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Universidade Paulista – UNIP
Educação Física Licenciatura
Flavio Souza Alves da Silva RA: C2294G3
Ciências Sociais 
655R
	
Santana de Parnaíba – SP
2021
1
 Flavio Souza Alves da Silva
 RA: C2294G3
Ciências Sociais 
655R
Trabalho de conclusão de curso, como exigência de aproveitamento do Curso Educação Física (Licenciatura), sob orientação da Coordenadora e Auxiliar do Curso de Educação Física: Prof. Tatyane Perna.
Santana de Parnaíba – SP
2021
Sumário
Exercícios	4
Referências	43
10
Exercícios
 (Observação: as respostas estão em negrito)
PERGUNTA 1
	O conceito de “consciência coletiva”, elaborado pelo sociólogo Émile Durkheim, fundamenta-se no pressuposto de que existe, entre os fatos sociais, uma natureza coletiva de tal modo superior e mais poderosa do que os indivíduos, que as consciências individuais ficam subordinadas ao pensamento orientado pelas regras que são compartilhadas por um determinado grupo social. 
Isso significa que
	A
	apesar de cada indivíduo possuir uma consciência individual, não é possível afirmar que exista uma consciência coletiva capaz de resultar em maneiras padronizadas de comportamento no interior de cada sociedade.
	B
	a consciência coletiva estaria espalhada por toda sociedade, impondo-se sobre as vontades individuais através das sanções legais e espontâneas.
	C
	apesar da existência da consciência coletiva, existe uma consciência individual capaz de garantir a liberdade de opinião e de escolha de cada um.
	D
	a consciência coletiva está ligada ao poder sobrenatural da consciência individual.  
	E
	a consciência coletiva atua em casos raros ou esporádicos.
PERGUNTA 2
	Karl Marx desenvolveu diversas reflexões sobre a sociedade capitalista. Para o autor, o modo de produção dessa sociedade, está fundamentado em uma forma específica de produção social de bens, ou seja, na apropriação dos meios de produção pela classe dominante. 
Isto significa dizer que a sociedade capitalista está estruturada a partir
	A
	dos determinantes políticos, fundamentados através dos ideais iluministas.
	B
	da distribuição igualitária dos meios de produção.
	C
	da extinção das classes sociais e do privilégio.
	D
	de relações de produção que dividem os homens mediante a concentração dos meios de produção pela burguesia.
	E
	da consolidação da ordem moral que acabou garantindo a integração entre os homens.
PERGUNTA 3
	Avalie as afirmativas a seguir e as relações proposta entre elas.
I Em um estado democrático de direito todo o poder deve emanar do cidadão, ou seja, é um tipo de governo que nasce do povo e tem como objetivo atender aos interesses do povo.
II Cidadania diz respeito ao direito de qualquer membro da sociedade de participar da vida pública.
Analisando as afirmativas acima, conclui-se que
	A
	I e II são verdadeiras e a II é um complemento da I.
	B
	I e II são verdadeiras, mas a II contrapõe a I.
	C
	I é verdadeira e a II é falsa.
	D
	I é falsa e a II é verdadeira.
	E
	I e II são falsas.
	Desde que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar, está em busca de explicações para os fenômenos que o circundam. A partir dessa preocupação básica, o homem se tornou produtor de conhecimento sobre o mundo. Num primeiro momento, as explicações sobre o funcionamento da natureza e da vida humana eram dadas a partir de mitos e explicações mágicas não pautadas em um sistema lógico e coerente. Posteriormente, foram criadas outras formas de conhecer e explicar o mundo, como as religiões, a filosofia e a ciência.
Com base nisso analise as afirmativas conceituais a seguir e estabeleça a relação correta entre as lacunas e os conceitos subsequentes:
I O conhecimento _____ se pauta na realidade concreta e é baseado na experimentação e não apenas na razão. É um saber que possui uma ordenação lógica e busca constantemente se repensar. A característica elementar do pensamento _____ é a procura pela verdade através do desenvolvimento de métodos de análise e de uma linguagem objetiva que evite ambiguidades.
II O conhecimento _____ se manifesta através de um conjunto de histórias, lendas e crenças. Os _____ carregam mensagens que traduzem os costumes de um povo e constituem um discurso explicativo da vida social. O _____ se explica pela fé, ou seja, não precisa de comprovação.
III O conhecimento ¬¬¬¬_____ também se baseia em doutrinas valorativas, mas suas verdades são consideradas indiscutíveis. É um tipo de conhecimento que não se vale diretamente da razão e da experimentação, mas sim da _____ na revelação divina. 
IV O conhecimento _____ é valorativo, porém, se apoia na formulação de hipóteses, é pautado na razão e tem como finalidade buscar uma representação coerente da realidade estudada. Como ilustram Lakatos e Marconi (2009, p. 19), “o conhecimento _____ é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da razão humana”.
Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas das afirmativas:
	A
	I Filosófico / II Religioso/fé / III Mítico/mito(s) / IV  Científico
	B
	I Científico / II Filosófico / III Religioso/fé / IV Mítico/mito(s)
	C
	I Mítico/mito(s) / II Religioso/fé / III Filosófico / IV Científico
	D
	I Religioso/fé / II Científico / III Filosófico / IV Mítico/mito(s)
	E
	I Científico / II Mítico/mito(s) / III Religioso/fé / IV Filosófico
PERGUNTA 4
PERGUNTA 5
	Émile Durkheim concebia a divisão social do trabalho como um conjunto de diferentes profissões e ocupações. 
Sobre divisão social do trabalho, e sua relevância na sociologia de Durkheim, é correto afirmar que
	A
	a divisão social do trabalho explica a coesão social na sociedade capitalista. Durkheim diferencia a coesão na sociedade capitalista, complexa, da coesão na sociedade simples, tribal, unida por costumes e tradições comuns. 
	B
	em Émile Durkheim, como em Adam Smith, a preocupação volta-se para o rendimento econômico resultante da divisão de funções no capitalismo manufatureiro.
	C
	assim como Henry Ford, Taylor, e outros formuladores da chamada administração científica, Émile Durkheim tinha interesse de determinar a melhor subdivisão do trabalho operário para aumento da produtividade. 
	D
	assim como Max Weber, Émile Durkheim teorizou sobre a burocracia. Estudou-a, com suas diferentes funções e cargos interligados, como sistema social que possibilita maior eficiência e eficácia. Para ele, a burocracia torna viável a obtenção do lucro pelo capitalista.E
	assim como Karl Marx, Émile Durkheim estudou o trabalho buscando compreender os mecanismos de exploração do trabalhador pelo capitalista. Com ideias revolucionárias, entendia que as relações de exploração poderiam deixar de existir em um tipo de sociedade não capitalista. 
PERGUNTA 6
	Capitalismo: pode-se defini-lo, de modo básico, como uma formação social (tipo de sociedade) que tem como características a busca do lucro, o predomínio da propriedade privada, do mercado (como meio de alocação de recursos), do assalariamento e a existência de classes sociais (cuja conceituação precisa muda conforme a abordagem). A sociedade capitalista também implica na existência de leis e de um Estado que mantenha a ordem e garanta a propriedade privada dos meios de produção. Implica, ainda, na existência de valores morais compatíveis com a busca do lucro. Além desses aspectos básicos, o entendimento sobre a sociedade capitalista muda conforme a linha de pensamento (liberal, positivista, dialética). 
Sobre o capitalismo e as diferentes visões a seu respeito, é incorreto afirmar que
	A
	Durkheim, em sua abordagem sociológica, enfatiza a existência da coesão (união) na sociedade capitalista.  Durkheim não via conflito na relação entre capitalistas e trabalhadores. Em seu entendimento, caberiam a esses grupos, de modo complementar, diferentes papeis no organismo social. 
	B
	Marx enfatiza a existência do conflito no capitalismo e o considera como uma sociedade dividida entre dominantes e dominados. Considera as classes sociais como grupos com interesses econômicos opostos. Capitalistas, de um lado, e trabalhadores, de outro, seriam, conforme K. Marx, as classes sociais fundamentais no capitalismo.
	C
	Weber estuda a formação do capitalismo a partir de mudanças existentes no plano da cultura. Identifica na burocracia, como um sistema social, um meio que possibilidade ao capitalista a obtenção de lucro. Com base no conceito de ação social, estuda a legitimação do poder burocrático no capitalismo em contraste com outras formas de poder anteriormente existentes.
	D
	Karl Marx, assim como os liberais, vê a sociedade, também a capitalista, como constituída de indivíduos isolados, supostamente livres em suas escolhas e em nada condicionados pela ideologia dominante resultante de uma sociedade estruturada em classes sociais. 
	E
	Adam Smith, formulador do liberalismo econômico, argumenta em favor do livre mercado, da legitimidade dos lucros, dos interesses individuais e da propriedade privada. Em sua obra “A Riqueza das Nações”, coloca suas ideias liberais em defesa do que, posteriormente, se convencionou chamar de capitalismo.
PERGUNTA 7
	Para Comte, a relação do homem com o conhecimento se dá por estágios, ou estados, durante os quais o homem busca os fundamentos do conhecimento produzido. 
A sequência de estágios proposta por Comte é 
	A
	positivo-teológico-metafísico
	B
	teológico-metafísico-positivo
	C
	metafísico-filosófico-positivo
	D
	primitivo-teológico-científico
	E
	teológico-metodológico-positivo
PERGUNTA 8
	Considere as afirmativas a seguir:
I As revoluções sociais do século XVIII intensificaram a formação das grandes cidades, demandando novas formas de organização da vida social e urbana.
II A industrialização modificou radicalmente certas estruturas sociais, como a família, fazendo com que as mesmas migrassem para o campo por conta do grande aumento do número de seus membros e a necessidade de mais ofertas de emprego.
III A reforma protestante, que provocou a cisão do poder da igreja católica, dificultou a circulação de novas ideias no campo científico, uma vez que a partir da reforma, duas novas instâncias de poder teológico passaram a dominar o cenário da época.
Está correto o afirmado em
	A
	I, somente.
	B
	I e III, somente.
	C
	II, somente.
	D
	I e II, somente.
	E
	I, II e III.
PERGUNTA 9
	Desde que desenvolveu a capacidade de pensar o ser humano está em busca de explicações para os fenômenos que o cercam. A partir dessas preocupações básicas tornou-se produtor de conhecimentos sobre o mundo. Num primeiro momento, se buscava conhecer a natureza e a vida humana por meio de mitos e de explicações mágicas não pautadas em um sistema lógico e coerente. Posteriormente, a Religião, a Filosofia e a Ciência ofereceram alternativas para a compreensão do mundo.
Considerando os conhecimentos de tipo filosófico, religioso, mítico e científico, leia atentamente as afirmativas abaixo e preencha corretamente as lacunas.
I O conhecimento _____ é pautado pela realidade concreta e é baseado na experimentação e não apenas na razão. É um saber logicamente ordenado, que busca constantemente repensar a si mesmo. Tem por característica principal a busca da verdade por meio de métodos de análise e de uma linguagem objetiva, que evita ambiguidades.
II O conhecimento _____ se manifesta por meio de um conjunto de histórias, lendas e crenças, que traduzem os costumes de um povo e constituem um discurso explicativo da vida social. Esse conhecimento se explica pela fé, ou seja, não exige comprovação.
III O conhecimento ¬¬¬¬_____ se baseia em doutrinas valorativas, mas suas verdades são consideradas indiscutíveis. Esse tipo de conhecimento não se vale diretamente da razão e da experimentação, mas sim, da revelação divina. 
IV O conhecimento _____ é valorativo, se apoia na formulação de hipóteses, é pautado na razão e tem por finalidade a busca de uma representação coerente da realidade estudada. Como ilustram Lakatos e Marconi (2009, p. 19), esse conhecimento é caracterizado “pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, recorrendo unicamente às luzes da razão humana”.
Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas das afirmativas acima.
	A
	I filosófico, II religioso/fé, III mítico, IV científico
	B
	I científico, II filosófico, III religioso, IV mítico
	C
	I mítico, II religioso, III filosófico, IV científico
	D
	I religioso, II científico, III filosófico, IV mítico
	E
	científico, II mítico, III religioso, IV filosófico
PERGUNTA 10
	Considere as afirmativas a seguir:
I Em um estado democrático de direito o poder emana do cidadão. Esse tipo de governo nasce do povo e tem por objetivo atender aos interesses do povo.
II Cidadania diz respeito ao direito de qualquer membro da sociedade de participar da vida pública.
Analisando as afirmativas acima, conclui-se que
	A
	I e II são verdadeiras e II complementa I.
	B
	I e II são verdadeiras e II contrapõe-se a I.
	C
	I é verdadeira e II, falsa.
	D
	I é falsa, e II, verdadeira.
	E
	I e II são falsas.
PERGUNTA 11
	É PRECISO VOLTAR A GOSTAR DO BRASIL
Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão europeia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial, organizada em torno de um escravismo prolongado e tardio, única monarquia em um continente republicano, assentada em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com um povo em processo de formação, sem um passado profundo onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro estaria reservado para uma nação assim?
  Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar sua óbvia condição não europeia.
 Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais de cem anos de vida independente, começamos a puxar consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos ao conservador Gilberto Freire, em 1934, com Casa-Grande & Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, vistoa partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia cultural, disciplina que então apenas engatinhava. (...) Freire revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira. (...)
 A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas. Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo: comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas, canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes, ferramentas e técnicas, palavras e expressões de linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira) não se encontrava na política nem na economia, muito menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois, com Raízes do Brasil, um instigante ensaio – “clássico de nascença”, nas palavras de Antonio Candido – que tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas, experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e “americana” do século 20. Ao contrário do pernambucano Gilberto Freire, o paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o tempo secular da história. Considera a modernização um processo. Também busca a singularidade do processo brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias. (...)
Anuncia que “a nossa revolução” está em marcha, com a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência de um novo ator decisivo, as massas urbanas. Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores locais, elas não mais seriam demandantes de favores, mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica, patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freire girava em torno da família extensa da casa-grande, um espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização que prometia associar-se a modernidade e cidadania. BENJAMIN, C. Revista Caros Amigos. Ano X, n°111. jun. 2006 (adaptado).
Considere as seguintes afirmativas:
I No texto, o “tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira”, refere-se à influência dessas etnias na constituição da sociedade brasileira.
II Segundo o texto, para Sérgio Buarque “as massas urbanas” representam o produto de transformações resultante de “nossa revolução”.
III A expressão destacada em “um espaço integrador dentro da monumental desigualdade” faz contraponto à construção da cidadania decorrente da urbanização.
Está correto o afirmado em
	A
	I e II, somente.
	B
	I, II e III. 
	C
	I, somente.
	D
	I e III, somente. 
	E
	II e III, somente.
PERGUNTA 12
	A questão racial, que parece ser um desafio do presente, existe há muito tempo. Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas persistente. Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão racial revela, de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como funciona a fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade, diversidade e desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e alienação.  OCTAVIO I. Dialética das relações sociais. Estudos avançados, n. 50, 2004.)
Com base no texto apresentado, a questão racial
I configura-se como “enigma” porque muda sem cessar, sem ser, por isso, superada.
II encobre interesses de determinados estratos sociais e ainda continua presa ao preconceito.
III revela, concentradamente, o modo de funcionamento da sociedade.
Está correto o afirmado em
	A
	I, somente. 
	B
	II, somente. 
	C
	I e II, somente. 
	D
	I e III, somente. 
	E
	II e III, somente.
PERGUNTA 13
	Os filósofos iluministas concebiam a política como uma coletividade organizada e contratual. Um de seus expoentes foi Thomas Hobbes, autor do “Leviatã”. 
Assinale a alternativa correta:
	A
	Em o “Leviatã” Hobbes coloca o ser humano como pré-determinado, fadado pela natureza a dar ordens se afortunado, ou a labutar nos campos, se desafortunado.
	B
	Foi com o “Leviatã” que nasceu a ideia do Estado Moderno, cujo principal papel consiste em garantir a lei e a ordem.
	C
	O “Leviatã” teve o propósito de formular políticas e dar conselhos aos poderosos, de modo análogo ao que fez Maquiavel em “ O Príncipe”.
	D
	Com o “Leviatã” surgiu a ideia do Estado de Bem-Estar Social, cujo objetivo principal é o de prover os cidadãos de bens e serviços visando ao bem comum.
	E
	Em o “Leviatã” Hobbes propõe que o homem deve se subjugar à hierarquia social, ou seja, considera as diferenças humanas perante as leis.
PERGUNTA 14
	A Revolução Industrial, que eclodiu na Inglaterra no Sec. XVIII, gerou uma onda de inovações que alteraram os padrões de produção, comércio de mercadorias e sociabilidade, de modo até então sem precedentes. 
A Revolução Industrial
	A
	foi decorrente do ressurgimento das rotas de comércio após a expulsão dos mouros da Europa Ocidental.
	B
	foi decorrente da melhoria do sistema de transportes, que possibilitou livre movimentação do campo para a cidade.
	C
	se solidificou com a implantação de uma nova ordem política que fez do Estado o elemento dinâmico na geração de inovações.
	D
	provocou profundas modificações no modo de vida da população: marcou o crescimento das cidades, alterou o padrão de vida urbano, favoreceu a criação de novas relações de trabalho, de surgimento à figura do operário.
	E
	surgiu na Inglaterra em decorrência de legislações específicas que garantiam o acesso de toda a sociedade aos benefícios das inovações tecnológicas engendradas no meio acadêmico.
PERGUNTA 15
	Durkheim se distingue dos demais positivistas porque suas ideias ultrapassaram o âmbito da reflexão filosófica e chegaram a constituir um todo organizado e sistemático de pressupostos teóricos e metodológicos sobre a sociedade. COSTA, C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 1987, p. 56.
Considerando as reflexões contidas no texto, é possível afirmar sobre a Sociologia desse autor que
	A
	Émile Durkheim (1858-1917) deu continuidade ao trabalho iniciado por Augusto Comte.
	B
	o positivismo é uma corrente de pensamento surgida no século XVI na Europa, fortemente influenciada pela crescente valorização da religião como fonte de acesso à verdade.
	C
	para o pensamento positivista, a sociedade somente seria passível de compreensão se o homem fosse dotado de uma natureza eminentemente dócil.
	D
	Émile Durkheim considerava possível superar conflitos por meio da recuperação dos valores religiosos.
	E
	Émile Durkheim se propôs a construir a Sociologia como uma ciência estritamente relacionada à política, que deveria exercer controle sobre a sociedade. 
PERGUNTA 16
	A formação e o desenvolvimento do conhecimento sociológico crítico e negador da sociedade capitalista sem dúvida liga-se à tradição do pensamento socialista, que encontra em Marx (1818-1883) e Engels (1820-1903) a sua elaboração mais expressiva. MARTINS, C. B. O que é Sociologia. 38. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p.51.
Estudando o pensamento de Karl Marx é possível
I compreender o processo de estabelecimento de diferentes formasde desigualdade para entender suas causas, persistências e possibilidades, bem como as dificuldades para amenizar desigualdades.
II esclarecer as bases sociais sobre as quais se assentam as desigualdades.
III refletir sobre o processo de criação, reprodução e aprofundamento das desigualdades sociais.
Está correto o afirmado em
	A
	I e III, somente.
	B
	I, II e III.
	C
	I e II, somente.
	D
	I, somente.
	E
	III, somente.
PERGUNTA 17
	Segundo Darcy Ribeiro (1995), o povo brasileiro é novo porque sua “etnia nacional”, mestiça, difere de suas matrizes formadoras: uma nova cultura surgiu a partir de várias. Ao longo de nossa existência como país ouvimos algumas "falsas verdades". RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Assinale a afirmativa incorreta:
	A
	Os portugueses que aqui chegaram se esforçaram por implantar em território brasileiro o modo de funcionamento tradicional da Europa, negligenciando em muito a cultura dos povos indígenas e dos africanos.
	B
	No processo de formação da enorme diversidade cultural brasileira o sincretismo cultural e religioso próprio da miscigenação propiciou a constituição de um povo mestiço. 
	C
	Segundo Darcy Ribeiro (1995), às influências da colonização portuguesa se somaram traços herdados de africanos e de indígenas.
	D
	Os índios aqui encontrados pelos colonizadores portugueses não se prestavam à servidão como escravos domésticos porque muitas tribos praticavam o canibalismo e os portugueses optaram por se manterem afastados deles.
	E
	(Todas as afirmativas anteriores estão corretas).
PERGUNTA 18
	“(..) só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente”. Assim como os índios Tupinambás praticavam o canibalismo de forma ritual para absorver o poder dos inimigos, os artistas e intelectuais deveriam canibalizar a influência estrangeira (inegavelmente mais forte) e, no processo de digestão, agregar a identidade e a cultura brasileira, criando uma arte, ao mesmo tempo, nacional e universal. 
Esta era a lógica do Manifesto Antropofágico, escrito por
 
	A
	Mario de Andrade.
	B
	Tarsila do Amaral.
	C
	Oswald de Andrade.
	D
	Villa Lobos.
	E
	Anita Malfatti.
PERGUNTA 19
	O etnocentrismo existe no grupo do “eu”, que faz da sua visão a única possível, a natural, a superior. O grupo do “outro” permanece como absurdo, anormal ou incompreensível. Esse processo, resultante de um esforço da identidade do “nosso” grupo, tem por pressuposto que o “outro deve ser alguma coisa que não desfrute da palavra para dizer algo de si mesmo...”. ROCHA, E. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1990, p. 57.
Com base no texto acima, assinale a afirmativa incorreta.
	A
	Aqueles que são diferentes do “meu grupo de pertença” passam a ser considerados como inferiores.
	B
	No universo da indústria cultural a criação de um conjunto de “outros” serve ao propósito de firmar como padrão ideal uma série de valores do grupo dominante.
	C
	Rótulos e estereótipos compartilhados cotidianamente norteiam o processo de valoração positiva e negativa das diferenças.
	D
	Ao contrário do etnocentrismo a relativização possibilita compreender que diferenças não implicam em desigualdade, não podendo, pois, serem hierarquizadas e devendo ser igualmente valorizadas por serem propiciadoras de riqueza demográfica e simbólica.
	E
	O etnocentrismo existe como propriedade de uma única sociedade ou época, em que persiste o “outro” grupo semelhante ao “meu”, sem discriminações ou julgamentos.
PERGUNTA 20
	A cultura pode ser compreendida como o conjunto de produções simbólicas (sistema de símbolos e signos) associadas a conhecimentos, crenças, valores e padrões de comportamento. Esse conjunto de produções simbólicas serve ao propósito de adaptar comunidades humanas a seus embasamentos biológicos e geográficos. (Laplantine/Laraia)
Com base no texto apresentado, assinale a afirmativa incorreta.
	A
	A cultura deve ser vista como ponto de partida para o entendimento de fenômenos sociais somente quando se trata de analisar peculiaridades de determinadas comunidades.
	B
	As representações simbólicas desempenham a função de explicar, solucionar e coordenar situações advindas de relações entre a realidade natural e a social.
	C
	Por meio de seus valores e aquisições de Padrões culturais e da Simbologia que servem às percepções da Cultura.
	D
	Cultura diz respeito a um produto coletivo e a uma construção histórica cujas características são mutáveis ao longo da História.
	E
	A cultura é portadora de sistemas simbólicos repletos de palavras, gestos, sons e objetos carregados de significados.
PERGUNTA 21
	Culture (cultura) é uma das duas ou três palavras mais complicadas da língua inglesa, em parte por causa de seu intrincado desenvolvimento histórico em diversas línguas europeias, mas, principalmente, porque passou a ser usada para referir-se a conceitos importantes em diversas disciplinas e diversos sistemas de pensamento, por vezes incompatíveis. WILLIAMS, R. Palavras-Chave. São Paulo: Boitempo, 2007, p. 117.
 
A respeito do moderno conceito de cultura é incorreto afirmar que
	A
	o uso do conceito de cultura deve ser cuidadoso, como aponta Raymond Willians no excerto acima.
	B
	cultura abrange conhecimentos, artes, moral, leis, costumes, aptidões, hábitos adquiridos, tradição social, entre outros.
	C
	O conceito antropológico de cultura, concretizado no século XVIII por diversos pensadores, se mostra rígido e imutável ao afirmar que toda cultura está direta e exclusivamente vinculada à intelectualidade.
	D
	o conceito de cultura se refere a uma variedade de fenômenos e a um conjunto de interesses hoje compartilhados por estudiosos de diversas disciplinas, entre as quais a Antropologia, a Sociologia, a História e a Literatura.
	E
	a vida social é constituída de ações e expressões significativas, manifestações verbais, símbolos, textos e artefatos de vários tipos e sujeitos que se expressam por meio desses artefatos e que procuram entender a si mesmos e aos outros por meio da interpretação das expressões que produzem e recebem.
PERGUNTA 22
	Ribeiro (1995) afirma que a maior luta do negro africano e de seus filhos brasileiros foi e é a busca por um lugar e por um papel como participante legítimo da sociedade brasileira. 
A esse respeito, analise as afirmativas que seguem:
I A resistência cultural dos negros africanos possibilitou a preservação de elementos de sua música, sua dança e sua religião. 
II Nos anos de 1960 e 1970 a classe média intelectualizada do Rio de Janeiro e de São Paulo legitimaram socialmente o Candomblé, o que contribuiu para a valorização da cultura baiana.
III Ribeiro (1995) afirma que o fato dos membros das classes dominantes no Brasil serem descendentes de escravos explica o comportamento de desprezo que os negros têm pelos brancos e sua cultura.
IV Embora possamos discordar da opinião de Ribeiro (1995), esse autor afirma que mais do que preconceito por causa da raça ou da cor, vigora na sociedade brasileira o preconceito de classe, pois a diferença não é determinada exclusivamente pelo poder financeiro.
Está correto o afirmado em
	A
	I e II, somente.
	B
	I, II e III, somente.
	C
	II e IV, somente.
	D
	I e IV, somente.
	E
	I, II e IV, somente.
PERGUNTA 23
	Conselho de mulher 
Adoniran Barbosa,1953.
(Declamando) 
‘Quando Deus fez o homem, 
Quis fazer um vagolino que nunca tinha fome 
E que tinha no destino 
Nunca pegá no batente 
E vivê forgadamente. 
O homem era feliz  
Enquanto Deus assim o quis. 
Mas depois pegou Adão  
Tirou uma costela e fez a mulher, 
Desde então o homem trabalha pr’ela. 
Vai daí home reza todo dia uma oração 
Se quisé tirá de mim arguma coisa de bão, 
Que me tire o trabaio, a muié, não!’ (...)
Na letra dessa música Adoniran Barbosa
    
I menciona um estereótipo negativo dos brasileiros, bastante divulgado: a preguiça.
II responsabiliza a mulher pela necessidade do homem de trabalhar.
III a impressão inicial, de que o autor criticaa preguiça típica do brasileiro comum, é substituída depois pela constatação de que se trata de uma declaração de amor à mulher.
Está correto o afirmado em
	A
	I, somente.
	B
	II, somente.
	C
	I e II, somente.
	D
	II e III, somente.
	E
	I, II e III.
PERGUNTA 24
	Conselho de mulher 
Adoniran Barbosa,1953.
(Declamando) 
‘Quando Deus fez o homem, 
Quis fazer um vagolino que nunca tinha fome 
E que tinha no destino 
Nunca pegá no batente 
E vivê forgadamente. 
O homem era feliz  
Enquanto Deus assim o quis. 
Mas depois pegou Adão  
Tirou uma costela e fez a mulher, 
Desde então o homem trabalha pr’ela. 
Vai daí home reza todo dia uma oração 
Se quisé tirá de mim arguma coisa de bão, 
Que me tire o trabaio, a muié, não!’ (...)
Nessa letra de música 
	A
	é realizada uma crítica à religiosidade do brasileiro.
	B
	é realizada uma crítica política.
	C
	é realizada uma crítica bem-humorada.
	D
	é realizada uma crítica ao fato de o brasileiro não saber falar bem o português.
	E
	é enfatizado o senso de humor do brasileiro.
PERGUNTA 25
	Ha duas categorias de conteúdo implícito, comumente utilizadas nas situações de comunicação do nosso cotidiano: os pressupostos e os subentendidos. Ambos exigem conhecimento e reconhecimento de alguns índices no texto, que auxiliam na tarefa de interpretar alguns tipos de informação.Disponível em: <https://www.jussiup.com.br/2018/07/pressuposto-e-subentendido.html>. Acesso em: 13 nov. 2019
Em relação aos pressupostos e subentendidos:
    
Imaginemos a seguinte situação: um rapaz que está sentado numa viagem de ônibus pergunta a uma pessoa que está em pé: “A bolsa da senhora está pesada?”. Com essa pergunta ele deixa subentendida sua 
	A
	curiosidade - intenção de ver o que tem na bolsa.
	B
	generosidade – intenção de presentear a dona da bolsa.
	C
	maldade – intenção de roubar a bolsa.
	D
	distração – intenção de compreender o que está acontecendo.
	E
	gentileza – intenção de carregar a bolsa.
PERGUNTA 26
	Sobre a declaração do governador fluminense, Sérgio Cabral, de que "as mães faveladas são uma fábrica de produzir marginais", cabe indagar: essas mães produzem marginais apenas quando dão à luz ou também quando votam? Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2910200710.htm>. Acesso em: 12 nov. 2019.
O humor estimulado pelo questionamento acima nos faz pressupor que no entendimento do autor dessa frase
	A
	votar acertadamente implica em gerar marginais.
	B
	votar acertadamente significa cooptar marginais.
	C
	votar de modo errado significa gerar marginais.
	D
	votar de modo errado significa evitar marginais.
	E
	toda pessoa que vota é marginal.
PERGUNTA 27
	Considere a afirmativa a seguir:
Para Durkheim, a sociologia tem por objetivo estudar os “fatos sociais”, que consistem em maneiras de agir, pensar e sentir que apesar de exteriores ao indivíduo são dotadas de poder de coerção sobre ele. 
A tirinha apresenta exemplos de
	A
	solidariedade de classes e solidariedade religiosa. 
	B
	solidariedade religiosa e solidariedade imposta pela lei.  
	C
	solidariedade artística e solidariedade capitalista.  
	D
	solidariedade social e solidariedade capitalista.  
	E
	solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.
PERGUNTA 28
	Pátria Que Me Pariu
(Gabriel O Pensador)
Pátria que me pariu!
Quem foi a Pátria que me pariu!?
Uma prostituta, chamada Brasil se esqueceu de tomar a pílula,
e a barriga cresceu
Um bebê não estava nos planos dessa pobre meretriz de dezessete anos
Um aborto era uma fortuna e ela sem dinheiro
Teve que tentar fazer um aborto caseiro
Tomou remédio, tomou cachaça, tomou purgante
Mas a gravidez era cada vez mais flagrante
Aquele filho era pior que uma lombriga
E ela pediu prum mendigo esmurrar sua barriga
E a cada chute que levava o moleque revidava lá de dentro
Aprendeu a ser um feto violento
Um feto forte escapou da morte
Não se sabe se foi muito azar ou muita sorte
Mas nove meses depois foi encontrado, com fome e com frio,
Abandonado num terreno baldio.
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu!?
A criança é a cara dos pais mas não tem pai nem mãe
Então qual é a cara da criança?
A cara do perdão ou da vingança?
Será a cara do desespero ou da esperança?
Num futuro melhor, um emprego, um lar
Sinal vermelho, não dá tempo pra sonhar
Vendendo bala, chiclete...
"Num fecha o vidro que eu num sou pivete
Eu não vou virar ladrão se você me der um leite, um pão, um vídeo game e uma televisão, uma chuteira e uma camisa do mengão.
Pra eu jogar na seleção, que nem o Ronaldinho
Vou pra copa, vou pra Europa..."
Coitadinho!
Acorda moleque! Cê num tem futuro!
Seu time não tem nada a perder
E o jogo é duro! Você não tem defesa, então ataca!
Pra não sair de maca!
Chega de bancar o babaca!
Eu não aguento mais dar murro em ponta de faca
E tudo o que eu tenho é uma faca na mão
Agora eu quero o queijo. Cadê?
Tô cansado de apanhar. Tá na hora de bater!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu!?
Mostra tua cara, moleque! Devia tá na escola
Mas tá cheirando cola, fumando um beck
Vendendo brizola e crack
Nunca joga bola mais tá sempre no ataque
Pistola na mão, moleque sangue bom
É melhor correr porque lá vem o camburão
É matar ou morrer! São quatro contra um!
Eu me rendo! Bum! Clá! Clá! Bum! Bum! Bum!
Boi ,boi, boi da cara preta pega essa criança com um tiro de escopeta
Calibre doze na cara do Brasil
Idade 14, estado civil mo...rto
Demorou, mas a pátria mãe gentil conseguiu realizar o aborto.
Pátria que me pariu
Quem foi a Pátria que me pariu?
Disponível em: <http://letras.mus.br/gabriel-pensador/66752/>.  
As forças produtivas são as edificações e os meios utilizados no processo de produção: meios de produção de um lado e força de trabalho de outro. Os meios de produção são recursos produtivos físicos: ferramentas, maquinaria, matéria-prima, espaço físico etc. A força de trabalho inclui não apenas a força física dos produtores, mas também suas habilidades e seu conhecimento técnico (que eles necessariamente não dominam), aplicado quando trabalham. 
Assim, considerando o texto da música de Gabriel, o pensador, indique o filósofo que trata da força de trabalho dos indivíduos em sociedade:
	A
	Comte e a sistematização da sociedade.
	B
	Durkheim e a materialização de uma consciência coletiva.
	C
	Marx e o crescimento do poder produtivo humano, que surge na sociedade.
	D
	Weber e a ação social que gera efeitos sobre a realidade.
	E
	Gabriel e o poder do pensamento.
PERGUNTA 29
	A globalização surgiu após a Guerra Fria tornando-se o assunto do momento, aparecendo nos círculos intelectuais e nos meios de comunicação, tornando possível a união de países e povos, essa união nos dá a impressão de que o planeta está ficando cada vez menor. Um dos mais importantes fatores que contribui para a união desses povos é, sem dúvida, a Internet. É impossível falar de globalização sem falar da Internet, que a cada minuto nos proporciona uma viagem pelo mundo sem sair do lugar. Dentro da rede conhecemos novas culturas, podemos fazer amizades com pessoas que moram horas de distância, trabalhamos e ainda podemos nos aperfeiçoar cada vez mais nos assuntos ligados a nossa área de interesse, através dela, milhões de negócios são fechados por dia.
Tudo começou há muito tempo quando povos primitivos passaram a explorar o ambiente em que viviam. No século XV os europeus viajavam pelos mares a fim de ligar Oriente e Ocidente, a Revolução Industrial foi outro fator que permitiu o avanço de países industrializados sobre o restante do mundo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/geografia/globalizacao/>. Acesso em: 18 mai. 2018.
Em relação a globalização, assinale afirmativa incorreta.
	A
	A globalização se refere àqueles processos, atuantes em escala global, que atravessam fronteiras nacionais, interagindo e conectando comunidades de organizações em novas combinações de espaço-tempo.
	B
	A globalização implica em movimento de distanciamento da ideia sociológica clássica da “sociedade” como um sistema bem delimitadoe sua substituição por uma perspectiva que se concentra na forma como a vida social está ordenada ao longo do tempo e do espaço. 
	C
	Uma das características da globalização é a “compressão espaço-tempo” e a aceleração dos processos globais. 
	D
	A sensação é que o mundo é maior, as distâncias são mais longas e os eventos em um determinado lugar não têm impacto imediato sobre pessoas e lugares situados a grande distância. 
	E
	Os lugares permanecem fixos. Entretanto, o espaço pode ser “cruzado” num piscar de olhos. 
PERGUNTA 30
	A burguesia, ao tomar o poder em 1789, investiu decididamente contra os fundamentos da sociedade feudal, procurando construir um Estado que assegurasse a sua autonomia em face da Igreja e que protegesse e incentivasse a empresa capitalista (...).  A revolução não completara um ano de existência, mas fora suficientemente intempestiva para liquidar a velha estrutura feudal e o Estado monárquico. MARTINS. C. B. O que é Sociologia? SP: Brasiliense, 2001. 
Tendo em vista o contexto histórico da Revolução Francesa, está correto afirmar que
 
	A
	 a tomada do poder em 1789 pela burguesia proporcionou um fortalecimento da monarquia e o estreitamento de relações entre Igreja e Estado. 
	B
	a revolução de 1789 teve impacto nulo na economia, na política e na cultura. 
	C
	a plataforma política da burguesia previa maior interferência do Estado na economia, o aumento de impostos e restrições à liberdade de imprensa. 
	D
	na Revolução Francesa a burguesia exerceu um papel conservador, enquanto os aristocratas propunham mudanças radicais na economia. 
	E
	o objetivo da revolução de 1789 não era apenas mudar a estrutura do Estado, mas abolir a antiga forma de sociedade e promover profundas inovações na economia, política e cultura. 
PERGUNTA 31
	Durkheim considera um fato social (algo experimentado pelo indivíduo como uma realidade independente e pré-existente) como “normal” quando se encontra generalizado em uma sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou evolução. Assim, a corrupção (fato social) existente aqui há séculos e em todos os níveis da sociedade é “normal”.
Pode-se afirmar isso sobre a corrupção, já que
I sem generalizar, o povo brasileiro é corrupto, pois, além dos furtos aos cofres públicos na administração do nosso país, estados e/ou municípios, a cultura do jeitinho brasileiro (furar fila, pegar troco a mais, estacionar em vaga de pessoa com necessidades especiais ou de idosos, colar em provas etc.) caracteriza eventos de corrupção.
II parece que, na maioria das vezes e pelos vários meios de comunicação em massa, nós somos estimulados a ter atitude, por exemplo, os campeonatos de futebol, as novelas, os reality-shows, algumas músicas monossilábicas etc. estimulam a reflexão.
III os “heróis” telejornalísticos, defensores da dignidade e justiça brasileiras com seus pomposos discursos, em princípio, servem para reduzir a ansiedade gerada pela injustiça e bandidismo a solta, ou seja, servem para nos calar também.
Está correto o afirmado em
	A
	II, somente.
	B
	I e II, somente.
	C
	I e III, somente.
	D
	II e III, somente.
	E
	I, II e III.
PERGUNTA 32
	Em seu TCC “Pobreza, Globalização e Cidadania”, Estenssoro (1999) apontou que o capitalismo estava em crise, algo resultante das desigualdades entre as nações pobres e ricas que o próprio sistema produziu, pois, para seu desenvolvimento, priorizou cada vez mais a quantidade e os meios de produção, algo que gerou cada vez mais pobreza e desemprego. Para o autor e há mais de 15 anos, essas crises revelavam que o sistema capitalista não se sustentava enquanto sistema econômico capaz de garantir a reprodução social no planeta. ESTENSSORO, L. P. Globalização e Cidadania.1999. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/55445789/Pobreza-Globalizacao-e-Cidadania-Luis-Estenssoro>. Acesso em: 05 jul. 2011.
Quais os recentes acontecimentos que apoiam a ideia do autor, de que o capitalismo não se sustenta como sistema econômico capaz de assegurar a reprodução social no nosso planeta?
 
	A
	Os Estados Unidos da América, país símbolo do capitalismo, ficou de fora da lista dos dez países mais globalizados do mundo em 2012, lista que tem países orientais subdesenvolvidos na concepção capitalista.
	B
	Os fatos que o autor descreveu há dez anos foram solucionados e, portanto, não há evidências de que tenha se tornado ainda mais crítico, já que a prioridade do capitalismo é o conforto e qualidade de vida dos seres humanos, ao contrário do que muitos pensam e dizem ser dinheiro e produção.
	C
	Apesar de ainda terem essas desigualdades, não há fatos novos/recentes que comprovem essa teoria de Estenssoro que tem mais de uma década.
	D
	Além das críticas às desigualdades sociais que o autor acusa, as recentes crises econômicas que se tornaram globais e afetam até hoje o desempenho de empresas e, inclusive, de vários países, por exemplo, os países da zona do euro, que antes eram grandes potencias globais.
	E
	Os governantes de vários países, nessa última década têm feito esforços gigantescos e já tiveram efeito positivo, ou seja, eliminaram tais desigualdades sociais.
PERGUNTA 33
	Leia a seguir um trecho do artigo “A noção de representação em Durkheim”, de Fernando Pinheiro Filho. 
(...) a sociedade é a única fonte da humanidade do homem; é através dela que se transcende a pura vida orgânica que é a condição do homem tomado em sua individualidade. Apenas a vida coletiva faz do indivíduo uma personalidade, dando forma à consciência moral e pensamento lógico que têm origem e destinação social. O indivíduo não é ainda realidade humana, mas apenas abstração que só se perfaz no meio social. Antes de sua constituição na e pela força coletiva, não se pode falar propriamente de homem, mas de um ser que se reduz ao organismo animal. A humanidade do homem é coisa social, que se cristaliza por mecanismos de coerção. 
O trecho acima vai direto ao ponto quanto à qualidade específica da vida social, sob a ótica da sociologia proposta por Durkheim. A caracterização dos fenômenos sociais tem consequências quanto a uma definição de ser humano. 
PINHEIRO FILHO, F. A noção de representação em Durkheim. Revista Lua Nova, n. 61, p. 139-155, 2004
Qual das alternativas abaixo traz as informações mais condizentes com a relação entre seres humanos e vida social, tal como abordada pelo autor?
	A
	Para Durkheim, o conceito de pessoa diz respeito ao pertencimento de alguém a redes de relações sociais, como a família por exemplo. Contudo, os seres humanos só se tornam indivíduos sob condições que lhes permitam liberdade em relação a tais laços sociais, favorecendo experiências baseadas nos desejos e objetivos próprios, sem interferências ou críticas alheias.
	B
	Segundo Durkheim, para que o indivíduo torne-se um ser humano propriamente dito, ou seja, adquira uma personalidade, é necessário que a sociedade crie condições para que isso ocorra espontaneamente, ou seja, sem nenhuma forma de coerção.
	C
	Para Émile Durkheim, a condição humana faz parte da natureza biológica constitutiva dos indivíduos, existindo como qualidade potencial em cada criança recém-nascida. Essa qualidade obrigatoriamente seria desenvolvida, mesmo que a criança fosse mantida em isolamento total em relação a outras pessoas.
	D
	Segundo o raciocínio de Durkheim, toda sociedade exerce um poder coercitivo sobre os indivíduos, desumanizando-os, pois há um forte cerceamento da liberdade de ação e pensamento. Assim, o autor se aproxima do ideal romântico, calcado na relação conflituosa entre indivíduo e sociedade, sendo a verdadeira liberdade aquela decorrente do isolamento em relação aos outros.
	E
	Para Durkheim, é a sociedade, como totalidade, que acrescenta aos indivíduos os atributos necessários que os transformam em seres humanos propriamente ditos. Tais atributos são personalidade, razão, sentimentos, formação e uso cotidiano das línguas. Fora da vida social, eles seriam apenas indivíduos biológicos, despojados de humanidade.PERGUNTA 34
	Leia a seguir um trecho do livro “Romance com pessoas”, de José Luiz Passos, intérprete das obras de Machado de Assis. 
A introspecção pode ser entendida, em Machado, na maioria dos casos, como uma função da memória individual sobre o passado do eu, ou sobre sensações e evocações desse eu diante dos obstáculos no presente. Pessoas são seres que perduram no tempo e assumem diferentes estados mentais; viver uma vida como pessoa é passar por distintas formas de consciência e guardar certa memória dessas formas. Seguindo a sugestão de Locke, então, podemos chamar de vida interior essa continuidade do sujeito consciente de si. E a vida interior robusta é prerrogativa de sujeitos a quem podemos chamar de pessoas. PASSOS, J. L. Romance com pessoas: A imaginação em Machado de Assis. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2014
Caso fôssemos estabelecer uma possível relação entre o sentido de introspecção, acima apresentado, e as condições sociais de existência, sob a ótica de Émile Durkheim, qual seria a afirmativa mais adequada dentre as apresentadas abaixo?
	A
	A vida interior é o escudo que protege os indivíduos contra as forças constrangedoras de origem social, sobretudo em uma época como a capitalista, que reduz tudo à mera questão econômica, nivelando todos os seres humanos. Nesse sentido, é a memória que oferece suporte para a individualidade.
	B
	A introspecção, como vida interior, carrega atributos dos tempos históricos, orienta o indivíduo em suas condutas na época em que calhou ter nascido e vivido. Ao mesmo tempo, a expressão “vida interior robusta” pode ser interpretada como típica da modernidade, como momento histórico valorizador da liberdade e da individualidade.
	C
	Segundo Durkheim, a vida interior (introspecção) é o objeto de estudo, por excelência, da psicologia e apenas esta ciência tem condições de estudá-la com propriedade. Sendo assim, os fatos sociais são fenômenos de natureza distinta.
	D
	Seguindo o raciocínio de Durkheim, a vida interior constitui-se como um fato social que não sofre alteração alguma no decorrer do tempo histórico e nas diversas formações sociais. Isso porque a capacidade de introspecção é resultado exclusivo das transformações biológicas evolutivas que definiram o ser humano como o conhecemos hoje.
	E
	Para Durkheim, a vida interior robusta é aquela que se vive no seio de alguma igreja, tendo em vista que somente sob o resguardo das representações coletivas de origem religiosa os seres humanos ganham uma identidade própria, na condição de filhos de um único Deus. Eis a função social das crenças religiosas.
PERGUNTA 35
	Na área de estudos da sociologia, a questão da dominação aparece como algo determinante para se analisar as relações sociais de poder entre os indivíduos no seio das sociedades contemporâneas. Acerca disso, Weber destaca que “a dominação, ou seja, a probabilidade de encontrar obediência a determinado mandato, pode fundar-se em diversos motivos de submissão. Pode depender diretamente de uma constelação de interesses, ou seja, de considerações utilitárias de vantagens e inconvenientes por parte daquele que obedece. Pode também depender do mero “costume”, do hábito cego de um comportamento inveterado. Ou pode fundar-se, finalmente, no puro afeto, na mera inclinação pessoal do súdito.” WEBER, W. Os três tipos puros de dominação legítima, 1956, p. 128
Tendo como base a citação acima, assinale a afirmativa correta sobre quais são os três tipos puros de dominação legítima para Max Weber.
	A
	Dominação cristã, dominação carismática e dominação tradicional.
	B
	Dominação carismática, dominação racional-legal e dominação puritana.
	C
	Dominação carismática, dominação puritana e dominação cristã.
	D
	Dominação cristã, dominação racional-legal e dominação carismática.
	E
	Dominação carismática, dominação tradicional e dominação racional-legal.
PERGUNTA 36
	Para Karl Marx e Friedrich Engels, a luta de classes tornou-se consequência dos processos de industrialização, urbanização e de expansão do capitalismo durante todo o século XIX. Acerca disso, os autores destacam que “o proletariado passa por diferentes fases de desenvolvimento. Sua luta contra a burguesia começa com a sua existência. No começo, empenham-se na luta operários isolados, mais tarde, operários de uma mesma fábrica, finalmente, operários de um mesmo ramo da indústria, de uma mesma localidade, contra o burguês que os explora diretamente” MARX K.; ENGELS, F.  Manifesto do partido comunista, 1848, p. 47.
A luta de classes e sua conceituação têm como base
	A
	a oposição entre as classes de trabalhadores formais e de trabalhadores informais.
	B
	a oposição entre a classe burguesa e a classe da nobreza. 
	C
	a oposição entre a classe da nobreza e a classe trabalhadora.
	D
	a oposição entre a classe burguesa e a classe trabalhadora.
	E
	a não-oposição entre a classe burguesa e a classe trabalhadora.
PERGUNTA 37
	Sobre 'A Doutrina Do Choque', Naomi Klein, ao explicar as ideias defendidas em seu livro, afirma que
A influência de Milton Friedman provém do seu papel como o popularizador real do que é conhecido como a ‘Escola de Chicago’. Ele foi professor na Universidade de Chicago. Estudou na Universidade de Chicago e na sequência foi professor nessa instituição. O seu mentor foi um dos economistas mais radicais do livre mercado da nossa época, Friedrich Von Hayek que foi professor na Universidade de Chicago. 
A Escola de economia de Chicago representa essa contrarrevolução contra o Estado de bem-estar social. Nos anos cinquenta, Harvard e Yale e as oito escolas mais prestigiadas dos EUA estavam dominadas por economistas keynesianos, pessoas como John Kenneth Galbraith, que acreditava que depois da grande depressão, era crucial que a economia funcionasse com uma força moderadora do mercado. E foi a partir daí que nasceu um ‘novo contrato’, a do Estado de bem-estar social e tudo isso que faz com que o mercado seja menos brutal e se tenha uma espécie de sistema público de saúde, seguro desemprego, assistência social, etc.
A importância do Departamento de Economia da Universidade de Chicago é que realmente ele foi um instrumento de Wall Street, que financiou muito, muito consideravelmente a Universidade de Chicago. Walter Wriston, o chefe do Citibank era muito amigo de Milton Friedman e a Universidade de Chicago se converteu em uma espécie de ponto de partida da contrarrevolução contra o keynesianismo e o novo contrato social com o objetivo de desmanchá-lo. Disponível: <https://jornalggn.com.br/noticia/a-doutrina-do-choque-de-naomi-klein>. Acesso em: 27 ago. 2018 
O trecho aborda a Globalização, termo que começou a circular no final dos anos 80 referindo-se a
I vitória política do neoliberalismo, representada pela ditadura de Pinochet (1973) e pelos governos Thatcher (1979) e Reagan (1980). 
II interrupção da “construção nacional” no Terceiro Mundo, esmagado pelo peso insuportável da dívida externa, imposta pelas oligarquias financeiras globalizadas.
III auto desintegração da União Soviética.
Está correto o afirmado em
	A
	I, somente.
	B
	II, somente.
	C
	I e II, somente.
	D
	I e III, somente.
	E
	I, II e III.
PERGUNTA 38
	Tudo isso permite afirmar que a globalização é antes de mais nada um mito legitimador da hegemonia do capital financeiro, predominantemente especulativo. 
A ideologia da globalização se tornou uma forma de pensamento difuso, interiorizada no senso comum, pelo fato de se alimentar da percepção, superficialmente amalgamada, de uma série de fenômenos reais: o progresso espetacular das comunicações (Internet, sobretudo), a expansão do comércio e das operações monetárias e financeiras, junto com a internacionalização de muitos processos de produção. Em razão disso, a globalização, simbolizada pela ampliação dos mercados e pela Internet, passou a ser vista como um fenômeno ‘natural’ e incontornável; condicionado e condicionante da competitividade internacional que invade todos os espaços da vida individual e social (emprego, formação, consumo, lazer,família etc.). Disponível: <http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/glo.html>.  Acesso em: 27 ago. 2018 
A respeito do texto apresentado, assinale a afirmativa incorreta. 
	A
	Globalização e neoliberalismo são termos diferentes usados para denominar um mesmo fenômeno.
	B
	O estado de bem-estar social foi criado para contrapor o neoliberalismo.
	C
	O neoliberalismo foi criado para contrapor o estado de bem-estar social.
	D
	O departamento de economia da Universidade de Chicago foi usado como laboratório para difundir as ideias da globalização.
	E
	A globalização é difundida como se fosse inevitável, como se não houvesse outra alternativa.
PERGUNTA 39
	Para o pensador francês Auguste Comte (1798-1857), “filosofia positiva” é sinônimo de
	A
	“ciência da sociedade” e representa a separação entre fenômenos sociais e ciências naturais.
	B
	“ciência da sociedade” e representa a busca pela sistematização de todos os fenômenos sociais, aos moldes das ciências naturais.
	C
	“relativismo” e enfatiza que o comportamento social não pode se assemelhar ao objeto de estudo das ciências naturais.
	D
	“relativismo” e enfatiza que o comportamento social, assim como os objetos de estudo das ciências naturais não estão baseados em ordens e padrões universais.
	E
	“niilismo” e busca desconstruir os padrões sociais, afirmando a necessidade de avaliação específica de cada situação.
PERGUNTA 40
	Para o pensador alemão Max Weber (1864-1920) o Estado
	A
	é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física em determinado território.
	B
	é uma comunidade humana que, apesar de não pretender o monopólio do uso legítimo da força física, conta com o reconhecimento internacional.
	C
	está centrado na figura de um soberano que possui o monopólio do uso da força, ainda que sem uma demarcação territorial específica para o seu domínio.
	D
	está centrado na figura de um soberano que, apesar de não pretender o monopólio do uso legítimo da força física, conta com o reconhecimento internacional’.
	E
	é um conjunto de instituições e normas regulamentadas que coordenam o âmbito interno de uma demarcação territorial específica.
PERGUNTA 41
	Desde que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar está em busca de explicações para os fenômenos que o circundam. A partir dessa preocupação básica, o homem se tornou produtor de conhecimento sobre o mundo. Num primeiro momento, as explicações sobre o funcionamento da natureza e da vida humana eram dadas por meio de mitos e explicações mágicas não pautadas em um sistema lógico e coerente. Posteriormente, foram criadas outras formas de conhecer e explicar o mundo, como as religiões, a filosofia e a ciência. 
Leia atentamente as afirmativas apresentadas a seguir e preencha as lacunas utilizando o termo mais adequado entre as seguintes possibilidades: filosófico, religioso/fé, mítico/mito(s), científico.
I O conhecimento _____ se pauta na realidade concreta e é baseado na experimentação e não apenas na razão. É um saber que possui uma ordenação lógica e busca constantemente se repensar. A característica elementar do pensamento _____ é a procura pela verdade por meio de métodos de análise e de uma linguagem objetiva que evite ambiguidades.
II O conhecimento _____ se manifesta por meio de um conjunto de histórias, lendas e crenças. Os _____ carregam mensagens que traduzem os costumes de um povo e constituem um discurso explicativo da vida social. O _____ se explica pela fé, ou seja, não precisa de comprovação.
III O conhecimento _____ também se baseia em doutrinas valorativas, mas suas verdades são consideradas indiscutíveis. É um tipo de conhecimento que não se vale diretamente da razão e da experimentação, mas sim da _____ na revelação divina. 
IV O conhecimento _____ é valorativo, porém, se apoia na formulação de hipóteses, é pautado na razão e tem por finalidade buscar uma representação coerente da realidade estudada. Como ilustram Lakatos e Marconi (2009, p. 19), “o conhecimento _____ é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da razão humana”.
Assinale a alternativa cujos termos preenchem adequadamente as lacunas das orações acima.
	A
	I – Filosófico, II – Religioso/fé, III – Mítico/mito(s), IV - Científico
	B
	I – Científico, II – Filosófico, III – Religioso/fé, IV – Mítico/mito(s)
	C
	I – Mítico/mito(s), II – Religioso/fé, III – Filosófico, IV - Científico
	D
	I – Religioso/fé, II – Científico, III – Filosófico, IV – Mítico/mito(s)
	E
	I – Científico; II – Mítico/mito(s), III – Religioso/fé, IV – Filosófico
PERGUNTA 42
	Considere as afirmativas a seguir e as relações propostas entre elas.
I Em um estado democrático de direito todo o poder deve emanar do cidadão, ou seja, se trata de um tipo de governo que nasce do povo e tem por objetivo atender aos interesses do povo.
II Cidadania diz respeito ao direito de qualquer membro da sociedade de participar da vida pública.
Acerca dessas afirmativas, conclui-se que
	A
	I e II são verdadeiras e a II complementa a I.
	B
	I e II são verdadeiras e a II contrapõe a I.
	C
	I é verdadeira e a II é falsa.
	D
	I é falsa e a II é verdadeira.
	E
	I e II são falsas.
PERGUNTA 43
	Na área de estudos da sociologia, a questão da dominação aparece como algo determinante para se analisar as relações sociais de poder entre os indivíduos no seio das sociedades contemporâneas. Acerca disso, Weber destaca que “a dominação, ou seja, a probabilidade de encontrar obediência a determinado mandato, pode fundar-se em diversos motivos de submissão. Pode depender diretamente de uma constelação de interesses, ou seja, de considerações utilitárias de vantagens e inconvenientes por parte daquele que obedece. Pode também depender do mero ‘costume’, do hábito cego de um comportamento inveterado. Ou pode fundar-se, finalmente, no puro afeto, na mera inclinação pessoal do súdito”. WEBER, M. Os três tipos puros de dominação legítima, 1956, p. 128.
Assinale a alternativa que reúne os três tipos puros daquilo que Max Weber denomina dominação legítima.
	A
	Dominação cristã, dominação carismática e dominação tradicional.
	B
	Dominação carismática, dominação racional-legal e dominação puritana.
	C
	Dominação carismática, dominação puritana e dominação cristã.
	D
	Dominação cristã, dominação racional-legal e dominação carismática.
	E
	Dominação carismática, dominação tradicional e dominação racional-legal.
PERGUNTA 44
	Para Karl Marx e Friedrich Engels, a luta de classes tornou-se consequência dos processos de industrialização, urbanização e de expansão do capitalismo durante todo o século XIX. Acerca disso, os autores destacam que “o proletariado passa por diferentes fases de desenvolvimento. Sua luta contra a burguesia começa com a sua existência. No começo, empenham-se na luta operários isolados, mais tarde, operários de uma mesma fábrica, finalmente, operários de um mesmo ramo da indústria, de uma mesma localidade, contra o burguês que os explora diretamente”. MARX K.; ENGELS, F.  Manifesto do partido comunista, 1848, p. 47.
A luta de classes tem por base
 
	A
	a oposição entre as classes de trabalhadores formais e informais.
	B
	a oposição entre a classe burguesa e a classe da nobreza. 
	C
	a oposição entre a classe da nobreza e a classe trabalhadora.
	D
	a oposição entre a classe burguesa e a classe trabalhadora.
	E
	a não-oposição entre a classe burguesa e a classe trabalhadora.
PERGUNTA 45
	“O que mais chamou minha atenção no atirador que ontem matou pelo menos 12 pessoas num cinema do Colorado onde “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” estava sendo exibido foram a máscara de gás, o colete à prova de balas, o capacete e as três armas que ele usou - incluindo um fuzil.
Uma testemunha disse que ele “parecia preparado para ir à guerra”.
Alguns podem dizer que o fato de o atirador parecer um soldado é um reflexo de todas as guerras que minha pátria vemtravando, do Vietnã ao Iraque e ao Afeganistão, e de quão fortemente armados estão os seus cidadãos.
Mas há fatores menos óbvios que também fazem dos Estados Unidos um terreno fértil para chacinas.
Acho que a alienação social e a pobreza espiritual necessárias para cometer assassinatos em massa são um produto da cultura americana, mais que de qualquer outra.
É uma sociedade altamente competitiva e individualista, com pouco sentimento de comunidade. Cerca de 25% dos americanos vivem sós.
Não surpreende que as chacinas, incluindo a de ontem no Colorado, sejam quase sempre cometidas por homens brancos de classe média, o segmento da população mais pressionado a ter sucesso e que tem o menor senso de comunidade.
Acho que o Brasil é um terreno menos fértil para franco-atiradores devido ao senso maior de comunidade que existe aqui.
Os únicos crimes dessa natureza dos quais me recordo aqui foram o assassinato de três pessoas e ferimentos em quatro às mãos de um estudante de medicina em um cinema de São Paulo, em 1999, e a morte de 12 crianças e ferimentos em outras 11 numa escola no Rio em 2011, por um ex-aluno de 24 anos.
O atirador de São Paulo era um fanático da internet, solitário, perturbado e de alta classe média, o perfil do atirador americano típico.
O atirador do Rio tinha mais semelhanças com os dois estudantes que mataram 12 de seus colegas e um professor no colégio Columbine, de classe média, em 1999, também no Colorado.
O que esses massacres todos têm em comum: aconteceram em lugares onde as pessoas estavam reunidas. Normalmente nos sentimos mais vulneráveis quando estamos sozinhos.
Mas, em lugares como cinemas, estamos mais vulneráveis juntos. É isso o que é tão assustador nesses crimes todos. É por isso que os americanos podem pensar duas vezes na próxima vez em que quiserem assistir, não apenas a um filme de Batman, mas a qualquer filme”. KEPP, Michael. Alienação social faz dos EUA um terreno fértil para chacinas. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/55685-alienacao-social-faz-dos-eua-um-terreno-fertil-para-chacinas.shtml>. Acesso em: 30 mar. 2020.
Ao afirmar que um dos fatores que tornam possível um crime como o analisado no texto, o autor chama a atenção para o enfraquecimento do sentimento de comunidade na sociedade norte-americana. 
Em termos de integração social, esse fator corresponde ao conceito sociológico de
	A
	solidariedade social.
	B
	imaginação sociológica.
	C
	ação social tradicional.
	D
	ação social irracional.
	E
	inconsciente coletivo.
PERGUNTA 46
	O que mais chamou minha atenção no atirador que ontem matou pelo menos 12 pessoas num cinema do Colorado onde “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” estava sendo exibido foram a máscara de gás, o colete à prova de balas, o capacete e as três armas que ele usou - incluindo um fuzil.
Uma testemunha disse que ele “parecia preparado para ir à guerra”.
Alguns podem dizer que o fato de o atirador parecer um soldado é um reflexo de todas as guerras que minha pátria vem travando, do Vietnã ao Iraque e ao Afeganistão, e de quão fortemente armados estão os seus cidadãos.
Mas há fatores menos óbvios que também fazem dos Estados Unidos um terreno fértil para chacinas.
Acho que a alienação social e a pobreza espiritual necessárias para cometer assassinatos em massa são um produto da cultura americana, mais que de qualquer outra.
É uma sociedade altamente competitiva e individualista, com pouco sentimento de comunidade. Cerca de 25% dos americanos vivem sós.
Não surpreende que as chacinas, incluindo a de ontem no Colorado, sejam quase sempre cometidas por homens brancos de classe média, o segmento da população mais pressionado a ter sucesso e que tem o menor senso de comunidade.
Acho que o Brasil é um terreno menos fértil para franco-atiradores devido ao senso maior de comunidade que existe aqui.
Os únicos crimes dessa natureza dos quais me recordo aqui foram o assassinato de três pessoas e ferimentos em quatro às mãos de um estudante de medicina em um cinema de São Paulo, em 1999, e a morte de 12 crianças e ferimentos em outras 11 numa escola no Rio em 2011, por um ex-aluno de 24 anos.
O atirador de São Paulo era um fanático da internet, solitário, perturbado e de alta classe média, o perfil do atirador americano típico.
O atirador do Rio tinha mais semelhanças com os dois estudantes que mataram 12 de seus colegas e um professor no colégio Columbine, de classe média, em 1999, também no Colorado.
O que esses massacres todos têm em comum: aconteceram em lugares onde as pessoas estavam reunidas. Normalmente nos sentimos mais vulneráveis quando estamos sozinhos.
Mas, em lugares como cinemas, estamos mais vulneráveis juntos. É isso o que é tão assustador nesses crimes todos. É por isso que os americanos podem pensar duas vezes na próxima vez em que quiserem assistir, não apenas a um filme de Batman, mas a qualquer filme. KEPP, M. Alienação social faz dos EUA um terreno fértil para chacinas. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/55685-alienacao-social-faz-dos-eua-um-terreno-fertil-para-chacinas.shtml>. Acesso em: 30 mar. 2020.
Com base nas informações contidas no texto apresentado, podemos afirmar que a expressão “alienação social”, usada por Kepp, diz respeito
	A
	ao fato de que o autor dos assassinatos não tinha consciência da própria ação. Por isso, em vez de ser punido, ele deveria ser submetido a tratamento psiquiátrico e psicológico.
	B
	a condições favoráveis à eliminação de situações adversas sofridas por membros de uma sociedade. Kepp estabelece correspondência entre fortalecimento do individualismo e enfraquecimento do sentimento de comunidade e dos laços sociais entre indivíduos. 
	C
	ao modo pelo qual as pessoas se sujeitam a estímulos proporcionados pelos filmes hollywoodianos, a ponto de reproduzirem o que veem na grande tela, sobretudo os atos violentos, sem qualquer consciência da fronteira entre ficção e realidade.
	D
	ao descaso para com a educação, pois o tipo de crime em questão é comumente cometido por indivíduos de baixa escolaridade.
	E
	à falta de religiosidade, típica dos tempos modernos.
	
Referências
https://www.unip.br/aluno/central/sistemas/acesso/138

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