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CASO CLÍNICO Paciente primigesta com IgM e IgG positivos para Toxoplasmose na 12 semana de gestação. Na 22 semana iniciou tratamento com espiramicina. Na 33 semana foi realizada aminiocentese cujo exame molecular (PCR) deu positivo para DNA de Toxoplasma. No US na mesma semana foi observado no feto aumento dos ventrículos cerebrais e microcalcificações cerebrais. Ao nascimento, mostrou comprometimento ocular. Bebê em tratamento INTRODUÇÃO Toxoplasma gondii é um protozoário de distribuição geográfica mundial, com alta prevalência sorológica, podendo atingir mais de 80% da população em determinados países. A forma mais grave é encontrada em crianças recém-nascidas, sendo caracterizada por lesões necróticas e inflamatórias que podem levar a sequelas neurológicas, geralmente associadas à encefalite, coriorretinite e hidrocefalia, com altas taxas de morbidade e mortalidade. A toxoplasmose apresenta quadro grave de evolução em indivíduos com o sistema imune comprometido, causando encefalite, retinite ou doença sistêmica Entre o grupo de risco, incluem-se os receptores de órgãos, indivíduos em tratamento quimioterápico e aqueles infectados com HIV A toxoplasmose é uma zoonose e a infecção é muito frequente em várias espécies de animais: mamíferos e aves. O gato e outros felídeos são os hospedeiros definitivos ou completos e o ser humano e os outros animais são os hospedeiros intermediários ou incompletos Toxoplasma é parasito intracelular obrigatório que poderia fazer passagem em animais de laboratório através de inoculações intracranial, subcutânea e intraperitoneal do cérebro MORFOLOGIA E HABITAT T. gondii pode ser encontrado em vários tecidos, células (exceto hemácias) e líquidos orgânicos. Nos felídeos não imunes recém-infectados podem ser encontrados os estágios do ciclo sexuado nas células do epitélio intestinal, formas evolutivas do ciclo assexuado em outros locais do hospedeiro e também formas de resistência no meio exterior junto com as fezes desses animais, após completar a fase intestinal. Assim sendo, o parasito apresenta uma morfologia múltipla, dependendo do hábitat e do estágio evolutivo. As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo biológico são: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos Essas três formas apresentam organelas citoplasmáticas características do filo Apicomplexa que constituem o complexo apical: conoide, anel polar (em número de dois), microtúbulos subpeliculares, micronemas, roptrias e grânulos densos. A invasão dessas formas na célula hospedeira é um processo ativo que requer a motilidade e a liberação controlada de proteínas e lipídeos das organelas do complexo apical. O parasito entra na célula hospedeira inicialmente pela adesão da sua parte apical na membrana da célula hospedeira, já com a participação de proteínas liberadas por micronemas. (Reconhecimento e adesão à célula) Na sequência, secreta proteínas de roptrias (penetração na célula), conforme sua entrada na célula hospedeira, formando em seguida o vacúolo parasitóforo (VP). Durante a penetração, há uma visível constrição em volta do parasito representando um movimento de junção entre a célula hospedeira e as membranas plasmáticas do parasito. Uma vez o parasito estando dentro da célula, a membrana do hospedeiro é selada formando o VP. Esse vacúolo é derivado da membrana celular invaginada do hospedeiro contendo ainda componentes do parasito, impedindo a fusão com lisossomos e consequentemente a destruição do parasito. A membrana do VP é permeável a moléculas pequenas, tomando a composição iônica intravacuolar grosseiramente equivalente ao do citoplasma da célula hospedeira. Posteriormente, o parasito modifica o VP, secretando proteínas de grânulos densos dentro do espaço vacuolar, tomando esse compartimento metabolicamente ativo para o crescimento do parasito. FORMAS INFECTANTES DO T. GONDII TAQUIZOÍTO É a forma encontrada durante a fase aguda da infecção, sendo também denominada forma proliferativa (infectante), forma livre ou trofozoíto. Possui formato de arco Apresenta-se com a forma aparente de banana ou meia-lua, com uma das extremidades mais afilada e a outra arredondada com o núcleo em posição mais ou menos central É uma forma móvel (por deslizamento), de multiplicação rápida Os taquizoítos são pouco resistentes à ação do suco gástrico Encontrados no VP de várias células BRADIZOÍTO É a forma encontrada em células permanentes de vários tecidos (nervoso, retina, musculares esqueléticos e cardíacos), geralmente durante a fase crônica da infecção, sendo também denominada cistozoíto. Os bradizoítos são encontrados dentro do vacúolo parasitóforo de uma célula, cuja membrana forma a cápsula do cisto tecidual. A parede do cisto é resistente e elástica, isolando os bradizoítos da ação dos mecanismos imunológicos do hospedeiro. Os bradizoítos são mais resistentes à tripsina e à pepsina do que os taquizoítos e podem permanecer viáveis nos tecidos por vários anos. Apesar de serem mais frequentemente encontrados na fase crônica, em algumas cepas os bradizoítos podem ser encontrados ainda na infecção aguda pelo T. gondii OOCISTOS É a forma de resistência (12-18 meses) que possui uma parede dupla bastante resistente às condições do meio ambiente. Os oocistos são produzidos nas células intestinais de felídeos não imunes e eliminados imaturos junto com as fezes CLASSIFICAÇÃO CICLO BIOLÓGICO T. gondii apresenta um ciclo heteroxeno, no qual os gatos são considerados hospedeiros definitivos ou completos por possuírem simultaneamente um ciclo sexuado, em células epiteliais do intestino, e um ciclo assexuado ocorrendo em outros tecidos. O homem e outros mamíferos, juntamente com as aves, são considerados os hospedeiros intermediários ou incompletos, pois possuem apenas o ciclo assexuado FASE ASSEXUADA Um hospedeiro suscetível (homem, por exemplo), adquire o parasito e desenvolve a fase assexuada após ingerir oocistos maduros (esporulados) contendo esporozoítos encontrados em alimentos ou água contaminada, cistos contendo bradizoítos encontrados na carne crua ou, mais raramente, taquizoítos eliminados no leite. Os taquizoítos que chegam ao estômago são, na sua maior parte, destruídos pelo suco gástrico, mas os que penetrarem na mucosa oral poderão evoluir do mesmo modo que os bradizoítos e esporozoítos, como se segue: Cada esporozoíto ou bradizoíto (após diferenciação para taquizoíto) sofrerá intensa multiplicação intracelular, após rápida passagem pelo epitélio intestinal e invadirá vários tipos de células do organismo formando um vacúolo parasitóforo onde sofrerão divisões sucessivas por endodiogenia, formando novos taquizoítos (fase proliferativa) que irão romper a célula parasitada (ou evadir destas células), liberando novos taquizoítos que invadirão novas células. A disseminação do parasito no organismo ocorre através de taquizoítos livres (ou intracelulares) na linfa ou no sangue circulante. Essa fase inicial da infecção - fast proliferativa - caracteriza a fase aguda da doença. Com o aparecimento da imunidade, os taquizoítos são eliminados do sangue, da linfa e dos órgãos viscerais, ocorrendo uma diminuição de parasitismo. Alguns parasitos diferenciam em bradizoítos para a formação de cistos. Esta fase cística, juntamente com a diminuição da sintomatologia, caracteriza a fase crônica, que poderá permanecer por longo período FASE SEXUADA O ciclo sexuado ocorre somente nas células epiteliais do intestino delgado de gatos e outros felídeos não imunes. Durante o desenvolvimento desse ciclo ocorre uma fase reprodutiva prévia por merogonia (esquizogonia) seguida por outra sexuada(gametogonia) do parasito. Por esse motivo, esses animais são considerados hospedeiros definitivos. Deste modo, um gato não imune, infectando-se oralmente com oocistos, cistos ou taquizoítos, desenvolverá o ciclo sexuado. Após a ingestão de cistos, oocistos ou taquizoítos, os parasitos liberados no estômago penetram nas células do epitélio intestinal do gato e sofrerão um processo de multiplicação por merogonia, dando origem a vários merozoítos. O conjunto desses merozoítos formados dentro do vacúolo parasitóforo da célula é denominado meronte ou esquizonte maduro. O rompimento da célula parasitada libera os merozoítos que penetrarão em novas células epiteliais e se transformarão nas formas sexuadas masculinas ou femininas, que após um processo de maturação formarão as gametas masculinos móveis - microgametas (com dois flagelos) e femininos imóveis - macrogametas. O macrogameta permanecerá dentro de uma célula epitelial, enquanto as microgametas móveis sairão de sua célula e irão fecundar a macrogameta, formando o zigoto. Este evoluirá dentro do epitélio, formando uma parede externa dupla, dando origem ao oocisto. A célula epitelial sofrerá rompimento em alguns dias, liberando o oocisto ainda imaturo. Esta forma alcançará o meio ambiente juntamente com as fezes. A sua maturação no meio exterior ocorrerá por um processo denominado esporogonia, após um período de cerca de 1 a 5 dias (dependendo da temperatura e da aeração), e apresentará dois esporocistos, cada um contendo quatro esporozoítos. Após a infecção, gatos não imunes podem eliminar oocistos durante 2 semanas, aproximadamente. O oocisto, em condições de umidade, temperatura e local sombreado favorável, é capaz de se manter infectante por cerca de 12 a 18 meses O tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento de oocistos nas fezes dos felídeos (período pré- patente) dependerá da forma ingerida. TRANSMISSÃO Oocistos em fezes de gato jovem infectado, cistos presentes em carnes, taquizoítos no sangue de gestantes, atingindo a placenta. I: Ingestão de oocistos presentes em água, verduras mal lavadas, solo, ou disseminados mecanicamente por moscas, baratas etc. II: Ingestão de cistos encontrados em carne crua ou mal cozida, especialmente de porcos ovinos e caprinos. Os cistos resistem por semanas ao frio, mas o congelamento a 0°C ou o aquecimento acima de 67°C os toma inviáveis à infecção. III: Passagem transplacentária Formas de transmissão mais raramente observadas podem ocorrer pela ingestão de taquizoítos em leite cru de cabra com toxoplasmose aguda, acidente de laboratório, por transplante de órgãos ou transfusão sanguinea de indivíduos infectados na fase proliferativa IMUNIDADE Em resumo, os mecanismos que levam à imunidade na toxoplasmose envolvem a ativação de diferentes linhagens celulares que por sua vez induzem a síntese de imunoglobulinas e de citocinas pró e anti-inflamatórias, as quais são fundamentais para o balanço da relação parasito- hospedeiro durante a infecção por T. gondii PATOGENIA T. gondii geralmente parasita seus hospedeiros (definitivo e intermediário), sem produzir sinais clínicos. Taquizoítos de T. gondii (livres ou intracelulares) podem disseminar a partir do local da infecção para linfonodos mesentéricos e para outros órgãos mais distantes através da linfa ou do sangue. Durante essa disseminação poderá ocorrer um quadro polissintomático, cuja gravidade dependerá da quantidade de formas infectantes adquiridas, do tipo de cepa do parasito (virulenta ou avirulenta) e da suscetibilidade do hospedeiro Na maioria dos casos, a proliferação de taquizoítos irá diminuir e cessar em função do aparecimento de resposta imune específica Aproximadamente 10 dias após a infecção, taquizoítos iniciam o processo de diferenciação em bradizoítos e se multiplicam lentamente dentro do cisto onde podem evadir do sistema imune do hospedeiro e da maioria dos agentes terapêuticos. Este poder de conversão taquizoítos-bradizoítos é responsável pela fase crônica da infecção e o inverso (conversão de bradizoítos em taquizoítos) pelo evento central na reativação da toxoplasmose em pacientes imunodeficientes. A forma cística contendo bradizoítos contribui para o sucesso do Toxoplasma como parasito devido às seguintes características: o cisto sobrevive à ingestão e à passagem pelo estômago para invadir o intestino delgado; o cisto é refratário à resposta imune do hospedeiro e aos medicamentos; o estado dormente dos bradizoítos dentro do cisto previne o Toxoplasma de causar danos significativos ao hospedeiro, permitindo que o parasito persista de forma benigna; os bradizoítos, em cistos teciduais permanecem infectantes, sendo a transmissão do parasito realizada pelo consumo de vísceras do hospedeiro pelo predador. A patogenia na espécie humana parece estar ligada a alguns fatores importantes, tais como: variabilidade entre as cepas do parasito, idade e resistência do indivíduo e o modo pelo qual ele se infecta SEVERIDADE DOS SINTOMAS Severidade dos sintomas dependem das linhagens do T. gondii TIPO I Maior virulência Maior motilidade, disseminação rápida e alta mortalidade TIPO II Virulência intermediária TIPO III Baixa virulência Linhagens II e III estimulam alta resposta pró inflamatória, o que reduz a disseminação do parasito e as alterações patológicas OBS: No Brasil há uma variabilidade no número de linhagens, o que se relaciona à maior gravidade da infecção TOXOPLASMOSE TRANSPLACENTÁRIA OU PRÉ- NATAL Para que se instale uma toxoplasmose transplacentária é necessário que a gestante esteja na fase aguda da doença ou, mais raramente, tenha havido uma reativação da infecção durante a gravidez associada a imunodepressão acentuada PRIMEIRO TRIMESTRE Aborto SEGUNDO TRIMESTRE Aborto ou nascimento prematuro, podendo a criança apresentar-se normal ou já com anomalias graves típicas TERCEIRO TRIMESTRE A criança pode nascer normal e apresentar evidências da doença alguns dias, semanas ou meses após o nascimento Portanto, a toxoplasmose congênita é uma das formas mais graves da doença, em geral provocando sintomas variados, mas comumente enquadrados dentro da “síndrome de Sabin”: Retinocoroidite; Calcificação intracraniana; hidrocefalia e distúrbios neurológicos OBS: Há maior troca com a mãe: maior susceptibilidade do feto à ser infectado TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA OU PÓS NATAL Dependendo da virulência da cepa, estado de imunidade da pessoa etc., a toxoplasmose pós-natal pode apresentar desde casos benignos ou assintomáticos (a grande maioria) até casos de morte GANGLIONAR OU FEBRIL AGUDA É a forma mais frequente, encontrada tanto em crianças quanto em adultos. Há um comprometimento ganglionar, generalizado ou não, com febre alta., lesão na retina (uveíte) e retinocoroidite OCULAR A coriorretinite (ou retinocoroidite) é a lesão mais frequentemente associada à toxoplasmose É consequência de uma infecção aguda com a presença de taquizoítos causando lesões na retina e na coroide. Parece que T. gondii alcança a retina através da corrente sanguínea na forma de taquizoítos livres ou taquizoítos residindo dentro de macrófagos circulantes, temporariamente sequestrados para dentro dos capilares da retina. Esses taquizoítos são liberados quando as células infectadas são lisadas e podem invadir a retina adjacente Podem ocorrer recidivas de toxoplasmose ocular em pacientes crônicos devido à reativação de cistos contendo bradizoítos localizados na retina. ENCEFALITE: CEFALOESPINAL OU MENINGOENCEFÁLICA Manifestação clínica rara em indivíduos imunocompetentes, porém observada frequentemente em indivíduos com AIDS ou em pacientes utilizandodrogas imunossupressoras, em decorrência da queda da imunidade e reativação de cistos encontrados no SNC em indivíduos com infecções latentes Lesões no hemisfério cerebral, gânglio basal e cerebelo, cefaléia, febre, paralisia muscular, confusão mental, convulsões, letargia CUTÂNEA Lesões generalizadas na pele (raras e fatais) GENERALIZADA Rara e mortal em imunocompetentes Comprimetimento meningoencefálico, miocárdio, pulmonar, ocular, digestiva e ocular DIAGNÓSTICO O diagnóstico da toxoplasmose pode ser clínico ou laboratorial. O diagnóstico clínico não é fácil de realizar, pois os casos agudos podem apresentar apenas febre, cansaço e linfadenopatia, evoluindo para a forma crônica. Geralmente se manifesta assintomaticamente ou então se assemelha a outras doenças (mononucleose, por exemplo). Portanto, a suspeita clínica deverá ser confirmada por meio de diagnóstico laboratorial DEMONSTRAÇÃO DO PARASITO O diagnóstico de toxoplasmose é realizado rotineiramente com base em testes sorológicos. A demonstração do parasito é utilizada em raras situações. Em geral, é realizada durante a fase aguda ou reativação, em amostras de líquido amniótico (gestantes com suspeita de fase aguda) ou líquido cefalorraquidiano (pacientes imunodeficientes). A forma encontrada é o taquizoíto Para melhorar a eficiência, pode-se, também, fazer inoculação da amostra obtida em camundongos ou pesquisa de DNA do parasito pela reação em cadeia da polimerase (PCR). A PCR pode ser utilizada no diagnóstico de toxoplasmose congênita quando realizada em líquido amniótico (diagnóstico pré-natal) e em placenta ou sangue de cordão ao nascimento (diagnóstico pós-natal). Em indivíduos imunodeficientes, DNA de T. gondii pode ser encontrado em líquido cefalorraquidiano, lavado brônquio- alveolar ou outras amostras clínicas, de acordo com os sinais clínicos TESTES SOROLÓGICOS OU IMUNOLÓGICOS O diagnóstico laboratorial da toxoplasmose é feito mais frequentemente por testes sorológicos que indicam a presença e a concentração de anticorpos específicos circulantes, expressa por títulos ou por unidades (UI) I: Teste do corante ou reação de Sabin Feldman II: RIFI III: Hemaglutinação indireta IV: ELISA V: Teste de avidez para IgG OBS: Avidez é realizada para retirar a dúvida se está aguda ou crônica: IgM e IgG positivos TOXOPLASMOSE NO RN Avaliação oftalmolológica; avaliação neurológica; avaliação auditiva; ultrassonografia transfontanelar; hemograma completo; análise de líquor; sorologia para toxoplasmose (IgG e IgM) da mãe da criança e, em crianças sintomáticas, avaliar função hepática e descartar outras infecções congênitas TRATAMENTO Toxoplasmose é considerada incurável devido à persistência dos cistos nos tecidos do hospedeiro. Para que ocorra cura radical, os bradizoítos devem ser eliminados. Os medicamentos utilizados atuam apenas contra as formas proliferativas (taquizoítos). Como a maioria das pessoas com sorologia positiva não apresenta sinais clínicos, e pelo fato de as drogas empregadas serem tóxicas em uso prolongado, recomenda-se o tratamento apenas de casos agudos sintomáticos, de gestantes em fase aguda, de toxoplasmose ocular ativa e de indivíduos imunodeficientes com toxoplasmose sintomática. TOXOPLASMA AGUDA SINTOMÁTICA Pirimetamina com a sulfadiazina e ácido folínico TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES, SINTOMÁTICA OU NÃO 1 TRIMESTRE Espiramicina até 18 semanas 3 TRIMESTRE Pirimetamina com a sulfadiazina e o ácido folínico TOXOPLASMOSE OCULAR ATIVA Pirimetamina/Clindamicina + sulfadiazina + ácido folínico. 3 dias depois, prednisona PORTADORES DO HIV Pirimetamina + sulfadiazina/clindamicina + ácido folínico PROFILAXIA I: Beber apenas água filtrada e/ou fervida. II: Controlar a população de gatos. III: Os criadores de gatos devem manter os animais dentro de casa e alimentá-los com carne cozida ou seca, ou com ração de boa qualidade IV: Descartar diariamente a areia da caixa utilizada para gatos defecarem no interior das casas. V: Incinerar todas as fezes dos gatos. VI: Proteger as caixas de areia em escolas infantis para evitar que os gatos defequem nesse local. VII: Não se alimentar de carne crua ou mal cozida de qualquer animal ou leite cru. VIII: Fazer o exame sorológico pré- natal trimestral para toxoplasmose em todas as gestantes, com ou sem histórico de enfartamento ganglionar ou aborto IX: Tratamento das grávidas em fase aguda. X: Desenvolvimento de vacinas: vacinas com subunidades do parasito, adequadas para combater a toxoplasmose nos seres humanos têm sido desenvolvidas Vacina existente no mercado para ovinos (Toxovax™ ) tem como proposta a diminuição da transmissão zoonótica e consequentemente tomar a carne mais segura para consumo humano ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS É uma importante zoonose, de distribuição mundial (prevalência de 30 a 50% da população mundial) Grupos de risco: fetos, transplantados e HIV+ Fatores sócio econômicos são importantes
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