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J.Anjos SOCIEDADE DE ADVOGADOS EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE VILA PRUDENTE NA COMARCA DE SÃO PAULO-SP. Processo n° 124567-17.2017.8.16.0000 CONDOMÍNIO ARUANÃ,inscrito no CNPJ sob o n°23.173.269/0001-72, endereço eletrônico: aruana@gmail.com, residente e domiciliado à Avenida Tribuna Central ,n° 429,bairro Vila Prudente , CEP 37852-735 -São Paulo,por seu advogado infra assinado , no processo que lhe fora proposto por LUANA ROCHA DA SILVEIRA,já qualificada na petição inicial,vem respeitosamente,à presença de Vossa Excelência,com fundamento no artigo 335 do CPC, apresentar a presente CONTESTAÇÃO, nos termos e parâmetros dos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir. ESCRITÓRIO: Rua Cristal Açai, n° 21 , sala 2 , Bairro Atacadista , CEP 032119-03 -São Paulo - SP Site : anjosadvogada.com.br - Email: janjosadvogada.oab.br J.Anjos SOCIEDADE DE ADVOGADOS I- BREVE RELATO DOS FATOS Conforme narrado em peça inicial, a autora alugou seu apartamento por volta de março de 2021,para o Sr Luiz Pereira e a Sra Andrea Diniz e seus 2 filhos menores de idade. Informa nos autos que em maio de 2021, houve uma assembleia geral para as tratativas do condomínio e que o síndico teria sido responsável por impedir os locatários entrarem. Consta ainda que em setembro de 2021 os locatários foram fazer uma viagem e pediram autorização para sublocação que seria feito por meio da plataforma da Airbnb.Ligaram para a autora dando o aval para a locação que assim teria ocorrido a ligação ao subsíndico conforme retrata-se em peça inicial informando sobre a sublocação. Alega a autora que o subsíndico impediu a entrada das pessoas que alugaram o apartamento temporário pela plataforma Airbnb. Em março desse ano ocorreu um acidente no jardim do condomínio e os locatários providenciaram as obras necessárias para o local, todavia alegam que ao pedir o reembolso ao síndico o mesmo supostamente não contribuiu. Ressai da leitura da peça inaugural que os argumentos e alegações não devem prosperar,conforme expõe a seguir. II- PRELIMINARES Inicialmente cumpre apontar que seja impugnada a justiça gratuita da autora pelos fatos de que a autora tem boas condições com o seu emprego de arquiteta e é proprietária do apartamento no edifício ora ré. Ainda que seja impugnado o valor atribuído à causa no que não corresponde ao valor econômico da demanda. Ocorre que o valor atribuído à causa pela autora,não condiz com o bem perseguido. IV - DO MÉRITO Pois bem, não há provas testemunhais ou documentos que provem tais alegações da autora ao Sr. Afonso de que havia praticado algum ato ilegal. Conforme o ocorrido na assembleia geral em maio de 2021 o síndico não autorizou a presença dos locatários pelo fato de que o que foi discutido em assembleia foi das deliberações orçamentárias e as garagens porém em relação às deliberações orçamentárias não convém os locatários votarem,conforme o artigo 24°, §4,da lei 4.591/64. ESCRITÓRIO: Rua Cristal Açai, n° 21 , sala 2 , Bairro Atacadista , CEP 032119-03 -São Paulo - SP Site : anjosadvogada.com.br - Email: janjosadvogada.oab.br J.Anjos SOCIEDADE DE ADVOGADOS E pelo fato da autora alegar que havia procuração para tais fins, não foi apresentado com antecedência para administração do condomínio para que assim fizesse a liberação dos locatários,apenas foi apresentado na hora durante a entrada dos condôminos para assembleia, desse modo o síndico teve que pedir para que os locatários se retire do local. Neste contexto da locação temporária,vejamos que a autora apenas ligou para o subsíndico e não atrelou mais nenhuma informação expressa a administração do condomínio ou até mesmo ao síndico geral, de que apesar da autora não estar no condominio deveria atrelar todas as informações e não apenas uma ligação,como foi feito. Vejamos a Jurisprudência: “Agravo de instrumento - condomínio edilício - ação anulatória de deliberação assemblear cumulada com obrigação de não fazer - insurgência aviada contra r. decisão que trouxe deferida tutela de urgência, ou seja, ordem de abstenção ao condomínio em vedar e/ou embaraçar a locação do imóvel do requerente via aplicativo "AIRBNB" e/ou assemelhados - utilização da coisa com contornos de hotelaria/hospedagem - desvirtuamento de sua natureza residencial - ofensa às normas internas - alta rotatividade de pessoas, não bastasse, a empolgar risco à segurança dos condôminos - liminar afastada - recurso provido”. (TJSP; Agravo de Instrumento 2086380-94.2020.8.26.0000; Relator (a): Tercio Pires; Órgão Julgador: 34ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 22ª Vara Cível; Data do Julgamento: 29/09/2020; Data de Registro: 29/09/2020) (destacamos e grifamos) Nessa toada vejamos em relação a vaga de garagem os locatários apenas colocaram o anúncio no quadro sem comunicar a administração do condomínio,nem tão pouco comunicar a parte autora que iria fazer a locação das vagas. Sobre a temática colocada dispõe o artigo 1331,§1° do Código Civil Art. 1.331 – § 1º As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. ESCRITÓRIO: Rua Cristal Açai, n° 21 , sala 2 , Bairro Atacadista , CEP 032119-03 -São Paulo - SP Site : anjosadvogada.com.br - Email: janjosadvogada.oab.br J.Anjos SOCIEDADE DE ADVOGADOS No que se refere ao ressarcimento da obra os locatários não levaram notas fiscais e comprovantes para as afirmações dos seus gastos,desse modo ainda sim deveria ocorrer uma assembleia para a demonstração do valor gasto.Todavia o reembolso cabe da parte autora aos locatários,não do réu pagar aos locatários os valores gastos,desse modo é de se notar que os locatários foram tratar do assunto de forma grosseira com o síndico desse modo o mesmo respondeu que não ia fazer nada. Vejamos o artigo 22, inciso X, da Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991): Art. 22. O locador é obrigado a: X - pagar as despesas extraordinárias do condomínio. Parágrafo único. Por despesas extraordinárias de condomínio se entendem aquelas que não se refiram aos gastos rotineiros de manutenção do edifício, especialmente: Desse modo, é certo afirmar que a comunicação entre a autora com os locatários é totalmente divergente com a administração do condomínio , com isso, pelas abordagens dos locatários a administração teve que se posicionar sobre os atos dos locatários. V- MODIFICAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA Diante desse contexto, que seja modificada a tutela provisória para a parte autora, pelos fatos de que a locação da garagem não foi discutida em assembleia com os demais condôminos. Desse modo, a proprietária do imovel ora autora deveria comunicar a administração do condomínio e solicitar à assembleia para a discussão da locação a vaga de garagem, o que não foi feito em nenhum momento por parte da autora. VII- DA CONCLUSÃO Diante do exposto ,requer se digne que Vossa Excelência em: a) Aceitar a contestação,com todas as provas expostas aos autos; b) Que seja impugnada a justiça gratuita da autora por a mesma ter meios próprios para manter as custas processuais; c) Desse modo, seja impugnado o valor da causa,pelo fato de que o valor não corresponde à demanda. ESCRITÓRIO: Rua Cristal Açai, n° 21 , sala 2 , Bairro Atacadista , CEP 032119-03 -São Paulo - SP Site : anjosadvogada.com.br - Email: janjosadvogada.oab.br J.Anjos SOCIEDADE DE ADVOGADOS d) Que seja impugnado o valor do reembolso por parte da obra no jardim,pelos fatos de que os locatários cobraram da pessoa errada; e) Requer que seja modificada a tutela provisória em modo da locação da vaga de garagem,para que seja instauradouma assembleia para que todos os condôminos estejam de acordo. f) A parte ré informa que tem interesse na realização de audiência de conciliação/mediação,nos termos do art.319,VII, do , NCPC. Requer-se,ainda,além da habilitação no sistema eletrônico (e-SAJ),que nas intimações e publicações pelo D.J.E.,consiste o nome da Advogada -OAB/SP n° 500.100 (mandato anexo),com escritório na Rua Cristal Açai,n°21, sala 02 ,CEP 032119-03-São Paulo-SP, sob pena de nulidade dos atos,nos termos do art.272,§2°, do CPC. Termos em que pede deferimento. São Paulo,06 de abril de 2.022 DRA. Advogada OAB/SP 500.100 ESCRITÓRIO: Rua Cristal Açai, n° 21 , sala 2 , Bairro Atacadista , CEP 032119-03 -São Paulo - SP Site : anjosadvogada.com.br - Email: janjosadvogada.oab.br
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