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Tma 4 Gorduras

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DESCRIÇÃO
A importância do consumo de gorduras em um plano alimentar equilibrado.
PROPÓSITO
Apresentar as estruturas dos ácidos graxos consumidos pelos seres humanos. Compreender a
classificação dos ácidos graxos e discutir as principais funções biológicas desempenhadas
pelos lipídios no organismo humano. Apresentar as fontes alimentares ricas desse nutriente e o
processo de digestão e absorção para propiciar ao profissional de Nutrição o conhecimento
necessário para planejar a dieta de seus pacientes.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir a estrutura química e a classificação dos lipídios
MÓDULO 2
Definir as funções biológicas, as fontes alimentares e a recomendação de consumo dos lipídios
MÓDULO 3
Definir o processo de digestão e absorção dos lipídios, destacando o metabolismo das
lipoproteínas, a lipólise, a betaoxidação e a formação de corpos cetônicos na geração de
energia
INTRODUÇÃO
Os alimentos fazem parte da rotina diária dos indivíduos. 
Cada grupo alimentício fornece nutrientes com funções diferentes para o funcionamento do
organismo.
Conheceremos um pouco mais sobre as gorduras, fazendo uma apresentação da composição
química e descrevendo suas funções biológicas, classificações, importâncias nutricionais e
fontes alimentares.
Vamos compreender o processo de digestão no trato gastrointestinal, no transporte e na
absorção dos lipídios no organismo e como ocorre a utilização dos ácidos graxos no
metabolismo energético.
MÓDULO 1
 Definir a estrutura química e a classificação dos lipídios
CONTEXTUALIZAÇÃO
A gordura é o macronutriente com mais energia disponível por porção de alimento. Ela está
muito bem distribuída nos alimentos, tanto nos de origem vegetal quanto animal, e é
necessária para compor as quilocalorias totais (Kcal) fornecidas pela dieta para o
metabolismo corporal.
As gorduras também são conhecidas como:
GRAXAS
OU
LIPÍDIOS
LIPÍDIOS
Palavra derivada do termo grego lipos , que significa gordura.
Basicamente, os lipídios são substâncias orgânicas, com composição química similar a dos
demais macronutrientes, ou seja, com presença de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O)
na molécula, que, no entanto, não se solubiliza facilmente em água.
Os lipídios são considerados densos energeticamente, pois em cada grama (g) apresentam
mais do que o dobro das kcal observadas na mesma quantidade de carboidratos e proteínas e
fornecem algumas substâncias essenciais para adequada nutrição corporal.
javascript:void(0)
 ATENÇÃO
A estrutura química determina a classificação dos lipídios, e o processo digestivo difere
bastante do que foi observado para os demais nutrientes, visto que nesse caso estamos
lidando com uma substância de baixa solubilidade em água.
Além de exercerem função energética, as gorduras são transportadoras de substâncias
solúveis em lipídios, como as vitaminas A, D, E e K e são precursoras de hormônios
importantes para o funcionamento normal do organismo humano. No entanto, devido ao seu
potencial para fornecer energia, o consumo excessivo de lipídios está associado ao acúmulo
de tecido adiposo, culminando no aumento do peso corporal, e ao desenvolvimento de doença
cardiovascular (DCV).
Por isso, esse nutriente faz parte da dieta adequada e as recomendações atuais preconizam
uma ingestão entre 25 a 30% do valor energético total (IOM, 2005).
ESTRUTURA QUÍMICA E CLASSIFICAÇÃO
DOS LIPÍDIOS
As gorduras apresentam composição química similar aos carboidratos, devido à presença de
carbono, hidrogênio e oxigênio na molécula. No entanto, são diferenciadas por um número
distinto de átomos e diferentes ligações na cadeia.
 SAIBA MAIS
A quantidade de átomos de hidrogênio para cada átomo de oxigênio em uma cadeia de
carboidratos é representada em uma razão 2:1, respectivamente, ou seja, para cada átomo de
oxigênio na cadeia serão observados 2 átomos de hidrogênio. Isso se mantém constante. No
caso dos lipídios, há uma maior proporção de hidrogênios na cadeia, como pode ser observado
na forma genérica de um lipídio comum conhecido como estearina (C57H110O6).
O termo lipídio representa um grupo bastante heterogêneo de substâncias como:
 
Imagem: Shutterstock.com
Óleos (que são substâncias encontradas no estado líquido quando expostas à temperatura
ambiente).
 
Imagem: Shutterstock.com
Gorduras (substâncias encontradas no estado sólido em temperatura ambiente).
 
Imagem: Shutterstock.com
Ceras
 
Imagem: Shutterstock.com
Outros compostos derivados de lipídios.
A classificação de um lipídio vai variar de acordo com a sua forma, seu tamanho da cadeia de
hidrocarbonetos, seu grau de saturação e sua hidrogenação da cadeia.

OS LIPÍDIOS PODEM SER DIVIDIDOS EM TRÊS
GRUPOS PRINCIPAIS: LIPÍDIOS SIMPLES, LIPÍDIOS
COMPOSTOS E LIPÍDIOS DERIVADOS OU VARIADOS.
(MCARDLE, 2019)
LIPÍDIOS SIMPLES
Esse grupo é formado basicamente pelos triacilgliceróis (conhecidos popularmente como
triglicerídeos) que são as substâncias formadas para armazenar gordura nos adipócitos, como
são conhecidas as células que compõem o tecido adiposo.
Um triacilglicerol é formado pela união de dois grupos distintos:
GLICEROL
Formado por três moléculas de carbono.
ÁCIDOS GRAXOS
Que são três cadeias carbônicas que se ligam ao glicerol e recebem o nome de ácido devido à
presença de um grupo carboxila em uma extremidade -COOH.
METIL
Em geral apresenta ainda um grupo na outra extremidade (CH3).
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 
Imagem: Nothingserious / Wikimedia Commons / Public domain
 Representação gráfica de um triacilglicerol
O grupo glicerol isolado não é considerado uma gordura, pois é altamente solúvel em água e
não participa diretamente do processo de geração de energia, mas serve de substrato para
gliconeogênese.

Os ácidos graxos são considerados unidades mais básicas de um lipídio e são substratos
para o processo de geração de energia celular. Sua cadeia pode ser formada pela presença de
4 a 20 carbonos, sendo mais comum as cadeias que apresentam 16 ou 18 carbonos em seu
comprimento.
Essas substâncias podem ser classificadas de acordo com o tamanho da cadeia de carbonos,
ou seja, pela quantidade de átomos de carbonos existentes na cadeia, onde uma estrutura com
menos de 6 átomos de carbono em seu comprimento é chamada de ácido graxo de cadeia
curta (AGCC ou sigla, em inglês, SCFA). As estruturas consideradas ácidos graxos de
cadeia média (AGCM ou MCFA) apresentam de 6 a 12 carbonos na cadeia, e as que
apresentam quantidades iguais ou maiores que 12 carbonos são denominadas de ácidos
graxos de cadeia longa (AGCL ou LCFA).

O TAMANHO DA CADEIA DE CARBONO É
IMPORTANTE, POIS DETERMINA O MÉTODO DE
DIGESTÃO E ABSORÇÃO AO QUAL OS LIPÍDIOS
SERÃO SUBMETIDOS, ASSIM COMO SUAS
PROPRIEDADES E FUNÇÕES NO ORGANISMO.
(BIESEK et al ., 2015)
Os ácidos graxos podem ser classificados ainda de acordo com o grau de saturação da sua
cadeia, ou seja, a presença ou ausência de duplas ligações entre os carbonos existentes na
molécula lipídica.
ÁCIDO GRAXO SATURADO (AGS)
ÁCIDO GRAXO INSATURADO
ÁCIDO GRAXO SATURADO (AGS)
É uma cadeia que não apresenta uma dupla ligação entre carbonos, ou seja, apresentam
apenas ligações simples entre os átomos de carbono. Todas as ligações disponíveis são feitas
com átomos de hidrogênio, atingindo a saturação máxima da cadeia.
ÁCIDO GRAXO INSATURADO
Apresenta pelo menos uma dupla ligação entre carbonos, e é denominado de ácido graxo
monoinsaturado (AGMI ou a sigla em inglês MUFA) quando existe uma única dupla ligação
entre carbonos na cadeia lipídica. A cadeia que apresenta duas ou mais duplas ligações entre
carbonos será classificada como poli-insaturada (AGPI ou a sigla em inglês PUFA).
 
Imagem: Edgar181 / Wikimedia Commons / Public domain
 Representação gráfica de um ácido graxo saturado (ácido valérico)
Os ácidos graxos insaturados apresentam as duplas ligações em carbonos distintos ao longo
da cadeia de hidrocarbonetos. Dessa maneira, a classificaçãodos AGI pode ser determinada
tendo em vista a posição em que a primeira dupla ligação se encontra em relação ao grupo
metil (CH3). Observe a figura a seguir, onde estão apresentados dois AGI, o ômega 6 (ácido
linoleico) e o ômega 3 (ácido linolênico) . Essa nomenclatura está associada à posição do
primeiro carbono que detém a dupla ligação a partir da extremidade metil (CH3) da cadeia.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Representação gráfica de dois ácidos graxos insaturados (ômega 3 e ômega 6).
 COMENTÁRIO
Portanto, o ômega 3 (ω-3) apresenta a primeira dupla ligação no carbono 3 (entre o 3º e o 4º
carbono) e o ômega 6 (ω-6) apresenta a primeira dupla ligação no carbono 6 (entre o 6º e o 7º
carbono).
Apesar dessas duas substâncias serem as mais conhecidas, ainda podem ser encontrados os
ácidos graxos ômega 7 (primeira dupla ligação no carbono 7) e ácidos graxos ômega 9
(primeira dupla ligação no carbono 9).
Essa classificação é importante, pois

DURANTE A FORMAÇÃO DE UM NOVO ÁCIDO GRAXO,
AS ENZIMAS BIOSSINTÉTICAS HUMANAS PODEM
INSERIR DUPLAS LIGAÇÕES NA POSIÇÃO N-7 OU
SUPERIOR. ESSAS ENZIMAS NÃO PODEM INSERIR
DUPLAS LIGAÇÕES EM NENHUMA POSIÇÃO MAIS
PRÓXIMA AO GRUPO METIL TERMINAL.
(COZZOLINO; COMINETTI, 2013)
 RESUMINDO
Em outras palavras, os AGI ômega 7 e 9 podem ser sintetizados pelo organismo humano, no
entanto os AGI ω-3 e ω-6 não são sintetizados por enzimas humanas, e por isso são
considerados essenciais. Como já aprendemos, as substâncias consideradas essenciais são
aquelas que nosso organismo não sintetiza e devem fazer parte da dieta diária para suprir as
necessidades corporais.
Com relação à configuração espacial da molécula, as duplas ligações dos ácidos graxos de
ocorrência natural são de configuração cis, ou seja, os hidrogênios ligados aos carbonos que
têm a dupla ligação estão dispostos do mesmo lado da cadeia. Os ácidos graxos trans surgem
a partir de hidrogenação industrial ou da bio-hidrogenação em animais ruminantes. Nessa
conformação, os hidrogênios ligados aos carbonos com dupla ligação estão dispostos de lados
opostos na cadeia. A figura a seguir apresenta a configuração espacial do ácido oleico (cis) e
do ácido elaídico, que é a principal gordura trans em óleos vegetais hidrogenados.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Representação gráfica do ácido oleico (ômega-9, cis) e de seu isômero trans, ácido
elaídico.

OS ÁCIDOS GRAXOS TRANSARTIFICIAIS SÃO
PRODUZIDOS PELA HIDROGENAÇÃO PARCIAL DE
ÓLEOS VEGETAIS OU DE PEIXE COM HIDROGÊNIO E
UM METAL CATALISADOR.
(COZZOLINO; COMINETTI, 2013)
O objetivo desse processo é aumentar a vida de prateleira de produtos alimentícios e manter
as características sensoriais, como textura, sabor e cor por mais tempo.
LIPÍDIOS COMPOSTOS
São substâncias formadas pela combinação de triacilgliceróis com outras estruturas químicas.
Por exemplo:
OS GLICOLIPÍDIOS
Ácidos graxos associados a carboidratos e nitrogênio.
OS FOSFOLIPÍDIOS
Estruturas de importância que mantêm a integridade da parede celular e são sintetizadas pelo
fígado e formadas pela união de ácidos graxos com um grupo fósforo e moléculas que contêm
nitrogênio.
AS LIPOPROTEÍNAS
Substâncias hidrossolúveis formadas principalmente no fígado pela união de triacilgliceróis ou
fosfolipídios a uma molécula de proteína.
A importância das lipoproteínas como transportadoras foi descrita didaticamente como:
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javascript:void(0)
javascript:void(0)

SE OS LIPÍDIOS SANGUÍNEOS NÃO ESTIVESSEM
LIGADOS ÀS PROTEÍNAS, ELES LITERALMENTE
FLUTUARIAM NA PARTE SUPERIOR, EM VEZ DE
CIRCULAR POR TODO SISTEMA SANGUÍNEO.
(MCARDLE, 2019)
As lipoproteínas são classificadas de acordo com o tipo de transporte que exercem, tamanho e
densidade.
Os quilomícrons são formados ao final do processo de digestão para garantir o transporte dos
lipídios dietéticos.

Posteriormente, são formadas as lipoproteínas de alta, baixa e muito baixa densidade,
respectivamente, HDL, LDL e VLDL (siglas derivadas do inglês).
As lipoproteínas são as principais transportadoras de lipídio na corrente sanguínea, e seu
metabolismo é tão essencial para a digestão das gorduras que elas serão abordadas
separadamente.
A figura a seguir representa a ilustração da estrutura de lipoproteína de baixa densidade
também conhecida como LDL.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Estrutura da lipoproteína de baixa densidade (LDL)
LIPÍDIOS DERIVADOS
São substâncias formadas por lipídios simples e compostos, sendo o colesterol o mais
conhecido entre eles.
 SAIBA MAIS
O colesterol não contém ácido graxo em sua composição, mas, do ponto de vista nutricional, é
considerado um lipídio por compartilhar características químicas e físicas similares.
Ele é encontrado apenas em tecidos animais e pode ser consumido via dieta ou produzido
endogenamente. Exerce funções corporais importantes como formação da estrutura da
membrana plasmática das células, sendo precursor de vitaminas e hormônios sexuais (como a
vitamina D, estrogênio, androgênios e progesterona) e sais biliares.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Estrutura química do colesterol
A síntese endógena de colesterol pelo fígado costuma ser suficiente para suprir a demanda
para o adequado funcionamento do organismo, e o consumo em excesso de ácidos graxos
saturados na dieta costuma elevar a síntese de colesterol endógena.
A CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS E SUA
ESTRUTURA QUÍMICA
A especialista Renata Baratta fala sobre os diferentes tipos de lipídios, natureza e
classificação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FUNDATEC – 2019) AS GORDURAS SÃO COMPONENTES DE
ESTRUTURAS DE CÉLULAS E HORMÔNIOS E SERVEM DE DEPÓSITOS
DE RESERVA INTRACELULARES. SÃO COMPONENTES IMPORTANTES
NA ALIMENTAÇÃO HUMANA, SENDO FONTE DE ENERGIA
CONCENTRADA. DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS GORDURAS,
RELACIONE A COLUNA 1 À COLUNA 2. 
 
COLUNA 1 
GORDURA SATURADA.
GORDURA INSATURADA.
ÁCIDO GRAXO ÔMEGA 3.
ÁCIDO GRAXO ÔMEGA 6.
COLUNA 2 
( ) TRATA-SE DE UMA FAMÍLIA DO ÁCIDO GRAXO POLI-INSATURADO.
PERTENCE AO GRUPO DE LIPÍDIOS ESSENCIAIS E ESTÁ ASSOCIADO À
REDUÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E AO TRATAMENTO DE
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS. 
( ) SÃO FORMADOS POR TRIGLICERÍDEOS E SÃO ENCONTRADOS EM
ESTADO SÓLIDO. 
( ) SÃO ÁCIDOS GRAXOS ENCONTRADOS SOBRETUDO NOS ÓLEOS
VEGETAIS, COMO GIRASSOL, CANOLA, MILHO, SOJA E AMENDOIM. 
( ) É COMPOSTA PRINCIPALMENTE PELOS ÔMEGAS 3, 6 E 9. 
 
A ORDEM CORRETA DE PREENCHIMENTO DOS PARÊNTESES, DE CIMA
PARA BAIXO, É:
A) 3 – 1 – 4 – 2
B) 1 – 4 – 2 – 3
C) 4 – 1 – 3 – 2
D) 3 – 2 – 4 – 1
E) 2 – 4 – 1 – 3
2. OS LIPÍDIOS PODEM SER CLASSIFICADOS DE ACORDO COM A
PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE DUPLAS LIGAÇÕES NA CADEIA
CARBÔNICA. COM BASE NESSA INFORMAÇÃO, CORRELACIONE AS
ESTRUTURAS QUÍMICAS A SEGUIR COM O TIPO DE LIPÍDIO QUE ELAS
REPRESENTAM LISTADOS NA COLUNA. 
 
ÁCIDO GRAXO SATURADO (AGS)
ÁCIDO GRAXO MONOINSATURADO (AGMI)
ÁCIDO GRAXO POLI-INSATURADO (AGPI)
 
A) ( ) ÁCIDO PALMITOLEICO
 
B) ( ) ÁCIDO ESTEÁRICO
 
C) ( ) ÁCIDO PALMÍTICO
 
D) ( ) ÁCIDO OLEICO
 
E) ( ) ÁCIDO LINOLEICO
 
MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A CORRELAÇÃO EXATA
ENTRE A COLUNA E AS FIGURAS:
A) a.I – b.I – c.II – d. III – e. III
B) a.II – b.I – c.I – d. II – e. III
C) a.II – b.I – c.II – d. II – e. II
D) a.II – b.II – c.I – d. II – e. III
E) a.I – b.II – c.II – d. III – e. II
GABARITO
1. (FUNDATEC – 2019) As gorduras são componentes de estruturas de células e
hormônios e servem de depósitos de reserva intracelulares. São componentes
importantes na alimentação humana, sendo fonte de energia concentrada. De acordo
com a classificação das gorduras, relacione a Coluna 1 à Coluna 2. 
 
Coluna 1 
Gordura Saturada.
Gordura insaturada.
Ácido graxo ômega 3.
Ácido graxo ômega 6.
Coluna 2 
( ) Trata-se de uma família do ácido graxo poli-insaturado. Pertence ao grupo de lipídios
essenciais e está associado à redução de doenças cardiovasculares e ao tratamento de
doenças inflamatórias. 
( ) São formados por triglicerídeos e são encontradosem estado sólido. 
( ) São ácidos graxos encontrados sobretudo nos óleos vegetais, como girassol, canola,
milho, soja e amendoim. 
( ) É composta principalmente pelos ômegas 3, 6 e 9. 
 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A alternativa "A " está correta.
 
O ômega 3 é um ácido graxo poli-insaturado, pertence ao grupo de lipídios essenciais e está
associado à redução de doenças cardiovasculares e tratamento de doenças inflamatórias.
Gordura saturada é formada por triglicerídeos e encontrada em estado sólido, e a gordura
insaturada é encontrada sobretudo nos óleos vegetais, como girassol, canola, milho, soja e
amendoim.
2. Os lipídios podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de duplas
ligações na cadeia carbônica. Com base nessa informação, correlacione as estruturas
químicas a seguir com o tipo de lipídio que elas representam listados na coluna. 
 
Ácido graxo saturado (AGS)
Ácido Graxo monoinsaturado (AGMI)
Ácido Graxo poli-insaturado (AGPI)
 
a) ( ) Ácido palmitoleico
 
b) ( ) Ácido esteárico
 
c) ( ) Ácido palmítico
 
d) ( ) Ácido oleico
 
e) ( ) Ácido linoleico
 
Marque a alternativa que apresenta a correlação exata entre a coluna e as figuras:
A alternativa "B " está correta.
 
As estruturas a e d apresentam ácidos graxos monoinsaturados; as estruturas b e c
apresentam ácidos graxos saturados; e a estrutura e representa um ácido graxo poli-
insaturado.
MÓDULO 2
 Definir as funções biológicas, as fontes alimentares e a recomendação de consumo
dos lipídios
FUNÇÕES BIOLÓGICAS DOS LIPÍDIOS
Os lipídios estão envolvidos em diversas funções que são de vital importância para o
organismo humano:
ENERGÉTICA
ESTRUTURAL
METABÓLICA
FUNÇÃO ENERGÉTICA
Os lipídios são ótimas fontes de energia celular devido à facilidade de armazenamento e ao
transporte no organismo. Cada grama de lipídio fornece aproximadamente 9kcal, o que faz
desse nutriente mais denso energeticamente que a proteína e o carboidrato, contendo grande
quantidade de energia a cada unidade de peso.
Por ser uma fonte imediata de energia, o lipídio é responsável por fornecer a maior parte do
combustível requerido diariamente por um indivíduo bem nutrido em estado de repouso. O
acúmulo de gordura no tecido adiposo configura uma eficiente reserva corporal de energia
ocupando um espaço considerado pequeno; isso porque a gordura é armazenada livre de água
(por ser uma substância hidrofóbica), diferentemente do que ocorre com o glicogênio, que é
uma molécula que acumula água, interferindo diretamente no seu peso molecular.
FUNÇÃO ESTRUTURAL
Os lipídios constituem a estrutura das membranas celulares, sendo os fosfolipídios
componentes abundantes na maioria das células dos seres vivos e cuja presença garante
adequada função da parede celular. No corpo humano, a gordura armazenada desempenha a
função de isolante térmico e protege os órgãos vitais.
Acredita-se que cerca de 4% da gordura corporal seja essencial para proteção de órgãos vitais
(como coração, fígado, encéfalo, entre outros) contra possíveis traumas. A gordura
armazenada no tecido adiposo, logo abaixo da pele, denominada de subcutânea, proporciona
maior tolerância a temperaturas ambientes mais baixas, sendo um importante isolante térmico.
A figura a seguir representa a bicamada de fosfolipídios de uma célula animal.
null 
Imagem: Shutterstock.com
 Representação gráfica de uma molécula de fosfolipídio, a bicamada de fosfolipídios e uma
estrutura celular de um animal.
FUNÇÃO METABÓLICA
As estruturas formadas pelos lipídios são importantes para garantir adequado transporte do
lipídio dietético e carrear as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K, que serão fundamentais em
diversos processos fisiológicos. O consumo inadequado de gorduras na dieta pode conduzir a
um processo de deficiência dessas vitaminas no organismo. Além disso, os lipídios, como o
colesterol, são estruturas básicas para formação de hormônios esteroides (estrogênio e
progesterona) e para formação dos sais biliares.
FONTES ALIMENTARES DE LIPÍDIOS
Os alimentos fonte de lipídios na dieta apresentam uma proporção variada de ácidos graxos
saturados e insaturados.
Em geral, os ácidos graxos saturados tendem a ser mais predominantes em alimentos de
origem animal, como leite e derivados e carnes, sendo o óleo de coco e o óleo de palma as
fontes vegetais de gorduras saturadas.
Os ácidos graxos insaturados, por outro lado, prevalecem em alimentos de origem vegetal. Os
óleos de canola e de oliva e o abacate são bons exemplos de fontes alimentares de ácidos
graxos monoinsaturados. Os óleos de girassol e de milho e o grão de soja são exemplos de
alimentos ricos em ácidos graxos poli-insaturados. Em temperatura ambiente, os ácidos graxos
de origem vegetal tendem a ter a característica líquida, como observada nos óleos, e gorduras
que apresentam a cadeias saturadas e mais longas tendem a permanecer sólidas.
Alimento de origem
vegetal
%
gordura
Alimento de origem
animal
%
gordura
Abacate 16 Atum enlatado 8
Amendoins 50 Aves carne magra 4
Azeite de oliva 82 Carne de porco 30
Castanha-do-pará 67 Hamburguer bovino 20
Nozes 61 Leite integral 4
Óleo de soja 100 Salmão 6
Semente de girassol 47 Sorvete 13
Quadro: Percentual de gordura em diferentes alimentos de origem animal e vegetal.
Renata Baratta dos Passos
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Os ácidos graxos essenciais (AGE), como ômega-6 e ômega 3, são fundamentais para
produção de diversas substâncias no organismo que desempenham funções similares a
hormônios, como eicosanoides e prostaglandinas.
A baixa ingestão de lipídios na dieta pode conduzir a deficiência de AGE. O ômega-6 em geral
é encontrado em óleos vegetais como girassol, amendoim, soja, milho e canola. Os ômega-3
estão distribuídos em diferentes fontes vegetais, como vegetais folhosos de coloração escura
na soja e no óleo de soja, no óleo de canola e em fontes animais, como peixes de águas frias
(salmão, truta e atum). As fontes de ômega-3 proveniente de alimentos marinhos são duas: o
ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA).

O DHA É COMPONENTE VITAL DOS FOSFOLIPÍDIOS
DAS MEMBRANAS CELULARES. AMBOS EPA E DHA
DESEMPENHAM AÇÕES ANTI-INFLAMATÓRIAS E
IMUNOMODULADORAS.
(BIESEK et al ., 2015)
 SAIBA MAIS
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o consumo de ácidos graxos essenciais
está associado à redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (SBC,
2013).
RECOMENDAÇÃO DE CONSUMO DE
LIPÍDIOS
A recomendação de consumo de lipídios em uma dieta de adultos saudáveis deve respeitar a
oferta de 20 a 35% de gorduras em relação à oferta total de calorias como preconizado pelo
IOM (2005). Na tabela 2, estão descritos os valores diários de recomendação de consumo de
lipídios para todas as faixas etárias.
Faixa etária
Gorduras
totais (%)
Ácido
linoleico (%)
Ácido
alfalinoleico (%)
Crianças 1 a 3 anos 30 - 40 5 – 10 0,6 – 1,2
Crianças 4 a 8 anos 25 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
Crianças 9 a 13
anos
25 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
Adolescentes 14 a
18 anos
25 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
Adultos 19 a 30 anos 20 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
Adultos 31 a 50 anos 20 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
Idosos 51 a 70 anos 20 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
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Idosos acima de 70
anos
20 - 35 5 – 10 0,6 – 1,2
Quadro: Recomendação de consumo de gorduras representada em percentual do valor
energético total.
Adaptado de PADOVANI et al ., 2006.
ÁCIDO ALFALINOLEICO
Aproximadamente 10% da ingestão dos ácidos graxos n-3 podem ser provenientes de
ácidos graxos de cadeia mais longa.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 VOCÊ SABIA
O consumo elevado de gordura saturada, ácido graxo trans e colesterol dietético está
associado ao aparecimento da aterosclerose em indivíduos suscetíveis, processo no qual
ocorre depósito de lipídios no interior de artériaslevando a um estreitamento e dificultando a
circulação sanguínea normal.
Na figura, podemos observar dois exemplos de artérias, sendo uma com fluxo de sangue
normal e outra com acúmulo de colesterol nos vasos sanguíneo, representando a formação da
placa de ateroma.
Imagem: Shutterstock.com
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que o consumo de ácidos graxos trans
obtidos industrialmente deve ser baixo e não ultrapassar 1% do valor energético total. Essa
recomendação é baseada em evidências que associam o maior consumo de gordura trans na
dieta habitual com o risco elevado para desenvolver doenças coronarianas e alteração do perfil
lipídico dos indivíduos (SBC, 2013).
A tabela a seguir descreve as recomendações de consumo de produtos ricos em ácido graxo
ômega 3 e 6 baseadas nas evidências de fator de proteção para redução do risco de doenças
cardiovasculares e proteção contra doenças crônicas, como dislipidemias e diabetes mellitus .
Recomendação de consumo de ômega-3
Nível de
evidência
Suplementação com ômega-3 marinho (2-4g/dia) deve ser recomendada
para hipertrigliceridemia grave (> 500mg/dL), com risco de pancreatite,
refratária a medidas não farmacológicas e tratamento medicamentoso.
A
Suplementação com ômega-3 marinho (1g/dia) pode ser recomendada
para diminuir o risco cardiovascular em indivíduos de risco baixo a
moderado que não consomem duas refeições à base de peixe por
semana, embora o real benefício dessa recomendação seja discutível.
B
Suplementação com ômega-3 marinho (1g/dia) pode ser recomendada
para diminuir o risco cardiovascular em indivíduos de alto risco, como os
sobreviventes de infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca sistólica,
embora o real benefício dessa recomendação seja discutível. O
benefício parece ser menor ou nulo quando o paciente recebe
tratamento otimizado, de acordo com as recomendações vigentes, e tem
seus fatores de risco bem controlados.
A
Recomendação de consumo de ômega-6
Nível de
evidência
Substituir ácidos graxos saturados da dieta por poli-insaturados,
incluindo ômega-6, deve ser recomendado para otimizar a redução dos
níveis plasmáticos de LDL-colesterol.
A
Substituir ácidos graxos saturados da dieta por poli-insaturados ômega-6
pode ser recomendado para melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir
o risco de diabetes mellitus , embora as evidências não sejam
absolutamente conclusivas
B
Substituir ácidos graxos saturados da dieta por poli-insaturados ômega-
6, perfazendo 5% a 10% da energia total, pode ser recomendado para
reduzir o risco cardiovascular
A
Quadro: Recomendações para consumo de produtos ricos em ácido graxo ômega-3 e 6
Adaptado de SBC (2013).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
FUNÇÕES BIOLÓGICAS E
RECOMENDAÇÃO DE LIPÍDIOS PARA
CONSUMO
A especialista Renata Baratta fala sobre as funções biológicas e as recomendações de
consumo dos lipídios:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (IDECAN – 2014) OS LIPÍDIOS, EMBORA POSSAM APRESENTAR
ESTRUTURA QUÍMICA RELATIVAMENTE SIMPLES, TÊM FUNÇÕES
COMPLEXAS E DIVERSAS, ATUANDO EM MUITAS ETAPAS DO
METABOLISMO E NA DEFINIÇÃO DAS ESTRUTURAS CELULARES.
ACERCA DAS FUNÇÕES BIOLÓGICAS IMPORTANTES QUE OS LIPÍDIOS
DESEMPENHAM NO ORGANISMO, ASSINALE A ALTERNATIVA
INCORRETA.
A) Componente estrutural das membranas biológicas.
B) Dão origem a moléculas mensageiras, como hormônios e prostaglandinas.
C) Oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico para proteção de células e órgãos para
todo o organismo.
D) São moléculas que podem funcionar como combustível alternativo à glicose, pois são os
compostos bioquímicos mais energéticos.
E) Reserva de energia em animais e sementes, sendo o colesterol em diferentes tecidos, por
exemplo fígado, músculos e tecido adiposo, a principal forma de armazenamento.
2. (VUNESP – 2020) AS GORDURAS SÃO COMPONENTES IMPORTANTES
NA ALIMENTAÇÃO HUMANA, SENDO FONTE DE ENERGIA
CONCENTRADA. EM RELAÇÃO À ESTRUTURA DOS LIPÍDIOS, É
CORRETO AFIRMAR:
A) O ácido alfalinolênico e o ácido eicosapentaenoico são ácidos graxos poli-insaturados
ômega-3.
B) Os ácidos graxos são considerados saturados quando contêm duas ou mais duplas ligações
entre os carbonos das moléculas.
C) Os ácidos graxos trans são produzidos a partir da hidrogenação de ácidos graxos
saturados.
D) A maioria dos ácidos graxos presentes nos alimentos apresenta a forma cis, sendo o ácido
graxo elaídico o monoinsaturado mais comum.
E) As gorduras que apresentam maiores concentrações de ácidos graxos monoinsaturados e
poli-insaturados são geralmente sólidas à temperatura ambiente.
GABARITO
1. (IDECAN – 2014) Os lipídios, embora possam apresentar estrutura química
relativamente simples, têm funções complexas e diversas, atuando em muitas etapas do
metabolismo e na definição das estruturas celulares. Acerca das funções biológicas
importantes que os lipídios desempenham no organismo, assinale a alternativa
incorreta.
A alternativa "E " está correta.
 
O colesterol não é um exemplo de reserva de energia no organismo. A gordura disponível para
síntese de energia fica depositada no tecido adiposo. Todas as outras alternativas trazem
respostas corretas.
2. (VUNESP – 2020) As gorduras são componentes importantes na alimentação humana,
sendo fonte de energia concentrada. Em relação à estrutura dos lipídios, é correto
afirmar:
A alternativa "A " está correta.
 
A resposta a está correta, pois são exemplos de substâncias classificadas como ômega-3. As
demais estão incorretas porque são os ácidos graxos insaturados que apresentam duplas
ligações e sofrem hidrogenação. O ácido graxo elaídico é de configuração trans. Os óleos
vegetais apresentam boas concentrações de AGMI e AGPI.
MÓDULO 3
 Definir o processo de digestão e absorção dos lipídios destacando o metabolismo
das lipoproteínas, a lipólise, a betaoxidação e a formação de corpos cetônicos na
geração de energia
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DAS GORDURAS

A MAIOR PARTE DOS LIPÍDIOS É INGERIDA NA
FORMA DE TRIACILGLICERÓIS E TEM DE SER
DEGRADADA A ÁCIDOS GRAXOS PARA ABSORÇÃO
PELO EPITÉLIO INTESTINAL.
(COZZOLINO; COMINETTI, 2013)
A digestão dos lipídios começa na boca com a ação mecânica da mastigação e produção de
saliva, que auxilia a distribuição da enzima lipase lingual que é capaz de hidrolisar ácidos
graxos de cadeia curta mesmo em pequenas quantidades.
O objetivo da digestão dos macronutrientes é liberar unidades de pequeno peso molecular que
serão absorvidas pelo organismo.
 SAIBA MAIS
No caso do lipídio, a hidrólise continua no estômago pela ação da lipase gástrica, que age
quebrando basicamente triacilgliceróis em ácidos graxos e diacilgliceróis.
Além da produção enzimática, o estômago proporciona ação mecânica através de movimentos
de propulsão e retropropulsão que têm função importante na emulsificação dos lipídios e
facilitam a ação enzimática no duodeno.
A maior parte da gordura que chega ao duodeno é composta por triacilgliceróis, o restante é
uma mistura das substâncias resultantes das hidrólises anteriores. Por essa razão, a maior
parte da digestão das gorduras acontece no intestino delgado.
A chegada de gordura ao duodeno estimula a secreção do hormônio enterogastrona, que inibe
a secreção gástrica e reduz a velocidade de esvaziamento gástrico e a secreção do hormônio
colecistocinina que estimulará a liberação de secreções das vesículas biliares e pancreáticas.
 VOCÊ SABIA
A bile é um líquido produzido no fígado, sendo formada basicamente por sais biliares, os
fosfolipídios e os esteróis, com o objetivo de emulsificar a mistura alimentar a fim de formar
micelas capazes de reter os lipídios restantes, que são “partículas em suspensão na solução
aquosa do lúmen intestinal, e transportados até os enterócitos, que são as células intestinais”
(COZZOLINO; COMINETTI, 2013).

O pâncreas secreta a enzima lipase pancreática que será a principal responsável pela
hidrólise dos triacilgliceróis remanescentesnas micelas.
A lipólise é o nome dado ao processo de hidrolise do triacilglicerol, que após a quebra liberará
uma molécula de glicerol e ácidos graxos livres.


As micelas são desfeitas próximo às células intestinais para que as substâncias sejam
absorvidas na borda em escova da mucosa intestinal e no interior dos enterócitos.
Os ácidos graxos livres são reesterificados com o glicerol disponível para formar novamente o
triacilglicerol dentro do retículo endoplasmático.

Como os triacilgliceróis não atravessam a membrana intestinal intactos, eles têm de sofrer
hidrólise e são ressintetizados no interior da célula intestinal. O objetivo é promover a absorção
adequada de lipídios, visto que os ácidos graxos livres não poderão ser solubilizados na
corrente sanguínea. Desse modo, a absorção dos lipídios é bastante diferente da absorção
dos demais macronutrientes, visto que são insolúveis em água.
Os triacilgliceróis ressintetizados serão associados ao colesterol, aos ésteres de colesterol,
aos fosfolipídios e às vitaminas lipossolúveis provenientes da dieta para formar uma
lipoproteína, com a adição das apoproteínas (apoB-48 e apoA-1), que serão chamadas de
quilomícrons. Esses quilomícrons serão liberados nos vasos linfáticos, ou seja, são absorvidos
através do sistema linfático até o ducto torácico para que atinjam a corrente sanguínea.
O quilomícrons serão hidrolisados pela ação da lipase de lipoproteína (LLP), enzima presente
no endotélio capilar que permite a liberação de glicerol e ácidos graxos livres. Esses produtos
atravessam a paredes dos vasos sanguíneos para atingir as células dos mais diversos tecidos
corporais. Os ácidos graxos podem servir de fonte energética quando oxidados ou podem
sofrer nova reesterificação para que sejam armazenados no tecido adiposo. O glicerol pode ser
usado no processo denominado de gliconeogênese para produção de glicose em situações de
escassez de carboidratos ou momentos de jejum prolongado.
METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS
A sequência do processo de digestão e absorção dos lipídios culmina com a secreção de
lipoproteínas na circulação sanguínea, que farão o transporte endógeno de gorduras e seus
derivados. Após a hidrólise dos triacilgliceróis e a liberação de glicerol e ácidos graxos livres,
as substâncias remanescentes dos quilomícrons (como fosfolipídios, ésteres de colesterol,
proteínas – apo B-48 e apo E, colesterol e triacilgliceróis) são captadas pelo fígado para formar
novas lipoproteínas que serão fundamentais para o transporte de colesterol.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Representação gráfica da digestão e metabolismo dos lipídios
 VOCÊ SABIA
O transporte endógeno de colesterol na célula hepática é iniciado com a formação da
lipoproteína de muito baixa densidade, conhecida pela sigla derivada do inglês VLDL.
As VLDL são a lipoproteínas que têm maior concentração de lipídios na sua composição, além
de serem formadas por carboidratos, colesterol, álcool e triacilgliceróis. Após o processo de
digestão, caso a oferta de ácidos graxos livres seja alta, a produção endógena de VLDL será
equivalente. Na tabela a seguir, são descritas as principais funções da composição das
lipoproteínas.
Lipoproteína Principal função Composição
Quilomícrons Transportam os lipídios de origem
alimentar por meio do sangue para
Triacilgliceróis =
85%
os tecidos. Encontram-se em
proporções séricas elevadas, após
uma refeição, por 4 a 6 horas
dependendo do conteúdo de lipídios
da refeição.
Fosfolipídios = 8%
Colesterol (Ésteres
de colesterol) =
5%
Proteínas = 2%
VLDL (lipoproteína
de muito baixa
densidade)
Transportam os lipídios endógenos,
principalmente os triglicerídeos, para
os tecidos corporais.
Triacilgliceróis = 50
a 60%
Fosfolipídios = 15 a
18%
Colesterol (Ésteres
de colesterol) =
15 a 20%
Proteínas = 10%
LDL (lipoproteína
de baixa
densidade)
Transportam o colesterol para as
células do organismo. As células
reconhecem as LDL por meio de um
receptor específico em sua
superfície e assim elas são
absorvidas via endocitose.
Triacilgliceróis =
8%
Fosfolipídios =
20%
Colesterol (Ésteres
de colesterol) =
50%
Proteínas = 22%
HDL (lipoproteína
de alta
densidade)
Transportam o colesterol livre dos
tecidos de volta ao fígado.
Triacilgliceróis =
3%
Fosfolipídios =
30%
Colesterol (Ésteres
de colesterol) =
17%
Proteínas = 50%
Quadro: Lipoproteínas séricas: funções e composição
Adaptada de Manore e Thompson (2000).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Como visto na tabela anterior, as VLDL são ricas em triacilgliceróis e liberam esses
componentes para os tecidos corporais, fornecendo substratos para a ação da enzima lipase
de proteínas presente no endotélio (LLP endotelial).
Com isso, os triacilgliceróis sofrem hidrólise e liberam ácidos graxos livres para os tecidos
adiposo e muscular.


A ação da enzima LLP reduz a concentração de triacilgliceróis presentes na VLDL que será
transformada em uma lipoproteína de baixa densidade conhecida como LDL.
Essa lipoproteína tem menor concentração de triacilgliceróis que a VLDL e é constituída
principalmente por colesterol, logo ela será o principal transportador de colesterol para os
tecidos corporais.

As células periféricas absorvem a LDL a partir de um receptor específico existente em sua
superfície que permite reconhecimento dessa substância, provocando uma dobra na própria
membrana para interior da célula, processo conhecido como endocitose. O tamanho dessas
partículas está relacionado à sua alta predisposição para formar placas de ateroma, ou seja,
uma alta aterogenicidade é observada com relação à lipoproteína LDL, pois o tamanho
permite rápida absorção pela parede arterial e maior probabilidade de oxidação, provocando a
deposição de lipídios na luz dos vasos capilares.
Por conta disso, a lipoproteína LDL é popularmente conhecida como colesterol ruim.
O consumo excessivo de colesterol, gorduras totais e gordura trans está associado ao aumento
da produção de LDL e maior risco de desenvolvimento de aterosclerose. Além disso uma dieta
hipercalórica baseada no consumo excessivo de carboidratos pode contribuir para o mesmo
efeito.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Representação gráfica dos tipos de colesterol
As HDL são lipoproteínas de alta densidade produzidas no fígado e intestino delgado. Sua
composição é a que apresenta maior proporção de proteínas na molécula e sua função é
transportar o colesterol que está livre nos tecidos periféricos para o fígado, fazendo o processo
denominado de transporte reverso do colesterol.
A enzima lecitina colesterol aciltransferase (LCAT) que está presente nas HDL será
responsável pela reação de conversão do colesterol em ésteres de colesterol, que no fígado
serão metalizados para que sejam eliminados formando ácidos e sais biliares. Devido ao papel
exercido pelas HDL, elas são conhecidas como colesterol bom, pois removem lipídios da
parede arterial fazendo o transporte reverso para o fígado e desse modo a HDL promove ação
protetora para a saúde cardiovascular.
 ATENÇÃO
O consumo de ácidos graxos industrializados, além de aumentar a concentração de LDL,
impacta na redução do HDL – colesterol.
LIPÓLISE
O processo de quebra dos lipídios do tecido adiposo foi descrito como:

O PROCESSO PELO QUAL OS TRIACILGLICERÓIS
SÃO DISSOCIADOS EM ÁCIDOS GRAXOS E
GLICEROL, RESULTANDO NA DISPONIBILIZAÇÃO
DESSES ÁCIDOS GRAXOS PARA DIVERSOS TECIDOS
DO ORGANISMO, INCLUINDO O HEPÁTICO, O
ADIPOSO E O MUSCULAR.
(COZZOLINO; COMINETTI, 2013)
A lipólise é controlada pelo SNS (sistema nervoso simpático) que estimula a produção do
hormônio lipase sensível (HSL) a partir da liberação de hormônios, como a epinefrina,
catecolaminas, glicocorticoides e GH (hormônio do crescimento) .
A lipólise é um processo catabólico em que o tecido adiposo está sendo quebrado para
liberação de ácidos graxos livres para manutenção do metabolismoenergético, portanto a
insulina é o maior inibidor desse processo, visto que está associada ao anabolismo corporal.
Em outras palavras, a lipólise não será estimulada em momentos cuja disponibilidade de
insulina no sangue está elevada.
O saldo final da quebra de um triglicerídeo é a liberação de 3 moléculas de ácidos graxos e de
uma molécula de glicerol que serão transportadas do citosol da célula para a circulação
sanguínea.
Os ácidos graxos livres servem de fonte energética durante o repouso, em situações de jejum
e redução da glicemia e podem ser utilizados durante a prática de atividades físicas de
intensidade leve a moderada.
O glicerol é convertido em gliceraldeído-3-fosfato no fígado, que é um intermediário da
gliconeogênese para síntese de glicose ou pode ser processado para via glicolítica
dependendo das situações metabólicas.
BETAOXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
Os ácidos graxos livres serão oxidados para fornecimento de energia na matriz mitocondrial.
 ATENÇÃO
Devido ao tamanho e ao peso molecular AGL de cadeia longa, precisam ser transportados
para o interior da mitocôndria para que possam ser oxidados. O transporte é feito através do
sistema de transporte da carnitina.
No citoplasma da célula, ocorre a ativação dos AGL por ação da enzima acil-CoA sintetase
(ACS), presente na membrana externa da mitocôndria, liberando acil-CoA.
O grupo acil-coa é impermeável na mitocôndria e para que os ácidos graxos sejam
transportados para a seu interior é necessário que o grupamento acil seja transferido para uma
molécula de carnitina pela ação da enzima carnitina aciltransferase I (CPT 1), que está na
membrana externa. Essa reação libera a Coenzima A (CoA), que poderá ser utilizada no
citoplasma da célula para sintetizar novos lipídios, permanecendo o grupamento acil na cadeia.
Na matriz mitocondrial, a carnitina acil-transferase II (CPT 2), que está na membrana interna,
transfere o grupo acil para uma outra molécula de CoA presente na mitocôndria.

A carnitina livre retorna ao citoplasma através do transportador e o ácido graxo pode ser
degradado para geração de energia através da betaoxidação.
A betaoxidação é descrita como:

VIA CÍCLICA DEGRADATIVA, QUE SE INICIA COM O
ROMPIMENTO DE DUAS UNIDADES DE CARBONO A
PARTIR DO GRUPAMENTO CARBOXILA DO ÁCIDO
GRAXO SOB A FORMA DE ACETIL-COA.
(BIESEK et al ., 2015)
A figura a seguir representa o processo de transferência de ácidos graxos para o interior da
mitocôndria, o processo de beta oxidação e a liberação de acetil-CoA para ser utilizado como
substrato do Ciclo de Krebs para produção de adenosina trifosfato (ATP). A oxidação de AGL
produz 3 vezes mais ATP que a mesma quantidade de glicose, por exemplo a produção de 129
ATPs pela oxidação de um ácido graxo com uma cadeia de 16 carbonos (MANORE;
THOMPSON, 2000).
 
Imagem: Shutterstock.com
 Visão geral da betaoxidação hepática de ácidos graxos
SÍNTESE DE CORPOS CETÔNICOS
A condição essencial para que o acetil-CoA formado a partir da betaoxidação entre no ciclo do
ácido cítrico é o equilíbrio no metabolismo dos lipídios e carboidratos.
A presença de carboidratos na dieta é fundamental para garantir a utilização de acetil-CoA para
produção de ATP no ciclo de Krebs. Isso acontece porque a utilização do acetil-CoA no ciclo de
Krebs depende da oferta de uma substância derivada da via glicolítica denominada de
oxaloacetato.
Em períodos de jejum prologando ou em doenças metabólicas como o diabetes mellitus , o
oxalacetato será desviado para a gliconeogênese a fim de aumentar a oferta de glicose e não
será disponibilizado para condensação do acetil-CoA. Nessas condições, o acetil-CoA será
desviado para a formação de derivados lipídicos, denominados de corpos cetônicos.
O fígado, mais uma vez, é o principal órgão responsável pela síntese de corpos cetônicos, e os
dois existentes são denominados de acetoacetato e beta-hidroxibutirato.
Em estados de alimentação adequada, o cérebro utiliza somente a glicose como fonte de
energia. No entanto, durante estados de jejum prolongado ou problemas metabólicos, a
principal fonte de energia disponível para tecidos periféricos como coração e músculo
esquelético são os corpos cetônicos.
 ATENÇÃO
Quando ocorre um quadro de privação alimentar ou diabetes, aumenta a produção desses
corpos cetônicos. Havendo ausência ou escassez de carboidratos na dieta, o nível do
hormônio insulina é reduzido, levando a uma redução na lipogênese, com consequente
redução do acúmulo de gordura no tecido adiposo e aumento da lipólise, e aumentando a
produção de Acetil-coA. Sem entrar no ciclo de Krebs, esse intermediário será escoado para
produção dos corpos cetônicos.
Em situações extremas de jejum prolongado ou complicações metabólicas, a produção de
acetoacetato e beta-hidroxibutirato em quantidades elevadas pode levar à redução do pH
sanguíneo, condição denominada de cetocemia. Isso aumentará a excreção de corpos
cetônicos na urina, condição conhecida como cetocenúria, e a expiração de um odor
característico de acetona pelos pulmões, configurando um quadro geral denominado de
cetose.
Por essa razão, os corpos cetônicos precisam ser neutralizados, para que não reduzam o pH
sanguíneo de maneira significativa e, ao serem excretados, os rins aumentam a produção de
amônia com objetivo de neutralizar a acidez, resultando em diminuição da reserva alcalina e
um quadro denominado “cetoacidose”, que provoca desidratação, acidose sanguínea. Em
casos extremos, o quadro poderá evoluir para o estado de coma e até levar o indivíduo ao
óbito.
O METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS E
AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A especialista Renata Baratta fala sobre o metabolismo das lipoproteínas e a associação com
as doenças cardiovasculares.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (UFMT – 2018) NA FIGURA A SEGUIR, ESTÃO NUMERADOS OS
CICLOS DE TRANSPORTE DE LIPÍDIOS NO PLASMA (EXÓGENO E
ENDÓGENO), DE TRANSPORTE REVERSO DE COLESTEROL E DE
FUNÇÕES ENZIMÁTICAS. 
 
 
SOBRE OS CICLOS DE TRANSPORTE DE LIPÍDIOS NO PLASMA,
ANALISE AS AFIRMATIVAS. 
 
O NÚMERO 4 INDICA O TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL.
O NÚMERO 1 INDICA A FUNÇÃO EXERCIDA PELA LIPASE
LIPOPROTEICA (LLP).
O NÚMERO 2 INDICA A AÇÃO DA PROTEÍNA DE TRANSFERÊNCIA
DE ÉSTERES DE COLESTEROL (CETP).
O NÚMERO 3 INDICA CICLO EXÓGENO.
 
ESTÃO CORRETAS AS AFIRMATIVAS:
A) I, II, II e IV
B) I, II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) II e IV apenas
E) II apenas
2. OS CORPOS CETÔNICOS SÃO ORIUNDOS DA OXIDAÇÃO PARCIAL DE
AGL NO FÍGADO E PODEM SER USADOS COMO SUBSTRATO
ENERGÉTICO POR PRATICAMENTE TODOS OS TECIDOS CORPORAIS.
SOBRE OS CORPOS CETÔNICOS, É INCORRETO AFIRMAR:
A) A acetona, o acetoacetato e o β-hidroxibutirato são formados no fígado.
B) A acetona e o acetoacetato servem como combustíveis nos tecidos extra-hepáticos.
C) O aumento dos níveis sanguíneos de acetoacetato e de β-hidroxibutirato causa acidose.
D) O jejum prolongado e o diabetes mellitus não tratado levam à superprodução de corpos
cetônicos.
E) Os corpos cetônicos são formados no fígado a partir de moléculas de acetil-CoA.
GABARITO
1. (UFMT – 2018) Na figura a seguir, estão numerados os ciclos de transporte de lipídios
no plasma (exógeno e endógeno), de transporte reverso de colesterol e de funções
enzimáticas. 
 
 
Sobre os ciclos de transporte de lipídios no plasma, analise as afirmativas. 
 
O número 4 indica o transporte reverso do colesterol.
O número 1 indica a função exercida pela lipase lipoproteica (LLP).
O número 2 indica a ação da proteína de transferência de ésteres de colesterol
(CETP).
O número 3 indica ciclo exógeno.
 
Estão corretas as afirmativas:
A alternativa "D " está correta.
 
O número 1 representa a função da enzima LLP e o número 3 representa o ciclo exógeno dos
lipídios obtidos via dieta.
2. Os corpos cetônicos são oriundos da oxidação parcial de AGL no fígado e podem ser
usados como substrato energético por praticamente todos os tecidos corporais. Sobre
os corpos cetônicos, éincorreto afirmar:
A alternativa "B " está correta.
 
A acetona não é combustível para os tecidos. O fígado, mais uma vez, é o principal órgão
responsável pela síntese de corpos cetônicos, e os dois existentes são denominados de
acetoacetato e beta-hidroxibutirato.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, os lipídios desempenham diversas funções importantes no organismo.
A digestão e a absorção dos lipídios se diferenciam das dos demais macronutrientes devido à
sua característica de ser insolúvel em água.

As lipoproteínas são substâncias importantes para o metabolismo lipídico e atuam no
transporte do colesterol pelos diversos tecidos corporais.
O consumo adequado de lipídios na dieta diária é importante, caso contrário pode acarretar
deficiências de energia e prejuízos no estado nutricional de indivíduos, além de contribuir para
deficiência de vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos essenciais, prejudicando a síntese de
hormônios esteroides.

Por outro lado, o consumo excessivo de gorduras totais está associado ao acúmulo de
gordura corporal, e a ingestão de quantidades elevadas de gorduras saturadas, ácidos graxos
trans e colesterol está associada ao processo de aterogênese e surgimento de doenças
coronarianas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BIESEK, S.; ALVES, L. A.; GUERRA, I. Estratégias de nutrição e suplementação no
esporte – 3. Ed. Barueri: Manole, 2015.
CINTRA, I. P. et al . Intervenções dietéticas: condutas clínicas nas dislipidemias. In:
Martinez, TLR. Condutas clínicas nas dislipidemias. Belo Horizonte: Health; 1997. p.139- 157.
COZZOLINO, S. M.; COMINETTI, C. Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição: nas
diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Barueri: Manole, 2013.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar – 3.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Human Energy
Requirements. Rome, 2001.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION/WORLD HEALTH ORGANIZATION. Protein
quality evaluation: report of a joint FAO/WHO expert consultation group. Rome, FAO/WHO,
1990.
INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes: applications in dietary planning.
Washington (DC): National Academy Press, 2003.
INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat,
fatty acids, cholesterol, protein and amino acids. Washington (DC): National Academy
Press; 2005.
MANORE M; THOMPSON J. Sport Nutrition for health and performance. Champaign:
Human Kinetics Publishers, 2000. P. 61-103.
MCARDLE, W.D.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício / Nutrição, energia e desempenho
humano. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
NELSON, D.L.; COX, M.M. Lehninger Principles of Biochemistry. USA: Worth Publishers
2000.
PADOVANI, R. M. et al . Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais. In : Revista de nutrição, Campinas, 19(6): 741-760, nov./dez., 2006.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SBC. I Diretriz sobre o consumo de
gorduras e saúde cardiovascular. In : Arquivos Brasileiros de cardiologia v. 100, n. 1, Supl.3,
Janeiro, 2013.
TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS. TACO. 4. ed. rev. e ampl.
Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011.
EXPLORE+
Para complementar os seus conhecimentos no assunto estudado, recomendamos as seguintes
leituras:
COZZOLINO, S.; COMINETTI, C. Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição: nas
diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Barueri: Manole, 2019.
SBC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Arquivos Brasileiros de
cardiologia. I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular. v. 100, n.
1, Supl.3, Janeiro, 2013. Nesse documento, encontrado no site da Sociedade Brasileira
de cardiologia (SBC), encontram-se todas as recomendações com relação ao consumo
de gorduras mais atualizadas.
CONTEUDISTA
Nome do conteudista: Renata Baratta dos Passos
 CURRÍCULO LATTES
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