Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
● Introdução: Os rins são indicadores de ava- liação própria e de outros órgãos. Além disso, enfermidade renais acometem 60-80% dos cães e gatos senis. ➤ Enfermidades Renais: Apresenta diversas causas, como Leptospira spp., vírus da hepatite infecciosa canina, produtos químicos ou fito- tóxicos, diabetes mellitus, medicamentos como anfotericina e tetraciclina. ● Urinálise: Avaliação laboratorial de extrema importância, sendo indicada concomitante com um hemograma. É um exame capaz de demonstrar presença de componentes anormais, excessos e deficiências, e morfologias anormais. ➤ Amostra: Deve ser processada o mais breve possível; colhida a partir de micção natural, com- pressão, cateterismo ou cistocentese. O volume mínimo recomendado é de 10mL e deve ser acondicionado protegido da luz e refrigerado, preservando a bilirrubina fotossensível, caso presente. Se não houver necessidade de cultivo bacteriano, o recipiente não precisa ser estéril. ➤ Exame Físico: Avaliação dos aspectos visuais e perceptíveis da amostra. ☞ Volume: É resultante da quantidade de água ingerida e metabólica menos a perdida pelo intes- tino, pulmão e pele. Cães: 20-40mL/kg/dia ou 1- 2mL/kg/h. Gatos: 10-20mL/kg/dia. Poliúria: É a excreção anormal aumentada de urina. Causas e Mecanismos: A doença renal crônica resulta na perda de capacidade de concentração urinária pelos rins por diminuição de sítios do ADH. A doença renal aguda em fase diurética resulta no aumento do fluxo sanguíneo em tentativa de auxiliar os rins. Na diabetes mellitus, o excesso de glicose não consegue ser filtrado, sendo diluído então na urina para excreção. Já na diabetes insípido, há uma falta de produção do hormônio diurético ADH, portanto pouca água é reabsorvida. Na diabetes insípido renal, há produção do ADH, porém não há sítios de ligação nos túbulos renais. Em casos de glicosúria renal, o local de reabsorção da glicose está anormal, e, portanto, a glicose não filtrada é diluída na urina para excreção. No hiperadreno- corticismo e piometra, há o comprometimento da síntese do ADH. A polidipsia psicogênica é distúrbio nervoso, onde o animal apresente consumo alto de água em situação de ansiedade e estresse. O uso de diuréticos e corticosteróides também promovem poliúria. Oligúria: É a excreção anormal diminuída de urina. Causas e Mecanismos: Em situação de desidratação e choque, o rim promove retenção de água para preservação da hidratação. Quando há obstrução de vias urinárias, o conteúdo é filtrado, porém impedido de ser excretado. Na doença renal aguda, pode haver dano isquêmico e consequente vasocontrição, diminuindo a taxa de filtração. Na doença renal crônica terminal, há perda do parênquima funcional, e consequente impossibilidade de filtração. ☞ Cor: Quando normal, apresenta-se de amarelo ao âmbar, relacionado com a presença de urocromos. Os equinos podem apresentar urina amarronzada. É relacionada diretamente com a densidade e volume. Palha, pálida ou amarelo-clara: Urina diluída associada às causas e mecanismos da poliúria. Avaliação Obs.: Durante a rotina clínica, é raro conseguir mensurar o volume real de produção pelo animal, a menos que se utilize uma sonda por 24 horas. Por esse motivo, é feito a comparação com a densidade; exceto em: Diabetes mellitus (ambos aumentados) Doença renal crônica (ambos baixos) e, Nefropatia aguda Amarelo-escura ou âmbar: Urina concentrada de densidade aumentada associada às causa e mecanismos da oligúria. Alaranjado-âmbar e amarelo-esverdeada: Indica urina com presença considerável de bilirrubina. Avermelhada: Indica u- rina com presença de hemo- globina (hemoglobinúria) e/ ou hemácias (hematúria). Se submetida a centrifugação, hemácias estarão no sedi- mento e o sobrenadante es- tará límpido. Amarronzada: Indica urina com presença de hemoglobina e/ou mioglobina (lesão muscular). Azul-esverdeada: Indica animal submetido à terapêutica com antissépticos urinários: azul de metileno. ☞ Odor: É resultante da quantidade de ácidos graxos na urina, sendo individual de cada espécie. Herbívoros apresentam odor doce e aromático. Carnívoros apresentam odor picante e aliáceo. Machos costuma ser mais acentuado. Obs.: Essa avaliação está entrando em desuso visto a implementação de biossegurança. Suis generis: Indica cheiro normal caracte- rístico da espécie. Pútrido: Pode indicar processos infecciosos. Adocicado: Pode indicar presença de glicose. Amoniacal: Indica presença de amônia. ☞ Aspecto: Deve ser límpida. Porém, equinos e coelhos podem apresentar aspecto turvo visto presença de cristais de carbonato de cálcio e muco. É uma avaliação em associação com o exame sedimentar. Turvo: Indica presença de elementos celulares, bactérias ou sêmen. ☞ Densidade: Indica a concentração de sólidos em solução. Retrata a função de reabsorção tubular ou concentração renal. Cães: 1020-1045. Gatos: 1020-1050. Equinos: 1020-1045. Rum.: 1020-1045. Isostenúria: É a densidade abaixo do esperado (1.008-1.012). Causas e Mecanismos: Ausência da capacidade de concentração tubular com comprometimento de 2/3 dos néfrons. Além disso, precede a hiperazotemia, exceto em alguns casos de doença glomerular primária. ➤ Exame Químico: É a avaliação da amostra com o auxílio de fitas reagentes. Obs.: Caso a densidade esteja diminuída, todos os constituintes químicos estão excessivamente diluídos. ☞ pH: É altamente influenciado pela nutrição, se alterado indica problemas sistêmicos. Her- bívoros apresentam urina alcalina (7,5-8,5) graças ao bicarbonato de cálcio. Carnívoros apresen-tam urina ácida (5,5-6,5) graças aos fosfatos de sódio e cálcio. Alteração Alcalina: Pode ser resultante de demora no processamento da amostra, com formação de amônia. Patologias e Mecanismos: Infecção bacteriana, visto metabolismo de conver- são da ureia em amônia pelas bactérias. A retenção urinária vesical promove formação de amônia ainda na bexiga. Animais com alcalose metabólica ou respiratória. Administração terapêutica de alcalinizantes como bicarbonato de sódio, lactado de sódio ou citrato de sódio; para evitar a formação de urólitos dissolvíveis em meio alcalino, como o oxalato de cálcio. Alteração Ácida: Pode ser resultante de alimentação rica em proteínas, como em vacas lactantes ou equinos esportivos. Patologias e Mecanismos: Acidose metabólica ou respiratória. Consequência de catabolismo proteíco em situações de febre, jejum e diabetes mellitus. Administração terapêutica de acidificantes como cloreto de amônio, cloreto de cálcio ou fosfato ácido de sódio; para evitar a formação de urólitos dissolvíveis em meio ácido. ☞ Proteínas: É um produto nobre do orga- nismo que não é filtrado nos capilares glo- merulares, impedindo do sua perda. Eventual- mente, uma pequena porção pode ser filtrada caso apresentem baixo peso molecular, não sendo detectáveis pelas fitas reagentes. Obs.: Novamen- te, caso a densidade esteja alta, a pequena porção fisiológica de proteína filtrada pode ser identifi- cada. Proteinúria: É patológica. Pré-renal: Indica doença primária não renal, como em casos de anemia hemolítica (hemoglobinúria), lesões musculares (mioglobinúria) e outros processos inflamatórios (g-globinúria). Renal: Indica aumento da permeabilidade capilar e perda funcional tubular ou então processo inflamatório com exsudato renal; como em casos de nefrose, cistos renais, glomerulonefrite, nefrite, pielo- nefrite, neoplasias e hipoplasia. Pós-renal: Indica infecções do trato inferior, hematúria pós-renal ou obstrução por cálculos; como em casos de pielite, uretrite, cistite, uretrite, vaginite e postite. ☞ Glicose: É um produto integralmente reabsorvida nos túbulos contorcidos proximais quando filtrada. Cães: máximo 180-220mg/dL. Gatos: máximo 290mg/dL. Grandes Animais: máximo 150mg/dL. GlicosúriaAssociada à Hiperglicemia: Causas e Mecanismos: Diabetes mellitus, onde o excesso de glicose não consegue ser filtrado, sendo diluído então na urina para excreção. Tratamento parental com glicose ou frutose promovem hiperglicemia induzida ao extrapolar o limiar de absorção. O hiperadrenocorticismo, a pancreatite necrótica aguda, a ingestão excessiva de açúcares e a administração parenteral de adrenalina promovem maior mobilização de glicose para a circulação. Glicosúria Não Associada à Hiperglicemia: Causas e Mecanismos: Nefropatias congênitas ou here- ditárias, onde o local de reabsorção de glicose apresenta defeito. Doenças renais que comprome- tam a função de reabsorção. A glicosúria pode ser falso-positiva quando em uso de certos antibióticos (cefalosporinas) ou contaminação do recipiente por substâncias redutoras de açúcar (hipoclorito, H2O2). Além disso pode ser falso- negativa quando há ácido ascórbico, que inibe a reação pela fita, principalmente associada à cães. ☞ Corpos Cetônicos: São eles: ác. aceto-acé- tico, ác. B-hidrobutírico e acetona. Cetonúria: Indica a impossibilidade de utilização da glicose como fonte de energia como em casos de acidose metabólica, jejum, diabetes mellitus em pequenos animais, cetose em vacas leiteiras e ovelhas prenhes. ☞ Bilirrubina: Não deve ser apresentada na urina. Porém, cães apresentam uma bilirrubinúria fisiológica, não sendo detectáveis pelas fitas reagentes. Obs.: Novamente, caso a densidade esteja alta, a pequena porção fisiológica de bilirrubina pode ser identificada. Bilirrubinúria: Indica comprometimento do fluxo biliar, como em casos de hepatopatias (hepatite, leptospirose, neoplasias) e colestases intra e extra-hepáticas. ☞ Urobilinogênio: É promotor da coloração da urina, e deve ser dosado a partir da prova bioquímica de Ehrlich ou correlacionado a função hepático-biliar. Obs.: Se apresenta problemático na veterinária, visto que as tiras são de uso humano e insensíveis ao composto. Diminuído: Indica obstrução das vias biliares ou presença de distúrbios intestinais, impedindo a conversão da bilirrubina. Processos inflamatórios como nefrite. Aumentado: Indica hepatite, cirrose hepática ou icterícia pré-hepática e hemolítica. ☞ Sangue Oculto: Reação observada em fita que indica hematúria ou hemoglobinúria quando positivo. Hematúria x Hemoglobinúria: Centrifugação com formação de sedimento e sobrenadante límpido indica hematúria. Se sobrenadante permanecer avermelhado, indica hemoglo- binúria ou mioglobinúria. Hemoglobinúria x Mioglobinúria: Após centrifu- gação, amostra é saturada com sulfato de amônio e é novamente centrifugada. O sulfato se liga a hemoglobina, formando sedimentos e sobrena-dante negativo para fita reagente. Em caso de mioglobinúria a reação é positiva para fita. Hemoglobinúria: Indica hemólise. Sendo assim, diversas causas como agentes infecciosos (leptospirose, babesiose), agentes químicos (co- bre, mercúrio), transfusões sanguíneas incompa- tíveis, anemia infecciosa equina e doenças hemo- líticas podem provocar a alteração. Mioglobinúria: Indica lesão muscular. Sendo assim, causas como exercício excessivo, mioglobinúria paralítica dos equinos e acidentes ofídicos por cascavel podem provocar a alteração. ➤ Exame do Sedimento: Avaliação realizada em 5mL da amostra submetida a centrifugação, retirada do sobrenadante e resuspensão para análise não-corada em microscopia. Raros: Presen- ça de até 0-5 sedimentos/campo. +: Presença de até 5-10 sedimentos/campo. ++: Presença de até 10-15 sedimentos/campo. +++: Presença de até 15-23 sedimentos/campo. ☞ Células Epiteliais de Descamação Vesicais: Indi- cam cistite e cateterização ☞ Células Epiteliais de Descamação Renais: Indicam degeneração tubular aguda, intoxicação renal, isquemia renal e processo inflamatório. ☞ Células Epite- liais de Descamação Pélvica: Indicam pie- lite e pielonefrite. ☞ Células Epiteliais de Descamação Uretrais: Indi- cam uretrite e cateteriza- ção. ☞ Células Tumo- rais: São células dis- mórficas, presentes em aglomerados. A lâmina é submetida a coração para confirmar. ☞ Hemácias/Hematúria: Indica inflamações do trato urinário, traumas por método de colheita, congestão passiva e infarto renal, parasitas (dioctophima renale), intoxicações (cobre, mercúrio), problemas hemostáticos, estro e pós-parto. ☞ Leucócitos/Leuco- citúria: Indica inflamações renais, do trato inferior ou genital. ☞ Cilindros: São estruturas compostas por uma matriz mucoproteica precipitada com proteínas e outros elementos. Requer albumina, estase urinária, debris celulares, baixa filtração glomerular, pH ácido, proteínas e osmolalidade a 200-400mOsm/kg para formação, sempre na luz dos túbulos renais. Hialino: Indica redu- ção do fluxo tubular, como animal desidra- tado ou febril. Hemático: Indi- ca hemorragias in- tra-renais. Leucocitário: Indica processo inflamatório tubular. Gorduroso: Indica presença de gordura nos túbulos renais. Granuloso: Indica estase demorada, com degene- ração celular pelo tempo. Misto: Apresenta mais de uma classe de indicações Céreo: Indica redução intensa do fluxo tubular. ☞ Espermatozoides: É um achado sem relevância clínica. ☞ Muco: É de difícil visualização, e se estiver em quantidade aumentada indica processos infla- matórios. Exceto em casos de equinos, onde é fisiológico. ☞ Bactérias: É aceitável até 1 cruz por conta de contaminação do trato inferior ou cateterismo. Se colhida por cistocentese, a quantidade deve ser rara. Obs.: Seu resultado deve ser comparado com outros indicativos para determinar infecção x contaminação. ☞ Cristais: Podem ser achados acidentais em casos de pacientes saudáveis, ou motivos de consulta em pacientes doentes. Formação: O aumento da concentração de substâncias cristalogênicas oferecidas na dieta, o pH urinário, predisposição genética, drogas, refrigeração da amostra. Cristais de Urinas Ácidas: Oxalato de cálcio em casos de hipercalcemia ou ingestão de etilenogli- col, forma urólitos indissolúveis. Urato Amorfo em casos de anomalias porto-vasculares ou refrigera- ção da amostra. Ácido Úrico em casos de ano- malias porto-vasculares, mas geralmente de pou- co significado clínico. Cristais de Urinas Alcalinas: Fosfato Amorfo em casos de refrigeração da amostra. Fosfato Tri- plo (Estruvita), em casos de infecções bacterianas, forma urólitos dissolvíveis. Carbonato de cálcio, de maneira fisiológica e sem valor clínico. Cristais de Bilirrubina: Preci- pitação em casos de bilirrubinúria. Cristais de Biurato de Amônia: Indica shunt porto- sistêmico ou hepatopatias de impedimento da con- versão da amônia em ureia. Porém, é fisiológico em dálmatas e bulldogs. Cristais de Cistina: Indi- ca desordens metabólicas de origem proteica. Cristais de Coles- terol: Observado em animais com hiperco- lesterolemia. Cristais de Leucina: Indica doenças hepáticas, sendo mais observados em humanos. Cristais de Tirosina: Indica doenças hepáticas, sendo mais observados em humanos. Cristais de Sulfa: Observado em animais em uso terapêutico de sulfas. ☞ Outros Elementos: No sedimento pode ainda haver fungos, leveduras, ovos, parasitas, etc. Cristais x Urólitos: Os cristais formam os urólitos. Porém é possível apresentar cristalúria sem urólitos. Como também é possível apresentar urólitos sem cristalúria. ☞ Contaminantes: Fibras, pólen, talcos, gor- duras. ● Provas Bioquímicas: ➤ Dosagem de Ureia: A ureia é produzida no fígado a partir da arginina originada do ciclo da amônia. A ureia é então, filtrada nos capilares glomerulares, com uma parte sendo 25%-40% reabsorvida nos túbulos e 60% sendo excretada naurina. ☞ Aumento: Causas Extra-Renais: Situações que levem ao aumento na síntese, como aumento da ingestão proteica ou hemorragia do trato GI, visto que hemácias apresentam proteínas. Ou então situações de catabolismo tecidual resultante de febre, trauma muscular, corticoides e tetra- ciclinas. Causas Renais: Situações pré-renais, onde há acúmulo de ureia por falta de perfusão tecidual, como em casos de diminuição do fluxo ou da pres- são glomerular, hipotensão e choque, insuficiência cardíaca, aumento da pressão osmótica e desidra- tação. Ou então, situações renais, onde há perda funcional de no mínimo 75% dos néfrons, impossibilitando a filtragem e acumulando a ureia na circulação. Por fim, há situações pós-renais, onde a ureia não consegue ser excretada e é reabsorvida, como em casos de ruptura ou obstrução das vias urinárias. ☞ Diminuição: Inibição da Produção: Situações de insufi- ciência hepática que leve ao acumulo amônia na circulação; ou então desnutrição proteica. Aumento na Excreção: Situações de poliúria e polidipsia ocasionados por situações já esclare- cidas anteriormente no documento; ou então final de uma gestação, onde há um grande catabolismo e utilização das reservas proteicas. ➤ Dosagem de Creatinina: A creatinina é pro- duzida de maneira constante a partir do meta- bolismo muscular da creatina e fosfocreatina. Portanto, não sofre influência de dieta ou sexo; e sim, apenas da massa muscular. Sua excreção pelos glomérulos é de 100%, sendo o comparativo referência para avaliação de índice de filtração glomerular. ☞ Aumento: Pré-Renal: Indica diminuição do fluxo sanguí- neo, portanto, menor filtração e excreção. Renal: Indica comprometimento renal de maneira que diminua a filtração. Pós-Renal: Indica comprometimento de ex- creção, como situações de ruptura ou obstrução das vias urinárias. ➤ Dimetilarginina Sintética (SDMA): É uma substância cada vez mais estudada. É produzida constantemente no núcleo de todas as células sanguíneas a partir da metabolização da arginina. Após filtração, é totalmente excretada na urina, sendo um excelente marcador comparativo para avaliação da função renal, visto que, diferente da creatinina, seus valores não se alteram a depender da musculatura. Portanto, consegue reduzir o tempo para diagnóstico em 6 a 17 meses. Azotemia: Aumento de ureia e creatinina sem apresentação de sinais clínicos. Uremia: Aumento de ureia e creatinina acompa- nhados de sinais clínicos como odor urêmico, úlceras na mucosa oral, diarreia profusa e sanguinolenta, e vômitos. Ureia : Creatinina Pré-renal: Fluxo reduzido aumenta reabsorção da ureia, portanto a razão estará alta. Média: 55,3 / Intervalo: 10-260 ➤ Eletrólito - Sódio: É substância filtrada nos capilares glomerulares e reabsorvida para circu- lação por meio da bomba sódio-potássio. ☞ Hiponatremia: Indica perda de capacidade de reabsorção e consequente excreção aumen- tada na urina. Ocorre em casos de nefropatia crônica generalizada observada em cães e equi- nos; e casos de falha renal aguda em bovinos. ➤ Eletrólito - Potássio: É substância filtrada nos capilares glomerulares, reabsorvida nos túbu- los contorcidos, e excretada nos túbulos distais pe- la bomba sódio-potássio. ☞ Hipocalemia: Indica perda de potássio por redução do fluxo tubular, como em casos de doença renal crônica (estágio 2 e 3). ☞ Hipercalemia: O potássio não consegue ser excretado de forma ativa e é então retido, diminuindo também o sódio. Ocorre em casos de nefropatia com oligúria ou anúria, e doença renal crônica (estágio 4); visto perda funcional do epi- télio. ➤ Eletrólito - Fósforo: É substância excretada de forma ativa nos túbulos renais. ☞ Hiperfosfatemia: Indica comprometimento renal por incapacidade de realizar a excreção em situação de perda na velocidade ou capacidade, retendo o fósforo. Ocorre em casos de nefropatia crônica progressiva ou doença renal generalizada. Pode desenvolver hiperparatireoidismo secundá- rio renal, visto que o aumento do fósforo estimula a mobilização do cálcio ósseo pelo paratormônio. ➤ Eletrólito - Cálcio: É substância que pode ser perdida em decorrência da retenção do fósforo ou por mecanismo dos túbulos renais. ☞ Hipocalcemia: Ocorre em nefropatias crôni- cas e hiperparatireoidismo secundário renal. ● Testes de Clarence Renal: É a taxa de depura- ção renal, que pode ser provada em suspeitas de doença renal sem sinais clínicos ou aumento de ureia e creatinina. ➤ Metodologia: Colheita de urina por 24 horas e de amostra sérica na metade do tempo. Em seguida deve ser realizado o seguinte cálculo: 𝐶𝑙𝑒𝑎𝑟. = 𝑣𝑜𝑙. (𝑚𝐿) ∗ 𝑐𝑟𝑒𝑎𝑡. 𝑢𝑟𝑖(𝑚𝑔/𝑚𝐿) 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜(min. ) ∗ 𝑐𝑟𝑒𝑎𝑡. 𝑠é𝑟(𝑚𝑔/𝑚𝐿) ∗ 𝑝𝑒𝑠𝑜(𝑘𝑔) Referência (cão): 2,4 a 5,0mL/min/kg ● Testes de Analitos: Dosa-se ureia, creatinina ou eletrólito em colheita de sangue e urina. Em seguida, deve ser realizado o seguinte cálculo: 𝐹𝑋 = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑢𝑟𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑠é𝑟𝑖𝑐𝑎 Se < 1 – Normal Se > 1 – Azotemia Pré-Renal (desidratação) Se = 1 – Azotemia Renal (isostenúrica) Caso seja dosado Ureia e Creatinina, é possível deduzir a habilidade excretória. Se, Taxa Urinária > Taxa Sérica – Normal Se, Taxa Sérica > Taxa Urinária – Azotemia ● Outros Exames: ➤ Proteínas Totais Séricas: Não devem ser perdidas na urina, portanto permite avaliar grau de desidratação e perda proteína renal. A albumina é usada como principal referência. ➤ Hemograma, Eritrograma e Leucograma: Permitem avaliar o estado geral de saúde, além de identificar processos inflamatórios ou de deficiên- cia na produção de eritropoietina pelos rins. ➤ Lipídios: Pacientes renais costumam apre- sentar hipercolesterolemia. Proteína : Creatinina É uma razão solicitada em exame bioquímico específico quando já se observa exames alterados. Permite comparar a quantidade de proteína perdida pelos glomérulos. 𝑈𝑃𝐶 = 𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎 𝑈𝑟𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑈𝑟𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 Normal: <0,5 Limítrofe: 0,5 – 1,0 Proteinúria Glomerular: > 1,0
Compartilhar