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Normalização Vigente da Metrologia PIMENTEL, H. S. ; JARETA, J. V. C. ; NUNES, L. R. ; WERNECK, R. D. D. ; PRIORI, T. G. Engenharia Mecânica, Multivix, Vila Velha, ES, Brasil. hericksantana@hotmail.com; joaojareta0505@gmail.com; lorrayniribeiro@gmail.com; rayaneswerneck2001@gmail.com; talitapriori1@gmail.com [~] [/~ ][ ~][ /~] [~ ] [/ ~] [~] [/~ ] Resumo No presente artigo, foi abordado o conceito de metrologia assim como sua importância. A metrologia é a “ciência da medição”, sua implantação meio as grandes nações, blocos econômicos e a globalização fez com que a padronização metrológica, a fim de garantir maior qualidade ao produto final, se tornasse necessária. Além disso, foi exposto como e por que a normalização foi necessária. Foi esclarecido a importância e o papel das instituições responsáveis por garantir a confiabilidade, a fiscalização e a manutenção das normas. A importância da avaliação de conformidade foi explicada, assim como sua relevância para os produtores, consumidores finais e para o Sistema de Garantia da Qualidade. A valia da acreditação em laboratório também foi um ponto abordado, bem como seus benefícios para os laboratórios e para os usuários. Evidenciando a importância da metrologia e como ela deve estar presente em qualquer área que se faça necessária uma medição, assegurando um resultado confiável, com base científica e princípios metrológicos aceitáveis. Palavras-chave: Metrologia. Normalização. Avaliação da Conformidade. Abstract In this article, the concept of metrology as well as its importance was addressed. Metrology is the “science of measurement”, its implantation among the great nations, economic blocs and globalization has made metrological standardization, in order to guarantee higher quality to the final product, become necessary. In addition, it was explained how and why standardization was necessary. The importance and role of the institutions responsible for guaranteeing the reliability, inspection and maintenance of standards was clarified. The importance of conformity assessment was explained, as well as its relevance for producers, final consumers and for the Quality Assurance System. The value of laboratory accreditation was also addressed, as well as its benefits for laboratories and users. Evidencing the importance of metrology and how it should be present in any area that requires a measurement, ensuring a reliable result, with scientific basis and acceptable metrological principles. Keywords: Metrology. Normalization. Conformity Assessment mailto:hericksantana@hotmail.com mailto:joaojareta0505@gmail.com mailto:lorrayniribeiro@gmail.com 1. Introdução A metrologia é um vocábulo de origem grega, “metron” significa medida e “logo” significa ciência. O Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais da Metrologia (VIM) define a metrologia como “a ciência da medição”, que abrange todos aspectos teóricos e práticos que influenciam um processo de medição, qualquer que seja o nível de exatidão e em qualquer campo da ciência ou tecnologia. É, portanto, uma ciência multidisciplinar e de vital importância para o desenvolvimento das atividades econômicas, científicas e tecnológicas. A Metrologia divide-se em três vertentes: a Científica, a Industrial e a Legal. A Metrologia Científica trata, fundamentalmente, dos padrões de medição internacionais relacionados ao mais alto nível de qualidade metrológica. Como desdobramento, estas ações alcançam os sistemas de medição das indústrias, responsáveis pelo controle dos processos produtivos e pela garantia da qualidade dos produtos finais, através da chamada Metrologia Industrial. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é o órgão que tem a responsabilidade de manter as unidades fundamentais de medida no Brasil, garantir a rastreabilidade aos padrões internacionais e disseminá-las, com seus múltiplos e submúltiplos, até as indústrias. A Metrologia Legal, por sua vez, é a área da metrologia referente às exigências legais, técnicas e administrativas relativas às unidades de medidas, aos instrumentos de medir e às medidas materializadas. Diante disso, a Metrologia se tornou a ciência que vai favorecer o desenvolvimento sustentável das instituições, visto que lida com procedimentos normatizados e com base em metodologias conceituadas no mundo todo. O estabelecimento da normalização como uma linguagem comum para a sociedade é um processo complexo e que envolve um sem-número de aspectos da vida econômica. Neste domínio estão incluídos, entre muitos outros, a fixação de condições para cálculos ou projetos, para o emprego de materiais e produtos industriais, para a segurança na execução ou uso de obras, equipamentos ou instalações; condições básicas para a aceitação ou recebimento de matérias- primas, produtos semiacabados ou acabados; método de ensaio; padronização e uniformização de características de elementos de construção, aparelhos, produtos industriais, desenhos e projetos; terminologia, classificação e convenções gráficas para conceitos, grandezas e sistemas. Esta complexidade, porém, não se esgota nos aspectos técnicos, tendo importantes implicações políticas e sociais. 2. Normalização 2.1 Como e porque surgiu a Normalização da Metrologia? No mundo globalizado a padronização é de fundamental importância para viabilizar e incrementar as trocas comerciais nos âmbitos nacional, regional e internacional. As organizações que desenvolverem suas atividades e operarem seus processos produtivos de acordo com as normas e os procedimentos harmonizados e aceitos como padrões estarão em condições mais favoráveis para superar possíveis barreiras não tarifárias e atender a requisitos técnicos especificados. Nesse contexto, a aplicação da ISO/IEC 17.025 é de grande relevância econômica, pois confere um valor diferenciado aos certificados de calibração e aos relatórios de ensaio emitidos por laboratórios, cuja competência técnica é reconhecida por um organismo de credenciamento [1]. Devido essa globalização da economia, os países constataram que havia a necessidade de criar uma estrutura industrial cada vez mais eficaz, possuindo não somente infraestrutura básica, mas também instituições e sistemas de normalização e de avaliação de conformidade, fornecendo suporte a operação produtiva do país. Para se encaixar no mercado internacional, o Brasil constatou que havia a necessidade de criar normas, mecanismos de verificação da conformidade, investir em laboratórios de calibrações, ensaios e em mão de obra qualificada. Desse modo, com a ampliação do sistema metrológico brasileiro, o país se tornou apto a exportar produtos com maior valor agregado. No Estado brasileiro, o Inmetro é o responsável pela gerência dos Programas de Avaliação da Conformidade, no campo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC). De forma assistida, implementa o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). A atenção com a averiguação das normas e dos regulamentos refletiu, diretamente, nas áreas da saúde, segurança e meio ambiente. 2.2 Normalização vigente da metrologia O sistema metrológico mundial se baseia em um grande sistema que visa garantir a rastreabilidade das medições por meio de uma infraestrutura que permite uma cadeia contínua de comparações referentes ao Sistema Internacional de Unidades (SI). O BIPM (Bureau Internacional de Pesos e Medidas) é a instituição responsável pela guarda e manutenção dos padrões metrológicos de parâmetro nacional e pela disseminação das unidades de medida do SI. Segundo o resumo autorizado feito pelo Inmetro, de um documento oficial criado pelo BIPM referente ao SI, as grandezas de base são as seguintes: Figura1: Tabela com as grandezas de base. As demais grandezas são ditas grandezas derivadas, são determinadas como produtos de potência das unidades de base. A normalização a nível mundial, tem início com a BIPM, que atua sob a fiscalização do CIPM (Comitê Internacional de Pesos e Medidas). A principal função do CIPM é garantir a uniformidade, em todo o mundo, das unidades de medida, o que é feito pela ação direta ou submissão de propostas para a CGPM (Conferência Geral de Pesos e Medidas). Figura 2: Imagem sobre o sistema metrológico. As normas metrológicas nacionais e internacionais são parceiras no Sistema Garantia da Qualidade. O controle de medidas, a padronização e a validação dos processos e serviços com exatidão, garante a eficiência em dos processos até o produto final. 3. Avaliação da Conformidade, Acreditação de Laboratórios e Designação 3.1 Conceitos da Avaliação da Conformidade A avaliação da Conformidade é definida como qualquer atividade, com o objetivo de determinar, direta ou indiretamente, que um produto, processo, pessoa ou serviço atende aos requisitos técnicos especificados (norma técnica, regulamento técnico ou outro documento de referência). A avaliação da conformidade pode ser realizada pelo uso de algumas ferramentas, tais como ensaios, inspeção, coleta de amostras no fornecedor e/ou no comércio e auditorias. As formas usuais para a garantia da conformidade são a Declaração de Conformidade do Fornecedor (1ª Parte), Qualificação do Fornecedor (2ª Parte) e Certificação (3ª Parte). - Declaração do Fornecedor (1ª Parte): A declaração de conformidade do fornecedor refere-se a um conjunto de procedimentos estabelecidos e reconhecidos que ele utiliza quando declara, de sua própria responsabilidade, que o seu produto está de acordo com uma norma ou especificação técnica. A declaração de conformidade pode ser voluntária ou obrigatória, no caso e que for uma exigência das autoridades locais. - Qualificação do Fornecedor (2ª Parte): A qualificação do fornecedor, ou de segunda parte, é o ato em que o fornecedor (primeira parte) é avaliado segundo os critérios do comprador (segunda parte) de modo a verificar se o produto, processo ou serviço está em conformidade com uma especificação, norma técnica ou outro documento normativo especificado. - Certificação (3ª Parte): É um conjunto de atividades realizadas por uma organização de terceira parte (organização independente) para atestar e declarar que um produto, serviço, pessoa ou sistema está em conformidade com os requisitos técnicos especificados. Estes requisitos podem ser: nacionais, estrangeiros ou internacionais. A certificação é, na verdade, um processo que se inicia com a conscientização da necessidade da qualidade para a manutenção da competitividade e consequente permanência no mercado, passando pela utilização de normas técnicas e pela difusão do conceito de qualidade por todos os setores da empresa, abrangendo seus aspectos operacionais internos e o relacionamento com a sociedade e o ambiente. A realização de ensaios, a elaboração de normas, e as práticas de avaliação da conformidade constituem uma estratégia de política industrial do país para inserir os produtos brasileiros com competitividade no mercado internacional e se prevenir da invasão de produtos estrangeiros de qualidade duvidosa. Visando essa competitividade no mercado internacional, se torna necessário reforçar a revisão e a elaboração de normas e regulamentos técnicos, no sentido de simplificar a busca de alcançar o seu “estado da arte”, principalmente os ligados às áreas de saúde, segurança e meio ambiente. O Inmetro é o responsável pela gestão dos Programas de Avaliação da Conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC). Seu negócio é implantar, de forma assistida, programas de avaliação da conformidade de produtos, processos, serviços e pessoal, alinhados às políticas do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro) e às práticas internacionais, promovendo competitividade, concorrência justa e proteção à saúde e segurança do cidadão e ao meio ambiente. 3.1.2 Significado de um produto com conformidade avaliada Quando nos referirmos a um produto com conformidade avaliada, queremos dizer que ele está conforme as normas ou regulamento técnico aplicável. Se o objetivo dos requisitos do documento normativo aplicável é a proteção do meio ambiente, isso quer dizer que ele é um produto ambientalmente seguro. Se o objetivo é a segurança do cidadão, isso quer dizer que ele é seguro quanto aos riscos que pode oferecer ao consumidor. Se o objetivo é a saúde, isso quer dizer que ele não oferece riscos à saúde do consumidor. Contudo, não podemos contrastar produtos com conformidade avaliada com o objetivo de comprovar que um é melhor que o outro. Os principais aspectos que provam a implantação de programas de avaliação da conformidade são: Propiciar a concorrência justa; Estimular a melhoria contínua da qualidade; Informar e proteger o consumidor; Facilitar o comércio exterior, possibilitando o incremento das exportações; Proteger o mercado interno; Agregar valor às marcas. 3.1.3 Requisitos e principais mecanismos para avaliação da conformidade No Brasil, são praticados os tradicionais mecanismos de avaliação da conformidade, sendo que, uma metodologia especialmente desenvolvida, que leva em consideração as ferramentas de análise de risco, e tomando como base aspectos legais, ambientais, sociais, técnicos e econômico-financeiros, seleciona mecanismos de avaliação da conformidade disponíveis no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade o mais adequado às especificidades de cada produto. São eles: Certificação, Declaração do Fornecedor, Etiquetagem, Inspeção e Ensaios. - Certificação - “A certificação de produtos, processos, serviços, sistemas de gestão e pessoal é realizada por uma organização independente, acreditada pelo Inmetro, para executar a avaliação da conformidade de um ou mais destes objetos”. (INMETRO, 2007, pág. 21) - Declaração do fornecedor - “A declaração de conformidade do fornecedor é o processo pelo qual um fornecedor, sob condições preestabelecidas, dá garantia escrita de que um produto, processo ou serviço está em conformidade com requisitos especificados [...] É um mecanismo de avaliação aplicado a produtos, processos ou serviços que ofereçam de médio a baixo risco à saúde e segurança do consumidor e do meio ambiente”. (INMETRO, 2007, pág. 24) - Inspeção - ”A inspeção é o mecanismo de Avaliação da Conformidade muito utilizado para avaliar serviços, após sua execução. De um modo geral, os procedimentos de medição, de uso de calibres e de ensaios são aplicados nos instrumentos utilizados para execução do serviço a ser inspecionado. As atividades de inspeção podem incluir o ensaio de produtos, materiais, instalações, plantas, processos, procedimentos de trabalho ou serviços, durante todos os estágios de vida desses itens e visam a determinação da conformidade em relação aos critérios estabelecidos por regulamentos, normas ou especificações, e o subsequente relato de resultados”. (INMETRO, 2007, pág. 25) - Ensaio - ”O Ensaio consiste na determinação de uma ou mais características de uma amostra do produto, processo ou serviço, de acordo com um procedimento especificado. É a modalidade de Avaliação da Conformidade mais frequentemente utilizada porque, normalmente, está associada a outros mecanismos de avaliação da conformidade, em particular à inspeção e à certificação”. (INMETRO, 2007, pág. 26) - Etiquetagem – “A etiquetagem é um mecanismo de Avaliação da Conformidade em que, através de ensaios, é determinada e informada ao consumidoruma característica do produto, especialmente relacionada ao seu desempenho. O uso da etiqueta para destacar o desempenho de produtos vem sendo cada vez mais frequente, sendo um poderoso mecanismo de conscientização dos consumidores”. (INMETRO, 2007, pág. 26). Para que exista confiança nos resultados, a qualidade e a repetibilidade do ensaio são requisitos essenciais. O Inmetro acredita laboratórios que atuam de acordo com requisitos internacionais reconhecidos. A acreditação concedida pelo Inmetro é o reconhecimento formal de que o laboratório está operando um sistema da qualidade documentado e é tecnicamente competente para realizar ensaios específicos, avaliados segundo critérios com base na ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 e nas orientações do International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC) e Interamerican Accreditation Cooperation (IAAC). 3.1.4 Selos de Identificação da Conformidade A atestação da conformidade de um produto ou objeto qualquer dá-se de diferentes formas. O selo de identificação da conformidade, como é hoje genericamente chamado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade é a evidência dessa atestação e pode se apresentar das seguintes maneiras: a) Etiqueta colada no produto; b) Layout desenhado na embalagem do produto; c) Layout desenhado em alto relevo no produto; d) Certificado impresso em papel; e) Listagem impressa; f) Banco de dados informatizado. Em geral, no selo de identificação da conformidade, consta o logo do certificador ou organização inspetora. Logicamente, quando a avaliação dá-se por terceira parte. Frequentemente, consta o logo do regulamentador e, eventualmente, o do acreditador. A seguir, são apresentados alguns dos selos de identificação da conformidade: Figura 3: Selos de Identificação da Conformidade. 3.1.5 Infraestrutura necessária para a implantação da Avaliação da Conformidade Para que sejam implantados programas de Avaliação da Conformidade, conforme visto em capítulo anterior, algumas necessidades básicas precisam ser atendidas: a) Padrões Metrológicos e Materiais de Referência Certificados- MRC; b) Entidade Oficial de Acreditação de Organismos e Laboratórios de Calibração e Ensaios; c) Rede de Laboratórios Acreditados de Calibração e Ensaios; d) Organismos Acreditados para Avaliação da Conformidade; e) Acervo de Normas e Regulamentos; f) Mecanismos de Acompanhamento no Mercado. 3.1.6 Capacitação Básica para Implantação de Programas de Avaliação da Conformidade A implantação de Programas de Avaliação da Conformidade precisa ser precedida do desenvolvimento de algumas competências que são básicas, consistindo de: • Sistemática de identificação e priorização das demandas, envolvendo diferentes segmentos da sociedade; • Análise de Impacto Regulatório (AIR) que envolve a realização de estudos de viabilidade e dos possíveis impactos sociais, ambientais e econômicos provocados pela implantação de um programa de avaliação da conformidade; • Metodologia para escolha do mecanismo de avaliação da conformidade mais adequado às especificidades dos produtos, processos ou serviços objeto da avaliação da conformidade; • Análise da disponibilidade ou necessidade de criação de infraestrutura para avaliação da conformidade; • Desenvolvimento e implantação negociada de cada programa, envolvendo os diferentes segmentos da sociedade impactados; • Divulgação prévia do programa à sociedade e assistência às partes impactadas quando de sua implementação; • Acompanhamento e avaliação no mercado, com vistas à retroalimentação do programa e correção de irregularidades; • Análise crítica, que deve ser feita a intervalos não superiores a 5 anos, e eventual aperfeiçoamento do Programa. 3.1.7 Implantação de Programas de Avaliação da Conformidade A implantação de programas de Avaliação da Conformidade deve ser conduzida na forma de um projeto, composto das seguintes etapas: • Clarificação da demanda; • Análise de impacto regulatório e avaliação dos impactos sociais, ambientais e econômicos; • Estruturação de comissão técnica (partes interessadas/sociedade), que assessorará o desenvolvimento do Programa; • Elaboração dos documentos normativos; • Acreditação de organismos de avaliação da conformidade; • Acreditação de laboratórios; • Treinamento de pessoal para a fiscalização; • Divulgação às partes interessadas, em especial, e à sociedade como um todo; • Emissão de Portaria implantando o Programa; • Avaliação periódica do produto disponibilizado no mercado, a fim de verificar se o mesmo mantém as características originais, sob as quais teve sua conformidade avaliada; • Avaliação dos resultados do programa, confrontando com os objetivos para os quais foi criado. 3.2 Acreditação de Laboratório A certificação dos laboratórios segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 é feita através da acreditação junto ao INMETRO. A acreditação consiste no reconhecimento formal de que o laboratório solicitante tem competência técnica e administrativa para realizar as atividades a que se propõe, operando corretamente de acordo com os termos da Norma e assim prestando serviços de qualidade (INMETRO, 2009). Cassano (2003), afirmou que “utilizar ou ter um laboratório credenciado pelo INMETRO faz um bem não só a seus usuários, que terão um serviço mais eficiente e com garantia de precisão, nem apenas aos proprietários dessas organizações, que poderão prestar serviços a empresas exportadoras e internacionais”. A expansão do mercado consumidor requer a demonstração da qualidade dos produtos, o que tem sido realizado pelo credenciamento dos laboratórios de ensaio e calibração aos organismos nacionais. No Brasil, o organismo responsável pela acreditação de laboratórios de calibração e ensaios é o INMETRO. A concessão da acreditação para um laboratório de calibração é feita de acordo com a área da metrologia atendida, podendo ser dimensional, pressão, força, massa, elétrica, dentre outras. No caso de laboratórios de ensaios, a concessão é feita por modalidade de ensaio, para atender a uma determinada norma ou certificar um método de ensaio desenvolvido pelo próprio laboratório (INMETRO, 2009). 3.2.1 Principais etapas para solicitação de acreditação O processo de acreditação consiste da solicitação formal da acreditação, seguida de uma análise crítica da solicitação e indicação da equipe de avaliação, visita de pré-avaliação, análise da documentação, comparações interlaboratoriais, avaliação inicial, decisão sobre a acreditação e manutenção da acreditação. Segue um fluxograma para esclarecer: Figura 4: Fluxograma sobre o processo de acreditação. 3.2.2 Vantagens da acreditação A acreditação pela ABNT NBR ISO/IEC 17025:20055, 92 é um processo voluntário, mas traz uma série de vantagens ao laboratório e aos usuários dos serviços laboratoriais, tais como: •Para os laboratórios: – Diferencial competitivo. – Marketing. – Confiabilidade dos clientes nos seus resultados. – Critérios e padrões aceitos internacionalmente. – Eliminação de múltiplas auditorias. – Acesso a programas interlaboratoriais. • Para os usuários: – Confiança nos resultados. – Ensaios e calibrações segundo critérios reconhecidos internacionalmente. – Superação de barreiras técnicas à exportação. – Seleção de fornecedores. – Atendimentos a requisitos legais e/ou comerciais. O Inmetro acrescenta outras vantagens em relação à acreditação, porque ela representa o reconhecimento formal da competência técnica das organizações que realizam avaliação da conformidade e é uma maneira segura de identificar aqueles que oferecem a máxima confiança em seus serviços. Alémdisso, agrega os valores a seguir. •Para os organismos de avaliação da conformidade acreditados: – Disponibiliza valioso recurso através de um grupo de avaliadores da conformidade, independentes e tecnicamente competentes. – Fornece um processo de avaliação único, transparente e reproduzível com o qual se evita a utilização de recursos próprios, se elimina o custo da reavaliação e se reforça a coerência. – Reforça a confiança do público nos serviços prestados. – Fomenta os esquemas confiáveis de autorregulação do próprio mercado, incrementando -se a competência e a inovação. • Para as organizações certificadas: – Possibilita a tomada de decisões acertadas, diminuindo o risco da tomada de decisões com base em avaliações incorretas ou, o que é pior, de ter seu produto rejeitado por um comprador que não aceita certificações não acreditadas. – Garante a aceitação internacional dos produtos sem a necessidade de repetições das avaliações realizadas. •Para os consumidores finais: – Inspira confiança no provedor ao garantir que o produto tem sido avaliado por um organismo independente e competente. – Aumenta a liberdade de escolha e fomenta um mercado livre, porém confiável. 3.3 Designação A designação de organismos vem alcançando, em particular na Europa, grande destaque. A designação é aplicada em programas de avaliação da conformidade feitos pela terceira parte. Figura 5: Selo de um Organismo Designado. No âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade a designação é restrita aos casos onde, por qualquer motivo, não existe um número mínimo de organismos ou laboratórios acreditados para que o Programa se materialize. Cabe então à autoridade regulamentadora designar, preferencialmente tomando como pré-requisito a acreditação do organismo. Nestes casos a designação deve exigir como contrapartida que o organismo designado alcance sua acreditação em um período máximo preestabelecido. Ocasionalmente a designação é associada a existência de organização singular, de notório saber e reconhecida pela competência e idoneidade, sendo utilizada apenas em situações especiais, tais como: a) o produto, processo ou serviço, por suas especificidades, não pode ter sua conformidade avaliada pela adoção dos mecanismos clássicos de avaliação por terceira parte, ou seja, a certificação, a inspeção ou o ensaio; b) quando não existir e não puder ser criada, a curto prazo, a indispensável infraestrutura necessária à avaliação por terceira parte. Como consequência, podem ser destacadas duas outras particularidades que podem justificar a adoção da designação: a) quando um programa de avaliação da conformidade carece de rapidez em sua implementação, desde que a designação seja efetuada de forma mais expedita do que a acreditação; b) quando, pela complexidade do programa de avaliação da conformidade em implantação, se pretende restringir o número de organismos envolvidos, podendo-se limitar a designação a apenas um organismo, o que não é permitido na acreditação que, de acordo com as práticas internacionais, deve ser aberta a todos os organismos interessados. A Designação deve ser feita pela entidade reguladora do produto e o ideal é que a escolha dos organismos designados seja pautada na ideia de que tenham, como premissa, a necessidade de serem, preliminarmente, acreditados pelo Inmetro. Essa ferramenta permite ainda maior controle da autoridade regulamentadora sobre os organismos, incluindo a aplicação de penalidades de forma ágil, no caso de identificação de irregularidades na condução do processo de avaliação da conformidade. No Brasil, a ferramenta da Designação de Organismos foi utilizada, pela primeira vez, no Programa de Avaliação da Conformidade de Cestas de Alimentos e Similares. O objetivo é que os produtos das cestas básicas distribuídas cheguem ao consumidor atendendo aos requisitos de segurança alimentar então definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA), utilizado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Além disso, este programa visa melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas para a qualidade de vida, a redução de acidentes de trabalho e o aumento da produtividade. Figura 5: Certificação de produtos e Classificação de Materiais para a Segurança contra incêndio das Edificações. 4. Referências [1] CIRILO DA SILVA NETO, João. Metrologia e Controle Dimensional.Rio De Janeiro.Elsevier,2012. [2] LINCK, Cristiano. Fundamentos de metrologia. 2. ed. Porto Alegre: SER – SAGAH, 2017. Página de internet [3] Hierarquia das instituições. Disponível<<Figura-01- Hierarquia-do-Sistema-Metrologico-Fonte-INMETRO- 2009-Por-exemplo-a_fig1_262899290>> Acesso em: 21 Ago. 2020 [4]Validação de conformidade. Disponível em:<<https://www.gov.br/inmetro/ /inovacao/publicacoes/acpq.>> Acesso em: 26 Ago. 2020 Capítulo do livro [5] CIRILO DA SILVA NETO, João. Metrologia e Controle Dimensional.Rio De Janeiro.Elsevier,2012. P .201 - 219. https://www.researchgate.net/figure/Figura-01-Hierarquia-do-Sistema-Metrologico-Fonte-INMETRO-2009-Por-exemplo-a_fig1_262899290 https://www.researchgate.net/figure/Figura-01-Hierarquia-do-Sistema-Metrologico-Fonte-INMETRO-2009-Por-exemplo-a_fig1_262899290 https://www.researchgate.net/figure/Figura-01-Hierarquia-do-Sistema-Metrologico-Fonte-INMETRO-2009-Por-exemplo-a_fig1_262899290 https://www.gov.br/inmetro/pt-br https://www.gov.br/inmetro/pt-br [~][/~][~][/~][~] [/~][~] [/~] Resumo
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