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ECONOMIA LABORAL

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2
Índice 
1.	Introdução	1
2.Objetivos	2
2.1. Objectivo geral	2
2.1.2. Objetivos específicos	2
3.	Revisão da Literatura	3
4.	Conceitos	6
5.	Tipos de Inflação	7
5.1.	Causas da Inflação	7
6.	Espiral Inflacionista Preços – Salários	9
6.1.	Características da espiral inflacionária	9
6.2.	Consequências da Inflação	10
6.3.	Medidas da inflação	11
6.3.1.	Os Índices de Preços	11
6.3.2.	O Índice de Preços no Consumidor	12
7.	Conclusão	14
8.	Bibliografia	15
1. Introdução 
Após a segunda grande guerra, o processo inflacionário se acelerou de forma mais acentuada, apesar do controle da inflação ter se tornado uma das metas prioritárias de diferentes governos. O golpe da inflação iniciou-se na década de 50, após breve período de relativa estabilização no pós-guerra. A gravidade e os reflexos nocivos da inflação levaram o governo a preparar um programa de estabilidade monetária que, foi abandonado devido à impopularidade das medidas divulgadas. No início da década de 60, a inflação atingiu níveis bastante altos, devido à falta de uma política rigorosa de contenção dos preços. Em 1964, a inflação tornou-se uma das principais metas da política económica, devido a alta taxa naquele ano. Apesar das medidas fiscais, monetárias e de controlo direito dos preços a partir de então adoptados, a inflação aumentou, voltando ao patamar em que se encontra dez anos antes. Inconfortáveis indicações de recessão. A inflação é um fenómeno económico importante, com efeitos negativos para a economia. 
Actualmente, deixou de ser apenas objecto de estudo, muitas vezes analisado em diversos compêndios de Teoria Económica, para passar a fazer parte da agenda diária do cidadão comum. Os meios de comunicação têm sido um importante divulgador das questões referentes à inflação, elegendo-a como uma das questões económicas mais propaladas. Nem sempre é feita alusão à palavra inflação, mas o conceito está implícito, quando muitas vezes se ouve dizer “os preços estão a subir”, ou então quando as pessoas se queixam de estar a perder o seu poder de compra. Miúdos e graúdos fazem contas à vida, tentando ver se a mesada que recebem, ou o salário que auferem no final do mês chega para fazer face às suas necessidades e pagar as suas contas. As donas de casa rabiscam a lista de compras e é com espanto que verificam que os preços aumentaram, não apenas os preços da fruta ou dos legumes, mas da generalidade dos bens e serviços.
 Esta é uma questão que não se circunscreve ao sector económico, mas tem implicações em todas as esferas, inclusive a social. Ninguém fica indiferente quando constata que dia a dia consegue com o mesmo dinheiro comprar cada vez menos coisas, ou pagar um número cada vez menor de serviços. Seguramente, cada um de nós já deve ter ouvido um amigo, vizinho, familiar ou conhecido dizer “a vida está cada vez mais cara”. Muitos são os que se questionam sobre os motivos que levam à subida dos preços e os mecanismos para os controlar. Nem sempre entendem este fenómeno, mas estão certos que é algo que os afecta e prejudica
2.Objetivos
2.1. Objectivo geral
 Verificar as principais medidas adoptadas no combate a inflação e o desemprego.
 2.1.2. Objetivos específicos
 a) Averiguar a situação em que se... 
 b) Identificar as medidas contra o desemprego e a inflação; 
 c) Analisar o comportamento do governo em tomar medidas com relação ao desemprego e sua correlação com a inflação;
3. Revisão da Literatura 
 A inflação é entendida como um processo de aumento contínuo e generalizado nos níveis de preços. Dentro desse conceito, é importante destacar que a inflação:
 a) É um processo e não um fato isolado;
 b) Envolve aumentos contínuos e não esporádicos de preços; 
 c) Aumentos generalizados de preços e não isolados.
Trata-se de um fenómeno universal, comum a praticamente todos os países, variando apenas de intensidade e de época para época. Dado que a inflação representa uma elevação dos preços monetários, ela significa que o valor real da moeda é depreciado pelo processo inflacionário. Assim, por definição, a inflação é um fenómeno monetário. Entretanto isto não significa que a solução passe simplesmente por um controle do estoque da moeda. De início, podemos dizer que a inflação representa um conflito distributivo existente na economia, mal administrada. Em outras palavras, a disputa dos diversos agentes económicos pela distribuição da renda representa a questão básica no fenómeno inflacionário. 
Dada a diversidade de agentes económicos existentes, o processo inflacionário pode estar acoplado a inúmeras facetas. O exemplo mais típico, tradicionalmente enfatizado pelos monetaristas, refere-se ao desequilíbrio financeiro do sector público, que induz a uma elevação de moeda em taxas acima do crescimento do produto. No âmbito do conflito distributivo, poderíamos representar esse tipo de inflação como decorrente de um conflito entre o sector privado e o sector público pela disputa do produto. Nesta hipótese, caso o sector público reduza seus gastos e assim consiga evitar o acréscimo de moeda, o problema inflacionário pode ser resolvido.
 Entretanto, o processo inflacionário pode resultar de outros tipos de conflito distributivo. Um que nos parece especialmente importante, especialmente para o caso da economia brasileira, refere-se às relações entre salários e preços. Neste caso, o problema estaria centrado numa disputa pelo produto entre trabalhadores e empresários que tornariam instáveis as relações entre salários e preços. Uma outra faceta ainda do processo inflacionário como representativo do conflito distributivo poderia ser a associação da economia nacional com a internacional. No caso dos choques externos, o que ocorre é um conflito distributivo desta natureza que também pode dar origem a um processo inflacionário.
 A partir do momento em que se configuram diversas facetas do processo inflacionário, percebe-se a dificuldade de eliminá-lo, especialmente nos países nos quais o processo inflacionário representa mais de um dos aspectos acima mencionados.
A respeito da diversidade das teorias da inflação, é possível classificá-las segundo as causas que dão origem aos processos inflacionários, bem como, os tipos predominantes. Assim, tem-se a inflação de demanda, na qual, o aumento generalizado dos preços é advindo, basicamente, de um excesso de demanda em relação à capacidade ofertada da economia. Em outras palavras, ocorre um aumento da procura por bens e serviços que os consumidores estão aptos a adquirir ao preço de mercado naquele determinado período. 
Se, para essa elevação de demanda não houver uma expansão equivalente da oferta, os preços tendem a elevar-se. Em geral, há uma maior quantidade de moeda em relação aos bens e serviços disponíveis. Já a inflação de oferta é caracterizada pela diminuição de bens e serviços ofertados. Esta não é, necessariamente, causada pela diminuição da produção, mas sim pelo aumento dos preços dos bens e serviços ofertados. Este aumento, em geral, é atribuído à elevação dos custos de produção (salários, juros e impostos). Unindo estas, tem-se a inflação híbrida ou mista. O aumento persistente do nível de preços provocado pela junção dos mecanismos de inflação de demanda e de oferta caracteriza este tipo de inflação. Normalmente, a inflação híbrida é iniciada por um aumento da quantidade de moeda em poder do público, em relação aos bens e serviços disponíveis.
 O mau funcionamento do mecanismo de distribuição da renda nacional é a consequência da sua continuidade e expansão (LOPES; ROSSETTI, 2002). Além destas, há ainda a inflação estrutural, caracterizada pela incapacidade de oferta de bens e serviços ao sector agrícola e exportador de modo que estes possam expandir sua produção. Esta incapacidade de expansão é decorrente de insuficiência de capital, de tecnologia e de mão-de-obra qualificada. 
Conforme (LOPES; ROSSETTI, 2002), este tipo de inflação se apoia em 4 bases principais. A primeira delas é a inelasticidade da oferta de produtos agrícolas, dada a crescente transferênciade população do campo para a cidade. Como o desenvolvimento urbano é mais veloz que o rural, o custo da alimentação se altera para cima. O governo, na tentativa de controlo da inflação, consegue reduzir os preços através de suas políticas monetárias, isso acaba por desestimular a oferta. 
A segunda é o desequilíbrio crónico no comércio exterior, isso ocorre porque os países desenvolvidos apresentam baixa elasticidade renda para importação de produtos primários, já os países emergentes apresentam alta elasticidade para a importação de produtos duráveis. A entrada de divisas externas a fim de financiar o deficit em transacções correntes faz com que ocorram pressões inflacionárias. A terceira é a distribuição desigual da renda. Neste caso, as pressões inflacionárias decorrem da luta das classes de menor remuneração pela manutenção de sua renda, exigindo maiores salários. 
Na medida em que este aumenta, aumentam também os custos de produção. Finalmente, tem-se a rigidez dos orçamentos públicos. O governo é obrigado a dar sustentação ao desenvolvimento urbano, investindo em infra-estrutura, mas, em geral, como não existe um mercado que permita a colocação de títulos do governo para financiamento não-inflacionário, a solução é através de emissão de moeda. Por fim, tem-se a inflação inercial. Trata-se de um tipo de inflação causada basicamente pela incorporação das expectativas de inflação futura ao comportamento dos agentes económicos. Outra forma de desenvolvimento é através dos mecanismos de retro-alimentação institucionalizados pelo governo, a chamada indexação. Podem ocorrer sobre os juros, preços, salários, aluguéis, etc. (LOPES; ROSSETTI, 2002). É certo que a acção da política monetária deve ser preventiva para inibir a elevação generalizada e contínua dos preços de uma economia no sentido de corrigir movimentos que possam causar distúrbios motivados, principalmente, pelo aumento da demanda em maior proporção que o da oferta.
4. Conceitos
 Inflação não é, assim, a simples subida do preço de um bem ou de um serviço. Ela diz respeito ao processo persistente e relativamente generalizado de aumento dos preços em vigor numa dada economia, observado ao longo de um dado período de tempo. Importa reter nesta definição a expressão “aumento generalizado”, o que significa que a inflação não recai apenas sobre os preços de alguns bens ou serviços, mas sim sobre os preços da maioria dos bens e serviços.
· Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Ou podemos ainda dizer que inflação é o aumento do nível geral dos preços.
· Deflação é um fenómeno em que os preços de produtos e serviços caem em determinado período, ou seja ocorre quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir.
· Desinflação é a redução da inflação, quando os preços sobem, mas de forma reduzida.
Para distinguir esses três termos de uma forma geral, enquanto na deflação encontramos um movimento de queda de preço, na desinflação o movimento é de subida, porem em um percentual menor do que era apresentado ou esperado para determinado período. E a inflação é usada como referencia para a definição dos outros termos.
 Não existe uma relação totalmente directa entre inflação e desemprego, mas em geral é de esperar que a inflação seja mais baixa quando a taxa de desemprego é mais alta:
Quando há mais desemprego o consumo tende a baixar e se a procura por bens e serviços diminui é natural que os preços tendam a descer ou pelo menos a não aumentar tanto, o que significa que os níveis de inflação tendem a ser mais baixos.
 A relação inversa entre inflação e desemprego nem sempre se verifica, pois o nível de inflação depende de outros factores, nomeadamente da evolução dos preços dos bens e serviços importados de outros países.
 
5. Tipos de Inflação 
· Inflação Rastejante, caracterizado por uma leve e quase imperceptível expansão geral dos preços, como aquela que verifica-se actualmente na maioria dos países do primeiro mundo.
· Inflação Moderante, os preços sobem de forma gradual. 
· Inflações Galopante, os preços sobem de dois ou três dígitos ao longo de um ano
· Hiperinflação, a subida dos preços pode alcançar 100% anuais, o que reflecte uma série de crise económica onde o dinheiro de um país perde o seu valor.
5.1. Causas da Inflação 
A inflação é causada pelo excesso de dinheiro em circulação na economia. Em outras palavras, quando a oferta de dinheiro aumenta, a moeda se desvaloriza resultando na elevação de preços. Ou seja, é a velha lei de oferta e demanda. O governo, por meio do Banco Central, tem a responsabilidade de controlar a quantidade de dinheiro em circulação.
Entretanto, quando o governo gasta mais do que arrecada (déficit no orçamento), ele emite dinheiro para encobrir. Além disso, ele pode imprimir dinheiro, com o objectivo de aquecer a economia.
Desse modo, com mais dinheiro em circulação e a mesma quantidade de produtos sendo ofertados, a consequência é a inflação.
Fala-se de inflação pela procura quando esta é causada pelo aumento da procura agregada. Existem diversos factores na origem do aumento da procura agregada, sendo de destacar:
 - Aumento da oferta de moeda
 - Aumento dos gastos públicos
 - Pressões mais elevadas da procura de bens internos por parte do resto do mundo
Os factores geralmente associados à inflação pelos custos são:
 - Decréscimos de produtividade
 - Aumentos dos custos de produção (aumentos dos salários reais e das matérias primas)
 - Aumento dos impostos sobre as pessoas colectivas.
Essa situação pode dar origem a um ciclo vicioso, em que a inflação gera inflação, principalmente quando se fala de salários, não fosse esse o preço da mão-de-obra.
	
6. Espiral Inflacionista Preços – Salários
A espiral inflacionária ou espiral inflacionária é um fenômeno económico que provoca uma série de concatenações de aumentos nos preços dos factores produtivos que afectam os índices de preços e os salários , gerando uma espiral da qual é muito difícil sair.
6.1. Características da espiral inflacionária
As pressões inflacionárias afectam as expectativas de preços futuros. Por exemplo, o banco central anuncia uma série de medidas e espera-se que os preços aumentem. Em seguida, os agentes económicos agem em conformidade. Pensando que os preços vão subir no futuro, o que fazem é consumir tudo que podem para evitar comprar mais caro depois. Como a renda disponível é limitada, a capacidade de economizar diminui.
Essa espiral tem um problema adicional: não é fácil fazê-la parar. As decisões de política económica sempre acabam afectando alguém. Se o Estado intervém nos salários e não permite que sejam indexados, o trabalhador perde o poder de compra . Se intervém no mercado, para evitar projecções de inflação de preços, é o empregador que é afectado pela medida. Portanto, é necessário meditar muito bem antes de tomar uma decisão.
Todos os excessos são ruins e a economia é diferente. Um certo nível de inflação é, pode ser, consequência do crescimento económico, portanto, não é preocupante. O problema surge quando isso é accionado e também acaba afetando outras variáveis ​​que, por sua vez, voltam a provocar aumentos de preços. Uma espiral difícil de sair e que, como na falácia da janela quebrada , pode causar aqueles problemas económicos que não se vêem. 
6.2. Consequências da Inflação 
A taxa de inflação alta, acima de 6% ao ano, pode trazer diversas consequências, como a desvalorização da moeda. Essa desvalorização impacta diversas esferas da sociedade. Sendo assim, os produtos importados passam a custar mais caro, já que quando o Real se desvaloriza, o dólar se valoriza. 
Além disso, como os salários não são reajustados na mesma medida que o preço dos produtos, a população é directamente impactada com:
· Clima económico desfavorável;
· Aumento da especulação financeira;
· Elevação dos juros;
· Aumento de desemprego;
· Diminuição dos investimentos no sector produtivo;
· Aumento do dólar e aumento dos preços dos importados. 
6.3. Medidas da inflaçãoTodas as famílias têm os seus hábitos de consumo próprios: umas possuem automóvel e comem carne, outras utilizam apenas os transportes públicos ou são vegetarianas. A ponderação dos vários produtos e serviços na medição da inflação é determinada em função da média da despesa de consumo do conjunto das famílias.
Na medição da inflação, são tidos em conta todos os bens e serviços consumidos pelas famílias, incluindo:
· Artigos do dia-a-dia (como produtos alimentares, jornais e gasolina)
· Bens duradouros (como vestuário, computadores pessoais e máquinas de lavar roupa)
· Serviços (como cabeleireiro, seguros e renda de casa)
6.3.1. Os Índices de Preços
A quantificação da inflação não é obtida directamente a partir dos preços, mas sim utilizando indicadores sintéticos, geralmente designados como índices de preços. Para construir um índice, é necessário que se proceda, antes de mais, à escolha de um período de referência, ou uma base, que pode ser fixa ou móvel. No caso de uma base fixa, esta é definida por um determinado momento ou período (mês, ano, …) passado e constante. Caso a base seja móvel, esta é definida pelo período imediatamente anterior ao que se pretende calcular o índice.
 Pode-se também fazer uma conjugação de ambos os métodos e utilizar alternativamente a base fixa e a móvel, como uma média entre dois ou mais momentos ou períodos distintos e consecutivos. Uma vez seleccionada a base, para se transformar uma qualquer observação num índice basta dividi-la pelo valor observado no momento base e multiplicar o resultado por 100.
6.3.2. O Índice de Preços no Consumidor 
A maior parte dos países optou por medir a inflação mediante a utilização do Índice de Preços no Consumidor (IPC). Este contempla a análise dos padrões de compra dos consumidores, para determinar os bens e serviços normalmente adquiridos pelos mesmos, os quais são considerados representativos do consumidor médio de uma economia. O IPC é provavelmente o indicador estatístico mais utilizado e para os mais variados fins. 
Na esfera económica, o IPC tem um papel fulcral na formulação da política de preços e rendimentos. Designadamente, o indicador da taxa de inflação média dos últimos doze meses é muitas vezes tido como referência no momento das negociações salariais, em sede de concertação social, e é também uma medida da eficácia das políticas económicas implementadas. 
Em termos de segurança social, o IPC é muitas vezes utilizado para a formulação de políticas dirigidas aos grupos mais desfavorecidos. Mas a aplicação do IPC não se circunscreve à esfera social e económica. Tem também utilidade jurídica, principalmente em relação aos contratos públicos e privados, como indexante das obrigações assumidas pelas partes contratantes. Além disso, ajuda ao bom funcionamento do sistema estatístico, na qualidade de deflector, utilizado no âmbito da contabilidade nacional.
· Taxa de inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produto e serviços, é calculado pelos índices de preço de comummente chamados de índice de inflação.
· Nível de vida, é a capacidade de um individuo possuir com o seu rendimento, um determinado conjunto de bens e serviços. O seu poder de compra é, portanto determinado pela relação existente entre o rendimento de que dispõe e o preço dos bens de consumo que podem ser adquiridos com esse rendimento.
· Custo de vida
Custo de vida = gastos fixos + gastos variáveis
É um indicador calculado sobre a soma dos preços médios pagos por bens e serviços em um determinado lugar, a partir do momento em que faz se a soma dos gastos fixos, com os gastos variáveis, consegue se ter uma boa noção do seu custo de vida.
7. Conclusão
Já agora o fenômeno inflacionário reflectia com maior ou menor intensidade os desajustamentos verificados entre a capacidade nacional de produção e o consumo agregado. Por isso, na medida em que a economia se manteve em transição do sector de comércio externo para aquele de mercado interno, a inflação desenvolveu-se com maior intensidade, particularmente depois de 1954, quando o governo federal passou a fazer também grandes dispêndios na forma de investimentos públicos. Como não podia deixar de ocorrer, o surto inflacionário promoveu a redistribuição de renda, favorecendo particularmente os empresários industriais, os comerciantes e a classe de empreiteiros ligados às grandes obras do governo.
 O impacto maior da inflação fez-se sentir, por outro lado, com maior intensidade, sôbre a classe de trabalhadores rurais e diversos segmentos da classe média. Na verdade, incorreríamos em engano se imaginássemos que todo o ganho auferido pelas classes empresariais nas últimas décadas resultou da inflação. Grande parte dele originou-se de uma participação mais que proporcional que a classe teve nos ganhos obtidos pelo País, em certas fases, no comércio internacional. 
O eterno desequilíbrio do balanço de pagamentos e a natureza do sistema cambial vigente em determinados períodos contribuíram decisivamente para dar a essa classe posições altamente vantajosas, que lhe permitiram reter a maior parte do crescimento obtido pela renda nacional. o aceleramento que o processo industrial brasileiro tem experimentado parece confirmar que grande parte dos ganhos da classe empresária reverteu para o processo económico na forma de investimentos. 
O consumo ostensório realizado no exterior tornou-se bem mais difícil depois de 1947, quando foi reformulado o sistema cambial. Ainda assim, ao que parece, constitui ainda parcela ponderável dos gastos realizados no exterior, particularmente em viagens internacionais. Sôbre os capitais enviados para reforçar as contas bancárias. Parece, no entanto, que parcelas substanciais de capitais nacionais têm sido remetidas para outros países, particularmente nos últimos anos. o que dissemos acima parece não deixar dúvidas quanto aos aspectos particularmente graves, tanto do ponto de vista económico, quanto do ponto de vista moral, que assumem essas remessas de recursos financeiros.
8. Bibliografia
 BRANSON, W. H. & LITVACK, J. M. Macroeconomia. São Paulo, Harbra, 1978.
 DELFIM NETTO, A.; PASTORE, A. C.; CIPOLLARI, P. & CARVALHO, E. P. Alguns aspectos da Inflação brasileira. Estudos ANPES. São Paulo, n. 1, 1965.
 DORNBUSH, R. & FISHER, S. Macroeconomia. São Paulo, McGraw-Hill, 1982.
 SHAPIRO, E. Análise macroeconômica. São Paulo, Atlas, 198 1.
- A inflação e o índice de preços no consumidor, António Pereira, Dossiers Didáctico, n.º 2, Instituto Nacional de Estatística de Portugal 
- A estabilidade de preços é importante porquê, Banco Central Europeu, 2005

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