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Reneclei de Sousa 
Emergência 1 Treinamentos 
 
 
Sumário 
Introdução ..................................................................................................................................................... 5 
Protegendo-se .............................................................................................................................................. 6 
Segurança Pessoal ..................................................................................................................................... 6 
Precauções Padrão ..................................................................................................................................... 6 
Equipamento de Proteção Individual (EPI) ........................................................................................... 6 
ATENÇÃO! ................................................................................................................................................. 6 
Pedindo Socorro .......................................................................................................................................... 7 
AVALIAÇÃO DA CENA DE EMERGÊNCIA: ........................................................................................... 7 
 Conceitos: ......................................................................................................................................... 7 
 Passos ................................................................................................................................................ 7 
CONDUTA DA EQUIPE: .......................................................................................................................... 8 
REGRA PRIMORDIAL DE SEGURANÇA ............................................................................................. 8 
PERÍODO DE OURO ................................................................................................................................ 9 
CONTROLE DA CENA ............................................................................................................................. 9 
AVALIAR ..................................................................................................................................................... 9 
ESTABELECER PRIORIDADES ............................................................................................................. 9 
BIOMECÂNICA DO TRAUMA / CINEMÁTICA ...................................................................................... 10 
CONCEITO............................................................................................................................................... 10 
INTRODUÇÃO: ........................................................................................................................................ 10 
LEIS DA FÍSICA ...................................................................................................................................... 11 
COLISÕES ............................................................................................................................................... 11 
IMPACTO ................................................................................................................................................. 11 
PENETRANTES PAF - FAB ................................................................................................................. 12 
QUEDA ..................................................................................................................................................... 12 
EXPLOSÕES ........................................................................................................................................... 12 
IMPORTANTE ......................................................................................................................................... 12 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ........................................................................................................................... 13 
DEFINIÇÃO .............................................................................................................................................. 13 
Componentes da Avaliação Primária - Mnemônico XABCDE .............................................. 13 
X – HEMORRAGIA EXSANGUINOLENTA (Controle de Hemorragia Externa Grave) ....... 14 
A – ABERTURA DE VIAS AÉREAS E CONTROLE CERVICAL ........................................................ 14 
B – BOA RESPIRAÇÃO/VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO ADEQUADA .......................................... 16 
C – CIRCULAÇÃO E CONTROLE DE HEMORRAGIA ........................................................................ 16 
Locais de checagem de pulso: .............................................................................................................. 17 
TRATAMENTO:. ...................................................................................................................................... 17 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA:...................................................................................................................... 17 
 
 
D – Déficit Neurológico/Nível de Consciência ..................................................................................... 18 
A importância do Atendimento Pré Hospitalar ..................................................................................... 18 
E – Exposição da vítima/ Ambiente e Controle da temperatura corporal ........................................ 18 
HIPOTERMIA NO TRAUMA .................................................................................................................. 18 
OVACE (Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho) ............................................................. 19 
Causas: ..................................................................................................................................................... 19 
BEBÊ CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO GRAVE .............................................................................. 20 
Sinais de obstrução em menores de 1 ano ......................................................................................... 20 
BLS – Suporte Básico de Vida em Cardiologia .................................................................................. 21 
Definição de PCR .................................................................................................................................... 21 
Causas de Parada Respiratória ............................................................................................................. 21 
Causas de Parada Cardiorrespiratória ................................................................................................. 21 
Caracterização ......................................................................................................................................... 21 
Fatores de risco para Doença Arterial Coronariana ..................................................................... 21 
Morte súbita .............................................................................................................................................. 22 
Fibrilação Ventricular .............................................................................................................................. 22 
BENEFÍCIOS ............................................................................................................................................ 23 
Postura do profissional em relação à vítima durante a compressão torácica ................................. 24 
 Cotovelos retos; ............................................................................................................................... 24 
 Articulação do quadril é que faz o movimento; ............................................................................24 
 Em superfície rígida......................................................................................................................... 24 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (Emergências Clínicas) ........................................................................ 27 
Etapas da avaliação secundária ............................................................................................................ 27 
Entrevista .................................................................................................................................................. 27 
 Queixa principal; HISTÓRICO SAMPLA ..................................................................................... 27 
Sinais Vitais .............................................................................................................................................. 28 
Sinais e sintomas ..................................................................................................................................... 28 
 Regras gerais para imobilização ............................................................................................... 29 
 Princípios básicos para imobilização ....................................................................................... 29 
• Tipos de imobilização ................................................................................................................... 30 
• Membros Superiores, Membros Inferiores, Quadril... ................................................................. 30 
TCE - TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO ................................................................................................. 30 
Principais causas de TCE ...................................................................................................................... 31 
Procedimentos SBV ................................................................................................................................ 31 
HEMORRAGIA E CHOQUE ...................................................................................................................... 31 
Hemorragia Interna.................................................................................................................................. 32 
 
 
Choque ......................................................................................................................................................... 33 
Tipos .......................................................................................................................................................... 33 
Choque Hemorrágico .............................................................................................................................. 33 
• Mecanismo de compensação. ....................................................................................................... 33 
Sinais E Sintomas ................................................................................................................................. 33 
Abordagem inicial e tratamento do choque.......................................................................................... 33 
Procedimentos de Suporte Básico a Vida ................................................................................................ 34 
Geral .......................................................................................................................................................... 34 
 
5 
 
 
Introdução 
 
 O doente é a pessoa mais importante na cena de uma emergência. Não há tempo para 
pensar na sequência em que a avaliação do doente deve ser realizada ou que tratamentos 
devem ter prioridade sobre os outros. Não há tempo para praticar uma técnica antes de a 
utilizar em um determinado doente. Não há tempo para pensar em que lugar o equipamento 
ou suprimento necessário ao atendimento estão guardados na mochila. Não há tempo para 
pensar para onde a vítima deve ser transportada. Todas essas informações e outras mais 
devem estar armazenadas na mente do socorrista, e todos os suprimentos e equipamentos 
devem estar na mochila quando o socorrista chegar à cena. Sem o conhecimento ou o 
equipamento apropriado, o socorrista pode esquecer-se de fazer coisas que poderiam 
potencialmente aumentar as possibilidades de sobrevivência do doente. As 
responsabilidades dos socorristas são grandes demais para permitir a ocorrência de tais 
erros. 
 Os socorristas devem aceitar a responsabilidade de prestar atendimento ao doente de 
uma forma que seja o mais próximo possível da perfeição absoluta. Isso não pode ser 
realizado com conhecimentos insuficientes sobre o assunto. Deve-se lembrar que o doente 
não escondeu estar envolvido em uma situação traumática ou outro mal súbito clínico. Por 
outro lado, o socorrista fez a escolha de estar ali para cuidar do doente. O socorrista está 
obrigado a prestar 100% de seus esforços durante o contato com cada doente. O doente 
teve um mal dia; o socorrista não pode ter também um mal dia. Ele deve estar sempre 
atento e preparado na competição entre o doente e a morte e a enfermidade. 
 Os socorristas devem estar bem treinados, para poderem, de maneira rápida e eficiente, 
retirar o doente do local do incidente e transportá-lo para o serviço médico de referência 
mais próximo. 
 
 
(Texto do Manual PHTLS 7ª edição) 
 
 
Reneclei de Sousa 
Emergência 1 Treinamentos 
 
 
6 
 
Protegendo-se 
 
Situações de emergência muitas vezes apresentam riscos à sua segurança e saúde. 
Entender isso e tomar precauções simples pode reduzir significativamente os riscos. 
Segurança Pessoal 
Sua segurança pessoal é a mais alta prioridade, mesmo antes da segurança de uma 
pessoa ferida. Colocar-se em perigo para ajudar alguém pode agravar a situação. 
Faça uma pausa por um momento antes de se aproximar. Procure perigos óbvios. 
Considere a possibilidade de perigos ocultos. Se o lugar não é seguro. Não se aproxime 
até que os riscos tenham sido minimizados ou eliminados. 
Precauções Padrão 
Ao cuidar de alguém, você pode ser exposto ao sangue ou outros fluidos corporais 
potencialmente infecciosos, enquanto o risco de contrair uma doença ainda é muito baixo, 
você deve tomar medidas para reduzir a exposição. 
As doenças e os patógenos infecciosos transmitidos pelo sangue mais comuns incluem 
hepatite B, hepatite C e HIV, o vírus que causa AIDS. Precauções-padrão são práticas de 
proteção utilizadas ao fornecer cuidados, quer se suspeite ou não de uma infecção. 
Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
Equipamento de proteção individual (EPI) são as barreiras protetoras usadas para prevenir 
a exposição a doenças infecciosas. Reduzir a exposição diminui a chance de infecção. 
Luvas descartáveis é a proteção mais comum usada. Certifique-se que elas estão 
prontamente disponíveis e use-as sempre. 
ATENÇÃO! 
Cubra ferimentos do seu corpo com curativos oclusivos; 
Antes de qualquer atendimento, independente da natureza, utilize os EPI; 
Mantenha fechado o uniforme e botas, protegendo o próprio corpo de sujidade e respingos. 
 
Evite acidentes! 
 
 
7 
 
Pedindo Socorro 
Os profissionais e os locais em que trabalham variam. Assim como as formas em que eles 
ativam as respostas para níveis mais elevados de cuidados A ativação é tipicamente 
definida pelo protocolo de resposta de emergência: 
 Um profissional ou membro de uma equipe de resposta de emergência pode enviar 
uma mensagem para uma pessoa de comunicação central para entrar em contato 
com o SME ou o profissional pode chamar o SME diretamente. 
 Um profissional de SME pode solicitar ajuda de prestadores de cuidados avançados 
ou informar os outros profissionais sobre os detalhes da situação encontrada. 
 Dentro de um hospital, uma enfermeira do piso pode chamar um código para o qual 
uma equipe de reanimação com o equipamento adequado vai responder. Para serum profissional eficaz, você deve entender seus protocolos locais sobre como 
chamar para obter ajuda adicional. 
*SME – Serviço Médico de Emergência 
 
AVALIAÇÃO DA CENA DE EMERGÊNCIA: 
 
 Conceitos: 
É uma avaliação rápida realizada pela Equipe ao chegar ao local da ocorrência. 
Tem como finalidade avaliar os diferentes fatores relacionados com o incidente; determinar 
riscos potenciais, garantindo assim a segurança de si, da equipe, dos circundantes e da 
vítima. 
 
 Passos 
 Qual é a situação? (Estado Atual) 
 Para onde vai? (Potencial) 
 O que faço para controlá-la? (Operação e recursos) 
 
 
8 
 
A Avaliação de Cena é um processo contínuo 
 
 
CONDUTA DA EQUIPE: 
 
1. Manter a prontidão; 
2. Atendimento imediato do chamado; 
3. Estabelecer rota segura; 
4. Chegar rápido no local; 
5. Manter segurança da equipe durante trajeto: 
6. Acionamento de sirene, faróis e giroflex, Cintos de segurança. 
 
REGRA PRIMORDIAL DE SEGURANÇA 
 
 Segurança da Cena: 
 Pessoal; 
 Equipe; 
 Circundantes; 
 Vítima. 
 
 
9 
 
PERÍODO DE OURO 
 
Início: quando a lesão ocorre; 
 Deslocamento, 
 Avaliação rápida, 
 Intervenção adequada, 
 Transporte seguro e eficiente, 
 Unidade de saúde adequada. 
 
Cada minuto perdido implica na diminuição de 1% na qualidade da sobrevida. 
 
 
CONTROLE DA CENA 
 Estacionamento adequado da viatura; 
 Sinalização do local e de tráfego; 
 Verificar riscos iminentes. 
 CUIDADO COM A VISÃO EM TUNEL. 
 
AVALIAR 
 Mecanismo do trauma; 
 Risco para os circundantes; 
 Risco de incêndio/explosão; 
 Presença de animais; 
 Ribanceira/desmoronamentos; 
 Odores estranhos. 
 
ESTABELECER PRIORIDADES 
 Contato com familiares ou testemunhas; 
 Reconhecer seus limites (lidar com stress); 
 Contato com Central de Operações: 
 
10 
 
 Situação no local; 
 Número de vítimas; 
 Necessidade de apoio; 
 Necessidade de recursos adicionais. 
 
ATENÇÃO! 
 
 Garantir a segurança de todos: 
 Não permita que outras pessoas se transformem em vítimas; 
 Diante da possibilidade de uma ocorrência criminal: 
 A segurança da equipe deve ser prioritária; 
 Somente se aproxime da vítima após avaliação geral da cena. 
 A viatura só pode conduzir equipe, pacientes e acompanhantes na 
quantidade de cintos de segurança existentes! 
 A ambulância deverá ser posicionada de forma a garantir a segurança da 
 equipe durante o atendimento. 
 
A SEGURANÇA É FUNDAMENTAL! 
 
BIOMECÂNICA DO TRAUMA / CINEMÁTICA 
 
CONCEITO: Estuda a transferência de energia externa para o corpo da vítima. 
INTRODUÇÃO: 
• Lesões identificáveis 
• Lesões potenciais 
 
 
O TRATAMENTO BEM SUCEDIDO DE DOENTES TRAUMATIZADOS DEPENDE DA 
IDENTIFICAÇÃO DAS LESÕES E BOA HABILIDADE NA AVALIAÇÃO. 
 
 Um socorrista pode deixar de observar muitas lesões se não suspeitar delas. 
 Uma lesão pode não ser identificada se não soubermos onde procura-la. 
 
 
 
11 
 
LEIS DA FÍSICA 
 Um corpo em movimento ou em repouso tende a ficar neste estado até que uma 
força externa atue sobre ele. 
“A energia nunca é criada ou destruída, mas pode mudar de forma”. 
 
COLISÕES 
 CABEÇA 
 PESCOÇO 
 TÓRAX 
 ABDOMEN 
 TRAUMA PÉLVICO 
 TRAUMA PENETRANTE 
 
 
HIPERFLEXÃO E HIPER EXTENSÃO 
 
RESPONDENDO AS QUESTÕES A SEGUIR, SERÁ POSSÍVEL INTERPRETAR OS 
DADOS OBTIDOS NA HISTÓRIA DO TRAUMA, CORRELACIONANDO-OS COM A 
CLÍNICA. 
 
IMPACTO 
• Que tipo de impacto ocorreu: frontal, lateral, traseiro, angular, capotamento ou 
ejeção? 
• Qual a velocidade em que ocorreu o acidente? 
• Estava a vítima usando dispositivos contensores? 
• Onde supostamente estão as lesões mais graves? 
• Que forças estão envolvidas? 
• Qual o caminho seguido pela energia? 
• Quais órgãos podem ter sido lesados neste caminho? 
• A vítima é uma criança ou um adulto? 
 
 
 
12 
 
 PENETRANTES 
 
PAF - FAB 
• Onde está o agressor? 
• Qual o sexo do agressor? 
• Que arma foi usada? 
• Se uma arma de fogo, qual o calibre e munição utilizada? 
• A que distância e ângulo foi disparado? 
 
 
QUEDA 
• Qual a altura? 
• Qual a distância de parada? 
• Que parte do corpo foi primeiramente atingido? 
 
 EXPLOSÕES 
• Qual a distância entre a explosão e o paciente? 
• Quais as lesões primárias, secundárias e terciárias? 
 
IMPORTANTE 
• Respostas a estas questões são essenciais para localizar os efeitos ocultos do 
trauma no corpo. 
• Uma adequada avaliação da cinemática do trauma pode ajudar a equipe à predizer 
e suspeitar de possíveis lesões e orientar exames específicos, a fim de encontrar 
lesões ocultas. 
• A permuta de energia entre objeto em movimento e os tecidos, resulta em cavitação. 
Ela depende da área e forma do míssil, da densidade do tecido e velocidade do 
projétil. Cabe ressaltar que a área e a forma do projétil podem variar à medida que 
sofrem desvios. 
 
 
 
 
 
13 
 
Hemorrágia Exsanguinolenta 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
 
DEFINIÇÃO: 
Sequência lógica e ordenada de ações, que tem como objetivo a busca e a intervenção 
imediata nas condições que colocam a vida em risco, seguida pela decisão de transporte 
imediato. 
 
 
 
Componentes da Avaliação Primária - Mnemônico XABCDE 
 
X – Hemorragia Exsanguinolenta (Controle de Hemorragia Externa Grave); 
A – Abertura de Vias Aéreas e Controle cervical; 
B – Respiração/Ventilação e Oxigenação adequada; 
C – Circulação e Controle de hemorragia. 
D – Estado Neurológico, monitorar glicemia capilar. 
E – Exposição da Vítima e Controle da temperatura corporal. 
 
 
 
 
 
14 
 
X – HEMORRAGIA EXSANGUINOLENTA (Controle de Hemorragia Externa Grave) 
 
Este tipo de sangramento envolve tipicamente o sangramento arterial de uma extremidade, 
mas também pode ocorrer no couro cabeludo ou na junção de uma extremidade com o 
tronco (sangramento juncional) e outros locais. Hemorragia arterial exsanguinante de uma 
extremidade é melhor administrada colocando 
imediatamente um torniquete o mais próximo 
possível (isto é, perto da virilha ou da axila) da 
extremidade afetada. Outras medidas de controle 
de sangramento, tais como pressão direta e 
agentes hemostáticos, também podem ser 
usados, mas não devem atrasar ou tomar o lugar 
do posicionamento do torniquete em tais casos. 
 A – ABERTURA DE VIAS AÉREAS E CONTROLE CERVICAL 
Se a via aérea estiver comprometida, ela terá que ser aberta, inicialmente usando métodos 
manuais, e limpa de sangue, substâncias do corpo, e corpos estranhos, se necessário. 
 Manobras manuais de abertura das vias aéreas: 
1• Inclinação da cabeça e elevação do queixo; 
2• Tração da mandíbula. 
 
1 
 
 
 
 
1. Vítima NÃO é suspeita de trauma. 
Manobra: HEAD TILT CHIN LIFT (Inclinação da cabeça e elevação do queixo). 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
15 
 
2. Vítimas COM suspeita de trauma. 
Manobra: Jaw Thrust (Tração da mandíbula). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em caso de vítimas inconscientes e sem reflexo de vômito, utilize uma cânula orofaríngea 
(Guedel) no tamanho adequado como alternativa no SBV com o objetivo de manter via 
aérea pérvia. Obs.: Retirar ao primeiro sinal de reanimação (TRM- Tosse, Respira e Mexe) 
ou regurgitação da cânula. 
 
Colocação de cânula orofaríngea em maiores de 1 ano: 
 
 
Colocação de cânula orofaríngea em menores de 1 ano: 
 
 
 
16 
 
 B – BOA RESPIRAÇÃO/VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO ADEQUADA 
 
O paciente respira? (Visualizar o tórax da vítima a procura de expansão/ 
movimentos respiratórios.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
C – CIRCULAÇÃO E CONTROLE DE HEMORRAGIA 
 
 Verificar Pulso e a sua qualidade. 
 Para pacientes conscientes = Pulso periférico (Ex. Radial) 
 Para pacientes Inconsciente = Pulso central Carotídeo, Femoral (adultos e crianças 
maiores de 1 ano) e o pulso braquial em bebês. 
 
 
POSIÇÃO DERECUPERAÇÃO 
 
A posição de recuperação ajuda a proteger as vias 
aéreas usando a gravidade para drenar fluidos da 
boca e impedir a língua de bloquear a via 
respiratória. Avalie e monitore frequentemente a 
respiração da pessoa. A condição pode 
rapidamente piorar e requerer cuidado adicional. 
 
Caso SIM, Avaliar padrão 
respiratório e considerar a 
necessidade da oferta de 
Oxigênio suplementa; 
Monitorar a SPO2. 
 
Caso NÃO, Checar imediatamente o Pulso (Letra C) na tentativa de identificar 
possível PCR e iniciar imediatamente RCP (seguir protocolo BLS AHA 2015) 
 
NÃO tem pulso 
Conclusão: PCR 
Tratamento: RCP 
SIM, tem pulso 
Conclusão: PR (Parada Respiratória) 
Tratamento: Ventilação de Resgate 
Adulto: 1 Vent. a cada 5 a 6 seg 
Criança e Bebê: 1 Vent. a cada 3 a 5 seg 
A cada 2 minutos checar pulso. 
 
 
 
 
17 
 
Locais de checagem do pulso no adulto, criança e bebê 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A hemorragia é a causa mais comum de choque na vítima de trauma. Choque 
hipovolêmico do tipo hemorrágico. 
 
Classificação do CHOQUE HEMORRÁGICO: 
 
TRATAMENTO: Hemorragia Externa = Pressão direta (mãos), Bandagem compressiva, 
Torniquete. Se a pressão direta e bandagem compressiva não controlar o sangramento, 
considere o uso de um torniquete. 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA: 
 Recomendação atual 
 Choque classes II, III e IV 
 Administração inicial rápida de até 1000 mL de Ringer lactato aquecido a 39°C 
 Criança: 20 mL/kg 
 Manter a PA sistólica entre 85 e 90 mm Hg 
 
18 
 
 
 D – Déficit Neurológico/Nível de Consciência 
 
 
 
 
 
 
A importância do Atendimento Pré Hospitalar 
 
 Oxigenação adequada e manutenção da pressão arterial evitam os danos 
secundários ao SNC; 
 
 Avaliação correta do XABCDE pode evidenciar a gravidade imediata de possível 
lesão cerebral; 
 
 Imediata transferência da vítima para centros de referência em trauma garante uma 
menor morbidade e tratamento mais apropriado. 
 
E – Exposição da vítima/ Ambiente e Controle da temperatura corporal 
A regra é remover o tanto de roupa necessário para determinar a presença ou a ausência 
de uma condição ou lesão; embora seja importante expor todo o corpo da vítima para 
completar a avaliação correta, a hipotermia é um problema grave no tratamento do doente 
traumatizado. ATENÇÃO: Devemos ter atenção especial ao cortar e remover as roupas 
das vítimas de um crime, de modo a não destruir provas de maneira inadvertida. 
 
HIPOTERMIA NO TRAUMA 
 
 A hipotermia é definida com uma temperatura central abaixo de 35ºC sendo a alteração 
mais precoce, o aumento da FR e depressão do CR. 
 O estado de choque induz de fato a hipotermia elevando o risco de morte. 
Avaliar pupilas (Diâmetro e Reação), Escala de 
Glasgow, Garantir permeabilidade das Vias 
Aéreas, Ministrar Oxigênio suplementar, 
Monitorar Glicemia capilar. 
 
 
19 
 
A pessoa a aplicar a manobra deverá posicionar-se atrás da vítima, fechar o punho 
e posicioná-lo com o polegar para dentro entre a cicatriz umbilical e o osso externo. 
Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua 
direção, com um rápido empurrão para dentro e para cima a partir dos cotovelos. 
Deve-se comprimir a parte superior do abdome contra a base dos pulmões, para 
expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. É essencial repetir-
se a manobra cerca de cinco a oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o 
suficiente para deslocar o bloqueio. Caso a vítima fique inconsciente, a manobra 
deve ser interrompida e deve ser iniciada a reanimação cardiorrespiratória. 
 
 O uso inadequado de oxigênio aumenta a ocorrência de hipotermia resultando em 
falência metabólica. 
 
 
OVACE (Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho). 
Principais causas: 
1. Língua: Em vítima inconsciente, ocorre relaxamento, obstruindo a passagem do ar; 
2. Alimentos; 
3. Próteses; 
4. Vômitos, Sangue; 
5. Objetos em geral. 
 
Manobra de Compressão Abdominal é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução 
das vias aéreas superiores por um corpo estranho. O termo Manobra de Heimlich mesmo 
para vítimas de engasgo conscientes não é usado mais desde 2010. (Tanto o ILCOR como 
AHA retiraram o termo de suas diretrizes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em vítimas gestantes e obesas, 
realizar compressões torácicas no 
mesmo local das realizadas para 
RCP. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reanima%C3%A7%C3%A3o_cardiorrespirat%C3%B3ria
 
20 
 
BEBÊ CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO GRAVE 
Sinais de obstrução em menores de 1 ano 
Chora fraco / não chora; 
Cianose de extremidades; 
Dificuldade de expandir o tórax. 
 
Desobstrução de vias aéreas em crianças menores que 1 ano 
- Deitar a criança de bruços sobre o braço; 
- Apoiá-la na palma da mão, de cabeça para baixo; 
- Bater nas costas com as mãos em concha por 5 vezes; 
- Em seguida segura sobre o outro braço e faz 5 compressões no peito; 
- Proceder com a manobra até que o objeto saque ou caso se torne inconsciente 
 (Inconsciente faça RCP). 
 
 
 
 
 
 
VÍTIMA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO GRAVE 
 
Procedimentos: 
1 - Abrir as vias aéreas (com inclinação da cabeça e elevação do queixo); 
2 - Inspecionar a cavidade oral, retirando o objeto, se visível e alcançável; 
3 - Ventilar uma vez e se o ar não passar... 
4 - Reposicionar a cabeça; 
5 - Abrir as vias aéreas; 
6 - Ventilar novamente e se o ar não passar... 
7 - Realizar 30 compressões torácicas; 
8 - Inspecionar a cavidade oral, retirando o objeto, se visível e alcançável; 
9 - Caso contrário, ventilar uma vez e se o ar não passar... 
10 - Reposicionar a cabeça; 
11 - Abrir as vias aéreas e tentar ventilar novamente; 
Repetir a sequência até a saída do objeto ou até ocorrer a passagem do ar. 
12 – Caso o objeto seja retirado ou ocorra a passagem do ar, prosseguir na Avaliação Primária. 
 
21 
 
BLS – Suporte Básico de Vida em Cardiologia 
Parada Cardiorrespiratória: 
A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a ausência 
de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de responsividade, 
ausência de pulso detectável, e apneia ou respiração agônica, anormal somente gasping. 
 
Causas de Parada Respiratória: 
• Soterramento; 
• Obstrução das vias aéreas (engasgamento); 
• Fumaça e outros gases do fogo (asfixia); 
• Afogamento; 
• Intoxicação por gases. 
 
Causas de Parada Cardiorrespiratória: 
 Doença Coronariana e Infarto do Miocárdio 
 Parada respiratória (qualquer causa) 
 Choque elétrico 
 Hemorragia grave 
 Ferimento cardíaco 
 Acidente Vascular Cerebral (Derrame) 
 Hipotermia e outros... 
Caracterização 
1. Ausência de Responsividade (inconsciência), 
2. Apnéia, respiração anormal só gasping; 
3. Pulso não detectável. (10s) 
Fatores de risco para Doença Arterial Coronariana 
Hereditariedade - Hipertensão - Estresse 
Raça - Aumento do colesterol - Fatores psicossociais 
Sexo - Uso de tabaco - Ingestão de álcool 
 
22 
 
Idade – Diabetes - Inatividade física – Obesidade 
Morte súbita 
Morte inesperada devida a uma causa cardíaca que ocorre imediatamente ou em um 
período de uma hora do início dos sintomas. 
 
Fibrilação Ventricular 
Ritmo inicial mais frequente nas paradas cardiorrespiratórias súbitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO TEMPO!!! 
 
Para cada MINUTO de parada cardíaca, as chances de sobrevivência diminuem cerca de 10%. 
Depois de 10 minutos a sobrevivência é improvável. 
 
 
23 
 
 
 
 
 CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS 
A RCP imediata de alta qualidade e desfibrilação precoce com o DEA podem dobrar ou 
mesmo triplicar a probabilidade de sobrevivência. A maioria das paradas cardíacas ocorre 
em casa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
A cadeia de sobrevivência éfrequentemente utilizada 
para descrever a melhor abordagem para o tratamento 
da parada cardíaca. 
Cada ligação na cadeia é essencial para uma pessoa 
sobreviver. Se uma única ligação é fraca ou está 
faltando, as possibilidades para a sobrevivência são 
reduzidas drasticamente. As chances de sobrevivência 
são maiores quando todos os elos são fortes. 
 
 
24 
 
Compressão em criança usando 
apenas uma das mãos 
CUIDADOS PARA REALIZAÇÃO DE UMA COMPRESSÃO TORÁCICA 
 
Posição das mãos 
 
 
 
 
 
 Postura do profissional em relação à vítima durante a compressão torácica 
 Cotovelos retos; 
 Articulação do quadril é que faz o movimento; 
 Em superfície rígida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adulto usamos as duas mãos 
Reanimação em bebê Técnicas dos polegares 
 
25 
 
Resumo dos componentes de um RCP de alta qualidade para profissionais do SBV 
 
Componente 
 
Adultos e 
adolescentes 
 
Crianças 
(1 ano de idade à 
puberdade) 
Bebês 
(menos de 1 ano de 
idade, excluindo 
recém-nascidos) 
Segurança do 
local 
Verifique se o local é seguro para os socorristas e a vítima 
Reconhecime
nto de PCR 
Verifique se a vítima responde 
Ausência de respiração ou apenas gasping (ou seja, sem respiração 
normal) 
 
Nenhum pulso definido sentido em 10 segundos 
 
(A verificação da respiração e do pulso pode ser feita 
simultaneamente, em menos de 10 segundos) 
Acionamento 
do serviço 
médico de 
emergência 
Se estiver sozinho, sem 
acesso a um telefone 
celular, deixe a vítima e 
acione o serviço de 
médico de emergência 
e obtenha um DEA, antes 
de iniciar a RCP 
 
Do contrário, peça que 
alguém acione o serviço 
e inicie a RCP 
imediatamente; use o 
DEA assim que ele 
estiver disponível 
Colapso presenciado 
Sigas as etapas utilizadas em adultos e adolescentes, 
mostradas à esquerda 
 
 
Colapso não presenciado 
Execute 2 minutos de RCP 
Deixe a vítima para acionar o serviço médico de 
emergência e buscar o DEA Retorne à criança ou ao 
bebê e reinicie a RCP; 
use o DEA assim que ele estiver disponível 
Relação 
compressão- 
ventilação sem 
via aérea 
avançada 
1 ou 2 socorristas 
30:2 
1 socorrista 
30:2 
2 ou mais socorristas 
15:2 
Relação 
compressão- 
ventilação com 
via aérea 
avançada 
Compressões contínuas a uma frequência de 100 a 
120/min Administre 1 ventilação a cada 6 segundos (10 
respirações/min) 
Frequência 
de compressão 
100 a 120/min 
 
26 
 
Profundidad
e da 
compressão 
No mínimo, 2 polegadas 
(5 cm)* 
Pelo menos um terço do 
diâmetro AP do tórax 
Cerca de 2 polegadas (5 
cm) 
Pelo menos um terço do 
diâmetro AP do tórax 
Cerca de 1½ polegada (4 
cm) 
Posicioname
nto das mãos 
2 mãos sobre a 
metade 
inferior do 
esterno 
2 mãos ou 1 mão 
(opcional para 
crianças muito 
pequenas) sobre a 
metade inferior do 
esterno 
1 socorrista 
2 dedos no centro do tórax, 
logo abaixo da linha mamilar 
 
2 ou mais 
socorristas 
Técnica dos dois polegares 
no centro do tórax, logo 
abaixo da linha mamilar 
Retorno do tórax 
Espere o retorno total do tórax após cada compressão; não se apoie sobre o tórax 
após cada compressão. 
Minimizar 
interrupções 
Limite às interrupções nas compressões torácicas a menos de 10 segundos 
 
*A profundidade da compressão não deve exceder 2,4 polegadas (6 cm). ** Abreviações: DEA, desfibrilador 
automático externo; AP, anteroposterior; RCP, ressuscitação cardiopulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando podemos parar a RCP? 
1. Exaustão 
2. Chegada de equipe especializada 
3. Quando a cena se torna insegura 
4. TRM (tosse; respira; movimenta) 
5. Mudança de prioridade. 
 
 Quando não realizar RCP? 
1. Evisceração extensa 
2. Carbonização 
3. Decapitação 
4. Rigor mortis 
5. Decomposição 
 
 
27 
 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (Emergências Clínicas) 
 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
• Definir Avaliação Secundária; 
• Citar as etapas da Avaliação Secundária. 
 
Definição 
É um processo ordenado e sistemático, realizado para identificar lesões ou problemas que, 
se não tratados, poderão agravar e ameaçar as condições de vida. Esta avaliação é 
efetuada após a realização da avaliação primária. 
 
Entrevista e Exame Físico 
Para iniciar a avaliação secundária é necessário distinguir: 
Sinais são todas as alterações observadas ou aferidas na vítima enquanto a examina; 
Sintomas: são as queixas relatadas pela vítima; são dados subjetivos. 
 
Etapas da avaliação secundária 
Entrevista 
Sinais vitais 
Exame padronizado céfalo podálico 
 
Entrevista 
São informações obtidas da própria vítima, de familiares ou de testemunhas/circundantes, 
sobre o evento atual (doença). 
Entrevista: 
 Nome e idade; 
 Queixa principal; 
 
 
 
 
28 
 
 HISTÓRICO SAMPLE 
 
 S: Sinais e sintomas 
 A: alergia; 
 M: medicação em uso; 
 P: passado médico; 
 L: líquidos e alimentos ingeridos (última refeição); 
 E: ambiente do evento. 
 
Sinais Vitais 
• Pulso (frequência, ritmo e volume); 
• Respiração (frequência, ritmo, amplitude); 
• Pressão Arterial; 
• Temperatura Relativa, cor e umidade da Pele; 
 
LESÕES ÓSTEOARTICULARES 
 
Tipos de lesões: 
- Fraturas: fechadas e expostas; 
- Contusão; 
- Entorse; 
- Luxação; 
- Distensão. 
Sinais e sintomas 
Dor 
Hiperemia 
Edema 
Hematoma 
Crepitação 
Alterações anatômicas 
Finalidade da imobilização 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Estabilizar a área afetada, evitar a dor, minimizar complicações (dano muscular, laceração 
da pele, sangramentos) e segurança no transporte. 
 
 Materiais e equipamentos 
EPI 
Tala flexível 
Bandagem triangular 
Colar Cervical 
Prancha rígida 
Protetor lateral de cabeça 
Cintos de segurança (curto e longo) 
KED 
 
 Regras gerais para imobilização 
 Tranquilizar a vítima e informar o que está sendo realizado; 
 Realizar avaliação primária e secundária; 
 Expor a região afetada; 
 Proteger os ferimentos. 
 
 Princípios básicos para imobilização 
 Avaliar função circulatória e neurológica, antes e após imobilização; 
 Imobilizar na posição encontrada; 
 Imobilizar uma articulação ou segmento ósseo acima e uma abaixo da lesão; 
 Fixar as talas da região distal para proximal; 
 Preencher os vãos naturais e proteger as proeminências ósseas; 
 Seguir as regras gerais de atendimento; 
 Transportar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
• Tipos de imobilização 
• Membros Superiores, Membros Inferiores, Quadril... 
 
TCE - TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO 
 
Trauma: Agravo provocado por força ou agente externo. 
Politraumatizado: Indivíduo que apresenta mais de uma lesão decorrente de trauma, em 
diferentes segmentos corporais. 
Ocorre quando o paciente sofre um impacto na cabeça, lesando suas estruturas internas 
e por vezes, as externas. 
 
Quando suspeitar? 
Mecanismo de trauma que sugere impacto na cabeça com ou sem ferimentos no couro 
cabeludo ou sinais de outras lesões associadas. 
 
 
 
 
31 
 
 
Principais causas de TCE 
 Acidentes de trânsito; 
 Quedas; 
 Atividades esportivas. 
 
ATENÇÃO: 
Sinais de deterioração neurológica: alterações da consciência, agitação, agressividade, 
confusão mental, convulsão, vômitos; 
Cuidar dos ferimentos do couro cabeludo, não realizar curativo compressivo; 
Não retirar objetos encravados no crânio; 
Não impedir saída de líquidos pela orelha ou nariz; 
 
Procedimentos SBV 
Avaliar a segurança da cena do acidente; 
Realizar a avaliação primária; 
Considerar possibilidade de lesão da coluna cervical; 
Manter a estabilização manual da coluna cervical 
Administrar oxigênio por máscara 
HEMORRAGIA E CHOQUE 
 
HEMORRAGIA - Hemorragia é caracterizada por uma intensa perda de sangue por algum 
orifício, ou corte, para dentro ou para fora do corpo. 
 
O volume desangue é proporcional ao peso da pessoa: 
 No adulto em média 7% do peso corporal; 
 Na criança de 8 % a 9 % do peso corporal. 
 
Tipos de Hemorragia: 
Interna; 
Externa. 
 
 
32 
 
 
De acordo com o vaso sanguíneo afetado: 
Arterial; 
Venosa; 
Capilar. 
 
Fatores que interferem no controle da hemorragia 
Calibre do vaso; 
Pressão dentro do vaso; 
Fatores de coagulação; 
Espasmo do vaso lesado. 
 
Controle de hemorragia externa 
Pressão direta, Bandagem compressiva, Torniquete. Se a pressão direta e bandagem 
compressiva não controlar o sangramento, considere o uso de um torniquete. 
 
 
 
 
 
 
Hemorragia Interna 
Podemos suspeitar de sangramento interno observando: 
Mecanismo da lesão; 
Rigidez abdominal; 
Ferimento por arma de fogo / arma branca; 
Vômito ou tosse com sangue; 
Pele contundida e dolorida / grandes hematomas; 
Sinais e sintomas de choque; 
Saída de sangue por orifícios naturais do corpo. 
 
 
33 
 
Choque 
 
É um estado de hipoperfusão celular generalizada na qual a liberação de oxigênio no nível 
celular é inadequada para atender as necessidades metabólicas. 
 
Tipos 
Associados à falência de um ou mais componentes do sistema cardiovascular: 
VOLUME: Choque Hipovolêmico / Choque Hemorrágico; 
VASOS: Choque Distributivo (Séptico, Neurogênico, Anafilático); 
CORAÇÃO: Choque Cardiogênico. 
 
Choque Hemorrágico 
 
• Ocorre quando a perfusão tecidual está inadequada devido à perda de volume 
intravascular e de hemácias; 
• Causa mais comum de choque no pré-hospitalar/ trauma; 
• Mecanismo de compensação. 
 
Sinais e Sintomas 
 
• Pele pálida e ou cianótica, úmida e fria; 
• Pulso rápido e filiforme; 
• Respiração curta e rápida; 
• Ansiedade / agitação / rebaixamento do nível de consciência; 
• Hipotensão (sinal tardio); 
• Sede; 
• Fraqueza. 
Abordagem inicial e tratamento do choque 
Reconhecimento precoce do choque 
Restabelecer a perfusão orgânica e a oxigenação tecidual 
 Oxigenação adequada 
 
34 
 
 Controle de hemorragia externa 
Transporte rápido ao hospital apropriado - Tratamento definitivo 
Atenção com a avaliação: Extremos de idade, atletas e gestantes. 
 
Procedimentos de Suporte Básico a Vida 
 
Avaliar responsividade; 
Manter vias aéreas permeáveis; 
Verificar frequência respiratória e pulso; 
Administrar oxigênio 10 a 15L/min; 
Aquecer a vítima utilizando manta térmica ou outros; 
Considerar: Acesso venoso periférico de groso calibre e a infusão de líquido cristaloide 
(soro); 
Afrouxar roupas; 
Não oferecer líquidos ou alimentos. 
GERAL 
Assim que socorrista assumir a situação deverá afastar os curiosos, observar bem o local 
do acidente, se protegendo e protegendo também a vítima. Por mais assustadora que 
pareça uma situação, NUNCA se esqueça do XABCDE. 
X – Atenção para as hemorragias arterial graves/ considerar o uso do torniquete; 
A – Proteja a coluna cervical e desobstrua as vias aéreas; 
B – Verifique se a vítima respira e caso contrário ventile; 
C – Verifique se existe pulso e controle as grandes hemorragias, em caso de ausência de 
pulso executem manobra de ressuscitação cardiopulmonar; 
D – Faça uma rápida avaliação do nível de consciência e monitore a glicemia capilar; 
E – Proceda à exposição completa e não se esqueça de aquecer a vítima. 
 
Aguarde transporte especializado, caso não seja possível, transporte a vítima imobilizada, 
de preferência sobre uma maca rígida. O transporte é tão importante quanto o primeiro 
atendimento. 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nada supera o conhecimento, ele pode salvar vidas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
 
NORMAN, E. McSwain.; SCOTT, Frame.; SALOMONE, Jeffrey P. PHTLS - Atendimento 
Pré Hospitalar ao Traumatizado. 8.ed. Editora Elsevier, 2017. 
Hélio Penna Guimarães, MD, FACP, FAHA, et al. Atualização das Diretrizes de RCP e 
ACE da American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart 
Association 2015 para RCP e ACE. 
Amerian Safety & Health Institute- Manual BFA de Primeiros Socorros – Brasil, 2017.

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