim sua rotação e, consequentemente, sua pressão. Essas variações de pressão são compensadas mecanicamente pela válvula reguladora de pressão. No sistema de injeção indireta, a bomba de elétrica de combustível envia pressão de combustível sem considerar maior ou menor demanda de combustível pelo veículo. Já nos sistemas de injeção estratificada, contaremos com um módulo de controle para a bomba elétrica de combustível. Figura 12 – Bomba elétrica de combustível Uma pequena central é instalada sobre a estrutura do copo da bomba elétrica de combustível e acessível para testes e substituições sem necessidade de retirada do conjunto da bomba de combustível do interior do tanque. Figura 13 – Central instalada na bomba elétrica 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/51 Crédito: Anderson Gabardo. O módulo de acionamento da bomba de baixa pressão enviará sinal de alimentação em sinais do tipo PWM (Pulse Width Modulation). O sinal PWM, ou modulação da largura do pulso, é uma estratégia de controle de tensão enviada a equipamentos elétricos, principalmente em sistemas de intensidade de iluminação e motores elétricos. Também é utilizado na codificação de sinais através da medição da largura de seus pulsos. Figura 14 – Controlador Créditos: Maikon Lucian Lenz/Shutterstock. O sinal PWM consiste em modular o ciclo ativo de uma onda quadrada (Duty Cycle). O controlador – no nosso caso, o módulo de controle da bomba – envia uma série de pulsos gerados em intervalos, que podem ser de mesma 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/51 duração ou não. Quanto mais largo o pulso, maior o envio de tensão e corrente, e maior o tempo de alimentação da bomba de baixa pressão. Figura 15 – Sinal PWM Créditos: Maikon Lucian Lenz/Shutterstock. O sinal PWM gerado pelo microcontrolador do módulo de controle da bomba é a estratégia para regular a tensão e a corrente elétrica enviadas à bomba de baixa pressão de combustível, regulando assim sua rotação e a pressão de combustível que será enviado à bomba de alta pressão. 2.2 SISTEMAS DE ALTA PRESSÃO Os sistemas de injeção estratificada têm por princípio elevar a pressão do combustível de maneira segura para que o combustível possa ser injetado diretamente na câmara de combustão. Veremos agora os componentes e suas estratégias de funcionamento. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/51 2.2.1 BOMBA DE ALTA PRESSÃO Para a elevação da pressão do combustível o sistema conta com uma bomba mecânica que chamaremos de bomba de alta pressão. Figura 16 – Bomba de alta pressão Créditos: Orlov Alexsandr/Shutterstock. Essa bomba terá acionamento mecânico e em geral será comandada por um dos comandos de válvulas, que por um came especifico acionará o mecanismo da bomba que comprimirá o combustível. Essa bomba mecânica tem a responsabilidade de aumentar a pressão do combustível da linha de baixa pressão, que varia entre 2 e 6 bar, para pressão de trabalho do sistema, que varia entre 40 e 250 bar, dependendo o regime de carga e modelos de veículos. Figura 17 – Motor automotivo 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/51 Créditos: Vixit/Shutterstock. 2.2.2 ELETROVÁLVULA DE CONTROLE DA PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL No sistema de injeção estratificada, precisamos elevar a pressão de combustível. Como vimos, o componente que pressuriza o combustível é a bomba de alta pressão, que é um componente mecânico acionado pela rotação do motor a combustão graças ao comando de válvulas. Figura 18 – Eletroválvula Créditos: Notsuperstar/Shutterstock. Essa pressão então precisa ser controlada, pois deve variar conforme as necessidades de utilização do motor. Para isso, teremos a válvula de controle de 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/51 pressão de combustível. Essa eletroválvula é comandada pela central de gerenciamento do motor, que limitará ou não a pressão do combustível enviada ao tubo distribuidor de combustível e ao conjunto de eletroinjetores. A eletroválvula recebe sinal PWM diretamente da central de gerenciamento do motor, comandando assim seu avançoou retrocesso. A central de gerenciamento do motor calcula a pressão necessária à condição de funcionamento do motor, considerando informações dos sensores de rotação e PMS, sensor de temperatura, sensor de pressão do turbo, tipo de combustível utilizado (etanol, gasolina ou a combinação de etanol e gasolina) e também do sensor de pressão de combustível localizado na linha entre a bomba de combustível e os eletroinjetores. Normalmente, esse sensor está localizado no próprio tubo distribuidor. Figura 19 – Motor Créditos: Vixit/Shutterstock. 2.2.3 A BOMBA DE ALTA PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/51 Vamos acompanhar agora os componentes internos da bomba de alta pressão. A bomba a seguir equipa o automóvel Peugeot 3008 com sistema Bosch MED 17.4. Como vemos, essa bomba possui algumas válvulas internas que permitem a passagem do combustível em um sentido e o bloqueio no sentido inverso. Também vemos os êmbolos e a eletroválvula reguladora de pressão. 2.2.4 FUNCIONAMENTO DA BOMBA DE ALTA PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL Vamos acompanhar agora o funcionamento interno da bomba de alta pressão de combustível em seu funcionamento normal, em que a pressão de alta estará entre 50 e 120 bar. O combustível vindo da bomba de baixa pressão entra pelo duto B e já encontra a eletroválvula reguladora de pressão parcialmente aberta, permitindo a passagem do combustível até as válvulas anteriores aos êmbolos. Nessa condição, somente a carga de uma das válvulas é aberta, permitindo a passagem do combustível para o primeiro êmbolo. O êmbolo pressuriza o combustível, que segue sob pressão pela saída A até o tubo distribuidor. A bomba utilizará essa estratégia na condição demandada pela central de gerenciamento do motor para a pressão de saída do combustível de 50 até 120 bar. Veremos o funcionamento interno da bomba de alta pressão de combustível em regime. Figura 20 – Funcionamento da bomba de alta pressão de combustível 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/51 Quadro 2 – Funcionamento da bomba de alta pressão de combustível 2.2.5 BOMBA DE ALTA PRESSÃO A PLENA CARGA Agora, veremos o funcionamento interno da bomba de alta pressão de combustível em regimes de trabalho que demandam pressões superiores a 120 bar. O combustível vindo da bomba de baixa pressão entra pelo duto B e já encontra a eletroválvula reguladora de pressão totalmente aberta, permitindo a passagem do combustível até as válvulas anteriores aos êmbolos. Nessa 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/51 condição, a pressão do combustível vence a carga das duas válvulas, permitindo a passagem do combustível para os dois êmbolos. Nessa condição, os êmbolos pressurizam o combustível que segue sob pressão pela saída A até o tubo distribuidor com pressão superior a 120 bar. A bomba utilizará essa estratégia em condição estabelecida pela central de gerenciamento do motor quando houver necessidade de alta pressão do combustível normalmente em exigências de plena carga do motor. Figura 21 – Bomba de alta pressão a plena carga 2.2.6 REGULAGEM E QUEDA DE PRESSÃO COM MOTOR EM REPOUSO Agora, veremos o comportamento da bomba de alta pressão nas situações de motor em repouso. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/51 Sabemos que, para uma partida mais rápida, é importante a manutenção da pressão de combustível mesmo com o veículo parado por algum tempo. Para isso, a bomba de alta pressão possui uma estratégia de funcionamento também comandada pela central de gerenciamento do motor. Figura 22 – Regulagem e queda de pressão com motor em repouso O combustível vindo da bomba de baixa pressão entra pelo duto B e já encontra a eletroválvula reguladora de pressão totalmente fechada, bloqueando a passagem do combustível para as válvulas anteriores aos êmbolos. Fazendo assim, a pressão da válvula reguladora de combustível da bomba de baixa manter a pressão residual do sistema. TEMA 3 – SISTEMA DE AR O sistema de ar também possui algumas novidades que auxiliam no melhor desempenho desse sistema. Alguns veículos agora são equipados com 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/51 turbocompressores, também gerenciados pela central, o que aumenta a eficiência das turbinas e aumenta a durabilidade do conjunto. As informações quanto à pressão do coletor e temperatura do ar admitido também foram aprimoradas, assim o controle da central de gerenciamento do motor reconhece e amplia a gama de possibilidades de ajustes para melhor estequiometria. 3.1 TURBOCOMPRESSOR O turbocompressor já é largamente utilizado em veículos do ciclo diesel e de competição. Com a injeção estratificada e o avanço no gerenciamento eletrônico dos motores, ele também vem sendo muito utilizado em sistemas de menor cilindrada, aumentando o desempenho e a eficiência energética destes veículos. Figura 23 – Turbocompressor Créditos: Lek Changply/Shutterstock. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/51 A turbina possui funcionamento bem conhecido: os gases do sistema de exaustão movimentam o eixo que pressuriza o ar vindo do meio ambiente e o enviam sob pressão ao sistema de admissão. Sob pressão, mais moléculas de ar podem entrar na mesma área existente nos dutos de admissão e câmara de combustão, levando à necessidade de maior massa de combustível injetada para se ter a mistura ideal. Por consequência, maior pressão do ar aumentará sua temperatura, o que também aumenta seu volume. Para melhorar o desempenho de veículos com turbocompressor, é instalado um radiador trocador de calor, que chamaremos de Intercooler. O Intercooler receberá o ar sob alta pressão e temperatura vindo da turbina o resfriará, e o ar sob pressão e resfriado será admitido pelo motor a combustão. A maior parte dos sistemas refrigera o Intercooler somente com o ar do ambiente que entra para o cofre do motor. No entanto, outros sistemas utilizam um circuito de água para refrigerar o Intercooler, que baixará a temperatura do ar vindo da turbina. Figura 24 – Intercooler 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 26/51 Créditos: Bachtub Dmitrii/Shutterstock. 3.1.1 MONITORAMENTO DA PRESSÃO DO AR Sistemas de adaptação ou mais antigos tinham grande dificuldade em mensurar a massa de ar admitida pelo motor, pois em geral só possuíam variáveis mecânicas. Portanto, a correta definição da massa de combustível demandada por motor turbo era praticamente executada por componentes mecânicos que não consideravam variações que a utilização do veículo nos traz. A consequência disso era a relativa baixa de confiança no sistema. O gerenciamento eletrônico mais eficiente das novas centrais de gerenciamento do motor possibilita calcular maior número de informações. Sendo assim, é possível mensurar desde a pressão do coletor de admissão antes da turbina, como a pressão e a temperatura do ar após a atuação do compressor e em algumas situações eletronicamente proteger o sistema. Para melhorar ainda mais a confiabilidade dos sistemas com turbocompressor, existem também eletroválvulas de proteção gerenciadas pela central que aumentam a confiabilidade e segurança do sistema. Figura 25 – Eletroválvula de proteção 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 27/51 Créditos: Orlov Alexsandr/Shutterstock. 3.1.2 SENSORES DE PRESSÃO E TEMPERATURA DO AR Alguns sensores são fundamentais para o melhor funcionamento dos sistemas de injeção estratificada com turbocompressor. Seguindo o circuito, o ar é admitido, passa pelo filtro purificador de ar e já tem sua medição feita pelo sensor de pressão do coletor (antes da turbina). É do tipo piezo-resistivo, alimentado pela central com 5 volts, e devolve tensão proporcional à pressão medida. Figura 26 – Sensor de pressão e temperatura do ar (1)Créditos: John Vlahidis/Shutterstock. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 28/51 A central utiliza essa informação como base de cálculo da massa de ar admitida pelo motor. O sensor de pressão e temperatura do ar da turbina é instalado após a saída do turbocompressor e envia essas informações à central de gerenciamento do motor. Combina os sensores de temperatura do ar de admissão e pressão do ar de admissão após o turbo em um único sensor. Também do tipo piezo-resistivo, é alimentado com 5 volts pela central e devolve tensão proporcional à pressão medida do tipo piezo- resistivo. Alimentado pela central com 5 volts, devolve tensão proporcional a pressão medida. Outra proteção que encontraremos nesse sistema é a eletroválvula que regula a pressão de turbo (waste gate), que tem seu controle totalmente elétrico comandado pela central de gerenciamento do motor. Essa eletroválvula permite o desvio de parte dos gases de escape que movimentam a turbina para controlar sua rotação e, por consequência, o nível de pressão produzido. Figura 27 – Sensores de pressão e temperatura do ar (2) Créditos: Orlov Alexsandr/Shutterstock. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 29/51 Alguns sistemas contam ainda com uma eletroválvula de descarga da turbina (Dump Valve). Ela é comandada pela central de gerenciamento do motor, que baixa rapidamente a pressão da turbina quando se diminui a aceleração rapidamente protegendo o sistema. Figura 28 – Sensores de pressão e temperatura do ar (3) Créditos: John Vlahidis/Shutterstock. 3.2 GERENCIAMENTO DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO Alguns sistemas têm a característica de gerenciar eletronicamente também o sistema de arrefecimento. Nos sistemas da Volkswagen, por exemplo, encontraremos o circuito de arrefecimento com duas válvulas termostáticas: uma que controla a temperatura do líquido de arrefecimento que circula no cabeçote; e outra que controla a temperatura do líquido de arrefecimento no bloco do motor. Figura 29 – Sistema de arrefecimento 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 30/51 Créditos: Orlov Alexsandr/Shutterstock. Por característica, o bloco necessita de uma temperatura de trabalho relativamente alta, e o cabeçote exige uma temperatura de trabalho menor. Com as duas válvulas termostáticas comandadas pelo gerenciamento eletrônico, é possível manter a temperatura de cada uma das partes do motor em seu regime ideal de temperatura. O gerenciamento eletrônico do sistema de arrefecimento aproveita todo o calor gerado pelo motor. A turbina também tem sua temperatura controlada pelo líquido de arrefecimento, que conta com uma bomba elétrica auxiliar, que auxilia na circulação do líquido de arrefecimento. TEMA 4 – CONTROLE DE EMISSÕES Veremos agora como se dá o gerenciamento para o controle de emissões de gases poluentes. Nos sistemas de injeção estratificada, a leitura dos gases resultantes da combustão serão analisados por uma sonda, que chamaremos de sonda lambda de banda larga, que está localizada no sistema de exaustão antes do conversor catalítico e outra sonda após o catalisador. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 31/51 Outro componente muito importante na estratégia do sistema de injeção estratificada é o sensor de proporção de etanol no combustível. Veremos agora a estratégia inovadora da sonda de banda larga e do sensor de proporção de etanol. 4.1 SONDA LAMBDA BANDA LARGA O sistema de geração de eletricidade pela diferença na concentração de oxigênio em duas partes do sensor de zircônia já é nosso conhecido. Veremos agora como a incorporação da célula de bombeamento de ar incorporada à célula Nernst otimizou ainda mais a leitura dos gases de escapamento. Figura 30 – Sonda banda larga Créditos: Anderson Gabardo. 4.1.1 CARACTERÍSTICAS DA SONDA LAMBDA BANDA LARGA A sonda do tipo banda larga foi desenvolvida para aumentar a precisão de leitura dos gases de escapamento e, consequentemente, melhorar o controle do 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 32/51 tempo de injeção, otimizando a mistura e buscando sempre a melhor eficiência energética. Figura 31 – Sonda lambda banda larga Créditos: Askhat Gilyakhov/Shutterstock. O sensor de oxigênio convencional possui sua resposta de trabalho em uma faixa estreita da relação estequiométrica, indicando à central se a mistura está rica ou pobre, gerando uma tensão entre 50 e 900 milivolts. Em 50 milivolts, a mistura está pobre; em 900 milivolts, a mistura está rica; e em 450 milivolts, a mistura é estequiométrica. Figura 32 – Sensor de oxigênio 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 33/51 Créditos: Kankawee Chotima/Shutterstock. Já o sensor de banda larga possui um range bem maior de resposta, o que possibilita à central de gerenciamento saber o quão rica ou pobre está a mistura. Esse sensor também é desenvolvido para ter uma vida útil bem superior à das sondas convencionais ou planar. Externamente, a sonda banda larga (wideband) é muito parecida com a sonda planar ou finger. A principal diferença é na quantidade de fios. As sondas do tipo planar ou finger possuem quatro fios; já as sondas do tipo banda larga possuem cinco fios saindo do sensor e seis fios no chicote do veículo. O sexto fio do chicote do veículo alimenta um resistor de calibração para alimentação do sensor. O sistema elétrico envia sinal ao chicote da sonda que passa por esse resistor, para depois alimentar o elemento da sonda. 4.1.2 FUNCIONAMENTO DA SONDA LAMBDA BANDA LARGA Figura 33 – Funcionamento da sonda lambda banda larga (1) 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 34/51 A sonda de banda larga é composta por dois elementos de medição: uma célula Nernst e uma célula de bombeamento de oxigênio. A célula Nernst é do mesmo tipo já utilizado nos sensores de oxigênio que já conhecemos. Figura 34 – Funcionamento da sonda lambda banda larga (2) A célula de bombeamento de oxigênio é o diferencial da sonda de banda larga (wideband). A sonda de banda larga busca sempre controlar a mistura estequiométrica em seu interior, ou seja, lambda = 1 (mistura ideal). Sendo assim, o objetivo da célula de Nernst (sensor lambda) da sonda é então manter a tensão de saída para a central de gerenciamento do motor em 450 milivolts. A célula de Nernst receberá os gases do escapamento e fará a comparação com o ar atmosférico de referência. Para que o sinal enviado à central seja o de 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 35/51 mistura ideal (450 milivolts), é necessário injetar ou retirar oxigênio na célula de bombeamento. Nos momentos em que a mistura estiver rica, a central por eletroquímica envia oxigênio para a câmara de bombeamento e retira oxigênio da célula de bombeamento quando a mistura estiver pobre. Figura 35 – Funcionamento da sonda lambda banda larga (3) Crédito: Jefferson Schnaider. Esse processo é feito via comando da central de gerenciamento do motor, que, ao aplicar corrente positiva no eletrodo da célula, injeta oxigênio na câmara. Quando a central envia corrente negativa à célula de bombeamento, esta retira oxigênio da célula. Medindo a intensidade dessa corrente injetada, a central sabe exatamente o nível estequiométrico da mistura e promove as alterações no tempo de injeção. Em resumo, o sinal da célula de Nernst (sensor lambda) informa para a central o quanto de corrente a própria central deve injetar na câmara de 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 36/51 bombeamento de ar e a central realiza internamente a leitura dessa corrente. A medida da corrente enviada pela central é a informação da estequiometria do veículo. Interpretando esse sinal, a central agora possui inúmeras possibilidades de relações estequiométricas, possibilitando assim agir sobre o sistemade injeção em parâmetros intermediários e mantendo a mistura ideal, compensando as variações estequiométricas que ocorrem a cada momento de funcionamento do motor. Como na sonda finger ou planar, a sonda wideband também só produz os sinais quando aquecida. Porém, o resistor de aquecimento da sonda wideband é mais eficiente e eleva a temperatura de trabalho da sonda para cerca de 750°C. Os testes das sondas de banda larga devem ser feitos apenas via scanner, pois nem mesmo com osciloscópio conseguiremos parâmetros capazes de diagnose. 4.1.3 SONDA LAMBDA PÓS-CATALISADOR A sonda instalada após a passagem dos gases pelo conversor catalítico tem por finalidade medir a todo o instante a qualidade e a capacidade do catalisador, enviando sempre a informação para a central de gerenciamento do motor. Essa sonda pode ser planar ou banda larga. Dependendo da construção de cada veículo, existem montadoras que utilizam sonda pré-catalisador do tipo banda larga e pós-catalisador do tipo planar e montadoras que utilizam as duas sondas do tipo banda larga. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 37/51 4.2 SENSOR DE CONCENTRAÇÃO DE ETANOL A concentração de etanol no combustível agora é medida por um sensor específico, e não mais somente pela informação da sonda lambda. Instalado na linha de baixa pressão entre a bomba elétrica e a bomba de alta pressão, o sensor de concentração de etanol tem duas funções básicas: medir a proporção de etanol na composição do combustível e também a temperatura do combustível. Figura 36 – Sensor de concentração de etanol (1) Créditos: Kudrin Ilia/Shutterstock. Esse sensor tem capacidade de leitura de aproximadamente 400 litros por minuto. O sensor informa à central de gerenciamento do motor os sinais de concentração de etanol e temperatura de combustível através de um único sinal. O sensor recebe alimentação da central e devolve um sinal de 5 volts. A central, por sua vez, identifica a concentração de etanol no combustível pela frequência dos pulsos do sensor, que variam de 50Hz para 0% de etanol e 150Hz para 100% de etanol. Obviamente que no Brasil não encontraremos a frequência de 50Hz, pois nossa gasolina já conta com partes de etanol. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 38/51 A temperatura do combustível é medida pela largura dos pulsos e varia de 1 milissegundo para -40 °C e 5 milissegundos para 125 °C. Figura 37 – Sensor de concentração de etanol (2) Crédito: Jefferson Schnaider. TEMA 5 – DIAGRAMA ELÉTRICO Agora, estudaremos o diagrama elétrico do automóvel Up Tsi 12V com sistema Bosch. Vamos entender as estratégias de funcionamento e os novos componentes desse sistema turbo de injeção estratificada. Figura 38 – Up Tsi 12V 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 39/51 Créditos: Deni Williams/Shutterstock. 5.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO DIAGRAMA ELÉTRICO Sabemos que o diagrama elétrico é uma importante ferramenta de diagnóstico. No entanto, é preciso saber interpretar os diagramas a fim de entender o funcionamento do sistema e buscar seus possíveis pontos falhos. Em um diagrama elétrico, toda informação deve ser considerada, pois a simbologia utilizada pode determinar o tipo do componente aplicado e também indicar possíveis falhas do sistema. Devemos nos atentar também para os números dos bornes de ligação, pois esses números nos trarão as posições do chicote na central que viabilizará nossos testes. Figura 39 – Diagrama elétrico 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 40/51 5.1.1 ALIMENTAÇÃO DA CENTRAL Nosso primeiro ponto de avaliação será sempre a alimentação elétrica da central. Serão os pontos de aterramento (linha 31) e de alimentação do positivo da bateria (linha 30) e positivos pós-ignição (linha 15). Outros pontos de atenção são os fusíveis que protegem as ligações elétricas. Devemos nos atentar para a sua capacidade de corrente e suas posições. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 41/51 Também devemos ficar atentos aos relés, pois em geral os diagramas já nos trarão sua estrutura interna, sua localização e seus bornes de ligação. Figura 40 – Alimentação da central 5.1.2 SENSORES DE ROTAÇÃO E FASE Nesse Up, já observamos nosso sensor de rotação e PMS enviando informações sobre a árvore de manivelas, mas se destacam os dois sensores de fase. Vemos um sensor para informar a fase o comando de válvulas de admissão e outro para informar a fase o comando de válvulas de escapamento, já nos indicando que esse veículo possui variador de comando tanto para o comando de admissão como do comando das válvulas de escapamento. Figura 41 – Sensores de rotação e fase 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 42/51 5.1.3 SENSORES DE PRESSÃO DE AR Nessa parte do diagrama, vemos os sensores de pressão e temperatura do ar, tanto de admissão como o sensor de pressão do turbo. 5.1.4 SENSORES DE TEMPERATURA Como vimos, o sistema de arrefecimento agora também é gerenciado pela central. Como nesse veículo temos um sistema direcionado ao arrefecimento do cabeçote e outro voltado ao arrefecimento do bloco, necessitamos dessas duas informações, teremos dois sensores de temperatura. Figura 42 – Sensores de temperatura 5.1.5 SENSORES DO COMBUSTÍVEL 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 43/51 Como vimos, são as ligações dos sensores de alta pressão de combustível e também do sensor de concentração de etanol e temperatura do combustível. 5.1.6 SENSORES DO ACELERADOR Agora, veremos as ligações elétricas do sensor do pedal do acelerador e da borboleta motorizada. Figura 43 – Sensores do acelerador 5.1.7 SENSORES DE OXIGÊNIO Nesse Up, percebemos as ligações elétricas das sondas pré e pós- catalisador. Pela quantidade de fios, podemos perceber que a montadora utilizou uma sonda de banda larga (wideband) na sonda pré-catalisador (principal) e uma sonda do tipo planar pós-catalisador. Figura 44 – Sensores de oxigênio 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 44/51 5.1.8 SENSORES DE DETONAÇÃO E PEDAIS Nessa parte do diagrama, vemos as ligações elétricas do sensor de detonação e o sensor do pedal de freio e interruptor do pedal de embreagem. Figura 45 – Sensores de detonação e pedais (1) Figura 46 – Sensores de detonação e pedais (2) Figura 47 – Sensores de detonação e pedais (3) 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 45/51 5.2 ATUADORES Agora que vimos os principais sensores, estudaremos os atuadores desse sistema de injeção estratificada. Lembrando que os atuadores recebem sinal elétrico da central e realizam algum trabalho no sistema. Iniciaremos nosso estudo nas interconexões entre o sistema de gerenciamento do motor ao sistema de ar condicionado. A integração desses sistemas se dá pela central de gerenciamento do motor precisar corrigir tanto regime de marcha lenta como de tempo de injeção sempre que o sistema de ar condicionado é acionado. 5.2.1 ATUADORES DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO Como vimos, a central também gerencia o sistema de arrefecimento, e seus atuadores são a bomba elétrica d’água e o eletro ventilador do radiador. 5.2.2 ALTERNADOR CONTROLE DA PRESSÃO E TOMADA DE DIAGNOSE 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 46/51 Como já vimos, os sistemas mais modernos de carga têm sua comunicação com a central de gerenciamento do motor. Nesse caso, a comunicação se dá por um fio, em que a central comanda o set point do alternador e também envia informação para a luz-espia do painel de instrumentos. Nessa parte do diagrama, também temos o sistema de controle de pressão e a tomada de diagnose. 5.2.3 ATUADORES DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL Agora, analisaremos o diagrama elétrico da bomba de baixa pressão e o atuador que age como regulador da bomba de alta pressão. Comovimos, a bomba de baixa pressão agora é comandada por uma unidade de controle. Essa unidade recebe informações da central de gerenciamento do motor e comanda a bomba elétrica de localizada no tanque de combustível. Seguindo nosso diagrama, veremos que no modulo da bomba também se encontra o sensor de nível de combustível, que envia o sinal do nível de combustível para o painel de instrumentos. Também é no painel que está localizada a central do imobilizador eletrônico do veículo. Na sequência, encontramos o solenoide regulador de alta pressão, que é alimentado de positivo protegido pelo fusível 43. Seu sinal negativo vem diretamente do pino B34 da central de gerenciamento do motor. Figura 48 – Atuadores do sistema de combustível (1) 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 47/51 Figura 49 – Atuadores do sistema de combustível (2) 5.2.4 VARIADORES DE FASE DOS COMANDOS CÂNISTER Nessa parte do diagrama, temos os variadores de fase dos comandos de válvulas. Nesse sistema, temos um variador de fase para cada comando de válvulas. Na sequência, a eletroválvula de purga do cânister. Nesse veículo, a alimentação de positivo desses atuadores é protegida pelo mesmo fusível, o 40. 5.2.5 SISTEMA DE IGNIÇÃO Agora, vamos entender o diagrama elétrico do sistema de ignição desse Up. Sabemos que esse veículo utiliza um motor em linha de 3 cilindros e seu sistema de ignição é estático com bobinas individuais. Observando o diagrama elétrico da bobina de ignição, percebemos que internamente elas possuem um circuito eletrônico, que nos indica que existe um 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 48/51 módulo de ignição incorporado a cada bobina de ignição. Esse módulo amplifica o sinal recebido da central de gerenciamento do motor e alimenta com pulso negativo o enrolamento primário da bobina de ignição. A alimentação positiva do circuito primário vem de um positivo pós-ignição protegido pelo fusível 45. Podemos ver também que o enrolamento secundário da bobina tem uma das suas pontas ligadas ao aterramento (– da bateria) e a outra ligada diretamente à vela de ignição. Significa que após o pulso de alta tensão saltar pelos eletrodos da vela de ignição, os elétrons buscarão o equilíbrio via massa do veículo. Nesses motores, também é importante ressaltar que as roscas do cabeçote, onde são instaladas as velas de ignição, só têm uma posição inicial. Isso para que os eletrodos da vela de ignição fiquem posicionados de maneira correta após o torque na instalação da vela. Figura 50 – Sistema de ignição (1) Figura 51 – Sistema de ignição (2) 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 49/51 5.2.6 ELETROINJETORES A alimentação dos eletroinjetores também se diferencia nesse sistema. Nos sistemas de injeção indireta em geral, a alimentação do positivo era feita por uma linha 15 e somente o pulso negativo vinha da central. Figura 52 – Eletroinjetores (1) Nos sistemas de injeção direta, a alimentação dos eletroinjetores é feita exclusivamente pela central, tanto o positivo quanto o negativo. Essa estratégia é necessária, pois os eletroinjetores utilizados nos sistema de injeção direta têm potência bem maior do que os eletroinjetores utilizados nos 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 50/51 sistemas de injeção eletrônica convencional. Figura 53 – Eletroinjetores (2) FINALIZANDO Nesta aula, vimos as estratégias de funcionamento dos sistemas de injeção estratificada, entendendo seus diferenciais e principais componentes. Por fim, estudamos o diagrama elétrico e todo o auxílio que ele pode nos dar no processo de manutenção e diagnose dos sistemas de injeção direta. REFERÊNCIAS BOSCH, R. Manual de tecnologia automotiva. 25. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005. CICLO engenharia Up! Move 1.0 12V TSI CYTA Totalflex 3 Cilindros 4P 2017- 2018 diagrama elétrico. Disponível em: <diagweb.com.br>. Acesso em 22 ago. 2021. MTE-THOMSON. Disponível em: <https://www.mte-thomson.com.br>. 13/04/2022 23:20 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 51/51 O MECÂNICO. Disponível em: <https://omecanico.com.br>. OFICINA CONECTADA: Disponível em: <https://oficinaconectada.com.br/>. SISTEMA de injeção eletrônica dos motores Ford. São Paulo: Senai SP, 2017.
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