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1 Estrutura da Matéria e Princípios de Adesão
Materiais Dentarios (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
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1 Estrutura da Matéria e Princípios de Adesão
Materiais Dentarios (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
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Materiais Dentários
Bloco 1
Estrutura da Matéria e Princípios de Adesão
Introdução
 O principal objetivo da odontologia é manter ou melhorar a qualidade de vida do
paciente. Este objetivo pode ser alcançado pela prevenção de doenças, pelo alívio da dor,
aperfeiçoamento da eficiência mastigatória, aprimoramento da fonética e pela melhora da
aparência. Em virtude de muitos desses objetivos requererem a reposição ou alteração da
estrutura dentária existente. 
 Importância: Entender como a falha de muitas técnicas diz respeito à seleção e a
manipulação de um material de forma incorreta. 
 Cuidados com a seleção de material: pode ser em relação à estética, a questão de
maior/menor sensibilidade, etc. 
 Os materiais colocados na cavidade oral são postos à prova o tempo todo (variações
de temperatura, pH, altas tensões provocadas pelos movimentos mastigatórios,
contaminações).
 Existem dois tipos de materiais: Materiais permanentes e materiais provisórios. Os
provisórios são matérias que não têm condições de resistir por muito tempo devido aos
desafios ditos anteriormente, enquanto os permanentes possuem essa capacidade. 
 Outras terminologias:
 Materiais preventivos: Um exemplo seriam os selantes de cicatrículas e fissuras.
Dentes com suas fossas, fóssulas e cicatrículas podem ser selados
com uma resina (prevenir infiltrações) ou com ionômero de vidro
(liberação de flúor). 
Esse tipo de material é utilizado também em situações extremas de inúmeras cáries ou
diversos nichos de bactérias na cavidade oral do paciente, por exemplo, esse o no
sentido de adequação de meio para que cada dente possa ser tratado individualmente
(Exemplo: Forros e bases: efeitos antibacterianos e protetores químicos e
termoelétricos). São materiais que são preparados para prevenir ou inibir a progressão
da cárie dentária.
 Restauradores Diretos: São materiais que são aplicados
diretamente na boca, sem passar por um processo de
moldagem ou de laboratório de prótese. Exemplos:
Amalgama dental e Resinas compostas podem ser materiais restauradores
diretos. 
 Restauradores Indiretos: Materiais que são trabalhados fora da boca através de
uma moldagem para depois ser aplicado na boca.
Exemplos: Ligas metálicas e também algumas resinas
que são feitas da forma indireta. 
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 Provisórios: Adaptação do meio de um material que é também preventivo e colocado
de uma forma provisória. Materiais que não tem qualidade de se comportar de forma
permanente (materiais que desgastam, sofrem infiltrações, baixa resistência, adaptação
precária, mudam de cor) Exemplos: Resinas acrílicas.
 Acessórios: São utilizados na
confecção do trabalho, mas não fazem
parte do
trabalho
final. Exemplos: Gesso, materiais
de moldagem, ceras,
revestimentos.
 Tipos de materiais dentários: Gesso e cimentos odontológicos (a base de sais
inorgânicos), elastômeros (fazem parte do trabalho de moldagem), cerâmicas, metais e ligas
(componentes de prótese, fios de Orto, restaurações difundidas).
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Os sólidos dos nossos materiais dentários fazem ligações interatômicas. Essas ligações podem
ser primárias ou secundárias, sendo 
 ligações primárias as mais fortes (ligação iônica, covalente e metálica). 
 ligações secundárias são mais fracas (Força de Van der Waals e as pontes de
hidrogênio) e ligam átomos de duas ou mais moléculas.
Essas ligações são importantes porque são elas que vão fazer o nosso material ser estável e
capaz de reagir. Dependendo da ligação interatômica um mesmo elemento pode se tornar
matérias totalmente diferentes (Ex: Elemento químico C  diamante e grafite).
Tipos de Ligações Primárias:
 Iônicas: Quando se tem a transferência de elétrons. Ex: Gessos e
cimentos de fosfato de Zn.
 Covalentes: quando existe o compartilhamento de elétrons. Ex: Gesso
e cerâmicas (têm os dois tipos de ligação), resinas compostas.
 Metálicas: é a ligação entre metais e metais e no estado sólido, os
metais se agrupam ordenadamente de forma: Cúbica simples (A), cúbica
de corpo centrado (B), cúbica de face centrada (C).
Obs: Diz-se que o metal é uma estrutura cristalina, por ser organizado e por se solidificar em
um arranjo ordenado (A ou B ou C). Os materiais cristalinos são ionizáveis. Os materiais não
cristalinos por sua vez são materiais não ionizáveis, como as resinas compostas que são
estruturas complexas e que não tem organização, isto é, é um material amorfo (assume
diferentes formas em diferentes pontos na sua estrutura).
Estrutura cristalina dos sólidos - Formada por uma célula unitária que se repeti
formando um arranjo cristalino determinado. Ex. metais para trabalhos protéticos,
gessos
Estruturas não-cristalinas dos sólidos – 
 O arranjo ordenado é local, intercalado por um número considerável de unidades
desordenadas. Ex: polímeros.
 Matriz vítrea não cristalinas e inclusões cristalinas.Ex: cerâmicas e resinas
compostas.
Adesão 
A adesão é a interação entre dois tipos de material na interface de
contato. 
 Depende da natureza da interação entre o adesivo e o aderente
(substrato)
 Os sólidos podem se unir sem a ajuda de um terceiro material.
Por que a adesão é importante se tratando de materiais dentários?
A adesão em materiais dentários é vantajosa em termos de retenção (material
retido não se solta). Antigamente, não se possuía materiais adesivos, logo para
que o material não pudesse se soltar com o decorrer do tempo se fazia uma retenção
mecânica, muitas vezes desgastando os elementos dentários para que aquele material ficasse
ali. E também é vantajosa no sentido de evitar infiltrações (materiais de baixa adesividade
tendem a ser mais suscetíveis a infiltrações).
 
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1. interação mecânica- a interação por retenção mecânica é o que se fazia
antigamente (cortes, canaletas no dente) para poder segurar o material.
2. interação micro-mecânica- a interação por retenção micro-mecânica é a técnica
que se faz atualmente. Serve para aumentar a adesão do material a superfície dentária que
é através do condicionamento ácido (O ácido fosfórico cria poros no esmalte dentário).
3. interação química- o adesivo possui uma afinidade química
pela superfície do aderente. A resistência de união depende do
tipo de atração (primária ou secundária). Como por exemplo, o uso
de ionômero de vidro pra reconstrução da dentina, sendo que esse
ionômero reage quimicamente com o cálcio da estrutura dentária. 
 
Mas existem materiais que não conseguem fazer por si só as ligações
com a superfície dentária, isto é, são pouco adesivos. Logo, será necessário um terceiro
material que irá servir como uma “ponte”, ou seja, de um lado se unindo a esse material e do
outro lado à superfície do dente, exatamente para poder fazer a vedação. 
Princípios de Adesão
Energia de Superfície 
 Átomo interno em equilíbrio em relação às suas
ligações e um externo livre para estabelecer ligações.
 Adsorção de moléculas do ar atraídas por átomos da
superfície e posterior formação de substâncias como, por ex.,
óxidos.
 A energia de superfície é maior quando a superfície
encontra-se livre (limpa). 
 Exemplo: A Prata com a sua superfície livre (limpa, brilhosa), os elétrons presentes
nessa superfície vão estar mais aptos a reagirem com outros materiais (mais reativos),
devido à sua alta energia de superfície. 
 Por outro lado, se essa prata estiver oxidada (escura), ela vai ter por sua vez uma
baixa energia de superfície, porque os elétrons já reagiram com óxido. Então para que a
gente tenha uma alta adesão do material com os dentes, tem que temos uma
energia de superfície alta. 
 Por isso é ideal que se faça uma profilaxia antes (remoção de biofilme) para que
tenhamos uma superfície limpa para aí sim fazer a aplicação do material.
Tensão superficial 
 Quando as moléculas da superfície são bem coesas, isto
é, muito unidas, e essa coesão das moléculas provoca uma
tensão superficial. Exemplo: lembrar da gota de água que se
forma em uma superfície gordurosa. 
 Mas essa tensão superficial e a energia de superfície
vão acabar competindo, se contrastando. Quando se tem uma ↑ energia de superfície
livre, essa tensão superficial vai ser ↓. Exemplo: A gota de água numa superfície limpa
vai espalhar, ou seja, não vai ficar coesa.
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 Um líquido que tem uma elevada tensão superficial é o mercúrio (suas partículas não
se espalham com facilidade). 
 Então, para que um material tenha uma boa adesão com a superfície dentária ele
tem que ter uma alta energia de superfície e uma baixa tensão superficial (para que
ele possa se espalhar e se aderir a superfície do dente). 
 Sabões e detergentes, temperatura, surfactantes ou agentes tensoativos diminuem a 
tensão superficial.
Molhamento
 Depende da relação entre forças de coesão e de atração ou aderência
 Permite o íntimo contato entre aderente e adesivo
 Levar em consideração o escoamento do material
 Está muito relacionado à energia de superfície e a tensão superficial.
 Quando a energia de superfície está ↓ (superfície engordurada, por exemplo) não há
molhamento, isto é, nenhum material molha essa superfície. 
 Para que se tenha um bom molhamento a tensão superficial tem que ser ↓ , para poder
molhar. 
 Então esse molhamento é em relação ao molhamento da superfície do dente.
Depende de forças de coesão (tensão superficial) ou atração/aderência (energia de
superfície). O molhamento só vai acontecer se a coesão do líquido for menor que a as
forças de atração (aderência).
Escoamento  viscosidade 
 O escoamento está ligado à viscosidade do material.
 Um material muito viscoso vai escoar menos e consequente vai molhar menos
também. 
 Então um material ideal para que se tenha a adesão com a superfície dentária é um 
material pouco viscoso e com um 
Material hidrofóbico e hidrofílico 
 Dependendo da composição do tecido, o material vai precisar ser mais ou menos
hidrofóbico. 
 Exemplo: A dentina tem na sua composição muito mais água que o esmalte por
exemplo. Então o material que será colocado no tecido dentinário tem que ser mais hidrofílico,
isto é, o material tem que ter afinidade pelo meio úmido, se não ele não consegue molhar,
escoar e penetrar nesse tipo de tecido. 
 Um outro exemplo é o material de moldagem. Para que ele possa ser colocado na
cavidade bucal (meio úmido) ele tem que ser hidrofílico, para ele poder ter afinidade com a
região e poder copiar bem. 
Surfactante
 É um detergente. Ele vai mudar o comportamento do material. 
 O surfactante interage com o material hidrofóbico, diminuindo a tensão superficial,
limpando essa área. 
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Ângulo de Contato
 Está muito relacionado ao molhamento e energia de superfície. 
 Está associado à capacidade que o material tem de molhar a superfície de um
aderente. 
 Se a gente tem um material que é muito viscoso, que não escoa bem, energia de
superfície baixa, elevada tensão superficial. O ângulo de contato dele vai ser alto (bolota azul
grande, não molha). 
 Então quanto maior o ângulo de contato, menor é a adesão.
Área de contato
 Quanto mais próximo esses materiais estiverem, isto é,
quanto mais íntima for essa interface de contato,
melhor será a adesão, porque quanto mais afastado, as
ligações são mais fracas, como são as ligações secundárias. 
 Ex: A prata sofre oxidação com o ar. No início o óxido que participa dessa reação faz
com a prata uma ligação primária (porque estava mais longe). Depois, conforme esse
óxido vai se depositando, começa a haver ligações covalentes, ou seja, mais fortes
(porque estão mais próximos). 
 Materiais que não fazem um íntimo contato a superfície dentária não vai ser bom,
porque pode provocar infiltrações. 
 Então quanto maior a área de contato, melhor será adesão entre o material
adesivo e o aderente.
Obs: Coeficiente de Expansão térmica: Essa interface é posta a prova sempre. Dentes e
materiais são diferentes. Os elementos dentários também vão se expandir ou se contrair devido
a altas e baixas temperaturas. Então, os coeficientes de expansão térmica do material que será
utilizado e dos dentes têm que ser bem próximos. Quando esses coeficientes são diferentes,
acontece o que chamamos de GAP que é uma abertura, um espaço, que pode gerar infiltração,
dor. 
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