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Formação do estado brasileiro

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Esta avaliação de conteúdo tem por finalidade auxiliar o aluno na preparação para a 1ª AE/1º trim. 2020. Responda às questões de maneira clara e objetiva. Se possível, construa mapas mentais de maneira que você estruture seu pensamento e suas idéias como forma de preparação da AE. Não se esqueça, também, que a temática em voga, é objeto de avaliação constante no ENEM e demais concursos tanto no âmbito da sociologia quanto da história, geografia e até mesmo, de forma indireta, da filosofia política. Esta atividade poderá ser realizada em grupos de até 05 alunos e vale até 5,0 pts na média final da AP2 do 1º trimestre, e deverá ser enviada ao professor, no e-mail: als387@hotmail.com até o dia 19 abr 2020. Então, mãos à obra!!!
Questão 1) Quais foram os principais períodos históricos da formação do Estado brasileiro: você seria capaz de produzir uma “linha do tempo” pontuando o início e o fim dos mesmos, bem como a principal característica política e social vigente em cada um deles?
Questão 2) Leia o texto a seguir:
“O Governo-Geral foi criado por Portugal em 1548 com o objetivo de centralizar ainda mais a administração colonial. Sua implantação foi acompanhada de uma ordem para que uma capital fosse construída para a colônia. Dessa ordem surgiu a cidade de Salvador, no atual estado da Bahia.” Extraído de: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/governo-geral.htm. Sabe-se que exploração do pau-brasil foi a primeira prática econômica do Brasil colonial e que a chegada dos Franceses em 1555 fundando a França Antártica, na cidade do Rio de Janeiro, provocou uma série de reações da Coroa visando à manutenção do território da colônia. Pergunta-se: Quais foram essas reações e quais as consequências desse episódio para a reformulação da política ultramarina portuguesa no Brasil? Quais os principais motivos políticos e econômicos levaram Portugal a implementar um Governo-geral na colônia? Quais as consequências político administrativas desse ato?
Questão 3) No que tange à fase imperial, segundo o livro didático (p. 160), “Como a independência, a proclamação da República foi uma transformação social construída de cima para baixo, que excluiu as camadas populares.” Pergunta-se: o que você entende sobre “transformação social construída de cima para baixo”? De que maneira essa relação verticalizada de poder entre Estado e sociedade civil ajudou a formatar o caráter político e cidadão do povo brasileiro?
Questão 4) Vamos falar agora de um período histórico de profundas transformações políticas e sociais do Brasil: a república Velha.
a) Como se chamava a prática político-eleitoral prevalecente neste período, sobretudo nas áreas rurais? Como ela ocorria?
b) A que fim se destinavam essas práticas eleitorais?
c) Por fim, explique como ocorria a dinâmica da troca de favores entre município, governo estadual e União. Para você, o que era errado nessa relação do ponto de vista da legalidade e da democracia?
Questão 5) Sabe-se que a Era Vargas iniciou-se em 1930 e teve seu fim em 1945 quando foi forçado a renunciar à Presidência da República. Dessa forma, com a saída de Vargas uma nova Constituição foi organizada, e iniciada nova fase da nossa história: a Quarta República que durou de 1946 até 1964. Nesse sentido pergunta-se: quais as principais características desta primeira passagem de Getúlio Vargas pela Presidência? O que foi o Estado Novo? Explique o que foi a Revolução Constitucionalista de 1932.
Questão 6) Segundo vários estudiosos, o período histórico que se inicia com a renúncia de Vargas em 1945 e termina com a revolução democrática de 1964, capitaneada pelo militares e apoiada pela maioria da nação (sociedade civil, igreja e empresários) foi marcado por um sentimento de liberdade civil e de concessão de direitos que alguns teóricos denominam período democrático populista. Pergunta-se: de onde vem essa terminologia “populista”? Quais as características dessa prática democrática específica para aquele momento histórico? Ela foi única ou podemos identificar algo semelhante em outro(s) momento(s) históricos?
Questão 7) Em relação ao período em que os militares estiveram no poder, muitas conquistas sociais e econômicas foram atingidas. No que diz respeito ao chamado “milagre econômico” quais as principais realizações desse período? O que você entende sobre “modernização de caráter conservador? Explique.
Questão 8) Após o fim do regime militar, em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves para a Presidência da República, falecido antes da posse, tomou posse seu vice, José Sarney inaugurando um período de profundas transformações políticas, econômicas e socioculturais no Brasil. Abaixo seguem, em ordem cronológica, os nomes daquele(a)s que ocupou(aram) o cargo de Presidente da República até o momento presente. Indique os principais fatos políticos e econômicos ocorridos no Brasil durantes suas respectivas administrações. José Sarney (1985 – 1990); Fernando Collor de Mello (1990 – 1992); Itamar Franco (1992 – 1994); Fernando Henrique Cardoso (FHC): (1995 – 2002); Luís Inácio Lula da Silva (2003 – 2010); Dilma Roussef (2011 – 2016); Michel Temer (2016 – 2018); Jair Messias Bolsonaro (2019 - atual).
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Questão 1) De modo a estudar através de uma perspectiva sociológica a formação do Estado nacional brasileiro, é necessário que haja o domínio pleno de determinados tópicos pontuais. Entre esses, vale sublinhar as principais características de cada um dos essenciais períodos que protagonizaram a origem do Estado brasileiro, sendo esses: o período colonial; o período imperial; República Velha; A Era Vargas; Democracia populista; a Ditadura militar; e a Nova República. Abaixo, será disponibilizado uma listagem desses períodos e suas principais características políticas e sociais:
· O período colonial (1500 - 1822): o Brasil era visto no âmbito internacional como colônia de exploração de Portugal, e esse período foi extremamente marcado pelas atividades extrativistas. Como Portugal tinha pouco interesse em construir uma sociedade política coesa em sua colônia, o Brasil colonial era essencialmente um emaranhado de núcleos privados e independentes, que impossibilitavam a constituição de de uma sociedade moderna;
· O período imperial (1822 - 1889): período definido inicialmente pela transposição do Estado português para o Brasil de fato, reforçando a relação entre Estado e sociedade civil. A 1ª Constituição, promulgada em 1824, previa grandes poderes ao imperador e a Carta Imperial previa diversos direitos formais inspirados nos princípios liberais europeus mas que não tinham muita aplicação no Brasil por grande parte da população não ser deter a cidadania recém-instituída. O movimento republicano mobilizou setores progressistas da sociedade ao associar a República à uma representação efetiva de todos cidadãos, federalismo e fim do regime escravista. Contudo, a República foi declarada pela ação de elites oligárquicas;
· República Velha (1889 - 1930): marcada pela consolidação de elites provinciais rurais, acostumadas a desconsiderar qualquer autoridade constituída e fazer valer a própria vontade em sua área de influência. Vale lembrar que a proclamação da República foi um processo que excluiu camadas populares. Retorna à tona o problema do período colonial, já que a divisão do país em domínios de “coronéis” dificultava a aplicação da constituição. As relações entre o coronel e o eleitorado rural baseavam-se no “voto de crabresto” (já que a dependência e as relações de favor colocavam o roceiro num patamar de subserviência), tendo em vista a manutenção da política vigente. Mais do que expressar as preferências dos eleitores, as eleições serviam para legitimar o controle do governo pelas elites políticas estaduais;
· A Era Vargas (1930 - 1945): a Revolução de 30 teve a participação de camadas médias e militares e alçou ao poder Getúlio Vargas. Sob o autoritarismo do governo de Vargas, o Estado modernizou suas estruturas einstaurou uma nova ordem política, social e econômica, inspirada no nacional-desenvolvimentismo. Muita carismático, Vargas buscou atender aos apelos do povo (regulamentação da jornada de trabalho, direitos trabalhistas,etc…), conquistando assim o apoio do proletariado, e da burguesia industrial, ao prometer que iria industrializar o país. O Estado foi o principal investidor e agente do processo, e a concepção criada por Vargas perdura até hoje;
· Democracia populista (1945 - 1964): a constituição de 1946 engendrou um Estado influenciado pelos ideais democráticos vigentes em grande parte do Ocidente, sobretudo nos EUA. Ainda que tenha sido verificado desenvolvimento econômico durante o período, essa foi uma fase turbulenta, por ter sido uma fase de breve experiência democrática, contudo mantendo restrições políticas aos cidadãos e limitando a construção de um Estado de bem-estar social no Brasil;
· A ditadura militar (1964 - 1985): com viés anticomunista, interrompeu violentamente a experiência democrática do país com o apoio das elites empresariais, setores conservadores da Igreja, camadas médias urbanas e grandes produtores rurais. Regime marcado pela repressão, que violou os direitos políticos e civis e promoveu práticas como tortura e assassinatos políticos. Entre 1968 e 73 ficou conhecida como o “milagre econômico”, por causa da taxa de crescimento do PIB, que alcançou 10%;
· Nova República (1985 - atualmente): o Estado brasileiro entra em uma nova fase, cuja maior expressão foi a constituição de 1988. Agora dentro de limites institucionais, a manifestação popular esteve bem presente. Movimentos como o DIretas Já contribuíram para a instalação do novo regime, com eleições regulares, pluralidade partidária, liberdade de expressão e igualdade jurídica. O período foi marcado pela necessidade de uma nova consciência de cidadania e participação popular, visando o combate à corrupção e a separação entre o público e o privado.
Questão 2) Um dos objetivos de Mem de Sá, o terceiro governador-geral, cujo governo durou 15 anos, era expulsar os franceses do Rio de Janeiro, o que se efetivou em 1567, quando Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, recebeu reforços militares e ajuda de índios chefiados por Araribóia, adversário dos tamoios e aliado dos portugueses. Em 1572, após a morte de Mem de Sá, o governo português subdividiu o governo-geral do Brasil em dois: o do Norte, com sede em Salvador, e o do Sul, com sede no Rio de Janeiro. Ambicionava, com essa medida, organizar melhor a administração da colônia, fortalecer a ocupação do Rio de Janeiro e de São Vicente, constantemente ameaçadas pelos franceses e espanhóis, e estimular a penetração para o sul e o interior. Sem sucesso pleno, a Coroa portuguesa resolveu, em 1578, unificar novamente a administração da colônia.
Questão 3) Entende-se, a partir desse enunciado, que a proclamação da República foi um processo que teve início por meio das classes mais ricas e das elites para depois atingir as classes mais populares, o que de fato foi o que aconteceu, já que a proclamação só ocorreu com o auxílio da elites oligárquicas das províncias da região Sudeste. Essa verticalização de poder entre Estado e sociedade civil, em curto prazo, tornou as camadas populares da sociedade cada vez mais submetidas àqueles que detinham monopólio do controle do governo (no caso, inicialmente as elites estaduais e posteriormente o principal dirigente político, como durante a Era Vargas e a Ditadura militar). Contudo, após 1985, com a redemocratização da política e resgate dos ideais anteriormente estabelecidos pela Constituição de 1946, o povo brasileiro se tornou não somente mais crítico (ideal esse muito desenvolvido durante a ditadura) mas também se tornou parte integrante do governo e ganhou o papel de agente de transformação, como foi o caso das famosas “Diretas Já”, que contribuíram para a instalação do novo regime democrático.
Questão 4)
a) Chamava-se coronelismo. As bases políticas dessa prática eram garantidas pelas relações estabelecidas entre os chefes locais, chamados de coronéis, os antigos presidentes dos estados da federação e os representantes do poder central (União). Esses coronéis, símbolo máximo de autoridade em meios rurais, impunham um curral eleitoral em suas regiões para garantirem votos.
b) Destinavam-se à ter maioria dos votos para os candidatos mais apropriados segundo os protetorados rurais, de modo a garantir que o controle do governo pelas elites estaduais fosse legitimado “democraticamente”.
c) Os coronéis, que detinham atuação nos municípios, ofereciam favores e impunham coação aos eleitores presentes nos currais eleitorais, os quais votavam nos candidatos à deputados estaduais e à presidência da república e estadual sugeridos. Ao serem eleitos, os presidentes estaduais então financiavam obras públicas e forneciam verbas tanto para as Assembléias Legislativas Estaduais quanto para os coronéis. Os deputados estaduais , por sua vez, também forneciam votos aos presidentes estaduais e verbas aos coronéis, realimentando o ciclo. Já o presidente da república, para não se comprometer com os estados, não intervia na política estadual, fazendo assim com que os presidentes de estados, deputados federais e estaduais fornecessem seu apoio à União. O esquema de Coronelismo impedia categoricamente que houvesse sequer um resquício de democracia, já que os candidatos não eram mais eleitos pela opinião popular mas sim por trocas de favores.
Questão 5) Depois de Vargas tomar o poder através do golpe militar e criar uma ditadura, ele possuía poder quase ilimitado. Com isso em suas mãos, o novo presidente aproveitou para desenvolver políticas de modernização do país, nomeando interventores em cada estado e criando novos ministérios, tirando assim a autonomia dos estados. Para ganhar popularidade, Vargas adotou a Lei da Sindicalização, o que tornava os sindicatos, de forma indireta, ligados ao presidente. Durante esse período, a legislação brasileira evoluiu, principalmente na área trabalhista, o que resultou na criação da CLT em 1941. A ascensão do movimento de 1930 e o governo de Getúlio Vargas, fez com que a oligarquia paulista perdesse proeminência política e reduzisse a vantagem econômica sobre as outras oligarquias, causando sua oposição ao novo regime instituído. Dessa forma, grupos políticos ligados aos cafeicultores e ao patronato paulista, começaram mobilizações para a constitucionalização do país, em 1932. Em 9 de julho deste mesmo ano, ocorreu um guerra civil no estado de São Paulo. Os conflitos duraram poucos meses, entretanto, houve grande mobilização popular dos paulistas no movimento constitucionalista. Apesar dos esforços militares, o estado de São Paulo não teve sucesso em unir ao dissídio os estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, que também queriam a constitucionalização do Brasil. Assim, São Paulo acabou isolado e perdeu o conflito armado, e os insurgentes assinaram sua rendição no dia 1º de outubro de 1932. Em 1933, Getúlio Vargas convocou a Assembleia que promulgou a nova constituição, em 1934. As novidades mais aparentes foram o voto secreto, o voto feminino, além do ensino primário obrigatório e das leis trabalhistas, no entanto, o primeiro presidente seria eleito indiretamente, em votação realizada pelos membros da constituinte, e Vargas previsivelmente venceu. Após a Revolta Vermelha de 1935, Getúlio pôs fim à constituição anterior e declarou o Estado Novo. Nessa constituição, o governo de Vargas tinha poderes centralizados e autoritários. A liberdade partidária teve fim, junto com a independência entre poderes. Os prefeitos eram nomeados pelos governadores, que eram instituídos pelo presidente. Em 1943, o Manifesto dos Mineiros marcou a oposição inicial de forma aberta ao Estado Novo, atacando escancaradamente o regime ditatorial. O manifesto teve assinatura de 76 intelectuais, políticos e empresários de Minas Gerais, exigindo que o processo de redemocratização tivesse início. Na iminência de um golpe militar, Getúlio Vargasrenunciou em outubro de 1945. Em dezembro, eleições livre foram realizadas para a presidência e para o parlamento, e Getúlio foi eleito senador com a maior votação daquele ano.
Questão 6) Populismo foi, basicamente, um conjunto de práticas populistas pontuais utilizadas por governos da América Latina durante o século XX. Em terras brasileiras, o advento do populismo está diretamente ligado à Revolução de 30, com a derrubada da elite oligárquica da República Velha e ascensão de Getúlio Vargas. Durante a Era Vargas, mais precisamente durante o Estado Novo, Getúlio dá continuidade para sua agenda populista e institui a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), as concepções iniciais do que seria a Carteira de Trabalho, a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, e o descanso semanal remunerado. O governo de Vargas não foi o único a utilizar políticas populistas, haja vista que Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart também manifestaram características populistas em suas gestões (liderança baseada no clientelismo, nacionalismo econômico, relação direta do líder com as massas, etc...).
Questão 7) O início do Milagre Econômico se deu na criação do Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg) na gestão do presidente Castello Branco. O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscais, tributárias e financeiras. Como consequência, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual. Além disso, para centralizar as decisões econômicas do governo foi criado o Banco Central. Da mesma forma, com o objetivo de favorecer o crédito e resolver o déficit habitacional, o governo instituiu o SFH (Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo BNH (Banco Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa Econômica Federal) e, sua principal fonte de recursos viriam do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo e Serviço). Este imposto era descontado do trabalhador e foi usado para estimular a construção civil. Também, a criação de bancos favoreceu-se, a fim de estimular o mercado de capitais e a abertura de crédito para o consumidor melhorando, entre outros, o desempenho da indústria e automóvel. Além disso, mais de 274 estatais, como Telebrás e Embratel, foram abertas nesse período. Além das medidas de incentivo, o milagre econômico foi concretizado por meio de obras de grande, porte como estradas e hidrelétricas. Entre estas podemos citar a rodovia Transamazônica (que une o Pará até a Paraíba), a Perimetral Norte (Amazonas, Pará, Amapá e Roraima) e a ponte Rio-Niterói (ligando as cidades do Rio de Janeiro e Niterói). Podemos mencionar também a Usina de Itaipu, as usinas de energia nuclear de Angra e a zona Franca de Manaus.
	Modernização Conservadora é um conceito elaborado por Barrington Moore Jr. para retratar o caso de desenvolvimento capitalista na Alemanha e no Japão, os quais realizaram revoluções burguesas vindas de cima. Barrington Moore identifica três caminhos possíveis para chegar à modernidade, desde o mundo pré-industrial: as vias democrática, autoritária e socialista revolucionária. A primeira levou à construção de sociedades capitalistas e democráticas na Inglaterra, França e Estados Unidos. Já a segunda, também capitalista, "na ausência de um forte surto revolucionário, passou através de formas políticas reacionárias até culminar com o fascismo." .O terceiro caminho foi o comunismo que se desenvolveu na Rússia e na China. Assim, o processo de modernização de sua sociedade alicerçou-se sobre um processo de industrialização condicionado pelo pacto político tecido entre a burguesia e os terratenentes. No Brasil, o livro de Moore teve grande impacto, especialmente porque a segunda das três vias para a modernidade parecia se encaixar perfeitamente na trajetória brasileira. O conceito foi utilizado para explicar o desenvolvimento econômico do país pós-1964, entendido como um processo de modernização que não destruiu os elementos tradicionais, provenientes da antiga sociedade pré-industrial, e no qual os proprietários rurais permaneceram no centro do poder político.
Questão 8) 
· José Sarney (1985 - 1990): Em 1985, O vice de Tancredo Neves, José Sarney, assume. No seu governo, é promulgada a Constituição de 1988. O documento reinstituiu o Estado democrático e a república presidencialista. Porém, a economia ficou descontrolada;
· Fernando Collor de Mello (1990 - 1992): Em 1989, Fernando Collor de Mello é bem-sucedido as primeiras eleições diretas para presidente realizadas desde 1960. Sua campanha foi baseada na promessa de combate à corrupção e da construção de uma imagem de líder jovem e dinâmico, por ser deveras noviço. Após dois anos de governo, o Congresso Nacional instaura uma CPI cujas conclusões levam ao pedido de afastamento do presidente, levando-o a renunciar ao cargo para evitar o impeachment;
· Itamar Franco (1992 - 1995): Após a renúncia, o vice Itamar Franco assume o cargo. Em sua administração, é implantado o Plano Real. O projeto foi executado pela equipe do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso;
· Fernando Henrique Cardoso, “FHC" (1995 - 2003): Foi o primeiro presidente a governar por dois mandatos consecutivos. Prosseguiu com o Plano Real, que conseguiu estabilizar a economia. Porém, mais tarde, se iniciou uma nova crise econômica. Em seu governo, houve muitas privatizações, além de políticas para a melhoria da educação;
· Luiz Inácio Lula da Silva (2003 - 2011): Lula foi muito popular durante e após seu mandato. Inclusive, conseguiu ser reeleito. Na sua gestão, políticas relacionadas à pobreza e desigualdades no país foram implantadas. Isso fez com que a economia se mantivesse estável. Seu governo foi bem visto internacionalmente. Em 2018, ele chegou a ser acusado e preso por corrupção, sendo solto no ano seguinte;
· Dilma Rousseff (2011 - 2016): Primeira mulher Presidenta da República. Dilma deu continuidade aos projetos vindo de seu antecessor Luiz Inácio da Lula Silva, mantendo programas de assistência social como “Bolsa-Família” e “Minha Casa, minha vida”. Quando Dilma assumiu a presidência havia forte recessão econômica mundial, que também atingiu a economia nacional. Tentando reverter essa crise, aumentou os investimentos na infraestrutura do país por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e, além disso, estendeu o comércio com a América Latina e China. Houve uma crise econômica durante a Copa das Confederações, uma vez que Dilma investiu uma verba bilionária na construção e reforma de estádios, causando protestos por todo o país. Segundo presidente a sofrer impeachment no Brasil. Neste governo houve o início da investigação da operação Lava-Jato; 
· Michel Temer (2016 - 2018): Pessoa mais velha a assumir o cargo de Presidente da República no Brasil. Foi o presidente menos popular, com apenas 6% de aprovação da população. Durante seu governo, as taxas de juros caíram de 14,6% em maio de 2016 para 8,8% ao ano, e a taxa de desemprego subiu de 11,3% para 13,7%. A inflação também diminuiu no mesmo período de 9,32%. Durante o governo Temer, o governo do estado do Rio de Janeiro pediu ajuda ao governo federal para resolver os graves problemas decorridos da falência do estado e da convulsão social.
· Jair Bolsonaro (2018 - atualmente): O governo de Bolsonaro ainda é muito recente para ser analisado propriamente, mas até então ele flexibilizou o porte de armas (com algumas condições), reduziu os 39 ministérios para apenas 22 e entregou a proposta para a Reforma da Previdência, a qual teve seu texto-base aprovado no Senado.
· Referências bibliográficas:
· Todos os presidentes do Brasil e seus feitos mais marcantes. ARAÚJO, I. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/todos-os-presidentes-do-brasil-e-seus-feitos-mais-marcantes/. Acesso em 09 de abril de 2020;
· Populismo, SILVA, D. N. Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/populismo.htm. Acesso em 09 de abril de 2020;
· O populismo no Brasil, PETRIN, N. Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/o-populismo-no-brasil/. Acesso em 09 deabril de 2020;
· Getúlio Vargas: resumo da biografia, governo e características! CELI, RENATA. Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/29/getulio-vargas/. Acesso em 09 de abril de 2020
· Revolução Constitucionalista de 1932; FAUSTO, Boris (org.); O Brasil Republicano: economia e cultura (1930-1964). tomo 3, vol.4. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1995. (Col. História da Civilização Brasileira). MOREIRA, Regina da Luz. “Movimento Constitucionalista de 1932” (Verbete). Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/Revolucao1932. “Frente Única Paulista” (Verbete). Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-37/RevConstitucionalista32/FrenteUnicaPaulista;
· Sociologia em movimento, SILVA, A.; LOUREIRO, B.; MIRANDA, C.; FERREIRA, F.; FERREIRA, L. P.; SERRANO, M. M.; ARAÚJO, M.; COSTA, M.; NOGUEIRA, M.; OLIVEIRA, O. F.; MENEZES, P.; CORRÊA, R. M. C.; PAIN, R.; LIMA, R.; BUKOWITZ, T.; ESTEVES, T.; PIRES, V. M. 2ª edição, São Paulo. 2016.

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