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Fisiologia do Sistema Endócrino

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FISIOLOGIA VETERINÁRIA 
SISTEMA ENDÓCRINO 
Assim como o sistema nervoso terá função no 
controle e na coordenação. Ambos os sistemas 
utilizam substâncias químicas para transmitir suas 
mensagens, mas executam a transmissão de 
forma diferenciada. 
 
 
 
 
 
 
Os mensageiros do sistema endócrino são os 
hormônios, produzidos por células de glândulas 
endócrinas ou neurônios modificados. 
• Hormônios – substâncias químicas produzidas 
por tecidos específicos, transportadas, em 
baixas concentrações, pelo sistema vascular 
(corrente sanguínea) para agir sobre outros 
tecidos e células; 
O sistema nervoso é capaz de atuar sobre 
determinada célula em décimo de segundo. Os 
hormônios alcançam as células-alvo por meio da 
corrente sanguínea e, para isso, necessitam de 
pelo menos 30 s, porém tende a ser mais 
persistente, proporcionando estimulação 
prolongada dos tecidos-alvo. 
Reação lenta, mas durável 
▪ Transporte 
✓ Os hormônios proteicos são hidrofílicos e 
transportados no plasma sob a forma 
dissolvida. 
✓ Esteroides e hormônios da tireoide são 
lipofílicos e transportados no plasma em 
associação a proteínas específicas e não 
específicas; a quantidade de hormônio 
ativo não ligado é relativamente pequena. 
✓ As unidades básicas do sistema endócrino 
são as glândulas endócrinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização relativa das principais glândulas endócrinas no 
gato. 
Glândulas endócrinas – Secretam pequenas 
quantidades de hormônios no líquido extracelular 
que sofrem difusão para a corrente sanguínea, 
logo, não possuem ductos. Seus hormônios 
produzem efeito sempre que encontram 
receptores aos quais podem se ligar, seja no 
interior ou na membrana das células. 
Glândulas exócrinas – (exo significa “para fora” ou 
“externo”) secretam seus produtos na superfície 
epitelial através de pequenos tubos chamados 
ductos. Ex.: saliva ou leite 
Glândulas sem ducto → Endócrinas 
Glândulas com ducto → Exócrinas 
Cada célula possui receptores específicos para 
uma variedade de hormônios, como chave e 
fechadura. Se a célula possui receptores para 
determinado hormônio, é chamada de célula alvo. 
 
 
 
Os controles de substâncias químicas podem ser 
dados por: 
 
 
 
 
Tipos de comunicação celular via mediadores químicos. 
Efetores endócrinos – Quando as substâncias são 
transportadas pelo sistema vascular para 
influenciar uma atividade celular distante; 
Efetores parácrinos – Quando os hormônios são 
liberados das células endócrinas e sofrem difusão 
no líquido extracelular para atuar sobre células 
vizinhas. Esse tipo de ação é particularmente 
importante no sistema digestório; 
Efetores autócrinos – Em casos extremos, um 
hormônio pode ser produzido por determinada 
célula e atuar sobre a própria célula, um processo 
designado como ação autócrina do hormônio; 
Neurotransmissores – Os quais medeiam a 
comunicação entre neurônios, ou entre neurônios 
e células-alvo; as substâncias estão limitadas à 
distância percorrida e à área da célula 
influenciada. 
 
 
 
Comparação de arranjos funcionais de um neurônio 
ordinário liberando seu neurotransmissor (NT) em uma 
sinapse e um neurônio neurossecretor liberando seu 
neurohormônio (NH) em um vaso sanguíneo. 
Controle da secreção hormonal 
Por feedback negativo, se o organismo percebe 
que está em falta de tal hormônio, ocorrerá a 
estimulação e produção deste até o corpo 
perceber que a necessidade foi suprida, assim, 
acontecerá a diminuição de sua produção até o 
nível de produção cair abaixo da necessidade e sua 
produção ser exigida novamente. 
Algumas glândulas tem sua produção estimulada 
por outras glândulas, ex.: glândula hipófise 
anterior produz TSH (hormônio estimulador da 
tireioide) que estimula a glândula tireoide a 
produzir hormônio tireoidiano. 
Outras são estimuladas pelo sistema nervoso. Ex.: 
Quando o animal se sente ameaçado, impulsos 
nervosos simpáticos estimulam a medula da 
glândula adrenal a liberar epinefrina e 
norepinefrina na corrente sanguínea, que atuarão 
com resposta de luta ou fuga em todo organismo. 
 
Principais Glândulas Endócrinas 
HIPOTÁLAMO 
- Porção do diencéfalo. Se localiza ventralmente, 
caudal ao quiasma óptico; 
- Local do sistema nervoso que faz a ponte com o 
sistema endócrino, faz isto pelo controle da 
atividade da glândula pituitária (hipófise); 
- Possui numerosos núcleos (grupos de neurônios 
com a mesma função) que produzem compostos 
(neuroendócrinos) que afetam a liberação dos 
hormônios pela hipófise. 
- Recebe estímulos de quase todas as regiões do 
cérebro e usa essa informação para controlar a 
temperatura corporal, o apetite, o 
comportamento sexual, as reações de defesa 
(medo, raiva), os ritmos biológicos (ciclo de vigília 
e sono) e os impulsos eferentes do sistema 
nervoso autônomo. 
HIPÓFISE (GLÂNDULA PITUITÁRIA) 
- Também chamada de glândula mestra, pois 
muitos dos seus hormônios direcionam a atividade 
de outras glândulas endócrinas; 
- Anexa-se ventralmente ao hipotálamo por um 
pedúnculo delgado e se aloja na fossa pituitária do 
osso esfenoide; 
- Parece uma só estrutura, mas é formada por duas 
glândulas com estruturas, funções e origens 
embriológicas completamente diferentes; 
- Uma rede de vasos sanguíneos minúsculos 
denominada sistema porta hipofisário conecta o 
hipotálamo com a porção anterior da hipófise. 
Neurônios modificados do hipotálamo secretam 
hormônios chamados de fatores de liberação 
e/ou de inibição nestes vasos sanguíneos portais, 
onde deslocam-se curta distância até a hipófise 
anterior, regulando assim muitas de suas funções. 
- Na hipófise anterior, o hipotálamo não exercerá 
função de produção, mas de armazenamento: 
Neurônios modificados no hipotálamo produzem 
dois diferentes hormônios, o hormônio 
antidiurético (ADH), ou vasopressina, e a 
ocitocina, que são transportados pelas fibras 
nervosas até a hipófise posterior, onde são 
armazenados. Em seguida, são liberados na 
corrente sanguínea por impulsos nervosos a partir 
do hipotálamo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipófise anterior → produzir 
Hipófise posterior → armazenar 
*Isso de acordo com o hipotálamo 
Adeno-hipófise (hipófise anterior) 
- produz sete hormônios conhecidos quando 
estimulada pelo hipotálamo e/ou pelo feedback 
direto de órgãos-alvo e tecidos-alvo: 
• Hormônio do crescimento (GH), 
somatotropina ou hormônio 
somatotrópico 
- crescimento corporal em animais jovens, 
principalmente dos ossos e músculos; 
- ajuda a regular o metabolismo de 
proteínas, carboidratos e lipídios em todas 
as células do organismo. 
 * anabolismo (síntese) de proteínas, 
fornecendo assim materiais para o 
crescimento, bem como para a contínua 
regeneração e reparação dos tecidos que 
sofrem lesão ou desgaste normais. 
 * desestimula as células a utilizarem os 
carboidratos, especialmente a glicose, 
como fonte de energia e provoca a 
mobilização (liberação) dos lipídios 
armazenados no tecido adiposo (gordura) 
e o respectivo catabolismo (degradação) 
para produção de energia celular. 
** Devido à menor retirada de glicose do sangue 
pelas células, o nível de glicose sanguínea tende a 
aumentar causando um efeito hiperglicemiante, 
logo, oposto a insulina; 
• Prolactina 
- na fêmea ajuda a desencadear e manter a 
lactação (secreção de leite pela glândula 
mamária); 
- após o início da lactação, sua produção e 
a liberação continuarão enquanto a teta ou 
mamilo for estimulado pela amamentação 
ou pela ordenha. Sem a estimulação, a 
glândula mamária “seca”, a produção de 
leite para e as glândulas mamárias 
encolhem-se de volta para o seu tamanho 
não lactante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*No macho, a prolactina não tem qualquer 
efeito conhecido. 
 
• Hormônio Estimulador da Tireoide (TSH) 
ou Hormônio Tireotrópico 
- estimula o crescimento eo 
desenvolvimento da glândula tireoide e 
instiga a produção de seus hormônios; 
- sua secreção é regulada pelo feedback 
negativo dos órgãos-alvo da glândula 
tireoide, tanto diretamente na hipófise 
anterior quanto pelas alterações no fator 
de liberação do TSH, produzido pelo 
hipotálamo; 
- A homeostasia na produção dos 
hormônios tireoidianos é mantida pela 
interação entre hipotálamo, hipófise 
anterior e glândula tireoide. 
 
• Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) 
- estimula o crescimento e o 
desenvolvimento do córtex (parte externa) 
da glândula adrenal e a liberação de alguns 
de seus hormônios; 
- sua produção é geralmente regulada pelo 
feedback negativo dos hormônios do 
córtex adrenal, mas na ocorrência de 
estresse súbito ao animal, o ACTH pode ser 
liberado rapidamente na circulação 
como resultado da estimulação do 
hipotálamo por outras partes do cérebro; 
 
• Hormônio Folículo-estimulante (FSH) 
- na fêmea estimula o crescimento e o 
desenvolvimento dos folículos nos ovários 
e, assim, a oogênese; 
- também estimula as células da teca 
folicular a produzirem e secretarem 
estrógeno, hormônio que é responsável 
pelas mudanças físicas e comportamentais 
que preparam a fêmea para a reprodução 
e a gestação; 
- nos machos estimula a espermatogênese 
(o desenvolvimento de espermatozoides 
nos túbulos seminíferos dos testículos). 
 
• Hormônio Luteinizante (LH) 
- O LH completa o processo de 
desenvolvimento folicular ovariano 
iniciado pelo FSH. À medida que o folículo 
cresce, ele produz quantidades crescentes 
de estrogênios que retroalimentam a 
hipófise anterior. O aumento na 
quantidade de estrogênio leva à 
diminuição na produção de FSH e ao 
aumento na produção de LH; 
- Quando o folículo estiver completamente 
maduro, o nível de LH atinge um pico, o 
que provoca na maioria das espécies 
animais a ovulação (ruptura do folículo 
maduro com liberação da célula 
reprodutiva feminina). Após a ocorrência 
da ovulação, o elevado nível LH estimula as 
células do folículo vazio remanescente a se 
multiplicarem e se transformarem em 
outra estrutura endócrina chamada de 
corpo lúteo. O corpo lúteo produz 
progestágenos, principalmente a 
progesterona, que serão necessários para 
a manutenção da gestação caso ela venha 
a ocorrer. 
- No macho, estimula as células testiculares 
denominadas células intersticiais a se 
desenvolverem e produzirem a 
testosterona. Desta forma, o LH pode ser 
denominado no macho hormônio 
estimulador de células intersticiais ( ICSH). 
 
O FSH e o LH são por vezes agrupados sob o termo 
gonadotrofinas, porque estimulam o crescimento 
e o desenvolvimento das gônadas: ovários e 
testículos. 
FSH → crescimento do folículo (que libera 
estrógeno) → folículo crescendo → muito 
estrógeno → -FSH e + LH pela adeno-
hipófise ... Folículo desenvolvido e pico 
de LH → ruptura do folículo → formação 
do Corpo Lúteo → produz progesterona 
(manutenção da gestação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representação esquemática de diferentes estágios 
foliculares de um ovário. 
 
LH (hormônio luteinizante) no macho = 
ISCH (hormônio estimulador de células 
intersticiais) 
 
 
• Hormônio Estimulante de Melanócitos 
(MST) 
- Seus efeitos fisiológicos em mamíferos 
são desconhecidos; porém: 
- Pode estar associado ao controle da 
alteração de cor das células pigmentadas 
(melanócitos) de répteis, peixes e anfíbios, 
animais que podem rapidamente alterar 
suas cores e seu padrão de cores; 
- A administração artificial de grande 
quantidade de MSH em mamíferos 
superiores pode causar o escurecimento 
da pele devido à estimulação dos 
melanócitos, porém o seu efeito em níveis 
fisiológicos ainda não é conhecido. 
 
Neuro-hipófise (hipófise posterior) 
- Assemelha-se a tecido nervoso sob a visão 
microscópica; 
- Armazena e libera dois hormônios denominados 
desta forma por serem liberados no sangue 
porém, mais precisamente, são simplesmente 
neurotransmissores especiais, que são liberados 
diretamente nas veias hipofisárias que deságuam 
na circulação geral. 
• Hormônio Antidiurético (ADH) ou 
Vasopressina 
- Ajuda na prevenção da diurese (perda de 
grande quantidade de água pela urina) 
atuando sobre os rins, auxiliando o 
organismo a conservar água em épocas de 
baixo fornecimento. Faz isso estimulando 
os rins a reabsorverem maiores 
quantidades de água para a circulação 
sanguínea a partir do filtrado urinário que 
estiver sendo produzido; 
- Quando a concentração de ADH está 
baixa, não ocorre reabsorção de água do 
líquido tubular, e observa-se a produção de 
urina diluída. 
- É liberado quando o hipotálamo detecta 
uma escassez de água (desidratação) no 
organismo, pela hemoconcentração; 
* A deficiência de ADH no organismo 
provoca diabetes insipidus, causando urina 
muito diluída ( poliúria) e ingestão de 
grande quantidade de água ( polidipsia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representação do efeito da ADH. 
 
• Ocitocina 
- No útero, a ocitocina provoca a contração 
do miométrio (o músculo da parede 
uterina) no momento do parto que 
auxiliam na expulsão do feto e da placenta. 
A distensão do colo do útero atua como 
principal estímulo para a liberação de 
ocitocina. 
-No período de fertilidade, a ocitocina 
induz contrações uterinas que auxiliam no 
transporte dos espermatozoides até as 
tubas uterinas. 
- Em fase de produção de leite causa a 
chamada descida do leite (movimentação 
do leite para as partes inferiores da 
glândula). O leite produzido acumula-se 
nos alvéolos (estruturas produtoras de 
leite) e em pequenos ductos na parte 
superior da glândula mamária. A sucção ou 
a estimulação manual da mama serão 
detectadas e transmitidas por aferentes 
sensitivos ao hipotálamo que então inicia a 
liberação de ocitocina da neuro-hipófise. 
Liberada no sangue, circula até a glândula 
mamária e faz com que as células 
mioepiteliais em torno dos alvéolos e dos 
pequenos ductos se contraiam, o que 
impulsiona o leite a descer para partes 
inferiores da glândula, onde se torna 
acessível para o aleitamento ou a ordenha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células mioepiteliais (em vermelho) ao redor dos 
alvéolos. Se contraem estimuladas pela ocitocina. 
GLÂNDULA TIREOIDE 
Possui dois lobos que estão localizadas em cada 
lado da laringe podendo ser concertados por uma 
banda estreita chamada istmo dependendo da 
espécie. É composta por dezenas de milhares de 
folículos constituídos por camadas unicelulares de 
células glandulares que circundam uma substância 
precursora do hormônio tireoidiano chamada 
coloide. A glândula tireoide é a única glândula 
endócrina que armazena grande quantidade de 
hormônio precursor para uso posterior. 
 
 
 
 
 
 
Glândulas tireoides. A secção transversal mostra a conexão 
ventral da glândula tireoide em suínos. A, Cães. B, Cavalos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
C, Ovinos. D, Suínos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A glândula tireoide produz dois hormônios: 
• Hormônio Tireoidiano 
- é produzido quando o TSH, advindo da 
hipófise anterior, atinge a glândula 
tireoide; 
- Efetivamente o hormônio tireoidiano 
pode ser classificado como dois hormônios 
nomeados de acordo com a quantidade de 
átomos de iodo contidos na molécula: 
- T4 (tetraiodotironina ou tiroxina), que é 
produzido em maior quantidade do que T3 
(tri-iodotironina), porém, o T3 é 
considerado o principal hormônio 
tireoidiano, uma vez que o T4 deve ser 
convertido a T3 a fim de produzir efeito 
metabólico nas células-alvo; 
- O hormônio tireoidiano influencia a taxa 
metabólica de todas as células do 
organismo permitindo que o animal 
produza quantidades determinadas de 
calor, e auxilia na manutenção de uma 
temperatura corporal interna constante, 
enquanto a temperatura externa ao 
organismo varia; 
- A produção do hormônio tireoidianoaumenta com a exposição do organismo a 
temperaturas frias, aumentando assim a 
taxa metabólica e a produção de calor; 
- A produção do hormônio tireoidiano 
pode ser inibida por estresse emocional ou 
físico persistente em um animal, causando 
dificuldades em manter sua temperatura 
corporal sob condições frias, logo, 
aumentando o nível de estresse, deixando 
o animal suscetível à doenças; 
 - favorece o anabolismo (síntese, 
construção) de proteínas caso o animal 
esteja com dieta adequada. Caso tenha 
dieta insuficiente de alimentos energéticos 
ou haja muito hormônio tireoideano, 
causará o catabolismo (quebra) de 
proteínas; 
 - O efeito sobre o metabolismo dos 
carboidratos é um efeito hiperglicemiante; 
 - Nos lipídios incentiva o seu catabolismo; 
- é necessário para o crescimento e o 
desenvolvimento normais em animais 
jovens. Em particular, ele influencia o 
desenvolvimento e a maturação do 
sistema nervoso central e o crescimento e 
o desenvolvimento de músculos e de 
osossos. 
Hormônio Tireoideano 
✓ Controla o metabolismo de 
proteínas, carboidratos e lipídios; 
✓ Regula a temperatura; 
✓ Crescimento de animais jovens. 
 
• Calcitonina 
- Produzida pelas células C localizadas 
entre as células formadoras dos folículos 
tireoidianos, se envolve na manutenção da 
homeostasia dos níveis de cálcio 
sanguíneos; 
 
 
 
 
 
- Auxiliar na prevenção da hipercalcemia 
(nível excessivo de cálcio no sangue) 
incentivando a deposição do excesso de 
cálcio nos ossos, que pode ser retirado 
novamente quando necessário. 
 
AS GLÂNDULAS PARATIREOIDES 
São formadas por diversos pequenos nódulos 
hipocorados localizados sobre, sob ou próximos à 
glândula tireoide, variando sua localização exata e 
a aparência entre as espécies. 
• Paratormônio ou Hormônio das Glândulas 
Paratireoides (PTH) 
- Auxilia na manutenção da homeostase 
sanguínea do cálcio, prevenindo a 
hipocalcemia (nível sanguíneo 
demasiadamente baixo de cálcio), 
aumentando seu nível sanguíneo; 
- Estimula os rins a reterem o cálcio, 
estimula o intestino a absorver o cálcio dos 
alimentos e, por fim, estimula a retirada de 
cálcio dos ossos. 
Calcitonina → tira cálcio da corrente sanguínea 
PTH → põe cálcio na corrente sanguínea 
 
GLÂNDULAS ADRENAIS 
São referidas devido a sua localização próxima aos 
rins ( renal remete aos rins), perto de suas 
extremidades craniais. Como a hipófise, as 
adrenais parecem ser uma estrutura única, porém 
são, na verdade, duas glândulas unificadas. Neste 
caso, uma delas encontra-se enrolada em torno da 
outra, formando o córtex e a medula adrenal. 
 
 
 
 
 
 
 
Glândula adrenal. Secção transversal. 
O Córtex da Adrenal 
Desenvolve-se a partir de tecido glandular. Suas 
secreções são nfluenciadas pelo ACTH da hipófise 
anterior e por outros mecanismos. 
Todos os hormônios produzidos pelo córtex 
adrenal são sintetizados a partir do colesterol, 
sendo referidos como esteroides, logo, são 
lipossolúveis. Difundem-se das células corticais 
para dentro do líquido extracelular. São 
transportados no sangue ligados a proteínas 
especiais de transporte, como a globulina de 
ligação de corticosteroides. 
O córtex da adrenal produz uma variedade de 
hormônios que são classificados em três grupos 
principais: 
• Glicocorticoides 
- Os hormônios cortisona, cortisol e a 
corticosterona possuem um efeito geral 
Hiperglicemiante (aumento no nível de 
glicose sanguínea). Isso, através de vários 
mecanismos, tais como a degradação 
(catabolismo) de proteínas e lipídios; 
- Outros efeitos dos glicocorticoides 
incluem auxílio na manutenção da pressão 
arterial e auxílio na regulação das 
alterações causadas pelo estresse. 
▪ Cortisol 
O cortisol é considerado um hormônio de 
“estresse”. O estresse é uma reação do corpo a um 
desafio. Durante o estresse, a secreção de cortisol 
provoca aumento dos níveis de glicemia ao 
estimular a síntese das enzimas envolvidas na 
gliconeogênese. Os principais substratos usados 
na gliconeogênese são os aminoácidos 
provenientes do músculo. O cortisol também 
diminui a sensibilidade do tecido adiposo e do 
tecido linfoide à insulina, de modo que menor 
quantidade de glicose é removida do sangue por 
esses tecidos. O cortisol inibe a síntese de DNA e 
diminui a velocidade de crescimento. Em altas 
concentrações, é imunossupressor (inibe a síntese 
de prostaglandinas produzidas pelos tecidos 
lesionados e diminui a secreção de histamina pelos 
mastócitos). O cortisol diminui a fagocitose e 
suprime a formação de anticorpos. Inicialmente, 
provoca euforia e aumento do apetite, porém 
esses efeitos são posteriormente seguidos de 
depressão. O cortisol também inibe a liberação de 
hormônio antidiurético (vasopressina). 
• Hormônio Mineralocorticoide 
- Regulam os níveis de alguns eletrólitos 
(sais minerais); 
- O principal, a aldosterona, tem como alvo 
os rins, onde atua estimulando a 
reabsorção dos íons sódio a partir do 
filtrado tubular de volta para a corrente 
sanguínea e a secreção de potássio e íons 
de hidrogênio que serão excretados do 
organismo pela urina; 
*O nível de sódio no organismo deve ser 
normalmente bastante elevado, ao passo 
que o de potássio pode ser tóxico ao se 
acumular em um nível demasiadamente 
alto. Os íons de hidrogênio interferem no 
equilíbrio ácido-base, o que deve ser 
cuidadosamente controlado; 
Aldosterona: “Volta sódio! Sain potássio 
e hidrogênio”. 
• Hormônios Sexuais 
- Produz pequenas quantidades de 
hormônios sexuais: 
Tanto os androgênicos (hormônios sexuais 
masculinos) quanto os estrogênicos 
(hormônios sexuais femininos) são 
produzidos em quantidades muito 
pequenas e os seus efeitos são geralmente 
mínimos. 
Medula Adrenal 
A glândula interna desenvolve-se a partir de tecido 
nervoso. Suas células secretoras de hormônios são 
neurônios modificados, que, controlados pela 
porção simpática do sistema nervoso autônomo, 
secretam dois hormônios diretamente na corrente 
sanguínea: a epinefrina e a norepinefrina; 
Quando o animal se sente ameaçado, seu sistema 
simpático entra em ação, produzindo o que é 
denominado reação de luta ou fuga, preparando o 
organismo para a atividade física intensa. Os 
efeitos da reação de luta ou fuga são produzidos, 
em parte, pela estimulação direta do nervo 
simpático nos tecidos-alvo e em parte pela 
adrenalina e norepinefrina liberadas na corrente 
sanguínea pela medula adrenal; 
Epinefrina e norepinefrina → luta ou fuga. 
*Ao fim da ameaça, o organismo ainda leva um 
tempo pra se acalmar, isto pela presença das 
moléculas remanescentes ainda serão 
metabolizadas; 
*Os efeitos da estimulação do sistema nervoso 
simpático no organismo incluem o aumento da 
frequência e do débito cardíacos, aumento da 
pressão arterial, dilatação das vias aéreas nos 
pulmões e diminuição do peristaltismo 
gastrointestinal. 
 
O PÂNCREAS 
 
 
 
 
 
O pâncreas é um órgão longo e plano, localizado 
próximo ao duodeno abdominal, primeira porção 
do intestino delgado, que tem funções tanto 
endócrinas quanto exócrinas. Sua maior parte é 
formada por tecido glandular exócrino que produz 
importantes enzimas digestivas, já sua porção 
endócrina corresponde apenas a uma pequena 
porcentagem do seu volume total. 
As Ilhotas Pancreáticas ou Ilhotas de Langerhans 
A porção endócrina do pâncreas é organizada em 
milhares de pequenos agrupamentos celulares 
distribuídos por todo o órgão chamados de ilhotas 
pancreáticas. Suas principais células endócrinas 
são as células alfa, produtoras do hormônio 
glucagon, as células beta, produtoras da insulina, 
e as células delta, produtoras da somatostatina. 
• Insulina 
- Permite que glicose, aminoácidos e ácidos 
graxos sejam retirados da corrente 
sanguínea, atravessem a membrana 
celular e disponibilizem a 
energia para todas as células do corpo. 
• Glucagon 
- Estimulaas células hepáticas a converter 
o glicogênio em glicose, além de estimular 
a gliconeogênese (quebra e conversão da 
gordura e da proteína em 
Glicose). O efeito de ambos é elevar o nível 
de glicose no sangue. 
* Devido à interferência de outros 
hormônios tais como o GH, advindo da 
hipófise anterior e dos glicocorticoides 
advindos do córtex adrenal, que 
apresentam efeitos hiperglicêmicos 
semelhantes, a deficiência de glucagon não 
é tão devastadora para o organismo como 
é a deficiência de insulina. 
A insulina reduz o nível de glicose no 
sangue, enquanto o glucagon o eleva. 
 
• Somatostatina 
- Inibe a secreção da insulina, do glucagon 
e do GH, além de diminuir a atividade do 
trato gastrointestinal. 
 
AS GÔNADAS 
As gônadas são os órgãos reprodutores, sendo os 
testículos nos machos e os ovários nas fêmeas. 
Eles produzem as células reprodutivas masculinas 
e femininas, além de importantes hormônios. 
 
Os Testículos 
Os dois testículos estão alojados no escroto, um 
pedúnculo de pele na região inguinal. A maior 
parte de cada testículo é composta por 
emaranhados de túbulos seminíferos onde são 
produzidos os espermatozoides. Entremeados 
entre os túbulos seminíferos encontram-se 
aglomerações de células endócrinas chamadas de 
células intersticiais, produtoras de andrógenos 
(hormônios sexuais masculinos). A produção de 
andrógenos é e é estimulada pelo hormônio 
luteinizante (LH) advindo da pituitária anterior, 
também conhecido como hormônio estimulador 
de células intersticiais (ICSH), no sexo masculino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células intersticiais do testículo. 
• Testosterona 
- Principal androgênio secretado pelas 
células intersticiais; 
- É responsável pelo desenvolvimento das 
características sexuais masculinas 
secundárias, tais como: o formato 
muscular do corpo masculino, a libido 
masculina e o comportamento sexual; 
- Estimula o desenvolvimento das 
glândulas sexuais masculinas acessórias, 
ativa a espermatogênese (produção de 
espermatozoides) e estimula o 
crescimento do pênis; 
Os Ovários 
Localizados na cavidade abdominal perto dos rins. 
Produzem células reprodutivas, óvulos e 
hormônios em ciclos, ciclos controlados pelos 
hormônios FSH e LH, produzidos pela hipófise 
anterior. Os principais hormônios produzidos 
pelos ovários são: 
• Estrógeno 
- Como o estradiol e outros, é um 
hormônio sexual feminino. As células que 
compõem os folículos ovarianos produzem 
e liberam estrogênios na corrente 
sanguínea quando os folículos são 
estimulados pelo FSH; 
- Os estrógenos são responsáveis pelas 
alterações físicas e comportamentais que 
preparam a fêmea para a reprodução e a 
gestação, além de sinalizar ao macho que o 
período reprodutivo se aproxima. 
- Com o crescimento do folículo ovariano, 
a quantidade de estrogênio produzida 
aumenta, o que acelera as alterações 
físicas e comportamentais que se 
desenvolvem, além de sinalizar de volta 
para a glândula pituitária anterior, fazendo 
com que reduza a produção de FSH e 
aumente a produção de LH. Quando o 
folículo está totalmente maduro, ocorrem 
picos de LH, o que na maioria das espécies 
animais fomenta a ovulação. 
Estrógeno é produzido pelo folículo 
Prepara para a reprodução 
• Progesterona (P4) 
- Após ocorrer a ovulação, o elevado nível 
de LH estimula as células do folículo 
ovulado a se multiplicarem e se 
desenvolverem em uma estrutura sólida 
produtora de hormônio, o corpo lúteo, que 
produz diversos hormônios que são 
chamados progestágenos, o principal deles 
é a progesterona, cujo nome significa 
hormônio esteroide promotor de gestação, 
ela auxilia na preparação do útero para 
receber o óvulo fecundado e é necessária 
para a manutenção gestacional, uma vez 
que o óvulo fertilizado se implanta no 
útero; 
*Caso a fêmea seja fecundada e se torne 
gestante, o corpo lúteo receberá sinais 
hormonais uterinos para se manter e 
funcionar no ovário. Se a gestação não 
ocorrer, não haverá nenhum sinal 
hormonal enviado a partir do útero, e o 
corpo lúteo se encolherá até desaparecer. 
Progesterona é secretada pelo corpo lúteo 
Prepara para a gestação 
OUTROS ÓRGÃOS ENDÓCRINOS 
Os Rins 
Produzem o hormônio denominado eritropoetina. 
• Eritropoetina 
- Estimulada pela diminuição no teor de 
oxigênio do sangue (hipóxia). 
- Estimula a medula óssea vermelha a 
aumentar a produção de eritrócitos, 
transportadores de oxigênio. Como o 
aumenta de sua produção se elevam os 
níveis de oxigênio no sangue, sinalizando 
aos rins que diminuam a produção de 
eritropoetina. Logo, ajudam a manter em 
longo prazo os níveis de oxigênio 
sanguíneo. 
*anemia é definida como uma deficiência 
nas hemácias resultante da incapacidade 
dos rins lesionados em produzir níveis 
suficientes de eritropoetina. 
 
 
 
 
 
O Estômago 
As células da parede do estômago produzem o 
hormônio denominado gastrina. 
• Gastrina 
- Sua secreção é estimulada pela presença 
de alimentos no estômago; 
- É produzida e atua na parede do 
estômago estimulando as glândulas 
gástricas a secretarem ácido clorídrico e 
enzimas digestivas, além de incentivar as 
contrações musculares da parede 
estomacal. 
 
 
 
 
O Intestino Delgado 
As células da mucosa de revestimento do intestino 
delgado produzem dois hormônios quando 
estimuladas pela chegada de material 
parcialmente digerido do estômago (quimo) nas 
primeiras porções do intestino delgado 
(duodeno): 
• Secretina 
- Estimula o pâncreas a secretar fluidos 
ricos em bicarbonato de sódio no duodeno 
para neutralizar o quimo dos ácidos 
estomacais;. 
• Colecistocinina 
- Estimula a liberação de enzimas 
digestivas pancreáticas para o duodeno; 
Ambas também: 
- Agem no estômago inibindo a secreção gástrica 
das glândulas e sua motilidade, o que retarda a 
movimentação do quimo para o intestino delgado; 
- Estimulam a contração da vesícula biliar do 
fígado secretando a bile no intestino delgado, que 
auxiliará na digestão e na absorção de gorduras e 
vitaminas lipossolúveis. 
A Placenta 
É o órgão que dá sustentação à vida do feto em 
desenvolvimento durante a gestação, atua como 
uma interface entre a circulação materna e a fetal, 
além de ser também um importante órgão 
endócrino. Suas secreções variam entre as 
espécies, porém os hormônios por ela produzidos 
apresentam efeito generalizado no organismo 
materno e contribuem para a manutenção da 
gestação. Entre eles estão pequenas quantidades 
de estrogênio e progesterona, além de 
quantidades significativas de gonadotrofina 
coriônica em algumas espécies como humanos e 
equinos utilizados como base do teste de gravidez 
pela urina em humanos e dos exames de sangue 
para a confirmação gestacional em equinos. Em 
espécies como cães, gatos e bovinos sua produção 
é muito baixa. 
O Timo 
Em um animal jovem, o timo é bastante grande, 
estendendo-se cranialmente a partir da região 
apical do coração até a região cervical 
bilateralmente ao longo da traqueia, 
frequentemente se estendendo até a laringe. Após 
a puberdade dá-se início sua atrofia 
(encolhimento), até chegar à fase adulta, quando 
se torna difícil ou impossível encontrar qualquer 
vestígio residual do órgão. 
 
O timo corresponde a uma parte importante no 
desenvolvimento do sistema imune animal. Parte 
de seu funcionamento envolve hormônios ou 
substâncias químicas similares tais como a 
timosina e timopoetina, que estimulam as células 
primitivas do timo e de outros órgãos linfoides a 
se transformarem em linfócitos T, ou seja, células 
derivadas do timo. 
A Pineal 
A glândula pineal constitui-se de uma pequena 
glândula cerebral localizada na extremidade 
caudal da profunda fenda que separa os dois 
hemisférios cerebrais, sendo rostral ao cerebelo 
(em região diencefálica denominada epitálamo). 
Sua atividade influencia as atividades cíclicas do 
organismo.✓ Atua como relógio biológico do corpo. 
É designada como terceiro olho, visto que a sua 
atividade é influenciada pela quantidade de luz à 
qual o animal é exposto. 
A glândula pineal secreta um hormônio derivado 
da serotonina, denominado melatonina. A 
serotonina em altos níveis aumenta o estado de 
vigília, enquanto altos níveis de melatonina 
parecem induzir um estado de sono. 
*Nos mamíferos e nas aves, a informação sobre a 
luz e escuridão é transmitida da retina do olho 
para a glândula pineal por meio de várias vias 
neurais. Nos répteis e nos anfíbios, a glândula 
pineal está localizada na fronte e parece receber 
sinais de luz diretamente através do crânio. 
✓ A secreção de melatonina é estimulada 
pela escuridão e inibida pela luz. 
A pineal é responsável pela regulação dos ritmos 
circadianos que afetam os padrões de sono e que 
determinam a periodicidade dos ciclos de estro 
nas fêmeas (fotoperíodo) de algumas espécies. 
Pode aumentar ou diminuir o tamanho e o 
desenvolvimento das gônadas no macho, 
dependendo da estação em que o animal deve ser 
mais fértil. Também influencia atividades como 
adaptação ao clima frio ou quente, ou preparação 
para a migração, e, mesmo, cor da pelagem de 
alguns animais. 
Secretada pela pineal, a melatonina difunde-se para o 
hipotálamo e regula a secreção de hormônios envolvidos na 
reprodução sazonal, funções que exigem que o animal saiba 
em que estação do ano ele se encontra, bem como o número 
de horas de luz diurna. 
 
 
 
 
 
 
 
Pelagem da raposa-do-ártico. Varia de acordo com a 
estação. 
▪ Fotoperíodo 
Definido por tempo de exposição à luz, 
controlaontrola a ocorrência dos ciclos 
reprodutivos em determinadas espécies. Elas 
possuem uma fase do ano na qual apresentam 
uma atividade ovariana contínua. 
✓ Felinos e equinos são positivamente 
influenciados pelo aumento da 
luminosidade; 
✓ Caprinos e ovinos são positivamente 
influenciados pela redução do 
fotoperíodo; 
A exposição a uma escuridão crescente pode ser 
importante somente para a manutenção da 
atividade ovariana. 
Os efeitos supressivos do fotoperíodo podem ser 
superados por meio de regimes de exposição à 
luminosidade artificial. Isso é relativamente fácil 
no caso de gatas e éguas, em que ambientes com 
luminosidade são compatíveis com a atividade 
ovariana. 
PROSTAGLANDINAS 
As prostaglandinas são substâncias similares aos 
hormônios, derivadas de ácidos graxos 
insaturados. Por serem produzidas sempre 
próximas aos mais variados tecidos nos quais 
exercem seus efeitos são por vezes denominadas 
hormônios teciduais. 
✓ não transitam pelo organismo, regulam 
sempre a atividade das células vizinhas. 
*O nome prostaglandina surgiu por engano 
(próstata). 
Foram divididas em nove grupos principais 
organizadas de A a I com base em sua estrutura 
molecular. Seus subgrupos são designados por 
números e letras gregas. 
Exercem alguns efeitos potentes no organismo, 
incluindo influências sobre a pressão arterial, 
função gastrointestinal, respiratória, renal, de 
coagulação sanguínea, no processo inflamatório e 
funções reprodutivas. As prostaglandinas do 
grupo E (PGEs) são conhecidas por desempenhar 
um papel importante no início do processo 
inflamatório do organismo. Anti-inflamatórios não 
esteroidais, como o meloxicam (Maxican ®), 
produzem alguns dos seus efeitos através da 
inibição da síntese de PGE. 
A prostaglandina F 2-alfa (PGF 2α), que, se 
administrada a uma fêmea cujo corpo lúteo esteja 
em fase funcional, promoverá sua rápida 
destruição (luteólise), e fomentará o início de um 
novo ciclo estral. Caso o animal esteja no início da 
gestação, a luteólise culminará na morte 
embrionária gerada pelo encerramento da 
gestação. Medicamentos que apresentam 
atividade similar à PGF 2α, tais como dinoprost 
trometamina (Lutalyse®), são comumente 
utilizados na sincronização dos ciclos estrais em 
espécies pecuárias, para que grupos de animais 
possam ser criados em conjunto, facilitando o 
manejo. 
Tecido adiposo 
A leptina é um hormônio peptídico secretado pelo 
tecido adiposo que está preenchido de gordura. A 
leptina entra no sangue e é transportada até o 
hipotálamo, onde sinaliza a saciedade e deprime o 
apetite. 
 
 
 
 
Obrigada, pela espera.

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