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1 A FENOMENOLOGIA DE EDMUND HUSSERL (1859-1938) Nasceu na Moravia (hoje Tchecoslováquia). Estudou Matemática e Ciências Naturais. Foi aluno de Brentano, que o levou a dedicar-se à Filosofia. Pretensão: "encontrar a fundamentação radical de todas as ciências, o fundamento da Filosofia". = ❖ CRÍTICA AO POSITIVISMO Toda ciência deve definir seu objeto, que deve necessariamente ser positivo, localizado no tempo e espaço e observável. Toda ciência tem os mesmos métodos: a observação e a experimentação e, visam à previsão e o controle sobre seu objeto. Psicologia Positivista: Matemática: Busca constituir-se como ciência exata, Tinha a pretensão de unificar eliminando os aspectos subjetivos, numa só as diversas disciplinas. não científicos que o uso da introspecção comportava. "Como produzir, identificar e fundamentar uma interpretação verdadeira?” EDMUND HUSSERL AUGUSTE COMTE 2 O pensamento positivista começa a ser questionado quanto a seus fundamentos e o alcance da ciência: Perigo do positivismo para Husserl: Tornar as ciências autônomas em relação ao espírito do qual saíram, como se fossem uma entidade completa! A partir de 1880 - Seriam suas leis realmente universais? - Qual o sentido de sua objetividade? -O que dizer da impossibilidade do pensamento objetivo em explicar a vida psíquica e histórica de um sujeito concreto? O conhecimento positivista, por ser elaborado por este sujeito concreto, não estaria subordinado ao psiquismo humano? A obsessão da objetividade, esquecida do espírito que a funda, levou os positivistas a renegar as verdadeiras questões que se colocam à humanidade (a moral, a alma, Deus, a morte...) e acarretou, desse modo, uma profunda aflição da vida e dos homens, como deixados a si mesmos. 3 Ou Seja: Ignoram uma provável influência do cientista/sujeito sobre o objeto. O grave disso é o seguinte: A Intencionalidade. ❖ Husserl e a Ciência Fundante do Conhecimento Em 1887, Husserl escreve A Psicologia como fundamento das ciências experimentais e naturais. "Filosofia da Aritmética" Na qual justificaria Percebe que algo estava errado: As ciências, na tentativa de serem as mais objetivas possíveis e suprirem, dessa forma, uma exigência positivista: Quando é rejeitada a subjetividade do observador diante de um objeto, qualquer constatação torna-se vazia, sendo aquele objeto, então, deturpado. Acaba-se descrevendo-se uma situação que não coincide com a realidade; por isso, nada pode ser descrito sem se levar em conta o olhar do sujeito: 4 E afirma o contrário: Pois, como afirma, a consciência é sempre consciência de alguma coisa ou fenômeno. ❖ FUNDAMENTOS E CONCEITOS Husserl Pretendia desenvolver um método universal, que pudesse reger o pensamento de modo a se atingir o conhecimento universal e verdadeiro. Descrição da estrutura dos fenômenos. Volta às coisas mesmas ➢ Para tal, é necessário que se saiba como se conhece e que não seja ignorado tudo aquilo relacionado com o ato de conhecer, como por exemplo: Uma ciência experimental não poderia ser o fundamento de uma ciência teórica. São as ciências empíricas e práticas que dependem das teóricas ou racionais. A ciência fundante do conhecimento tem que ser independente da experiência e de caráter puramente teórico ou racional. Cria a Fenomenologia 5 A subjetividade dos homens, ou A qual seria “a primeira verdade indubitável para começar apensar corretamente”. Surge daí a crítica que Husserl faz a Descartes: Considera o fenômeno na sua pureza absoluta, como se apresenta em si mesmo, isto é, como coisa própria simplesmente revelada à consciência. ➢ Husserl qualifica pelo termo de “Fenomenologia” “Retorno às próprias coisas”, Uma conversão do olhar que se lança habitualmente sobre as coisas e que implica não mais falar delas mediante a tela de uma teoria prévia. A Subjetividade da Consciência Husserl não considera o cogito (eu penso), como o primeiro princípio indubitável do qual todo o resto pode derivar. Para ele é a subjetividade da consciência, a única fonte transcendental de todo conhecimento válido e absoluto. Não se trata mais de explicar nem de analisar as coisas, mas de descrevê-las – independentemente de toda a ciência. É preciso abandonar as querelas de escolas e tentar explicitar ou compreender o que se chama a experiência vivida. 6 Outro conceito central seria o de: É a característica definidora da consciência, na medida em que esta, sempre está necessariamente voltada para um objeto: A consciência só é consciência a partir de sua relação com o objeto, com um mundo já constituído, que a precede. Por outro lado, só adquire sentido enquanto objeto da consciência, visado por ela. Assim, há uma inter-relação entre a consciência e o real I "Se toda consciência é consciência de alguma coisa" Ela é agente; ela é abertura ao mundo. Por não perceber no vazio, mas sempre a partir de alguma coisa, corresponde a uma definição mais precisa desta como perspectiva, como relação: INTENCIONALIDADE “Toda consciência é consciência de algo” o mundo definida pela INTENCIONALIDADE Perceber é ter uma intenção 7 - Tudo faz sentido a partir da consciência. - A partir dela o mundo ganha sentido para nós. - Unifica a diversidade das representações e dos objetos percebidos; é o que produz sentido. - O sujeito é o fundamento do sentido e do conhecimento. e sua relação com o objeto é chamada intencionalidade, pois há um movimento tal entre sujeito e objeto que um se dirige ao encontro do outro. Outras estruturas da consciência: A consciência é inevitavelmente, temporal; uma síntese no tempo. Perceber um objeto é perceber sua identidade ao longo de uma sucessão temporal de imagens. Todo ato de consciência reúne, diferencia, compara e sintetiza no tempo. “eu e meu mundo em volta”. É como um fundo ao qual se incorporam conjuntos de estados passados, antecipados, sugeridos, assemelhados etc. em relação ao qual o objeto tematizado adquire significado; É como se fossem inconscientes, passando despercebidos, e uma das tarefas da terapia seria justamente elucidá-los. Uma boa descrição fenomenológica deve ser capaz de trazer à luz o “significado oculto” dasvivências, esclarecendo ao máximo o horizonte de experiências virtuais que está de fato implicado na vivência. Transcendência da consciência A Temporalidade O Horizonte 8 HEIDEGGER E A DASEINSANALYSE Filósofo, escreve sua mais famosa obra Discípulo de Husserl, chamará seu método de "Fenomenologia Hermenêutica". Diferente de todos os filósofos, não se foca na questão "do que é ser", mas sim em "qual é o seu sentido?" Tudo o que é. Dentre todos os entes que existem, Heidegger irá se focar no único ser que se interroga sobre si mesmo: Em 1927: "Ser e Tempo" Martim Heidegger ENTE O Homem O modo de ser deste ente é designado DASEIN (Ser-aí) DASEIN-ANALISE - DASEINSANALYSE 9 Heidegger utilizava as construções vocabulares com hífen, para designar a ligação indissolúvel entre tais palavras. É a expressão de um fenômeno dotado de unidade: “ser/outros” Estamos sempre em um contexto relacional. Tais expressões “ser-no-mundo”, "ser-com-outros", "ser-no-mundo-com-outros" revelam a unidade estrutural ontológica da existência do Dasein. “ser simplesmente dado” porque o que eles são, seu sentido, nunca está em jogo em seu devir temporal. Por exemplo: pedra e árvore estão no mundo, mas não tem mundo, isto é, não são aberturas de sentido, não se podendo dizer delas que “existem”. “Existência”, "Dasein", o “ser aí”, o “ser-no-mundo”. Se caracteriza pelo fato de seu ser, o que ele é, estar sempre em jogo no seu existir. Falar em Dasein significa falar do exercício de estar no mundo. SER-NO-MUNDO HOMEM/MUNDO SER-COM-OUTROS “ser-no-mundo-com-os-outros” O modo de ser dos entes não humanos O modo de ser do homem 10 Nós não somos nada Temos que nos tornar algo. E seremos aquilo que fizermos de nós mesmos. Nem mais nem menos. Temos o ser em jogo! O Dasein é inacabado, é um acontecer! O Dasein é sempre sua possibilidade, não é uma propriedade dada. O que nos determina não é isto ou aquilo, mas sim a possibilidade disto ou daquilo. Assim, por ser possibilidade, o Dasein pode ganhar ou perder o jogo. Ganhamos quando nos apropriamos E perdemos quando nos lacramos e do ser que nos escapa. não nos apropriamos do nosso ser. Somos um ente sensível ao nosso próprio ser. Ou seja, não podemos ser indiferentes ao nosso próprio ser, temos que assumir nos responsabilizar por nosso ser. A tarefa é apropriar-nos do ser que nos escapa. O SER É UMA TAREFA Somos tão livres que podemos ser infiel ao que nos define e nos fecharmos para o nosso apropriar-se. Por isso, temos que zelar por nosso ser; é isso a existência! A essência do Dasein está em ter que ser 11 Temos um tempo para acontecer. Por isso, é somente na compreensão do seu “ser-para-a-morte”, na experiência de sua finitude, que o Dasein pode dissipar o encobrimento de si mesmo e lançar-se nas suas possibilidades mais singulares, modificando o seu cenário existencial. Sendo o a possibilidade mais própria, irremissível e insuperável do homem enquanto projeto, pode-se dizer que toda a angústia é, em última instância, angústia da morte. O EXISTENCIALISMO DE JEAN-PAUL SARTRE (O Existencialismo é um Humanismo) Nasce em 21 de Junho de 1905, num bairro burguês de Paris. Desde pequeno, sempre foi fanático pelo mundo da literatura: “Tinha encontrado minha religião: nada me parecia mais importante do que um livro” ser-no-tempo “ser-para-a-morte” Somos seres de angústia, e essa angústia provém principalmente de sabermos que somos finitos. Jean Paul Sartre 12 ➢ Aos seis anos de idade escreveu seu primeiro “conto de fadas” e, desde então, não parou mais de escrever, criando a doutrina filosófica: Duramente criticado por aqueles que o acusam de acentuar o lado mau da vida humana. E ainda: EXISTENCIALISMO Sartre mostra: ela não é uma doutrina pessimista! Mas o que nela amedronta? O fato de ela deixar uma possibilidade de escolha aos homens. O fato de atribuir a este homem a total RESPONSABILIDADE por suas escolhas. Duas escolas Existencialistas Os Cristãos: Jaspers, Gabriel Marcel Os Ateus: Heidegger, Merleau-Ponty, Sartre 13 Mas e no caso dos Objetos? - Por que? Pensemos por exemplo, em um ➢ Ao criá-lo, o seu criador reportou-se ao conceito, a uma ideia; assim, o corta-papel é ao mesmo tempo um objeto que se produz de uma certa maneira e que, por outro lado, tem uma utilidade definida. Não é possível um homem produzir um corta-papel sem saber para que serve tal objeto. Diremos, pois, que, para o corta-papel, a – precede a existência. Visão técnica do mundo: a produção precede a existência ou, a essência precede a existência. O que elas têm em comum? O fato de admitirem que, no caso dos homens: "a existência precede a essência". "A essência precede a existência" Corta Papel essência o conjunto de receitas e características que permitem produzi-lo e defini-lo 14 Podemos comparar esse Deus ao artesão que criou o corta-papel. Em qual sentido? Suprimiu-se a noção de Deus, mas não a ideia de que a essência precede a existência. Tal ideia foi sustentada por muitos teóricos, como Diderot, Voltaire e Kant, que afirmavam que: Há uma essência que precede a existência humana. QUAL O POSICIONAMENTO DE SARTRE FRENTE A ISSO? Vamos agora entender Sartre frente a isso: Quando se concebe a ideia de um Deus criador No sentido de que o conceito de homem, no espírito de Deus, é assimilável ao conceito do corta-papel no espírito do artesão. Séc. XVIII: Ateísmo de muitos filósofos. O homem possui uma natureza humana e esta natureza, encontra-se em todos os homens.Percebe-se que nessa ideia Se para ele Deus não existe, podemos pensar que há pelo menos um ser em que a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e este ser é o homem. 15 Sartre inaugura a seguinte ideia, fundamental em sua obra: Então, entende-se que: Existe primeiro... surge no mundo, se encontra... ...e só depois se define. Se não é definível, é porque inicialmente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para conceber. No caso dos Homens Prioridade da existência sobre a essência, ou seja: “A existência precede a essência” O Homem “O homem é tal qual ele se quer, o homem não é senão o que ele se faz. Tal é o primeiro principio do existencialismo”. 16 Tudo “isso” pode “resistir”, “consistir”, “subsistir”, mas nunca “existir”. As "coisas" não carregam sua existência, não tem "que ser", não tem que "acontecer"...o seu ser já lhes foi dado, uma vez que foram "criadas". Nasce, vive e se desenvolve sozinho, sem que nenhuma “essência” ou “natureza” anterior lhe possa impor um modelo a seguir. O homem é responsável por aquilo que é. As coisas materiais, os objetos Oposto da condição humana O Homem “Fazer e ao fazer, fazer-se e não ser nada senão o que se faz”. A existência humana é liberdade e indeterminação; não há determinismo. Assim o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo homem no domínio do que ele é e de atribuir-lhe a total responsabilidade da sua existência. 17 Quando dizemos que é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável por sua restrita individualidade. Justamente por ser inteiramente responsável por suas escolhas e, ao escolher implicar a humanidade toda nessa escolha! Muitos homens, para fugir desse sentimento, acreditam que ao agirem só se implicam a si mesmos, e quando lhes perguntam: “e se toda gente fizesse assim?”, eles dão de ombros e respondem: “nem toda a gente faz assim”. Quem mente e se desculpa declarando: “nem toda a gente faz assim”, é alguém que não está à vontade com sua consciência, porque o fato de mentir implica um valor universal atribuído à mentira. Mas que é responsável por todos os homens. Por isso, o homem é um ser que vive em angústia, ele é angústia. má-fé 18 “Se Deus não existisse, tudo seria permitido” Ponto de partida do existencialismo. Se Deus não existe, tudo é permitido e, portanto, podemos entender o homem como entregue a si mesmo, ou melhor, abandonado. Já que não encontra em si, nem fora de si, uma possibilidade a que se apegue. E se Deus não existe, não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós, nem diante de nós, justificativas ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas. Condenado porque não se livre porque, uma vez lançado ao mundo, é criou a si próprio; responsável por tudo o que fizer. Todo ato humano é um ato de liberdade, e por isso o homem é responsável por si mesmo, pelos outros e por sua própria época, tornando-o o inventor da própria humanidade. Dostoievski “O homem está condenado a ser livre”. “O homem, sem apoio e sem ajuda, está condenado a inventar o homem a cada instante”. 19 PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA Na União Soviética, quando esta tentava reconstruir suas teorias cientificas a partir do referencial marxista. As teorias psicológicas soviéticas, estavam fortemente ligadas às demandas referentes aos problemas sociais e econômicos do povo soviético. Insatisfeito com as correntes psicológicas soviéticas, sugere a existência de uma crise mundial da Psicologia, afirmando que as escolas existentes eram: Elementaristas: OU Subjetivistas: Que negavam a consciência. Que consideravam a consciência e os processos interiores desvinculados das condições materiais que os constituíam. Vygotsky propõe então: Inicio do Séc. XX surge a "Psicologia Sócio-Histórica" Precursor: Vygotsky (1896-1934) Construir uma psicologia guiada pelos princípios e métodos do materialismo dialético, o que fez com que sua obra fosse inteiramente guiada pela concepção marxista de homem e realidade. 20 Negam a concepção de Natureza Humana! Não há Natureza Humana!! O humano se constitui pela relação do homem com a realidade, faz parte de um processo cultural historicamente produzido. A condição humana é construída sócio-históricamente, nas relações sociais e na ação dos homens sobre a realidade. Ou seja, Só podem ser encontradas na vida social, “nas formas histórico-sociais da existência do homem”. A concepção de homem é a de um ser histórico-social. O ser humano constrói a si mesmo nas relações que estabelece com a realidade, na medida em que é determinado por esta, atua sobre ela e a transforma. Marx e Vygotsky “Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência (Marx & Engels, 1980)”. A origem e a compreensão da vida consciente e do comportamento humano 21 O ser humano não nasce formado ou com uma essência pronta e imutável Se constrói como homem a partir das relações que estabelece com o meio e com outros homens, num movimento dialético em que faz parte de uma totalidade e vai transformando-se em sua essência por um processo de complexificação e O homem se constrói socialmente, a partir de suas relações com a realidade. Se apropria de forma subjetiva e particular do social, transforma-o ao interiorizá-loe, assim, se transforma e singulariza. O homem não se constitui por uma absorção imediata do meio, mas por um processo constante de Se não há Natureza Humana multideterminação . O homem é determinado pela realidade que o contém, como também determina esta realidade. Subjetivação da Realidade O mundo objetivo é convertido para o subjetivo, produzindo-se um plano interno pela incorporação do externo, o que gera algo novo. Ao mesmo tempo o homem constrói a realidade através da objetivação de seu mundo singular, ou seja, de sua subjetividade. 22 Pela história de toda a humanidade e não só pelo meio social imediato, mas por toda a história da humanidade e pela cultura que ela carrega. Um dos principais instrumentos que o homem tem para se relacionar e satisfazer suas necessidades; ➢ Ao se apropriar dela, o homem tem acesso às significações historicamente produzidas. ➢ É a mediadora na relação dos homens com outros homens. ➢ É ela quem transforma a subjetividade dos homens em relação, sendo que cada um significa as palavras de maneiras particular. É através da palavra que se opera o sentimento e o pensamento; ela é, pois, o “microcosmos” da consciência, pois é através dela que podemos entender a consciência. ➢ Ao nos apropriar das significações sociais, podemos também significar nossas experiências, sentimentos, ações, etc. ➢ O psiquismo humano é construído na relação dialética que o homem estabelece com o meio em sua dimensão social e histórica. O homem é construído Pela Linguagem O psiquismo se constrói pela transformação do plano social em plano psicológico. Dialética: os elementos do método dialético são a tese, a antítese e a síntese. A tese é uma afirmação ou situação inicialmente dada. A antítese é uma oposição à tese. Do conflito entre tese e antítese surge a síntese, que é uma situação nova que carrega dentro de si elementos resultantes desse embate. A síntese, então, torna-se uma nova tese, que contrasta com uma nova antítese gerando uma nova síntese, em um processo em cadeia infinito. http://pt.wikipedia.org/wiki/Tese http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADtese http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADntese 23 Conclui-se então que: Principal categoria estudada dentro da Psicologia Sócio Histórica – envolvendo as formas de pensar, sentir e agir está diretamente relacionada à linguagem. Está diretamente ligada à relação deste sujeito com a realidade e ao processo de apropriação e construção de signos e significados, a partir do que o homem poderá construir-se e transformar-se, agir na realidade transformando-a, trazendo a ela algo novo. Acontece em um contexto social, histórico e cultural. Assim, a Psicologia Sócio Histórica: Luria e Leontiev deram continuidade à Sócio Histórica na União Soviética. No Brasil adquiriu espaço e se incorporou à área de Psicologia Social. Diferentes denominações são dadas a sua obra; alguns a nomeiam de Psicologia Histórica- Cultural. A denominação Psicologia Sócio-Histórica foi criada pelo grupo da PUC/SP, que estuda profundamente tal autor. A consciência A construção do Psiquismo Humano Não nega a singularidade do ser humano: Considera que cada homem está inserido em um contexto especifico, que cada um tem uma história particular e, de acordo com esta, significa suas relações de um modo individual e único, dando um sentido pessoal a suas experiências e, assim, construindo um psiquismo também único e singular, apesar de determinado. FUNDAMENTOS E CONCEITOS Husserl Pretendia desenvolver um método universal, que pudesse reger o pensamento de modo a se atingir o conhecimento universal e verdadeiro. Descrição da estrutura dos fenômenos. Volta às coisas mesmas Para tal, é necessário que se saiba como se conhece e que não seja ignorado tudo aquilo relacionado com o ato de conhecer, como por exemplo: A subjetividade dos homens, ou A qual seria “a primeira verdade indubitável para começar apensar corretamente”. HEIDEGGER E A DASEINSANALYSE Filósofo, escreve sua mais famosa obra Discípulo de Husserl, chamará seu método de "Fenomenologia Hermenêutica". Diferente de todos os filósofos, não se foca na questão "do que é ser", mas sim em "qual é o seu sentido?" Tudo o que é. Dentre todos os entes que existem, Heidegger irá se focar no único ser que se interroga sobre si mesmo: Heidegger utilizava as construções vocabulares com hífen, para designar a ligação indissolúvel entre tais palavras. É a expressão de um fenômeno dotado de unidade: “ser/outros” Estamos sempre em um contexto relacional. Tais expressões “ser-no-mundo”, "ser-com-outros", "ser-no-mundo-com-outros" revelam a unidade estrutural ontológica da existência do Dasein. “ser simplesmente dado” porque o que eles são, seu sentido, nunca está em jogo em seu devir temporal. Por exemplo: pedra e árvore estão no mundo, mas não tem mundo, isto é, não são aberturas de sentido, não se podendo dizer delas que “existem”. “Existência”, "Dasein", o “ser aí”, o “ser-no-mundo”. Se caracteriza pelo fato de seu ser, o que ele é, estar sempre em jogo no seu existir. Falar em Dasein significa falar do exercício de estar no mundo. Nós não somos nada Temos que nos tornar algo. E seremos aquilo que fizermos de nós mesmos. Nem mais nem menos. Temos o ser em jogo! O Dasein é inacabado, é um acontecer! O Dasein é sempre sua possibilidade, não é uma propriedade dada. O que nos determina não é isto ou aquilo, mas sim a possibilidade disto ou daquilo. Assim, por ser possibilidade, o Dasein pode ganhar ou perder o jogo. Ganhamos quando nos apropriamos E perdemos quando nos lacramos e do ser que nos escapa. não nos apropriamos do nosso ser. Somos um ente sensível ao nosso próprio ser. Ou seja, não podemos ser indiferentes ao nosso próprio ser, temos que assumir nos responsabilizar por nosso ser. A tarefa é apropriar-nos do ser que nos escapa. Temos um tempo para acontecer. Por isso, é somente na compreensão do seu “ser-para-a-morte”, na experiência de sua finitude, que o Dasein pode dissipar o encobrimento de si mesmo e lançar-se nas suas possibilidades mais singulares, modificando o seu cenário existencial. Sendo o a possibilidade mais própria, irremissível e insuperável do homem enquanto projeto, pode-se dizer que toda a angústia é, em última instância, angústia da morte. O EXISTENCIALISMO DE JEAN-PAUL SARTRE Somos seres de angústia, e essa angústia provém principalmente de sabermos que somos finitos. PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
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