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Osteossarcoma: Tumor Ósseo Maligno

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- Fabiana Bilmayer I Ortopedia
OSTEOSSARCOMA
INTRODUÇÃO
O osteossarcoma é o sarcoma ósseo mais
comum e normalmente atinge adolescentes
na fase de seu “estirão” de crescimento,
predominando na faixa etária entre 10-25
anos, o que sugere uma associação entre
crescimento ósseo acelerado e predisposição à
transformação maligna.
● Geralmente, os adolescentes
portadores da doença tendem a ser
mais altos do que seus companheiros.
● Este tumor é mais comum no sexo
masculino.
Embora de causa desconhecida, existe uma
maior incidência desta neoplasia maligna em
pacientes portadores de algumas síndromes e
naqueles submetidos à radioterapia prévia,
para o tratamento do sarcoma de Ewing, por
exemplo, e doenças que não incidem em
crianças, como a doença de Paget óssea.
PATOLOGIA
O osteossarcoma de alto grau deriva,
principalmente, das células mesenquimais
primitivas, mas também de células
osteoblásticas. Ainda há incerteza quanto à
célula de origem. As células tumorais são em
formato de fuso, pleomórficas e produzem
osteóide maligno e osso.
Existem quatro tipos celulares:
1. Osteoblástico
2. Fibroblástico
3. Condroblástico
4. Telangiectásico
A variedade condroblástica responde pouco à
quimioterapia.
O tumor geralmente surge na metáfise dos
ossos longos.
O local preferencial de acometimento é, nessa
ordem:
1. Fêmur distal
2. Tíbia proximal
3. Úmero proximal
CLÍNICA
Não é incomum a queixa de dor local durante
alguns meses antes do diagnóstico, sobretudo
em sítios que sofreram traumas, fato bastante
comum na vida de adolescentes que praticam
esportes. No entanto, a dor não costuma
responder às medidas terapêuticas habituais e
pode ser intensa a ponto de acordar o
paciente à noite. Nesta situação, uma
investigação mais detalhada deve ser
realizada. Pode haver tumefação e fratura
patológica.
Outros achados clínicos que podem ou não
estar presentes incluem: limitação de
movimento do membro afetado, eritema local,
aumento da temperatura e derrames
articulares. A fosfatase alcalina, a LDH e a VHS
podem estar altas.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve sempre ser considerado em
indivíduos com dor óssea intensa,
acompanhada de alterações radiológicas.
Esta última tanto pode ser representada por
lesões líticas quanto blásticas, ou mesmo uma
combinação destas revelando uma lesão
heterogênea de bordos indistintos com uma
expansão para além da cortical do osso, dando
o aspecto radiológico de raios de sol.
Também pode apresentar, à radiografia, o
triângulo de Codman, imagem com aspecto de
elevação do periósteo.
triângulo de Codman
O procedimento diagnóstico de escolha é a
biópsia óssea.
E, como dito antes, esta deve ser precedida de
ressonância magnética da lesão primária e de
todo o osso, e de exames que busquem
comprometimento secundário (metástases)
como tomografia computadorizada de tórax e
cintilografia óssea (metástase de osso para
osso).
TRATAMENTO
Para os pacientes que não apresentam doença
metastática, a conduta é quimioterapia
sistêmica pré-operatória (neoadjuvante),
seguida de cirurgia com ressecção da lesão
óssea. Em casos mais graves, é realizada a
amputação.
A utilização de quimioterapia no
pós-operatório (adjuvante) é reiniciada tão
logo seja possível.
Com a terapia adequada, consegue-se uma
sobrevida em cinco anos de 65-70%.
Os pacientes que apresentam metástases
pulmonares devem ter estas lesões ressecadas
durante uma toracotomia.
Este procedimento, acompanhando o
tratamento habitual descrito acima, tem
curado alguns indivíduos.

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