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Feno, Dasein, Exis, SH Novo (1)

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1 
 
 A FENOMENOLOGIA DE EDMUND HUSSERL (1859-1938) 
 
 
 Nasceu na Moravia (hoje Tchecoslováquia). 
 Estudou Matemática e Ciências Naturais. Foi 
 aluno de Brentano, que o levou a dedicar-se à Filosofia.
 
 
 
Pretensão: "encontrar a fundamentação radical de todas as ciências, o 
fundamento da Filosofia". 
 
 
 
= 
 
❖ CRÍTICA AO POSITIVISMO 
 
 Toda ciência deve definir seu objeto, que deve 
 necessariamente ser positivo, localizado no tempo e 
 espaço e observável. Toda ciência tem os mesmos 
 métodos: a observação e a experimentação e, visam à 
 previsão e o controle sobre seu objeto. 
 
Psicologia Positivista: Matemática: 
Busca constituir-se como ciência exata, Tinha a pretensão de unificar 
eliminando os aspectos subjetivos, numa só as diversas disciplinas. 
não científicos que o uso da 
introspecção comportava. 
"Como produzir, identificar e fundamentar uma interpretação 
verdadeira?” 
EDMUND 
HUSSERL 
AUGUSTE 
COMTE 
2 
 
 
 O pensamento positivista começa a ser questionado quanto 
 a seus fundamentos e o alcance da ciência: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perigo do positivismo para Husserl: 
Tornar as ciências autônomas em relação ao espírito do qual saíram, como 
se fossem uma entidade completa! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir 
de 1880 
- Seriam suas leis realmente universais? 
- Qual o sentido de sua objetividade? 
-O que dizer da impossibilidade do pensamento objetivo em explicar a vida 
psíquica e histórica de um sujeito concreto? 
O conhecimento positivista, por ser elaborado por este sujeito concreto, não 
estaria subordinado ao psiquismo humano? 
A obsessão da objetividade, esquecida do espírito que a funda, levou os 
positivistas a renegar as verdadeiras questões que se colocam à humanidade 
(a moral, a alma, Deus, a morte...) e acarretou, desse modo, uma profunda 
aflição da vida e dos homens, como deixados a si mesmos. 
 
3 
 
Ou Seja: 
 
 
 
 
Ignoram uma provável influência do cientista/sujeito sobre o objeto. O grave 
disso é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 A Intencionalidade. 
 
❖ Husserl e a Ciência Fundante do Conhecimento 
 
Em 1887, Husserl escreve 
 
 
 
 
 A Psicologia como fundamento das ciências 
 experimentais e naturais. 
 
 
 
"Filosofia da 
Aritmética" 
 
Na qual 
justificaria 
Percebe que algo 
estava errado: 
As ciências, na tentativa de serem as mais objetivas possíveis e suprirem, dessa 
forma, uma exigência positivista: 
Quando é rejeitada a subjetividade do observador diante de um objeto, qualquer 
constatação torna-se vazia, sendo aquele objeto, então, deturpado. Acaba-se 
descrevendo-se uma situação que não coincide com a realidade; por isso, nada pode 
ser descrito sem se levar em conta o olhar do sujeito: 
4 
 
 
 
 
 E afirma o contrário: 
 
 
 
 
 
Pois, como afirma, a consciência é sempre consciência de alguma coisa ou 
fenômeno. 
 
❖ FUNDAMENTOS E CONCEITOS 
 
Husserl Pretendia desenvolver um método universal, que pudesse 
 reger o pensamento de modo a se atingir o conhecimento 
 universal e verdadeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
Descrição da estrutura dos fenômenos. Volta às coisas mesmas 
 
➢ Para tal, é necessário que se saiba como se conhece e que não seja ignorado 
tudo aquilo relacionado com o ato de conhecer, como por exemplo: 
Uma ciência experimental não poderia ser o fundamento de uma 
ciência teórica. 
 
São as ciências empíricas e práticas que dependem das teóricas ou racionais. A 
ciência fundante do conhecimento tem que ser independente da experiência e 
de caráter puramente teórico ou racional. 
Cria a 
Fenomenologia 
5 
 
A subjetividade dos homens, ou 
 
 
 
 A qual seria “a primeira verdade indubitável para começar apensar corretamente”. 
 
 
Surge daí a crítica que Husserl faz a Descartes: 
 
 
 
 
 
 Considera o fenômeno na sua pureza absoluta, como se apresenta em si mesmo, 
 isto é, como coisa própria simplesmente revelada à consciência. 
 
 
➢ Husserl qualifica pelo termo de “Fenomenologia” 
 
 
“Retorno às próprias coisas”, Uma conversão do olhar que se lança 
 habitualmente sobre as coisas e que implica não 
 mais falar delas mediante a tela de uma teoria prévia. 
 
 
 
 
 
A Subjetividade da 
Consciência 
Husserl não considera o cogito (eu penso), como o primeiro princípio indubitável 
do qual todo o resto pode derivar. Para ele é a subjetividade da consciência, a 
única fonte transcendental de todo conhecimento válido e absoluto. 
Não se trata mais de explicar nem de analisar as coisas, mas de descrevê-las – 
independentemente de toda a ciência. É preciso abandonar as querelas de escolas e 
tentar explicitar ou compreender o que se chama a experiência vivida. 
 
6 
 
Outro conceito central seria o de: 
 
 
 
 
É a característica definidora da consciência, na medida em que esta, sempre está 
necessariamente voltada para um objeto: 
 
 
 
 
A consciência só é consciência a partir de sua relação com o objeto, 
 com um mundo já constituído, que a precede. 
 
 
 Por outro lado, só adquire sentido 
 enquanto objeto da consciência, visado por ela. 
 
 Assim, há uma inter-relação entre a consciência e o real 
 
 
 I 
 
 "Se toda consciência é consciência de alguma coisa" 
 
Ela é agente; ela é abertura ao mundo. Por não perceber no vazio, mas sempre a 
partir de alguma coisa, corresponde a uma definição mais precisa desta como 
perspectiva, como relação: 
INTENCIONALIDADE 
“Toda consciência é consciência de algo” 
o mundo 
definida pela 
INTENCIONALIDADE 
Perceber é ter uma intenção 
7 
 
 
 
 
 
- Tudo faz sentido a partir da consciência. 
- A partir dela o mundo ganha sentido para nós. 
- Unifica a diversidade das representações e dos objetos percebidos; é o que 
produz sentido. 
- O sujeito é o fundamento do sentido e do conhecimento. 
 e sua relação com 
 
 o objeto é chamada intencionalidade, pois há um movimento 
 tal entre sujeito e objeto que um se dirige ao encontro do outro. 
 
Outras estruturas da consciência: 
 A consciência é inevitavelmente, temporal; uma 
 síntese no tempo. Perceber um objeto é perceber sua 
identidade ao longo de uma sucessão temporal de imagens. Todo ato de 
consciência reúne, diferencia, compara e sintetiza no tempo. 
 
 “eu e meu mundo em volta”. É como um fundo ao qual se 
 incorporam conjuntos de estados passados, antecipados, 
sugeridos, assemelhados etc. em relação ao qual o objeto tematizado adquire 
significado; É como se fossem inconscientes, passando despercebidos, e uma das 
tarefas da terapia seria justamente elucidá-los. Uma boa descrição 
fenomenológica deve ser capaz de trazer à luz o “significado oculto” dasvivências, esclarecendo ao máximo o horizonte de experiências virtuais que 
está de fato implicado na vivência. 
Transcendência da consciência 
A Temporalidade 
O Horizonte 
8 
 
 HEIDEGGER E A DASEINSANALYSE 
 
 
 Filósofo, escreve sua mais famosa obra 
 
 
 
Discípulo de Husserl, chamará 
seu método de "Fenomenologia 
Hermenêutica". 
 
 
Diferente de todos os filósofos, não se 
foca na questão "do que é ser", mas sim 
em "qual é o seu sentido?" 
 
 Tudo o que é. Dentre todos os entes que 
 existem, Heidegger irá se focar no único ser que 
 se interroga sobre si mesmo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1927: 
"Ser e 
Tempo" 
Martim 
Heidegger 
ENTE 
 O Homem 
O modo de ser deste ente é designado DASEIN (Ser-aí) 
 
DASEIN-ANALISE - DASEINSANALYSE 
9 
 
 Heidegger utilizava as construções vocabulares 
 com hífen, para designar a ligação indissolúvel entre 
 tais palavras. É a expressão de um fenômeno dotado de unidade: 
 
 
 
 
 
 “ser/outros” 
 
 
 
 
 
Estamos sempre em um contexto relacional. Tais expressões “ser-no-mundo”, 
"ser-com-outros", "ser-no-mundo-com-outros" revelam a unidade estrutural 
ontológica da existência do Dasein. 
 
 “ser simplesmente dado” porque o que eles são, 
 seu sentido, nunca está em jogo em seu devir temporal. 
 Por exemplo: pedra e árvore estão no mundo, mas não tem mundo, 
 isto é, não são aberturas de sentido, não se podendo dizer delas que “existem”. 
 
 “Existência”, "Dasein", o “ser aí”, o “ser-no-mundo”. 
 Se caracteriza pelo fato de seu ser, o que ele é, estar sempre 
em jogo no seu existir. Falar em Dasein significa falar do exercício de estar no 
mundo. 
 
SER-NO-MUNDO 
HOMEM/MUNDO 
SER-COM-OUTROS 
“ser-no-mundo-com-os-outros” 
O modo de ser dos 
entes não humanos 
O modo de ser do 
homem 
10 
 
Nós não somos nada Temos que nos tornar algo. 
 
 
 E seremos aquilo que fizermos de nós mesmos. Nem mais nem menos. 
 
 
 
 
Temos o ser em jogo! O Dasein é inacabado, é um acontecer! O Dasein é sempre 
sua possibilidade, não é uma propriedade dada. O que nos determina não é isto ou 
aquilo, mas sim a possibilidade disto ou daquilo. Assim, por ser possibilidade, o 
 Dasein pode ganhar ou perder o jogo. 
 
 
 
Ganhamos quando nos apropriamos E perdemos quando nos lacramos e 
 do ser que nos escapa. não nos apropriamos do nosso ser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Somos um ente sensível ao nosso próprio ser. Ou seja, não podemos ser 
indiferentes ao nosso próprio ser, temos que assumir nos responsabilizar por nosso 
ser. A tarefa é apropriar-nos do ser que nos escapa. 
O SER É UMA TAREFA 
Somos tão livres que podemos ser infiel ao que nos define e nos fecharmos para o 
nosso apropriar-se. Por isso, temos que zelar por nosso ser; é isso a existência! 
A essência do Dasein está em ter que ser 
11 
 
 Temos um tempo para acontecer. Por isso, é somente 
 na compreensão do seu “ser-para-a-morte”, na 
 experiência de sua finitude, que o Dasein pode dissipar 
 o encobrimento de si mesmo e lançar-se nas suas 
 possibilidades mais singulares, modificando o seu cenário existencial. 
 
 
 
 
 Sendo o a possibilidade mais própria, 
 irremissível e insuperável do homem 
 enquanto projeto, pode-se dizer que toda a 
 angústia é, em última instância, angústia da morte. 
 
 
 
 
 
 
 
O EXISTENCIALISMO DE JEAN-PAUL SARTRE 
(O Existencialismo é um Humanismo) 
 
 Nasce em 21 de Junho de 1905, num bairro burguês 
 de Paris. Desde pequeno, sempre foi fanático pelo 
 mundo da literatura: 
“Tinha encontrado minha religião: nada me parecia mais importante do que um 
livro” 
ser-no-tempo 
“ser-para-a-morte” 
 Somos seres de angústia, e essa angústia provém principalmente de sabermos 
 que somos finitos. 
Jean Paul Sartre 
12 
 
➢ Aos seis anos de idade escreveu seu primeiro “conto de fadas” e, desde então, 
não parou mais de escrever, criando a doutrina filosófica: 
 
 
 
 
 Duramente criticado por aqueles que o acusam de acentuar 
 o lado mau da vida humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E ainda: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXISTENCIALISMO 
Sartre mostra: ela não é uma doutrina pessimista! 
Mas o que nela 
amedronta? 
O fato de ela deixar uma possibilidade de escolha 
aos homens. 
 
O fato de atribuir a este homem a total 
RESPONSABILIDADE por suas escolhas. 
 
Duas escolas Existencialistas 
Os Cristãos: 
Jaspers, 
 Gabriel Marcel 
Os Ateus: 
Heidegger, 
Merleau-Ponty, 
Sartre 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 Mas e no caso dos Objetos? 
 
 
 
 
 - Por que? Pensemos por exemplo, em um 
 
 
➢ Ao criá-lo, o seu criador reportou-se ao conceito, a uma ideia; assim, o 
corta-papel é ao mesmo tempo um objeto que se produz de uma certa maneira e 
que, por outro lado, tem uma utilidade definida. 
 
 Não é possível um homem produzir um corta-papel sem saber para 
que serve tal objeto. Diremos, pois, que, para o corta-papel, a 
 
 
 
 
 
 – precede a existência. 
 
Visão técnica do mundo: a produção precede a existência ou, a essência precede a 
existência. 
 
O que elas têm em comum? 
O fato de admitirem que, no caso dos homens: "a existência precede a essência". 
"A essência precede a existência" 
Corta Papel 
essência 
o conjunto de receitas e 
características que permitem 
produzi-lo e defini-lo 
14 
 
 
 
 
 Podemos comparar esse Deus ao artesão que criou o corta-papel. 
 
 Em qual sentido? 
 
 
 
 Suprimiu-se a noção de Deus, 
 mas não a ideia de que a essência precede a 
 existência. Tal ideia foi sustentada por muitos 
 teóricos, como Diderot, Voltaire e Kant, que afirmavam que: 
 
 
 
 
 
 
 
 Há uma essência que precede a existência humana. 
 
 
 QUAL O POSICIONAMENTO DE SARTRE FRENTE A ISSO? 
 
 
 
 
Vamos agora entender Sartre frente a isso: 
 
Quando se concebe a ideia de um Deus criador 
No sentido de que o conceito de homem, no espírito de Deus, é assimilável ao 
conceito do corta-papel no espírito do artesão. 
Séc. XVIII: 
Ateísmo de 
muitos filósofos. 
O homem possui uma natureza humana e esta natureza, encontra-se em todos os homens.Percebe-se que nessa ideia 
Se para ele Deus não existe, podemos pensar que há pelo menos um 
ser em que a existência precede a essência, um ser que existe 
antes de poder ser definido por qualquer conceito, e este ser é o 
homem. 
15 
 
Sartre inaugura a seguinte ideia, fundamental em sua obra: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então, entende-se que: 
 
 Existe primeiro... 
 surge no mundo, se encontra... 
 ...e só depois se define. 
 
 Se não é definível, é porque inicialmente não é nada. Só 
 depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. 
 
 
 Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para conceber. 
 
 
 
 
 
 
No caso dos 
Homens 
Prioridade da existência sobre a essência, ou seja: 
“A existência precede a essência” 
O 
Homem 
“O homem é tal qual ele se quer, o homem não é senão o que ele se faz. Tal é o 
primeiro principio do existencialismo”. 
16 
 
 Tudo “isso” pode “resistir”, “consistir”, 
 “subsistir”, mas nunca “existir”. 
 As "coisas" não carregam sua existência, não tem 
 "que ser", não tem que "acontecer"...o seu ser já lhes 
 foi dado, uma vez que foram "criadas". 
 
 
 
 
 
 Nasce, vive e se desenvolve sozinho, sem que 
 nenhuma “essência” ou “natureza” anterior lhe 
 possa impor um modelo a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 O homem é responsável por aquilo que é. 
 
 
 
 
 
 
 
As coisas 
materiais, os 
objetos 
Oposto da condição 
humana 
O 
Homem 
 “Fazer e ao fazer, fazer-se e não ser nada senão o que se faz”. 
 A existência humana é liberdade e indeterminação; não há determinismo. 
Assim o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo homem no 
domínio do que ele é e de atribuir-lhe a total responsabilidade da sua 
existência. 
17 
 
Quando dizemos que é responsável por si próprio, não queremos dizer que o 
 homem é responsável por sua restrita individualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Justamente por ser inteiramente responsável por suas escolhas e, ao escolher 
 implicar a humanidade toda nessa escolha! 
 
 
 
 
 
 
 
Muitos homens, para fugir desse sentimento, acreditam que ao agirem só se 
implicam a si mesmos, e quando lhes perguntam: “e se toda gente fizesse 
assim?”, eles dão de ombros e respondem: “nem toda a gente faz assim”. 
 
 
 Quem mente e se desculpa declarando: “nem toda a gente 
 faz assim”, é alguém que não está à vontade com sua 
 consciência, porque o fato de mentir implica um valor 
 universal atribuído à mentira. 
Mas que é responsável por todos os 
homens. 
Por isso, o homem é um ser que vive em 
 angústia, ele é angústia. 
 
má-fé 
18 
 
 “Se Deus não existisse, tudo seria permitido” 
 
 
Ponto de partida do existencialismo. Se Deus não existe, tudo é permitido e, 
portanto, podemos entender o homem como entregue a si mesmo, ou melhor, 
abandonado. Já que não encontra em si, nem fora de si, uma possibilidade a 
que se apegue. 
 
 
 
 
E se Deus não existe, não encontramos diante de nós valores ou imposições 
que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós, 
nem diante de nós, justificativas ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas. 
 
 
 
 
 
 Condenado porque não se livre porque, uma vez lançado ao mundo, é 
 criou a si próprio; responsável por tudo o que fizer. 
 
 
 
 
Todo ato humano é um ato de liberdade, e por isso o homem é responsável por si 
mesmo, pelos outros e por sua própria época, tornando-o o inventor da própria 
humanidade. 
Dostoievski 
“O homem está condenado a ser livre”. 
“O homem, sem apoio e sem ajuda, está condenado a inventar o homem 
a cada instante”. 
19 
 
 PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA 
 
 
 Na União Soviética, quando esta tentava 
 reconstruir suas teorias cientificas a partir do 
 referencial marxista. 
 
 
 
 As teorias psicológicas soviéticas, 
 estavam fortemente ligadas às demandas referentes aos 
 problemas sociais e econômicos do povo soviético. 
 
 
 
 Insatisfeito com as correntes psicológicas soviéticas, 
 sugere a existência de uma crise mundial da 
 Psicologia, afirmando que as escolas existentes eram: 
 
 
 
 
 
Elementaristas: OU Subjetivistas: 
Que negavam a consciência. Que consideravam a consciência 
 e os processos interiores desvinculados das 
 condições materiais que os constituíam. 
Vygotsky propõe então: 
 
 
 
 
Inicio do Séc. XX 
surge a 
"Psicologia 
Sócio-Histórica" 
Precursor: 
Vygotsky 
(1896-1934) 
Construir uma psicologia guiada pelos princípios e métodos do materialismo 
dialético, o que fez com que sua obra fosse inteiramente guiada pela concepção 
marxista de homem e realidade. 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Negam a concepção de Natureza Humana! 
 Não há Natureza Humana!! 
 
 
 
 
O humano se constitui pela relação do homem com a realidade, faz parte de um 
processo cultural historicamente produzido. A condição humana é construída 
sócio-históricamente, nas relações sociais e na ação dos homens sobre a 
realidade. 
 
 
 
 
 
 
 Ou seja, 
 
 
 Só podem ser encontradas na vida 
 social, “nas formas histórico-sociais 
 da existência do homem”. 
 
 A concepção de homem é a de um ser histórico-social. 
 
 O ser humano constrói a si mesmo nas relações que 
 estabelece com a realidade, na medida em que é 
 determinado por esta, atua sobre ela e a transforma. 
 
Marx e Vygotsky 
“Não é a consciência que determina a vida, mas a vida 
que determina a consciência (Marx & Engels, 1980)”. 
A origem e a compreensão 
da vida consciente e do 
comportamento humano 
21 
 
 O ser humano não nasce formado ou com uma 
 essência pronta e imutável 
 
 
 
 Se constrói como homem a partir das relações que estabelece com o meio e com 
outros homens, num movimento dialético em que faz parte de uma totalidade e 
vai transformando-se em sua essência por um processo de complexificação e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O homem se constrói socialmente, a partir de suas relações com a realidade. Se 
apropria de forma subjetiva e particular do social, transforma-o ao interiorizá-loe, assim, se transforma e singulariza. 
O homem não se constitui por uma absorção imediata do meio, mas por um 
processo constante de 
 
 
 
 
 
 
 
Se não há 
Natureza 
Humana 
multideterminação
. 
O homem é determinado pela realidade que o contém, como também 
determina esta realidade. 
 Subjetivação da Realidade 
O mundo objetivo é convertido para o subjetivo, produzindo-se um plano interno 
pela incorporação do externo, o que gera algo novo. Ao mesmo tempo o homem 
constrói a realidade através da objetivação de seu mundo singular, ou seja, de sua 
subjetividade. 
 
22 
 
 
 Pela história de toda a humanidade e não só pelo 
 meio social imediato, mas por toda a história da 
 humanidade e pela cultura que ela carrega. 
 
 
 
 Um dos principais instrumentos que o homem tem 
 para se relacionar e satisfazer suas necessidades; 
 
➢ Ao se apropriar dela, o homem tem acesso às significações historicamente 
produzidas. 
➢ É a mediadora na relação dos homens com outros homens. 
➢ É ela quem transforma a subjetividade dos homens em relação, sendo que 
cada um significa as palavras de maneiras particular. É através da palavra que se 
opera o sentimento e o pensamento; ela é, pois, o “microcosmos” da consciência, 
pois é através dela que podemos entender a consciência. 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Ao nos apropriar das significações sociais, podemos também significar 
nossas experiências, sentimentos, ações, etc. 
➢ O psiquismo humano é construído na relação dialética que o homem 
estabelece com o meio em sua dimensão social e histórica. 
 
 
 
 
 
 
O homem é 
construído 
Pela Linguagem 
O psiquismo se constrói pela transformação do plano social em plano psicológico. 
Dialética: os elementos do método dialético são a tese, a antítese e a síntese. A tese 
é uma afirmação ou situação inicialmente dada. A antítese é uma oposição à tese. 
Do conflito entre tese e antítese surge a síntese, que é uma situação nova que 
carrega dentro de si elementos resultantes desse embate. A síntese, então, torna-se 
uma nova tese, que contrasta com uma nova antítese gerando uma nova síntese, em 
um processo em cadeia infinito. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tese
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADtese
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADntese
23 
 
Conclui-se então que: 
 
 Principal categoria estudada dentro da Psicologia 
 Sócio Histórica – envolvendo as formas de 
 pensar, sentir e agir 
 
 
 
 
 está diretamente relacionada à linguagem. 
 
 Está diretamente ligada à relação deste 
 sujeito com a realidade e ao processo de 
 apropriação e construção de signos e significados, 
 a partir do que o homem poderá construir-se e transformar-se, 
 agir na realidade transformando-a, trazendo a ela algo novo. 
 
Acontece em um contexto social, histórico e cultural. 
 
Assim, a Psicologia Sócio Histórica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luria e Leontiev deram continuidade à Sócio Histórica na União Soviética. No 
Brasil adquiriu espaço e se incorporou à área de Psicologia Social. Diferentes 
denominações são dadas a sua obra; alguns a nomeiam de Psicologia Histórica-
Cultural. A denominação Psicologia Sócio-Histórica foi criada pelo grupo da 
PUC/SP, que estuda profundamente tal autor. 
A 
consciência 
A construção do 
Psiquismo Humano 
Não nega a singularidade do ser humano: Considera que cada homem está 
inserido em um contexto especifico, que cada um tem uma história particular e, 
de acordo com esta, significa suas relações de um modo individual e único, dando 
um sentido pessoal a suas experiências e, assim, construindo um psiquismo 
também único e singular, apesar de determinado. 
 
	 FUNDAMENTOS E CONCEITOS
	Husserl Pretendia desenvolver um método universal, que pudesse
	reger o pensamento de modo a se atingir o conhecimento
	universal e verdadeiro.
	Descrição da estrutura dos fenômenos. Volta às coisas mesmas
	 Para tal, é necessário que se saiba como se conhece e que não seja ignorado tudo aquilo relacionado com o ato de conhecer, como por exemplo:
	A subjetividade dos homens, ou
	A qual seria “a primeira verdade indubitável para começar apensar corretamente”.
	HEIDEGGER E A DASEINSANALYSE
	Filósofo, escreve sua mais famosa obra
	Discípulo de Husserl, chamará
	seu método de "Fenomenologia
	Hermenêutica".
	Diferente de todos os filósofos, não se
	foca na questão "do que é ser", mas sim
	em "qual é o seu sentido?"
	Tudo o que é. Dentre todos os entes que
	existem, Heidegger irá se focar no único ser que
	se interroga sobre si mesmo:
	Heidegger utilizava as construções vocabulares
	com hífen, para designar a ligação indissolúvel entre
	tais palavras. É a expressão de um fenômeno dotado de unidade:
	“ser/outros”
	Estamos sempre em um contexto relacional. Tais expressões “ser-no-mundo”, "ser-com-outros", "ser-no-mundo-com-outros" revelam a unidade estrutural ontológica da existência do Dasein.
	“ser simplesmente dado” porque o que eles são,
	seu sentido, nunca está em jogo em seu devir temporal.
	Por exemplo: pedra e árvore estão no mundo, mas não tem mundo,
	isto é, não são aberturas de sentido, não se podendo dizer delas que “existem”.
	“Existência”, "Dasein", o “ser aí”, o “ser-no-mundo”.
	Se caracteriza pelo fato de seu ser, o que ele é, estar sempre em jogo no seu existir. Falar em Dasein significa falar do exercício de estar no mundo.
	Nós não somos nada Temos que nos tornar algo.
	E seremos aquilo que fizermos de nós mesmos. Nem mais nem menos.
	Temos o ser em jogo! O Dasein é inacabado, é um acontecer! O Dasein é sempre sua possibilidade, não é uma propriedade dada. O que nos determina não é isto ou aquilo, mas sim a possibilidade disto ou daquilo. Assim, por ser possibilidade, o
	Dasein pode ganhar ou perder o jogo.
	Ganhamos quando nos apropriamos E perdemos quando nos lacramos e
	do ser que nos escapa. não nos apropriamos do nosso ser.
	Somos um ente sensível ao nosso próprio ser. Ou seja, não podemos ser indiferentes ao nosso próprio ser, temos que assumir nos responsabilizar por nosso ser. A tarefa é apropriar-nos do ser que nos escapa.
	Temos um tempo para acontecer. Por isso, é somente
	na compreensão do seu “ser-para-a-morte”, na
	experiência de sua finitude, que o Dasein pode dissipar
	o encobrimento de si mesmo e lançar-se nas suas
	possibilidades mais singulares, modificando o seu cenário existencial.
	Sendo o a possibilidade mais própria,
	irremissível e insuperável do homem
	enquanto projeto, pode-se dizer que toda a
	angústia é, em última instância, angústia da morte.
	O EXISTENCIALISMO DE JEAN-PAUL SARTRE
	Somos seres de angústia, e essa angústia provém principalmente de sabermos
	que somos finitos.
	PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA

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