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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA PEDAGOGIA DEBORAH MONALISE FERREIRA LEAL UP19218919 GRAZIELE COSTA DE MEDEIROS UP 19220039 JÉSSICA SOARES PEREIRA UP19227378 A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA PEDAGOGIA DEBORAH MONALISE FERREIRA LEAL UP19218919 GRAZIELE COSTA DE MEDEIROS UP 19220039 JÉSSICA SOARES PEREIRA UP19227378 A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado a UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Porto Velho/RO, como exigência parcial à obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. Orientador (a): Maria Lúcia Tenório da Silva PORTO VELHO/RO 2022.1 Cutter CAMPELLO, Alesbell Alves e outros. Timidez na vida escolar do aluno da educação básica: Aspectos históricos, desafios e o papel do professor/Alesbell Alves Campello. Mehir Gonçalves da Silva. Marciana Patrícia da Silva Marinho. Patrícia Moraes Mitoso. Salete Pereira Nepomuceno [organizadores]. Porto Velho/RO. 2021.2 41 f. : il. ; 30cm. Orientadora: Maria Lúcia Tenório da Silva Trabalho Monográfico (Graduação em Pedagogia)- UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Porto Velho/RO, 2021.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Porto Velho/RO. CDD 000.000 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA DE PORTO VELHO/RO PEDAGOGIA DEBORAH MONALISE FERREIRA LEAL UP19218919 GRAZIELE COSTA DE MEDEIROS UP 19220039 JÉSSICA SOARES PEREIRA UP19227378 A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado à UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Porto Velho/RO, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. BANCA EXAMINADORA Prof. Titulação Nome do Professor UNIP - Universidade Paulista de Porto Velho/RO Prof. Titulação Nome do Professor UNIP - Universidade Paulista de Porto Velho/RO Prof. Titulação Nome do Professor UNIP - Universidade Paulista de Porto Velho/RO UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA DE PORTO VELHO/RO PEDAGOGIA DEBORAH MONALISE FERREIRA LEAL UP19218919 GRAZIELE COSTA DE MEDEIROS UP 19220039 JÉSSICA SOARES PEREIRA UP19227378 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Educação Inclusiva. Educação Infantil. Prática Pedagógica AUTORIZAÇÃO PARA DEPÓSITO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Com base no disposto da Lei Federal nº 9.160, de 19/02/1998, AUTORIZO a UNIP - Universidade Paulista de Porto Velho - RO, sem ressarcimento dos direitos autorais, a disponibilizar na rede mundial de computadores e permitir a reprodução por meio eletrônico ou impresso do texto integral e/ou parcial da OBRA acima citada, para fins de leitura e divulgação da produção científica gerada pela Instituição. Porto Velho-RO, 14/04/2022 Deboh Monalise Ferreira Leal Graziele Costa de Medeiros Jéssica Soares Pereira Declaro que o presente Trabalho de Conclusão de Curso, foi submetido a todas as Normas Regimentais da UNIP - Universidade Paulista de Porto Velho/RO e, nesta data, AUTORIZO o depósito da versão final desta monografia bem como o lançamento da nota atribuída pela Banca Examinadora. Porto Velho-RO, 23/11/2021 Profª. Especialista Maria Lúcia Tenório da Silva Orientadora AGRADECIMENTOS Agradecimentos para: Deus, Família/Amigos, Orientadora e Universidade. Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo desses anos, e não somente nestes anos como universitária, mas em todos os momentos da minha vida. Aos amigos e familiares, que sempre estiveram ao meu lado, pela amizade incondicional e pelo apoio demonstrado ao longo de todo o período de tempo em que me dediquei a este trabalho. Aos professores, por todos os conselhos, pela ajuda e pela paciência com a qual guiaram o meu aprendizado À instituição Universidade Paulista Unip que foi essencial no meu processo de formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que aprendi ao longo dos anos do curso. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”. Salmos 139.16 Deborah Monalise Ferreira Leal AGRADECIMENTOS Queria agradecer primeiramente a Deus, por me permitir a ultrapassar os obstáculos encontrado ao longo caminho da realização deste trabalho. Segundo agradecer aos familiares e os amigos por toda ajuda, que sempre tiveram ao meu lado e pelo apoio demonstrando ao logo do período do tempo. E agradecer a Professora Maria Lúcia Tenório da Silva, por ser a nossa orientadora pela ajuda e pela paciência com o que guiaram o meu aprendizado. Às pessoas com quem convivi ao longo desses anos de curso, que me incentivaram e que certamente tiveram ao meu lado até a minha formação acadêmica. A todos os alunos da minha turma pelo ambiente em que convivemos e pela amizade. Por último a Universidade Paulista-Unip, pela disponibilização do meu processo de formação, pela dedicação e por tudo que aprendi a longo do curso. Graziele Costa de Medeiros AGRADECIMENTOS O dia de hoje foi uma grande conquista, conseguimos concluir nossas metas com sucesso, sou grata pelo aprendizado, vamos levar a bagagem do conhecimento pelo resto das nossas vidas, agradeço pelo apoio familiares e aos amigos que me incentivaram a não desistir, obrigada a todos os professores e especialmente a nossa orientadora Maria Lúcia que nos ajudou até aqui, uma grande profissional! A Universidade Paulista-Unip também foi uma grande aliada para o meu desenvolvimento proporcionando facilidade e capacidade para o término do curso, desde já meus sinceros agradecimento. Jéssica Soares Pereira DEDICATÓRIA “Sem a direção dada por Deus, a conclusão deste trabalho não seria possível. Por causa disso, dedicamos esta monografia a Ele. Com muita gratidão no coração.” Equipe: Deborah Monalise Ferreira Leal Graziele Costa de Medeiros Jéssica Soares Pereira LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASPara se estabelecer a educação inclusiva nos mais diferentes lugares do mundo é necessário que seus pensantes tenham empatia suficiente para interpretar as necessidades básicas que esse público especial necessita. Alison Aparecido Ferreira https://www.pensador.com/autor/alison_aparecido_ferreira/ LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS RESUMO Este artigo tem como objetivo desencadear uma reflexão sobre a educação inclusiva principalmente voltada para o autismo, A reflexão é no sentido de pensar nas mudanças necessárias desde a educação infantil, por ser esta a primeira etapa da educação básica e período crítico no processo de desenvolvimento e aprendizagem dessas crianças. A construção da escola inclusiva desde a educação infantil implica em pensar em seus espaços, tempos, profissionais, recursos pedagógicos etc . O tema deste estudo é sobre Autismo, tendo como problematização quais são as estratégias de ensino aprendizagem das crianças autistas. O presente artigo tem como objetivo mostrar algumas das principais características relacionadas à educação especial no Brasil, bem como à educação inclusiva dentro das escolas públicas brasileiras. Sabe-se que a educação especial tem sido um assunto corriqueiro nos bancos universitários dos cursos de licenciatura e, está cada vez mais, crescendo em nosso país. Por ser um assunto de tamanha grandeza e importância, estudar os aspetos relacionados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), se faz de suma importância para que a educação das crianças autistas possa ser, de fato, efetivada com louvor. Esse trabalho tem como objetivo mostrar algumas dos principais objetivos da escola inclusiva, bem como algumas reflexões sobre o tema que estão diretamente ligadas ao contexto escolar brasileiro PALAVRAS-CHAVE: Autismo; Educação; Ensino; Escola; Inclusiva. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas BNCC – Base Nacional Comum Curricular ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. LDBEN – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola AEE - Serviço da Educação Especial TEA - Transtorno do espectro autista NEE – Necessidades Educativas Especiais LBSE – Lei de Bases do Sistema Educativo SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14 2 A Educação Especial .......................................................................................... 17 1.1 Breve histórico de sua evolução no brasil e no mundo .................................... 15 3 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO ............................................................................................................ 17 3.1.1 A inclusão escolar do aluno autista .......................................................... 17 3.1.2 O papel do professor .............................................................................. 18 3.1.3 Caracteristicas do comportomento ...................................................... 19 4.1 Algumas adaptações curriculares como caminho para a inclusão .......... 20 4.1.2 A preparação do ambiente .................................................................................. 21 4.1.3 O Desenvolvimento de Rotina ............................................................................ 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 22 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 23 14 1 INTRODUÇÃO A educação especial no Brasil está crescendo cada vez mais dentro do quadro pedagógico e do contexto escolar do país. Com isso, a inclusão escolar de alunos portadores de necessidades especiais tem se mostrado ainda mais presente dentro do dia-a-dia das escolas brasileiras. Entretanto, diversos estudos estão sendo realizados para que a educação especial possa ser ainda mais, efetivada e realizada com sucesso dentro do cotidiano escolar. Ademais, o presente estudo irá relatar de maneira concisa, como é o processo educacional brasileiro e como o mesmo tem evoluído para trabalhar com alunos autistas, bem como, explanar a forma com que esses alunos possam ser incluídos no ensino regular, fazendo com que seus direitos educacionais possam ser efetivados. Além da temática central, o trabalho irá apresentar brevemente, algumas das políticas públicas relacionadas à educação especial dentro de nosso país, bem como, a maneira com que o atendimento educacional tem sido estudado para melhorar o ensino de alunos que possuem necessidades especiais. Por fim, também será explanado, resumidamente, algumas descrições relacionadas à educação inclusiva no Brasil, com a intenção de que a importância desse ensino e a relevância de sua prática, possam ser compreendidas por futuros leitores, assim como, apresentar os aspectos inerentes à educação inclusiva de alunos autistas nas escolas de ensino regular do país, porém, deixando muito claro o quão se faz necessário o preparo das escolas e da equipe pedagógica para receber esses alunos e poder atendê- los com toda a dignidade que merecem. 15 A EDUCAÇÃO ESPECIAL: 1.1 Breve histórico de sua evolução no Brasil e no mundo Atualmente, o tema “educação especial” está sendo tratado com maior ênfase e importância por diversos órgãos públicos brasileiros, bem como, por empresas particulares, grandes setores privados, entre outros. Mas, ele vem sendo cada vez mais trabalhado e estudado, principalmente, dentro do âmbito educacional. Algumas pesquisas mostram que foi no século XIX que os primeiros estudos passaram a ser realizados por diferentes pesquisadores ao redor do mundo. É claro que não podemos descartar a hipótese de que houveram estudos datados anteriormente a essa época, entretanto foi a partir desse século que as primeiras concepções a respeito do assunto passaram a ser estudadas. A partir desse período, os estudos sobre o assunto passaram a se aprofundar e a serem mais complexos e detalhistas. E, com o passar dos anos, novas medias educacionais passaram a ser criadas e testadas dentro das salas de aula. Algumas com fracasso e outras, com sucesso absoluto, tanto que estão sendo utilizadas até os dias de hoje. Dessa forma, é possível perceber que mesmo sendo uma problemática atual e que ainda está em constante processo de mudança e de estudo, a educação especial continua mostrando sua necessidade em ser sempre estudada e modificada, como qualquer outra prática pedagógica. Entretanto, no que concerne à educação inclusiva, a educação especial mostra-se completamente interligada à necessidade de ser estudada e melhorada juntamente com recursos e estratégias que estejam completamente ligadas à sala de aula comum, como salienta Machado et al. (2010): A educação especial perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, sem substituí-los, oferecendo aos seus alunos serviços, recursos e estratégias de acessibilidade ao ambiente e aos conhecimentos escolares. Nesse contexto, deixa de ser um sistema paralelo de ensino, com níveis e etapas próprias (MACHADO, et al., 2010, p. 06). O autor Marcos José Silveira Mazzotta apresenta em seu livro intitulado “Educação especial no Brasil: história e políticas públicas” a importância do marco inicial que foi dado com o objetivo de atender aos alunos portadores de necessidades especiais.Ele aponta que, pelo mundo todo, pesquisas foram sendo iniciadas baseadas nesse objetivo e diversos líderes estatais e personalidades importantes dentro da área educacional, passaram a dedicar seus estudos para esse propósito, pois, como o mesmo salienta “é importante conhecer algumas medidas tomadas por alguns desses líderes que, de uma forma ou de outra, tiveram importância decisiva na evolução da educação especial". Segundo estudos realizados na área, o continente europeu foi o primeiro local em que as primeiras pesquisas foram iniciadas e, posteriormente, estudadas, modificadas e, consequentemente, melhoradas. Cabe salientar que as primeiras medidas pensadas para melhorar o cotidiano da vida das pessoas com necessidades especiais, estavam todas diretamente ligadas ao contexto educacional. Sendo assim, as primeiras maneiras que objetivavam atenuar os problemas dos portadores de necessidades especiais surgiram dentro das escolas e, posteriormente, 16 passaram a ser estudadas com maior cautela para que pudessem ser expandidas para outras áreas: Foi principalmente na Europa que os primeiros movimentos pelo atendimento aos deficientes, refletindo mudanças na atitude dos grupos sociais, se concretizaram em medidas educacionais. Tais medidas educacionais foram se expandindo, tendo sido primeiramente levadas para os Estados Unidos e Canadá e posteriormente para outros países, inclusive o Brasil (MAZZOTA, 2005, p. 17). A partir de então, a temática relacionada à educação especial passou a ganhar importância em todos os setores, especialmente, no setor educacional, o que proporcionou diversas discussões sobre o assunto e que fez com que novas nomenclaturas relacionadas ao tema fossem criadas e ligadas a essa que, então, era considerada uma nova modalidade educacional e, por isso, passou a merecer maior atenção de vários pesquisadores e educadores da época. Tais nomenclaturas puderam mostrar que a partir do século XIX, a área da educação especial pôde ser de fato, estudada e analisada como uma verdadeira proposta educacional pedagógica. Prova disso é a de que alguns dos nomes que foram criados na época para algumas das modalidades relacionadas à educação especial, são utilizados até os dias de hoje, afinal, foi durante esse período que a educação especial foi efetivada no meio pedagógico educacional: Uma investigação sobre estas medidas mostra que até o final do século XIX diversas expressões eram utilizadas para referir-se ao atendimento educacional aos portadores de deficiência: Pedagogia de Anormais, Pedagogia Teratológica, Pedagogia Curativa ou Terapêutica, Pedagogia da Assistência Social, Pedagogia Emendativa. Algumas dessas expressões, ainda hoje, são utilizadas a despeito de sua impropriedade, segundo meu ponto de visa (MAZZOTA, 2005, p 17). Desde então, os primeiros passos para a evolução da educação especial nas escolas começaram a serem dados ao redor do mundo e, como o assunto foi se expandindo ao longo do tempo, diversas pessoas passaram a se preocupar com o assunto e a dedicar sua vida à pesquisas relacionadas ao tema. 17 2.2 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO O Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno que desafia a ciência. As causas ainda são pouco conhecidas. Sabe-se que a genética possui um papel importante e que os métodos de diagnóstico que os disponíveis atualmente, permitem identificar um número maior de casos. Hoje, o autismo é considerado um distúrbio no desenvolvimento causado por condições genéticas e por outros fatores que permeiam a vida de uma cotidiana: a rua, o trabalho, as escolas, as universidades, entre outras. Ao que pese aos assuntos educacionais, é importante declarar que todas as crianças com autismo, sem importar o nível, devem ser incluídos no ensino regular, afinal, toda a sociedade deve aceitar as pessoas autistas, sendo assim, o sistema educacional deve recebe-los, mesmo que para isso a escola deva se adaptar e melhorar para poder receber o atendimento ideal que lhe é seu por direito. O atendimento e a obrigatoriedade do ensino regular comum para esses alunos são amparados por lei em nosso país e o ingresso dessas crianças é garantido pela legislação vigente. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Constituição Federal Brasileira de 1988, asseguram em seus textos base, que “todos possuem acesso à educação”. Sendo assim, o aluno autista deve ser matriculado e recebido em qualquer escola de nível regular em todo o país e seu ensino deve ser efetivado tal qual como o de outras crianças. As crianças com diagnóstico tardio sobre o TEA também possuem o direito de serem incluídas no ensino regular básico, contudo, é necessário que a mesma possua o auxílio de um tutor ou de um professor especializado em educação especial para poder lhe dar todo o apoio e atenção necessários em prol de auxiliá-lo no seu processo de formação pedagógica. A dificuldade social, encontrada na maioria das crianças autistas, pode ser trabalhada com atividades lúdicas que o professor pode praticar em sala de aula. Alguns exemplos são práticas de jogos e diálogos que podem ser realizados entre o professor e o aluno com TEA, ou entre o aluno e os demais membros da classe. Contudo, é importante salientar que o preparo e a especialização dos professores para trabalhar com crianças autistas, é extremamente importante e crucial em todos os aspectos. A comunidade escolar deve estar preparada para receber esses alunos em suas escolas e pode lhe conferir o melhor tratamento possível, além de fazer com que a aprendizagem possa ser concluída. 18 3.2.3 O Papel do Professor O docente deve ter consciência clara do importante papel que desempenha ao iniciar o processo de inclusão de uma criança com necessidades educacionais especiais associadas ao autismo infantil. Um professor hábil pode abrir a porta para várias oportunidades: como cada criança com autismo processa a informação e quais são as melhores estratégias de ensino devido à singularidade de seus pontos fortes, interesses e habilidades em potencial. É preciso repensar a formação de professores especializados, a fim de que estes sejam capazes de trabalhar em diferentes situações e possam assumir um papel-chave nos programas de necessidades educativas especiais. Deve ser adaptada uma formação inicial não categorizada, abarcando todos os tipos de deficiência, antes de se enveredar por uma formação especializada numa ou em mais áreas relativas a deficiências específicas (Declaração de Salamanca, 1994, p. 27). a formação continuada deve ser objetivo de aprimoramento de todo professor, porque o educador deve acompanhar o processo de evolução global, colocando a educação passo a passo no contexto de modernidade, tornando-a cada vez mais interessante para o aluno, a fim de que ele possa compreender que, na escola, ele aperfeiçoa sua bagagem. É nesse processo que o professor pode ver e rever sua prática pedagógica, as estratégias aplicadas na aprendizagem dos alunos, os erros e acertos desse processo para melhor definir, retomar e modificar o seu fazer de acordo com as necessidades dos alunos. O professor deve desenvolver metodologias de aprendizagem para que o aluno autista consiga se comunicar e se desenvolver. O conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu desenvolvimento e potencial, de acordo com a sua idade e de acordo com o seu interesse; o ensino é o principal objetivo a ser alcançado, e sua continuidade é muito importante, para que elas se tornem independentes. Trabalhar com alunos autistas exige o desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que acolham todos e respeitem as diferenças. “A incapacidade de desenvolver um relacionamento interpessoal se mostra na falta de resposta ao contato humano e no interesse pelas pessoas, associada a uma falha no desenvolvimentodo comportamento normal, de ligação ou contato. Na infância, estas deficiências se manifestam por uma inadequação no modo de se aproximar, falta de contato visual e de resposta facial, indiferença ou aversão a afeto e contato físico” (Gauderer, 2011, p. 14). Este comportamento, muitas vezes, pode não ser compreendido pela comunidade escolar. As manifestações decorrentes do autismo podem levar ao sentimento de rejeição por parte de quem não conhece as características desse transtorno. Por isso, os desafios de trabalhar com um aluno autista são grandes, necessitando de bastante conhecimento e preparo para seu acompanhamento. Além de formação acadêmica, a sensibilidade e a perspicácia do professor são extremamente importantes para aprender o compreender e trabalhar com o aluno autista. 19 3.2.3 Características do comportamento Por ser um transtorno, o autismo pode ser apresentado de diversas maneiras, variando o comportamento de indivíduo para indivíduo, como alerta a literatura, ou seja, não há uma única forma do mesmo apresentar-se, não há um único tipo de conjunto de comportamentos, o que pode ser encontrado em um autista, pode não ser em outro. Os sintomas clássicos do autismo lembrados por Goméz e Terán (2014, p.480) são, “interação social limitada, problemas com a comunicação verbal e não verbal e com a imaginação, atividades e interesses limitados ou pouco usuais. Podem ter dificuldades em manter uma conversação ou olhar alguém diretamente nos olhos”. Para Schwartzman (2003), o conjunto de anormalidades qualitativas podendo ser assim caracterizado pelo grupo de transtornos invasivos do desenvolvimento, pelo fato de poder agregar outros distúrbios, pode levar ao profissional a ter um acesso difícil para chegar a um diagnóstico fechado, pois os sintomas podem ser encontrados de maneiras diversificadas, fazendo com que assim, torne-se mais complicado em estabelecer um único perfil. Logo, diante das pesquisas mais atuais, não foi descartado que o autismo é mais comum em meninos do que em meninas, porém ainda é de grande importância a continuidade de tais pesquisas para que seja possível chegar a dados estatísticos referentes ao autismo no Brasil, visto que, os estudos sobre a prevalência que trata do assunto não são tão trabalhados no país. O Transtorno do Espectro Autista manifesta-se nos primeiros anos de vida, proveniente de causas ainda desconhecidas, mas com grande contribuição de fatores genéticos. Trata-se de uma síndrome tão complexa que pode haver diagnósticos médicos abarcando quadros comportamentais diferentes. Tem em seus sintomas incertezas que dificultam, muitas vezes, um diagnóstico precoce (CUNHA, 2014, p.19). Neste sentido, a genética tem grande importância ao que se diz na manifestação do autismo, considerando o valor da porcentagem em sua possibilidade. É comum confundir o autismo com a psicose infantil, porém faz-se necessário lembrar o seu contraponto. “Enquanto na psicose acontece a perda da realidade, no autismo há dificuldades no acesso a mesma” (GOMÉZ e TERÁN, 2014, p.455). Além de serem confundidos com esquizofrênicos e psicóticos “algumas vezes, os autistas são confundidos com pessoas surdas. Por meio de uma observação mais apurada, percebe-se que eles ouvem, mas não reagem aos estímulos” (LIMA, 2006, p.108). Então, é preciso atenção e leitura para o entendimento dos comportamentos da criança autista, pois confundir a complexidade do transtorno acaba comprometendo o seu real significado. 20 4.1 Algumas adaptações curriculares como caminho para a inclusão Como já especificado anteriormente, o fato de o aluno estar presente na sala de aula em turma regular não significa estar incluso e aprendendo de fato. Esta inclusão deve se dar no também no contexto do cotidiano da classe. Mesmo que o autista necessite, em determinadas ocasiões, de atendimento especializado, o ambiente da sala de aula é o mais indicado à aprendizagem, pois a socialização com as outras crianças é muito enriquecedora, principalmente no que diz respeito à linguagem. Sobre isso, Orrú argumenta: Alguns métodos utilizados para alunos com autismo privilegiam o trabalho individualizado. [...] Em nosso entendimento, o trabalho com autistas pode ter um outro direcionamento. Os alunos receberiam uma atenção individualizada conforme o plano de ensino proposto, visando atuar para o suprimento de suas necessidades no aprender; devendo, contudo, participar de classes com outros alunos sem a síndrome, pois aqueles vão contribuir para a ampliação da circulação sígnica na sala de aula e colaborar com a professora na sustentação dos processos dialógicos, necessários ao desenvolvimento da linguagem dos alunos autistas. (ORRÚ, 2012, p. 152-153) Acima de tudo, o professor precisa ter a consciência da importância daquele espaço para a criança com autismo, entendendo que mesmo que ele não aprenda na mesma medida em que as outras crianças, o fato de estar ali, socializar, ir aos poucos construindo seu conhecimento, já é um grande avanço e muito mais vale que o fato de ficar (o aluno) sentado no fundo da sala, pintando um desenho qualquer, aos cuidados únicos da auxiliar. Sobre as adaptações curriculares, Costa enfatiza que é necessária 35 A adaptação curricular para o trabalho com a diversidade dos alunos, tendo como referência as necessidades individuais de cada um, consiste em uma medida extraordinária diante do contexto de uma escola inclusiva, que não pode limitar-se às mudanças estruturais, mas que busque aprofundar-se nas mudanças sociais, políticas, econômicas e educacionais. (COSTA, 2017, p. 42) Costa (2017), nos apresenta alguns pontos para possíveis adaptações no plano de aula do professor, a fim de que a criança com autismo tenha maior facilidade em aprender o conteúdo que aquela turma está estudando. Esses são alguns exemplos dessas adaptações memória, concentração e equilíbrio: em atividades que estimulem a organização do material de trabalho; socialização, direitos e deveres: em exercícios que trabalhem limites e vida prática; organização do pensamento e da linguagem: na ordem de execução das atividades; a internalização do papel do aprendente no aluno: em atividades que valorizem a escola e os seus atores; socialização, alteridade, afetividade e inclusão: em atividades com a participação do grupo discente, em atividades de vida prática e durante as refeições com demais aluno. (COSTA, 2017, p. 44, grifos do autor) Lembrando que não se trata em fazer um plano de aula exclusivo para a criança, porque se fosse assim, de certa forma ela ainda estaria sendo excluída. Tratase de adaptações curriculares que podem ser feitas de modo a facilitar a compreensão do aprendente autista, lembrando que as adaptações curriculares são alterações feitas no currículo de modo que o ensino atinja a todos. Não é necessário fazer outro plano de aula, mas sim, modificar o que já está pronto para que toda turma acompanhe o conteúdo ou ao menos parte dele. 21 4.2 A preparação do ambiente A preparação do ambiente: Uma sala de aula deve ser pensada para a diversidade de seus alunos, então se há uma criança com autismo que repudia muita informação visual, não gosta de cores vibrantes, a sala deve ser pensada para isso. O ambiente com cores claras, com pouca informação visual, o mais tranquilo possível é o ideal. Brito (2015) também deixa claro a importância do ambiente quando destaca que ele deve ser simples, formado por grupos pequenos de crianças, no qual o educador estabeleça seus objetivos de forma clara e explícita. Ter uma rotina e períodos de tempo para cada atividade é uma prática que deixa o aluno com Transtorno do Espectro Autista mais seguro e confortável. Para isso, utilize um relógio para que o aluno possa acompanhar o passar do tempo e estabeleça uma rotina baseada nas aulas e nas tarefas escolares. 4.3 O Desenvolvimentode Rotina O ideal é que o professor desenvolva uma rotina com a turma e que isso seja ilustrado e fixado no mural da sala, por exemplo: se na segunda-feira o horário for: aula na biblioteca, aula de Ciências e após o intervalo Educação Física, o professor pode usar ilustrações para que os alunos possam acompanhar o decorrer das atividades que serão realizadas naquele dia. Essas ilustrações podem ser fixadas em um mural, no início da aula. As ilustrações podem ser: uma imagem de crianças lendo livros embaixo escrito biblioteca, outra imagem fixada ao lado com crianças de jaleco em um laboratório de ciências escrito Ciências embaixo da figura, uma outra figura com crianças comendo escrito intervalo, outra de crianças jogando futebol escrito Educação Física e uma última imagem de crianças com a mochila nas costas indo embora escrito saída. Essas ilustrações das tarefas do dia a dia, facilitam na organização mental da criança, uma vez que eles são fixos em rotinas e compreendem melhor quando elas são ligadas às ilustrações. Por conta dessa obsessão por rotinas, coisas novas para os autistas podem gerar grande desconforto. A respeito disso, Orrú descreve que: Diante daquilo que é apresentado ao autista como novidade, mesmo sendo indiscutivelmente necessário para a sua aprendizagem, é preciso ter cautela. O que é novo pode lhe gerar angústia e repulsa, por não compreender o motivo de tal imposição, pois tem uma 30 síndrome comprometedora de sua função simbólica, agravante de alterações em sua comunicação. Deve ser evidenciado pelo profissional o respeito à individualidade dessa pessoa, aceitando seus limites e propondo estratégias para a superação das barreiras apresentadas, incentivando o desenvolvimento e o crescimento de seu potencial global. (ORRÚ, 2012, p.37) Professores qualificados, preparados e em constante busca de aprimoramento são essenciais na aprendizagem das crianças. Sobre isso Martins expõe que: Está previsto, assim, que na formação inicial, durante a graduação, todos os futuros professores da Educação Básica devem desenvolver competências para atuar também com alunos que apresentem necessidades especiais, em qualquer etapa ou modalidade de ensino, na perspectiva de se efetivar a educação inclusiva. (MARTINS, 2012, p.29- 30). Um professor que não busca se qualificar a partir da demanda de seus alunos não consegue atingir o objetivo da educação. Como ensinar uma criança com autismo se não se sabe nem mesmo o que é o autismo? Por isso o docente deve estar em uma constante busca, investigação e pesquisa aprimorando sempre seus conhecimentos acerca das especificidades de seus alunos. 22 5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS A inclusão da criança com TEA deve estar muito além da sua presença na sala de aula; deve almejar, sobretudo, a aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades e potencialidades, superando as dificuldades. A educação é umas das maiores ferramentas para o desenvolvimento de uma criança autista. Através da educação, essa criança pode aprender tanto matérias acadêmicas quanto atividades do cotidiano. A aprendizagem das crianças autistas não é fácil, contudo, fica evidente que, com dedicação e amor, estas crianças podem alcançar uma vida mais independente e com qualidade. Para que o aluno autista desenvolva suas habilidades, é necessária uma estrutura escolar eficiente, com preparo profissional de todos os envolvidos no processo educativo. Como o aluno autista tem dificuldades de se adaptar ao mundo externo, a escola deve pensar na adequação do contexto. Não existem apenas salas de aulas inclusivas, mas escolas inclusivas. Por isso, é necessário que a escola crie uma rotina de situação no tempo e no espaço como estratégias de adaptação e desenvolvimento desses alunos. Deste modo, as escolas brasileiras procuram cumprir os objetivos expostos na lei (Brasil, 1996), promovendo um aumento dos números de matriculas de crianças com TEA na rede regular de ensino - e têm conseguido. A interação entre pais e professores é muito importante para o processo de aprendizagem da criança com autismo, pois juntas irão achar formas de atuação, a fim de favorecer o processo educativo eficaz e significativo na superação das dificuldades de uma criança com autismo. Portanto, além de acolhedora e inclusiva, a escola precisa se constituir em espaço de produção e socialização de conhecimentos para todos os alunos, sem distinção. Por intermédio das pesquisas e estudos realizados para a construção deste trabalho obtive diversas aprendizagens significativas e efetivas para a minha futura atuação docente em uma perspectiva de uma educação especial e inclusiva. 23 5.2 REFERÊNCIAS BELISÁRIO FILHO, José Ferreira; CUNHA, Patrícia. A Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. BOSA, Cleonice. Autismo: atuais interpretações para antigas observações. In: BOSA, Cleonice. Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 21-39. ANTUNES, Celso. Inclusão: o nascer de uma nova pedagogia. São Paulo: Ciranda Cultural, 2008. BASÍLIO, Ana; MOREIRA, Jéssica. Autismo e escola: os desafios e a necessidade de inclusão. Disponível em: Acesso em 14 de setembro de 2016. DINIZ, Heloise Gripp. A históira da Língua de Sinais dos surdos brasileiros: um estudo descritivo de mudanças fonológicas e lexicais da LIBRAS. Petrópolis: Arara Azul, 2011. FERREIRA, Maria Cecília Carareto. A escolarização da pessoa com deficiência mental. IN.: CAMPOS, Sandra Regina Leite; HARRISON, Kathryn Marie Pacheco; KASSAR, Mônica de Carvalho Magalhães. Uma leitura da educação especial no Brasil. IN.: GAIO, Roberta; MENEGHETTI, Rosa G. Krob. caminhos pedagógicos da educação especial. Petrópolis: Vozes, 2011. MACÊDO, Janaína Amanda Sobral. Inclusão: a escola está preparada para ela? Disponível em: < https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/inclusao-escola- esta-preparada-para-ela.htm>. Acesso em 21 de março de 2016. MACHADO, Rosângela; MANTOAN, Maria Teresa Égler; RAPOLI, Edilene Aparecida; SANTOS, Maria Terezinha da Consolação Teixeira dos. A escola comum na perspectiva inclusiva. In.: MACHADO, Rosângela. Et Al. A escola comum inclusiva. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de educação especial. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. BRASIL. Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 2012 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA PEDAGOGIA UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA PEDAGOGIA (1) A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO PORTO VELHO/RO 2022.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Porto Velho/RO. A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO (1) EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL AUTORIZAÇÃO PARA DEPÓSITO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Agradecimentos para: Deus, Família/Amigos, Orientadora e Universidade. RESUMO 1 INTRODUÇÃO 14 1.1 Breve histórico de sua evolução no brasil e no mundo 15 3 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NO ENSINO REGULAR BRASILEIRO 17 3.1.3 Caracteristicas do comportomento 19 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 23 3.2.3 O Papel do Professor 3.2.3 Características do comportamento
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