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/ 1) Conceitue o que é fato folclórico e defina as seguintes características que o compõe: R: O fato folclórico é toda forma de pensar, agir e sentir que não recebeu nenhuma interferência de uma instituição que queira instaurar uma nova visão religiosa ou filosófica, preservar ou recompor patrimônio científico, ou artístico e é preservado pela tradição popular. a) Anonimato: O autor é desconhecido, e mesmo que seja conhecido a população toma o fato folclórico como seu. b) Coletividade: É aceito coletivamente c) Espontaneidade: Não tem relação com instituições religiosas, filosóficas, governamentais ou artísticas, sendo criada de forma espontânea pelo povo. d) Tradicionalidade: Sua origem não é conhecida e é passado de geração a geração. e) Persistência: Sobrevive ao longo do tempo mesmo com mudanças. f) Funcionalidade: Possui função social, foi criado por uma necessidade e se mantêm graças a ela. g) Modificabilidade: É flexível e adaptável, mas mantém sua função social. h) Transmissão oral e interpessoal: Transmitido via a educação informal, de geração a geração. 2) Leia o trecho a seguir do livro O que é folclore, de Carlos Rodrigues Brandão, sobre o fato folclórico: Como ficam esses indicadores do fato folclórico: ser popular, anônimo, coletivizado, tradicional e persistente, funcional à sua cultura e passível de modificações, quando os modos de sentir, pensar e fazer do povo são observados no seu todo? Quando são compreendidos no interior dos contextos sociais onde existe e se reproduz a criação popular, de que uma fração é o folclore? Algumas das mais bonitas Folias de Santos Reis do Rio de Janeiro estão no morro de Mangueira. Provavelmente migrantes de áreas rurais do Rio e de Minas Gerais terão conseguido preservar até hoje este ritual camponês em plena favela. [...] Modificado e persistente, ele se preserva como um fato folclórico para nós, como uma devoção religiosa para os seus praticantes. “Foliões” e “palhaços” podem ser também membros de alguma ala da “Escola de Samba Estação Primeira de Man-gueira”. Outros farão parte das rodas noturnas de samba do “partido alto”. Os mais moços serão entusiasmados, serão torcedores de alguma “torcida organizada” do Flamengo. Foliões, sambistas, partideiros e torcedores são sujeitos atores de diferentes grupos da cultura do morro de Mangueira. [...] Serão produtores de formas culturais criadas ali, ou trazidas de fora e difundidas. E aprendidas e, então, incorporadas à vida e aos rituais coletivos do Morro. Como tudo se passa entre favelados, entre categorias de sujeitos das classes populares vivendo situações do seu modo de vida: o do favelado, o do operário, o da empregada doméstica, é possível dizer que a Folia, a Escola de Samba, o Partido do Alto e a Torcida Organizada são formas de cultura popular, apenas algumas expressões entre muitas outras do morro de Mangueira (BRANDÃO, 2007, p. 42-45). / Diante do texto de Brandão, responda à seguinte questão: segundo o autor, os folcloristas reconhecem como fato folclórico a Folia de Santos Reis, alguns folcloristas irão reconhecer as rodas de samba do Partido do Alto como um fato folclórico, mas poucos vão reconhecer a escola de samba como um fato folclórico. Diante do que estudou até agora, qual a sua opinião sobre estas manifestações? Podemos considerar todas elas como um fato folclórico? R: Na minha opinião a Folia de Santos Reis e as rodas de samba do Partido do Alto são fatos folclóricos, pois mantêm características como tradicionalidade, persistência e modificabilidade. Já a escola de samba, apesar de ser inegavelmente parte da cultura popular, é uma instituição artística de preservação, portanto não configura fato folclórico.
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