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Módulo 6 Prática Pedagógica Interdisciplinar Fundamentos e Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e Matemática

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO EN-
SINO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização 
escrita do Editor. 
 
 
‘ 
 
 
Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 - . 
Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, MG: 
Editora Única, 2020. 
113 p. il. 
 
Inclui referências. 
 
ISBN: 978-65-990786-0-6 
 
1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título. 
 
CDD: 100 
CDU: 101 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são 
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com 
uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos científico 
(artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou links das 
Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e Biblioteca Pearson) 
relacionados com o conteúdo abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações im-
portantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em cada 
unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de determinados 
termos/palavras mostradas ao longo do livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões cit-
adas em cada unidade, associando-o a suas ações, seja no 
ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
A LÍNGUA MATERNA: DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E ENSINO DA LÍNGUA 
NA ESCOLA ............................................................................................... 9 
 
1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9 
1.2 LÍNGUA, LINGUAGEM E DIVERSIDADE LINGUÍSTICA .................................. 9 
1.3 TEORIAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM .........................11 
1.4 TEORIA INTERACIONISTA DE JEAN PIAGET ..................................................13 
1.5 TEORIA INTERACIONISTA DE LEV VYGOTSKY ..............................................15 
1.6 DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E ENSINO DA LÍNGUA NA ESCOLA ..............21 
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................22 
 
A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM PELA CRIANÇA E SUAS IMPLICAÇÕES 
PARA UMA PROPOSTA DE ESCOLARIZAÇÃO DA INFÂNCIA ................ 28 
 
2.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................28 
2.2 AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: UM PROCESSO ESPONTÂNEO ..................28 
2.3 APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM: UM PROCESSO SISTEMATIZADO .......29 
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................32 
 
O PAPEL DA ORALIDADE E DA ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...... 36 
 
3.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................36 
3.2 A LÍNGUA FALADA NA SALA DE AULA .........................................................36 
3.3 A LÍNGUA ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................38 
3.4 A LINGUAGEM DO DESENHO ........................................................................39 
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................42 
 
A RELAÇÃO ENTRE ORALIDADE E ESCRITA NO ENSINO DA 
LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................. 46 
 
4.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................46 
4.2 EMILIA FERREIRO, A ESTUDIOSA QUE REVOLUCIONOU A 
ALFABETIZAÇÃO ....................................................................................................46 
4.3 A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA .........................................................47 
4.4 OS NÍVEIS ESTRUTURAIS DA ESCRITA ............................................................49 
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................53 
 
A LEITURA E A PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOS NA 
ESCOLA ...................................................................................................... 58 
 
5.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................58 
5.2 A LEITURA NA ESCOLA ...................................................................................58 
5.3 PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO DA LEITURA NA SALA 
DE AULA ..................................................................................................................59 
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................64 
 
 
 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E A BNCC DO 
ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E 
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................... 69 
 
6.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................69 
6.2 PCNS - OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS .............................69 
6.3 ALFABETIZAÇÃO E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA ....70 
6.3.1 Proposta da BNCC – Base Nacional Comum Curricular: uma nova Perspectiva do 
Ensino da Língua Portuguesa........................................................................................................................ 72 
6.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................76 
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................77 
 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................. 82 
 
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Quer saber a diferença entre língua e Linguagem? Você aprenderá 
isso e muito mais! Como a diversidade linguística é trabalhada em 
sala de aula? Vamos descobrir ainda mais sobre: Teorias do desen-
volvimento da linguagem, Teorias Interiocinistas de Piaget, Teorias In-
teracionistas de Vygotsky, Diversidade linguística e o Ensino da Lín-
gua na Escola. 
A Aquisição da Linguagem pela Criança e suas Implicações para 
uma Propostade Escolarização da Infância é a nossa apresentação 
na unidade e o processo da linguagem como Espontâneo ou Siste-
matizado? Leia como dá a aquisição dentro da escola e ao mesmo 
tempo na vida cotidiana. 
 
 
Apresentar a língua falada e língua escrita na Educação Infantil é o 
compromisso da unidade, por isso fique atento às informações que 
serão de grande importância para o papel do professor dentro do 
processo de alfabetização. 
Depois de apresentar a língua oral e escrita, vamos nessa unidade 
aprender a relação entre Oralidade e Escrita no Ensino da Língua 
Portuguesa na abordagem da Psicogênese da Língua Escrita e os 
níveis estruturais. 
 
 
Ler para produzir texto é um desafio que exige planejamento e es-
tratégias. A unidade compromete a apresentar “A leitura na es-
cola” e “O Planejamento e as Estratégias para o ensino da leitura 
em sala de aula. ” 
Na perspectiva da unidade apresentamos “Os Parâmetros Curricu-
lares Nacionais e a BNCC do Ensino da Língua Portuguesa para Edu-
cação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. E Alfabetiza-
ção e o ensino de Língua Portuguesa na escola dentro da proposta 
da Base Nacional Comum Curricular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
A LÍNGUA MATERNA: DIVERSIDADE 
LINGUÍSTICA E ENSINO DA LÍNGUA 
NA ESCOLA 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Quando pensamos em diversidade e linguagem, logo levamos em conta a 
situação, o lugar e os indivíduos envolvidos na ação da linguagem. 
Nesta unidade iremos refletir sobre o lugar onde a linguagem ocupa na rela-
ção de interação com outro e seu entendimento. Ainda levarmos em discussão as 
primeiras teorias sobre o desenvolvimento da linguagem que foram baseadas em 
“Teorias ambientais” ou Teoria da Aprendizagem. 
A unidade 1 destaca-se por abordar a concepção da linguagem na visão de 
Piaget e Vygotsky, as relações humanas e o lugar onde se ocupa neste contexto. 
Relacionar a linguagem como um ato transformador dos sujeitos como ser his-
tórico e social é uma forma de resgatar uma herança cultural. 
 
 LÍNGUA, LINGUAGEM E DIVERSIDADE LINGUÍSTICA 
 Para refletirmos sobre a linguagem precisamos saber: o que é língua? 
A língua é um sistema de signos que exprimem ideias, e é comparável, por isso, 
à escrita, ao alfabeto dos surdos-mudos, aos ritos simbólicos, às formas de polidez, 
aos sinais militares etc., ela é apenas o principal desses sistemas (SAUSSURE, 1970, 
p.24). O interessante é que a língua tem característica própria, carregada de perfil 
do indivíduo e evoluindo em conjunto com a humanidade. Quem é o dono da lín-
gua? Quando fazemos a pergunta, logo temos a resposta, os falantes. Eles sim man-
dam na língua materna. 
Bloch e Trager (1942, p. 5) escreveram: “Uma língua é um sistema de símbolos 
vocais arbitrários por meio dos quais um grupo social coopera.” O que é impressio-
nante nessa definição, em contraste com a de Sapir, é que ela não faz alusão, a não 
ser indiretamente e por implicação, à função comunicativa da lingua(gem). Em vez 
disso coloca toda a sua ênfase na função social. ” 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
O termo linguagem tem muitos significados e sentidos, mas uma delas é a fa-
culdade cognitiva da espécie humana que permite a cada indivíduo representar e 
expressar simbolicamente sua experiência de vida, assim como adquirir, processar, 
produzir e transmitir conhecimento. Somos seres únicos e cada indivíduo tem sua ma-
neira de se comunicar. Quais as concepções importantes sobre o ato de se comuni-
car com o outro? Qual é a importância de se fazer entender em um mundo digital? 
Quais as dificuldades da linguagem? 
Conforme Sapir (1929, p. 8), “A linguagem é um método puramente humano 
e não instintivo de se comunicarem ideias, emoções e desejos por meio de símbolos 
volun- tariamente produzidos”. Tal definição apresenta alguns defeitos. Por mais am-
pla que seja nossa concepção dos termos “ideia”, “emoção” e “desejo”, parece 
claro que há  muito que se pode comunicar pela linguagem e que não é coberto 
por nenhum deles; particularmente “ideia”, que é inerentemente e impreciso. ” Por 
entender o termo como amplo, podemos que expressar através da linguagem cor-
poral, isto é, através de gestos, expressões faciais, caracterizando assim, linguagem 
corporal; por isso Sapir relaciona a linguagem com emoção e ideias como sentimen-
tos humanos. 
 
 
 
 O que é Diversidade Linguística? 
 
A linguística refere à diversidade como um respeito às todas as línguas existen-
tes e promove a preservação daquelas que se encontram em vias de extinção por 
falta de falantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
O objetivo é fazer a ligação entre a aprendizagem e o respeito às diferenças 
de vocabulário de cada país ou região, por exemplo. Vivemos em um país em que 
a diversidade linguística é uma realidade, por isso precisamos discutir sobre o respeito, 
a aceitação e a comunicação entre elas. Sabemos que a língua é viva e dinâmica, 
simplesmente pode ao longo do tempo sofrer variações como, por exemplo, deixar 
de usar ou adicionar algumas palavras, isso se dá o nome de variação linguística 
histórica. Há ainda dentro do mesmo contexto de variação da língua a forma de 
falar de determinada localidade, isto é, direcionada aquela região ao damos o 
nome de variação linguística geográfica ou regional e outra característica tão im-
portante como estas, a variação linguística social/cultural que é determinada por um 
tipo linguagem utilizada por determinado grupo social, que por preferências, ativida-
des e ou nível socioeconômico adota um linguajar próprio. Podemos exemplificar 
com os grupos de profissionais como advogados ou surfistas. 
Para iniciarmos o assunto desenvolvimento da linguagem, veremos algumas 
teorias. 
 
 TEORIAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 
Explicar como a criança desenvolve a habilidade da linguagem, como 
aprende a língua materna é um desafio para a psicologia do desenvolvimento. Há 
de se pensar na teoria do ambiente que influencia diretamente nesse contexto da 
língua. 
As primeiras teorias sobre o desenvolvimento da linguagem foram baseadas 
em “Teorias ambientais” ou Teoria da Aprendizagem, visto que se dizia que a criança 
aprendia através de imitação, porém a imitação não era uma base sólida, já que 
não se pode explicar toda a aquisição da linguagem. 
Logo, os pais têm um papel fundamental no desenvolvimento linguístico da 
criança, pois os mesmos moldam através dos esforços sistemáticos e gradualmente 
recompensando aproximações cada vez melhores da fala adulta, que segundo Skin-
ner (1957), esta teoria chamada de “Teoria do Reforço”, porém a teoria de Skinner 
não se consolidou, pois quando os pesquisadores observaram a interação dos filhos 
com os pais, eles constaram que as atitudes dos pais eram diferentes ao que Skinner 
propôs. 
 Ambiente Linguístico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
É obvio que quanto mais uma criança é exposta ao ambiente da linguagem 
maior será sua aquisição e ampliação de vocabulário, porém quanto menos a cri-
ança for submetida, mais tardia será a qualidade e quantidade do desenvolvi-
mento. Segundo uma pesquisa realizada pela National Longitudinal Survey of Labor 
Market Experience of Youth (NLSY), o Teste de Vocabulário por Imagens de Peabody 
(PPVT). Os desenvolvimentistas descobriram que a quantidade e a qualidade da lin-
guagem que uma criança ouve variam com o nível de renda da mãe: mães pobres 
falam menos com seus filhos, usam frases menos complexas e leem menos para eles. 
Os dados revelam que uma consequência da pobreza para as crianças é um risco 
consideravelmente alto de habilidades deficientes de linguagem. 
Verificou-se também que crianças aos 4 anos de vocabulário entre as mais 
pobres e crianças em melhor situação financeira é alto, porém a diferença se amplia 
na idade escolar. 
Segundo Catherine Snow (1997), verificou que crianças de 4 anos criadas na 
pobreza usam frasesmais curtas e menos, já que as mães conversam menos com os 
filhos. 
E muitos são os fatores que contribuem, dentre eles, quando se lê para uma 
criança maior será seu desenvolvimento linguístico e ampliação de seu vocabulário. 
Já as “Teorias Nativistas” apoiam suas evidências em dois fenômenos: “A ex-
trema complexidade da tarefa que a criança deve realizar e as aparentes semelhan-
ças nos passos e nos estágios do desenvolvimento da linguagem das crianças entre 
línguas e entre todas as crianças. “Noam Chomsky (1965, 1975, 1986, 1988). 
Dan Slobin (1985a, 1985b), outro nativista influente, defende a ideia de que 
toda criança nasce com a capacidade básica para a linguagem. 
Difere das “Teorias Construtivistas” de outras abordagens por se apoiar em par-
ticular, alguns teóricos afirmam de maneira veemente que o importante não são as 
tendências ou os princípios operantes inatos, mas a construção da linguagem da cri-
ança como parte do processo mais amplo de desenvolvimento cognitivo (Akhtar, 
2004). 
Segundo a visão de Melissa Bowerman coloca a ideia dessa forma: “quando 
a linguagem começa a aparecer, ela não introduz novos significados à criança. An-
tes, ela é usada para expressar apenas aqueles significados que ela já formulou inde-
pendentemente da linguagem” (1985, p. 372). Entretanto, Bowerman (2007), também 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
observa que quando a criança começa a usar linguagem para expressar as ideias 
que estão começando a entender, o próprio fato de criar estruturas linguísticas para 
elas, ajuda a entendê-las melhor. 
Para os Construtivistas, “o desenvolvimento cognitivo e da linguagem são pro-
cessos interdependentes, e a pesquisa na tradição construtivista busca ligações en-
tre avanços nos dois domínios. Por exemplo, o jogo simbólico (como fingir beber de 
um copo vazio) e a imitação de sons e gestos aparecem ambos aproximadamente 
ao mesmo tempo em que surgem as primeiras palavras da criança, sugerindo algum 
“entendimento simbólico” mais amplo que é refletido em uma série de comporta-
mentos. Veremos duas frentes teóricas que se destacam na linha interacionista, Pi-
aget e Vygotsky. 
 
 TEORIA INTERACIONISTA DE JEAN PIAGET 
Figura 1: JEAN PIAGET 
 
Disponível em: https://bit.ly/3fD6f8M. Acesso em: 02 mar. 2021 
 
Jean Piaget foi um psicólogo suíço e importante estudioso da pedagogia in-
fantil. Revolucionou os conceitos de inteligência e desenvolvimento cognitivo. Jean 
Piaget (1896-1980), nasceu em Neuchâtel, na Suíça, no dia 9 de agosto de 1896. Seu 
pai era professor universitário de Literatura Medieval. Desde criança, já mostrava in-
teresse pela natureza. Na adolescência, escreveu artigos científicos e trabalhou gra-
tuitamente para o Museu de História Natural. 
Jean Piaget descobriu através de avaliações, que as crianças da mesma faixa 
etária cometiam os mesmos erros, o que o levou a acreditar que o pensamento ló-
gico se desenvolvia gradativamente. Começou então, a estudar o desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
das habilidades cognitivas das crianças. Em 1921, Piaget voltou para a Suíça, onde 
assumiu a direção do Instituto Jean-Jacque Rousseau, na Universidade de Genebra. 
Em 1923, publicou “A Linguagem e o Pensamento da Criança”. Nesse mesmo 
ano casa-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas, que foram impor-
tantes para o desenvolvimento de suas pesquisas. Em 1924, publicou “O Juízo e o 
Raciocínio da Criança”. Em 1936, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” pela 
Universidade de Harvard. Lecionou em diversas universidades da Europa, entre elas 
a Universidade de Sorbonne, em Paris. 
Jean Piaget organizou seus estudos a partir da observação ao desenvolvi-
mento de seus três filhos. Direcionou seus estudos sustentados por dois pilares: A lógica 
e a Psicologia Genética defendida por Soares em (2006, p.2). 
Pautado, sobretudo na relação com a inteligência sendo uma das formas de 
manifestações da vida, Piaget relacionou ação e interação em um processo contí-
nuo. Classificou que as crianças do 0 aos 2 anos como estágio sensório-motor, isto é, 
uma forma prática de adaptação ao mundo exterior, pois nesta fase o bebê tem 
suas primeiras experiências de interação real com o meio ambiente. A conduta sen-
sório-motor dita por Piaget está relacionada ao sistema de sucção, audição e visão, 
sendo assim, como seu primeiro sistema de ação a sucção e logo se estendem a 
outras ações, tais como pegar objetos e levá-los a boca. 
Mais tarde, o bebê classifica e reflete sobre a distância temporal entre ele e o 
objeto, o que faz despontar aos poucos uma abstração ilimitada. Ele explica que 
nessa fase a criança - utiliza da imitação e cópia dos gestos dos adultos, que ao 
longo do processo transformam-se em atos de inteligência representativa e jogos sim-
bólicos acompanhados de palavras ou vocalizações. Quanto mais a criança se de-
senvolve, suas estruturas mentais, seus rabiscos e depois as garatujas já podem sim-
bolizar o que ela tem em mente. 
Para Piaget a função da linguagem está no pensamento e transmite ao indi-
víduo um sistema todo preparado de noções classificações, de relações, enfim, um 
potencial de inesgotáveis créditos que se reconstroem em cada indivíduo, susten-
tado por modelos multisseculares já elaborado por gerações anteriores. 
Já o estágio pré-operacional abrange um período que se estende dos 2 a 6 
anos de idade. É nessa fase que a criança vai pouco a pouco interiorizando o meio, 
e podendo representá-lo mentalmente. Com o desenvolvimento da função semió-
tica, ela começa a utilizar os símbolos mais organizados para representar a realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
No estágio operatório concreto, ocorre dos 6 anos aos 12 anos de idade. Há 
um desenvolvimento cognitivo das operações mentais consideráveis, pois já conse-
gue pensar logicamente sobre eventos concretos ainda que tenha dificuldade de 
lidar com conceitos hipotético-abstratos. Por exemplo, conforme Yves de La Tai-
lle(2013), se alguém disser a uma criança que todos os planetas são quadrados, ela 
irá concluir pela lógica que essa afirmação se aplica à Terra, mesmo que ela saiba 
que o nosso Planeta é redondo. 
O último estágio operatório formal corresponde da idade dos 12 anos em di-
ante, a criança tem a capacidade pensar e raciocinar de forma hipotético-lógico-
dedutiva, pois está apta para operações mentais que possa realizar. Por exemplo: Se 
disser a uma criança o provérbio que se encontra no estágio operatório formal “de 
grão em grão a galinha enche o papo”, a criança consegue trabalhar a lógica do 
provérbio e com a ideia da galinha comendo os grãos. 
É nesse momento que a criança consegue representar pelo desenho e pela 
escrita alfabética. 
 
Figura 2: Esquema do processo de construção do conhecimento
 
Disponível em: https://bit.ly/3fv8gDS. Acesso em: 03 mar. 2021 
 
Em suma, para Piaget, a construção do conhecimento ocorre quando acon-
tecem ações físicas ou mentais obre objetos que, provocando o desequilíbrio, resul-
tam em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em cons-
trução de esquemas ou conhecimento. 
 
 
 
 TEORIA INTERACIONISTA DE LEV VYGOTSKY 
Figura 3: LEV VYGOTSKY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
Disponível em: https://bit.ly/32mbuWg Acesso em: 03 mar. 2021 
 
Lev Semyonovich Vygotsky, ou Vygotsky, (1896 – 1934) foi um psicólogo bielor-
russo, autor da psicologia cultural-histórica. O pensador enfatizava o papel da lin-
guagem e do processo histórico social no desenvolvimento intelectual do indivíduo. 
Só foi descoberto pelos acadêmicos ocidentais muitos anos após sua morte, 
mas sua influência foi profunda no sentido de mudar a percepção hegemônica de 
que o aluno seria apenas o sujeito da aprendizagem. 
Lev Vygotsky relacionou sua pesquisa às funções psicológicas superiores típicas 
do comportamento humano, tais como: pensar, falar, agir e ter consciênciadas coi-
sas. Para Vygotsky a relação com as pessoas, denominada interação social, reforça 
que é no contato cultural com algum “grupo social”, determinará a transformação 
de um sujeito, apropria-se da linguagem em interação do com outro e organiza seu 
comportamento intelectual. A fala possibilita a criança um controle de suas ações 
sobre o meio, (Pino, 2017). 
Conforme Vygotsky, a fala não é determinada por mundo simbólico e sim, aos 
signos em termos como, gestos. Para ele, a criança depende de signos externos para 
significar as ações direcionadas aos objetos. E para entendermos signo é um ser meio 
inventado pelos homens para representar-se a realidade, material ou imaterial. 
Já o sistema simbólico, isto é, a linguagem tem um papel essencial na constru-
ção do pensamento, na interação em os grupos sociais, pois possibilita a concepção 
e a organização real. A função simbólica pode ser internalizada e estabelecer uma 
forma de discurso interior, que terá avanços no decorrer do processo da linguagem. 
“A linguagem age decisivamente na estrutura do pensamento e é ferramenta 
básica para a construção de conhecimentos”. Intervém no desenvolvimento intelec-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
tual da criança desde seu nascimento (STADLER et al). “A linguagem fornece os con-
ceitos e as formas de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito 
e o objeto de conhecimento” (FOSSILE, 2010). 
Para Vygotsky, a linguagem está ligada ao pensamento, já que, conforme a 
fala privada se desenvolve, a criança torna-se capaz de orientar e dominar ações 
(MIRANDA; SENRA, 2012). 
São pilares básicos do pensamento de Vygotsky: 
 
1) “As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade 
cerebral”. O cérebro é um sistema aberto, pois é mutável. Suas estruturas são mol-
dadas ao longo da história do homem e de seu desenvolvimento individual; 
2) O funcionamento psicológico tem como base as relações sociais, dentro de um 
contexto histórico; 
3) A cultura é parte essencial do processo de construção da natureza humana; 
4) A relação homem-mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos. Entre 
o homem e o mundo existem elementos mediadores – ferramentas auxiliares da 
atividade humana 
 
Segundo Vygotsky, as funções psicológicas tais como: ações e pensamentos 
inteligentes que só encontramos no homem, como pensar, refletir, organizar, catego-
rizar, generalizar, são desenvolvidas ao longo tempo, conforme as histórias sociais do 
homem. 
Para ele, a mediação, isto é, a interação que o indivíduo tem com o meio e 
com outros indivíduos, mediado por um conhecimento e/ou experiência assimilado 
anteriormente. “Por isso, ele tem a sua teoria como socioconstrutivista, pois percebe 
que interação é mediada por várias relações, diferentemente do construtivismo, em 
que o sujeito age diretamente com o objeto” (MAGALHÃES, 2007). 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Mediação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
A mediação, conceito central de sua obra, é a intervenção de um elemento 
intermediário em uma relação. Para Vygotsky, existem dois elementos mediadores: 
os instrumentos e os signos. Ambos oferecem suporte para a ação do homem no 
mundo. Instrumento é todo objeto (externo) criado pelo homem com a intenção de 
facilitar seu trabalho e sua sobrevivência, enquanto os signos são instrumentos psico-
lógicos (internos), que auxiliam o homem diretamente nos processos internos. 
Quando o homem cria uma lista para ir ao mercado, está criando signos, ou seja, 
instrumentos psicológicos que o auxiliarão, mais tarde, na realização da ação (com-
pras no mercado). 
As representações da realidade e a linguagem são sistemas simbólicos que 
fazem a mediação do homem com o mundo. É o próprio grupo cultural quem for-
nece as representações e o sistema simbólico, pois, ao interagir com o outro, o indi-
víduo vai interiorizando as formas culturalmente construídas, as mesmas que possibili-
tam as relações sociais. 
Vygotsky defende ainda que o meio social é determinante do desenvolvi-
mento humano e que isso acontece fundamentalmente pela aprendizagem da lin-
guagem, que ocorre por imitação e mediado através da interação com os outros 
(BRUNER, 1987). 
“ [...] linguagem e atividade social se aprende através de interação com o 
outro” (WELLS, 1986 apud CABRERA. VILLALOBOS, 2007, p. 413). A premissa básica da 
teoria de Vygotsky é a de que toda forma de atividade mental humana de ordem 
superior é derivada de contextos sociais e culturais. Todas as atividades mentais de 
ordem superior são inicialmente criadas através da interação social e só posterior-
mente se convertem em processos mentais internos. Segundo Vygotsky, a aprendiza-
gem da criança é assistida e mediada pelo professor e ambiente, e a maior parte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
dessa comunicação é orientada através da linguagem, ou seja, o psicólogo acredi-
tava que o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio da linguagem, das conversas 
e interações das crianças com os adultos (família, professores etc.), por isso a escola 
e a família devem trabalhar em parceria para que o desenvolvimento da criança 
ocorra de maneira agradável e efetiva. 
Dentro dos estudos desenvolvidos por Vygotsky está incluída a aprendizagem 
assistida e Zona de Desenvolvimento Proximal na qual veremos um pouco abaixo. 
 
 Aprendizagem Assistida e Zona De Desenvolvimento Proximal 
 
Outro conceito de Vygotsky é a zona de Desenvolvimento Proximal, isto é, a 
distância entre as práticas que a criança já domina e aquela que precisa de ajuda. 
Para ele, o caminho entre esses dois pontos que ela pode se desenvolver mental-
mente por meio da interação e da troca de experiências. Não basta, portanto, de-
terminar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu desempenho. A zona de de-
senvolvimento proximal é uma metáfora criada para explicar como ocorre a apren-
dizagem. É a distância entre o nível real e nível potencial da criança (MAGALHÃES, 
2007). 
Já a Aprendizagem Assistida consiste em uma última análise, fazer com que os 
alunos trabalhem cada vez mais sozinhos, porém com orientação (assistência) prévia, 
o sentido de fornecer informações, pistas, lembretes, incentivos no momento certo 
etc. Desta forma, o professor assiste a aprendizagem conduzindo os alunos pelos pas-
sos de um problema complicado, permitindo que o aluno gradualmente alcance a 
aprendizagem. Como saber que tipo de ajuda oferecer e quando oferecê-la é algo 
que está diretamente relacionado com o conceito de ZDP. 
Veja o esquema e compreenda a Teoria Sociocultural de Vygotsky. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Figura 5: Teoria Sociocultural de Vygotsky 
 
Disponível em: https://bit.ly/3h5eXwu. Acesso em: 05 mar. 2021 
 
Araújo (2009), analisando a teoria criada pelo autor Vygotsky, diz que a apren-
dizagem na sala de aula é resultado de atividades que proporcionam interação, co-
operação social, atividades instrumentais e práticas. Filatro(2008) enfoca que as ati-
vidades em sala de aula devem ser colaborativas, possibilitando que o aluno vá além 
do que seria capaz sozinho. 
Em suma, o professor deve mediar as atividades, utilizando estratégias que le-
vem ao aluno se tornar independente, preparando-o para o espaço da linguagem 
interação. 
 
 
 
Qual é o papel da escola e família no desenvolvimento e a relação entre linguagem e 
pensamento segundo Piaget e Vygotsky? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E ENSINO DA LÍNGUA NA ESCOLA 
Vivemos em um país onde a diversidade linguística se faz presente, pois o Brasil 
abriga várias regiões e com variação no dialeto português; na verdade há uma ri-
queza cultural e linguística que se faz interagir com tudo e com todos. Um país onde 
as riquezas naturais, culturais e de povos que congregam a nação. Além da línguaportuguesa temos também mais 180 línguas indígenas em todo território nacional. Já 
parou para pensar nessa diversidade linguística? Podemos pensar em um país multi-
linguista e quais os problemas que podemos encontrar em tanta diversidade e como 
resolvê-lo? Uma das primeiras dificuldades seria na área da Educação, que conflita 
com as questões de identidades socioculturais de comunidades minoritárias. Então 
como resolver e ensinar a língua e atingir a todos sem distinção. Penso que deverá 
criar um Sistema bilíngue com diretriz filosófica norteadora de Políticas Públicas Na-
cionais para as comunidades indígenas. 
 Brasil, um país colonizado e que ao longo desse processo de colonização não 
respeitou a identidade dos nativos, sua cultura, sua etnia e por fim sua língua. É um 
desafio para o Brasil toda essa diversidade; os linguistas brasileiros vêm lutando para 
evitar a “Diglossia”, concepção genuína de Fishman (1967). Diglossia, segundo o In-
fopédia significa “situação lingüística em que uma comunidade utiliza duas línguas 
distintas na mesma área geográfica, sendo que cada língua é frequentemente vo-
cacionada para um uso concreto. Por exemplo, durante o período colonial, era fre-
quente que a língua do país fosse utilizada com objetivos institucionais, como o en-
sino, a escrita, a legislação e a religião, enquanto que as línguas autóctones eram 
mantidas dentro dos grupos familiares mantidas vivas e em circuitos informais. 
Ferguson (1959) entende que as diversidades linguísticas país são funcionais e 
que tem um valor a mais em relação as demais, e devem ser adquiridas e exposta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
em um grau maior de estrutura e plenitude. 
 
 
 
Soares (1998), acredita que o letramento é a saída para responder a esta 
questões apresentadas. Vale ressaltar que do ponto de visita educacional não há 
vantagem em avaliar os alunos quanto à variação linguística. Atitudes preconceitu-
osas são equivocadas científica e pedagogicamente aumenta assim, a distância 
entre a linguagem dos alunos e a variedade padrão, levando a consequências de 
outra ordem, como baixa autoestima, bloqueio dos alunos e interação em sala de 
aula. 
Portanto precisamos nos atentar aos falantes e observarmos a qual grupo lin-
guístico faz parte, sem pré-conceitos. Dentro da sala de aula é comum que esta va-
riação linguística fique exposta e o professor necessita fazer a mediação com muito 
respeito e polidez, valorizando as experiências dos falantes. 
 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
 
Como é possível vincular as questões linguísticas a fatores e as barreiras de exclusão e 
mobilidade social? 
A apropriação da cultura letrada e a utilização adequada de recursos linguísticos são 
suficientes para indicar os espaços que os indivíduos ocupam na escala social e/ou de-
terminar mobilidade social? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
1. Relacione os conceitos de língua (I) e linguagem (II) às definições a seguir. 
 
( ) Forma de expressão que uniu o pensamento do significado e o significante. 
( ) Sistema de comunicação de uma comunidade linguística. 
( ) Expressão do pensamento pela escrita ou outros sinais. 
( ) Faculdade que permite ao homem se comunicar com o mundo. 
 
Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta de conheci-
mento dos parênteses. 
 
a) I, II, I, II. 
b) II, II, I, I. 
c) I, I, I, II. 
d) II, I, I, II. 
e) II, I, II, II. 
 
2. Explicar como a criança desenvolve a habilidade da linguagem, como aprende 
a língua materna é um desafio para a psicologia do desenvolvimento. Dentre as 
diversas teorias, uma é baseada em Teorias Ambientais. 
 
Marque a alternativa que representa uma característica da “Teoria Ambien-
tal”. 
a) Também conhecida como “Teoria da Aprendizagem”, visto que se dizia que a 
criança aprendia através de imitação, porém a imitação não era uma base só-
lida, já que não se pode explicar toda a aquisição da linguagem. 
b) Tem como característica o papel fundamental dos pais no desenvolvimento lin-
guístico da criança, pois os mesmos moldam através dos esforços sistemáticos e 
gradualmente recompensando aproximações cada vez melhores da fala adulta 
c) Apoiam suas evidências em dois fenômenos: “A extrema complexidade da tarefa 
que a criança deve realizar e as aparentes semelhanças nos passos e nos estágios 
do desenvolvimento da linguagem das crianças entre línguas e entre todas as 
crianças. 
d) O desenvolvimento cognitivo e da linguagem são processos interdependentes, e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
a pesquisa na tradição construtivista busca ligações entre avanços nos dois do-
mínios. 
e) Todas as alternativas são características da Teorias Ambientais. 
 
3. Nos primeiros estágios de desenvolvimento, a fala, segundo Vygotsky, pode as-
sumir uma importante função de: 
 
a) A Memória e pensamento para a criança através da fala mediada por conheci-
mentos recém assimilados. 
b) Rotulação, pois permite à criança identificar um objeto particular, separá-lo e 
distingui-lo dos outros. 
c) Causadora de dependência progressiva do campo sensorial, que se caracteriza 
como primeiro contato da criança com o mundo. 
d) De lembrete para a criança da importância da interação social para seu apren-
dizado e para o estabelecimento de relações. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
4. As ideias de Piaget foram de grande relevância qualitativa na compreensão do 
desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de 
integração entre o sujeito e o mundo que o circunda. Após a afirmação, marque 
a alternativa que demonstra claramente a teoria de Piaget. 
a) Para ele, a criança depende de signos externos para significar as ações direciona-
das aos objetos. E para entendermos signo é um ser meio inventado pelos homens 
para representar-se a realidade, material ou imaterial. 
b) A função da linguagem está no pensamento e transmite ao indivíduo um sistema 
todo preparado de noções classificações, de relações, enfim, um potencial ines-
gotável créditos que se reconstroem em cada indivíduo, sustentado por modelos 
multissecular já elaborado por gerações anteriores. 
c) A linguagem tem um papel essencial na construção do pensamento, na interação 
em os grupos sociais, pois possibilita a concepção e a organização real. 
d) A função simbólica pode ser internalizada e estabelecer uma forma de discurso 
interior, que terá avanços no decorrer do processo da linguagem. 
e) A extrema complexidade da tarefa que a criança deve realizar e as aparentes 
semelhanças nos passos e nos estágios do desenvolvimento da linguagem das 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
crianças entre línguas e entre todas as crianças. 
 
5. As Teorias Interacionistas de Lev Vygotsky contribuíram para determinar a impor-
tância da influência do Meio Social no desenvolvimento do sujeito. Diante do ex-
posto, marque a alternativa que apresenta na íntegra seus argumentos. 
a) A função da linguagem está no pensamento e transmite ao indivíduo um sistema 
todo preparado de noções classificações, de relações, enfim, um potencial ines-
gotável créditos que se reconstroem em cada indivíduo, sustentado por modelos 
multissecular já elaborado por gerações anteriores. 
b) Classificou que as crianças do 0 aos 2 anos como estágio sensório-motor, isto é, 
uma forma prática de adaptação ao mundo exterior, pois nesta fase o bebê tem 
suas primeiras experiências de interação real com o meio ambiente. 
c) As condutas sensório-motor dita estão relacionadas ao sistema de sucção, audi-
ção e visão, sendo assim, como seu primeiro sistema de ação a sucção e logo se 
estendem a outras ações, tais como pegar objetos e levá-los a boca. 
d) Para Vygotsky a relação com as pessoas, denominado interação social, reforça 
que é no contato cultural com algum “grupo social”, determinará a transformação 
de um sujeito, apropria-se da linguagem em interação do com outro eorganiza 
seu comportamento intelectual. 
e) Todas as alternativas são referentes as Teorias Interacionistas Vygotsky. 
 
6. Variante histórica – Enem 2014 
 
Em bom português 
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela 
gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular 
como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada 
dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, 
chamou minha atenção para os que falam assim: 
– Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. 
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme 
com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de 
roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão 
um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresen-
tarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. 
 
SABINO, Fernando. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). 
 
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O 
texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que: 
 
a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. 
b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações. 
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes. 
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que 
pertence o falante. 
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente 
em todas as regiões. 
 
7. Vivemos em um país onde a diversidade linguística se faz presente, pois o Brasil 
abriga várias regiões e com variação no dialeto português; na verdade há uma 
riqueza cultural e linguística que se faz interagir com tudo e com todos. 
 
A linguagem utilizada na tirinha 
 
a) é formal, pois pai e filho apresentam certa intimidade. 
b) sofre uma variação linguística por conta de diferenças de lugar. 
c) sofre uma variação linguística por conta de diferenças históricas. 
d) sofre uma variação linguística por conta de diferenças de classe social. 
e) apresenta o dialeto caipira, como em “drumi” “fio”. Do ponto de vista linguístico 
essa fala é considerada errada e não é aceita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
8. Brasil, um país colonizado e que ao longo desse processo de colonização não 
respeitou a identidade dos nativos, sua cultura, sua etnia e por fim sua língua. É 
um desafio para o Brasil toda essa diversidade; os linguistas brasileiros vêm lu-
tando para evitar a “Diglossia”. Marque a alternativa que melhor explica a pala-
vra que está grifada. 
 
a) Situação linguística em que uma comunidade utiliza uma língua na mesma área 
geográfica, sendo que a outra língua não é aceita para o uso. 
b) Situação linguística em que uma comunidade utiliza duas línguas distintas na 
mesma área geográfica, sendo que cada língua é frequentemente vocacio-
nada para um uso concreto. 
c) Durante o período colonial, não era frequente que a língua do país fosse utilizada 
com objetivos institucionais, como o ensino, a escrita, a legislação e a religião, 
enquanto que as línguas autóctones eram mantidas dentro dos grupos familiares 
mantidas vivas e em circuitos informais.” 
d) Diglossia é o termo usado para diferenciar as pessoas que falam uma língua es-
trangeira. 
e) Nenhuma das alternativas são corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM 
PELA CRIANÇA E SUAS 
IMPLICAÇÕES PARA UMA 
PROPOSTA DE ESCOLARIZAÇÃO 
DA INFÂNCIA 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
A unidade fará uma abordagem sobre a aquisição da linguagem pela Cri-
ança e suas Implicações para uma Proposta de Escolarização da Infância. Explicita-
remos as propostas metodológicas e alguns problemas de caráter interdisciplinar. E o 
que as propostas favorecem ou dificultam o processo de escolarização. 
Sabemos que cada criança tem o seu tempo de aprendizagem, devido a fa-
tores internos e externos. Cabe ao professor inserir em seu planejamento propostas 
metodológicas capazes de uma educação eficaz na resolução de problemas, faci-
litando assim o processo de escolarização que atenda a todos os alunos sem distin-
ção. 
Como fazer com que a criança aprenda? Como melhorar o desempenho dos 
alunos? Como promover uma educação eficaz através dos métodos de caráter in-
terdisciplinar? 
 
 AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: UM PROCESSO ESPONTÂNEO 
Aquisição da linguagem é um processo espontâneo, que acontece natural-
mente entre os falantes da língua. É uma interação social, familiar e comunitária. Du-
rante o processo a criança cria intimidade com a fonologia da língua, amplia o vo-
cabulário, melhorando seu desempenho oral e compreensão nas diferentes situa-
ções de comunicação. Portanto está ligado a habilidades adquiridas pela criança 
de ordem fonológica, morfológica, sintático, semântico e pragmático da língua do 
lugar onde ela vive. 
Analisar a aprendizagem de uma língua que se dá de uma maneira formal, 
sistematizada dentro dos padrões determinados pela língua, na escola, é muito mais 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
complexo e profundo, pois nesse processo o aluno aprende através da transmissão 
de conhecimentos e competências gramaticais dentro do sistema linguístico. Schurtz 
(2004), porém tudo realizado em um sistema didático-pedagógico, a fim que o aluno 
obtenha o conhecimento e sua aprendizagem seja efetiva. 
Em resumo, aquisição da linguagem é processo espontâneo e aprendizagem 
da linguagem é um processo Sistematizado. 
 
 
 
 APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM: UM PROCESSO SISTEMATIZADO 
Sabemos que humanidade passou por vários períodos dentro esfera da lin-
guagem escrita e falada. Surgimos desde os pictogramas e pinturas rupestres a fase 
alfabética da linguagem oral e escrita. 
O processo de aprendizagem da linguagem é complexo e contínuo, pois a 
criança desde os primeiros dias de vida há um contato com a linguagem e a aqui-
sição é feita de maneira gradativa e de acordo com os estímulos, ou seja, quanto 
mais exposta à linguagem, maior será o seu vocabulário. Desde muito cedo as cri-
anças devem aprender os sons usados na sua língua de forma organizados, pois até 
os 7 anos, esses sons são incorporados pela criança. Numa esfera de aprendizagem 
é necessário atentarmos para o processo do desenvolvimento do sistema fonológico 
https://bit.ly/2PEI6X4.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
na criança. A fonologia, segundo Cagliari, (2010, p.75), “estuda os sons da língua do 
ponto de vista de sua função”. Iremos abordar aspectos interpretativos dos sons e 
suas estruturas nas línguas para uma aprendizagem eficaz. E para entender esses 
sons é necessário entender o valor linguístico que os sons têm na língua. 
Segundo Cagliari (2010), o valor linguístico diz respeito às funções de um som 
dentro de uma organização sistemática da língua e cita como exemplo a letra (p) 
da palavra “pato” que quando trocamos pela letra (b), agrega ou significado 
“bato”; sendo assim valores distintivos. Ainda cita outro exemplo como valor não dis-
tintivo aborda a palavra “cadeira e cadera”, que quando pronunciada não altera 
o significado. 
Para entendermos melhor o processo, primeiramente devemos saber que a 
linguagem se divide em unidades que são denominadas signos. E o signo linguístico 
na visão de Cagliari (2010), é a união de um significado com um significante, ou seja, 
significado é o conceito da palavra, por exemplo: casa – moradia e o significante 
corresponde ao som (K + a + s + a). 
Para haver um aprendizado efetivo, o professor deve ensinar os sons e a dife-
rença entre eles e ao mesmo a função na sílaba oupalavra, pois a língua portuguesa 
dentro da gramática ocorre fenômenos fonológicos, o acento marca presença e 
acarreta mudanças dentro do contexto linguístico; segundo Engerbelt (2012, p.97), 
explica ainda os processos mais importantes na língua como: Palatalização, Nasali-
zação ou Nasalidade, Harmonia vocálica, Epêntese, Ditongação e Monotongação, 
Hipercorreção, neutralização das vogais átonas e apagamento. 
Abordaremos de forma explicativa os processos importantes da língua: 
Palatalização é um processo que ocorre em vários dialetos, ou seja, os sota-
ques. Um exemplo simples é a variação livre de oclusivas como (t) e (d) diante da 
letra (i) como em dia. 
Nasalização ocorre durante o processo fonológico, e na nasalidade na foné-
tica. A palavra ponte se produz em ressonância nasal em contraposição à palavra 
pote. É a Nasalização (processo fonológico) que acarreta mudança de significado. 
Harmonia vocálica é o processo que consiste na mudança de uma ou mais 
vogais para se harmonizarem com outra vogal na mesma palavra. Exemplo: Tea-
tro/tiatro; pepino/pipino; escola/iscola. 
Epêntese é o processo de modificação silábica onde há uma inserção da vo-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
gal para tornar a sílaba mais adequada. Exemplo: pneu/pinéu; advogado/adivo-
gadu. 
Ditongação e Monotongação, no primeiro processo, o núcleo silábico simples 
é um ditongo. Exemplo: (capaz/capaiz; dez/deiz. Já a monotongação é o oposto, 
a simplificação do ditongo em um único segmento vocálico. Exemplo: Baixa/baxa; 
queijo/quejo. 
 Hipercorreção consiste na aplicação de uma regra quando não há necessi-
dade. Construções como bandeija ou carangueijo são tipos de hipercorreção. 
Neutralização das vogais átonas depende da tonicidade da sílaba. Vejamos 
os exemplos: Seco(adjetivo) Seco(verbo); soco(substantivo), soco(verbo); topo (ad-
jetivo) topo(verbo). 
 Exemplo: xícara/xicra; óculos/oclos; os verbos comer/comê e sair/sai; dentre 
outras palavras, viagem/viagem; bobagem/bobage. 
O professor precisa conhecer e ao mesmo tempo entender como ocorre o 
processo fonológico para intervenção durante o processo de aquisição da lingua-
gem na escola, por isso a observação contínua e diagnóstica fará toda a diferença 
durante o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Estudamos sobre a aquisição do processo de linguagem da criança e apresenta-
mos duas vertentes: O espontâneo e o Sistematizado. Marque a alternativa que 
melhor caracteriza o Processo de linguagem espontâneo. 
 
a) Acontece naturalmente entre os falantes da língua. É uma interação social, fami-
liar e comunitária. Durante o processo a criança cria intimidade com a fonologia 
da língua, amplia o vocabulário, melhorando seu desempenho oral e compreen-
são nas diferentes situações de comunicação. 
b) Acontece naturalmente entre os falantes da língua, porém não há uma intera-
ção social, familiar e comunitária. 
c) Realizado em um sistema didático-pedagógico, a fim que o aluno obtenha o co-
nhecimento e sua aprendizagem seja efetiva. 
d) Para haver um aprendizado efetivo, o professor deve ensinar os sons e a diferença 
entre eles e ao mesmo a função na sílaba ou palavra, pois a língua portuguesa. 
e) Todas as alternativas são verdadeiras. 
 
2. Sobre o processo sistematizado de aquisição da linguagem é correto afirmar que 
a) Para haver um aprendizado efetivo, o professor deve ensinar os sons e a diferença 
entre eles e ao mesmo a função na sílaba ou palavra, pois a língua portuguesa. 
b) Realizado em um sistema didático-pedagógico, a fim que o aluno obtenha o co-
nhecimento e sua aprendizagem seja efetiva. 
c) Numa esfera de aprendizagem é necessário atentarmos para o processo do de-
senvolvimento do sistema fonológico na criança. 
d) Desde muito cedo as crianças devem aprender os sons usados na sua língua de 
forma organizados, pois até os 7 anos, esses sons são incorporados pela criança. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
3. Aquisição da linguagem é um processo espontâneo, que acontece naturalmente 
entre os falantes da língua. É uma interação social, familiar e comunitária. Por-
tanto está ligado a habilidades adquiridas pela criança de ordem 
 
a) fonológica; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
b) morfológica; 
c) sintático; 
d) semântico e pragmático da língua do lugar onde ela vive. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
4. É correto definir Fonologia como a área que estuda: 
 
a) Os sons da língua do ponto de vista de sua função. 
b) O sistema alfabético de uma língua. 
c) As vogais e as consoantes na construção da escrita. 
d) A estrutura da língua. 
e) Os segmentos e as sílabas da língua. 
 
5. Indique se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F). Pela consciên-
cia fonológica, a criança. 
 
( ) Amplia o conhecimento sobre a língua. 
( ) Pode manipular as produções de sons da fala. 
( ) É capaz de refletir sobre os sons da fala. 
( ) Escreve as palavras corretamente. 
( ) Produz melhor as sílabas das palavras. 
 
Assinale a alternativa correspondente à sequência correta de preenchimento dos 
parênteses. 
 
a) V, V, F, V, F. 
b) F, F, V, F, V. 
c) F, F, V, V, V. 
d) V, V, V, F, F. 
e) V, F, F, V, F. 
 
6. Leia a tira sobre Significante e Significado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
O signo linguístico (palavra) é composto de duas partes chamadas SIGNIFICANTE 
E SIGNIFICADO. 
 
1. Significante: parte física da palavra(grafia + som). 
2. Significado: conceito transmitido pelo significante. 
 
Marque a alternativa que demonstra a palavra que a mulher da charge não sabe 
o significado, já que sabemos que o significante RECÍPROCO. 
 
a) Eu te amo. 
b) Recíproco. 
c) Não sei o que é. 
d) Não sabe. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
7. Marque a alternativa que representa o exemplo de Neutralização das vogais áto-
nas 
 
a) Teatro/tiatro; pepino/pipino; escola/iscola. 
b) pneu/pinéu; advogado/adivogadu 
c) Seco(adjetivo) Seco(verbo); soco(substantivo), soco(verbo); topo (adjetivo) 
topo(verbo). 
d) xícara/xicra; óculos/oclos; os verbos comer/comê e sair/sai. 
e) viagem/viagem; bobagem/bobage. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
8. Classifique as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo 
com os processos fonológicos que fazem referência à sílaba: 
 
( ) O apagamento consiste em um processo de assimilação. 
( ) Na palatalização ocorre um processo de nasalização. 
( ) Na Epêntese há a inserção de uma vogal para tornar a sílaba mais adequada. 
( ) A ditongação consiste na simplificação de um ditongo em um único segmento 
vocálico. 
( ) Harmonia vocálica é o processo que consiste na mudança de uma ou mais 
vogais para se harmonizarem com outra vogal na mesma palavra. 
 
Assinale a alternativa correspondente à sequência correta de preenchimento 
dos parênteses. 
 
a) V, V, F, V, F. 
b) F, F, V, F, V. 
c) F, V, V, V, F. 
d) F, F, F, F, F. 
e) V, F, F, V, F. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
O PAPEL DA ORALIDADE E DA 
ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Nesta unidade, abordaremos o papel da oralidade e da escrita na Educação 
Infantil. Como ensinar? O que ensinar? Qual é o objetivo de ensinar através da orali-
dade? Os desafios são muitos e qual é a relação entre a fala e a escrita no ensino 
infantil? A oralidade para a escrita e a escrita para a oralidade. 
A fala e a escrita apresentam conforme, Marcushi (2001) os mesmos traços: 
dialogicidade, usos estratégicos, funções interacionais, envolvimento, negociação, 
situacionalidade, coerência e dinamicidade. Portanto estudaremos a diferença, a 
particularidade de cada modalidade na Educação Infantil. 
 
 A LÍNGUA FALADA NA SALA DE AULA 
Anteriormente estudamos sobre a diversidade linguística que há em nosso país 
colonizado pelos os europeus. Enfatizaremos o texto oral em sala de aula. Avaloriza-
ção da fala e da diversidade linguística ocupa na sala de aula lugar de destaque, 
pois através da oralidade, de trocas de experiências e mudança de contexto. 
Narrar, contar histórias, explorar o mundo social e expressar através da orali-
dade suas as experiências vividas, ajuda a criança a organizar a narrativa e o tipo da 
informação na qual deseja compartilhar e poder relatá-las com espontaneidade faz 
parte do processo de aquisição da linguagem oral. 
Para relatar algo que aconteceu, a criança precisa de duas habilidades, uma 
delas é lembrar o fato ocorrido e a outra organizá-la em forma de narrativa conven-
cionada culturalmente. E para fazê-lo é necessário que a narrativa seja situada em 
um contexto apropriado, o ouvinte saiba o que aconteceu e o ouvinte entenda por 
que a narrativa foi interessante. Fazer intervenções pode ajudar a criança na organi-
zação dos fatos nos discursos e ter autonomia na elaboração e produção oral. Na 
sala de aula uma estratégia para promover a linguagem oral é a leitura de textos 
literários, contribuindo para que as crianças sejam leitoras voluntárias e autônomas, 
 UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
bem como o desenvolvimento do senso crítico. Incorporados a prática na sala de 
aula, a literatura enriquece e contribui para o processo pedagógico. A literatura 
deve ser integrada a um projeto desafiador, fazendo com que a criança seja moti-
vada à leitura. A oralidade permite que a criança conte a história do seu jeito, com 
suas expressões do seu dia a dia, sem normas linguísticas convencionadas. 
A oralidade na literatura deve seguir dois caminhos. Um deles é o uso de ex-
pressões coloquiais em registros clássicos da oralidade que está ligada diretamente 
ao léxico e outro é o discurso aleatório que ajuda na articulação da narrativa, po-
dendo usar forma de diálogos diretos e indiretos de modo geral. 
A oralidade é um objeto de estudo sobre o letramento, pois muitas crianças 
são consideradas letradas por dominarem as estratégias orais mesmo antes de serem 
alfabetizadas, pois ouvem histórias contadas pelos adultos e são estimuladas mesmo 
antes de irem à escola. Sabemos que a oralidade está relacionada à fala, por isso 
devemos motivar a criança a desenvolver a oralidade como prática social que está 
presente em vários gêneros textuais e contextos de uso. 
A poesia, por exemplo, em sala de aula promove a leitura e a escrita, além de 
Três funções básicas que é servir como suporte para alfabetização, auxiliar na forma-
ção da leitura em geral e como fomento literário. Diante do exposto, o professor deve 
estar atento às experiências de seus alunos e auxiliá-los a narrativa, pois “preservar 
relações entre a literatura e a escola, ou o uso comum do livro em sala de aula, de-
corre de ambas compartilharem um aspecto em comum: a natureza formativa.” 
Estudar o texto oral de forma contextualizada, observando todos os aspectos 
de organização e complexidade, leva o aluno a ter consciência dos traços da orali-
dade e contribui para o desenvolvimento de inferências, levantar hipóteses e sugerir 
possibilidades diversificadas para o trabalho em sala de aula. 
Outra perspectiva diz a respeito do trabalho que parte da fala para se chegar 
à escrita. Trata-se da retextualização que consiste em transformar um texto falado 
em um texto escrito. É um processo que necessita de interpretação e compreensão 
da forma e do conteúdo. 
Portanto não podemos desvincular a língua falada da língua escrita. O que 
precisa é realizar um trabalho com o aluno de uma forma que o mesmo possa refletir 
nas diferenças encontradas no texto oral e escrito e operar com domínio a língua 
materna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 A LÍNGUA ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Abordaremos “a linguagem escrita na Educação Infantil”, como o processo 
acontece? De forma treinadora, repetitiva e mecânica, ou de forma significativa, 
contextualizada, lúdica, criativa? Como enfim entender o processo de aquisição da 
escrita, comunicar, interagir, compreender, se fazer compreender nos aspectos da 
fala, mas como criar um elo com a escrita, já que demanda por parte da criança 
um esforço maior, de treinamento, repetição. Para se chegar linguagem escrita, a 
criança passa por um processo de aprendizagem que se constitui no interior das re-
lações discursivas, orais e escritas e as estratégias devem ser ter funções diferencia-
das. 
Para os estudiosos o estabelecimento das relações entre pensamento, lingua-
gem e escrita, de um lado o ser social e do outro o cognitivo, tudo em conformidade 
com as relações sociais humanas. Segundo Piaget, Vygotsky e Luria defendiam que 
aquisição da linguagem na infância estabelece duas conexões: Filogênese (desen-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
volvimento histórico da espécie humana como um todo) e ontogênese desenvolvi-
mento do universo cognitivo infantil). 
 
A capacidade de simbolização do homem começa com uma repre-
sentação de primeira ordem – isto é, figuras representando coisas -, 
para só mais tarde atingir uma etapa em que representa a fala, já em 
simbolização da segunda ordem. No trajeto entre essa primeira fase 
até a escrita alfabética, o homem vai tomando consciência das vá-
rias unidades linguísticas: Palavras, sílaba e som Filogênese de Kato 
(1995). 
 
Por outro lado, a Ontogênese se destina a simplesmente a forma motora da 
escrita, resultando em grafismo ou rabiscos primitivos, evoluindo passo a passo e atri-
buindo-lhe valor de escrita. Se pensarmos na escrita de uma forma geral, a mesma 
passa por transformações ao longo da vida da criança até chegar na concepção 
alfabética que pode ocorrer forma rápida. À medida que a coordenação motora 
é aprimorada, melhor será sua condição de desenhar, simbolizar e representar com 
mais destreza e clareza. Segundo Derdyk (1989, p.51), o desenho é a manifestação 
de uma necessidade vital de uma criança: agir sobre o mundo que a cerca, inter-
cambiar, comunicar. 
Portanto quando analisamos os grafismos na Educação Infantil entendemos 
assim como os estudiosos que a criança está em processo de concepção represen-
tação simbólica, evoluindo gradativamente e cada vez elaborando hipóteses e in-
formações que combinem com o conhecimento anterior adquirido estruturado e 
consolidado mentalmente. 
 
 A LINGUAGEM DO DESENHO 
Georges-Henri Luquet nasceu em Rochefort-sur-Mer em 21 de janeiro de 1876. 
Os estudos da lógica focalizaram tanto a lógica clássica quanto a logística, o pen-
samento matemático, as relações entre matemática e realidade. O estudo do de-
senho foi dedicado a tese de doutorado em cartas, os desenhos de uma criança, o 
livro de 1913 marca uma data: pelo método escolhido, pelos resultados. O método 
é monográfico. Só ele, explica Luquet, possibilita reconstruir a evolução gráfica da 
criança e identificar suas fases. Mas, para dar resultados convincentes, é necessário 
um número muito grande de documentos. Luquet apresenta quatro estágios para a 
representação do desenho infantil que direciona as fases evolutivas do desenho da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
criança, dentre eles estão: Realismo Fortuito: (2 anos), tem por característica o ra-
bisco, o qual é realizado pela criança sem a intenção de representar algo especí-
fico; simples prazer de exercitar. 
 
Figura 6: Realismo fortuito 
 
Fonte: https://bit.ly/30aUM9C. Acesso em: 02 mar. 2020. 
 
Realismo fracassado, (3 a 4 anos), nessa fase a criança descobre a analogia 
entre a forma do seu traçado com o objeto; a criança procura aperfeiçoar o seu 
desenho para conseguir a forma original do objeto. 
 
Figura 7: Realismo fracassado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realismo visual (4 a 9 anos), caracterizada pela manifestação frustrada di-
ante da execução do seu desenho. Diante de frustrações e sucessos, o desenho vai 
evoluindo. 
Realismo intelectual (10 e 12 anos), este é o último estágio,é uma prolonga-
ção do estágio visual, ou seja, inicia-se aos 4 anos e se estende até aos 10/12 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
É considerada a fase principal do desenho infantil pelo fato da criança desenhar 
não só aquilo que vê, mas o que sabe sobre o objeto. 
 
Figura 8: Realismo visual e Realismo intelectual 
Fonte: https://bit.ly/2OwmdWb. Acesso em: 02 mar. 2020. 
 
Portanto na perspectiva de Luquet, assim como Piaget, a Teoria construtivista 
também prevê estágios para o desenvolvimento cognitivo da criança, direcionando 
o desenho gradativamente à aquisição da escrita. A próxima unidade aprofunda-
remos no desenvolvimento e aquisição da linguagem escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Indique se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) no que se refere 
ao desenvolvimento da linguagem oral. 
 
( ) A criança não precisa compartilhar suas experiências para adquirir a linguagem 
oral. 
( ) Narrar é explorar o mundo e estruturar histórias por meio das conversas. 
( ) A construção do discurso dispensa que as crianças se lembre de fatos do pas-
sado, basta narrar o presente. 
( ) O adulto pode fazer intervenções verbais durante a narração da criança. 
( ) À medida que a criança cresce, a sequência dos fatos contados ganha carac-
terísticas diferentes. 
 
Assinale a alternativa correspondente à sequência correta de preenchimento dos 
parênteses. 
 
a) V, F, V, F, F. 
b) F, V, F, V, V. 
c) V, V, F, V, V. 
d) F, F, V, V, V. 
e) V, V, V, F, F. 
 
2. A oralidade na literatura deve seguir dois caminhos é correto dizer que: 
 
a) Um deles é o uso de expressões coloquiais em registros clássicos da oralidade que 
está ligada diretamente ao léxico e outra é o discurso aleatório que ajuda na 
articulação da narrativa, podendo usar forma de diálogos diretos e indiretos de 
modo geral. 
b) Um deles é o uso de expressões da norma culta em registros simples da oralidade 
e que está ligada ao contexto da fala e outro relacionada à escrita. 
c) Ao discurso e as regras gramaticais. 
d) Somente ao uso da gramática normativa e a escrita correta das palavras. 
e) Todas as alternativas são corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
3. A respeito da oralidade e do letramento, assinale a alternativa correta. 
 
a) Ser letrado significa ter desenvolvida sua capacidade metalingüística. 
b) A oralidade compreende habilidades na língua falada. 
c) As atividades do cotidiano da criança, com a intervenção de um adulto, confe-
rem à sua oralidade característica da sua oralidade letrada. 
d) A oralidade é um objeto de estudo do letramento. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
4. Letramento é definido por Soares (2000, p.2) como “[... ] o estado em que vive o 
indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura 
que circulam na sociedade em que vive [...]. ” 
 
Com base na definição apresentada, é CORRETO afirmar que: 
 
a) Letramento significa a convivência do aluno com muitos materiais escritos. 
b) Letramento consiste na leitura de palavras e de diferentes gêneros textuais. 
c) Letramento refere-se às habilidades de uso da escrita em várias situações. 
d) Letramento é um processo de orientação sistemática da leitura e da escrita. 
e) Letramento é a relação entre oralidade, leitura e escrita. 
 
5. Os estudos sobre a aquisição da linguagem evidenciam que a linguagem vai 
sendo constituída pouco a pouco desde o nascimento e sua aquisição exige a 
coordenação de várias funções e aptidões, bem como a intervenção de dife-
rentes órgãos. 
 
Sobre esse processo, é CORRETO afirmar: 
 
a) A aquisição da linguagem vincula-se à evolução e à maturação cerebral e 
ocorre com base na coordenação dos órgãos bucofonatórios. 
b) A aquisição da linguagem é independente dos progressos do desenvolvimento 
psicomotor e da evolução cognitiva. 
c) A aquisição da linguagem não é afetada por fatores sociais e culturais. 
d) Fatores relacionados com o tipo de vínculo entre pais e filhos não interferem na 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
aquisição da linguagem. 
e) A aquisição da linguagem não sofre influência de fatores neurológicos e cogniti-
vos. 
 
 
6. Como acontece o processo a linguagem escrita na Educação Infantil? Marque 
apenas uma resposta correta. 
 
a) O processo da linguagem escrita na Educação Infantil acontece forma forçada, 
pois se não disciplinar as crianças não irão aprender. 
b) De forma não treinadora, repetitiva e mecânica, ou de forma significativa, con-
textualizada, lúdica, criativa. 
c) Para se chegar linguagem escrita, a criança passa por um processo de aprendi-
zagem que se constitui no interior das relações discursivas, orais e escritas e as 
estratégias devem ser ter funções diferenciadas. 
d) A escrita não deve ser estimulada ou trabalhada na Educação Infantil, deixando 
para o Ensino Fundamental. 
e) Nenhuma das alternativas se refere a linguagem escrita. 
 
7. Segundo Piaget, Vygotsky e Luria defendiam que aquisição da linguagem na in-
fância estabelece duas conexões são elas: 
 
a) Sociais e culturais. 
b) Alfabetização e Letramento. 
c) Expressão Corporal e visual. 
d) Filogênese e Ontogênese 
e) Todas as alternativas são corretas. 
 
8. Ainda sobre as conexões estabelecidas na aquisição da linguagem na infância, 
leia. 
 
I. Filogênese (desenvolvimento histórico da espécie humana como um todo). 
II. Ontogênese (desenvolvimento do universo cognitivo infantil). 
III. A Ontogênese se destina a simplesmente a forma motora da escrita, resul-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
tando em grafismo ou rabiscos primitivos, evoluindo passo a passo e atribu-
indo-lhe valor de escrita. 
IV. A Filogênese se destina a consciência das várias unidades linguísticas: Pala-
vras, sílabas e som. 
 
Sobre o exposto acima, marque a alternativa correta sobre as conexões na aquisição 
da linguagem. 
 
a) Apenas I, II. 
b) Apenas, I, II e III. 
c) Apenas II, III e IV. 
d) Apenas IV. 
e) I, II, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
A RELAÇÃO ENTRE ORALIDADE E 
ESCRITA NO ENSINO DA LÍNGUA 
PORTUGUESA 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Na unidade 3 abordamos a língua falada e língua escrita de forma inicial, 
desde as primeiras representações e como se dá o processo da concepção até che-
gar à escrita alfabética. Neste exposto iremos apresentar a Psicogênese da língua 
escrita. O que é a Psicogênese da escrita? Quais os níveis? E Como se dá o processo 
de aquisição através da hipótese silábica? 
São questionamentos que responderemos ao longo desta unidade, que nos 
ajudará a entender o processo de alfabetização, fazendo com que a criança 
aprenda efetivamente o sistema de escrita alfabética. E como professor fará as inter-
mediações diagnósticas? 
Já explicitaremos os níveis do processo que segundo Ferreiro e Teberosky 
(1991), salientam que é preciso levar consideração quatro níveis estruturais recorren-
tes na linguagem escrita das crianças, quais sejam: Pré-silábico, Silábico, Silábico-al-
fabético e Alfabético. Através da psicogênese leitura e escrita, a criança constrói 
diferentes hipóteses sobre o sistema da escrita até apropriar-se completamente dele. 
 
 EMILIA FERREIRO, A ESTUDIOSA QUE REVOLUCIONOU A ALFABETIZAÇÃO 
Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de 
Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia 
genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da cri-
ança) ela continuou estudando um campo que o mestre não havia explorado: a 
escrita. A partir de 1974, Emilia desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma 
série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em 
Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola 
Ana Teberosky e publicado em 1979. Emilia é hoje professora titular do Centro de In-UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
vestigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do Mé-
xico, onde mora. Além da atividade de professora - que exerce também viajando 
pelo mundo, incluindo frequentes visitas ao Brasil -, a psicolinguista está à frente do 
site (www.chicosyescritores.org), em que estudantes escrevem em parceria com au-
tores consagrados e publicam os próprios textos. 
 
Figura 9: Emilia Ferreiro 
 
Disponível em: https://bit.ly/3fBULCl. Acesso em: 02 mar. 2020. 
 
Emilia Ferreiro se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro e 
seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo de estudo inaugurado pelas 
descobertas a que chegou o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) na investigação 
dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança - ou seja, 
de que modo ela aprende. As pesquisas de Emilia Ferreiro, que estudou e trabalhou 
com Piaget, concentram o foco nos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e 
à escrita. De maneira equivocada, muitos consideram o construtivismo um método. 
Porém sua descoberta leva a conclusão de que as crianças são as protago-
nistas no processo de ensino-aprendizagem. Elas constroem seu próprio conheci-
mento, por isso a palavra “Construtivismo”. Para Ferreiro, o processo do conheci-
mento é gradual, que dialoga com os princípios de Piaget, sabendo que cada 
avanço cognitivo depende de e uma assimilação e de uma reacomodação dos es-
quemas internos, que necessariamente levam tempo. 
 
 A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA 
Para início de conversa, precisamos entender o que é Psicogênese da língua 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
escrita. Segundo Goodman (1980), o que vem a ser o termo psicogênese, faz-se im-
portante buscar nos dicionários o significado desta palavra e com isso temos no dici-
onário informal, que a psicogênese faz parte da psicologia que se ocupa em estudar 
a origem e o desenvolvimento dos processos mentais, das funções psíquicas, das cau-
sas psíquicas que podem causar uma alteração no comportamento. A psicogênese, 
na psicologia, trata de estudar a origem, o início dos processos mentais que irão gerar 
alterações comportamentais e a aquisição da leitura e da escrita é uma alteração 
mental na qual o indivíduo vai assimilando algo novo, algo que ele ainda não do-
mina. 
O termo psicogênese é definido como um estudo das causas psíquicas sus-
ceptíveis de explicar uma neurose ou uma psicose. Já em outro dicionário, o dicioná-
rio Aulete, a palavra psicogênese é definida como o estudo da origem e desenvolvi-
mento dos processos mentais ou psicológicos, da mente ou da personalidade. Então 
podemos dizer que o termo psicogênese, em suas diversas interpretações vem retra-
tar uma mesma realidade, psico-mente / gênese: início, começo; seria então o início, 
o princípio das ações mentais que resultarão em uma alteração de pensamento ou 
comportamento (GOODMAN, 1980). 
O termo psicogênese vem acrescentar aos estudos ligados a alfabetização a 
ideia de que esta leitura e escrita antes de ser escrita e utilizada oralmente, foi pro-
cessada através de processos psicológicos de apropriação do novo ao que já se 
possui sobre esta linguagem, e que essa associação dá origem ao que chamamos 
de leitura e escrita (GOODMAN, 1980). 
Vimos que a aprendizagem e o desenvolvimento da língua escrita estão rela-
cionados diretamente ao processo de aquisição de novas aprendizagens. Partindo 
desse exposto, entendemos que é necessidade vital a criança expressar através sím-
bolos ou desenhos sua relação com o mundo letrado. A aquisição da leitura e escrita 
ainda é para muitos educadores simplesmente a ação de codificar e decodificar ou 
somente repetições. Conforme Ferreiro (2000) e outros estudiosos da educação, a 
psicogênese da língua escrita é muito mais que códigos, mas sim, de se ter o signifi-
cado através de sucessivas tentativas de escrita, na busca da compreensão e asso-
ciação de tal língua a sua vivência. Entende-se a aquisição da língua escrita é 
avanço considerável no desenvolvimento de uma criança e que o domínio é com-
plexo dos signos linguísticos, ocorre por etapas, promovendo formas diferentes de co-
municação e interação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
Desse modo quando a criança chega à escola com suas experiências, du-
rante o processo de alfabetização, ela percorre o caminho linear dos quatro níveis 
estruturais recorrentes na linguagem escrita, quais sejam: Pré-silábico, Silábico, Silá-
bico-alfabético e Alfabético. Veremos a seguir os níveis estruturais citados. 
 
 OS NÍVEIS ESTRUTURAIS DA ESCRITA 
Para Ferreiro e Teberosky é preciso levar em consideração quatro níveis estru-
turais da língua escrita. O nível Pré-silábico que na alfabetização compreende como 
representação de sons e não de ideias, por isso é chamada de representação icô-
nica, isto é, a criança ainda não tem noção da escrita alfabética e expressa o seu 
pensamento através de desenhos, pois para ela desenhar é escrever. Por sua vez, 
na representação não icônica, a criança expressa o seu pensamento através do 
desenho e de garatujas ou rabiscos, pois ainda desconhece o alfabeto e o valor de 
seu som. 
Exemplo de Representação não icônica. 
 
Figura 10: Exemplo de representação não-icônica 
 
Fonte: Revista Nova Escola 
 
Exemplo de Representação icônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
Figura 11: Exemplo de representação icônica 
 
Fonte: Revista Nova Escola 
 
Na Escrita Silábica, a criança já supõe que a escrita representa a fala, desvin-
culando, portanto, a palavra do objeto. É nesta fase que a criança começa a fone-
tizar a escrita e dar valor sonoro as letras. Dessa forma cada sílaba é representada 
por uma letra com ou sem relação ao som. Na escrita de frases, cada palavra pode 
ser representada por uma letra ou sinal gráfico. 
Já na escrita silábica de valor sonoro, a criança escreve uma letra para cada 
sílaba, por vezes vogais ou consoantes, mas que representa corretamente ao som 
da sílaba. 
 
Figura 12: Exemplo do Nível Silábico 
 
Fonte: Revista Nova Escola 
 
Por sua vez, a Escrita Silábica-alfabética, a criança já apresenta uma escrita, 
contendo, às vezes, sílabas completas ou incompletas e outras vezes, omite alguma 
letra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
Figura 13: Exemplo do nível silábico-alfabético 
 
Fonte: Revista Nova escola 
 
Finalizando temos o nível Alfabético, nessa fase a criança compreende os fo-
nemas (som) e os grafemas (letras) e faz a correspondência na hora do registro. Ar-
ticula de forma compreensível e tende a escrever como fala, pois ainda não con-
cebeu as questões ortográficas. 
 
Figura 14: Exemplo do Nível Alfabético 
 
Fonte: Revista Nova escola 
 
Portanto, vimos na unidade a evolução dos níveis da escrita, a evolução da 
garatuja a aquisição da língua escrita adquirida durante o processo da psicogênese 
da leitura e escrita. E com base nos estudos, afirmamos que para criança aprender 
e compreender o sistema escrito alfabético e escrever com propriedade, o ensino e 
a aprendizagem da língua escrita deve partir de uma perspectiva teórico-cogniti-
vista voltada para o letramento, pois para Ferreiro e Teberosky (1991), os níveis de 
escrita são caracterizados por esquemas complexos, sabendo que a representação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
feita pela criança não são simplesmente informações do meio em que vive e que a 
passagem de um nível para o outro se dá de uma forma gradativa, efetiva, depen-
dendo do trabalho que o professor fará com a criança. 
 
 
 
Acesse a Plataforma do Letramento e aprenda a Psicogênese da escrita na 
prática! 
 
Figura 15: Plataforma do letramento 
 
Disponível em: https://bit.ly/3m11NVf. Acesso em: 02 mar. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. O que é Psicogênese da língua escrita. Segundo Goodman, (1980)?

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