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SISTEMA DE ENSINO
CONSTITUIÇÃO 
DO ESTADO DE 
RORAIMA
Poder Legislativo
Livro Eletrônico
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Poder Legislativo
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
Sumário
Poder Legislativo ............................................................................................................................ 3
1. As Funções Típicas e Atípicas do Poder Legislativo ............................................................ 3
2. Estrutura do Poder Legislativo ................................................................................................ 4
3. Poder Legislativo Estadual ....................................................................................................... 5
4. Atribuições da Assembleia Legislativa .................................................................................. 7
5. Deputados .................................................................................................................................. 10
5.1. Imunidades .............................................................................................................................. 10
5.2. Prerrogativas .......................................................................................................................... 14
5.3. Impedimentos..........................................................................................................................15
5.4. Perda do Mandato ..................................................................................................................16
6. Reuniões ..................................................................................................................................... 18
7.1. As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) .............................................................20
8.1. Emenda à Constituição ......................................................................................................... 23
8.2. Leis ...........................................................................................................................................24
9. Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária ............................................................ 29
10. Ministério Público de Contas ................................................................................................ 33
11. Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa ................................................................. 35
Questões de Concurso ................................................................................................................. 37
Gabarito ............................................................................................................................................51
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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
PODER LEGISLATIVO
Olá, aluno(a), tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Na aula de hoje, estudaremos as regras da Constituição do Estado de Roraima relaciona-
das com o Poder Legislativo.
Forte abraço a todos e bons estudos!
Diogo
1. As Funções TípicAs e ATípicAs do poder LegisLATivo
Para compreendermos o Poder Legislativo, necessitamos, em um primeiro momento, fazer 
menção a diversos conceitos importantes relacionados com a divisão dos poderes e com o 
sistema de freios e contrapesos, assuntos típicos do direito constitucional.
Basicamente, o nosso Estado democrático é formado por três Poderes, sendo eles o Exe-
cutivo, o Legislativo e o Judiciário. E essa divisão foi proposta de forma que cada poder pudes-
se exercer as suas atribuições de maneira autônoma, dando origem a um dos mais importan-
tes postulados do nosso ordenamento, que é o princípio da separação dos poderes.
Podemos verificar tal divisão se analisarmos o texto da Constituição Federal, mais precisa-
mente em seu art. 2º, que assim dispõe:
Art. 2º, São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário.
Do mencionado artigo constitucional é que tiramos a base para todo o controle que é exer-
cido na atividade administrativa. Importante frisar que duas são as características dos Pode-
res estabelecidos pela Constituição Federal: independência e harmonia.
Assim, consegue-se interpretar que a ideia do constituinte foi justamente estabelecer um 
sistema onde, ainda que cada Poder tivesse autonomia para tomar todas as decisões que 
fossem necessárias, esta liberdade não poderia implicar em condutas que contrariassem a 
própria finalidade para os quais os Poderes foram instituídos.
Em outras palavras, a Constituição estabelece atividades típicas para cada um dos poderes, 
mas deixa claro que é competência dos demais o controle e a fiscalização de tais atividades.
Desta forma, temos que a atividade típica do Poder Judiciário é a de julgar, a do Poder Le-
gislativo é a de legislar e fiscalizar e a do Poder Executivo a de administrar.
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• Executar as leis e as atividades 
administrativasExecutivo
• Criar novas leis e fiscalizar a atividade 
públicaLegislativo
• Julgar as leis frente aos casos 
concretos ou abstratosJudiciário
No entanto, ainda que a regra seja a de que cada poder desempenha as suas atividades 
típicas, temos que todos os poderes desempenham, de forma atípica, as atividades originaria-
mente atribuídas aos demais poderes.
No âmbito do Poder Legislativo, temos como atividades típicas as de legislar e de fiscalizar.
Nada impede, no entanto, que o Poder Legislativo, no exercício de suas funções atípicas, realize 
concurso público (função administrativa) ou julgue, nos casos estabelecidos em lei, o Governa-
dor e o Vice pelos crimes de responsabilidade (função judiciária).
Sendo assim, devemos memorizar, para fins de prova, que o Poder Legislativo desem-
penha as funções típicas de legislar e de fiscalizar. Atipicamente, o Poder Legislativo pode 
desempenhar as funções de administrar e de julgar.
2. esTruTurA do poder LegisLATivo
Em nosso ordenamento jurídico, contamos com o Poder Legislativo em todos os entes 
federativos. Assim, o Poder Legislativo Federal é exercido pelo Congresso Nacional, que, por 
sua vez, é composto de duas diferentes Casas Legislativas: o Senado Federal e a Câmara dos 
Deputados.
Sendo assim, é correto afirmar que vigora o bicameralismo federativo, ou seja, a estrutura 
composta por duas Casas Legislativas.
O bicameralismo, por sinal, teve origem nos Estados Unidos. Na época, quando ocorreu a 
independência do Reino Unido, as colônias restantes se tornaram autônomas. Como forma de 
preservar a independência, resolveram se unir e formaram, com esta união, os Estados Unidos 
da América.
Neste momento, surgiu uma grande questão sobre a forma como as colônias seriam re-
presentadas. Considerando que havia, na época, uma grande diferença econômica entre boa 
partes das colônias, caso estas fossem representadas de forma proporcional ao número da 
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população, as colônias maiores teriam uma enorme vantagem, sendo que as menores sequer 
seriam ouvidas.
Em sentido contrário, caso a representação fosse igualitária, as colônias menores, em 
maiores número, teriam um maior “poder de decisão” do que as colônias maiores.
A solução encontrada para o impasse foi a adoção do bicameralismo. Com isso, todas as 
medidas deveriam, obrigatoriamente, ser aprovadas em duas Casas Legislativas.
Outra informação que merece atenção é que as regras relacionadas com o bicameralismo 
apenas estão presentes na esfera federal. Nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, 
em sentido oposto, vigora o unicameralismo, sendo o Poder Legislativo exercido por apenas 
um Casa Legislativa (que será, respectivamente, a Assembleia Legislativa, a Câmara Legislati-
va e a Câmara de Vereadores).
ENTE FEDERATIVO PODER LEGISLATIVO
União Congresso Nacional (formado pelo Senado Federal e pela Câmara de Deputados)
Estados Assembleia Legislativa
Distrito Federal Câmara Legislativa
Municípios Câmara de Vereadores
3. poder LegisLATivo esTAduAL
No Estado de Roraima, o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, que, por 
sua vez, é composta de Deputados Estaduais, representantes eleitos para mandatos de 4 anos.
Art. 30. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de Deputados elei-
tos e investidos na forma da legislação federal para uma legislatura de quatro anos.
Os Deputados Estaduais serão escolhidos pelos eleitores de Roraima em eleições diretas 
e periódicas. Neste sentido, deve ser ressaltado que a escolha de tais representantes ocorrerá 
de acordo com as regras do sistema eleitoral proporcional.
Obs.: � O Sistema Proporcional adota uma sistemática completamente diferente daquela ado-
tada nas eleições majoritárias, de forma que nem sempre o candidato de maior vota-
ção será o eleito para o cargo em disputa. Tal sistema tem por objetivo fazer com que 
os pequenos partidos políticos consigam eleger seus candidatos, em plena consonân-
cia com o fundamento constitucional do Pluralismo Político.
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 � A lógica é bem simples de entender: Se todas as eleições fossem realizadas pelo Sis-
tema Majoritário, certos partidos ou coligações (normalmente os de maior poder eco-
nômico) poderiam eleger seus candidatos para todas as cadeiras em disputa.
Vamos exemplificar os passos adotados para que seja possível a determinação dos eleitos 
nas eleições que adotam o Sistema Proporcional.
1º Passo: Determinação dos Votos Válidos: Chegamos aos Votos Válidos de uma eleição 
deduzindo-se, do total de votos apurados, os Votos em Branco e os Votos Nulos.
2º Passo: Determinação do Quociente Eleitoral: Para chegarmos ao quociente eleitoral, 
devemos dividir o total de votos válidos pelo número de lugares em disputa. Como raramente 
a divisão será exata, temos que a parte restante da mesma será desprezada quando igual ou 
inferior a meio (0,5) ou arredondada para 1 quando superior a tal percentual.
3º Passo: Determinação do Quociente Partidário: De posse do quociente eleitoral, temos 
agora que estabelecer o quociente partidário, momento este em que começamos a verificar 
as cadeiras que vão sendo preenchidas por cada Partido ou Coligação. Para isso, temos que 
dividir o total de votos atribuídos a cada Partido ou Coligação pelo quociente eleitoral, com a 
ressalva de que nesta divisão, ao contrário do que ocorre quando da apuração do quociente 
eleitoral, a fração sempre será desprezada.
De acordo com a Constituição Estadual, o número de Deputados Estaduais corresponde ao 
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, será 
acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 12.
Art. 30, § 1º O número de Deputados Estaduais corresponderá ao triplo da representação do Estado 
na Câmara dos Deputados e, atingindo o número de 36 (trinta e seis), será acrescido de tantos quan-
tos forem os Deputados Federais acima de doze.
Ainda no âmbito das disposições gerais do Poder Legislativo Estadual, três informações 
merecem ser destacadas, a saber:
a) O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Le-
gislativa, na razão de, no máximo, 75% daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados 
Federais, observado o que dispõe a Constituição Federal.
b) Compete a Assembleia Legislativa dispor, em seu Regimento Interno, sobre polícia e 
serviços administrativos de sua secretaria, bem como prover os respectivos cargos.
c) A lei disciplinará a forma como ocorrerá a iniciativa popular no processo legislativo es-
tadual e municipal.
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4. ATribuições dA AssembLeiA LegisLATivA
No que se refere às competências e atribuições da Assembleia Legislativa, precisamos 
diferenciar aquelas que exigem a sanção do Governador daquelas que não exigem a mencio-
nada sanção. Para isso, faremos uso dos dispositivos presentes nos arts. 32 e 33 da norma 
estadual, de seguinte redação:
Art. 32. Cabe à Assembleia Legislativa, com sanção do Governador, dispor sobre todas as matérias 
de competência do Estado, especialmente sobre:
I – a organização administrativa do Poder Executivo, do Poder Judiciário, do Ministério Público, do 
Ministério Público de Contas, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado, das Autar-
quias e Fundações Públicas, respeitada a iniciativa;
II – a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicos e fixação dos res-
pectivos vencimentos, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
III – sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
IV – Plano Plurianual de Investimentos, Diretrizes Orçamentárias Anuais, Orçamento Anual, abertura 
de crédito e autorização para operação de crédito interno ou externo e dívida pública;
V – criação e extinção de Secretarias de Estado ou órgão da Administração Indireta;
VI – prestação de garantias, pelo Estado, realizadas pelo Poder Executivo ou contratadas por órgão 
de sua Administração Indireta e pelos Municípios;
VII – normas gerais sobre exploração de serviços públicos por particulares, sua concessão, bem 
como a fixação de tarifas ou preços, atendendo sempre a continuidade do serviço e a modicidade 
da retribuição pela execução;
VIII – procedimento em matéria processual;
IX – proteção, recuperação e incentivo à preservação e conservação do meio ambiente;
X – dispor sobre servidores públicos da administração direta, autarquias, fundações e seu Regime 
Jurídico Único; e
XI – criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;
Aqui, conforme mencionado, estamos diante de competências que, para serem exercidas, 
dependem da sanção do Governador do Estado. Vejamos agora as competências exclusivas, 
ou seja, aquelas que independem da sanção do Chefe do Poder Executivo.
Art. 33. É da competência exclusiva da Assembleia Legislativa:
I – estabelecer limites globais para o montante da dívida mobiliária do Estado e dos Municípios;
II – aprovar, por maioria absolutae por voto secreto, na forma de Lei Complementar, a destituição 
do Procurador-Geral de Justiça, do Procurador-Geral de Contas e do Titular da Defensoria Pública;
III – julgar as contas do Tribunal de Contas do Estado, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público 
e da Defensoria Pública, após parecer prévio do tribunal de contas, exceto quanto às suas;
V – julgar anualmente as contas prestadas pelo Governador do Estado e apreciar os relatórios sobre 
a execução dos planos de governo;
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VI – autorizar, previamente, alienação e cessão, a título oneroso ou não, de bens imóveis do Estado 
com área superior a 3.000m2, se urbanos, e a 2.500ha, se rurais;
VII – fiscalizar convênios, acordos ou contratos com os Governos Federal e Municipal e com as 
entidades de direito público ou privado que resultem para o Estado quaisquer encargos não estabe-
lecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
VIII – sustar contratos impugnados pelo Tribunal de Contas do Estado;
XI – processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral de Contas, o Procurador-
-Geral do Estado, o Defensor Público-Geral e o Presidente do Tribunal de Contas, nos crimes de 
responsabilidade;
XI – conhecer da renúncia do Governador e Vice-Governador;
XII – conceder ou recusar licença ao Governador e ao Vice-Governador para que interrompam o 
exercício de suas funções;
XIV – conhecer sobre as ausências e afastamentos do Governador e do Vice-Governador, conceder-
-lhes licença, nos termos de Lei Complementar, bem como autorizá-los a se ausentarem do Estado 
ou do País, quando o período exceder a 15 (quinze) dias;
XV – aprovar, por maioria absoluta de seus membros, proposta de empréstimo interno e autorização 
para empréstimo externo;
XVI – fixar, por proposta do Governador, limites globais para o montante da dívida consolidada do 
Estado e Municípios;
XVII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno do 
Estado, dos Municípios e de suas Autarquias e de demais entidades controladas pelo poder público 
estadual;
XVIII – antes da nomeação, arguir e aprovar, por maioria absoluta, os nomes dos Titulares da De-
fensoria Pública, da Procuradoria-Geral do Estado, do Ministério Público de Contas, das Fundações 
Públicas e das Autarquias, órgãos equivalentes ou assemelhados, além de escolher 2/3 (dois ter-
ços) dos membros do Tribunal de Contas do Estado, após arguição pública; quanto a esses últimos, 
observado o disposto no art. 235, III, da Constituição Federal e no parágrafo único do art. 62 desta 
Carta;
XIX – fixar, mediante Leis específicas, de sua iniciativa, para cada exercício financeiro, o subsidio do 
Governador, Vice-Governador, Secretários de Estado e de seus membros, observando o que dispõe 
a Constituição Federal;
XX – suspender, no todo ou em parte, a execução de Lei ou de ato normativo declarado inconstitu-
cional em decisão irrecorrível do Tribunal de Justiça;
XXI – solicitar intervenção federal para assegurar o livre exercício de suas funções;
XXII – aprovar a criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;
XXIII – proceder à tomada de contas do Governador, quando não apresentadas dentro de 60 (ses-
senta) dias após abertura da sessão legislativa;
XXIV – resolver definitivamente sobre acordos ou atos interestaduais que acarretarem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio estadual;
XXV – autorizar a transferência temporária da sede do Governo;
XXVI – eleger a Mesa e constituir Comissões;
XXVII – elaborar seu Regimento Interno;
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XXVIII – dispor sobre a organização, funcionamento, criação, transformação ou extinção dos car-
gos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
XXIX – fiscalizar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração descentralizada;
XXX – não havendo aprovação do nome encaminhado pelo Poder Executivo, fica estabelecido o 
prazo de 10 (dez) dias para encaminhamento de novo nome dentre aqueles da lista tríplice, se for o 
caso, ou nas demais situações, em que o Legislativo deva arguir e aprovar;
XXXI – os titulares da Universidade Estadual de Roraima – UERR; da Companhia de Águas e Esgotos 
de Roraima – CAER; da Companhia Energética de Roraima – CERR; da Companhia de Desenvolvi-
mento de Roraima – CODESAIMA; do Instituto de Previdência do Estado de Roraima – IPER; do Insti-
tuto de Pesos e Medidas do Estado de Roraima – IPEM; da Fundação do Meio Ambiente e Recursos 
Hídricos – FEMARH; do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima 
– IACTI-RR; da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima – ADER; do Instituto de Terras 
e Colonização do Estado de Roraima – ITERAIMA; da Procuradoria-Geral do Estado – PROGE; da 
Junta Comercial de Roraima – JUCERR; da Defensoria Pública do Estado de Roraima; da Fundação 
Universidade Virtual de Roraima – UNIVIRR; do Departamento de Trânsito de Roraima – DETRAN; e 
titulares de órgãos equivalentes ou assemelhados comparecerão anualmente ao Poder Legislativo, 
em data fixada por este, para apresentação de relatório de atividades anual desenvolvidas e plano 
de metas para o ano seguinte, as quais serão referendadas por maioria absoluta dos membros desta 
Casa Legislativa, em turno único, cuja rejeição implicará o afastamento imediato do titular do cargo;
XXXII – requisitar, por intermédio de sua Mesa Diretora, informações de Secretários de Estado ou 
autoridades equivalentes, e de dirigentes de entidades da administração estadual indireta, importan-
do, quanto aos dois primeiros, em crime de responsabilidade, e quanto aos últimos, em sujeição às 
penas da lei, a recusa, o não atendimento, bem como a prestação de informações falsas, no prazo 
de quinze dias, podendo ser prorrogado por igual prazo, desde que justificado por escrito.
Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa 
e de suas comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de 
seus membros.
Art. 33, § 1º Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislati-
va serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Assim, sempre que a Constituição Estadual não estabelecer um quórum diferenciado para 
a aprovação das matérias, o total exigido será o da maioria dos votos (maioria simples), de-
vendo, para a votação, a Casa Legislativa contar com a presença da maioria absoluta dos 
respectivos membros.
• A maioria absoluta é alcançada pela presença de mais da metade dos membros da Casa 
Legislativa. No cálculo da maioria absoluta, são levados em conta todos os membros.
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• A maioria simples,por sua vez, trata-se da maioria dos votos dos representantes presen-
tes na sessão. Logo, é levado em conta, para fins de maioria simples, apenas os Deputa-
dos que estiverem presentes, e não, tal como ocorre com a maioria absoluta, o total de 
membros da Assembleia Legislativa.
De acordo com a previsão constitucional, o primeiro quórum a ser observado é o da abertu-
ra da sessão. Neste momento, deveremos ter, obrigatoriamente, a maioria absoluta dos mem-
bros, ou seja, 50% + 1 dos Deputados Estaduais.
Atingido o quórum de abertura, as matérias serão aprovadas, como regra geral, pela maio-
ria simples, ou seja, pela maioria dos votos dos Deputados presentes.
Maioria Simples
Mais de 50% dos membros 
presentes na sessão
Maioria Absoluta
Mais de 50% dos membros da 
Casa Legislativa
5. depuTAdos
A Assembleia Legislativa é formada por representantes do povo. Desta forma, é por meio 
do voto direto, universal e secreto que o corpo eleitoral nacional escolhe os Deputados Estadu-
ais que irão representar a população durante o mandato de 4 anos.
Ao contrário do que ocorre com os cargos dos Chefes do Poder Executivo (Presidente, Go-
vernadores e Prefeitos), que apenas podem ser reeleitos para um mandato subsequente, não 
há qualquer tipo de vedação à reeleição dos membros da Assembleia Legislativa. Logo, os De-
putados podem perfeitamente ser reeleitos para vários mandatos subsequente, dependendo 
apenas da votação do corpo de eleitores do respectivo Estado da federação.
5.1. imunidAdes
Em nosso ordenamento jurídico, as funções desempenhadas pelos Deputados são consi-
deradas imprescindíveis para a preservação do “Estado Democrático de Direito”. Neste sentido, 
aos parlamentares são asseguradas determinada imunidades, que, em linhas gerais, possuem 
o objetivo de possibilitar que as funções sejam desempenhadas da forma mais independente 
e livre possível.
Assim, podemos conceituar as imunidades como as prerrogativas de ordem pública con-
feridas as parlamentares. Considerando que as prerrogativas são de ordem pública, tais garan-
tias são irrenunciáveis pelos Deputados.
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Importante destacar que as imunidades têm início no momento em que os Deputados são 
diplomados, e não a partir do momento da posse.
A diplomação trata-se da última fase do processo eleitoral, podendo ser entendida como o 
ato por meio do qual a Justiça Eleitoral, em solenidade pública, entrega aos candidatos eleitos 
(bem como aos respectivos suplentes) diploma que assegura a estes o direito de tomarem 
posse e de exercerem o mandato no cargo para o qual foram eleitos.
Ainda que a diplomação seja realizada para os Deputados e para os respectivos suplentes, 
as imunidades não são estendidas para os suplentes dos cargos eletivos, alcançando, em sen-
tido diverso, apenas os titulares dos respectivos mandatos.
Imunidades dos 
Deputados
São prerrogativas de 
ordem pública
São irrenunciáveis
Não são estendidas 
para os respectivos 
suplentes
As imunidades dos Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser sus-
pensas, mediante o voto de 2/3 dos membros da Assembleia Legislativa, nos casos de atos 
praticados fora do seu recinto, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
De acordo com a doutrina, as imunidades dos parlamentares podem ser divididas em ma-
terial e formal.
5.1.1. Imunidade Material
A imunidade material, também conhecida como imunidade real, é a que estabelece a invio-
labilidade dos Deputados no que diz respeito às suas opiniões, palavras e votos. Tal imunidade 
está prevista no art. 34 da Constituição Estadual, de seguinte redação:
Art. 34. Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras 
e votos.
De acordo com a garantia da imunidade material, o parlamentar será inviolável por suas 
opiniões, palavras e votos. No entanto, esta espécie de imunidade pode ser de ordem absoluta 
ou relativa.
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Sendo assim, sempre que as opiniões, palavras e votos forem proferidos no âmbito do ple-
nário, a imunidade será absoluta, uma vez que, nesta hipótese, há completa ligação entre as 
manifestações parlamentares e o desempenho da função pública.
Em sentido oposto, quando as opiniões, palavras e votos forem proferidas fora do plenário, 
a imunidade goza de presunção relativa. Nestas situações, deve ser analisado se o ato do par-
lamentar possui ou não conexão com as funções desempenhadas.
Em outros termos, caso as opiniões, palavras e votos tenham ligação com a função públi-
ca, o parlamentar estará abrangido pela imunidade. Caso não tenham qualquer tipo de liga-
ção, não há que se falar em imunidade, cabendo assim a responsabilização civil e penal do 
parlamentar.
Imunidade 
Parlamentar Material
Opiniões, palavras e 
votos proferidos em 
plenário
(Imunidade 
Absoluta)
Todas as opinições, 
palavras e votos 
estão imunes
Opiniões, palavras e 
votos proferidos fora 
do plenário
(Imunidade Relativa)
Se tiver ligação com 
a função pública, 
haverá imunidade
Se não tiver relação 
com a função 
pública, não haverá 
imunidade
5.1.2. Imunidade Formal
A imunidade formal é a que diz respeito aos aspectos relacionados com a prisão dos par-
lamentares e com o respectivo processo.
Se na imunidade material tínhamos uma diferença entre os atos praticados pelos parla-
mentares em relação à população em geral, na imunidade formal a infração cometida pelo 
parlamentar continua existindo, assim como ocorre com os demais particulares. A diferença 
está apenas nas garantias conferidas aos Deputados com relação ao trâmite do processo e 
com eventual prisão.
Podemos dividir a imunidade formal em três grandes categorias de prerrogativas: quanto à 
prisão, quanto ao foro privilegiado e quanto ao processo.
a) imunidade relacionada com a prisão: Com relação à prisão, a imunidade conferida aos 
Deputados está expressa no art. 34, § 2º, de seguinte redação:
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Art. 34, § 2º Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser 
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável; nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 
vinte e quatro horas ao Poder Legislativo, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolvam 
sobre a prisão.
Sendo assim, desde o momento em que ocorrer a diplomação, não poderão os membros 
da Assembleia Legislativa, como regra geral, ser presos. A vedação à prisão alcança até mes-
mo a do Deputado que seja devedor de prestação alimentícia, que é uma das exceções à regra 
da impossibilidade de prisão por dívida em nosso ordenamento jurídico.
Art. 5º, LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento vo-
luntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Emcaráter de exceção, temos a hipótese de flagrante pelo cometimento de crime inafian-
çável, oportunidade em que o parlamentar, ainda que abrangido pela imunidade formal, poderá 
ser preso. Na situação de cometimento de crime inafiançável, os autos do processo serão 
remetidos, dentro de 24 horas, à Casa Legislativa respectiva, para que, pelo voto da maioria de 
seus membros, resolva sobre a prisão.
Importante salientar que, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores, a imu-
nidade formal não alcança a prisão do parlamentar que sofrer condenação criminal mediante 
sentença que tenha transitado em julgado, ou seja, que não possa mais ser objeto de recurso.
Sendo assim, é correto afirmar que a imunidade parlamentar formal alcança apenas a im-
possibilidade de prisão do Deputado que esteja respondendo a um processo criminal. Em caso 
de condenação que tenha transitado em julgado, a prisão poderá perfeitamente ocorrer.
b) imunidade relacionada com o foro privilegiado: Basicamente, o foro por prerrogativa de 
função (ou foro privilegiado) trata-se de uma prerrogativa concedida a certas autoridades de-
tentoras de poder, tais como os Parlamentares, os Magistrados e os Chefes do Poder Executivo.
Estas autoridades possuem o direito (prerrogativa) de serem processadas e julgadas, no 
âmbito das ações de natureza penal, por tribunais e juízes especializados, escapando assim 
do julgamento da justiça comum.
Com relação aos parlamentares, a imunidade relacionada como o foro privilegiado está 
prevista no art. 34, § 1º, da Constituição Estadual, de seguinte redação:
Art. 34, § 1º Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante 
o Tribunal de Justiça de Roraima.
Sendo assim, após a diplomação, os parlamentares passam a ter a prorrogativa de serem 
julgados pelo TJ. No entanto, deve ser salientado que a imunidade alcança apenas as ações 
de natureza penal, ou seja, os crimes cometidos. No âmbito das ações de natureza cível, em 
sentido contrário, não há que se falar em imunidade.
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De igual forma, o foro por prerrogativa de função abrange até mesmo as ações decorrentes 
de infrações eventualmente cometidas antes da diplomação. Assim, caso um candidato tenha 
cometido um crime e seja, posteriormente, eleito, passará ele, após a diplomação, a ter a ga-
rantia da imunidade formal, apenas podendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça.
Contrariamente, deve ser mencionado que o término do mandato implica, igualmente, no 
fim do foro por prerrogativa de função. Logo, um Deputado que esteja respondendo a pro-
cesso perante o TJ terá, com o término do mandato, o fim da prerrogativa, devendo os autos 
processuais ser remetidos para a Justiça Comum.
c) imunidade relacionada com o processo: Basicamente, a imunidade formal relaciona-
da com o processo consiste na possibilidade de sustação da tramitação pela Assembleia 
Legislativa.
Art. 34, § 3º Recebida a denúncia contra o Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Tri-
bunal de Justiça de Roraima dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido po-
lítico nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar 
o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo improrrogável de 
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Desta forma, tendo sido recebida a denúncia contra parlamentar por um crime cometido 
após a diplomação, o TJ dará início ao processo de julgamento, não havendo necessidade de 
qualquer tipo de autorização por parte da Casa Legislativa.
Iniciado o processo, o Tribunal de Justiça dará ciência à Casa Legislativa da tramitação do 
processo contra o parlamentar. Após a ciência, poderá a Casa Legislativa, desde que por inicia-
tiva de partido político nela representado e pelo voto da maioria dos seus membros, sustar, até 
a decisão final, o andamento da ação.
Obs.: � Destaca-se que o pedido de sustação será apreciado pela Assembleia no prazo impror-
rogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
Como não poderia deixar de ser, a sustação, quando realizada pela Casa Legislativa, impli-
ca também na suspensão da prescrição com relação à infração cometida pelo parlamentar.
5.2. prerrogATivAs
Além das imunidades, a Constituição Estadual elenca duas outras prerrogativas aos Depu-
tados. Neste ponto da matéria, deve ser ressaltado que, ainda que parte da doutrina entenda 
que estas prerrogativas estejam dentro do campo da imunidade, o mais correto é tratá-las de 
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forma separada, uma vez que ambas não possuem relação com os aspectos material ou for-
mal das demais imunidades.
Sendo assim, podemos estabelecer que são prerrogativas conferidas aos parlamentares 
as presentes nos §§ 6º, 7º e 9º do art. 34:
Art. 34, § 6º Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles 
receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados, embora militares e ainda que em tempo de 
guerra, dependerá de prévia licença da Assembleia Legislativa.
§ 9º No exercício do seu mandato, o Deputado terá livre acesso às repartições públicas e aos órgãos 
da Administração Pública Estadual Direta e Indireta.
Logo, os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que prestaram a eles ou 
deles receberam tais informações. A ideia desta prerrogativa é conferir uma espécie de ga-
rantia para que o parlamentar possa fazer uso de todas as informações que cheguem ao seu 
conhecimento, inclusive quando relacionadas com algum tipo de irregularidade que exija uma 
eventual apuração.
No caso de incorporação às Forças Armadas, os Deputados dependem, ainda que mili-
tares e embora em tempo de guerra, de prévia licença da Casa Legislativa à qual pertençam.
Além disso, o Deputado terá livre acesso, no exercício do seu mandato, às repartições pú-
blicas e aos órgãos da Administração Pública Estadual Direta e Indireta.
5.3. impedimenTos
Em seu art. 35, a Constituição Estadual elenca uma série de impedimentos e vedações que 
devem ser observadas pelos Deputados desde o momento da diplomação e desde o momen-
to da posse.
Como já ressaltado, a diplomação ocorre em momento anterior à posse, tratando-se de um 
ato declaratório da Justiça Eleitoral. A posse, que ocorre posteriormente, é o ato por meio do 
qual o parlamentar efetivamente é investido no cargo eletivo para o qual foi eleito.
Neste ponto da matéria, temos que memorizar e diferenciar as vedações que devem ser 
observadas desde a diplomação daquelas que apenas precisam ser observadas pelo parla-
mentar a partir da posse.
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Vedações a partir da 
Diplomação Vedações a partir da Posse
a) firmar ou manter contrato com 
pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, 
sociedade de
economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, 
salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, 
função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que seja livremente 
demissíveis, nas entidades 
anteriormente mencionadas;
a) ser proprietários, controladores ou 
diretores de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa 
jurídica de direito público, ou nela exercer 
função remunerada;
b) patrocinar causa em que seja 
interessada pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública, 
sociedade de economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público;
c) ser titular de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo.
5.4. perdA do mAndATo
Nos arts. 36 e 37 da Constituição Estadual, encontramos situações em que o Deputado 
Estadual perderá ou não o mandato para o qual foi eleito.
Art. 36. Perderá o mandato o Deputado:
I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias, 
salvo licença médica, afastamento para tratar de assunto de interesse particular, missão oficial fora 
do estado, representação do Poder Legislativo participação em atividade legislativa, em comissão 
ou a serviço desta;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal; e
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, do 
Poder Legislativo, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Deputado ou a percepção de vanta-
gens indevidas, consideradas estas quando não criadas pelo instrumento legal competente.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI deste artigo, a perda do mandato será decidida pela Assembleia 
Legislativa, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partidos polí-
ticos representados no Legislativo, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer dos membros da Assembleia Legislativa ou de Partidos políticos nela re-
presentados, assegurada ampla defesa.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato 
nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos, até as deliberações finais, observado o dis-
posto no art. 55 da Constituição Federal.
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Art. 37. Não perderá o mandato o Deputado:
I – investido na função de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado do 
Distrito Federal, de Território, de Município no Estado, de Presidente de Fundação, Presidente de 
Órgão da Administração Indireta do Poder Executivo Estadual ou de Chefe de Missão Diplomática 
temporária: e Assessoria Especial do Poder Executivo; e
II – licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença ou para tratar, sem remuneração, 
de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 (cento e vinte) dias 
por sessão legislativa.
§ 1º O suplente será convocado, nos casos de vaga, com a investidura nas funções previstas neste 
artigo, ou de licença superior a 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 
15 (quinze) meses para o término do mandato.
§ 3º Na hipótese do inciso I deste artigo, o Deputado poderá optar pela remuneração do mandato.
Nas situações de perda do mandato, a depender da hipótese ensejadora, poderemos ter a 
declaração da Mesa Legislativa (de ofício ou por provocação) ou então a decisão da Assem-
bleia Legislativa respectiva.
Perda do Mandato declarada pela Mesa, 
de ofício ou mediante provocação de 
qualquer dos membros da Assembleia 
Legislativa ou de partidos políticos nela 
representados, assegurada ampla 
defesa
Perda do Mandato decidida 
pela Assembleia Legislativa 
(por voto secreto e maioria 
absoluta, mediante provocação 
da Mesa ou de partidos políticos 
representados no Legislativo, 
assegurada ampla defesa)
a) parlamentar que deixar de comparecer, 
em cada sessão legislativa, à terça parte das 
sessões ordinárias, salvo licença médica, 
afastamento para tratar de assunto de 
interesse particular, missão oficial fora do 
estado, representação do Poder Legislativo 
e participação em atividade legislativa, em 
comissão ou a serviço desta;
b) parlamentar que perder ou tiver suspensos 
os direitos políticos;
c) quando o decretar a Justiça Eleitoral;
a) parlamentar que infringir qualquer 
das vedações constitucionais (desde a 
diplomação e desde a posse)
b) parlamentar cujo procedimento for 
declarado incompatível com o decoro 
parlamentar;
c) parlamentar que sofrer 
condenação criminal em sentença 
transitada em julgado.
Devemos conhecer, também, as situações que, ainda que o parlamentar esteja ausente 
das funções, não acarretam a perda do mandato eletivo. Desta forma, não perderá o mandato 
o Deputado Estadual:
a) investido na função de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Es-
tado do Distrito Federal, de Território, de Município no Estado, de Presidente de Fundação, 
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Presidente de Órgão da Administração Indireta do Poder Executivo Estadual ou de Chefe de 
Missão Diplomática temporária e Assessoria Especial do Poder Executivo. Em tais hipóteses, 
o Deputado Estadual poderá optar pela remuneração do mandato.
b) licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença ou para tratar, sem remu-
neração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 
(cento e vinte) dias por sessão legislativa.
Obs.: � O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas 
neste artigo ou de licença superior a 120 dias. Ocorrendo vaga e não havendo suplente, 
será realizada eleição se faltarem mais de 15 meses para o término do mandato.
6. reuniões
Antes de conhecermos as regras relacionadas com as reuniões, devemos compreender e 
diferenciar os conceitos de legislatura, períodos legislativos e sessões legislativas.
A legislatura pode ser definida como o período de tempo em que a Assembleia Legislativa 
desempenha as suas atividades. Assim, se considerarmos o período de duração do mandato 
de cada um dos representantes, é correto afirmar que os Deputados desempenham suas ativi-
dades durante 1 legislatura, ou seja, durante o período de 4 anos.
Não podemos confundir o conceito de legislatura, no entanto, com os de sessão legislativa 
e períodos legislativos.
A sessão legislativa possui duração anual, sendo, em linhas gerais, o período de tempo em 
que, no curso do correnteano, os Deputados se reúnem para deliberar sobre as matérias de 
suas competências.
A sessão legislativa, de acordo com a Constituição Estadual, ocorre na capital do Estado, 
no período de tempo compreendido entre 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 22 
de dezembro.
Vocês observaram que há um intervalo de tempo no curso da sessão legislativa (mais 
precisamente entre os dias 1º a 31 de julho)?
Isso ocorre na medida em que cada um das sessões legislativas é dividida em dois perío-
dos legislativos. E ambos os períodos são divididos pelo recesso parlamentar.
Logo, o período legislativo pode ser definido como a divisão de cada uma das sessões 
legislativas. Consequentemente, as sessões legislativas sempre terão 2 períodos legislativos, 
da mesma forma que a legislatura terá, sempre, 4 sessões legislativas.
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Legislatura
Período em que são desenvolvidas, 
por meio da Assembleia Legislativa, as 
atividades parlamentares.
Duração 
de 4 anos
Sessão 
Legislativa
Período de tempo anual de exercício das 
atividades.
A legislatura, desta forma, é dividida em 4 
sessões legislativas.
Duração de 
1 ano
Período 
Legislativo
Período de tempo semestral de exercício das 
atividades.
Assim, teremos 2 períodos legislativos no 
curso de uma sessão legislativa e 8 períodos 
legislativos durante a legislatura como um todo.
Duração de 
6 meses
Vejamos agora as regras da Constituição Estadual relacionadas com as reuniões, já com 
os destaques devidos:
Art. 30, § 2º A Assembleia Legislativa reunir-se-á, anualmente, na Capital do Estado, de 15 de feve-
reiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
§ 3º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o 1º (primeiro) dia útil subse-
quente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 4º No 1º (primeiro) ano da Legislatura, a Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessões prepara-
tórias, no dia 1º (primeiro) de janeiro, para a posse do Governador, do Vice-Governador e de seus 
membros e eleição da Mesa Diretora com mandato de 02 (dois) anos, vedada recondução para o 
mesmo cargo na mesma legislatura, observadas as disposições do Regimento Interno.
§ 5º O Período Legislativo não será interrompido sem a aprovação do Projeto de Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e do Projeto de Lei Orçamentária Anual.
§ 6º A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa será realizada:
I – por seu Presidente, nos seguintes casos;
a) decretação de Estado de calamidade pública que atinja o território do estado, no todo ou em parte;
b) intervenção no Estado ou em Município; e
c) recebimento dos autos de prisão de Deputado, na hipótese de crime inafiançável.
II – por 2/3 (dois terços) dos Membros da Assembleia Legislativa, ou pelo Governador, em caso de 
urgência ou interesse público relevante.
§ 7º Na Sessão Legislativa Extraordinária, a Assembleia Legislativa deliberará somente sobre ma-
téria para a qual foi convocada.
7. Comissões
A Assembleia Legislativa terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na for-
ma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
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No momento da constituição das Mesas Legislativas e de cada uma das Comissões, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos 
parlamentares que participam da Assembleia Legislativa.
Tanto é que, durante o recesso, salvo convocação extraordinária, haverá uma comissão 
representativa da Assembleia Legislativa, eleita na última sessão ordinária do período le-
gislativo, cuja composição guardará, quanto possível, a proporcionalidade da representação 
partidária.
Cabe às Comissões, em razão de matéria de sua competência, as seguintes atribuições:
a) discutir e votar projetos de lei que, segundo o Regimento Interno, não se inclua na com-
petência originária do plenário, cabendo recurso para este, no prazo de 5 dias da publicação, 
por iniciativa de 1/10 dos Deputados;
b) convocar Secretários de Estado, dirigentes de autarquias, empresas públicas, socieda-
des de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo poder público para prestarem 
pessoalmente, no prazo de 15 dias, informações sobre assuntos previamente determinados, 
importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificativa adequada;
c) convocar o Procurador-Geral da Justiça, o Procurador-Geral do Estado, o Defensor Pú-
blico Geral e os Comandantes Militares para prestarem informações a respeito de assuntos 
previamente fixados, relacionados com a respectiva área;
d) acompanhar a execução orçamentária;
e) velar pela completa adequação dos atos do Poder Executivo que regulamentem dispo-
sitivos legais;
f) receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra 
atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
g) apreciar planos de desenvolvimento e programas de obras do Estado e sobre eles emitir 
pareceres.
7.1. As comissões pArLAmenTAres de inquériTo (cpi)
Uma atenção especial deve ser dada às comissões parlamentares de inquérito (CPI), uma 
vez que tais comissões, ainda que constituídas em caráter temporário e com a finalidade de 
apurar um fato certo, possuem, de acordo com a Constituição, poderes de investigação pró-
prios das autoridades judiciais.
Art. 31, § 2º As Comissões Parlamentares de Inquérito, observada a legislação, são específicas no 
que lhes couber; terão poderes de investigação própria das autoridades judiciais, além de outros 
previstos no Regimento Interno, serão criadas a requerimento de 1/3 (um terço) dos membros da 
Assembleia Legislativa, e sua aprovação dependerá de deliberação do Plenário, para apuração do 
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Minis-
tério Público ou a outra autoridade competente, para que promova a responsabilidade civil, criminal 
ou administrativa dos infratores.
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Inicialmente, precisamos saber que dois são os requisitos que devem ser observados para 
que as CPIs possam ser criadas:
a) requerimento de, pelo menos, 1/3 dos membros da respectiva Casa Legislativa;
b) ter a finalidade de apurar um fato determinado e por prazo certo, o que implica em afir-
mar que as comissões parlamentares de inquérito são consideradas comissões temporárias, 
e não comissões definitivas;
Após a constituição, uma série de prerrogativas são conferidas às CPIs para que estas 
possam melhor desempenhar suas atividades.
O STF, por exemplo, já entendeu que tais comissões podem determinar a quebra do sigilo 
bancário, fiscal e de dados, conforme se verifica no teor do Mandado de Segurança 23.452/RJ:
O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que incide sobre osdados/
registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações tele-
fônicas) – ainda que representem projeções específicas do direito à intimidade, fundado 
no art. 5º, X, da Carta Política – não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às 
Comissões Parlamentares de Inquérito, eis que o ato que lhes decreta a quebra traduz 
natural derivação dos poderes de investigação que foram conferidos, pela própria Cons-
tituição da República, aos órgãos de investigação parlamentar.
Para que tais atividades sejam exercidas, no entanto, devem as CPIs demonstrar que o 
acesso a tais informações se revela essencial ao correto deslinde dos fatos.
Da mesma forma, as comissões parlamentares de inquérito não possuem poderem ilimi-
tados, não podendo, ainda de acordo com o entendimento do STF, determinar a realização de 
diligências de busca e apreensão domiciliar ou a decretação da indisponibilidade dos bens 
(atividades típicas do Poder Judiciário).
Também não podem as CPIs determinar a interceptação telefônica daqueles que estão 
sendo investigados pela comissão. Um cuidado maior merece ser dado a este ponto, uma vez 
que a distinção entre a interceptação telefônica e a quebra do sigilo dos registros telefônicos 
é fundamental para a compreensão das prerrogativas atribuídas às CPIs.
A quebra dos registros telefônicos diz respeito aos dados já produzidos pelas partes antes 
da determinação da comissão. Por se tratar de informações pretéritas, já produzidas, podem 
ser acessados pelas CPIs sem a necessidade de autorização do Poder Judiciário.
A interceptação telefônica, no entanto, refere-se aos dados que ainda serão produzidos a 
partir da dada da adoção da medida. Como tratam-se de dados inéditos, ainda não produzidos, 
estão assegurados pela proteção constitucional da inviolabilidade do acesso às comunica-
ções, conforme previsão do art. 5º, XII, da Constituição Federal:
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Art. 5º, XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e 
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma 
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
A interceptação telefônica, desta forma, não pode ser determinada pelas comissões parla-
mentares de inquérito, mas sim apenas pelo Poder Judiciário.
Como forma de facilitar o entendimento, relaciona-se a seguir as prerrogativas que podem 
ou não ser adotadas pelas comissões parlamentares de inquérito:
As CPIs podem As CPIs não podem
Determinar a quebra do sigilo fiscal, 
bancário e de dados (informações 
pretéritas, já produzidas)
Determinar a interceptação telefônica 
(informações inéditas, ainda não 
produzidas)
Determinar a quebra do sigilo bancário Determinar busca e apreensão domiciliar
Determinar a quebra de dados 
telefônicos (informações pretéritas, já 
produzidas)
Determinar a ordem de prisão
Realizar a prisão em flagrante Determinar a indisponibilidade dos bens (bloqueio)
Realizar todas as diligências que 
entender necessárias Determinar a prisão preventiva
Convocar autoridades e testemunhas 
para prestar depoimentos
Investigar fatos decorrentes de outros 
entes federativos
Importante destacar, por fim, que a omissão de informações às Comissões Permanentes 
e Comissões Parlamentares de Inquérito, inclusive as que envolvam sigilo, ou a prestação de 
informações falsas, constitui crime de responsabilidade.
8. Processo Legislativo
O processo legislativo pode ser conceituado como o conjunto de atos e de procedimentos 
necessários para que um ato normativo primário seja aprovado.
Os atos normativos primários são aqueles que, em linhas gerais, inovam no ordenamen-
to jurídico, podendo instituir obrigações e deveres para todos os particulares atingidos pelas 
disposições da norma editada. Exemplo clássico de ato normativo primário são as leis e as 
medidas provisórias.
Tais espécies normativas se diferenciam, por exemplo, dos atos normativos secundários, 
que, em sentido contrário, não inovam no ordenamento jurídico, sendo editados, apenas, com o 
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objetivo de regulamentar e detalhar as normas primárias. Como exemplo de atos secundários, 
temos os Decretos, as Portarias e as Resoluções Internas.
Neste sentido, as regras relacionadas com o processo legislativo dizem respeito às diver-
sas espécies de normas que podem ser editadas pelo Poder Legislativo Estadual. No Estado 
de Rondônia, seis são as principais hipóteses de normas que estão compreendidas no proces-
so legislativo, conforme previsão do art. 38:
Art. 38. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I – Emendas à Constituição;
II – Leis Complementares;
III – Leis Ordinárias;
III – A – Leis Delegadas;
IV – Decretos Legislativos; e
V – Resoluções
8.1. emendA à consTiTuição
A Constituição Estadual é a principal norma a ser observada no âmbito do estado de Rorai-
ma. Logo, são os seus mandamentos que devem ser observados, como regra geral, em todas 
as atuações que não ultrapassem a competência do respectivo ente federativo.
Consequentemente, a Constituição, para sua emenda, exige um processo mais dificultoso, 
por exemplo, do que aquele utilizado para a edição ou alteração de uma lei ordinária.
Neste sentido, a Constituição Estadual apenas poderá ser emendada mediante proposta 
do Governador do Estado, de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa, 
de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros, e mediante iniciativa popular (assinada por, pelo menos, 
5% dos eleitores do Estado).
Art. 39. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I – de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa;
II – do Governador do Estado;
III – de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se cada uma delas pela 
maioria relativa de seus membros; e
IV – de cidadão, mediante iniciativa popular assinada por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos elei-
tores do Estado.
Além disso, a norma elenca situações em que a Constituição Estadual não poderá ser 
objeto de emenda. Consequentemente, quando estivermos diante de estado de sítio ou de es-
tado de defesa, a Constituição não poderá ser emendada. Precisamos memorizar isso? Com 
toda certeza…
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Constituição Estadual 
não poderá ser emendada 
na vigência de:
Estado de Sítio Estado de Defesa
Uma vez observadas as restrições acima, bem como os legitimados com competência 
para dar início ao processo, a emenda seguirá o seguinte rito:
a) A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando ob-
tiver em ambas as votações, o voto favorável de 3/5 dosmembros da Assembleia Legislativa.
b) A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembleia Legislativa, com o 
respectivo número de ordem.
c) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa.
8.2. Leis
O princípio da legalidade está relacionado com a ideia de que toda e qualquer obrigação 
apenas pode ser exigida da coletividade por meio da manifestação da população.
E isso é bem simples de entender: uma vez que se é a população quem escolhe seus repre-
sentantes através do voto, presume-se que ela, a população, é quem atua, ainda que indireta-
mente, através da manifestação de seus representantes.
E, como se sabe, toda e qualquer norma jurídica que inove o ordenamento deve ter a par-
ticipação dos representantes populares. Indiretamente, portanto, quem está editando leis e 
inovando o ordenamento pátrio é a própria população.
Nesse sentido se posiciona o autor Hely Lopes Meirelles:
As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não podem ser des-
cumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários, uma 
vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos.
O conceito da legalidade, desta forma, é o de que aos particulares é permitido fazer tudo 
aquilo que não esteja proibido em lei.
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Em outros termos, os particulares podem, como regra geral, adotar os comportamentos 
que entendam ser os melhores para cada situação. Há assim uma liberdade de atuação asse-
gurada a todos os administrados.
Quando, no entanto, houver uma lei estabelecendo a vedação a determinado comporta-
mento, a eventual prática da conduta vedada implica em descumprimento da lei, ensejando a 
aplicação de penalidades aos responsáveis.
Importante diferenciarmos o conceito de lei em sentido lato do da lei em sentido estrito, 
também conhecida como lei formal.
A lei em sentido lato compreende todas as normas expedidas pelos Poder Público, poden-
do ou não inovar no ordenamento jurídico.
Importante mencionar que não há necessidade destas normas serem chamadas especi-
ficamente de “leis”. Como exemplo, podemos citar os decretos autônomos, que, nas estritas 
possibilidades da Constituição Federal, podem inovar no ordenamento jurídico.
A lei em sentido estrito, por outro lado, compreende apenas as normas que são dotadas 
das características da generalidade e da abstração.
A característica da generalidade afirma que tais normas alcançam um número indetermi-
nado de administrados. Já de acordo com a abstração, as leis em sentido estrito não se apli-
cam exclusivamente a um caso concreto, mas a todas as hipóteses que se enquadrarem nas 
situações nela previstas.
Lei em sentido estrito
•Todas as normas que inovam no 
ordenamento jurídico, sendo 
dotadas de generalidade e 
abstração.
Lei em sentido lato
•Todas as normas expedidas pelo 
Poder Público, inovando ou não no 
ordenamento jurídico.
De acordo com a Constituição Estadual, a iniciativa das Leis Complementares e Ordinárias 
cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, 
ao Presidente do Tribunal de Justiça, ao Presidente do Tribunal de Contas, ao Reitor da Univer-
sidade Estadual, ao Procurador-Geral de Contas, ao Procurador Geral de Justiça, ao Defensor 
Público-Geral e aos cidadãos.
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Especificamente em relação ao Governador do Estado, consta a previsão de que tal autori-
dade poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa e exclusiva competência tramitem em 
regime de urgência.
Tendo sido feita a solicitação, se a Assembleia Legislativa não deliberar em até 45 dias 
sobre o projeto, este será incluído na ordem do dia até que seja ultimada a sua votação.
Art. 42. O Governador poderá solicitar que os Projetos de sua iniciativa e exclusiva competência 
tramitem em regime de urgência.
§ 1º Se a Assembleia Legislativa não deliberar em até 45 (quarenta e cinco) dias o projeto de que 
trata este artigo, o mesmo será incluído na ordem do dia até que seja ultimada a sua votação.
§ 2º O prazo de 45 (quarenta e cinco) dias de que trata o § 1º não corre nos períodos de recesso da 
Assembleia Legislativa, nem se aplica aos projetos de código.
E qual o fluxo a ser observado para que uma lei seja aprovada?
Basicamente, o projeto de lei observa as seguintes etapas:
1º) Após o projeto de lei ser aprovado, será ele será enviado ao Governador do Estado, o 
qual, aquiescendo, o sancionará e promulgará.
2º) Se o Governador do Estado considerar o projeto de lei, no todo ou em parte, inconsti-
tucional ou contrário ao interesse público, irá ele vetar total ou parcialmente, no prazo de 15 
dias úteis, contado da data do recebimento. O veto parcial somente abrangerá texto integral de 
artigo, de parágrafo, de inciso, de item ou de alínea.
3º) Em caso de veto, deverá o Governador comunicar, dentro de 48 horas, os respectivos 
motivos ao Presidente da Assembleia Legislativa. Sendo negada a sanção, os motivos do veto 
serão comunicados ao Presidente da Assembleia Legislativa dentro do prazo para sua aposi-
ção e publicado imediatamente.
4º) Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o silêncio do Governador importará sanção do pro-
jeto de lei, sendo obrigatória sua promulgação pelo Presidente da Assembleia Legislativa no 
prazo de 10 dias.
5º) O veto será apreciado no prazo de 30 dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser 
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados. Esgotado, sem deliberação, o prazo 
de 30 dias, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais 
proposições, até sua votação final.
6º) Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado, para promulgação, ao Governador. Se a 
lei não for promulgada dentro de 48 horas, pelo Governador, o Presidente da Assembleia Le-
gislativa a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao primeiro Vice-Presidente 
realizar a medida. Não sendo promulgada a Lei pelo Poder Executivo, este fornecerá os meios 
indispensáveis para que o Poder Legislativo adote a medida.
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7º) Ressalvados os projetos de iniciativa exclusiva, a matéria constante de projeto de lei 
rejeitado somente poderá ser renovada, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da 
maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa.
8.2.1. Leis Complementares
Com relação às leis complementares, no entanto, precisamos memorizar que estas serão 
sempre aprovadas por maioria absoluta dos votos.
Isso não significa, contudo, que haja uma hierarquia entre as leis complementares e as leis 
ordinárias. Ambas as espécies normativas, ao contrário do que possa dar a entender, estão 
situadas no mesmo nível hierárquico.A lei complementar, assim como ocorre com a lei ordinária, são instrumentos de atuação, 
como regra geral, do Poder Legislativo. Por meio da edição das leis, os representantes do povo, 
dentre outros legitimados pela Constituição Federal, podem fazer valer a vontade popular.
Ambos os instrumentos (lei ordinária e lei complementar) se diferenciam, no entanto, com 
relação a dois importantes aspectos: a matéria e o quórum necessário para a aprovação.
Com relação à matéria, todos os assuntos em que a Constituição Federal exigir, expres-
samente, a edição de lei complementar, apenas podem ser normatizados por meio deste 
instrumento.
Neste sentido, expressões como “lei complementar estabelecerá” ou “lei complementar 
disporá” apenas podem ser objeto de lei complementar, e não de lei ordinária.
Adotando-se o critério residual, todas as demais matérias, ou seja, aquelas em que a Cons-
tituição não determina expressamente a necessidade de edição de uma lei complementar, 
podem ser objeto de lei ordinária.
Como exemplo, podemos citar diversos artigos onde a Constituição apenas menciona que 
“lei estabelecerá”. Nestas situações, a regulamentação da matéria poderá ser feita por lei ordi-
nária, não sendo exigida a edição de lei complementar.
No que se refere ao quórum de aprovação, a lei complementar exige, para a sua aprovação, 
a maioria absoluta dos votos dos membros do respectivo órgão.
Assim, se estivermos diante de um órgão com, por exemplo, 81 membros, a lei complemen-
tar apenas será aprovada se pelo menos 41 membros votarem neste sentido.
A lei ordinária, em sentido oposto, exige apenas a aprovação por parte da maioria simples. 
Logo, se tomarmos como exemplo a situação do órgão anteriormente mencionado (composto 
de 81 membros), uma lei ordinária será aprovada caso a maioria simples dos membros presen-
tes em uma sessão vote neste sentido.
Desta forma, caso o órgão tenha, em uma sessão, 60 membros, a lei ordinária será conside-
rada aprovada caso assim seja decidido por, pelo menos, 31 membros, número que representa 
a maioria dos membros presentes, e não necessariamente a maioria do respectivo órgão.
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Art. 40. As Leis Complementares serão aprovadas pelo voto favorável da maioria absoluta dos 
membros da assembleia legislativa, em turno único, observados os demais termos da votação das 
leis ordinárias.
Lei Complementar
Matérias expressamente previstas 
no texto da Constituição
Aprovação pela maioria absoluta
(50% + 1 dos mebros do órgão)
Lei Ordinária
Matérias que não exigem a edição 
de lei complementar (critério 
residual)
Aprovação pela maioria simples
(50% + 1 dos membros presentes 
na sessão)
É a própria Constituição Estadual que estabelece uma lista de matérias que apenas pode-
rão ser disciplinadas por meio de lei complementar.
Art. 40, Parágrafo único. Para fins deste artigo, consideram-se complementares, entre outras previs-
tas nesta Constituição:
I – a Lei de Organização Judiciária;
II – as Leis Orgânicas do Ministério Público e do Ministério Público de Contas;
III – a Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado;
IV – a Lei Orgânica da Defensoria Pública;
V – a Lei Orgânica da Polícia Civil;
VI – a Lei Orgânica da Polícia Militar;
VII – a Lei Orgânica do Tribunal de Contas;
VIII – a Lei Orgânica das entidades descentralizadas;
IX – a Lei Orgânica do Fisco Estadual;
X – os Estatutos dos servidores civis e militares;
XI – o Código de Educação;
XII – o Código de Saúde;
XIII – o Código de Saneamento Básico;
XIV – o Código de Proteção ao Meio Ambiente;
XV – o Código Estadual de Proteção contra Incêndios e Emergência;
XVI – a Lei que impuser requisitos para criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municí-
pios ou para sua classificação como estância de qualquer natureza;
XVII – Organização e Divisão Judiciárias, bem como criação, alteração ou supressão de ofícios e 
cartórios judiciários; e
XVIII – Lei Orgânica do Corpo de Bombeiros Militar;
8.2.2. Leis Delegadas
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As leis delegadas foram previstas na Constituição como uma forma de tentar tornar mais 
célere a atuação do Governador do Estado, que poderia, desde que atendidos os requisitos 
estabelecidos, exercer, atipicamente, a função de legislar.
Sendo assim, as leis delegadas serão elaboradas pelo Governador do Estado, que deverá 
solicitar a delegação à Assembleia Legislativa.
Art. 41-A. As leis delegadas serão elaboradas pelo Governador do Estado, que deverá solicitar a 
delegação à Assembleia Legislativa.
A delegação, no entanto, não será ilimitada. Em sentido diverso, deverá a Assembleia Le-
gislativa, caso aprove a delegação, editar uma resolução, que deverá especificar o conteúdo 
e os termos do seu exercício. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assem-
bleia Legislativa, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Art. 41-A, § 2º A delegação ao Governador do Estado terá a forma de Resolução da Assembleia 
Legislativa, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, esta a fará em 
votação única, vedada qualquer emenda.
Não são todas as matérias que poderão ser objeto de lei delegada. Neste sentido, a Cons-
tituição Estadual apresenta uma lista de assuntos que não poderão ser objeto de tal norma 
legislativa, sendo eles:
a) os atos de competência privativa da Assembleia Legislativa;
b) a matéria reservada à Lei Complementar;
c) a legislação sobre organização do Poder Judiciário, do Ministério Público, do Ministério 
Público de Contas e do Tribunal de Contas, a carreira e a garantia de seus membros, bem as-
sim, a carreira e a remuneração dos servidores de suas Secretarias;
d) a legislação que instituir Planos Plurianuais, Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos;
9. FiscALizAção conTábiL, FinAnceirA e orçAmenTáriA
O controle da administração pública pode ser entendido como a soma de todas as ativi-
dades, internas e externas, que possuem como objetivo garantir a preservação do interesse 
público e assegurar que as funções administrativas estão sendo desempenhadas de acordo 
com a lei.
Merece destaque, neste sentido, o conceito de controle da administração pública extraído 
da obra de José dos Santos Carvalho Filho:
Os mecanismos de controle da Administração Pública podem ser entendidos como ações que têm 
como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e assegurar a 
observância das diretrizes constitucionais da Administração.
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Assim sendo, teremos controle quando houver o desempenho de qualquer atividade, por 
parte dos três poderes ou da população, que tenha o objetivo de proteger o patrimônio público 
e o bem estar coletivo ante a atuação da

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